Eu 1: Uma jornada de saúde mental na Amazônia

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Clínica de Cuidado
"EU 1" narra a jornada de uma equipe de atenção em saúde mental na Amazônia, formada para escutar os...
Video Transcript:
eu tava perdendo a fará perder tudo muito um dia no filme canções com um ano e um retrato noturno porque nós já não é fácil você entanto da rádio de trabalho corpo travar cuida 8h até quem não tem e quem não é chahil quem vá um vizinho meu boi na partida o ceará joga dia para negociar lá não quer a coisa mudou no percurso lá território onde hoje morreram em bam na li o artigo a indenização dele que ele olhou roni tem que colocar lutará andrade momento da brincadeira olha senhora é doído é do windows
e curtir tudo na hora da meia surgem ver se não tenho uma casa eu jurado aqui e vão apostar na melhoria da equipa venceu só vez cuida da minha vida só não remarquem no livro já escrito nele a gente dá vida a ganhar a vida de outro então eu achei aqui ótimo a gente é d'água só que cada um para piorar o outro porque sacrificando um tá bem melhor do que os outros imagine como é que eu vou recomeçar a viver uma buraco a buraco pode perguntar por que vocês estão aqui quem não tiver aqui
é óbvio que a gente já está dizendo com a presença mesmo sem palavras que a gente viu que teve uma violação de direitos que destrói as pessoas ea gente vê que está isso não teria vindo se tivesse tudo lindo e maravilhoso como movimentar todo um projecto trazer tem 18 pessoas aqui trabalhando para escutar um lugar onde nada tivesse acontecido aqui tá aqui porque aconteceu uma coisa ea gente quer escutar essa coisa e isso tem sido importante para eles de entender que a gente tá ali que a gente fez um esforço para estar aqui veio de
longe de vários estados do país porque tem um monte de gente de todos os lugares não são todos os estados são muitos estados do país ea gente se une diz vamos escutar as pessoas que não só tem uma posição política importante ea psicanálise voltar para a questão da psicanálise a psicanálise é político sempre e isso começa como a talvez como as coisas importantes começam porque eu fui indo aos poucos nessa história e eu me lembro aqui nessa sala de de um telefonema com cristiane indo pra ocupação israelita e eu dizendo pra ele crise o que
está acontecendo lá é é o que está escrito no seu livro só que está acontecendo e eu estou pensando que a gente tem responsabilidade com isso quando ela me convidou eu acho que eu aceitei muito mais porque acreditei que a ser um trabalho interessante do que por alguma coisa em altamira mesmo porque eu sabia muito pouco de lá e aí eu comecei a ler linhas colunas lhe as coisas luisa e aí eu acho que o que me pegou assim que se produziu em mim foi como é que eu que fico tão curiosa e provocante e
querendo saber das coisas tem uma leitura de um lado só dessa coisa eu nunca nem pensei nas coisas que eu tava lembro isso e isso me deixou muito chocado assim saber de como as coisas acontecem você compra a versão e não se pergunta eu podia me questionar eu via que tinha movimentação acerca de belo monte mas eu não eu não pensei um terço das coisas que eu podia ter pensado sobre isso e aí eu fiquei muito mexida aí eu falei para ela está muito perto pra me perguntando tão pouco é muito curioso como jeito que
a gente tenha pelo menos que eu tenho de lidar com as questões do meio ambiente são muito abstratas são internas eu ainda acho que eu tenho - mas é isso a gente acredita que faltava em são paulo que não sou eu a gente consegue muito pouco fazer ligações concretas do que acontece com o meio ambiente até porque demora né acho que tanto lá pela primeira vez eu fiquei muito tomado por perceber a força que essas políticas gigantescas essas decisões macroeconômicas das questões de governo como elas têm impacto gigantesco e e avassalador sobre cada pessoa ea
cada ser humano cada singularidade já trabalha há alguns anos com o local pura psicose pessoas devastadas mas é muito diferente chegar numa cidade que passou por um evento matro que a construção da barragem e perceber como isso afeta de maneira muito importante muito forte ea vida das pessoas e acho que especial que foi o público a gente escolheu essa coisa dos ribeirinhos a esse jeito de viver do rio de viver tão diferente acho que isso me pegou também como podem existir vidas diferentes não é racionalmente eu sabia disso assim mas descobri esse outro jeito de
viver quando descobri a violência que foi a tirar essas pessoas nesse modo do consumo da dívida dos bens do ter que pagar por água por luz por alimento e não pegar do rio produzir caçá acolher pescar tudo isso foi a nossa isso é muito importante isso é muito diferente isso de alguma maneira tem tudo a ver com tudo que a gente vive em são paulo mas por outro lado é muito mais extremado muito mais claro é que eu ainda acho que lá tem uma radicalidade nec que é outra sem aqui ainda que no lugar de
quem está à margem as pessoas estão muito mais mergulhados no consumo no capitalismo ainda que fora né mas a referência ainda é essa em contrato ribeirinho pra mim encontrar a diversidade num outro lugar as pessoas me perguntarem como é que eu vivo num lugar onde você precisa de dinheiro todo dia não é assim assim essa essa pergunta de acho que muitas das minhas certezas foram sendo abril se não é assim e acho que foi ganhando cada vez mais vontade de estar envolvido está pensando e de tentar ajudar de alguma forma assim ainda que por outro
lado isso também causa um certo meu deus é muito grande sabe que que dá fazer né frente a tudo isso cvs radicalidade com o cara pode ter uma casa e outro pode não ter uma casa de acordo com o que a capacidade em contar uma história enquanto cerveja pessoa que perdeu a possibilidade de ser restituído porque ela não conseguia contar a história dela saía um pouco daquela daquela um jeito dela dela ler ou relação com o outro lance de vulnerável desprotegido aí e aí sim é usada para outro é é vilipendiada instrumentalizar e aí acontece
o pior então essa coisa de que precisamos reaprender a contar nossas histórias individuais ser seu amigo você só sua esposa e seus filhos na comunidade e assim por diante um caixa de histórias que como assim são as coisas singulares a gente acha que vai levar nada o que vale é quando você consegue entrar uma história pré fabricado na história neste ano já fez isso tem no seu currículo aos seus dons etc só consegue falar e se assim você vê o ribeirinho contando um negócio todo o outro você fala isso é ruim pra ele porque está
indefeso né mas isso é o que falta é menor e isso é é uma coisa que em que quem fala nem vamos investir em na possibilidade da potência capaz de suportar as suas histórias um time bem montado o ambiente não é tarefa da escola senão a tarefa da saúde e isso não é tarefa da assistência social não tava no direito e que vai que ele vai gelar por nossas histórias me apresento meu nome é andré nada és o psicólogo a presença da vida ou da profissão meu nome é flávia ribeiro é flávia sem acento é
tem o seu nome de pai não tenha o sobrenome de mãe mas quem registrou foi a mãe 100 livre bons a laila tem 67 anos o psicólogo uberlândia em minas gerais eu trabalho notei lá em uberlândia tudo fica análise e gosta muito dessa coisa da urgência e emergência das situações de crise rodrigo souto e ouro preto no momento estou morando no rio de janeiro fazendo residência em saúde mental eu fiz uma doação antes da psicologia que foi em ciências biológicas e nessa época da minha vida eu tinha uma uma expectativa de trabalhar com população tradicional
pensando unidade de conservação então como cá como essa população que estratégia que ela utiliza para conservar o espaço na qual ela sempre pertenceu mas quem muitas vezes ela foi expulsa o governo delimitou não reconheceu o modo de vida mesmo essa coisa de ribeirinho e indígenas que às vezes tem história se perde eu gosto tenho dois desafios indígenas que segurou na história da família já se pede não sabe onde eles guerreira e do aprender a língua eu tenho uma coisa da história oral que se desmanchou até chegar em mim assim como assim me apresento na vida
