Curso de Ciência Política — Aula 05 — Conceito de Autoridade (2ª parte)

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Prof. Matheus Passos
O Curso de Ciência Política será disponibilizado gratuitamente aqui no Canal na primeira e na tercei...
Video Transcript:
[Música] Olá pessoal aqui é o professor Mateus e seja muito bem-vindo ao meu curso de Ciência Política nessa aula de hoje eu vou falar acerca da segunda parte do conceito de autoridade com alguns exemplos práticos para deixar mais clara para vocês como que a gente interpreta e Analisa esse conceito na ciência política antes de começar vamos a alguns lembretes muito rápidos aqui o primeiro deles é se você ainda não está inscrito no meu canal Aproveita e e e se inscreva agora curta também o vídeo mas não se esqueça aqui de se inscrever no meu canal
sempre lembrando de clicar no sino para você receber as notificações dos próximos vídeos que eu vou colocar por aqui o segundo lembrete rápido é que eu tenho material né de apoio aqui ao curso de ciência política e os links estão também disponíveis aqui na descrição do vídeo e o terceiro lembrei rápido é que eu tenho uma campanha no apoia-se também o link tá aqui na descrição então eu Convido você a visitar o link dá uma olhadinha lá na minha campanha dá uma olhadinha nos meus objetivos nas Recompensas e se você quisesse você se sentir aí
à vontade eu ficaria muito agradecido se eu pudesse contar com o seu apoio na minha campanha inclusive já aproveito e já agradeço aqui a todos aqu aqueles que já são meus apoiadores o nome de todo mundo tá aqui na descrição do vídeo muito obrigado porque sem o apoio de vocês o canal não poderia crescer mas ainda mais do que ele já vem crescendo desde que eu iniciei então muito obrigado a vocês Bom pessoal na primeira parte da aula de autoridade eu falei sobre o conceito de autoridade e coloquei que o conceito ele tem dois pré-requisitos
ou seja a gente só pode vislumbrar uma relação de autoridade entre a e b Se estiverem presente esses dois requisitos a relação entre a e b a relação de mando e obediência entre a e b precisa ser estabilizada ao longo do tempo e o b ele deve ter uma obediência Incondicional às ordens do a lembrando que a obediência Incondicional significa dizer que o b reconhece que o a pode dar a ordem e por reconhecer então o b vai lá e faz aquilo que o a está mandando ele fazer Então nesse sentido ou nessa perspectiva eu
quero aqui trazer dois exemplos para deixar bem claro essa esse conceito de autoridade então o primeiro deles que é um exemplo que tá no texto né no no material de apoio é o o exemplo da relação entre um chefe de uma igreja Seja lá que igreja for e o fiel daquela igreja essa relação necessariamente é uma relação de autoridade por quê Porque vejam que partindo-se aqui do princípio de que o Fiel ele vai à sua igreja com Constância ou seja ou seja ele já é vinculado àquela igreja há um certo tempo Então nesse caso já
existiria aí uma relação de manda e de obediência entre o o chefe ali o líder da igreja seja um padre seja o pastor ou que for eu vou chamar aqui sempre de chefe da igreja né ou representante da igreja e o fiel Então nesse caso já existe ali uma relação estabilizada ao longo do tempo e por que que é uma relação de autoridade a gente vai pro segundo pré-requisito porque partindo isse aqui do princípio de que seja uma pessoa religiosa né ou seja uma pessoa que efetivamente cumpre aqueles preceitos religiosos Então nesse caso eh o
chefe da igreja ali o representante da igreja ele não necessariamente precisa ameaçar o indivíduo a fazer aquilo Então nesse caso ou ou prometeu uma recompensa Então nesse caso o que que o indivíduo faz ele cumpre aquilo que o chefe tá falando para ele fazer né e ele faz isso na maioria das vezes ou seja e mais que isso ele reconhece que o chefe da igreja tem a possibilidade de dar aquela ordem Então nesse sentido a gente tem aí claramente uma relação de de autoridade né Quase que eu falo aqui relação de poder não é uma
relação de autoridade entre o chefe da igreja o representante ali da igreja e o fiel um outro exemplo que não estava na minha programação mas que eu pensei é aqui agora que talvez fique mais fácil eu falei ele rapidinho na primeira parte da aula ou seja a gente tem ali uma relação entre um chefe de uma empresa e o subordinado Então nesse caso Como eu disse na primeira parte e o subordinado eventualmente não gosto da pessoa do Chefe eventualmente eu acho que ele é chato que ele é arrogante que ele é o que for mas
