Boa tarde queiram tomar seus lugares e por gentileza manter o seu os telefones celulares no modo silencioso retomamos a programação do encontro mulheres na justiça Novos Rumos da da resolução CNJ número 255 É com grande honra que anunciamos a abertura da exposição de vozes isoladas à força coletiva A história do movimento Nacional pela paridade do Judiciário realizada aqui no Conselho Nacional de Justiça esta exposição que marca o primeiro ano do movimento Celebra a trajetória de magistradas que tem lutado pela promoção da igualdade de gênero em nosso judiciário amostra composta por 54 registros fotográficos de juízas
desembargadoras ministras conselheiras aliadas e aliados ilustra momentos cruciais dessa jornada pela plena participação das mulheres em posições de liderança o movimento nascido no segundo semestre de 2023 tem enfrentado desafios importantes como o descumprimento da política nacional de incentivo à participação feminina por alguns tribunais Esperamos que essa posição que essa exposição perdão seja uma inspiração para todas e que nos lembre da importância da paridade para garantir uma Justiça mais inclusiva e representativa estão todos convidados a prestigiar a exposição no Fer do do plenário para apresentação do painel dois o impacto da divisão sexual de trabalho na
ocupação dos espaços de poder pelas mulheres compõe a mesa como presidente a procuradora de Justiça do Ministério Público de Goiás Ivana Farina e como painelistas a assessora do ministro Edson faim do Supremo Tribunal Federal Cristine Oliveira da Silva a juíza do Tribunal Regional da 15ª Região Elana dos Santos Nogueira e advogada e diretora da elas PED Vista marelise Azevedo e como debatedora a juíza do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão Marcela Lobo para condução dos trabalhos ten a palavra a d Ivana Farina Obrigada boa tard a adotei essa nova forma de cumprimento quando nós
temos a compensação histórica nos auditórios Eu quero fazer uma saudação muito especial a todas as magistradas as servidoras advogadas integrantes do Ministério Público que aqui comparecem na terceira Edição deste evento que tem sido um Marco na caminhada por paridade eu não poderia deixar de cumprimentar muito especialmente a conselheira salot que aqui está e que no CNJ teve importantíssima atuação naquilo que foi uma sequência de ações o que nós sabemos então é que este terceiro muleres justiça é uma sequência de luta as ações são por mudanças por transformações e elas ainda estão sendo demandadas em larga
escala ocorreram sim em vários aspectos mas ainda são demandadas em vários outros portanto é com muito prazer que eu me integro a Esta luta sempre e dela não saio e ninguém metira vamos lá o impacto da divisão sexual de trabalho na ocupação dos espaços de poder pelas mulheres é o nosso painel inicialmente eu passo a palavra a d Cristine Oliveira da Silva que é assessora do ministro Edson faim no Supremo Tribunal Federal a organização me pede para estabelecer o tempo máximo de 10 minutos para apresentação do tema então eu já peço para painelista use o
tempo máximo porque o máximo aqui para nós muito interessa certo com a palavra à Dra Cristine Muitíssimo obrigada dout Ivana é uma grande alegria poder compor este painel aqui no Conselho Nacional de Justiça neste evento que acompanho um tanto quanto de longe mas não tão longe porque o Supremo Tribunal Federal é bem ali há 3 anos com muita honra que ao lado de marcelis de velhas lutas e ao lado da Dra Eliana Alves Nogueira estou aqui para essa tarde de reflexões e eu trouxe os nossos slides eu trouxe alguns slides porque para falar acho que
esse não é o Prim passou muito para falar sobre a divisão sexual do trabalho eu eh tomei a liberdade de ser o que eu nasci para ser professora Então como professora de Direito Constitucional a minha contribuição que também acontece na justiça brasileira desde o já longino ano de 1997 né são 27 anos como servidora Da justiça dos quais 20 no Supremo Tribunal Federal assessorando alguns ministros nessa cúpula de poder Eu tenho algumas considerações acadêmicas importantes para compartilhar com público tão seleto e com público tão importante como este que compõe esse auditório eh 10 minutos realmente
é um grande desafio para passar um recado que eu considero um dos recados mais importantes de tudo aquilo que eu venho estudando há 30 anos em Brasília né graduação mestrado doutorado na univers cidade de Brasília sobre a orientação de um personagem da República muito conhecido e que me fizeram chegar até onde estou no constitucionalismo feminista o constitucionalismo feminista para mulheres da Justiça é a possibilidade de repensarmos as nossas profissões e o estado de direito desde o final do século XVII a partir de uma teoria de uma metodologia de uma dogmática e de um procedimento especificamente
voltado para democracia radical e plena não há democracia sem mulheres no poder não há possibilidade de discutirmos uma teoria constitucional consistente uma teoria constitucional efetiva se nós não tivermos ocupação nos poderes executivo legislativo e judiciário com paridade de gênero Então essa fala sobre o constitucionalismo feminista é uma fala que remonta a estudos que estão no mundo todo aconte cendo a partir de professoras de Direito Constitucional como eu mas que diz exatamente do dia a dia de cada uma de vocês e de cada uma de nós que estamos no dia a dia do Poder Judiciário como
magistradas e servidoras os conceitos fundamentais são muito simples né igualdade de gênero conscientização sobre paradigmas contemporâneos do Direito Constitucional atual ou mesmo a ideia de uma democracia verdadeira que segundo as palavras da professora Vera kand de chueiri minha orientadora dos últimos tempos para Direito Constitucional feminista tem sido a partir de reflexões né Eh eh do estrangeiro mas que falam muito fundo quando chegam à realidade brasileira por quê Porque a realidade Brasileira é uma realidade que teve no constitucionalismo pós ditadura militar no constitucionalismo de 88 25 mulheres muito importantes as nossas mães constituintes construíram uma constituição
verdadeiramente feminista pro nosso país e nós precisamos ouvir isso né de pessoas que estão na Cúpula do Poder de pessoas que estão transitando nesses espaços de poder para eh reafirmar essa constituição feminista que as constituintes queriam e que muitas vezes são vozes masculinas que não querem nem ouvir falar sobre isso quanto mais reproduzir aquilo que aconteceu então o constitucionalismo feminista ele tem se apresentado dentro da divisão sexual do trabalho de professora por exemplo como um Marco revolucionário disruptivo e até mimizento demais para algumas vozes né então professoras do estrangeiro como professora bervely Bees rut rub
Marin e Dana greschner tem sido uma referência internacional para que a gente ganhe forças para vir falar no Brasil sobre aquilo que tem que tá nas nossas agendas como magistradas e servidoras teoria constitucional feminista agenda constitucional feminista e constituição de e para mulheres não há como sermos magistradas de um futuro próximo não há como sermos magistradas comprometidas com a Constituição de 88 sem conhecer a história da representação feminina no nosso Poder Legislativo sem conhecer a necessidade de que nós somos atoras protagonistas e principalmente a pessoas que acreditam que os direitos políticos das mulheres valem igual
o direito político dos homens né Enquanto isso não for uma realidade pressuposta Enquanto isso não estiver dentro das nossas mentes e corações como magistradas servidoras e advogadas enfim todas que atuam na justiça nós efetivamente não vamos sair do Papel o protocolo é um grande passo e uma importante Conquista desse processo Mas ele tem que vir acompanhado dessa certeza interna que cada uma de nós Tem de por aplicar esse protocolo Eu acho que o constitucionalismo feminista quando ele traz pressupostos constitucionais da dogmática do Direito Constitucional clássico né tô falando de Teoria da Constituição de direitos fundamentais
o que que é república o que que é Federação o que que é separação de poderes o que que é controle de constitucionalidade os seis Capítulos clássicos do Direito Constitucional sobre o olhar das mulheres ele tem um outro Tom que vocês provavelmente nunca ouviram falar por se vocês puxarem a memória poucas de vocês tiveram professoras de Direito Constitucional nas graduações mestrados E doutorados isso não é por um acaso a inclusão e o respeito à diferença são pressupostos do constitucionalismo feminista que nos faz nos afastar a Passos largos dos homens que estão nos poder eles nos
estranham muito mas principalmente das mulheres feministas das outras áreas por quê Porque os espaços de poder sempre ficam confinados com homens brancos Sis etas eu falo a cara da autoestima está nos de poder e eles de alguma forma fazem-nos acreditar nós mulheres do constitucionalismo Nacional que isso não é importante que esse discurso não vai pegar ou mesmo de que nós estamos inventando demais querendo um constitucionalismo feminista a ausência de opinião feminina sobre todas as questões importantes da República a invisibilidade de nossas Produções acadêmicas e o pior a falta de concretização de direitos seja direitos a
paridade de gênero nos os espaços de poder das instituições democráticas seja a ausência de paridade de gênero ou de violência explícita nos espaços de ocupação de Mandato eletivo ou mesmo dentro de nossas casas o descaso né que sempre foi feito em relação a violência sexual a violência patrimonial a violência psicológica e a violência intrafamiliar é algo que a gente precisa colocar na pauta da República não é para ficar escondido no canto de algumas varas ou dentro de alguns nichos específicos de associações femininas Brasil afora é para estar aqui neste Conselho Nacional e bem ali naquele
Supremo Tribunal Federal então a ideia de um constitucionalismo feminista é efetivamente nos trazer algumas reivindicações importantes primeiro a igualdade formal nossas mães fundadoras já no deram o artigo 5º primeiro não está ali na Constituição por um acaso foi fruto de muita luta muito debate e de uma associação suprapartidária que sempre que eu falo eu fico um pouco arrepiada eu minha querida parceira aluna hoje mestre em Direito Carolina fizemos um estudo sobre cada uma das proposições que fizeram as mães constituintes eram 25 deputadas que trabalharam incansavelmente naqueles dois anos para cuidar das suas pautas pessoais que
muitas vezes não eram feministas eram tributárias eram sociais eram econômicas trabalhistas como todas as outras pautas dos outros mas também tinha um olhar feminino que queria empregar chamado de Lobby do batom esse movimento nos dá certeza de que nós temos que continuar esse legado das Mães constituintes a proteção legal por exemplo de Combate à violência eh proibição de discriminação contra mulheres é apenas uma consequência desse movimento fundante que exige que cada juíza cada servidora cada servidor e cada juiz desse país precise ter a consciência de que o único caminho paraa democracia brasileira se consolidar no
século XX é o da hermenêutica constitucional feminista a complexidade tem que ser a nossa meta a abertura para uma constituição que acontece na vida real de cada uma e de cada um de nós tem que ser a meta de todos nós e a pluralidade como a acomodação de contradições para harmonização sistêmica do nosso modelo tem que ser o nosso objetivo primordial a ideia a central que eu gostaria de passar para vocês é que existe sim uma ética do Cuidado uma alteridade uma sustentabilidade que compõe o feminismo cultural como massa para a obra prima do constitucionalismo
feminista mas que o mais importante para todas nós é efetivamente esse olho no olho para dizer podem aplicar o protocolo com bastante tranquilidade há respostas acadêmicas gestadas e muito muitas vezes já paridas para refutar todos os argumentos dos seus colegas dos seus vizinhos dos magistrados de cúpula dos senadores dos deputados eles têm nos interpelado todos os dias e nós já temos muitas respostas prontas basta vocês começarem a nos ler muito [Aplausos] obrigada doutora Cristine Eu lamento que nós não tenhamos aqui recebido alvará para que eu lidasse com a expansão do tempo mas se isso fosse
possível por certo suas palavras seriam para fortalecer as três ideias que eu aqui anotei como centrais primeiro que no sistema de Justiça com estudos com capacitação nós tenhamos neste viés de constitucionalismo feminista marcada a questão do Estado democrático de direito Como Um fundamento desta República segundo assim anotei Que nós tivéssemos essa democracia como uma democracia plural e radical interpreto eu radical no sentido de raiz desafios para a efetivação da Democracia por Nossas ações de julgar de peticionar desafios de que a participação feminina seja fato e De que direitos políticos de mulheres sejam garantidos por fim
Doutora Cristine o direito a igualdade material que ele seja realizado que nossa capacitação que as diretrizes do protocolo Tragam esse resultado a realização do direito material da Igualdade a ministra Carmen Lúcia disse que essa ação de julgar e entregar o direito à igualdade significa um verbo novo igualação que nós devemos aprender a conjugar esse verbo igualar pela ação e eu digo mais quando você realiza a igualdade por sua ação você também realiza o direito à não discriminação e nós mulheres temos que fazer esse direito eu fiz aqui o que me Foi facultado fazer os comentários
a fala da painelista apenas para realçar aquilo que foi tão bem colocado Parabéns [Aplausos] antes antes de anunciar a próxima panelista eu vou propor um rápido aquecimento aqui que eu sempre faço as que usam óculos por favor levantem os óculos Nossa mas são muitas ótimo pro nosso exercício senhora também dout e agora voltemos assim eu faço para lembrar que o protocolo é uma ferramenta que amplia o nosso olhar são as lentes de gênero as lentes da Igualdade vocês com certeza se aqueceram e brincaram de levantar os óculos mas quando fizeram isso não enxergaram bem e
quando as lentes voltam Aí sim enxergam mais e melhor o protocolo é essa ferramenta no processo nós sabemos ver para além do formal e aí nós damos razão a osvald bodou a sua tinta não fica na folha de papel ela corta na carne viva então nós temos que saber enxergar a carne viva dout Eliana dos Santos Alves Nogueira é juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região tem a palavra pelo prazo máximo de 10 minutos e eu já cresço aqui que foi uma das responsáveis pela elaboração dos novos protocolos a Justiça Trabalhista já avança
e elaborou três novos protocolos o relacionado à infância e juventude é da coordenação e da Lavra da doutora Eliana com a palavra então Doutora bom Boa tarde a todas e todos vou cumprimentar todas que estão na mesa na pessoa da Dra Ivana Agradeço o convite muito me honra estar aqui no CNJ para tratar desse tema eh Na verdade eu participei da equipe coordenei A equipe que criou o protocolo para para atuação e julgamento em perspectiva de infância e adolescência da Justiça do Trabalho sou Juíza do trabalho de primeira instância então tô lá no chão de
fábrica há quase 30 anos e o que me traz aqui é um pouquinho da experiência sistêmica da atuação de questões que envolvem gênero e infância não é nós precisamos começar a misturar as casinhas a gente fala muito de mulher a gente vai para um outro espaço para falar de infância e não mistura as coisas né claro que nem toda mulher é mãe e não é só na Perspectiva da mulher mãe que a gente trabalha integração Mas como eu tenho muitos 10 minutos para falar eu recolhi um eu escolhi um recorte e o meu recorte é
fazer pode passar o slide a integração entre o o nosso trabalho de cuidado e a questão que envolve o pacto Nacional pela primeira infância por que que eu trouxe o pacto porque o pacto é do CNJ né claro que eu tenho ali a partir dali o Marco legal da primeira infância que é fundamental mas o pacto também é importante eh como nós vamos envolver né como nós vamos envolver o pacto eh dentro dessa questão passei de dentro dessa questão eh da do trabalho de cuidado Qual o problema que eu trago pra gente tentar avaliar rapidinho
né como que a gente pode repensar os novos critérios para apoio no ingresso na permanência e na progressão da carreira das magistradas e servidores com filhos na primeira infância então um recorte bem preciso pelo tempo que a gente tem então aqui a gente vai trazer como legislação de apoio Marco legal da primeira infância e acima de tudo o pacto que foi feito pelo CNJ que acabou de completar 5 anos foi renovado agora ele saiu do CNJ tá no Ministério dos direitos humanos e cidadania como é que a gente vai trabalhar isso primeiro a gente se
Enxergar como nós mulheres nos colocamos dos espaços de poder como nós nos enquadramos a gente já chegou a pensar que nós somos trabalhadoras e é nessa perspectiva que a gente tem que olhar pro nosso interno não é porque a gente vai para espaço de poder que a gente perde essa configuração E aí eu vou trazer pra gente a convenção 111 da oit guardando que todas as Convenções da organização internacional do trabalho que são ratificadas pelos estados membros exigem primeiro que o estado cumpra então o Estado é o primeiro que tem que cumprir ele fala lá
ele proíbe na convenção 111 todo e qualquer discriminação que compreende ali o que que é discriminação na visão da convenção internacional distinção exclusão ou preferência fundada em motivo de raça cor sexo religião opinião política ascendência nacional origem social que tenha por efeito anular ou alterar a igualdade de oportunidades ou anular ou alterar a igualdade desculpa alterar ou anular a igualdade de oportunidade de tratamento em matéria de emprego ocupação então nós podemos enquadrar situações que nos colocam em dificuldade não paridade eh a situações que nós encontramos no decurso da nossa carreira essas situações que a gente
vai encontrar no decurso da nossa carreira eu trago aqui três problemas pra gente tentar buscar uma solução primeiro e isso digo agora de cadeira né Eu sou formadora atuo na minha escola judicial atuo aqui na na mar na escola nacional dos magistrados e atualmente Estou como formadora dos novos magistrados e magistradas que ingressaram são 226 e nós tivemos lá dois casos de ingressantes lactantes que precisavam de uma solução porque elas não poderiam teriam uma dificuldade muito grande de vir para para Brasília ficar as quatro semanas aqui em período de lactância acompanhando o curso e pasme
o primeiro requerimento foi negado né até de atendimento telepresencial então o que que eu quero dizer aqui que toda a nossa carreira foi pensada numa visão não feminina e quando a gente leva essa questão isso é problema de mulher ISO não diz respeito a gente então como nós vamos organizar começando lá nos nossos cursos de Formação Inicial formação continuada em perspectiva de gênero para magistradas e servidoras principalmente com crianças na primeira infância o maior problema é a primeiríssima infância dos zer aos 3 anos mas como a gente tem esse Marco temporal nós vamos colocar de
zero a seis como a gente vai repensar E aí eu coloco uma situação muito simples né a exigência da residência de magistradas na sede dos locais em que ela é titular ou que ela se promove quando ela tá com criança nessa fase quando isso muitas vezes pode provocar a impossibilidade de ir quantas e nós temos dados do CNJ que dizem isso elas não se promovem porque elas não conseguem organizar a vida familiar delas como reavaliar as métricas de produtividade Fiquei muito feliz não consegui vir de manhã D salise Mas acompanhei de longe assim a exposição
da doutora e a senhora trouxe isso né Eh como que a gente vai reavaliar as métricas de produtividade que impactam negativamente as magistradas que estão em primeira infância e a senhora trouxe o slide mencionando né Por exemplo a exclusão do período de lactação para acompanhamento dessa produtividade E aí eu trago duas soluções né soluções não quem sou eu né duas ideias para que a gente pudesse pensar primeiro a gente precisa ampliar a resolução 343 que é aquele que vai falar do teletrabalho para crianças em primeira infância Hum Depois eu vou falar um pouquinho mais sobre
isso mas não é só eu tenho muitos fundamentos primeiro 227 o o melhor interesse da criança do Adolescente precisa ser colocado em primeiro lugar na perspectiva de atender as mulheres que são mães a conversão 111 que eu acabei de dizer já trata necessidade de igualdade e quais são as características da carreira que impedem ou dificultam sobre maneira o convívio familiar porque esse é um direito constitucional tá na base da Constituição Federal a garantia do direito familiar direito à convivência familiar E aí eu venho para que eu acho que pode nos ajudar para quem vai para
as oficinas para quem vai pensar em medidas práticas e aí a Dra salise vai dizer se eu tô viajando na maionese ou se a gente realmente pode buscar uma solução por aí até falei com a Bárbara né que me convidou ou vai ser loucura ou vai ser alguma coisa muito nova o CNJ instou por uma resolução própria Ah eu até anotei o número dela porque eu não decorei a resolução 395 de 2021 que instou todos os tribunais a criarem os seus laboratórios de inovação e a gente tem uma visão equivocada porque a gente pensa em