sempre trabalhei com o testemunho desde sempre e não chamava assim testemunho mas depois virou começou há um pouco de rua os moradores de rua em porto alegre e depois vieram as prostitutas depois vieram as presidiárias com a clínica do consultório sempre junto com isso o consultório eu amo consultório mas não é suficiente então sempre tem que fazer alguma coisa fora eu atendi durante uns quatro anos mais ou menos um pouco menos imigrantes e refugiados que chegaram em são paulo e aí uma das coisas que mais me me chamava justamente eram eram essas quase essas palavras
imagens assim que muitos deles traziam eu gosto de foto de chapas de pessoas e eu acho que é um treino também pra olhar sempre de uma outra forma as coisas do cotidiano então você faça o mesmo trajeto de casa para o trabalho eu tento olhar as coisas que que compõem esse caminho assim então esse também uma forma de eu me forçar a olhar as coisas sempre de um outro jeito coisas que o que sempre estiveram lá e que de alguma forma num não tinha me dado conta antes solanas o psicanalista entrei nesse projeto desse lugar
como psicanalista acho que eu consigo dizer que vive nele talvez das experiências mais profundas da minha vida eu sou crichton que é e isso o pai do talho e matias psicanalista e professor titular do instituto de psicologia da usp estou aqui nesse projeto em altamira escutando o sofrimento dos refugiados sou psiquiatra psicoterapeuta eu estou em são paulo faz alguns meses trabalhando é no caps ad álcool e drogas perto da cracolândia há três anos há dois anos eu fui pra palestina e lá foi um momento que as coisas foram mudando assim dos nossos interesses e há
pouco da minha visão de mundo profissionalmente ou mais apresentam tá nessa caixa psicóloga de formação e uma psicóloga muito capturada e afetada pelas coisas da da saúde pública acho que sempre fui entrando por esse campo assim isso alguém que são muito ruim de falar de mim só ana é psicóloga tenho três irmãos nasci em são paulo mas logo só nasce mas cresci em são josé dos campos associando a dor é quem substitui a lista há algum tempo já trabalha são paulo em bauru uma formação de base hoje mais não muito mais que faço eu fiz
psicologia e sempre me interessei em trabalhar com pessoas que estivessem numa condição assim difícil vulnerável sempre trabalhei com saúde pública porque eu acredito nesse trabalho assim que vai até as pessoas e e quando eu vi quando eu li quando vi a história de belo monte na internet eu comecei a ler e eu comecei a chorar porque eu falei gente é possível que está acontecendo neste país num pode ser isso essa violência estava na internet um dia eu vi refugiados de belo monte foi roupa que eu falei assim thiago que é o meu companheiro não vou
preparar me falou ah ah ah eu falei eu vou comparar o que sabemos do projeto é preciso ir em casa eu falei não vou mandar um e mail eu mandei um e mail perguntando se eu poderia participar e aí tinham mais de 50 currículos de pessoas muito legais e aí a gente começou a gente só podia escolher 11 enfim a gente escolheu o onze entre 50 muito legais e muito a fim e aí foi todo o processo porque o mora em londrina e as aulas já em são paulo eu pensei nossa ela é como ter
que toda semana e como que seria isso eu pude fazer online eu fiz fazer trabalhos toda semana sobre as aulas e quanto mais eu assistia mas eu sentia que era aquilo que eu queria fazer que eu precisava fazer aquilo daí teve processo de seleção mandei o currículo selecionaram e depois da entrevista e é como se tivesse coloca no dedinho do pé sabe no chão novo as sensações foram essas assim nesse processo que a gente pode chamar de formação a gente foi dando para as pessoas em dificuldades não é porque enfim tinha que vir para o
curso e quem não estava presencial tinha que mandar um escrito e não podia faltar já que está em toda a aula e precisava ter uma coisa pra dizer e depois precisam escrever uma carta eu fico com a sensação é que eu fui chamada mas não eu flávia chamada a a à convocatória do projeto eu senti que eu poderia embarcar nela e eu fiquei pensando um tempo porque que isso mexeu porque eu sinto que mexeu com o meu desejo é a possibilidade de poder dialogar o espaço da disputa clínica dentro de uma perspectiva de exploração social
e fizeram com que eu me matricular se na esquina com rua senão mesmo inscrevesse que eu fosse para são paulo e ouvir e e foi uma coisa porque assim eu fui muito movida por um pito né porque inclusive eu tive que remaneja coisas do meu cotidiano não era assim eu tô aqui livre e eu vou porque bacana né então o que eu fiz na verdade assim eu sei que eu posso fazer um movimento na minha vida por poder estar ali e foi muito uma coisa de eu quero conhecer essas pessoas que vão falar né eu
quero saber o que vai sair a partir delas ea partir delas eu quero tentar compreender que o cenário é esse a primeira coisa que me chama muito a atenção foi o nome refugiado refugiados de belo monte não chamou muita atenção porque desse nome e aí lendo o texto e vendo nessa questão das pessoas que foram expulsas foram tiradas do seu lugar isso já nos mobilizam um pouco mas eu sempre tive interesse em atuar em situações como essas assim desde a faculdade eu me interesso pela questão da psicanálise extensão da psicanálise de fora eu tinha um
desejo de trabalhar no médico tem fronteira por exemplo sempre foi uma uma vontade sempre que acontece alguma crise e algum desastre alguma situação e no brasil eu tento participar quando esse projeto nasceu né que eu estava indo do projeto aqui na clínica de cuidados que têm muito que está na hora de ver os estragos que o meu próprio país faz isso é uma coisa que eu acho que às vezes quando é um pouco mais difícil achei essa coroas corresponsabilidade porque eu acho que é de todos nós aí que aconteceu aqui tem um texto que ele
fala de quando os portugueses chegaram para levar ao brasil teve um grupo de índios que foram ajudar sim de boa vontade pelo interessante pra gente tá aqui vamos ajudar os caras eles querem tanto os negócios e eles falarem mas vocês não têm árvore lá em portugal na perna de vocês não a gente tem mais é que essa gente pega pra fazer uma tinta assim e pintar os tecidos hamas se esqueçam de tanto assim não mas é porque aí é a gente ele tentou explicar um pouco a economia não porque a gente junta para poder vender
pra poder ter mas pra que alguém precisa de tanto não porque daí a gente deixar os nossos filhos mas a terra fica para os nossos filhos da terra a mesma terra que alimentou a gente alimenta os nossos filhos porque se preocupam qualquer preocupação com os filhos e essa preocupação só pode surgir a partir do momento que você destrói a terra que você destrói essa relação fundamental você precisa até a calça que você não tem mais mãe isso fique hipertrofiado isso é pobre eu acho que eu não tive medo de não poder fazer nada mas eu
tinha medo de ter medo eu estava com medo de alguma coisa e potente de achar que vai poder fazer tudo e que na cara será que eu tenho que fazer lá e será que eu devo ser a que vai adiantar ou será que vai ser só mais uma violência medo é que a gente viesse lado de são paulo um grupo bacana sabido estudado letrado informado que a gente chegasse aqui falar se eu tinha medo de me encontrar com situações de violência assim extrema e de ficar paralisado da gente sente que não tinha muito o que
fazer aqui os serviços de saúde dizem que estão pensando que são que sabe o que é ficar tocando eu fui para lá com uma pergunta não é que eu fazia em todas as entrevistas que a gente fez com as pessoas que era de nome se dá para o sofrimento aqui porque de fato a minha discussão é era eu não quero esse nome que a psiquiatria vai dar eu não quero esse nome que a norte energia vai dar eu não quero nome que que o os trâmites jurídicos vão dar nome às pessoas que sofrem dão o