eu reconheço que ele é o chefe Ou seja que ele exerce uma função que hierarquicamente é superior à minha Então nesse sentido eu vou ter ali uma relação estabilizada ao longo do tempo né Por um lado eh entre o chefe e eu que sou o funcionário que sou o subordinado e eu reconheço que ele por ser o chefe ou por exercer a função do chefe e reconheço que ele pode me dar aquelas ordens Então por causa disso eu vou cumprir essas ordens e nesse caso existe então uma relação de autoridade entre o chefe de uma
empresa e o seu subordinado e um último exemplo que eu quero colocar aqui é a relação entre pai e filho e aí se você já assistiu a minha aula de poder você vai achar estranho porque lá na aula de poder eu usei uma relação entre pai e filho para falar sobre o conceito de poder mas na verdade as relações entre pais e filhos são relações de autoridade não relações de poder e eu vou explicar a diferença aqui para você agora Vejam o seguinte que uma relação entre pai e filho partindo isso aqui do princípio né
de que o pai é quem manda e o filho é quem obedece ela é uma relação estabilizada ao longo do tempo quer dizer isso aqui não tem não precisa nem explicar né É óbvio quer dizer existe ali aquela relação de mando e de obediência do pai em relação ao filho por anos né Vamos pensar aqui pelo menos aí até a adolescência vai até os 18 anos vamos pegar o Marco jurídico quando o indivíduo se torna maior de idade no caso brasileiro então do zero aos 18 anos existe essa relação de de de mando e de
obediência entre o pai e o filho portanto claramente é uma relação estabilizada ao longo do tempo porque ela ocorre continuamente ao longo do tempo e ao mesmo tempo quer dizer pelo menos aí um até um certo período da sua vida né Desse período dos er aos 18 anos o filho reconhece que o pai pode lhe dar ordens Então partindo-se dessa ideia a relação entre pai e filho é uma relação de autoridade porque o filho repito ele reconhece que o pai pode lhe dar ordens e ele cumpra essas ordens por reconhecer isso Então nesse sentido a
relação entre pai e filho é uma relação de autoridade ou uma relação entre um professor e um aluno por exemplo é uma relação de autoridade né então todas as vezes que vocês perceberem a presença de uma relação de mana e obediência entre duas pessoas ou dois grupos se essa relação de manda obediência for estável ao longo do tempo ou seja ela for duradoura ao longo do tempo e se o b reconhecer né que o a pode lhe dar ordens Vocês estarão aí frente a uma relação de autoridade E aí aí você vai me perguntar mas
Mateus como é que na aula passada né no vídeo sobre poder Então você diz que a relação entre pai e filho é uma relação de poder e agora você tá dizendo que é uma relação de autoridade Então vamos lá primeiro é fato que a relação de pai e filho entre pai e filho é uma relação de autoridade já tenham isso claro é uma relação de autoridade agora qual é o segundo pré-requisito da relação de autoridade o b ele deve uma obediência incondicional às ordens do a ao longo do tempo na maioria das vezes Então esse
é o detalhe que me permite usar o exemplo da relação entre pai e filho como uma relação de poder ou seja imagine aqui que a gente tem esse período de tempo que é a relação entre pai e filho então ao longo desse período de tempo o filho vai reconhecer que o pai pode lhe dar ordens por isso é uma relação de autoridade agora vai haver momentos Ali pontuais vai haver momentos específicos nesse período de tempo em que o filho não vai reconhecer as ordens do pai e é aí que entra aquela relação de poder que
eu expliquei no outro vídeo ou seja naquele momento específico em que o filho ele não quer obedecer a ordem do pai e aí o pai precisa ir lá e tentar convencer o filho seja pelo meio ideológico seja pelo meio econômico ou seja pelo meio coercitivo e o filho faz então naquele ponto naquele momento específico a relação ela se torna temporariamente como uma relação de poder Mas isso não descaracteriza o fato de que ao longo do tempo a relação vai ser de autoridade por quê repito porque na maioria das vezes ao longo desse tempo o filho
vai reconhecer que o pai pode lhe dar a ordem é a mesma coisa voltando ao exemplo que eu dei agora H pouquinho na relação entre o chefe e o subordinado ou seja vamos imaginar aqui que em um ou dois ou três momentos o subordinado não cumpra a ordem do chefe então eventualmente naquele momento a a relação ela pode ser uma relação temporária digamos assim de poder mas ao longo de toda a relação a o contato entre os dois né a relação de manda e obediência é uma relação de autoridade muito mais importante porém do que
esses momentos pontuais é compreender essa distinção geral e aí Eu repito eu retorno ao exemplo do assalto que para mim é um exemplo mais Claro quer dizer comparando com uma relação entre chefe e o subordinado ou seja eh a gente não pode ali imaginar são dois tipos Primeiro começando são dois tipos de relação de manda e obediência o chefe manda subordinado obedece o assaltante entre aspas manda e o assaltado obedece Então nesse sentido as duas relações são relações de manda e de obediência mas claramente elas T eh características distintas Ou seja a relação entre o