laboratório de inovação como se fosse tecnologia e não é eu estou no laboratório de inovação inclusive o nosso tribunal vai lançar agora no dia 17 de outubro d coca que está aqui também desembargadora lá da TRT 155 nós fizemos um projeto pro nosso tribunal ele foi aprovado ele vai lançar o nosso laboratório que é a criação de um de um de um espaço para ajudar as juízas e juízes a solucionar casos de grande complexidade e Impacto social por que que eu tô falando do laboratório de inovação porque ele tem como foco criar um novo design
legal e se já se vocês já imaginaram nós mulheres criar um novo design pra categor pr pra nossa profissão enquanto quanto mulheres como é que a nossa profissão foi pensada e foi construída na Perspectiva do homem branco médio por isso que a questão da lactância não entra por isso que o retorno da licença a baixa produtividade que nós temos quando retornamos ao trabalho não está no foco porque ele não foi pensado então eu vou além eu acho D salise que o o primeiro passo que foi a criação das listas apenas de mulheres é um passo
gigante pra garantia da paridade mas a gente precisa também a senhora já trouxe isso hoje de manhã como é que a gente pode avançar para repensar toda a carreira da magistratura na Perspectiva Feminina eu trago aqui como mote o pacto da primeira infância porque eu pensaria nas mães lactantes mas eu não posso ficar nelas elas seria o meu primeiro start levar pros nossos laboratórios de inovação um novo modelo de carreira para as mulheres que atenda as nossas especificidades enquanto mulheres que possuem eh o tempo de trabalho que decorre daquela divisão sexual de trabalho que nos
impõe eh uma série de outras atividades que não impactam os homens e como elas impactam a nossa carreira então aqui eu trago o exemplo exatamente na linha daquele que a senhora trouxe de manhã esse critério da ob da produtividade que é usado para para nos mensurar ele precisa ser ter uma métrica específica no caso de mulheres Tá mas como é que a gente vai fazer isso eu tenho situações nas quais eu não precisaria ter a mulher lá à frente da vara ou da unidade jurisdicional presencial m e eu digo isso que é uma política que
o CNJ precisa implantar Qual é o nosso maior gargalo nosso calcanhar de Aquiles de todo o poder judiciário não é a fase de conhecimento é a fase de execução não é pelo menos o trabalhista não sei se na justiça estadual isso também impacta a nossa maior taxa de congestionamento é execução e há uma uma uma uma uma uma uma um preciosismo porque eu não posso ter juízes especializados emem execução imagina essa mãe que tá no período que ela precisa se dedicar um pouco mais a família para ir pro teletrabalho para se dedicar a um trabalho
de inteligência para alavancar as nossas fases de liquidação e execução ela podia ter uma carreira diferenciada claro que se ela quiser isso não vai ser imposto porque eu posso ter mulheres que digam não eu tiro de letra eu não vou precisar de nenhum tipo de apoio mas as que precisarem precisam ter essa opção então que o que eu penso que seria ideal é um redesenho da carreira na Perspectiva do que nós mulheres precisamos para nos manter e nos igualar os homens porque quando a gente fala tenho que igualar os desiguais na Med que se desigualam
nós estamos muito longe disso porque essa carreira é naturalizada como se ela fosse criada numa perspectiva masculina e como se isso tudo fosse normal então reconstruir o percurso da nossa Carreira com a lente de gênero do zero começando lá no curso de formação Inicial e eu posso ouvir essa crítica né ah mas espera aí se eu colocar a mulher no teletrabalho ela vai ficar invisível não essa mulher pode estar no teletrabalho mas ela pode estar alavancada participando de curso de formação indo da palestra nas ejud de mesa redonda eu garanto a visibilidade dela no outro
arco que não necessariamente o trabalho na vara tô finalizando aqui Eu só coloco duas pesquisas que embasaram o meu estudo que fica aí para vocês e no final aqui é só muito obrigada tá aí meu e-mail tá aí o meu contato e 2 segundos muito obrigada gente mas a nossa eficácia feminina é um negócio né É elas mesmas se controlam impressionante eh nos comentários que acho aqui devidos dout Eliana podemos fazer um link da fala da Dra Cristine que usou outra expressão Ela não falou em novo design mas ela falou em paradigmas a serem rompidos
se eu rompo com o que está eu estabeleço novo evidente que a questão de laboratórios de inovação deve ser sim é totalmente pertinente e deve ser retomada por este conselho por o CNJ o Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional do Ministério Público se atrelar à agenda 203 da ONU quando se comprometeram com essa agenda trataram de fazer o compromisso com todos os objetivos de desenvolvimento sustentável e para que esses objetivos fossem trabalhados na justiça e já já eu vou conceder Vista a próxima panelista nós tivemos o primeiro laboratório de inovação aqui instalado como sendo
o laboratório de inovação dos odss Então essa iniciativa já era para propor um novo modelo só que a Dra Cristine fala de um novo modelo de atuação já a dout Eliana fala de um novo modelo de carreira até pode ser premissa salise para um novo modelo de atuação eu tenho que fazer um novo modelo de carreira se é que estamos falando de participação e empoderamento feminino e de perspectiva de gênero É bem isso haverá de ser uma proposta inovadora agora eu vou conceder Vista a doutora marelise Azevedo que é advogada e diretora do coletivo elas
pedem vista já que elas pedem nós concedemos mas não se alegre Doutora minutos são nem os 15 minutos não são nem os nossos 15 minutos de sustentação são 10 bom Boa tarde a todas né e as eventuais todos que por acaso estão presentes vi alguns rostos masculinos aqui eh eu queria em primeiro lugar Agradecer o convite eh para estar aqui e agradecer realmente agradecer muitíssimo porque eh em espaços como esse a presença da advocacia é Rara raramente nós nós estamos presentes e e quando e quando temos essa oportunidade comparecemos com muita alegria e e comparecemos
eh também no nosso entendimento munidas de de informações e de um olhar diferente né Com relação à justiça como parte essencial da Justiça mas naturalmente com um olhar talvez eh mais talvez mais diverso e ainda e ainda mais plural do que nós conseguimos e verificar nos outros nos outros operadores do direito digamos assim não é isso então eu agradeço muitíssimo convite em meu nome no nome da advocacia e em nome da minha Associação elas pedem Vista que muitos muitas de vocês devem conhecer de de de alguma algum evento e alguma participação eh quando fui convidada
a querida amiga e e juíza a Dra Bárbara me falou olha Eh vamos falar um pouco P Sobre a divisão sexual do trabalho digamos assim vamos falar um pouco sobre eh como isso se dá na realidade e será que você não poderia falar um pouco da sua trajetória como advogada que já é bastante longa eh e da das posições que eventualmente você ocupou E como você viu isso acontecer eu sou advogada trabalhista minha especialização técnica e profissional é direito do trabalho como que você viu isso acontecer isso evoluir isso mudar em que Em que momento
nós estamos para as advogadas de alguma forma para as trabalhadoras e eu vou usar meus agora 8 minutos para falar sobre isso eh então eu sou uma uma uma advogada que completo em outubro 27 anos de advocacia sem interrupção sempre fui advogada desde os 23 anos sou diretora de um escritório que como para nosso Nossa honra nosso orgulho é um dos maiores escritórios de advocacia trabalhista obreira como nós gostamos de dizer no seu trabalho advoc trabalhista obreira né com com eh unidade a principal em Brasília mas com unidades em Salvador em São Paulo hoje nós
somos 66 advogados eh atuando exclusivamente no direito do trabalho para trabalhadores e para servidores públicos eh e eu sou diretora D escritório já há há algum tempo sou também eh conselheira na comissão de ética pública da presidência da república e eu tenho que fazer uma uma um um um parêntese aqui muito importante eh Eu sou uma mulher negra como vocês podem ver sou uma mulher de 50 anos então de uma geração muito anterior à geração das das minhas colegas que hoje T 30 anos Inclusive das colegas que componham elas pedem Vista elas são bem mais
jovens que eu a maioria tem cerca de 10 anos 15 anos menos que eu então Eh Eu me formei em 97 em Brasília numa realidade e muito diferente da realidade que nós temos hoje com relação ao trabalho da advogada de forma geral da advocacia para as mulh e muito mais ainda pra advocacia das mulheres pretas e eu tive eh a sorte de ter na minha família especialmente no meu pai alguém que fez o pulo de classe O Pulo econômico para mim então eu pude vir pra Brasília e jovem trabalhar e estudar aqui meu pai é
procurador federal aposentado foi presidente de autarquias federais foi colega da ministra né foi colega da ministra como procurador federal e eu tive a oportunidade então de estudar em colégios tradicionais e conviver com eh com a elite de Brasília e desde jovem assim que cheguei aqui e isso é um pulo de classe e e um pulo econômico que eu não posso desconsiderar eh a minha trajetória teve essa essa essa esse pulo que fez muita diferença e eu não posso negar fez muita diferença na minha posição eh na posição que eu entrei na Advocacia em que eu
comecei na advocacia aos 23 anos de idade eu já eu não eu não pertencia a ao que algumas eh algumas eh doutrinadoras e escritoras dizem eu não pertencia à cozinha eu já estava na sala de star eh eu olho para isso com muita tristeza porque eu vi muitas das minhas colegas que não puderam ou não tiveram oportunidade de fazer esse salto por pelo mesmo fato que eu pelo pelo pela família ficarem para atrás na advocacia e até mesmo nos concursos públicos naquela época isso é é fato isso é um fato que eu carrego comigo com
com tristeza eh então a a a vida da advocacia sempre foi uma vida complexa uma vida complexa paraa mulher especialmente paraa mulher é uma vida complexa por quê Porque assim como eh disse eh a Dra Eliana os códigos os a os os lugares em que você tá presente não foram feitos para a mulher não foram feitos para mulher não foram feitas PR mulher que cuida por exemplo de pais mais velhos pais idosos nada da estrutura foi feito para isso eu vou dar um exemplo muito singelo sobre isso o horário das reuniões os horários das reuniões
são marcados em horários de entrada e saída das crianças da escola e ninguém se preocupa com uma coisa como essa Ninguém se preocupa na sua família E aí seu companheiro enfim sua rede de apoio que você não pode ser a pessa pessoa que busca e que leva sempre e muito menos os seus colegas de trabalho e sua chefia se preocupa com o fato de que você não pode ser a pessoa que que que fica para as reuniões até mais tarde ou que fica PR as reuniões que adentram esses horários e aí vem uma coisa muito
básica nesse sentido que horas começam as sessões de julgamento nos tribunais 1:30 1 hora 2 horas não é isso e se estende muitas vezes até às 18 19 20 horas a sessão que começa de manhã vai além do meio-dia me30 Então são singelas coisas questões cotidianas do nosso dia a dia que mostram que realmente eh esse mundo não foi feito para as mulheres para as mulheres negras eu nem falo né e eu vou citar uma situação que é era muito comum hoje em dia não é mais na na minha realidade que era que que eu
nunca era a advogada né nem se se eu eu tava dentro do meu escritório eh no rol de entrada do meu escritório meu nome lá na placa eh e a pessoa entrava no escritório e perguntava pela advogada que era eu eu ia fazer o atendimento dessa pessoa hoje em dia is é mais difícil porque por causa da internet as pessoas golam o nome da gente né E já sabem quem vão encontrar mas no começo da minha advocacia era muito comum isso acontecer alind mais era muito jovem também eh eh contava né para para essas situação
e e o que que que que eu vejo hoje 27 anos depois eu vejo eh as jovens advogadas muito mais conscientes do que se deve esperar de um ambiente profissional do que se deve esperar do ambiente institucional porque também sofremos essas violências nos ambientes institucionais como vamos Quando vamos despachar Quando vamos conversar com com um magistrado enfim também sofremos essa violência elas muito mais conscientes de que aquilo ali é um é um um momento profissional que tem que ser respeitado então não permitem que assédios e e violências desse tipo se aproximem delas ou tentam não
permitir mas eh também vejo que mesmo com mais consciência essas situações não deixam de acontecer elas continuam acontecendo em algumas situações eh eu costum eu tenho uma uma frase que eu gosto de dizer que eh para para as mulheres tem o teto de vidro né Então essas situações de você não conseguir subir né Mas eh e para as mulheres negras especialmente eu gosto de dizer que tem uma porta de vidro a gente nem passa para dentro da sala de onde se vê o teto de vidro então é é mas há uma consciência e isso é
importante e E aí daí mais importante ainda a oportunidade que que a Bárbara e que toda a organização do evento me deu de estar aqui falando um pouco sobre isso né sobre a realidade da advocacia sobre a do que ainda pretendemos alcançar e como a divisão de trabalho no mundo do trabalho nós somos trabalhadoras também as advogadas são trabalhadoras Com certeza né Eh e como a divisão do trabalho e a divisão eh da vida pessoal da vida familiar das atividades de de de de cuidado como elas ainda tão muito aqué do que se espera para
que nós possamos eh alcançar as nossas potencialidades né aqui a a dout Ivana tá falando sobre como nós nos mesm nos organizamos aqui para não ultrapassar nosso tempo isso é uma parte importante das nossas potencialidades ISO faz parte do nosso cotidiano né fazer as coisas dentro do do do dos tempos que precisamos Então eu acho que é muito importante para nós eh olhar eh para as realidades e olhar para as institucionalidades paraa nossa própria profissão E aí falando como advogada e não se conformar com o fato de que eh alguns homens estão fazendo trabalhos e
se posicionando à nossa frente em situações que nós faríamos muito melhor do que eles e que muitas vezes Nós escolhemos fazer eh dentro da possibilidade para poder dar conta de outras eh atribuições e responsabilidades que também Assumimos por por nosso nosso desejo né então é muito importante a gente olhar com esse olhar de desafio para essas realidades então eu quero agradecer mais uma vez a oportunidade de estar aqui falar um pouco sobre eh a minha trajetória né como como Bárbara me pediu e dizer que é é realmente alentador em 27 anos depois do início da
minha carreira ter a possibilidade de ver como se debate esse tema e como não se debatia esse tema até bem pouco tempo atrás Obrigada D Ivana [Aplausos] nós é que temos a agradecer d marcelis o depoimento da dout marcelis é contundente Primeiro ela inicia agradecendo por ter sido lembrada Isso quer dizer em quantas outras sedes as mulheres negras têm sido esquecidas o depoimento é contundente também porque a advocacia tem lutado internamente para romper com uma cultura que não é só a de discriminação me permita Doutora realçar que a sua fala é muito devida eu acompanho
a comissão Federal da mulher advogada que liderou um trabalho para estabelecer um protocolo para atuação com perspectiva de gênero na advocacia que redundou em estabelecer como infração disciplinar o parabéns a advocacia caminha no sentido de garantia de dignidade para o exercício da função e nunca é demais lembrar D Elana o que a senhora colocou no começo os padrões das leis são padrões masculinos e machistas eles são padrões masculinos porque a lei trabalhista por exemplo foi para organizar o trabalho mas o trabalho de quem dos homens eram os que trabalhavam não se aplicava trabal exatamente não
se aplicava ao trabalho doméstico porque ele era atribuído é o estereótipo atribuído às mulheres então Doutora marcelis no final o seu questionamento é mais forte ainda a nós no sistema de Justiça as mulheres juízas as mulheres procuradoras as mulheres delegadas que são do sistema de segurança como tem sido o modo de tratar as advogadas com esse olhar com perspectiva de gênero ou não eu vou encerrar os comentários dizendo que não é muito estante aliás é muito recente o tempo em que um homem que estava cuidando das Crianças pediu para ser eh para ser garantido a
ele a preferência na sustentação oral um advogado que estava com suas crianças sob os seus cuidados pediu e teve deferido e uma advogada que estava no momento da lactação teve indeferido eu estou falando do Brasil estado democrático direito protocolo com perspectiva de gênero já adotada e sistema de Justiça brasileiro [Aplausos] parabéns por fim lamentavelmente nosso painel será concluído mas felizmente será concluído por mais uma mulher que tem lutado e muito lá do Maranhão pela efetivação da Equidade de gênero com brilhant tissimo eu anuncio Então a nossa painelista D Marcela Lobo ela é juíza do Tribunal
de Justiça do Estado do aqui à frente nós temos uma ministra ministra elizabe do stm e nós temos também a vice-presidente do TRF da Primeira Região D Gilda Maria e eu quero fazer o registro dessas presenças para repetir que a luta ela ainda tem muito pela frente elas sabem e poderiam que dizer de muitas outras ocorrências de discriminação de desigualdade mas insistem em participar do evento em se engajar em aprender mais então D Marcela são 10 minutos eu faço os elogios todos porque são devidos mas o tempo eu não posso mudar Claro com a palavra
a Dra Marcela Lobo Boa tarde a todas e a alguns né adotando o o a forma de cumprimento já dessa mesa eh eu quero iniciar na verdade falando da minha imensa alegria em poder ouvir essas mulheres aqui hoje as contribuições que elas trouxeram me fizeram refletir muito né sobre essa trilha que nós eh Vimos a percorrer ao longo desses anos quando se trata da implementação de questões de gênero eu sou uma Justiça sou uma juíza da justiça estadual a minha atuação se deu na violência Dom ao longo desses anos o meu objeto de estudo foi
sobre a violência doméstica e o Ponto Central né que eu acho que casa muito com a fala de todas vocês né mas casa também né com a questão quando a gente fala do enfrentamento à violência e a outras formas de discriminação é aquilo que a gente aprende sobre perguntar quem é essa mulher quem é a mulher que adentra o poder judiciário Quem é a mulher aqui hoje presente Quem é a mulher que busca esses processos judiciais que nós estamos lidando Quem são as advogadas Quem são as delegadas Quem são as promotoras Quem são as juízas
né eu comecei ouvindo aqui lindamente a fala da Dra Cristina assim achei Dra Cristina achei Espetacular eh trouxe muitas reflexões sobre a forma como se deu o ensino jurídico né o nosso ensino jurídico o nosso percurso nas faculdades certamente foi marcado por o ensino numa perspectiva androcêntrica né eram maioria de professores homens que nos ensinaram como pens o direito numa perspectiva supostamente de igualdade mas com certeza com muitas discriminações que estavam ali né não tão na superfície talvez ali naquele substrato porque a gente não conseguia né E aí eu falo compartilhando talvez essas angústias com
todas vocês né a gente não conseguia perceber essas nuances com tantas clarezas né com tanta clareza do ensino jurídico que a gente recebeu né e o meu já faz algum tempo né Assim como eh acompanho aqui muitas das colegas né de bancada nesse momento e aí a professora Cristine me fez pensar sobre uma pergunta que eu acho que é muito importante que casa muito com a fala da Dra Eliana e com a fala da Dra marcelis Quem é a mulher no poder judiciário e para qual mulher nós estamos servindo o poder judiciário quem são essas
juízas Quem são ess servidoras quando a gente fala aqui de implementação da política de participação feminina essas mulheres Elas têm vários rostos Elas têm várias necessidades e elas têm múltiplas expectativas desse poder judiciário então quando a d Eliana coloca a importância da gente valorizar o teletrabalho para aquela juíza Aquela servidora que está naquele processo de acompanhamento de um filho uma filha na primeira infância mas se ela não quiser ela pode fazer uma escolha diferente a gente fala de reconhecer essas diferenças dentro do Poder Judiciário mas nós conseguimos trabalhar essa política com esse nível de espécie
cidade nós conseguimos enxergar dentro dos nossos tribunais no âmbito da implementação dessa política de participação feminina Como enxergar esses diferentes essas diferentes perspectivas incorporadas dessa mulher que muitas vezes tem uma rede de apoio distante da sua cidade daquela mulher que está numa comarca que não tem um apoio né hospitalar e a realidade do Maranhão né para muitas colegas e muitos colegas também foi essa né de não conseguir levar a sua família para residir no interior porque não tinha né um hospital adequado não tinha uma escola adequada Não tinha rede de apoio como a gente vai
fazer vai construir Essa justiça para essa advogada que precisa buscar o filho né ali na escola que não tem uma rede de apoio também mas tem essa sessão que se prolonga até mais tarde e essa fala da dra marcelis para mim foi bastante né assim invoca a necessidade da gente refletir sobre essa perspectiva porque muitas vezes o juizz ou a juíza Se prepara para ficar com aquela pauta extensa Mas será que ele entendeu ou ela entendeu Que Há outras pessoas envolvidas também nesse processo de fazer a justiça e que não estão entre aspas ali preparado