seu sofrimento ea gente voltou de lá com muitos nomes cansaço engano traição perder a casa pescador sem rio muito bons nomes quando a gente foi em julho eu voltei com outra pergunta que já não era mais nomes do sofrimento que era será que o dispositivo clínico da psicanálise funciona fora da cultura que inventou eu acho que esse foi o momento que fiquei mais angustiada de todos assim foi foi julho de 2016 o que me deixava angustiada não era a possibilidade de responder que não é mas era se eu não pudesse ser uma psicanalista ali que
seria que eu faria pela causa que me causava lugar eu responderia que eu tinha mesmo um pouco da miséria né eu falei sobre isso sim de que a miséria que a gente poderia chamar material fosse impeditivo de um trabalho não sei porque eu pensei isso porque na verdade tudo o que o estudo é contrário isso mas era um medo que eu tenho eu não acho mais sessões sempre usou camiseta e psíquica não sei por que mas eu tinha será que se vai ter um elenco de ter falado pra alguém desse projeto o game the sims
é que não preciso de pessoas como vocês não não é isso que acho que a coisa lhe muito mais comida é muito mais e eu defendi a ideia mas ao mesmo tempo não tinham receio e sim de como eu fui a uma dúvida nenhuma dúvida não se está aqui é aquele que nessa condição de ford está fome para poder escutar alguma coisa mas por estar se alimentado de outra maneira que veio a ser obsceno que assim a gente não tem dinheiro pra todo mundo não dá pra você oferecer o padrão elevado neste hospital para todo
mundo então a gente tem que pensar que é uma coisa mais simples e acessível está completamente errada presumiu que a gente tem que fazer uma medicina muito pobre uma pra uma educação para a revolta pobre uma busca do gol a própria pobre é esse fato que a gente que pensa que a gente tá fazendo aqui com as outras pessoas com eles como a supondo que no fundo tem uma vamos assim uma uma potencia uma capacidade de uso uma apropriação da universidade na aba e saúde da psicanálise que é igualzinha a qualquer um outro é que
você tem que trabalhar não é ele que tem que se amolda ao que você pode criar 5 versão b das coisas como elas deviam ser vencido assim uma pode ser que seja uma um pensamento desejante é que eu quero ver lhes uma projeção a gente está dentro da experiência vai ficar assim possuído por ela mas até onde natureza tem sido assim se apresentado a gente vê que dá pra fazer é a partir daqui é o mundo né de será o primeiro espaço centro do mundo é a altamira é tudo bem mas agora o centro é
também uma versão universal né você fazendo isso com essas situações e recebendo que as pessoas transformam se beneficie você consegue né porque outros mesmo na cena em que tem uma milharina para nove pessoas como a comida do dia no mercado em que eu escutava uma mulher indígena pedia desculpa para as pessoas que chegavam ali pra comer que só tinha dado para fazer aquilo mas ela estava louca pra conversar comigo porque ela precisava me contar alguma coisa que ela tinha guardado há muito tempo e que ela tinha ensaiado uma conversa comigo há 13 dias a casa
que durante esses três dias eu procurei por ela e ela não quis falar naquele dia ela falou vem aqui que eu quero te contar uma coisa não é que ela não estava com fome não é que aquilo não era importante mas aquilo não era toda a vida dela eu acho que essa ética da psicanálise é desse lugar da poça no seu jeito mesmo dia de uma escuta que está essa é e fica difícil falar tem mas que que escuta para que o outro se escute e dentro daquilo que ele que eles se descobrem acho uma
forma de estar no mundo é muito falar nunca foram ouvidos desse jeito nunca foram ouvidas é então reconhecidos em suas histórias acho que a psicanálise pode fazer um pouco aqui é essa posição mesmo discuta é e claro que tem uma intervenção onde o outro pode se escutar teve um atendimento que a gente fez ontem inclusive era um pescador cara super organizado ele mesmo se se coloca como um cara sistemático assim tudo muito limpo tudo muito nos lugares lugar parece perigoso assim e aí ele vai dizendo de de mar olhem ele está bem está mal assim
mas evitar tico lá dorita exaltando sabe se vê que o cara tá tá muito ativo assim e aí ele fala da perspectiva de futuro então e ea gente fala o que mudou né disso desse começo foi tão ruim agora ele fala eu acho que agora as pessoas estão escutando a nossa dor e que isso tá tá fazendo um movimento o que mais me chama atenção é a transmissão é a transmissão que as pessoas tenham de gerações ea nossa escuta muito atenta a que a pessoa conte a história dela né e essa história que vai dar
força a enfrentar as contingências e isso tem muito a ver comigo né neste momento tem uma identificação com isso né porque não é como uma imaginava que eu deveria decretar uma história acho que reforça o que já vinha pensando o que eu já vim acreditando de é trazer para se andar pra frente a gente tem caráter assim e valorizar o que fez acreditar um dos caminhos que seguiu quando eu escuto né essa vida não está cabendo nénão cabine néel essa muda né a muda que a muda de lá até aqui não se deu então eu
me vi muito nessas histórias também eu to cuidando mas eu também a atenção que eu também tô sendo cuidado também né quando eu reconheço partes minhas nessas histórias então assim eu acho que é um encontro mesmo não é uma troca essa pessoa que estava atendendo quando a gente fazer alguma ligação de uma coisa que a pessoa tinha falado antes com quem está falando agora ele é pra trás começava a gargalhar a carga é assim que nem criança ele é o corpo de lia para trás assim daí eu pensei nossa que aconteceu assim tipo era uma
história triste assim não não era difícil é santa porque está vendo e dava muita vontade de rir gente começava a rir mas sem saber por que ele estava rindo o que estava acontecendo aí o jogo assim eu nunca conversei com ninguém desse jeito antes que conversa louca era uma coisa meio de uma licitação assim justamente era uma coisa meio ele falou nunca ninguém me escutou assim nunca ninguém acho que nunca ninguém tinha escutado porque ele se interessado por ele a narrativa dele era assim porque eu sou abestado porque as pessoas traem porque eu confio nas
pessoas e elas não não me dão aquilo que ele tinha imaginado inicialmente mas a galera de uma era de uma felicidade assim isso uma pessoa que não é executada não lembra da própria história né e aí o efeito que tem o alguém que falou uma duas vezes antes lembrar do que tu falou eu estava escutando o que estava dizendo está relacionando com as novas coisas que estão chegando e fazendo essa isso tem um efeito a coisa da narrativa de fazer história de fazer lembrança de fazer aquilo vinte e um outro de uma outra maneira né
pra pessoa a história dela entra pra ela tem um outro lugar e eu achei isso fantástico eu estou aprendendo muito da minha própria formação não é psicanalista algumas das histórias que eu tenho ouvido é que a dor física é a dor psíquica desse momento de mudança e de ter que se ressituar num outro contexto pega muito mais forte quando as pessoas não estão fazendo um movimento ou se sentem atriz yoná dadas dentro da casa que de alguma forma elas precisaram engolir né é como se aquilo ainda ficar se não de gestão digerido internamente e provocasse
um grau de toxinas né que isso simbolicamente vai ser trazido dor no corpo dor nas juntas mas a dor maiores essa frase me chama muito a atenção é a dizem paciência que acontece a quem aqui dentro com a qual eu não durmo né e que me faz entrar muito no medo medo de ser assaltada me o dis de que os filhos sejam violentados medo medo porque existe um fantasma né a onda eu entendo assim no meu modo de disse no meu modo de pensar e querer vocês sabem eu necessito da água então eu tô conversando