chefe e o seu subordinado e uma empresa por por exemplo é uma relação estabilizada ao longo do tempo enquanto que a relação entre o assaltante e o assaltado ela é pontual ela ocorre naquele momento em que ocorre o assalto e ponto final ela se encerra ali segundo ponto que a relação entre o chefe e o subordinado nessa relação o subordinado reconhece que o chefe pode dar ordens repetindo o que eu já disse ele pode não gostar do Chefe pode achar que a ordem ela é Ela tá errada ela é irrelevante mas ele reconhece que o
chefe pode dar aquela ordem e já no caso do assalto não quer dizer no caso do assalto o a pessoa que está sendo assaltada eu parto do princípio de que ela nunca vai reconhecer que o assaltante pode fazer aquilo com ela ela entre aspas aqui se deixa ser assaltada porque o indivíduo tá ali com uma arma tá ali com uma faca tá fazendo algum tipo de ameaça né a ela e por isso ela acaba sofrendo esse assalto mas claramente ali ela não reconhece a legitimidade daquilo dali Então essas são as principais características né as principais
diferenças entre o uma relação de poder e uma relação de autoridade o que nos leva então a concluir o quê que nunca se pode dizer que uma relação entre a e b seja ao mesmo tempo uma relação de poder e uma relação de autoridade ou ela é uma ou ela é outra não tem como ser as duas ao mesmo tempo então esse é o primeiro ponto e o segundo ponto que eu quero destacar aqui é que quando se vai fazer uma análise de uma relação de manda e obediência entre a e b para saber se
é uma relação de autoridade ou uma relação de poder por onde que a gente começa é necessário começar sempre por uma análise de uma relação de autoridade então se eu tenho uma determinada situação um a e um b e uma relação de banda e obediência entre os dois o que que eu vou ver primeiro eu vou ver se aquilo ali é uma relação de autoridade se for uma relação de autoridade ponto final acabou a análise se não for uma relação de autoridade com base nesses dois pré-requisitos eu passo a verificar se é uma relação de
poder E aí se for uma relação de poder acaba-se A análise e se não for relação de poder também acabou e aí a conclusão é que não há relação nenhuma entre os dois nesse sentido do mando e da Obediência por que que eu tem de começar sempre pelo conceito de autoridade e não pelo conceito de poder porque eu repito o exemplo lá do pai do filho ou do chefe do subordinado quer dizer a relação entre os dois se eu pegar o conceito de poder eu vou poder encaixar como sendo uma relação de poder mas na
verdade não é porque o mando e a obediência são estabilizados ao longo do tempo e porque é o reconhecimento por parte do B de que o a pode dar as ordens O que é diferente da relação de poder no final então e para terminar essa aula é importante sempre ter em mente que a ideia de autoridade está diretamente vinculada ao conceito de legitimidade e o que que é a legitimidade então a legitimidade é o grau de aceitação que é definido pelo B de maneira autônoma em relação às ordens do ar ou seja é literalmente se
o b reconhece que o a pode ou não lhe dar as ordens então quando existe esse reconhecimento a gente fala em legitimidade e nesse sentido uma relação de autoridade se caracteriza por ter presente ali o conceito de legitimidade voltando né ao exemplo do chefe e do subordinado Ou do pai ou do filho quer dizer o subordinado e o filho reconhecem né portanto eles aceitam eles eles sabem que ou ou o pai respectivamente podem lhe dar aquelas ordens e ele deve cumprir o que não existe na relação entre o assaltante e o assaltado quer dizer o
assaltado o indivíduo que tá sendo assaltado ele não reconhece que o assaltante pode fazer aquilo dali né Então essa vai ser esse vai ser um ponto fundamental para compreender também as diferenças entre essas duas relações Ou seja a relação de autoridade ela tem como princípio a ideia de legitimidade de aceitação por parte do B das ordens que vem do ar e uma relação de poder não vai ter Então essa característica da legitimidade bom pessoal é isso espero que tenha ficado Claro o conceito de autoridade se você tiver alguma dúvida deixa aí nos comentários e não
se esqueça então de entrar lá no site da minha campanha no apoia-se E não esqueça também não se esqueça de curtir e compartilhar esse vídeo e de se inscrever aqui no meu canal para receber as notificações das próximas aulas do curso de ciência política que eu vou colocar por aqui Então é isso pessoal mais uma vez um abraço a todos muito obrigado por terem assistido e até a próxima [Música]
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