e eu preparados ou Preparadas e eu até me me pencio porque eu já fui uma dessas juízas né de marcar uma pauta gigantesca Imaginando assim nossa eu vou desafogar aqui O Poder Judiciário e as pessoas às vezes ficam ali aguardando né minutos horas porque você tem né um gigantismo de uma demanda processual que precisa de uma resposta mas não considerou esses outros aspectos que são aspectos peculiares E aí né Eh falando um pouco até sobre essa questão da métrica da produtividade que a Dra Eliana colocou eu me pergunto né Eu acho que esse é um
espaço adequado pra gente se perguntar é uma questão que a gente também já discutiu no âmbito né do próprio mestrado da infan do qual eu sou egresso muito orgulhosamente compus a primeira turma do mestrado eh Será que as métricas atuais para mensurar a qualidade da prestação jurisdicional elas são adequadas elas conseguem de fato identificar uma prestação de qualidade e aí eu volto aqui pra temática da violência doméstica quando a gente fala por exemplo da concessão de uma medida protetiva a gente fala da necessidade de um acompanhamento dessa mulher de entender Quais foram os motivos que
a levaram aquela condição de violência e o que o estado pode oferecer para que ela saia dessa situação de violência mas esse atendimento ele fica entre aspas apagado dentro de uma métrica de produtividade que quer apenas uma entrega né um processo entra um processo sai Será que durante essa necessidade atendimento dessas demandas específicas da lactação da primeira infância da Mulher em situação de violência da mulher Ribeirinha da mulher quilombola eu não apago essas vivências femininas individualizadas Porque estão exigindo de nós uma simples né resposta ali imediata processo entra o processo sai a meta um a
meta dois a meta três a meta 4ro né então assim respeitosamente né Eu quero trazer esse questionamento ao próprio aqui no âmbito do próprio conselho para que a gente possa refletir sobre que modos a gente pode fazer para incluir dinâmicas diferentes e aí né as três as nossas três painelistas trouxeram aqui críticas e eu vou considerá-las assim que são muito relevantes né como a gente incorpora o feminino dentro desse normativo que é um normativo seco ele pretende ser igualitário ele pretende discutir a questão numa perspectiva mais Ampla abordar ali métricas que talvez tanto né nessas
reflexões porque eu acho que eu estou trazendo tanto mais perguntas na verdade do que respostas ao nosso debate falando da importância de trazermos a capacitação como a linha mestra para o poder judiciário nós vivenciamos uma perspectiva né eu vim embora eu tenha passado por um curso de formação o curso de formação pelo qual eu passei né lá em 2009 era um curso de formação que se preocupava em nos fazer entender como funcionava o poder judiciário hoje mas não em construir como o poder judiciário deve ser amanhã acredito que muitas aqui presentes né tenham passado por
essa mesma experiência então assim o que é o poder hoje né Qual é o o sistema que eu devo mexer né com quem eu devo falar o que é que eu devo fazer o que é esperado de mim e não como a gente efetivamente deve pensar o judiciário de amanhã se nós pretendemos avançar para uma perspectiva mais humanizada uma perspectiva que entenda as diferenças uma perspectiva que Contemple uma igualdade serial né e a professora Cristine falou muito disso né nas nossas mães constitucionalistas que trouxeram incorporaram uma igualdade formal dentro da Constituição mas que cabe a
nós avançar para essa Perspectiva da Igualdade material a gente fala de capacitação a gente fala de letramento né como a professora Adriana falou ali no seu primeiro painel a gente fala da necessidade de mostrar para essas pessoas que há realidades muito distintas que é uma realidade de gênero que precisa ser incorporada e o gênero né como a Mariana falou ali também esse palavrão que foi incorporado ali com a Lei Maria da Penha que hoje faz parte da nossa realidade que nos permite realizar eventos como esse e que hoje né Faz parte dessa nossa lente essa
lente que nos permite enxergar melhor como a Dra Ivana colocou ali né que a gente tira o óculos coloca o óculos e entende a importância dessas lentes para ver o mundo de uma forma mais abrangente e mais clara Então essas lentes de gênero que nos permitem enxergar uma nova Justiça elas partem né inicialmente desse processo de capacitação então cabe a todas nós né e alguns né dos que estão aqui estão assistindo também espero eu se empenhar nessa perspectiva de incorporar essas mudanças plurais essas mudanças elas acontecem diuturnamente então lá na minha unidade eu já posso
pensar uma justiça que seja uma Justiça diferente de maneira que amanhã a gente consiga Talvez né contaminar positivamente as estruturas de poder para que elas possam incluir métricas que sejam métricas mais humanas mais adequadas e efetivamente que entendam a relevância da diversidade e da composição desses múltiplos olhares paraa construção de país verdadeiramente justo encerrei inclusive no tempo muito obrigada eh nós vamos prestigiar o nosso fotógrafo Cadê o senhor nós vamos fazer o nosso exercício novamente depois de um painel incrível desse só para senhor fotografar vamos todas que estão com os óculos levantem os óculos todas
essa foto vai ser o retrato do nosso encontro vou fazer uma aqui para lá e depois eu vero eles que Se Cuidem eu que dig gostou da ideia né Depois você põe lá deixa fazer mais uma vir crédito Olha já teve até uma direção de arte aqui nesse belíssimo painel né pronto podemos de novo agora a mesa gente agora ele vai fotografar a mesa de lá para cá bom vou encerrar com as lentes de G Não é só para fazer não aqui tem grau pode ter certeza Doutora Marcela Lobo suas perguntas eh já vieram com
as respostas mas para nós Encerrando o painel eh as palavras vêm também com desafios mudar paradigma foi palavra da doutora Cristine mudar a carreira foi palavra da doutora Eliana ampliar vozes foi palavra da nossa advogada que pediu Vista então eu faço a conclusão para quem nós vamos fazer isso tudo para quem Para nós Claro nas nossas carreiras na nossa atuação nas disputas que vamos encarar porque vamos para a democracia por certo tudo que nós estamos falando tem patamar de fundamentação dogmática doutrinária mas tem também de obrigações do estado brasileiro que é democrático para justiça também
mas para outra Justiça uma justiça emancipatória e emancipatória de quê de preconceitos de discriminação de opressão então nosso desafio ele é múltiplo o melhor de tudo é que nós estamos prontas muitíssimo Obrigada agradecemos os pronunciamentos realizados em seguida iniciaremos o painel o painel três a construção dos Direitos Humanos das mulheres uma abordagem à luz do direito internacional pedimos a gentileza de aguardarem neste auditório qu tirar uma fazer eu tenho que entregar eu tenho que entregar como chama isses certificados não não era bom em continuidade à programação para apresentar a do painel TRS a construção dos
Direitos Humanos das mulheres uma abordagem à luz do direito internacional compõe a mesa como presidente a ministra do Superior Tribunal militar Maria elizabe Rocha e como painelistas a Embaixadora e primeira Presidenta da Associação das mulheres diplomatas brasileiras Irene vida gala a advogada Ana Maria da Trindade dos Reis e como debatedora a juí auxiliar do Superior Tribunal militar Bárbara Lívio para a condução dos trabalhos ten a palavra a ministra Maria elizabe Rocha o meu caloroso boa tarde a todas e todos presentes antes de mais eu gostaria de cumprimentar as nossas painelistas a Embaixadora Irene vida gala
a Dra Ana Maria Reis e a Dra Bárbara Lívio né que estão aqui para brilhant esta tarde com as suas colocações e as suas ponderações em nome das queridas painelistas eu cumprimento a todas presentes a querida Gilda sigmaringa vice-presidente do TRF Dra Cristine Peter e todas as demais que se D Adriana e todas as demais que se encontram aqui bem é com muita satisfação que eu participo da abertura desta edição terceira Edição do seminário mulheres na justiça Os Novos Rumos da resolução 255 efetivamente Como tem sido dito aqui implementar a participação e ascensão feminina na
magistratura é urgente sabidamente ao longo da história as mulheres foram alijadas e relegadas a uma situação de inferioridade de exclusão e com viver em uma sociedade na qual sejam superadas todas as formas de discriminação e opressão é um ideal civilizatório de convivência igualitária entre humanos que reconhece talentos sem estereotipos sobre os papéis de cada qual nas estruturas sociais e nesse cenário a resolução 255 de 2018 do Conselho Nacional de Justiça ao buscar assegurar a simetria entre os gêneros da na judicatura se sobreleva eu costumo dizer que a despeito do símbolo da justiça ser uma mulher
se a deusa temes desvendasse os olhos encontraria poucas magistradas no judiciário p notadamente nos tribunais aden e superiores aqui e ali entre Barb circunspecta ternos e gravatas ela veria em algumas poucas togas traços femininos mas nessas togas perceberia a força e a determinação das mulheres para ampliarem passagens muito mais estreitas do que os seus colegas homens e para manterem-se combativas diante das estruturas institucionais patriarcais Aliás foi relativamente há pouco tempo que os juízes passaram a tê-las como colegas como se o conhecimento da lei da jurisprudência da prova dos Autos e das alegações das partes fosse
um código masculino decifrável somente pelos homens por certo crivos hierárquicos condutores de privilégios e restrições vem sendo solapados pela ampliação dos direitos das minorias que privilegiam modos de ser e de viver distintos dos padrões ocri heteronormativos e da branquitude rompendo as travas Opostas à igualação Passos já foram dados a resolução 255 é um exemplo contudo é necessário avançar o heterogêna final está mais do que demonstrado que as pessoas percebidas como diferentes permanecem compulsoriamente confinadas em lugares pré estabel e indesejados e nesse entrelaçamento do mundo natural com o mundo social injusto e desigual nós mulheres nos
conscientizamos do que carecemos e do que gostaríamos de ser e a consciência do que somos nos legitima e autoriza a romper as travas Opostas à isonomia material e a combater os contextos de inópia eu reafirmo parafraseando ar que o poder judiciário há de cumprir Seu ideal e há de tornar-se um imenso órgão inclusivo e plural até porque as alusões ao patriarcalismo e a todas as outras formas de discriminação reproduzidas no seu interior esbatem nas virtudes cívicas e tornam a justiça enviesada falar contemporâneo implica em construir o processo de feminização implique em refutar estereótipos carcomidos pelo
tempo e ar em direção à Equidade como condição indispensável para a efetivação do estado de direito por certo a ascensão de mais magistradas nos espaços de poder judiciais terá um impacto Positivo na prestação jurisdicional e no desenvolvimento da Lei substantiva uma vez que o feminino vê um mundo sob perspectiva diversa do masculino e nada é mais saudável para a democracia sabido que a alteridade perspectiva uma humanidade mais fraterna mais libertária e sobretudo mais filgen portanto sejam todas muito bem-vindas e nós então vamos dar início ao nosso painel e com muita alegria eu convido a nossa
Embaixadora Irene vida gala a falar durante o tempo que julgar necessário Não aqui 18 minutos a min teve uma extensão um pouco maior meu painel Boa tarde eu tenho convar com a piadinha aqui eu tenho um público só de mulheres né e senhora ministra começar antes um pouquinho mais formal né Afinal de contas decoro é um prazer est aqui cumprimento meus colegas de mesa Saúdo todas e todos presentes e volto pra piadinha é comum a gente falar em salas onde tem só homem as mulheres são bem pouquinhas e a gente tem oportunidade de falar e
agora a ministra falou assim não lhe dou o tempo que for preciso e a minha piadinha é sempre a seguinte nunca dão um espaço pra mulher falar na hora que dão não dá tempo ai eu vou falar o tempo todo então aqui é um risco mas eu prometo que como que som só mulheres eu vou respeitar o tempo e e vou tentar conversar um pouco com vocês eh eu disse na abertura que eu sou uma Enfim uma ave fora de sou de outro ninho não sou deste Ninho e eu acho que eu tô aqui porque
a gente construiu já um diálogo entre mulheres diplomatas e magistradas e eu queria deixar aqui um registro da primeira juíza colega de vocês que foi atrás de mim que é a clara aqui de Brasília que descobriu trabalho que a gente estava fazendo começando a associação de mulheres diplomatas brasileiras que foi criada em janeiro do ano passado e que é a primeira associação de mulheres em carreiras no executivo brasileiro quero acreditar que no serviço público brasileiro do nível Federal nós começamos esse trabalho depois de uma história de mais de 10 anos de uma eh ação um
pouco informal e aqui há pedidos tenho muita honra de recomendar ou sugerir a vocês que não viram que Vejam a história de 100 anos de mulheres na diplomacia que é um documentário que se chama exteriores mulheres brasileiras na diplomacia que tá disponível no vím E aí vou contar um pouco de um Fed verro mas que é muito forte para todos todas nós e tenho certeza aqui para vocês eh em 1918 a primeira mulher entra na carreira diplomática num concurso como a primeira mulher concursada a entrar no serviço público brasileiro foi uma baiana que entrou pra
diplomacia 1918 a ela foi recusada a oportunidade de fazer a prova naquele ano Mas então Rui Barbosa fez o recurso para ela entrar para ela tentar fazer a prova e o chanceler brasileiro não teve como recusar eh os argumentos de Rui Barbosa e o documentário começa contando do despacho do nosso chanceler da época dizendo melhor era ficar em casa vai para casa mas tiver competência venha e faça a prova ela passou em primeiro lugar e assim a gente inaugura a história de mulheres no serviço público brasileiro com muita honra com muita honra sendo uma Diplomata
e nós estamos tentando conduzir esse trabalho na associação das mulheres diplomatas que eu já não sou mais a presidenta precisei renunciar em julho deste ano porque politicamente não era mais viável o trabalho em um ano e meio de associação nós nunca fomos recebidas pelo nosso chanceler então eu achei que eu podia est causando muito constrangimento às minhas colegas porque a luta era muito dura e eu tinha enganado uma luta muito dura por quê E aí eu venho aqui talvez paraa essência da minha min a conversa com vocês que é eu me estranha no ninho talvez
não tanto me estranha no ninho como disse a Clara me trouxe para dentro e depois eu fui acarinhada pela Terezinha de São Paulo e pela salise as duas me puseram assim falaram assim estamos juntas nessa luta e com esse apoio eu chego aqui para pensar como é que a gente atua juntas como é que a gente pode fazer com que é o movimento do Judiciário que o de vocês hoje eu devo dizer eu tô encantada tô encantada vocês nesse nós né ou no caso vocês aqui vocês quase performam o total do número de diplomatas mulheres
na carreira né E vocês vejam como hoje foi Acho que a Renata que mencionou que o uma mulher sozinha ela é ela não consegue fazer ela é singularizada no negativo de di ante dos pares quando as mulheres são muitas elas conseguem uma mensagem muito forte vocês têm a favor de vocês o fato de serem muitas nós diplomatas somos 350 para o Bras na diplomacia brasileira estamos espalhadas pelo mundo portanto em Brasília somos muito poucas e temos um um um problema de e hierarquia que nos silencia porque a nossa instituição é uma instituição que não alcançou
os padrões de republicanismo que nós esperamos ver numa instituição como o ministério das relações exteriores tudo ainda é feito essencialmente no poder discricionário de alguns poucos isso inviabiliza carreiras femininas Volto à essência da minha conversa se nós temos alguma coisa em comum é sem dúvida o fato de queremos melhorar a sociedade brasileira em últim Instância reduir o número de eh eh mulheres mortas isso nos agride diariamente e vocês trabalham tão diretamente com isso com medidas protetivas enfim mas nós o que nós fazemos diplomatas nós estamos junto com os nossos colegas homens representando uma diplomacia que
é como já foi dito hoje aqui também acho que foi a Adriana que disse eh a diplomacia brasileira foi capaz de ao longo de anos construir uma trajetória de direito positivo de direito internacional em que o Brasil é uma referência a ministra Maria elizabe mencionou aqui o fato de haver um Marco civilizatório que nos ajuda esse Marco civilizatório tá sendo debatido e construído no sistema internacional e mesmo em momentos tão difíceis como foram os 4 anos do do presidente Jair bolsonaro a diplomacia brasileira conseguiu preservar esses espaços e ainda que a gente tenha que ter
feito algumas adesões alguns movimentos a gente já rapidamente foi lá e limpou isso sem sujar muito o nome da diplomacia brasileira o nosso país é um país Progressista no sistema internacional e a diplomacia brasileira não só funciona para construir esse sistema internacional de direitos humanos mas o a parte mais difícil a gente tem que justificar porque a gente não cumpre o que tá na lei Este é o momento tão difícil do nosso trabalho porque que nós não encontramos politicamente o apoio para fazer valer o que tá na lei e que foi internacionalizar internalizado pelo direito
brasileiro então recentemente eu tive o o o oportunidade foi uma honra para mim de participar de um curso da escola da magistratura de São Paulo onde eu falei exatamente sobre o sistema de direitos humanos não exclusivamente sobre o aspecto de gênero mas o sistema de direitos humanos e a eh execução disso dentro do direito brasileiro fiz tentei fazer um diálogo se nas outras escolas eu acho que vocês podem emprestar né usar trazer cursos Talvez seja uma oportunidade mas no tocante as questões de gênero nós temos um Marco civilizatório e nós temos o benefício de estar
no espaço ocidental porque o direito ele está sendo construído muito no plano internacional dentro do Marco que é aquele que a gente participa talvez mulheres como nós de outras matrizes de outras origens eh que são por exemplo do mundo árabe que são do do espaço africano não se encontra então Eh tão espelhadas naquilo que tá o direito internacional mas nós estamos Então isso é uma vantagem para nós trazer todo esse material como a Adriana disse trazer todo esse material para para dentro dos nossos tribunais mas já paraa formação nas escolas de direito acho bastante importante
a ouvindo a fala da Adriana eu tomei nota e e falei o seguinte Vou sugerir noita marati a gente tem que fazer os nosso curso de autos estudos que o uma das propostas de tema a gente tem Às vezes a oportunidade eu vou propor que seja estudado como o direito internacional está sendo refletido nas decisões da brasileira eu acho que na questão de gênero Isso vai ser bastante interessante Então acho que é um espaço de diálogo bastante bom mas enfim independente Eu acho que quando a Bárbara me trouxe aqui para falar e eu tô atenta
aos meus 18 minutos né que é o que eu tenho e quando a Bárbara me fez o convite ela falou a sua experiência então eu quero trazer um pouco da minha experiência e vou levar certamente a de vocês para nós diplomatas a Minha experiência é que o espaço de poder no Brasil não está nada favorável à nossa luta nós infelizmente Vivemos um governo que foi eleito com uma agenda eh Progressista mas que e que prometeu muito no tocante à questão de gênero mas que vem entregando muito pouco então eu acho que o primeiro a minha
experiência me mostra que o primeiro compromisso meu é com a verdade o meu primeiro compromisso é com a denúncia porque nós temos neste momento eu imagino que no espaço de vocês também a gente ouve muitas vezes di Ah mas melhorou muito meu primeiro objetivo é dizer não melhorou as coisas a a a vou te chamar de elizabe elizabe falou dos avanços da 255 e e agora da da da resolução 25 e do C C é efetivamente um avanço mas a implementação ainda é o desafio portanto a gente olha no espaço político brasileiro que eu tenho
que a minha proposta é sair do Judiciário e trazer pro Brasil para esse diálogo entre várias forças né executivo legislativo e judiciário Vejam o retrocesso que foi e a gente falava hoje disso no almoço essa da Anistia Qual foi a luta para colocar quantas mulheres certamente Quantos homens lutaram para fazer com que o legislativo fizesse uma alteração e agora vão alguns NS ajustes que eu tenho imensa dificuldade de entender retirar isso e veja o que é para nós mulheres o maior desafio o assunto vai ao Supremo a PEC mas vocês sabem por que vai ao
Supremo por um movimento de negros as mulheres não estão suficientemente organizadas no Brasil no nosso nível para levar isso ao Supremo nós ainda defendemos da pauta muito mais contundente que a pauta dos negros e eu não quero comparar pautas políticas As duas são inteiramente importantes mas eu tenho que reconhecer nesse meu objetivo da denúncia que neste caso não é uma denúncia é uma constatação de que a gente ainda tá muito atrás se nós estamos tão atrás O que que a gente tem que fazer bom arregaçar as mangas que acho que todo mundo tá aqui querendo
fazer mas o que mais a gente tem que fazer eu tenho atualmente Eu participo de um movimento que é uma ONG mas que tem um financiamento porque nós mulheres não temos dinheiro não temos dinheiro porque nós não fazemos parte das instâncias do poder e quem tem poder divide os recursos bom então há uma ONG com alguns recursos que está fazendo um trabalho sobre o funcionalismo público e acaba de criar um GT de mulheres no serviço público e eu sou Embaixadora nesse né fui chamada para participar e uma das coisas que eu tenho dito muito nós