tudo na minha vida depois para a equipe então esse primeiro nova experiência então assim vocês on e vejo assim que nos ajuda a achar uma porta que dá à luz não tem mais aí que nem tem casos de pessoas que vêm dessa peça rádio e que eles mesmos se isola ao corpo que nada mais nem jeito nem neto não quer calar é você mora entendeu que as pessoas não entende é uma tristeza que nasce dentro da gente que por mais que não queira tirar ela tem hora que não consegue isso aconteceu e então isso é
um fato terrível você quer ficar sempre só você quer falar com ninguém então isso mata a gente então vocês são jesus nos ajuda a achar boa porque eu deus sair de uma porta que me colocaram me colocar eu fizer um cafezinho me colocar o dedo colocar uma taxa bem pequenininha frente da brecha improvável que eu acredito então por mais que eu procurar todos os papéis que eu achava méxico e tem no rádio muitas vezes têm portas que nós entramos em certos locais que para sair precisa disputar acha pescoço perna quadril para poder sair do outro
lado o show é certo e ainda tem aquele trabalho de resultado e muitas vezes só será feita no lugar então você subtrair no meu modo de ver 6 começa diana chaves a brecha na porta que não existiu som pra mim que esse encontro se inicia é obrigatório aqui se vê a morte chegando e todo o trajeto que as árvores vasilhas coisa depauperada né é a entrada do canal uma placa que se não vença pode com autorização muitos fãs vocês falaram do bicho da coisa do alusivo né e aquilo foi muito chocante aquela barragem muito chocante
era um horror do horror e um perguntão indígena perguntavam vocês não ficarem impressionadas o que você já estava todo mundo né não conseguia falar também aquilo que as pessoas vão definhando no barco sabe que um lance do corpo as pessoas vão ficando silenciosas tem um tá sabe que a palavra era impronunciável a violência daquela barragem no meio do rio a gente chegava lá de repente a selva ficou toda assim seletiva de na floresta em silêncio totalmente em silêncio e começou nenhuma pressão não existe floresta em silêncio até tem bicho tem vento tem planta tem água
tem não sei que tece barulho barulho barulho barulho e de repente não tiveram nenhum e de repente aquele monstro daquela barragem guarda nacional as pessoas não se filmando e em algumas áreas nesse tamanho e nos tratando bem só que não né pensa que é a polícia tá ali e aí vêm aquelas máquinas pegava as canoas para levar por outro lado a gente esperando em foi chorar muita gente muitas coisas foram desrespeitadas n'ativa é uma nativa que diz respeito a mais ainda porque então quem é uma resistência aí atrás o país porque as pessoas têm que
se sacrificar por algo do progresso foi muito impactante por volta nem na história das pessoas sem casa famílias parada manipulações as injustiças os o zinco você ver quantas vidas foram destroçadas construir que negócio ele fala é isso é isso por isso a troca é isso aqui que você da eac lá que se entrega a conta não tá certo não está fechando a audiência pública em novembro foi bem intensa assim o que me causou sabe sou boa de segurar o choro ea na ausência não deu assim lá os índios ribeirinhos e aí olha que eles cantam
o hino foco ainda acreditam eles cantando ele me deu eu chorei copiosamente por que ele deu essa sensação de que esses caras ainda acreditam em alguma coisa eu tenho testado e aí eu sonhei uma mulher deu uma cabeça de uma pessoa você tem que cortar bastante o quadradinho recortar eu eu eu estava no lugar que tinha um monte de gente com a cabeça eu achei que eu não consigo fazer isso e era tipo super comum não eu não quero não consigo não quero você eu falei tá um pouco tá bom vou cortar mas você vai
segurar os pedaços você vai carregar esses pedaços e ela cortou ainda assim um corte assim aí fui cortando cortando ela me deu uns à tarde o pedaço da cabeça toma segura e eu lembro que eu segurava que ele saiu andando assim segurança àqueles a quem estará pesado de ontem pra hoje eu sonhei com rio e no e sonhei que eu estava navegando ea experiência do sonho ela era uma experiência de muito vento na cara e foi interessante porque essa foi a primeira noite que eu dormi bem de fato eu senti que eu dormir essa noite
as duas anteriores era aquela coisa meio agitada imagens que eu não conseguia absorver nada parecia que estava ficando né mas de ontem para hoje eu sonhei e se navegar mas eu não sei te dizer mais eu acho que era um sonho fluido de alguém que estava de fato dentro da água do rio parece com a gente para é como o nosso sangue parar ele corre é o nosso sangue corre em movimento ea gente pode florescer quando não tudo fica cinza eu senti isso na fala das pessoas aqui essa conexão em que ele o que eles
tinham com eu sorrio eu sou o peixe isso foi cortado e agora vivem uma ilha de concreto na ilha fins a que também a gente escuta muito é um rastro de destruição a substituição as pessoas falam dessa maneira nada isso deixou destruição a sua destruição e um deles que acho que foi onde me dão um negócio assim no peito porque ele estava no lugar dele só que debaixo das barracas porque é onde era a casa mesmo tinha sido destruído já que o que tinha ficado da casa era só o platô e cimento sobre a qual
ela estava construída antes e olhar para aquilo tipo não tinha mais casa mas tinha um lugar aonde era a casa e ele continuar vivendo lá ou seja não estava debaixo d'água o lugar dele então as pessoas queimaram a casa tirado de lá sem necessidade e ele tentando reconstruir a vida lá do ladinho no mesmo lugar onde parecia faz um cemitério do que era a vida no interior assim eu lembro que na hora fiquei muito tocado muito emocionado me deu uma coisa de querer fotografar que tirar foto mas era um monte de mato em um negócio
de cimento não tinha como a foto - não era capaz da falta transmites assim mas eu nunca falei isso aqui é muito sério é muito grave as pessoas precisam saber e ter feito alguma coisa assim uma hora a gente estava no rio e daí acho que alguém falou olha a demolição e era de uma casa de alvenaria e é uma coisa meio cinza daí eu olhei e daí veio a essas imagens de demolição em jerusalém ou em um vale do jordão onde as casas são demolidas bastante assim então um essa falta de direito sobre o
próprio território e como território fora uma subjetividade de cada um e como a casa é algo que o que não é bom eu vou te tirar daqui por ali isso lá todas as todas as conexões das pessoas as ligações estão com um lugar mas também as pessoas estão volta então com um não sei o caminho de chegar o caminho de embora pra elas a casa é ter liberdade de ali ali e não é uma casa só num lugar só e muitas dessas pessoas hoje estão encerradas vinha num ruck com grades porque elas têm medo de
sair porque tem alguma dificuldade física para sair porque não pode sair sozinha uma senhora de 82 anos que eu atendi ontem que ela falava isso assim que ela disse assim eu me criei andando e me criei andando e aí olha para a janela dela tem uma grade na janela e ela está dentro de um quartinho sentada comigo uma grande grande tem tem grades nas portas tem grades nas janelas para uma pessoa que se criou andando como pode a casa faz parte do patrimônio simbólico na cultura citadina cultura ribeirinha mas que casa ligada com comida com
o sustento com trabalho com o rio e com o vizinho quer dizer outra coisa do que a casa de alguém que vai lá dormir depois de ter trabalhado em outro lugar depois de ter encontrado as pessoas que ama em outro lugar depois de ter ido jantar em outro lugar e que a ordem é que os modos de relação entre esses elementos definem sentidos diferentes talvez o inglês nos ajudou muito nessa hora né house ronan totalmente diferente só vai pra onde a sua home of hope a sua house onde vai essa distinção entre um lar e