precisamos de uma rede potente de vozes femininas as vozes femininas elas estão isoladas nós temos uma ministra Car Lúcia que no meio de homens diz olha VM aqui acabar com a festa do Bolinha né Nós temos aqui no judiciário Vocês conseguem ter algumas vozes nessas instâncias hoje hoje a a referência é falsa porque nós estamos entre amigas né entre num grupo aqui mas quantas são as vozes no legislativo que conseguem falar pelas mulheres mas saibam que no legislativo é onde a gente ainda consegue um um processo muito interessante A Minha experiência é que no legislativo
foi possível superar a questão partidária existe uma bancada feminina mínima mas que está construindo uma pauta Então isso é Mais Uma amra De que as mulheres elas não são só importantes pela representatividade como hoje já foi dito aqui as mulheres são importantes porque elas trazem uma experiência política diferente e no legislativo a gente vê isso como as mulheres conseguem Superar as partidas para fazer um trabalho articulado em prol da agenda de gênero somos muito poucas ainda não conseguimos fazer muitas mas o que que a gente precisa fazer construir uma aliança de vozes positivas de mulheres
como a gente vai fazer isso a gente tem uma situação política no Brasil hoje que é muito difícil nós temos um crescente espo do conservadorismo nós temos vozes inclusive femininas a serviço cooptadas e a gente sabe que isso existe para dizer que a mulher tem que se submeter ao que tá escrito nas nos textos religiosos e que ela tem ficar dentro de casa nós estamos lutando contra tudo por quê Porque a cada ação há uma reação na medida em que nós começamos a nos fortalecer a reação muito mais forte então volto a dizer a gente
não aceita o discurso de que as coisas estão melhorando elas não estão porque a reação está sendo maior do que a nossa ação e ela está sendo capaz de nos silenciar e de nos destruir destruir não desculpe falei mal não nos destrói Como já foi dito aqui nós somos mulheres potentes nenhuma de nós aqui tá apanhando em casa nenhuma de nós tá tendo que eh enfim sabe Deus fazer o que para conseguir minimamente da alimentação pros seus filhos e eu espero que nenhuma de nós esteja sofrendo violência e correndo risco de morte então nós somos
no conjunto das mulheres brasileiras aquelas muito Poderosas então eu todo dia quando eu tenho sentido que eu vou desistir eu falo assim eu não posso desistir eu tô tão bem na foto se tem alguém que é poderosa sou eu eu não vou desistir gente não desiste porque muita mulher depende da gente então e o meu tempo acabou o que eu quero dizer é as dificuldades estão aí muito grandes a gente vai bater em muita porta e os homens têm a chave da porta no legislativo uma PEC né da Anistia no judiciário as tentativas de inviabilizar
a aplicação das resoluções no executivo uma organização de poder feminino voluntariamente débil o nosso ministério das mulheres é parte de um estado que foi diminuído o estado mínimo ele afeta sobretudo as garantias dos direitos o estado mínimo faz com que o ministério das mulheres seja quase um não Ministério as mulheres que são as lideranças dessas desses espaços políticos são de alguma forma no meu entendimento convidados a não falar porque se quisessem mulheres com voz potente nós temos muito para est lá e as que estão lá infelizmente estão tendo que silenciar é isso muito obrigada eu
agradeço eu agradeço imensamente a Embaixadora Irene vida gala pelas suas palavras contundentes e reafirmo que realmente Embaixadora desistir não é uma opção para nós mulheres não e dito isso eu a palavra a ilustre advogada Ana Maria Trindade dos Reis para as suas colocações difícil missão de falar depois da Embaixadora que a razão certeza que será brante foi muito bom não eu quero agradecer a oportunidade de estar aqui agradeço Boa tarde a todas eh agradeço e cumprimento a mesa em nome da elizabe nossa querida amiga ministra enfim estos um espaço de poder aqui o que é
uma alegria e eu quer i é só comentar o que que falta pra gente tentar chegar aí a gente falta pensar um pouquinho como os homens pensam não é para ser igual aos homens não você tem a pretensão de ser igual Mas eles TM uma cultura deles e eles puxam o outro as mulheres têm que aprender a puxar as outras Doutora Cristine falou do Direito Constitucional das mulheres a gente tem que citar as mulheres não é a toa eu também assim como a marcelis e como a ministra elizabe participo do elas pedem Vista sou presidente
do César DF que também tem um cuidado com paridade AB cmj DF EAB e iadf eh e todos esses órgãos eles têm uma preocupação muito forte com a paridade e e a gente tem que se valer dessa vontade desse institutos e se botar presente e não fazer só como disse a Embaixadora Ah não vai ser só o ministério não não Ministério a gente tem que oportunidade de usar esse espaço tão dando a paridade pra gente então ão dizendo que a gente tem direito a ela a gente tem que se agarrar porque essa realmente da da
PEC foi assim é é uma faca no estômago é sem sentido depois de tanta Conquista tanta luta você vê no mandato seguinte não deixa para lá deixa as laranjas acontecerem né então eu tinha até preparado uma questão e até lembrando um desses organismos que que eu participo teve uma advogada preta que negra que foi admitida e foi muito bacana super preparada boa em várias matérias tal e a pergunta para ela foi ah a sua comissão de é racial né não ela falou não eu tô pronta para falar de tributário Direito Comercial direito qu dizer porque
eu sou negra eu tenho que participar da comissão de direitos né raciais Por que que isso fica óbvio né Ninguém chega para você e fala Ah então e acontece com a gente Ah você é mulher Então você vai cuidar da comissão de eventos é primeira primeira coisa que eles pedem pra gente ah eventos é com fulaninha tão simpática né E aí você coloca dessa maneira então é muito difícil a gente a gente se colocar no espaço de poder e até E aí vai para todos os os níveis né quando eu comecei aí foi 10 Anos
Antes da d marcelis eh tinha mais cinco advogados que funcionavam junto ao antigo TRF tfr que depois veio o STJ e sucedeu eram mais cinco contava nos dedos eu Mônica gost Fernanda Hernandes Maria Cristina peduzi pelo TST pouquíssimas a Polete Marisa Polete e se eh Rosa Brochado enfim cinco ou seis e e estourando uma ou outra que vinha de Fora para poder atuar hoje depois de muito tempo você consegue ver que há uma feminização dessa área também então tem mais mulheres é mais comum você tá numa sala antes sala de espera ou aguardando o julgamento
e tem mulheres advogados aguardando mas é um caminho longo nesses 35 anos não não foi fácil e eu lembro que eu me transvesti do homem de que usava roupa preta e eu tô vendo aqui essa sala toda colorida as mulheres não usavam Roupa Colorida porque elas tinham que est ali naquele né espaço do Poder masculino então não podia estar muito colorida tinha que que que ser de uma maneira diferente para não chamar atenção para não se dissociar e para ser aceita então a gente tava quase usando gravata para poder ser aceita entre os pares né
as piadas que a gente ouvia porque que não tem mulher no Supremo Ah tem que fazer um banheiro para elas né então assim esse tipo de comentário machista a gente ouvia muito e eu tenho uma grande amiga eu acho que a maioria que conhece que é a desembargadora André Pachá que é secretária Geral do do do do TSE que eu sou super fã e ela fala essas piadas eu ouvia e não compreendia achava que aquilo fazia parte da da de de poder me inserir naquele espaço hoje inadmissível então a gente também tem que se controlar
para não achar graça dessa piada para não deixar passar porque aquilo que falou quando é uma advogada só eles falam mas se tiver umas 10 eles não vão ter coragem de falar um negócio desse então você tem que aprender um pouco como funciona isso então você imagina por exemplo a preocupação que eu já ouvi porque eu como eu comentei mais cedo eu trabalhei na associação dos magistrados brasileiros e na amerge então eu convivi durante muito tempo nessa eh na nessa direção e eu ouvia muito assim a preocupação de que tava havendo uma feminilização das juízas
do Judiciário que muitas mulheres estavam buscando o judiciário e a piada era mais ou menos assim a antes elas queriam ser professores e agora elas Descobriram que podem ter um um cargo como juízas então assim esse tipo de comentário Vale paraa promotora vale para enfim para todos os cargos do espaço de poder judiciário e esse tipo de comentário el não sintido eles achavam que elas não iam estudar que elas só iam cumprir a tabela do horário delas porque elas tinham que ir para casa que elas não confraternizavam não participavam de curso gente as mulheres não
t tempo porque elas acordam de manhã elas estão preocupadas como é que vai funcionar a casa Independente de você ser mãe solo de você ser casado de você ter um parceiro bacana por maior que ele mais bacana que ele seja mais parceiro que ele seja recai na mulher mesmo não tem jeito e para todas as profissões vai ser na advocacia vai ser na na na diplomacia você tem que olhar Exatamente tudo é a Marc Elise comentou dos horários de reunião é isso as reunião são marcad assim 11:30 meio-dia ou seja o almoço tá na mesa
né alguém tá preparando essa comida e uma mê você tem que estar no tribunal e por aí vai e como advogada Então a gente tem uma multiplicidade Você tem o o o julgador que atende às 7 da manhã que é o horário que ele prefere e tem um outro que atende às 8 da noite e tá tudo bem porque a gente tá feliz tá sendo atendida porque eu peço venem dizer porque tem sido difícil conseguir audiências pelo menos nos tribunais superiores a reclamação é muito grande eu não sei como é que vocês estão enfrentando isso
na na nos tribunais eh TJ trfs e e nas varas a os advogados T reclamado muito da dificuldade de ter uma audiência que não é audiência não é para ganhar alguma coisa é para poder dar satisfação pro pro cliente de que você fez o trabalho você peticionou você e que apresentou uma tese pessoalmente você destacou aquele processo você tirou da pilha então voltando a essa questão da do que eles imaginavam das mulheres na magistratura Mas então elas não vão participar de nada mas a gente a mulher consegue sair é assim é muito difícil a gente
tenta vai à noite tenta participar de jantar mas não está perto dos homens que exercem o espaço de poder que puxam um outro homem então a mulher fica naquela dificuldade de falar vou sair com o ministro fulando de tal para confraternizar Ah ela vai fazer alguma coisa mais que isso né ela não vai confraternizar né Jamais vão dizer isso né que vai confraternizar sempre vai ter uma segunda intenção daquela mulher que sai com algum homem que é profissional igual a ela e que ela quer debater ela quer crescer ela quer também ouvir as histórias e
os homens não eles se fecham nas cúpulas dali e e e você até imagina um pouco do seguinte sentido Ah eu tenho minhas amigas eu quero encontrar com minhas amigos não quero nenhum homem indo lá o homem faz a mesma coisa ele fala ah eu tenho os meus amigos eu quero encontrar com eles não quero mulher lá para atrapalhar a minha conversa e com isso a mulher sendo excluída ela não consegue exercer esse poder então a gente precisa muito que quem esteja nos tribunais puxem as outras mulheres Ah tem uma tem desembargadora do TJ vão
puxar uma juíza tem uma lista de seis nomes pelo menos um entra em consenso puxa uma mulher STJ tem lista gente eu falei de manhã duas listas da ministra vagas da Ministra Laurita e vagas da ministra Suzete Será que não virão duas mulheres será que a gente vai feminina tinha que ser STJ duas listas TR eu eu cantei de manhã aqui era o ideal mas não teve épocas demais mas eu concordo entendeu que que deveria ter esse tipo de situação mas aí é a gente tem que falar porque a gente nem que seja na pouca
conversa ali a gente tem que dizer que isso não tá correto tem que chamar a atenção de que isso não pode ser natural então eles têm que aprender como é que convive como é que puxa a outra mulher vai chamar uma um parecerista chama uma mulher parecerista entendeu então eu acho que assim eh e eu perturbo muito meu marido mesmo gente ele ele sabe ele mesmo falou então se tem que chamar alguém é ele mas ele se preocupa com a paridade Então eu acho que isso eu acho que é importante você tem que ter pessoas
você tem que falar em casa você tem que falar com o seu colega porque a gente não pode dizer que tá saindo a noite que tá indo jantar e alguém entender que isso é diferente do que os homens quando saem vão fumar um charuto que vão conversar porque isso é trabalho isso no final é Network Network funciona para vocês também se é assim que que funciona pro pro pros homens acenderem as mulheres não podem ficar na base da pirâmide é como disse a Dora Clara que você comentou da Clara Clara fala muito isso tem uma
base vocês sabem disso é na advocacia e é e é na no judiciário a base é feminina tem mais mulheres estudando direito tem mais mulheres eh se formando em direito e e indo pro pra magistratura e para advocacia mas a OAB também não tá dando exemplo não ão são homens que cuidam da OAB o exemplo que nós conseguimos o avanço que nós tivemos foi do do presidente Felipe Santa Cruz que conseguiu fazer a paridade na chapa na chapa é e na chapa e é isso eu tava até conferindo não temos nenhuma mulher que jamais foi
chamada para o CNJ o cnpm não tem nenhuma advogada tem só duas mulheres e não são advogadas o TSE ministra Dilene aqui presente que muito nos honra é a terceira mulher a entrar a primeira Negra junto com com a ministra Vera depois de ter entrado a a ministra Luciana Losso e Maria Cláudia bucer então enfim a gente tem um como substituta é não mas substituta ainda dá para entender dá só um tempinho que ela já já chegam no já já ela chegam lá é uma questão de tempo até mas é mas são as primeiras as
outras a a Luciana L foi titular foi substituta depois foi titular exerceu os oito os quatro mandatos dela ficou Aos 8 anos então realmente honrou muito a a a toga assim como horrou a bec então é muito bacana ter visto como sendo a primeira lá gente a ministra Eliana calmão foi a primeira mulher no SJ em 99 o Supremo só em 2000 com a ministra Helen de lá para cá quatro mulheres não faz sentido e tendo só uma hoje o TCU não tem nenhuma nenhuma mulher ministra Então você fica numa situação est tem S nem
falar gente nossa brilhante ministra aqui desde 2007 ocupando a cadeira a única não faz o menor sentido né ter chegado a esse ponto o que no início parece ó que máximo você única é mulher parece bacana mas você tem que entender que aquilo é o primeiro passo e que você tem que se fortalecer para trazer outras para abrir espaço para outras a gente não pode caminhar e falar Ufa cheguei aqui acabou e aí eu passo até para esse experiência do elos pd vista quando me chamaram falaram assim ah eu queria que você participasse para porque
a gente tem muita dificuldade de de acesso de conversar de se impor no judiciário aí na primeira impressão minha foi aquela que alguém comentou de manhã que foi mas eu já cheguei aqui tá tudo bem eu não fui ali eu não fui me colocando eu cheguei ali a primeira impressão minha é que assim não preciso tá tudo bem todo mundo vai ter seu espaço eu não preciso entrar nisso um ano depois eu falei não eu preciso que aí eu refleti e vi eu entrei foi difícil mas não pode ser difícil paraas outras a gente tem
que dar um passo e chamar outra para vir junto eu acho que essa eu acho que a grande observação que a gente tem que ter é a grande eh eh acho que essas vitórias todas essas conquistas de resoluções gente não também eu acho que tem que ser tem que ser celebrada tem que ser celebrada tem que se virar história tem que virar história firme fixa para que não não aconteça igual a PEC para não ter retrocesso Então ela tem que serar celebrada para ser lembrada de que houve um espaço de conquista e eu acho que
aí tem uma terminando aqui eu vou até terminar um pouco antes eh eu quero falar só uma coisa que eu acho bem bonito que a A Andréa Pachá fala uma reflexão que ela trouxe né que ela fala assim que a magistratura só faz sentido se for no coletivo no plural na afirmação dos direitos humanos das garantias sociais essa questão funciona também pras demais funções de direito pra advocacia pro Ministério Público enfim a advocacia ela quer a magistratura forte porque senão ela se enfraquece também se você tem uma magistratura fraca o advogado que aí não não
é bem conceituado ele fala ah ali eu resolvo ali eu faço é feio porque aquele advogado sério fica escanteado e aquele magistrado que é sério fica contaminado Então eu acho que tem que ter uma legislatura séria plural e a pluralidade vai trazer outra perspectiva de jurisprudência porque se a lei é feita pelos homens a a jurisprudência tem sido feita também então você tem uma outra mulher que consegue fazer uma diferença na jurisprudência porque ter uma leitura diferenciada E aí você precisa desses apoios então é necessário que as mulheres acendam esse espaço de poder ocupem e
colaborem com visões mistas ninguém quer só homem ninguém quer só mulher mas vamos misturar essa situação de de de vários modos porque são vários focos de de de ótico e de olhares que podem contribuir com a melhoria do Judiciário como um todo Obrigada pela oportunidade eu agradeço imensamente a d Ana Maria Reis e respondendo a pergunta da nossa querida conselheira Ivana Farina para quem Fazemos Tudo isso para aquelas que virão depois de nós eu acho que o compromisso das nossas gerações são com as futuras gerações que virão e esse o nosso dever e é por
isso Embaixadora como a senhora bem colocou que nós não podemos desistir porque se nós desistirmos o que serão das próximas gerações que mundo elas encontrarão Então esse compromisso intergeracional ele é relevants para que a sororidade prevaleça e que a igualdade entre humanos porque nada mais queremos além da Igualdade hum não estamos dizendo que somos melhores que que os homens somos diferentes e vemos o mundo de uma forma diferente e a alteridade é fundamental Não é para que se construa ideal de Justiça Eu agradeço muito a d Ana Maria e passa a palavra a Brilhante organizadora
deste seminário deste nosso encontro a d Bárbara Lívio Juiz Auxiliar do Superior Tribunal militar a quem eu tenho muita alegria e muito orgulho de apresentar para que ela proceda então aos debates das colocações que foram feitas muito obrigada ministra elizabe uma excelente tarde a todas aqui presentes Dra Ingrid D Irene Mas eu posso se a ministra permiti eu quebrar um pouco o protocolo eu gostaria de cumprimentar a todos na pessoa da servidora Celina no reconhecimento do trabalho que todas as servidoras fazem diariamente para o poder judiciário e em especial nós precisamos estar Unidas para realizar
o que A dout Ingrid falou o que a Embaixadora Irene falou que a marcelis falou junta nós somos sozinha nós somos alvo juntas nós somos força Então qual que é a minha ideia para este momento eu vou trazer o que a Embaixadora Irene falou o que a Dra Ingrid falou E pensar um pouquinho técnica Oi a Ana desculpa eh E pensar um pouquinho como que nós podemos ser técn muito Tecnicamente inserir isso dentro do Poder Judiciário nós todas integramos o estado certo e onde nós estamos no estado governança é a nossa forma especial primordial de
estruturação não dá para falar de Equidade se a gente não fala de em governança é a governança que traz parâmetros objetivo e a governança do Estado como nós vimos de manhã ela não obedece apenas a constituição mas é essencial que ela obedeça Todas As convenções internacionais e que coisa que nos considerandos da nossa sedó tem que ser as mulheres não estamos nos espaços de poder não há uma sociedade livre e justa tá nos considerandoos não é a Bárbara que tá falando mas onde nós estamos na governança pública nós não estamos na governança públ pública discricionária
Ah eu adorei essa frase da Embaixadora Irene tudo é feito no poder discricionário de poucos discricionário é ilegal discricionário é não convencional eu posso porque aqui é e atenção o âmbito é maior não é apenas poder judiciário não é apenas paridade de segundo grau estava na a posse do STJ Eu acho que eu contei cinco ministras cinco ministras nós temos uma ministra elizabe Em 200 anos de stm eu já estou lá 17 anos que está lá 17 anos poder discricionário pode ser não convencional vamos trazer um pouquinho pro nosso mundo onde nós estamos na governança
judicial nós somos uma política judiciária e graças a Deus por obra da conselheira salise conselheira Ivana da ministra da conselheira Renata da Adriana que tá sempre dando suporte pedagógico para nós nós estamos numa crescente da política judiciária mas nós não estamos na missão nós não estamos nos valores nós não estamos nos objetivos estratégicos muito menos nas diretrizes e Até onde eu sei não somos meta do Poder Judiciário então peço desculpas até se eu tô sendo um pouquinho ácida demais mas eu aprendi com as minhas grandes mentoras né ministra que eu preciso ser sensível para anotar
mas eu preciso ser técnica se eu quero passar as minhas ideias e essa é o que eu gostaria de passar hoje a discricionariedade ela abrange As convenções ela não abrange As convenções Porque se ela não abranger é realmente muito muito estranho e nós vamos demorar aproximadamente 20 anos para ter uma nova Presidente mulher no CNJ e eu não sei se vocês separaram e eu adorei a fala das senhoras quando as senhoras falaram de se adequar quanto que a gente não se adequa né na ideia de ter que estar sempre agradando se desagrada como que nós