uma casa suas paredes eu tinha mudado de casa não era uma mudança planejada mas eu fui expulso na minha casa assim né é uma mulher ela tocou na casa de comprar aquelas coisas na hora de comprar tá e aí eu lembro de pensar que deu tudo certo foi o melhor dos mundos deu tudo certo foi um lugar que eu gosto né ele pede total só queremos pensar que eu tinha vivido coisas naquela outra casa que não não teriam mais voltas em pessoas que morreram viveram com ele naquela casa e não teria mais que ela ia
viver de novo na minha outra casa na cachorra idade não sabe aonde latina ela reconhece o portão eu me vi como ela cantava porta o portão e aí pra fazer daquilo lá demorou algum tempo um tempo e muito investimento e um caso que que foi o único que eu entendi que não não quis ir para a cidade assim nem provisoriamente enquanto espera que foi pegou o dinheiro da indenização e comprou uma uma chácara para se aproximar um pouco mais desse lugar que pra ele a casa linda não é casa mas para inventar um ambiente onde
se aproxima onde a memória fique mais viva daqui que é pra ele a casa eu acho que o que foi o movimento assim demais é mais elaborado que a escolha de não vou ficar num lugar nesse lugar cidade que não é casa pra mim como apesar de ser feita em paredes numa casa não tem muros aqui não tem - e em outro lado né como nos rucks a esse sentimento que vai potencializando a violência social e individualizando isolando fazendo porque é a experiência do perigo os seus mais difícil de ser tratada porque o vizinho estava
perigoso porque não ele vale a minha casa eu não sei que ele é pode ser que ele venha e e daí a faa a forma como as pessoas conseguem se defender mal disso é bom consumir reverse sintoma nascente ser de uma forma divina foi assentada podia ter sido assim reformulada mas tem essa solução em todo o mundo então cara pega as parcas economias têm a sua casa em vez de fazer um quintal comum ele põe e se isola em uma estrutura dois metros daí é uma metáfora é pra nossa vida para o tipo de individualismo
patológico brasil criou assim sim fascinou e isso vem acontecendo isso isso dá raiva como várias vezes a gente ouve eu partilho dessa raiva porque isso não precisava ter sido assim e isso foi um crime e psicossocial não quer destruir o outro pra existir com a gente e me dê um jeito que precisa destruir o outro existe isso é incompreensível para mim eu nunca entendi porque o outro destrói o outro pra ser que nessa mesma época que tem que tá sempre destruindo o outro para existir e é por isso que eu trabalho porque acho que a
psicanálise faz apesar de parecer uma coisa é individualista que a pessoa fica falando de si própria ela leva ao outro ela fica em si mesmo ela leva sempre outro tanto no consultório contém qualquer outro trabalho e aí quebra essa lógica louca e fraca né é como é é que eu que eu escutei de uma pessoa é que a gente planeja vida né mas a gente planeja também o ataque num ataque no sentido de que existe né lutar se não tiver essa luta para poder vestir uns entendem essa coisa q num me ia tá mais cascudo
né pra certas experiências e tal mas eu tenho assim de quando em quando as coisas me perna é um pouco assim como você vê que você está naquele instante assim muito mas muito junto ao paciente de que aquilo que ele falou é você ser mais ao mesmo tempo como se tivesse sabe direito quem que é a pessoa quando acontece a junção assim coração duração range esse espaço de escuta tem uma potência muito grande e achei bonito também o que a gente fez aqui com a escuta de cuidar todo mundo junto sabe das discussões das previsões
do dress da caça é que cuidam de tudo pra gente só sabe que tem que sair voltar e não pensar em nada prático isso aí eles têm que tomar decisões são políticas também né pra pra conseguir dar esse conforto pra gente então eu é uma típica do cuidado também aqui dentro essa parte foi bem fundamental assim é um negócio que eu jamais faria sozinho ninguém sabe ou sozinho num lugar onde eu conheço mais ou menos as pessoas porque é intenso em todas é isso então era intenso la mas ela tem faqueiro 200 e mails vídeo
não sei quantas visualização meu deus sabe é o número é e aí a gente entrou muito nisso assim e foi muito curioso e percebendo que o que pra mim é um negócio super mecânico tipo estou respondendo e mails falar comigo com carinho de como eu tinha escondido e mail informado de ter meu nome de fazer muita diferença então acho que a gente foi entrando nesse esquema um pouco mais é logístico né já desde a volta de julho contou era um negócio pesado e eu não sei fazer mas ao mesmo tempo ver o que acontecia a
partir disso era muito bacana por que então tinha gente no curso então só estão falando tinha gente na entrevista tinha dinheiro entrando no crowd funding quer dizer tinha um efeito importante a primeira preocupação teve a ver um tanto com o aproveitamento do tempo assim então a gente tinha duas semanas lá pra fazer esse trabalho e aí era o trabalho é a principal era atender as pessoas o maior número de vezes com o maior número de pessoas possível dentro do tempo das logísticas do tamanho da equipe e do cuidado clínico né então não precisaram de duas
vezes outros eram de oito vezes a gente vai tentando montar isso respeitando a direção de cada casa mas para isso acontecer é uma preocupação de que bom a gente tinha que chegar lá já etá com uma estrutura minimamente montada para que no dia seguinte à chegada o trabalho começa assim então desde o que já foi feito em outras viagens de fechar o hotel deville onde as pessoas vão se alimentar de pensar como é que seria o dia a dia de cada um um sentido de quantas pessoas atender quando as pessoas quanto tempo ter livre para
escrever para as previsões na reunião a gente já tinha experimentado isso na viagem que fizemos uma equipe menor então a gente mais ou menos tinha sentido no corpo que era possível ou não e aí não dava tempo das pessoas experimentarem dizerem o quanto a suportarem ou não pra gente mudando ela tem uma estrutura mais ou menos decidido assim louco que o filho minha vida de dá sim agora sem contar na experiência com outra diferença de 1818 dia 18 é é uma coisa que realmente eu brinco que eu sequer a lista chamamos essa lei foi trânsito
então ele a lei que eu tava falando falando que dá é é um ano outra coisa legal de experiências e se sente assim são aqueles filmes vietnã sutor o carro apoia fecha 15 foi o que dá pra fazer pra gente fazer sessões têm um trabalho curto nas sessões curtas mas ao mesmo tempo curto de atendimento a gente tem que acreditar muito no que a gente faz e muito na nossa escuta então tem que lembrar que tu sabe escutar e tem que bancar muita naquilo ali porque tu faz relações que o setor só deixa a pessoa
fazer por si eu te garante não é porque a pessoa que fez né também deixou o tempo e aqui não aqui é tudo que fala alto face e e ver o efeito daquilo tinha tudo para dar errado mesmo assim não tá todo mundo claro nós basta ter 123 que não dá certo que vai tudo pelo lado porque a gente viveu o legal porque foi uma primeira incorporação da estação digital evento na casa pessoal monte de gente cada um ouviu a história do outro história num cruza com outro e daí em alguns dias mais outros dias
- começou a virar uma coisa super visão coletiva flutuante o cara chegar o café brow vi um pedaço estado que ele estava saindo e chegava o outro falava uma coisa e aquela dupla depois juntar duas duplas né é isso foi um desenvolvimento e acho que o efeito da experiência que entrou pra assim pra nosso lado nós não passamos a nos comportar como um modo de vida aqui é e não agora a sua vez as duas equipes depois as duas e 45 você espera na sala de espera daí nós vamos falar agora você terminou a sua
hora começou a ficar e se todo tudo junto e misturado sem que nenhum momento as pessoas perdessem o censo clínico então a gente montou tudo isso e chegou um dia antes também pra seguir com o trabalho da fazenda de são paulo era se aproximar das lideranças pedir que elas encaminhassem pessoas que elas se consideravam que precisavam ser atendidas que estavam numa condição do sofrimento é importante que elas considerassem que ia ser bacana que parece que devem ser ouvidas que a gente conversar com elas então a idéia de que as pessoas entenderiam 12 períodos de manhã