somos vistas portanto eu gostaria de fazer três provocações e um pedido e um esse pedido é para mim é muito sensível primeira provocação é o os planejamentos estratégicos do CNJ eles têm tempo e nós estamos começando vamos começar um novo planejamento estratégico a gente tá na fase de preparação desse planejamento planejamento tem 6 anos tá ele muda de a 6 anos e nós vamos começar a preparar logo o que que nós podemos fazer para entrar efetivamente na estrutura porque é é muito complicado e as eu sou uma pessoa né que acredita em Deus Deus tem
sido muito cuidadoso com a gente de colocar conselheiras excelentes Mas e se um dia nessa alta do conservadorismo nós não tivermos alguém que lute pela gente assim nós precisamos estar estar n na estrutura fundamental do Estado porque senão nós ficamos muito mais eh fragilizadas nós ficamos muito mais suscetíveis a sair de foco então o que que nós vamos fazer e eu sei que aqui tem presidentas de tribunal desembargadoras juízas auxiliares vocês têm o poder na mão o que que a gente vai fazer e e ainda observando eu sou muito fã de de todas e eu
gosto muito da da Eliana também porque ela tem uma visão sistêmica vocês já foram no Fórum de saúde quantas mulheres T falando quantos enunciados com perspectiva de gênero existem e o que eu fico mais eh até pouco tempo eu tava num vara com competência de saúde o que eu ficava assim mais sensibilizada eram as mulheres M vezes representavam ou seus pais ou ali seus filhos mas até então o sistema judicial não conseguia dizer quem que tava ali se era uma mãe ou se era um pai porque há necessidades diferentes eu não consigo fornecer uma política
pública ou pedir uma política pública pro executivo se eu não tenho dados e que interessante falar exatamente de laboratório de inovação a gente pode usar eles pra gente uma perspectiva muito endógena então essa essa visão sistêmica como que a gente vai falar na na área da saúde como que nós vamos estar por qu eh nesse evento especificamente Nós temos duas alterações muito importantes que é eh esse enxergar a mulher na justiça magistradas e servidoras e a outra é aumentar o conceito de paridade não só para paridade em locais de poder mas paridade na produção do
conhecimento qual conhecimento que a gente tá consumindo qual jurisprudência que a gente coloca nas nossas decisões quem nós estamos lendo e quais autores nós estamos citando a dentro da cedol o termo que eles utilizam é igualdade de condições nós não vamos ficar conhecidas enquanto mulheres juristas se nós não formos citadas se a gente não souber o que a colega tá falando por isso é a oficina um e dois virtual a gente tem saber o que uma e a outra fala e para nós já e encaminharmos vou ficar que eu tinha pensado em 10 minutos tem
18 tem 18 então tá bom então vamos lá olha só eh infelizmente as três provocações são planejamento estratégico o que que a gente vai fazer porque sinceramente para mim é inaceitável a gente não ser valor nós não sermos diretrizes objetivo estratégico nem tá na meta eu sei que eu tô falando aqui com pessoas que fazem essa mudança a outra provocação é convencional nós termos sempre s é só indicações masculinas ou primordialmente indicações masculinas poder discricionário significa pode fazer o que quiser ou a gente tem balises mínimas se nós temos balis mínimas Qual que é o
instrumento que a gente vai usar a nossa terceira visão sistêmica nós temos que estar fórum de justiça o que a Doutor Ana falou é essencial eu falo sobre gênero então eu tenho uma abertura porque eu sou mulher e falo sobre gênero uma das minhas melhores amigas na magistratura fala sobre demandas estruturais ela não tem e a luta dela por espaço é muito maior do que a minha então qual qual o espaço que nós damos para as mulheres que não falam sobre a temática gênero família infância e lembrando uma ex-presidente do fonavid Jaqueline Machado maravilhosa ela
me falou assim para mim Bárbara você já reparou que as coordenadorias de violência doméstica que são remuneradas são as coordenadorias que tem homens é óbvio porque o dever de de cuidado é inerente às mulheres né o homem faz um esforço de tarim é é assim que deve ser a con a que a Elana mencionou de magistratura como trabalho gente é o nosso trabalho e sim a gente vocação para tá lá nas audiências isso é maravilhoso e é uma delícia ser juiz Mas será que por isso a gente tem que aceitar essas coisas tão diferentes e
a última é um pedido eh muitas políticas judiciárias estão sendo alteradas por causa de eventos como esse e muitas colegas também estão sofrendo uma violência política dentro dos seus tribunais extremamente sensíveis observo que agora no no selo de qualidade caiu para 50% de magistrados dos tribunais que deveriam ser capacitados mas dentro da a gente não tem uma política que diga que todos os auxiliares de de Presidência precisam ter a educação com capacitação com perspectiva de gênero nós não temos isso na corregedoria nós não temos esses detalhes tão sutis mas tão importantes e eu peço fiquem
no próximo painel porque é sobre liderança feminina essencial nós não temos isso então o que que a gente pode fazer sobre isso a minha percepção é mudar a estrutura é importante tudo é importante Mas tudo depende de um coletivo agora e o meu pedido que é muito importante porque eu tô falando aqui de várias das minhas amigas eh que as magistradas que estão sofrendo retaliações sejam acolhidas Porque infelizmente não são uma ou duas e ela e essas calções E essas retaliações elas estão vindo de maneiras extremamente perversas extremamente dissimuladas nós vamos precisar de um grupo
para mudar o planejamento estratégico que eu acho que a gente consegue consegue agora para acolher a colega que está sofrendo uma violência política que está sofrendo discriminação eu Bárbara posso fazer sozinha ministra elizabe Embaixadora ir a Dra Ana cada uma Pode fazer sozinha Então esse é É estou terminando com esse pedido quando a gente fala de gênero a gente fala sobre inclusão sobre acolhimento então fica esse pedido que a gente possa nos acolher em especial aquelas que estão sendo vítimas de qualquer backlash dentro dos tribunais delas muito obrigada bem eu só tenho que agradecer a
todas as nossas painelistas pelas suas colocações brilhantes e tão contundentes não é eu gostaria já encerrando esse painel de lembrar né que quando sonhamos sós só sonhamos mas quando sonhamos juntas fazemos história então que nós sejamos as protagonistas das nossas das histórias de cada uma de nós e do nosso coletivo feminino e é isso que nos impulsiona é isso que nos move é isso que nos não nos faz desistir muito obrigada senhoras e senhores agradecemos os pronunciamentos realizados e neste momento faremos intervalo de 15 minutos será servido o coffee break no foer do Plenário f
em continuidade a programação para apresentação do painel 4 liderança feminina nas organizações compõe a mesa Presidente a conselheira do Conselho Nacional de Justiça daane Nogueira como painelistas a pesquisadora da Universidade de Brasília Vivian Miranda a agente de segurança do comandante do exército brasileiro Cátia da Silva Rocha deputada Federal Soraia Santos e como debatedora a chefe da sessão de qualidade de vida num trabalho e atenção psicossocial do Conselho Nacional de Justiça Gomes para condução dos trabalhos tem a palavra a conselheira daane Nogueira Boa tarde Boa tarde a todas e a todos bem mais a todas né
aqui agora do que a de manhã vamos dar continuidade ao nosso querido a terceira Edição do mulheres na justiça Novos Rumos da resolução CNJ 255 para mim é uma felicidade uma honra tá aqui hoje neste painel neste que é o nosso último painel do dia mas amanhã a gente ainda tem a nossa continuidade e aqui especialmente ao lado dessas mulheres poderosas não é dessas líderes já que estamos falando do nosso painel não é a liderança feminina nas organizações aqui primeiramente com a nossa querida deputada Soraia Santos para mim uma felicidade porque eu como representante da
Câmara dos Deputados não é sempre uma felicidade ela que sempre nos recebe tão bem na Câmara dos Deputados é uma felicidade maravilhosa poder recebê-la deputada aqui no Conselho Nacional de Justiça na casa da justiça e especialmente para debater temas que é de suma relevância e que ela trabalha com tanto afinco também com tanto entusiasmo e aqui hoje ao lado de outras líderes nós temos um painel extremamente diverso para falar de liderança afinal de contas aqui Deputado estamos todos num espaço que eu acho que mais do que a pauta feminina a gente tá falando sim de
liderança porque nós estamos falando de mulheres competentes fortes aguerridas e que busca liderar que buscam liderar esse movimento de transformação pela Equidade pela verdadeira Equidade de gênero e nada melhor do que a gente fazer esse painel para falar de liderança trazendo aqui temas diversos e Eh vamos dizer experiências diversas como a Vivian não é Vivian Miranda que é professora da UnB a nossa sargenta Cátia que é do exército nossa querida Meg não é servidora do Conselho Nacional de justiça e da nossa Associação de servidores aqui do Conselho Nacional de Justiça e também ouvir o relato
de experiência da nossa deputada querida deputada Soraia Não é então pra gente também já estamos um pouco mais aqu quem do horário as meninas cerimonial começar a falar porque vocês sabem né Foi que nem hoje de manhã né as mulheres começam a falar e a gente não termina Eu queria que a agradecer né a presença de todos e na sequência eu vou então passar a palavra a painelista vivia Miranda que é pesquisadora do Instituto eh Yang de Física da Universidade de Brasília não é então pesquisadora do Instituto mas ó é de física teórica Psicologia de
Psicologia de psicologia da Universidade de Brasília não é eh Vivian você está com a palavra obrigada Olá Opa tá tá ligado já OK Olá boa tarde boa tarde a todas Que honra que prazer poder trazer para vocês a apresentação da minha pesquisa de Mestrado de Mestrado Ok e que eu posso contribuir aqui um pouco pela fala do painel que veio anterior queio anterior da Embaixadora da Bárbara dabara e tantas mulheres potentes tantas mulheres potentes tá dando dando redundância rância Ok Ok Ok muito obrigada muito obrigada então eu espero poder contribuir eu espero poder contribuir ainda
não vamos aguardar Vamos aguardar Ok Ok podemos então continuar podemos então continuar não podemos não vem aqui ó Ok vamos testar esse vamos testar testando aqui melhorou não não temos tá tá a apresentação ok então eu quero compor aqui um pouco do que foi dito no painel anterior foi dito no painel anterior com que já já Gente do céu falar dama de professora falar no gogó posso pode pé para você enxergar é aí vou ter que levantar só que o pessoal do YouTube não acompanha ela vai começar aí ó caprichar aí contribuindo com o painel
pessoal lá do fundo consegue me ouvir bem não consegue me ouvir não não Ah também tá ok então temos que aguardar pessoas vamos aguardar nós temos mais ou menos né 200 de manhã 200 pessoas presencialmente e mais disso de 400 virtualmente todo o Brasil muito bom tá a gente Ok Posso testar OK boa tarde agora foi então retomando eu espero contribuir com todas vocês com o que a gente conseguiu construir na pesquisa e eu falo a gente porque essa pesquisa é o resultado eh de um trabalho eh de equipe muito grande não seria diferente quando
a gente tá falando de de algo que dentro da academia ainda não tem relevância como gênero e principalmente mulheres Então esse trabalho então esse trabalho é o resultado é o resultado Então temos que aguardar novamente os resistentes mas mulher persevera sim forma tá bom Oi Ok podemos prosseguir então Ok espero que agora a gente possa seguir em frente então Eh esse é um tema que a gente dentro da academia tem uma relevância mas ao mesmo tempo temos Barreiras assim como existem as barreiras na vida das mulheres dentro de suas carreiras e principalmente para ocupar postos
cargos de gestão de liderança então eh a apresentação Tá ok ok então eu quero apresentar para vocês o tema liderança feminina nas organizações é um trabalho feito na Universidade Brasília no instituto de psicologia no programa de pós--graduação da psicologia social do trabalho e das organizações financiado pelo CNPQ e elaborado em conjunto com o grupo de pesquisa impacto da qual eh eu pertenço como pesquisadora professora e também como empresária da minha empresa Clube RH escola de negócio a qual eu exerço a minha profissão também e eu quero contribuir com vocês e que o clube RG vem
de uma de uma idealização enquanto eh pessoa que quer contribuir pro desenvolvimento humano nas organizações e com isso eu pude ter oportunidade por meio da professora Gardenia abad ter esse tema liderança feminina nas minhas mãos e poder fazer essa pesquisa então eu sou extremamente grata por essa oportunidade o breve histórico da mulher no trabalho nos coloca adentrando espaços de trabalho lá na Revolução Industrial até então a mulher ela condicionada H um trabalho doméstico que é adequado ao feminino à mulher ao trabalho de cuidado saúde e somente tá então quando a gente tem a Revolução Industrial
aí a gente tem a mulher sendo inserida nos contextos de trabalho de forma formal como empregada como trabalhadora e aqui no Brasil o nosso histórico começa com a mulher tendo que pedir permissão ao marido para trabalhar em 1912 e isso só foi modificado na Constituição em 1988 mesmo com a CLT saindo antes em 1943 então essa parte jurídica vocês sabem melhor do que eu avançando todas as estatísticas sobre a mulher em contexto de trabalho mundial e brasileiro nos coloca em posição de desigualdade Então não é utopia quando falarem para vocês que é uma Utopia vocês
Tragam as estatísticas tanto da oit a organização internacional do trabalho quanto do nosso querido IBGE tá eh essas estatísticas não vão mudar se nós não modificarmos E por que que a gente percebeu isso a gente percebeu quando a gente questionou quais eram as barreiras e os estereótipos de gênero os vieses conscientes e inconscientes que limitam a acensão de mulheres na liderança a outra pergunta que a gente fez já que tem barreiras Quais são os facilitadores E com isso a gente foi mais uma vez buscar na literatura e a gente se deparou com uma grande ajuda
da Organização das Nações Unidas em 2015 ao estabelecer as ods os objetivos de desenvolvimento sustentáveis e não é só UMS temos três que são preparados para colocar essa equiparação essa igualdade em todos os ambientes no mundo e a oit é agência financiadora da da ONU também tá nessa nessa perspectiva Então as empras adequarem-se à agenda 2030 estabelecida paraa ONU é uma das primeiras iniciativas que a gente Verifica que troue mudança ao longo das estatísticas nos últimos anos aqui no Brasil mulheres são 51,5 da população ou seja somos mais aqui no Brasil também ao final do
quarto trimestre de 2023 a força de trabalho era maior para os homens e todos os dados relacionados à escolaridade coloca a mulher à frente dos homens então a pergunta é se nós somos mais escolarizadas mais capazes porque Eles continuam liderando porque Eles continuam tendo acesso aos espaços de poder essa pergunta vem de uma construção histórico social que nos coloca Numa margem de ter que pedir permissão para liderar e essa margem constituída por homens e mulheres não é diferente quando a gente pensa que a mulher pensa diferente não é na sua totalidade E aí a Embaixadora
lembrou bem temos mulheres também fazendo de serviço de falar contra o trabalho de mulheres ã No processo histórico cultural a professora Gisele cacle que é uma filósofa francesa vem de aqui pro Brasil acredito que ela teve aqui no CNJ né ela fala sobre a subtração da mulher desde sua origem o papel da mulher sempre foi condicionada ao que o homem queria que nós fizéssemos e mesmo com muitos avanços históricos só culturais a gente ainda permanece a mercê desses homens a gente não consegue alcançar a independência social e psicológica os estereótipos de gênio continuam sendo uma
grande barreira para que a gente possa enfrentar dentro dessa desse escopo desse dentro desse contexto a caracterização dessa pesquisa é uma revisão sistemática de literatura que abarcou aí eh 10 anos da literatura a gente tem uma série de critérios eu vou deixar isso à disposição de vocês caso queiram tá eh os slides Fico à disposição para que vocês me peçam ou peçam CNJ e vocês ten acesso a seleção dos estudos aconteceu de acordo com o protocolo Prisma e a gente teve uma categorização eh desses estudos dos resultados e a sumarização deles eh de uma forma
muito assertiva para que a gente tivesse as seguintes conclusões as teorias relacionadas ao gênero as barreiras e os facilitadores Nós temos duas teorias relacionadas ao gênero muito importante a teoria do Papel social que fala sobre a mulher se comportar de acordo com o papel ao qual ela é eh identificada e essa identificação vem de quem dos homens então das diferentes culturas que a gente observa no mundo em sua maioria coloca a mulher nesse papel em que ela é mais afetuosa mais empática e mais preocupada com as pessoas e aí o que que aess teoria fala
quando a gente vem pro contexto organizacional e as mulheres não fazem esse comportamento não esboçam esse comportamento adotam um estilo de liderança mais eh contundente ela é colocada como pária ela é avaliada de forma negativa ela tem mais questões de assédio moral do que um homem porque para o homem tá tudo bem ser contundente e assertivo para a mulher não tá teoria da congruência de papéis que vem depois fala que os indivíduos tende a se comportar de maneira consistente E aí quando esses papéis são congruentes ou seja se a mulher resolve se comportar da forma
como eu identifiquei lá no meu papel social tá tudo bem então se lá no meu papel social a mulher não é líder a mulher é a dona do lar mas na figura representativa de quem cuida como que ela vai ser líder dentro da organização não há congruência no gênero mulher com liderança e quando a gente estabelece eh o o conceito de liderança não é cunhado em gênero liderança é uma competência uma habilidade que é desenvolvida há pessoas que TM ela naturalmente e há pessoas que a desenvolve em nenhum momento a literatura fala que liderança é
para os homens mas temos tendenciosamente textos falando que liderança é inerente ao gênero masculino isso é doloroso no contexto eh organizacional homens e mulheres como colaboradores e liderados reagem à liderança dessas mulheres perce elas de acordo com seu papel social Então logo quando mulheres líderes atuam como mulheres líderes eu colaborador mulher ou homem a julgo de forma não assertiva porque ela não tá no papel a qual ela foi constituo para ser Além disso embora algumas pesquisas tenam encontrado diferentes nos estilos de liderança não há estilo nenhum que favorece nenhum dos gêneros seja homem ou seja
mulher E o tempo tá acabando as barreiras nós temos Barreiras subjetivas internas e externas dentro das subjetivas internas nós temos que homens e mulheres consideram mulheres não adequados paraa liderança mulheres são categorizadas como comunicáveis prestativas simpáticas gentis e até sensíveis às relações mas os homens são contundentes assertivos e com o maior desempenho no cargo tá essas são algumas as metáforas se eu começar a falar delas eu acredito que vai ter mulheres com borboletas no estômago desde a do teto de vidro a degrau quebrado todas elas falam de Barreiras para ascensão ao cargo de Gestão e
de liderança quando a gente fala das metáforas eh relacionadas às mulheres que desejam cargo de liderança constituir ainda pior o cenário tá então esses fenômenos já estão sendo abordados e pesquisados na literatura e Que bom Isso já é um avanço não pensem vocês que para vocês alcançarem o degrau foi doloroso e que é uma luta só não a pesquisa já comprovou que todas as mulheres passaram por isso há um caminho árduo quando você escolhe seguir um caminho de carreira de liderança eh nas nas Barreiras objetivas externas nós temos uma questão macro relacionada à cultura e
tradições masculinas uma questão meso que é chamada da cultura de liderança onde o ser líder é aquele que é homem e a micro que é a influência socio-histórica cultural de cada indivíduo E aí é intrínseco e extrínseco a ele eu queria muito trazer aqui os exemplos né do de cada um um macro E aí falando da bancada feminina no senado que tem que construir o banheiro como a a juíza trouxe aqui no painel anterior um meso falando né o quanto que ainda é difícil avançar nas carreiras de liderança tem esse degrau quebrado aí impedindo alcançar
o mais alto nível da liderança e um micro falando dos estereótipos onde a gente tem lacunas de competências identificad na literatura falando que as mulheres têm falta de capacidade de assumir risco baixa autoconfiança pouca assertividade tendência a se decepcionar com o ambiente do Trabalho em alguns estudos inclusive falam que a mulher é menos tem menor capacidade intelectual que os homens isso tudo dito por mulheres Isso é o que dá em mais exatamente tá avançando os vieses inconscientes Aí temos de afinidade de percepção confirmatório tudo isso avançando em pesquisas falam mulheres vocês têm mais Barreiras do
que as metáforas tem o que tá aqui dentro do psicológico de cada uma de cada um falando quem é adequado para esse trabalho de liderar pessoas é só mais um trabalho mulheres tem o viés materno o efeito de ralo o efeito de grupo cada um desses vieses falam que a mulher não pode sustentar-se numa posição de liderança tudo são barreiras se a gente ficar apegada a Essas barreiras a gente nem consegue enxergar essas daqui que são as representações que fazem das mulheres que ocupam cargos de liderança a mulher token A Dama de Ferro a abelha