e à tarde já ligava para a pessoa é atendida antes contando um pouco o que acontecer perguntando se eu topava perguntando aonde ela queria ser atendida tudo está cuidado também preferiu a quem indicou foi então a meta timbu vivo você não tá sabendo todos sabem estou sabendo explica um pouco o que é explicou que a gente está fazendo faz sentido que a senhora a senhora quer que alguém vai conversar quero-quero bom mas aonde a senhora quer conversar né série na casa a gente está no hotel que vem aqui no hotel prefere do xingu vivo é
um pouco as pessoas não tomam suas decisões imagino espera onde ficava mais confortáveis muitas quiseram serva de deus na casa outras preferiram não vamos então no movimento social que indicou sei lá imagina que lá fica mais seguro vai estar com a pessoa que indicou então a gente foi um tanto tentando respeitar essas questões dos atendidos e já deixar tudo mais ou menos pronto pra quem fosse atender já tivesse com o caminho aberto pra chegar lá e começar a conversa sobre o tema que a gente foi lá ouvindo ouvindo as pessoas e eu acho que como
eu não deixo psicóloga quando faço isso vai ter duas leituras também né então quando eu vou contar um caso quando falo do telefone quando eu vi o que a pessoa é que era a pessoa que marcar porque que aconteceu né não era também um troço terá mecânicos só usava cabelo agenda sabe tinha algo de bem clean que caiu também nesse sentido é e se inclinar se da clínica se escuta da clínica essa atenção às singularidades a atenção a as faltas de lógica parece que a ideia mas essa sim poder que tem a ver com esse
lance de uma tecnologia que não seja só do consultório não é uma tecnologia que sai do consultório pode ir para o mundo mas ela também pode ir para outros lugares que não necessariamente é atender fora do consultório no mundo né pode ser a maneira como a gente se relaciona com a maneira como a gente organiza o trabalho isso é uma organização mais clínica do trabalho é uma organização burocrática teve cuidado que é o mesmo nem imaginei mas depois percebi que era cuidado então tipo garante que as pessoas tivessem seu próprio quarto que eu tava na
lógica da burocracia tipo 2 no quarto é mais barata mas depois entendi que quando de fato que as pessoas ficarão cada um no seu quarto que era muito importante em um momento sozinho pode desligar um pouco não precisar falar com ninguém e era tudo tão intensa a gente exigiu tanto das pessoas de atendimento de discussão de pensamento de reunião que eu me dei conta que puxam um quarto individual era super importante assim até o momento por exemplo que o pescador ele está sozinho no barco para pescar o peso é o momento que ele está ali
com a sua função ele está ali se organizando também quantos dias quanto é seguir está conseguindo como é que vai fazer para vender então é eu acho esses momentos importantes muito importantes e logística tem a ver com essa coisa da lógica e e que dá uma sensação de que tem só uma tem o jeito lógico versus o jeito é lógico então incomodou porque me parece que é justamente a luta contra isso assim a luta por fazer algo que não seja só lógico que consiga incluir as coisas e lógicas então sei lá às vezes o carro
e voltar cinco vezes é muito mais lógico do que uma vez só mas tinham porque tinha um cuidado de acompanhar alguém por mais tempo que estava mais inseguro então o motorista ficaria mas exigiria percorrer mais quilômetros então acho que o trabalho que foi feito não era tanto no sentido da lógica era muitas vezes de conseguir convencer os motoristas no caso dos carros e que bom não é lógico mas vamos fazer vocês vão conhecer um pouco mais da geografia do lugar é entender a onde ficava cada região quanto tempo de barco que demorava para poder pensar
como é que se essas saídas assim a gente recebeu os encaminhamentos inclusive conversando com os barraqueiros para entender se dá pra ir a um depois que o outro porque barco muitas vezes vai ficar porque é uma hora uma hora e meia de distância a gente foi um tanto aprendendo isso e que incluindo nas agendas das pessoas períodos então uma manhã ou uma tarde na qual saía uma ou duas duplas para ir para um lado do rio que desce para atender duas três famílias uma das funções que eu fiquei foi cuidar das contas daquele dinheiro todo
e aí o medo é meu mas é errado não vai dar dinheiro vai e rápido tinha medo disso acho que o cara muito preocupada com a equipe em janeiro era muita gente é muita gente é muita gente é muita gente pra tá muito junto por muito tempo que não é fácil não é tranqüilos e acho que não é à toa que a gente volta de latão próxima porque você dorme acorda começou há outro jeito de viver não é diferente você passar 15 dias aqui a gente trabalhando junto coisa então eu ficar eu tinha eu ficava
bem preocupada com como é ser sabe mesmo do bem estar das pessoas sabe que está lá há tanto tempo longe das pessoas em calor e aí acho que tudo foi sendo surpreendente mas ser redondo como foi lá não aconteceu nada nos últimos dias ele me falou e nem ficou doente foi bom então esse trabalho foi aprendendo que a cuidar de dinheiro cuidar de horário cuidar de limpeza cuidar da agenda do carro que cuidar disso é cuidar ea cuidar no sentido mais clínico do termo no sentido mais analítico do termo é é permitir que coisas aconteçam
ou impedir independente como faz até o conhecer o gol eu dizia pra quem quisesse ouvir que uma analista não precisava estar com o seu corpo em todas as cenas sobre as quais ele escutava pra poder escutá la ou seja que não precisava ter câncer para alguém que tem câncer tentava ter filho pra ouvir uma criança nem ouvir a mãe sim eu me lembro de dizer isso muito claramente para cristiano quando a gente voltou é diferente está não sei dizer porque mais para saber de lá tem que ir lá e eu acho que isso tem a
ver com a experiência de uma outra cultura que ninguém conhece uma outra cultura no livro conhecer é uma experiência que inclui o corpo foi uma coisa assim eu não pensei eu cheguei já tirei meu chinelo e entrei é como se eu tirar de mim todos os conceitos que eu tenho de vida do mundo pra entrar no mundo deles mundo do outro mergulhar orgulho no rio no rio de li a história dele foi reconhecendo o limite de compreensão que a gente tem do que um ribeirinho disse que de fato muitas vezes é uma experiência de outra
língua que a gente pode fazer todas as perguntas que a gente fez o que é isso mas não explica e que isso foi o outro vai trabalhar e aí a gente sabe que aquelas coisas passam a ser dela fazem parte do nosso léxico do nosso modo de dizer em outra língua tive alguns funcionários de memória que eu só tenho quando atua fora do país que falam outra língua e aí me falta algumas palavras em português quando quero lembrar uma coisa não consigo lembrar foi um domingo não vem ao fenômeno asa como bastante comum isso acontecer
o que algumas vezes aqui e depois de um atendimento onde a questão da língua se mostrava muito claramente uma vida risca outra uma vida rica a outra é uma vida à risca a outra uma vida risca a outra do mapa talião olho por olho dente por dente ou tem a vida que é uma que o risco no chão você vai observar o scanner da ip em outra vendo aqui uma vida risca a outra ainda continuam no parque exigente era tudo isso justo não é que vai ter uma palavra que você pode então escrever contaram fazer
um balão com o túnel da sessão pra pra destrinchar esse negócio né isso é muito rico isso ao ganho de repertório né porque a expressão em si já é legal mas talvez eu nunca vou usar mas a solução que a pessoa né o jeito dela se for na linha em ser de uma riqueza que é ter um patrimônio biodiversidade patrimônio mata mata amazônica tem guardadas testinha que tem uma biodiversidade um estímulo pra você preservar da tem uma criança de pedra aí na hora lembrou do rio das pedras que ela pegava ela pois o colar e