rainha a síndrome da coroa a Eclipse a sedutora e a mascot todas essas representações tudo isso são Barreiras para facilitar temos políticas inclusivas práticas inclusivas Bárbara lembrou bem ações de desenvolvimento para a mulher as organizações precisam prover isso e algumas já estão pensando sobre isso a Unilever tá aí avançando o Banco do Brasil tá aí avançando E por que não CNJ avançando né Que bom que a gente tem o CNJ pensando sobre isso parabenizo o CNJ por um evento desse por uma fala dessa em um painel desse tão rico painéis que são importantes para trazer
autoconhecimento que é uma Fortaleza para as mulheres dentro dos facilitadores que foi apontado na literatura a mulher precisa se autoconhecer a mulher precisa ter referências Quais são as referências de vocês Quais são as mulheres que são referências de vocês eu não lembro qual a panelista do do anterior e falou vamos indicar mulheres vamos ter os nomes dessas mulheres porque eles têm os nomes dos Homens A conciliação do trabalho com a família a juiza falou tenho o meu marido que é super parceiro quantas aqui tem maridos parceiros chegou a hora de conversar e aí eu ouvi
uma psicóloga falando essa semana para ter uma vida fácil precisamos ter uma conversas difíceis né e redes de colaboração redes é o maior sendo dialogada na literatura para que mulheres avancem suas carreiras avancem em estratégias homens fazem isso muito bem fazem o famoso Clube do Bolinha a Patotinha dos homens e assim vai os velhos de infância e assim vai são tantos nomes tá é importante que vocês reconheçam pra literatura eu indico subversivas escute o que ela diz mulheres na liderança tem tantos livros importantes as minhas referências minha mãe lua Trajano ai perdão vou voltar Ok
Opa subversivas é da professora Gisele cacle filósofa opa opa deixa eu esperar ele aqui Aqui tá lucelena Ferreira falando de mulheres na liderança falando das Dores falando dos Desafios Mas falando das estratégias para enfrentar e escute o que ela diz é para os homens Nós temos alguns aqui façam esse exercício homens de darem a oportunidade porque em nenhuma sociedade já vista qualquer pauta relacionada à diversidade seja de raça seja de gênero a gente não teve aqueles que eram apoiadores então façam os homens serem apoiadores também mulheres não os elimine da da Estratégia ã tem as
mentoras tem as referências tem as pessoas a qual vocês se inspiram a sumarização ocorreu de duas formas revisões de Literatura e artigos empíricos e aqui eu vou finalizar tem mais slide aí pra gente falar de discussão limitações mas acredito que a mensagem foi dada o que eu preciso e e a literatura recomenda Que a Gente Se fortaleça que a gente se una enquanto rede de colaboração rede de mulheres quantas eh mulheres sabem o número do WhatsApp quantas redes são formadas na justiça quantas e grupos formados mulheres na justiça é por aí que a gente vai
alcançar espaços maiores a referência de todo o trabalho tá aqui e eu vou encerrar com a a a frase de Simone de bovar ninguém nasce mulher torna-se mulher torna-se porque precisa conhecer todas as mazelas dores e benefícios de ser mulher e com isso a gente cresce se enriquece e Toma Posse do que é ser mulher no Brasil e no mundo deixa o à disposição meu contato posso ir para qualquer lugar que vocês quiserem levar essa mensagem de amor mas de força como a ministra falou força é assim que a gente constitui um futuro melhor Obrigada
maravilhoso Viviane Vivian maravilhoso eh e você falou dessa questão desses estudos gente liderança feminina não é uma questão de capacidade Tá longe de ser uma questão de capacidade é uma questão de reconhecimento de oportunidade de luta e esses estudos eu vou dizer eu não gosto de quando a gente reduz algumas coisas assim então por exemplo os estudos a gente fica triste com estudos que dizem que mulheres são menos capazes isso não é uma questão de infelicidade é uma questão discriminatória é discriminação pelo papel da mulher pela questão se lá seja lá qual for Então a
gente tem que sim dar nomes não é só uma infelicidade entendendo a gente não pode mais aceitar esse tipo de falas ou de certa forma de estudos que reduzem a condição da mulher pelo fato dela ser mulher Nós somos mulheres temos orgulho de ser mulheres e vamos sim conquistar e chegar onde a gente quis é estar sendo mulheres realmente essa questão da rede de apoio ela é fundamental Não é não só apenas para a gente exercer as nossas capacidades mas também para transformar essas capacidades ainda mais fortes Porque de fato quando a gente se une
e isso aqui ou o evento de hoje é maior expressão disso não é quando a gente se une é simplesmente formador acredito muito numa realidade transformadora e a gente é empolgada a gente é engajada a gente luta e agora para abrir o próximo painel a gente vai aqui passar pra nossa querida né sargenta Cátia do exército E aí antes dela começar falar imagine o o espaço a gente fala muito de ambientes masculinos em que a gente se encontra e de que às vezes é difícil até exercer essa liderança quando a gente tá em ambientes muito
masculinos se a gente pensa nessa dificuldade na nessa liderança em ambiente masculino no sistema de Justiça Imaginem nas Forças Armadas não é e na nas Forças Armadas não só nas Forças Armadas federais mas de uma forma geral nas Forças de segurança de um modo geral e é isso não é que a nossa querida Cátia vai nos trazer aqui de sua fala e de sua experiência nesse mundo também Muito masculino mas que hoje sim a gente já começa a passar sim por transformação inclusive nesses ambientes extremamente em que mulheres por muito tempo não tiveram espaço de
ser de viver de sentir e de transformar essa realidade né das forças de segurança especificamente então Kátia você tá com a palavra primeiramente assim boa tarde acho que tá ligado ver se Lig Boa tarde né Eh primeiramente eu gostaria de agradecer aqui pelo convite né a conselheira daane né agradecer e a por proporcionar a minha vinda aqui né em nome do exército brasileiro e parabenizar o CNJ por esse evento aqui prestigiando a nossa classe e eu vim aqui compartilhar um pouco pouco da minha experiência né ao longo dos meus quase 18 anos de exército brasileiro
então eu vou começar com uma breve introdução aqui da mulher né lá no passado eh a mulher ela iniciou ali lá na com Maria Quitéria na guerra da Independência né que ela era uma mulher que ela tinha muitas características muitas atributos eh relacionado ao militarismo né era uma mulher de muita garra aí depois eh tivemos novamente a presença feminina de cerca de eh mulheres na 73 enfermeiras que foram voluntárias né para participar da Segunda Guerra Mundial e depois tivemos mais à frente em 92 a concretização né da mulher do ingresso na mulher no ex através
da escola de administração do exército aí só fomos tendo ganhos né ao longo dos anos em 97 vei novas incorporações das mulheres no im né no Instituto Militar de do de engenharia eh no mesmo ano teve o ingresso também de mulheres na escola de saúde compondo nosso quadro de saúde com com médicas farmacêuticas veterinárias enfermeiras aí veio 2002 com ingresso de eh Sargentos no qual eu faço parte do quadro né Sargentos de saúde aí 2007 tivemos novos avanços com ingresso de mulheres né que foi na academia Militar de Agulhas Negras temos aqui uma representante ali
ao fundo né a Tenente tulum que é uma tenente de Academia Militar e n este mesmo ano também no meu quadro de Sargentos a linha bélica né com a incorporação também de segmento feminino Então essa foram ao longo dos anos o a o exército brasileiro ele veio fazendo a inclusão do segmento feminino e aí eu vou compartilhar um pouco da minha experiência eu ingressei no exército em 2006 eh na escola de saúde né Eh dois após formar em 2007 aonde veio a uma das maiores conquistas né que através da oportunidade que o exército me deu
me proporcionou foi em tornar a primeira mulher paraquedista militar né A primeira mulher a ter um curso operacional então foi um ganho um avanço muito grande para mim porque hoje nós somos mais de quase 150 para paraquedistas militares E aí fomos tendo muitos ganhos né que mais à frente tivemos em 2010 o ingresso de a a composição de duas militares né Eh a concluir um curso operacional que é extremamente difícil né que é Guerreiras de Selva Nós temos duas Guerreiras de selva que incorporaram em 2007 concluíram o curso em 2007 me 10 desculpa e aí
eh como o curso é muito difícil né eu eu julgo um dos mais difíceis porque é um ambiente totalmente inóspito né que é ali a Amazônia né Eh privação de sono tem que suportar eh carregar pesos né 2023 tivemos uma outra guerreira de selva que foi a SG e agora recente tivemos a Tenente PL né saindo como guerreira de Selva E aí fomos Tendo tendo ganhos dentro da Força aí através Participei de diversas funções né como eu sou Sargento de saúde sou enfermeira e em 2011 eu tive uma outra oportunidade na força que foi compor
a segura ser a primeira feminina a compor segurança da presidente Dilma né que foi um outro ganho E aí eu abri espaço para que outros colegas tivessem oportunidade né e a cada ano entre sai né a eh segmento feminino lá e lá eu tive oportunidade de desenvolver diversas funções né como coordenar uma cápsula de de segurança né de as de segurança presidencial e vice-presidente né Além disso eu tive o né oportunidade de coordenar eventos também a nível presidencial e vice-presidente em âmbito nacional e internacional tive oportunidade também de interagir com outros órgãos internacionais né E
lá eu permaneci durante cerca de eh 4 anos e depois achando eu que tinha acabado por ali né E até então quando 2019 eu recebi um outro convite né um novo convite que é aonde eu me encontro hoje que foi para também ser Pioneira na segurança do de um comandante do exército que é onde eu me encontro hoje né E lá eu abri as portas ou outras meninas vieram né e permanece umas saíram outras a gente tem um ciclo A grande maioria fica né aí tive a oportunidade de me tornar instrutora de tiro né que
é é desafiador muitas vezes eh eu tenho que est num stand de tiro numa linha de tiro comandando 10 homens que é uma função que exige muita atenção muita disciplina muita responsabilidade e e eles têm que obedecer exatamente todos os meus comandos Independente de serem mais antigos ou não porque existe todo um procedimento toda uma Norma de segurança que todos os aades devem seguir além de conduzir ali coordenar todas as questões ali referente ao comandante do exército né Então para mim é muito grato eu sou só tenho gratidão por ter ocupado vários espaços aonde eu
eh tive a oportunidade de exercer a minha liderança né Eh não é fácil como a professora vívia diz né Nós mulheres nós temos vários obstáculos né e além do mais nós temos a nossa carreira Nós temos muitas ve muitas quem tem família filhos né Para eu eu sempre costumo dizer que é sempre temos o terceiro turno né Independente se você tem filho ou não e isso é um pouco da minha experiência que eu gostaria de compartilhar aqui né Eu vim compartilhar E mais uma vez agradecer aqui eu ficaria horas falando mas assim no objetivo de
não estourar aqui o tempo eh essa experiência que eu tenho aqui para passar ao longo dessa meu tempo de exército [Aplausos] brasileiro Obrigada Cátia obrigada então se a gente for pensar né a dificuldade da participação feminina nessas nas Forças de segurança eh a gente tem um percentual deputada se se a gente for comparar com a câmara dos deputados os últimos estudos que saiu agora mais início do ano faixa de 14% de participação feminina nas Forças de segurança isso esse estudo foi do Fórum de Segurança Pública então levou em conta mais a a forças de segurança
Estadual levando em consideração civil e militar um faixa de 14% então é até menor do que a de deputadas na Câmara de Deputados e por decisão tá começando a crescer em razão de decisão Legislativa mudança Legislativa imposição do Supremo Tribunal Federal a justiça sempre foi sempre foi e a Câmara dos Deputados então desde então que que a deputada sor um grupo de mulheres inclusive com a participação ativa da nossa conselheira Renata não é eh vieram várias transformações e mudanças legislativas nesse sentido inclusive sobre a deputada vai falar sobre essa questão da participação nas Forças de
segurança a questão é saber se as mulheres não estão na força de segurança porque elas não querem ou porque elas não podem se nos Judiciários quando a gente fala nas cotas e quando a gente falou hoje aqui desde de manhã sobre a influência a participação o incentivo a política do CNJ de incentiva a participação das mulheres em listas nos tribunais a gente acrescentar a participação e a liderança feminina em todos os espaços nas Forças de segurança isso era de incentivado porque ao invés de cota para participação que a gente tinha era um limite de percentual
máximo do que podia entrar que era normalmente numa faixa de 15 a 20% no máximo não é e todas essas legislações foram derrubadas no âmbito do Supremo Tribunal Federal após esse movimento também da Câmara dos Deputados a nível Nacional mas também no âmbito dos Estados o Supremo Tribunal Federal por iniciativa da procuradoria geral da República isso também é rede de apoio é sistema de Justiça A pgr ajuizou as ações contra as leis estaduais e o Supremo derrubou uma a uma todas as leis estaduais que estabeleciam limite máximo de participação feminina Por que que isso é
importante não é só pela participação Porque o fato da presença feminina nas nossas forças de segurança também vai impactar na priorização das demandas não é só apenas no na participação pela oportunidade porque só isso já é muita coisa mas a partir do momento que a gente tiver força de segurança em que a gente também tiver a voz feminina dentro das forças de segurança Nós também vamos ter as demandas femininas priorizadas a escut ativa que a gente tanto precisa em diversas vamos dizer assim diversas fenômenos inclusive em relação à violência contra a mulher que a gente
tem hoje tantas dificuldades de implementar a de muitas políticas no âmbito da força de segurança Então não é só uma questão de livre participação que tem que ser livre porque como eu disse nós somos capazes inclusive de lidar com segurança mas mais do que para capacidade é importante para que nós também sejamos priorizadas nas demandas de saúde não é então E para isso não é a gente aqui vamos escutar agora o relato da nossa querida deputada não é que vem exatamente nesse sentido de uma voz ativa dentro do Parlamento nacional e eu vou dar aqui
já que vamos passar pro relato de experiência eu vou dar um relato antes e um relato depois dela porque eu já Eu imagino algumas coisas que ela vai falar mas uma coisa não poderia deixar deputada Soraia de agradecer algo que vai ficar marcado na minha vida pelo resto da vida assim que eu fui indicada pelas lideranças da Câmara dos Deputados para ser né ada para ser conselheira do Conselho Nacional de Justiça na vaga da representação da Câmara dos Deputados deputada Soraia me ligou e disse daane vem para cá agora vem para cá agora que eu
vou levar você para a liderança feminina na câmara dos deputados e nós vamos fazer uma foto maravilhosa e vamos fazer um movimento porque nós vamos ter uma mulher mais uma mulher na no Conselho Nacional de e assim ela não só me ligou como ela me recebeu de braços abertos na câmara dos deputados e me levou para todas as deputadas toda a representação feminina na Câmara dos Deputados no dia da sessão também fez um depoimento maravilhoso a meu favor então isso é rede de apoio se a gente falou né dessa questão da gente levar cada vez
mais as mulheres levarem as mulheres a apostos mais altos e apostos de liderança cada vez maior é porque a gente precisa sim nos apoiar não esperamos só os apoios das mulheres esperamos também o apoio dos homens Mas se a gente já contar com esse engajamento feminino já vai ser assim de uma grande de uma grande vamos transformação então deputada fica aqui registrado no Conselho Nacional de Justiça o meu agradecimento e passo a palavra então para seu relato de experiência Obrigada da é um orgulho enorme tá aqui do seu lado tá no CNJ está com os
operadores do direito estarem com mulheres que estão refletindo esse tema queria cumprimentar a mesa parabenizando a cada uma pela sua experiência pelo seu trabalho e dar o meu boa tarde a todos e todas e explicar porque a gente cumprimenta dessa forma eu queria fazer uma reflexão porque muitas vezes as pessoas ao cumprimentarem bom dia boa tarde a todos e todas acham que é uma questão de gênero e não é assim como muitos homens querem dar uma flor para uma mulher no dia 8 de Março da que não é um dia de ganhar presente de ser
questionado porque não tem o dia do homem só tem da mulher é porque o 8 de Março é uma data cívica pra gente onde a gente para para refletir o que a gente avançou compartilhar experiências e depois ver o que que a gente ainda Precisa fazer na constituinte de 88 nós tínhamos uma situa muito grave e nós tivemos um pequeno movimento de 4,5 de mulheres chamada bancada do batom e essa bancada do batom que representava 4,5 questionou o artigo 5º constitucional onde ali dizia Todos nós somos iguais perante a lei as mulheres desse país da
começaram a cantar aquela música do Chico Buarque será que será será que a mulher tá tendo direito de ir e vir sem ser importunada será que a mulher pode romper uma relação sem apanhar sofrer um feminicídio Será que essa mulher tá se capacitando e está podendo ocupar cargos de liderança e nesse será que será dai o que que aconteceu nós tivemos uma mudança numa cláusula pétria que é o artigo 5º é cláusula pétria ganhou um parágrafo primeiro e que diz assim como vocês muito bem sabem homens e mulheres são iguais em direitos e deveres para
acordar o Brasil e a partir de desse momento todos nós que acreditamos na paridade todos nós que somos do direito sou advogada também formada na Universidade Federal de Niterói da Universidade Federal Fluminense todos nós passamos naquele momento a nos cumprimentar bom dia a todos e todos como um juramento de que nós não vamos parar até que de verdade esse país tenha paridade e igualdade entre homens e mulheres éesse sentimento que eu queria cumprimentar a cada uma de vocês a cada um de vocês cumprimentar o CNJ por esse painel por essa reflexão falar que muitas vezes
a gente usa jargões sim mas não é só para rotular é para confundir e essa confusão acaba levando uma distorção na sociedade muitas vezes a gente fala por exemplo Ah vamos discutir o empoderamento feminino Gente ninguém empodera ninguém quem empodera o conhecimento é ter acesso à informação se a gente pensar numa pessoa que não sabe ler e escrever mas que chega pro logista e diz assim dai ou você troca minha geladeira ou eu vou pro Procom é porque ele conhece seu direito e confia no sistema isto é poder empoderamento que esse Brasil tem que acordar
e falar que eu não vejo ninguém falar é o empoderamento reverso a Carla vivenciou isso há pouco tempo comigo lá no Pará o que que é o empoderamento reverso é aquela menina de 9 anos que é entada na balsa da população Ribeirinha nós estamos lá na Ilha de Marajó e que se você tentar muitas vezes tirá-la de lá você sabe o que ela responde eu não posso sair minha tia porque eu sou o sustento da minha casa ela é a pessoa mais importante da casa é um empoderamento reverso é aquelas crianças lá da Cracolândia da
Cinelândia que vão aparecer na televisão se eles fizerem né mais uso de craque se eles tiverem com mais problema Isso se chama empoderament reverso que a gente precisa discutir então a gente precisa tratar os temas de uma forma muito clara quando a gente fala de política num determinado momento não sei o que aconteceu nesse país que começou uma série deot torções gente política vem de PIS pois significa cidade que modelo de cidade eu quero viver que modelo de cidade eu quero deixar pros meus filhos e pros meus netos e é nessa hora que a mulher
tem que se levantar e nós mulheres aí começa a minha história como depoimento eu queria compartilhar se você me permitir um pouco da história mas um pouco também da minha visão a partir do momento que eu exerci mandato eu sou da cidade de Niterói deputada pelo Rio de Janeiro fui Representante de Turma de todas asas salas que eu passei presidente de Grêmio e nunca me enxerguei política nunca me cheguei política eu achava que era suficiente militar e defender as ideias que eu ditava como muitas mulheres porque eu achava o seguinte se você observar 44% em
média de todos os partidos são de filiações femininas Mas elas acham assim eu vou votar naquele candidato que tá defendendo a bandeira do autismo eu vou votar naquele candidato que tá fazendo a luta do câncer e ela faz a parte dela até porque ela já tem dupla jornada não é fácil não é fácil é uma arena de ideias é uma arena política mas não é porque ela não seja forte não é porque ela não seja capaz É porque ela achava que era suficiente porque nós todas não enxergávamos até então até bem pouco tempo a importância
da participação da mulher na política a gente não consegue entender um Brasil que tem uma população que as mulheres falam o que pensam tem o direito de ir e vir e tem menos representantes no Parlamento do que os países onde as mulheres usam burca não faz o menor sentido e naquele momento começa uma revolução eu me elejo deputado federal em 2015 é tô indo pro terceiro mandato estou no terceiro mandato eu tive dai um apoio absurdo do meu marido que dizia sorai Será que você não percebe que a política da casa é você eu tô