aí ela começou a me contar do rio e ela foi atropelada onde ela mora no recenseamento porque ela não sabia na rua que não tinha carro e ela me fala que ela atravessava a rua com uma bombinha que ela tinha nome ela tem galinha os atendimentos a gente fica eu ela é a galinha de estimação e ela tem uma bombinha em que ela andava com a bombinha na rua já estava indo comprar alguma coisa para comer e ela fala estava tão com uma paz dentro de mim eu estava andando nas nuvens e de repente o
carro me pega ele passa na minha perna e me arrastar e depois ele passa por cima teve uma sessão que ela colocou obtido porque ela fica de calça por causa das marcas na perna não consegue usar o estilo e ela podia que eu fui lá ea gente desenhou vestidos eu acho que é uma emergência social é principalmente agora estando aqui eu vejo diferente acho que quando eu estava lá que eu vi eu pensava que era uma situação de emergência uma questão mais de calamidade né não a questão é que demandavam uma intervenção de urgência mas
chegando aqui eu vejo que é uma emergência social é uma situação que não pode permanecer da maneira como está mas ao mesmo tempo tem muitas barreiras né gente foi encontrando um monte de barreiras mas onde o sujeito ele está num período de crise talvez que a semelhança um pouco mais seja a questão da crise um acontecimento que vivem de forma violenta e em que é sujeito tem que haver com isso e acho que é que soltando um pouco refugiados o que dificulta um pouco é cadeia as referências desse jeito para lidar com esse acontecimento violento
porque isso é fundamental é pra enfrentar quando você tira isso assim como é que essas pessoas estão dando conta é me preocupa muito que simplesmente as pessoas passem a se adaptar a um novo contexto uma nova realidade que me foi dada e daí por isso é importante os movimentos de luta né é importante o movimento né eu fico pensando na palavra movimento social essa idéia de que vocês e para as pessoas isso num depois lhes mas nunca anulou o custo médio com as pessoas tendo um agente confirmou isso a pressão alta e teve a pressão
alta não quero te dizer que eu fico aqui fazendo do inter pensando eu fico pensando vou ficar nervoso fica nervoso quando o negócio é negócio eu fui tirar pressão tava 16 por cinco crível né nesse tempo em saúde incrível quem vai pagar por esse problema por essa venda por essa com essa forma de vida que era simples deixa ele com sua família em volta e isto é indignante isto não tem volta porque as pessoas vão se resolvendo essa situação isso podia ter sido feito não teria sido assim na unidade de cursos foi a ausência de
qualquer assim consideração sobre saúde mental falar da falta de palavra melhor né ama bombagem mesmo do nosso processo civilizatório não aprendeu nada o bárbaro só uma mãe a falta de saneamento básico eu ficava olhando para aquilo já comecei assim na hora comentei com a minha parceira como colega disse com a érika disse olha não me conformo que uma cidade tem o saneamento porque encerramento é básico isso é básico é uma coisa que é básico para a sobrevivência numa cidade então isso pra mim já me deu aquela sensação de como pode não ter saneamento básico aqui
né e eu sei que muitos lugares não têm mais a gente lá e ver aquilo assim nós é uma questão também que pega o brasil desde sempre da colonização de como foi feita do coronelismo que aqui também é como se fosse um ecossistema que esses clientes estão se repetindo aqui em pouquíssimos anos tenho poucas empresas têm uma parte da população que também não tem estado a recorrer que que muitas vezes têm que não pode com o estado porque o estado que violenta é ter uma pátria né assim descer é um estado matou em sempre ficar
lembrando daquela coisa do le bistrô mac ele falava de da morte simbólica que ele vivia ali nos lugares e daí se ela tem uma comunidade x não importa e de repente as pessoas começam por alguma razão a desconsiderar aquela pessoa e aí a pessoa simplesmente morre porque ninguém mais fala com ela ninguém mas ela perde lugar a gente chegou na casa princípio nem sempre procurando a coisa da barragem é que tá assim a questão da barragem nesse caso a gente descobre que o que foi bom para aquela família que eles moravam numa região do baixo
que era muito precária né as condições de vida e que é uma garrafa por diversas vezes né e eles têm uma filha que está acamada quatro anos então em furar 12 anos lá no baixão com essa filha camada contra eles e por uma casa de alvenaria que não é lá grande em condições básicas melhor foi bom e aí então o que a gente quer é porque a gente estava ali o primeiro momento um pai muito deprimido no movimento de luta 11 tenso acho que nem luto e melancolia mesmo assim ele estava bastante deprimido é a
expressão dele era enxada se o olho inchado com cheio de lágrimas e olha que a gente senta para ouvi lo à javi no quarto da menina na cama eu peço para ir ver a menina e me deparo com uma menina que tem consciência e essa família não sabia que ela tinha 11 esse foi meu maior estranhamento assim como assim estão aqui há quatro anos de alguma maneira tem alguém da saúde envolvida porque ela tem que trocar som dela tem que brincar atractor o ca cânula e como que ninguém nunca explicou pra eles que ela entende
as coisas que ela ouve ela não consegue falar porque também estranha porque como equipe adequada com tratamento adequado provavelmente ela conseguia falar dá pra ter certeza né eu sou médica mas a certeza principalmente do pai de que ela não entende é tão grande que para isso será que realmente estou vendo aqui é coincidência pedindo nem pela piscava o olho a comando aí às vezes eu tinha certeza eles não e aí ela mexe um dos lados nem do corpo está bem atrofiado támbém prejudicado mas ela mexe o pé e aí eu pedia méxico pezinho eo péla
mexia com confecção segundo dia quando eu cheguei ele falou oi alaia você lembra de mim ela abriu um sorrisão assim como quem diz lembro e eu pude falando algumas coisas olha agora sua família entender o que você tá entendendo vou conversar mais com você e à expressão assim acho que era um pouco de obrigado não que isso era o meu objetivo mas aí disse assim ainda apresentam da solidão da solidão que acho que esse também é o que me pegou muito em relação a ela quatro anos de solidão enquanto das pessoas que eu conversei é
algumas poucas tinham visto médicos que ajudavam a nomear o o sofrimento e que foram bastante úteis foi bastante interessante no sentido de a pessoa conseguir pelo menos vislumbrar que as crises de pressão que as crises de tontura tinham a ver com questões mais amplas emocionais de vida é e que eventualmente essas pessoas tinham sido medicados estava jogando ela lhe dá um pouco com a angústia ansiedade direcionar um pouco melhor a retomada da vida delas então eu acho que teve alguns casos que eu vi aqui que tiveram contato médico não nenhum que tenha de fato passando
com um psiquiatra mas com um médico sensível essas questões psiquiátricas e não consegui atacar a questão só mas de saúde mental de vida de contato com pacientes médicos mais humanos eu fui né trabalhadora da rede de saúde e eu sei o quanto é difícil falar eu admiro muito quem ser tanto cantou né por uma série de questões é difícil porque eu teria que ter 40 horas não conseguiu foi quase ruas mais nada então é duro falar sabe não é simples e eu admiro muito tentar porque tem outras saídas essa coisa de ah e quem trabalha
no serviço público que está encostado gente a leitura mais que focada hoje escuto isso tenho a receber u isso que a gente escuta sabe a gente fazer um bom grupo e trabalhar no serviço público a ficar encostado não fazer nada eu tenho arrepio arrepio porque é muito duro eu faço doutorado em saúde coletiva onde a gente em que a gente discute é o suse e os direitos das pessoas à saúde e como sus tem que alcançar as pessoas e aqui eu vejo assim um extremo de dessas políticas não chegando dessas pessoas não chegando mesmo assim