te apoiando e as pessoas na minha casa diz assim você tá louca mãe você não combina com a política você é muito ideológica e eu fiz uma reflexão assim pera aí quantas mulheres nesse país tem um marido que tá dizendo assim vai que eu tô te apoiando que não vou interferir vai defender as teses sua de Universidade essas teses que você tanto faz preguiçosa eu não sou coloquei apenas uma caneta embaixo do pé da Nossa Senhora e pedi a ela não me permita que eu erre não me permita que eu er Eu não tenho medo
e eu tenho pique como a gente diz pique no lugar rodinha no pé ideologia o Brasil que eu sonho é o Brasil que eu quero viv e fui para e fui Eleita direto deputada Federal PME em vocês quando eu cheguei na Câmara Federal Eu estranhei porque eu já comecei uma articulação no meu partido pera aí a gente quer ser tratada como bancada porque as comissões eram distribuídas assim sabe da ah o estado tal tem mais Deputado vai ter presidência da comissão tal e eu fiquei pera aí nós deputadas somos seis aqui dentro era pouquinho nós
tínhamos só 49% 99% em 2015 9,9 nós só ganhávamos de do Haiti e de serra leô e essa vergonha é uma coisa que é mortal eu vou dizer para vocês como advogada como militante como uma pessoa que defende ideias uma pessoa independente que já ocupei vários postos como Pioneira primeira mulher presidir isso presidir aquilo que aliás é outra maneira que eu quero dar dica não comecem nunca falando Sou primeira isso sou primeira aquilo pra gente não perpetuar aquela abelha rainha a gente tem que dizer olha eu sou mulher sou mãe sou avó sou advogado OB
ada sou isso e fui primeira presidente da Comissão tal eu fui a primeira mulher primeira secretária isso é consequência para naturalizar não pioneirismo para naturalizar a possibilidade de outro ocupar essa cadeira Isso é uma dica de linguagem e eu vou para lá e digo a gente quer ser tratada como tava chegando e aí eu perguntei assim aí eles atopar não tá bom vocês vão ter então direito a uma escolha eu falei então as mulheres vão ser as primeiras a escolher sabe Vamos ser as primeiras a escolher Claro deputada Qual é o subconsciente coletivo elas vão
pedir Assistência Social elas vão pedir a comissão da mulher e eu perguntei assim pro lado Quais são as comissões mais importantes baixinha disse era ccj e cft e na hora da distribuição Gente vocês não TM noção tinha de ter filmado a cena as Mulheres Querem comissão de Finanças e tributação em pleno 2015 discutindo pedalados fiscais o a a confusão foi manha E aí diz não não pode ela chegou agora primeiro mandato elas estão loucas uma comissão de 60 membros não tinha uma mulher e a gente teve que fazer daí uma articulação enorme para trazer mais
seis mulheres pelo conseguiu mais seis para fazer parte daquela comissão e a gente fou um pé assim olha a política Me desculpa é o espaço que eu conheço até hoje Que Ou você tem palavra ou não tem a política tem que ser uma coisa que não tem que assinar no papel então eu quero saber como é que vocês vão me tratar vocês vão me tratar respeitando o compromisso de eu escolher a primeira comissão ou Vocês já vão começar dizendo que aqui não se tem palavra e ficou paralisado e na reunião de líder eu tive oportunidade
de trazer pras mulheres a comissão de Finanças e tributação e a entrega que se deu eu me lembro porque quando eu cheguei com as mulheres F ganhamos a comissão de tributação você tá louca eu falei assim então vai você e elas me colocaram lá falei não posso devolver não vou devolver eu quero confessar vocês eu achei que eu fosse chegar assim vou PR comissão de Defesa do Consumidor bom da não deu outra domingo eu vinha para cá os maiores economista aula toda parte tributária toda quarta-feira era tesoura era receita mas nós deixamos uma entrega de
mais projetos votados do que os 10 anos que nos antecederam e nós deixamos também um relatório de debate incrível um dos deputados e eu posso falar o nome porque isso tá gravado e isso tá gravado também a retratação dele o deputado Paul derne falou assim já que não tem jeito é uma mulher pelo menos tem cadeira para consertar e ele me massacrou os três primeiros meses mas cada vez que ele me massacrava como toda mulher a gente voltava mais forte e mais forte Porque mulher é que nem massa de bolo se desafiar e que ela
cresce entendeu E aí e aí a gente fez entrega e tem lá o depoimento dele assim deputada eu vim aqui porque é praste na casa o encerramento da comissão os membros fazerem ajustes então ele diz para mim deputada eu quero esperar da vossa excelência entenda que quanto mais eu te massacrei mais vossa excelência cresceu quero eu quero imaginar que mesmo de forma equívoca eu pude contribuir para se crescimento porque vossa excelência sai maior do que entrou e isso é importante não criar inimizade trazer o homem pro seu universo trazer o homem homem porque nós temos
que parar com a guerra de sexo o homem não enxerga o que a gente sente como a gente não enxerga o que ele sente isso é que nem inclusão a gente tem que falar com uma pessoa que tem limitação assim me ajuda a te ajudar porque a gente não enxerga a dificuldade do outro e aí que tá a sororidade da vida de lá para cá Nós não paramos nós começamos a coordenação da bancada feminina e a primeira coisa que eu quero compartilhar com vocês essa reflexão é que meu olhar como advogada mudou completamente nós estvamos
em pleno 2015 na campanha do câncer de mama em 2015 se vocês lembrarem como até hoje todos os prédios Rosa todo mundo de laço Rosa os homens fazendo campanha do Combate à violência e aquilo cai uma ficha porque eu também sou da pauta da inclusão falei meu Deus as cadeirantes não fazem mamografia a lei não é para todos por um motivo muito simples não tinha redução de altura do mamógrafo E aí nós colocamos para votar uma matéria dizendo o seguinte compra de mamógrafo com dinheiro público tem que ter redução de altura Minha Gente vocês não
tem noção da alegria que eu pude assistir o primeiro exame de uma tetraplégica no Brasil nós somos parte dessa mudança a pessoa que votou é parte dessa mudança é uma conscientização E aí a gente foi olhar na pauta do Câncer as mulheres tinham Câncer de Mama ia pro SUS ganhava a prótese da mama doente já saía torta e a gente colocou lá na lei se der uma vai dar duas porque a autoestima base da dignidade e pasmem pasmem em pleno 2024 a mulher que vai pro SUS tem tudo mas a mulher se recorrer ao plano
de saúde ela ganha uma e paga a outra por fora vejam não tem isso é um despertar eu quero colocar o meu depoimento que é um despertar que me fez como advogada como militante e como deputada começar olhar pra legislação e naquele momento a gente começou a defender importância das mulheres no espaço de poder e eu digo para vocês não como direito da mulher jamais como direito da Mulher embora seja também mas muito mais por uma necessidade de país se a gente quer um Brasil mais justo menos desigual tem que ter representatividade fica aqui o
meu registro porque os operadores do direito do Tribunal Eleitoral do Ministério Público eleitoral nos socorreram muito porque a gente era minoria não conseguia votar porque naquele momento a gente começou a defender cadeira efetiva paraas mulheres se não fosse espontâneo em 201 a gente tinha por exemplo cinco estados brasileiros sem uma única deputada 10000 municípios sem uma única vereadora pensem no papel da vereadora que é quem tá na ponta Vereador é quem vê a dor primeiro das pessoas quem é que tá vendo a dor das mulheres no sistema de saúde da escola das meninas que T
filho mais jovem e ali começou uma militancia ferrenha nossa PEC bateu na trave por 15 votos e pmen sete anam de mulheres que foram viajar porque não acreditaram que fosse possível E aí foi um caos porque todos que votaram conosco por pena passaram a enxergar como realidade de lá para cá nunca mais a gente pode botar para votar cadeira efetiva E aí a luta tem que ser aquela frase do direito de todo mundo que faz né formato o rio chega ao fim se ela aprender contornar nós tíos que mudar as estratégias para contornar os obstáculos
nós tivemos o apoio do Ministério Público eleitoral que em 2016 fez um levantamento sobre a votação das vereadoras desse país pmen em 2016 nós tivemos mais de 14.250 mulheres com zero voto nem ela votou nela muitas não sabiam que era votada Olha a loucura e ali e a gente materializou materializou o que a gente chama de mulher laranja Porque isso é uma fraude eleitoral quando você tem uma cláusula que determina que tenha que ter 30% de sexo desigual vejam então a mulher ela precisa ser sábia no sentido de não dar rótulos se eu tenho dificuldade
de defender por exemplo na Câmara a palavra gênero não pode ser falado nem gênero alimentício sai todo mundo correndo então a gente bota outro nome minha gente o que que a gente quer ficar lá dando soco em ponta de transformar nós temos que ser sábia a mulher ela tem uma cadoria dentro de casa ela dribla marido empregada filho papagaio periquito Por que que a gente não vai fazer isso no nosso trabalho eles querem chamar daquele nome tá bom mas a gente quer o resultado é isso que a gente tem que se unir entender as limitações
entender que pra sociedade pro cidadão que tá na ponta Não importa se vem do executivo legislativo judiciário ele quer ser abraçado protegido seu direito garantido porque quando isso não acontece o que que acontece ele não acredita nas instituições ele não acredita na política Ele não enxerga a importância da política e por que que eu bato nessa tecla porque é a política vetor de transformação é a política que faz pressão E aí pasm com esse movimento que não se travava eles criam uma cláusula limitadora vejam vocês a gente tem que ter no mínimo 30% de sexo
desigual concorda el resolvem votar uma matéria determinando que o fundo partidário não podia ter mais do que 15% E aí o Supremo derrubou pera aí aí o que que se fez votou o fundo eleitoral eles ficaram tranquilo a decisão do supremo É sobre o fundo aí nós deputadas algumas deputadas e algumas senadoras pasem a pressão que vocês podem imaginar nós somos subordinados a um presidente partidário peticionando e questionando pera aí se somos 30 tem que começar com 30 e o foi por unanimidade o eleitoral não tem noção da contribuição cívica quando a gente pensa nessas
ações a gente pensa na qualidade país e ele determinou e eu quero dar um dado numérico nessa eleição que não se pode nem filiar uma única mulher a mais o que que aconteceu nós elegemos só com direito de ter televisão e um pouquinho de financiamento nós elegemos mais do que os 30 anos que nos antecederam Será que a mulher não gosta ou ela é desigual Quero Dizer para vocês que a mulher quando chega a vir pra política nos dias de hoje é mais ou menos o que acontece com qualquer mulher de qualquer setor a mulher
tem uma característica ela transforma suas perdas em luta a Lucinha perdeu o filho Cazuza fez a bandeira da aides a mulher quando não aguenta mais ela diz eu vou pra política para defender o autismo não é possível Ah eu vou na ela não se movimenta pelo poder a sociedade precisa acordar que se o Brasil precisa mudar nós não podemos admitir um único espaço sem o olhar do homem ou da mulher seja na política seja no Juizado E aí a gente eu te olhando e te homenageando eu viro pro Ministro das da defesa e falo assim
Ministro eu tenho uma curiosidade eu era coordenadora da bancada feminina e eu sempre fui muito questionadora eu acho que dá para perceber um pouquinho né e e meu pai dizia da F assim olha a gente dá logo para você para você se você parar de perturbar senão você vai enlouquecer a gente e eu pergunto para ele Ministro Por que que as mulheres não podem entrar num navio marig guerra ó Deputado em nome da família brasileira eu falei aí danu quem é que perguntou para essa mulher se ela quer casar e se embora casada a lei
tá decidindo a vida do casal a lei tem que entrar na omissão das pessoas e não da decisão das pessoas essa lei tá invertida E ali a gente fincou o pé e no primeiro semestre de 2015 a gente libertou a aeronáutica em no segundo semestre de 2017 a gente libertou a Marinha em março de 2018 a gente libertou o exército porque as mulheres nas Forças eram só em carreiras administrativas e quando eu olho revistas como essa a primeira turma de fuzileira cinco almirantes marig guerra cinco navios já com banheiro paraas mulheres nós todas somos parte
da dessa história por quê Porque quem elegeu uma mulher não tô dizendo que seja Soraia que para trazer um olhar reparador da legislação foi parte dessa modificação de país E aí dai eu quero lembrar do dia que o Di stofle me convida eu tive o privilégio de ser a única deputada que ele convidou Pro lançamento da do filme da Hut ginsburg e eu tava aqui e aí eu viro para ele assim Ministro Posso falar uma uma coisa a casa da Justiça tem que ter justiça em casa ele que que foi deputada é o seguinte nós
somos eu temos que encerrar né Desculpa E aí é porque se eu for pegar de cada área um pouquinho vocês vão ver a importância do Olhar das mulheres e a da assim do esforço que os operadores de direito junto com o legislativo com o Executivo com o empresariado nos seus conselhos nas modificações esse eu tava até falando com um dos almirantes ele falou assim deputada essa coisa das mulheres entrarem em massa lá você sabe que até a unha dos homens tá melhor estão xingando menos tá tudo mais arrumadinho você vê até transformações de comportamento mas
eu brincava com o ministro di stofle da seguinte forma Ministro a casa da Justiça tem justiça em casa se eu for comparar a câmara de vereador de Deputados que tem poucas mulheres eu não consigo entender como que também as mulheres que são concursada passam em massa passam em massa mas na hora de dar Segunda instância elas não conseguem acender se você botar numa lista Tríplice duas mulheres e um homem vão nomear um homem e aquilo me incomodava aí ele implementou essa resolução que eu tenho muito orgulho que eu também sou parte disso de provocar ela
implementou a 255 e a gente não parou mais quando o ministro Barroso assumiu o Tribunal Eleitoral como presidente nós chamamos num movimento e fizemos o seguinte min Barroso vamos fazer a primeira lista Tríplice de mulheres porque não vai ter jeito a justiça eleitoral não tem ministra nós temos que ter gatilho nós temos que ter estratégia para tudo minha gente para tudo por qual é o nosso maior al gós quem mais nos cega a rotina é tanta coisa se você não criar gatilho você não faz ele falou gostei da ideia mas não conta para ninguém Fiquei
o meses quietinha mas eu sei que ele foi o presidente o primeiro homem a fazer uma lista Tríplice só de mulheres e aí foi nomeada Maria Cláudia bucan resgatando isso fomos PR As instituições que ocupam cadeira nós já Távamos no esforço da enorme CNJ já tava praticamente na paridade na época da Raquel dod daqui a pouco eles foram tomando tomando tomando e a tua cadeira foi do Maia E aí que tirou de uma mulher e aí quando falou assim não ele não vai se recandidatar à bancada feminina pois a vaga é nossa vai ter que
voltar a ser mulher e a da tá aí para isso porque a gente tem que ter mulher nos espaços de decisão E esse movimento foi tão significativo que a gente começou a pressionar então quando vem essa decisão do CNJ no ano passado para quem acompanhou de perto na vaga de merecimento é assim uma lista só de mulheres uma só de homens Por que as mulheres não têm capacidade não porque tem que ter gati senão elas não vão e eu já tô estudando agora As bancas eu tô pensando em botar banca com paridade porque eu vejo
muitas vezes a mulher não passar porque só tem homem na banca Então a gente tem que ter gatilho eu fui primeira secretária da câmara e a a primeira secretaria e E era uma coisa que me incomodava muito porque quando você olhava assim pra mesa do Senado a mesa da câmara Não tinha mulher em cargo de de mesa e eu falei com o presidente do meu partido mais uma vez ele sempre me achou meio impertinente eu falei Presidente fou assim indica quem você quiser mas eu quero comunicar que se todos os partidos indicarem homens eu vou
concorrer a vulso ir vulo gente é a seguinte peripécia o partido Não Te indica ele fecha com todos os líderes para votar na chapa oficial E você tem que fazer uma campanha ombra ombra uma tumul danada para tentar chegar lá e derrubar o candidato oficial vocês podem imaginar o que é isso E aí justamente o primeiro a primeira secretaria para quem não conhece é organograma Você tem o presidente como figura Central mais importante a segunda mais importante é o presidente da casa porque o o primeiro Secretário é quem Gere a casa então eram mais de
8.000 funcionários um pico de circulação de 30.000 pessoas todo o orçamento feito né dentro da estrutura da casa e era justamente essa que o meu partido tava disputando e eu fui para cima mas até as serventes da casa foi uma coisa mais linda do mundo em oração todo mundo pedia chegando Deputado as senadoras vieram e o fato é que eu fui a primeira mulher na história da câmara a ser primeira secretária e eu tive orgulho de quando sair dali eu deixei três mulheres inclusive o atual ministro Silvinho seria o que ocupar a mesa na sequência
como quarto secretário eu fui lá e conversei com o Marcos Pereira falei Marcos Pensa bem Vamos colocar primeira mulher negra vamos volar a primeira mulher negra Olha a história da deputada Rosângela e assim ele cedeu a vaga não só teve três mulheres como teve a primeira mulher negra na mesa diretora então vejam é uma pela outra e eu quero dizer para vocês que se vocês olharem eu quero eu vou concluir assim porque eu estou já preocupada com tudo mas enfim é um assunto que eu quero muito agradecer poder estar com vocês porque talvez vocês que
são os operadores do direito não tenham dimensão do Papel Cívico quando vocês aplicam uma decisão com perspectiva de gênero talvez vocês não tenham noção Quando vocês vão além das funções como é esse protocolo do antes que aconteça que a gente tá hoje prevenindo Carla o feminicídio de verdade porque quando a gente tipificou o feminicídio a gente queria saber quantas mulheres eram mortas por latrocínio um crime comum ou por feminicídio E aí os deputados e senadores muitas vezes achavam que era besteira e um ano depois eles falavam sabe o quê vivem pra gente que que é
isso tá botando brotando feminicídio no Jardim não é as pessoas estão conhecendo tão denunciando e eu não me assusto quando aumenta a estatística eu quero dizer para vocês que quando aumenta a estatística é porque o sistema começou a funcionar nós temos ainda que fazer isso para depois cair e o antes que aconteça foi uma coisa linda porque nós temos lá um exemplo de 70% das mulheres que morrem por feminicídio nesse país elas tinham medida protetiva mas o juiz dava protetiva mas não colocava tornozeleira que era a competência do executivo o Executivo não colocava porque o
juiz não mandou e a gente resolveu romper barreiras E aí ele dá decisão abre para essa possibilidade se essa mulher chegar lá espancada no Hospital a gente criou a sala Violeta Porque a Lei Maria da Penha Veja a interpretação que os operadores de direito Podem trazer a lei não diz que tem que ser um laudo de perito que não tem se não houve estupro não tem prova material Qual é o médico que não sabe avaliar se essa mulher caiu da escada ou se Ela apanhou minha gente então aquele laudo é o documento então a gente
criou a primeira sala Violeta dentro de um hospital foram capacitados Adriano acabou de sair daí o TJ teve uma participação importantíssima no estado do Rio de Janeiro que tá sendo Pioneiro nós estamos testando toda essa experiência para avançar nos outros estados né onde todo mundo entendeu que a responsabilidade da vida daquela mulher é dela entendendo que não é nem executivo nem legislativo nem judiciário é a sociedade civil a sociedade civil que precisa entender que ela vai passar a mão no 90 mas vai denunciar o barulho da festa do lado Ok mas ela também deve denunciar
o barulho da dor de uma mulher chorando porque n ninguém apanha porque gosta então são mudanças culturais dentro do nosso universo se a gente puder compartilhar em eventos indecisões reflexões né a gente tava discutindo agora o Tratado de Aia e teve uma juíza brilhante que divergiu de todo mundo o Tratado de ia não pode pegar uma mulher que vem vítima de violência e devolver como se fosse sequestradora aqueles filhos porque o Tratado de alia diz que o primeiro item que se sobrepõe a qualquer direito como é o de prax nosso o direito da criança essa
avaliação tem que ser necessária essa juíza fincou o pé e eu já tô provocando daí eu espero que você contar com o seu voto porque eu como procuradora da mulher já estou provocando o CNJ para que entenda e padronize isso na sistema de justiça a criança é brasileira é ela que vai decidir se vai voltar pro país ou não ninguém tá questionando se tem prova se ela apanhava ou não apanhava é a criança e o CNJ tem uma contribuição muito grande gente eu vim para cá vocês podem estar certa com muito orgulho pode pessa pode
ficar sentada que a gente vai sair é que é um tema que me fascina porque eu não sei em quanto tempo como cada um de nós sabe que a única certeza que a gente tem é que um dia a gente vai morrer mas eu quero dizer para vocês que enquanto vivo estiver eu estou aprendendo todo dia a importância de ter mulheres nos espaços de decisão nos espaços de liderança que cada um de nós tem uma responsabilidade cívico-social vou voltar a dizer Cívico social porque isso vai mudar o lugar que a gente é locatário que vai
deixar paraos nossos filhos pros nossos netos quando eu comecei a dirigir minha era assim tira o poste mulher no volante perigo constante e as mulheres repetiam isso mas a gente colocava aquele antos e ia mas o meu orgulho é que minha filha Pegou a chave do carro dirigiu ela nem sabe o que a gente passou de bullying então mulheres percam tempo querendo convencer dos nomes não ganhem tempo focando nas transformações como locatários dessa terra que nós somos então é por isso que a gente luta por mulher na política nós temos ainda três estados brasileiros sem
uma sequer deputada Federal nós temos 1000 municípios sem uma vereadora como é que a gente pode dizer que esse Brasil é democrático não é direito da mulher é necessidade de defender democracia brasileira porque não há democracia se não tiver representatividade se somos 52% da população ou 51,5 como a vivem apresentou eu não quero nem saber porque 48% também são filhos de mulheres e o homem cidadão não cria filha para apanhar de ninguém não investe na educação da filha para não ter oportunidade de emprego Tragam Os homens vão parar com essa guerra de sexo Ele não
enxerga como a gente não enxerga pensem nisso como a inclusão você tem que pedir a pessoa que tem limitação me ajuda a te ajudar porque às vezes a gente vai tentar ajudar e magoa traz o homem para entender o que passa uma mulher nos bastidores do Nascimento de Uma Criança Brasília tá batendo recorde de violência obstétrica quantas crianças estão morrendo nós temos que questionar tudo isso aí você diz assim não tem pena pecuniária Cível tem muitos estão lá reparação cirurgia plástica Mas cadê o artigo 40 do Código Processo Penal é crime é crime às vezes
é n negligência injúria e até violência institucional que é um crime novo e a última moda que a gente fez que a gente tá envolvendo todo mundo é de violência política porque muitas vezes essa mulher chega lá e ela não consegue sequer o exercício da sua função então nós temos que ser implacáveis é por isso que eu defendo derrubada de chapa sim se botar a mulher laranja porque é fralde sim aí eu defendo que a mulher tem que ter direito eu defendo que a mulher tem oportunidade eu defendo paridade e eu quero cumprimentar todas as
vezes que eu vejo um homem numa discussão de mulher eu gosto muito de plateia mista porque não adianta pregar só para convertido muito embora muito da minha fala mesmo nós mulheres eu me coloco nesse espaço não tínhamos noção da importância e necessidade de país quando a gente pega pequenas legislações como ecocardiograma ficaria aqui a tarde inteira falando só das legislações que foram mudadas melhoradas com olhar feminino mas nós temos que também trazer os homens para entender essa dor não vamos guerrear troca o nome vão parar de atacar porque também muitas mulheres eu vejo isso ah
eu não sou feminista eu falei eu não sei nem o que que é isso eu sei o que que é mulher a resposta que eu dou por quê Porque nós agradecemos asos sufragistas que precisaram muitas vezes se jogar num cavalo rasgar mas nós não precisamos mais é Olho no Olho Nós não precisamos subir o Tom é olho no olho eu agradeço cada dia igio por aquela mulher que se jogou no cavalo porque eu me lembro muito bem antes dela se jogar na frente do cavalo para quem assistiu filme tem uma passagem que marca muito comigo
e ela de o guarda Quando ia aprender mais não sei quantas vezes ele fala assim mas que que vocês estão querendo Afinal vocês estão querendo desobedecer a lei gente ela olha tão firme pro olhar daquele policial e ela diz não não quero desobedecer a lei eu quero é mudar a lei nós temos que mudar a lei desse país para que esse país seja mais justo é por isso que os operadores de direito T que trabalhar com interdependência com legislativo e o legislativo com o judiciário com o Executivo nós somos poderes Independentes mas é a interdependência
que gera resultado saio daqui de coração na mão agradecendo demais da a oportunidade o orgulho de ter vocês como operadores do direito nessa reflexão não é só de liderança como direito mas uma reflexão de necessidade cívica desse país de um Brasil que a gente quer ver eu confesso a vocês que o meu primeiro santinho de campanha eu botei uma frase escondidinha que norteia é muito sobre Esse aspecto e eu quero compartilhar duas frases da minha vida com vocês uma delas é essa uma frase do gand que ele diz assim plenamente livre é quem voluntariamente se
escraviza não é fácil est na política não é fácil dar decisões com o erro da gente cometer falhas nas suas decisões mas só da gente refletir se aquilo tá sendo justo e não a gente já tá melhor do que tava então plenamente livre é quem voluntariamente se escraviza e entende a sua missão num sentido mais amplo do que a sua própria instituição e a segunda frase é que eu rezo todo dia quando saio de casa Deus é uma frase da Madre Teresa de Calcutá E ela diz Deus não permita que as pessoas que passem pela
minha vida saiam piores às vezes é só um bom dia às vezes é só um abraço que a gente pode fortalecer umas as outras numa total sororidade de carinho numa corrente do bem porque a gente às vezes nesse carinho nem sabe nesse Bom dia o que aquela pessoa pode realizar minha gratidão Daia obrigada pelo convite perdão Meg que eu não vou poder ficar eu não posso perder esse avião Tô que nem sabe Leandro Leonardo dis eu vou pegar o primeiro avião porque eu acho que é o último que sobra tenho uma agenda manhã gratidão total
e quando vocês estiverem cansado eu também tenho uma receitinha da Madre Teresa calut ela às vezes estava muito cansada e ela rezava eava assim Deus eu sei que você dá na medida que a gente é é capaz de enfrentar Mas será que você não tá acredit demais em mim não e aí no dia seguinte ela se levantava muito [Aplausos] obrigada vocês viram Porque que a gente é simplesmente apaixonada por ela tá vendo essa deputada e deputada duas coisinhas tempo dela ó a lei que a gente vai transformar se a transforma vem pela lei a transformação
vai ser a gente transformar as cotas do TSE em cadeira efetiva uma hora isso [Risadas] acontece a gentea de coster que a gentea a gente faz que vocês quiserem meu o quê onde ali ó na frente ali ó gente de verdade eu queria abraçar muito cada um de vocês vai lá Obrigada viu AM de lendo lendo no avião Ela é maravilhosa empolgada gente ela ela de fato transforma E se ela falou né Madre Teresa de Calcutá que cada dia se ela transformar com bom dia com um abraço imagine a quantidade de transformações que ela nos
colocou hoje nessa nessa noite e como a gente hoje vai dormir ou ou né falando em dormir Alguém falou aqui da questão de ir pros clubes pode me chamar pro clube do charuto eu vou pode me chamar pro clube do isc eu vou eu tomo vinho eu tomo cerveja eu nada de Clube do Bolinha né tipo vamos participar também gente pra gente finalizar que a gente tá bem adiantado vou passar aqui a palavra pra nossa debatedora Meg Gomes que é chefe da sessão de qualidade de vida do trabalho de CNJ servidora aqui da casa e
da nossa Associação de Serv do Conselho Nacional de Justiça Meg fica à vontade então para debater fazer considerações em relação à palestras que a gente já proferi já ouviu aqui não quer mear tem que ligar tem que ligar tem não não quero me alongar realmente olha só a gente tá uma hora e tanto aqui mas e me D Bárbara me fez esse convite para debater aqui algumas ideias sobre li erança né feminina nas organizações e eu sou psicóloga e tô lá no comitê de da participação feminina reuniões mensais comitê super produtivo endosso aqui o elogio
à assessora da conselheira Renata Gila Celina que foi Celina também a que convenceu a a conselheira disz da importância que se tem de ter servidoras olhando para essas políticas também então reforço muito o agradecimento à conselheira gabinete tô sempre eh fortalecendo com as servidoras tanto daqui do CNJ quanto com as da secretária de gestão de pessoas e todo todos os tribunais que participem mais né é difícil a gente pensa que não tem entrada Mas tem sim Fico feliz de ter ouvido nas falas hoje de várias magistradas que sentaram aqui a lembrança das servidoras então assim
eu queria reforçar que é muito importante que todas vocês sabem que esse contingente grande de servidores eh também sofre também tem Essas barreiras mas também estão aí na luta junto com vocês e eu sou psicóloga Eu tenho um olhar totalmente respirado que respiro 24 horas por dia saúde qvt qualidade de vida no trabalho e gestão da diversidade então e valorização do Servidor Eu trabalho na Secretaria de gestão de pessoas Então eu tenho não tenho como olhar sem olhar com essa lente da qvt né então só pegando aqui uma fala da vivia vivia falou das ods
né e é bem legal porque quando o ministro Barroso tomou posse Ele trouxe eh Bandeira dele mesmo né os objetivos desenvolvimento sustentável então todos os projetos tudo que a gente faz aqui a gente busca sempre tá colocando os objetivos e aí a vivia colocou os cinco o e o 10 né igualdade de gênero trabalho decente o da redução das desigualdades e eu queria complementar sempre a gente não esquecer do três que é o de saúde e bem-estar a gente fala de liderança de participação feminina tudo isso tem a ver com qualidade de vida no trabalho
lá na ergonomia da atividade que é o viés teórico metodológico que a gente mais trabalha com a qvt a gente tem cinco fatores estruturantes e todos eles vão ter a ver com a oportunidade das mulheres poderem acender com a questão da gente ser visto ser respeitado então condições de trabalho de você poder ter condições de trabalho é o primeiro fator a organização do trabalho ou seja as regras as regras que dão oportunidades para que a gente possa acender e possa sermos mulheres acrescentando ao trabalho mas também não ignorando a nossa vida Ontem a Isabela Camargo
tava aqui no nosso órgão e ela falou assim pra gente evitar falar equilíbrio vida trabalho vida profissional vida pessoal porque vida é uma só então não é para ficar usando mais tô cortando mas a literatura ela fala em Elo o trabalho vida social que a gente quer fazer de da forma mais saudável esse Elo né os meus desejos o que eu busco meus valores pessoais com os valores da organização sem adoecer reconhecimento e crescimento profissional é um outro Pilar é um Outro fator estruturante tem tudo a ver o que a gente quer é ser reconhecido
por todo o estudo por toda a dedicação estuda até às vezes muito mais do que os homens se dedica muito mais Abrindo mão de vários tempos que a gente tem que ter com a família a questão do cuidado já faço até o convite para amanhã Oficina da economia do Cuidado que realmente as mulheres elas estão mais envolvidas então reconhe ser que realmente tem uma uma uma superação um pouco maior quando a gente abre mão de certas coisas que a gente faz o que a gente quer é reconhecimento e as relações socioprofissionais e nisso eu vou
reforçar que realmente não é só para as mulheres que a gente deve falar essa rede deve ser muito maior não é só pros homens quer dizer a gente tem que convencer muito as mulheres também a a estarem do nosso lado não é só falar para convictas mas é muito é muito difícil ainda realmente ouvir de certas mulheres que esse movimento ele não é tão ele é legítimo né mas não dão tão valor e a gente fica aqui no esforço e levando todas no nos ombros depois todas colhem os mesmos frutos né então é é até
injusto um pouco isso mas é assim mesmo né que a gente vai seguindo eh então tem essa questão da qvt da Saúde então não tem como falar de liderança não tem como falar de todo o incentivo à participação feminina sem falar em saúde e qualidade de vida no trabalho outra questão que eu quero debater sobre o indicador de comissionamento eu tenho que chamar atenção paraa resolução 400 de 2021 que é a resolução da sustentabilidade e a partir desse ano né o todos os tribunais T que passar o os indicadores relacionados à ocupação das mulheres em
cargos de comissão e funções Inclusive a partir do ano que vem já vai ser cobrado para alimentar o balanço da sustentabilidade então não que isso vai vai ser metas vai ser aquela briga por prêmios etc e tal mas o que eu quero chamar atenção é que já há uma forma da gente monitorar como essas coisas estão acontecendo Então quanto que as aqui no caso servidoras né estão ocupando ou não cargos de direção e chefia nos tribunais primeira coisa é ter dados paraa gente poder mostrar aí vem outro pulo que é é importantíssimo né as mulheres
têm que ter autoconhecimento ok né conhecer eh conhecer para transformar estudar foi legal ver todo mundo levantando o celular aqui batendo foto aqui dos livros da que a Vivian falou porque realmente viviam foi um achado que eu que eu conhecia agora no Congresso de Psicologia organizacional do Trabalho em Julho falei essa mulher tem que tá lá com a gente na participação feminina não deu tempo para ela trazer tudo que ela né trouxe de conhecimento que a gente precisa estudar sempre esses viest obstáculos e a gente fica Nossa eu quero ler o que ela leu Me
dá aí a dissertação que deve est mais resumida para eu e é legal ver isso mas eh saber conhecer tá aqui no movimento toda essa rede e só vai paraa frente se realmente depois a gente tiver realmente resultados e decisão né então vou dar um exemplo aqui né o CNJ nunca teve uma secretária Geral de mulher foi a Associação dos Servidores até mesmo com com muito incentivo de da nossa ex-diretora da associação e outras colegas aqui da casa que falaram vamos oficiar o o ministro vamos você assina eu falei Assino com certeza e conseguimos então
assim é é é é é ter a ação né ter o dado ter o conhecimento ter a vontade saber que isso faz parte isso melhora a nossa qualidade de vida Isso vai nos trazer mais bem-estar mas no fundo no fundo a gente precisa ainda convencer aqueles que tomam as decisões né n aqueles que tomam as decisões eles precisam estar mais envolvidos com a gente aqui nos projetos quero também falar só do modelo do ide né foi apresentado o ano passado é o modelo de inclusão diversidade e Equidade que foi estruturado pela rede Equidade que tem
três poderes tem o poder legislativo judiciário e o Executivo envolvido esse modelo não sei se André ainda tá por aí do TJDFT acho que não esse modelo ele foi sugerido para que os os órgãos da administração pública federal não não importa ser só do Judiciário mas eu tô estimulando que vocês lá Quando voltarem pros tribunais de vocês vocês façam eh façam uma avaliação de como que está as questões de gênero e Raça no órgão lá tem itens relacionados à governança e estratégia a gestão inclusiva e social e lá tem eh itens que dizem respeito a
questões de paridade em mesas de eventos então Nossa política de de participação feminina foi auditada pela primeira vez aqui no CNJ esse ano tem duas semanas que sai o resultado do relatório preliminar e assim Trocando em Miúdos O que que a gente percebe muito que eh ainda não tem uma área estruturada para poder consolidar todos esses indicadores né a gente faz o estudo aplica o os os inventários os instrumentos tem a resolução faz um relatório bem bonitinho despacha e agora é igual a indicador de comissionamento a gente debate ele no comitê de qvt que a
gente tem aqui também dentro do órgão ele é monitorado desde 2022 e ele nunca atingiu 100% 100% é total proporcionalidade homens e mulheres no órgão nunca atingiu né só que aí a gente fica debatendo lá no comitê o que que a gente pode fazer a gente só por enquanto tá no nível de mostrar mas é um caminho né é um caminho mostrar indicar por isso a importância amanhã também já reforçando no final das oficinas que todas possam participar pra gente poder ter enunciados pra gente poder ter sugestões mais práticas do que realmente deve ser feito
e a gente mudar algumas políticas internas porque realmente assim eh conhecer estudar se autoconhecer nos amarmos formarmos essa rede parceira maravilhosa eu acho que tá todo mundo aqui muito bem nessa vibe só que a gente precisa atingir ali mais a alta cúpula eu digo também muito em nome dos Servidores né abrindo os espaços paraas servidoras participarem lá nos órgãos de vocês já é um bom caminho e abrindo espaço para que tenha áreas pessoas estruturas para que consolidem os dados também já é um bom caminho eh reunião né a união magistradas e servidoras sabendo que todas
somos mulheres e todas estamos batalhando no nosso lugar ao sol e nossos espaços de poder também já ajuda bastante então é essa fala que eu queria colocar pro debate muito obrigada [Aplausos] obrigada obrigada Meg Obrigada acho que realmente a participação dos Servidores das servidoras né Eh na justiça ela é importante eu tive só para encerrar aqui a gente eu antes de ser Conselheiro sou advogada da União sou da gu eh cheguei em Brasília em 2006 eh Brasília em 2006 trabalhei no Ministério da Saúde depois depois fui pra Gu em menos de 2 anos Meg eu
tava no gabinete do Advogado Geral da União com né atuando na atuação da GU no Supremo e na época eu tava fazendo mestrado fiz meu doutorado meu mestrado fui convidada para vir for assessorar o Ministro do Supremo Ministro di stofle e fiquei mais ou menos um ano terminei meu mestrado na assessoria e um dia quando a gente fala disso de você apostar em equipe servidores lá no gabinete eu era assessora com a equipe o gabinete do ministro tofly sempre foi um gabinete muito feminino lá no Supremo ser mais ou menos sempre teve um índice de
70% aproximadamente mas o chefe de gabinete anterior era um homem e um dia o ministro tofly chegou para mim e disse assim e a deputada Soraia disse que ela também não acreditava nela ser política né e e o ministro tle chegou para mim e disse assim você vai ser meu chefe de gabinete aí eu eu tinha 20 e Poucos Anos de idade 2 3 anos de Agu eu Ministro nunca fui chefe de nada na vida você chefe de gabinete de Ministro do Supremo vai e aí eu disse mas eu quero ter filho meu marido tinha
acabado que aquela questão do marido também do apoio meu marido saiu de Fortaleza largou o emprego e veio paraa Brasília porque eu tinha passado no concurso da Gu e vim para cá mais ou menos uns do anos depois ele se mudou para cá e eu disse me marido acabou de chegar eu quero ter filho aí ele disse já já tá entrando de licença maternidade ou eu posso eu posso te nomear agora e daqui a POG daqui a 9 meses você entra de licença maternidade e ele simplesmente não me deu opção ele disse daane você não
é que você vai ser a chefe de gabinete você já é a chefe de gabinete aqui dentro não é porque você nunca foi chefe você já é chefe você já é líder aqui dentro do gabinete então a gente também como servidor como assessor como juíza como advogada da União como conselheira como sargenta como psicóloga seja em qualquer lugar que a gente tem a gente precisa de fato acreditar nas nossas capacidades e como que a gente se coloca e se põe não é Então realmente o que eu quero dizer é que a gente precisa e Que
bom que isso veio de um homem Então na verdade muitas vezes eu sei que isso não é a regra não é e imagino que isso possa não ser às vezes o mais o que se o que se escuta por aí ou pelo menos eu já tinha ouvido falar de alguns lugares que era muito difícil ser chefe de gabinete e sair de licença maternidade vou dizer para vocês o ministro tle em se meses de licença maternidade nunca me ligou para falar de trabalho ele só me ligava para perguntar se tava tudo bem se a Sofia a
minha menina tava bem se eu tava precisando de alguma coisa para me convidar para as festinhas do gabinete que eu continuei indo mesmo de licença maternidade levava minha Sofia zinha de braço e ia Isso se chama sororidade mas a gente não precisa esperar encontrar essas pessoas que vão ter esse reconhecimento no nosso caminho porque o nosso caminho a gente pode fazer a gente pode lutar atrás dele sempre com apoio melhor que seja com apoio mas a gente também pode buscar isso e eu acredito muito muito mesmo nessa batalha nessa busca por liderança sim porque é
liderando por que liderando porque a gente precisa estar no espaço de poder a gente precisa participar do processo decisório processos decisórios espaços de poder em que não haja participação das mulheres ele é parcial ele não compõe ele não é de fato ele não traz a representatividade que a deputada Soraia trouxe então a gente Precisa sim estar nos processos decisórios não é só estar é falar ser ouvida decidir realmente influenciar e transformar seja a decisão judicial seja a lei seja os projetos seja as carreiras jurídicas seja a transformação social seja a nossa sociedade seja o que
for que a gente encontrar pela frente não é que a gente transforme de fato Essa sociedade sociedade livre justa igualitária sem qualquer uma das formas de discriminação Eu imagino que seja Tod tudo isso que a gente deseja é para tudo isso que a gente tá aqui não é e hoje já foi maravilhoso esse evento mas ele não termina hoje né tem que passar a palavra pro cerimonial Amanhã a gente continua falando de né igualdade Equidade entre né de Equidade de gênero pra gente continuar aí nessa luta nesse caminhar por mais de direitos por igualdade e
pela defesa mesmo das nossas meninas eu digo deputada sempre fala eu digo como daane como advogada como como mulher como mãe como tia não é a gente precisa assim transformar na sociedade para todas essas pessoas pra gente poder né continuar caminhando e lutando pelos nossos direitos obrigada gente boa noite a todos realizados e com a devida autorização declaramos encerrado o primeiro dia do encontro mulheres na justiça Novos Rumos da resolução CNJ número 255 terceira Edição retornaremos com a programação do evento amanhã às 9 horas neste mesmo auditório tenham todas uma boa noite m