completa ausência disso que eu acredito que é um direito e que precisa sim chegar a pensar sobre o que acontece em altamira é pensar sobre muita coisa a pensar sobre a periferia de são paulo é pensar sobre o que eu quero como vida é pensar muita coisa ao wt provoca acho que no extremo da coisa para pensar a vida inteira sabe eu voltei de altamira eu comecei a participar do conselho de bairro do meu bairro e de construir junto eu voltei de altamira eu comecei a nbs eu fiz no cadastro sabe para usar o que
é público quer dizer eu acho que mexe porque é uma realidade muito diferente ao mesmo tempo se aproxima muito da tua realidade acho que o que mais me toca um pouco a desarticulação coletiva que a gente vive na cidade grande e ao mesmo tempo muito tempo eu mudei depois de 12 anos no futebol nenhum vizinho nem nenhum veio falar tchau pra mim frente ao problema da rua ele veio falar comigo eu fiquei impressionada com os laços afetivos deles né e aquelas condições todas mas a beleza sabe que as crianças adolescentes que estavam presentes todos esses
com muito respeito um com o outro com muita muita criatividade um com o outro sabe isso é muito bonito ver no que isso é muito bonito a gente vai fazer uma visita o atendimento para uma família e à casa estava cheia de crianças a mais velha tinha 10 e eles estavam todos porque lhes foi solicitado que eles ficassem brincando dentro do quarto né e eu pedi pra mãe eu posso ver as crianças brincando né ela me levou até o quarto de fato eles estavam ali pulando se divertindo né e daí eu me apresento e num
determinado momento eu coloco assim eu trouxe papel e caneta sim em algum momento vocês quiserem fazer esse tipo de jogo né a gente pode fazer e passou acho que uns 15 minutos 2011 embora mas dá um tempo uma das crianças veio me cutucar sabe aquela folha que você falou sabe aquelas canetas a gente está querendo desenhar como você e daí as histórias começaram a aparecer a partir dos desenhos e uma das histórias era dessa menina mais velha e que ela começa a contar a história de um teste ele foi cassado o primeiro a isca tentou
passar e conseguiu mas esse peixe não desanimou eu voltei lá hoje e daí o que eu fiz hoje é diferente já foi assim eu vou lançar uma história o início de uma história vocês vão continuar ea história é a história de um grande rio que tinha uma família de peixes e nesse rio tenho mania e daí uma das crianças sala e nessa ilha tinha uma família de tartarugas e daí ele começa a contar a história da tarde os peixes morreram porque a água ficou suja mas como essa água ficou suja começou a cair um monte
de folhas das árvores e essas folhas apodreceram dentro da água e formar um lodo e esse lodo matou os peixes está a família de tartarugas a família de tartarugas também morreu porque tinha que beber água porque não dá pra viver sem água e aí a história termina não a história ainda não terminou porque essa família de tartarugas colocou o botão um monte de ovo de tartaruga na praia da ilha ah e é onde ficarão esses ovos ficaram debaixo da areia porque eles precisavam de um tempo qual era o tempo o tempo de limpar a água
a então a água limpa ou se sim mas preciso de um tempo e depois desse tempo eles as tartaruguinhas saíram dos ovos e foram embora braba tudo muda das casas caídas invadidas as incríveis saídas que a vida dá ao eu expulso quase sem impulso mas com força agarrada vai se lá a horta que cresce ao fruto que amadurece tudo muda de flor que aparece nessa ilha de concreto esperto o feto de gente de cá coragem nem coragem pessoal de enfrentar a situação e não recuado e não não mudar o assunto sabe não há abuso muito
tocados né mas se será vendo assim da importância de que ora se ele entendia que ele está fazendo a parte dele a mãe que ninguém ia salvar as pessoas nem aconteceu uma uma transfiguração da santa teresa que ela vai ficar boa na manhã da falange duela a quien corresponda a até com as coisas mais legais que tem muito como você vê o cara descobrirem cobrindo que dados cobrindo pode descobrir que ele tem jeito a dele resolver a situação de encaminhar muito legal ele mora no terreno de ocupação ea casa dele é envolvido por pvc é
assim e aí ele escreveu o nome dele e acho que nesse momento a gente perguntar a gente viu que o senhor colocou o nome do senhor akiko escreveu aqui fora ele falar é pra quando não tiver pessoas saberem que essa é a minha casa e do outro do outro do outro lado tinha um telefone que estava mais frio mais na parte inferior assim e que era o telefone nosso da clínica de cuidado a gente tem um trabalho que é político de militância por uma causa que é que a atenção ao sofrimento psíquico faça parte das
políticas públicas tenha lugar no sul é mais que existem as pessoas cada sofrimento e da condição de analista gente que escutou tem uma responsabilidade com cada um ea hora de se despedir de uma pessoa que a gente sabe que se a gente ficar seria ter trabalho seria bom aquela pessoa a gente aposta que ela se beneficiaria do que a gente tem que oferecer essa é a despedida mais difícil a gente tinha isso canadá que eles precisam disso é que a gente não tem não nesse momento não por esse caminho eu saio com a sensação de
que a gente falar de dever cumprido assim que a gente fez um trabalho que com toda a fragilidade do etá pouco tempo aí pra talvez não voltar mais circunscrito então somos só dos oito pessoas tendo que lidar com a enormidade que aconteceu aqui com todas as fragilidades que a princípio de dezembro a nossa razão bom né muito pouco não vai funcionar eu olho e inclusive porque eu lembro os rostos das pessoas ou as vozes que falam no telefone os nomes das histórias que ouvimos das pessoas é e eu sei que para muitas pessoas fez muito
sentidas mas experimentem uma coisa muito louca lá que foi ao mesmo tempo uma certa insignificância tipo a coisa toda munro corrupção está aqui a parte do que eu e uma pertinência de lugar sabe eu acho que agora eu tô conseguindo nomear ajuda a fazer meu lugar é pequeno mas é um lugar que não é se isso é tudo muito maior que eu ainda não tenho que eu faça vou viver minha vida sabe é o contrário isso é muito maior que o mesmo lugar onde eu tô eu tenho alguma coisa que eu faço sabe acho que
uma função assim que a gente teve que eu vejo nos atendimentos é de resgate da história e são então isso isso é algo que me ensinou bastante essa possibilidade também da pessoa falar é e algumas intervenções ela relembrar aquela que ela tem recurso que ela tem caminhos podem ser esquecidos e com isso mudar alguma posição pra seguir em frente né não fiquei emocionada de estar no rio e vê tudo e ver as águas e mergulhar no rio e me senti também fazendo parte do lugar existe a despedida mas existe a marca o registro disso se
despede fisicamente mas aquilo fica lembrado para fora bem funda assim essas coisas que eu tive foi meio o único na minha opinião o grande potencial do projeto é abrir essa comporta da escuta talvez seja um movimento de de costura de soltura de corte e costura atenção o terceiro assim é o toque do outro que forma a pele como se a pele ela fosse formada de verdade pelo toque do outro e aquele que não se deixa tocar a anda como que com os ossos à mostra e eu acho que é muito isso a experiência de entrar
em contato com outras pessoas com outras histórias com outras narrativas é você se deixar tocar para também se constituir para se formar para ajudá-la a afirmar o mundo os lanços as relações sino caso a gente vai vai para uma manifestação eu não vou à manifestação sozinho temos que levar um grupo de pessoas um grupo de pessoas que fazia uma manifestação uma manifestação para conseguir fazer a manifestação tem como fazer uma mobilização muita gente né então é eu e mais um aí sim aí vamos fazer se fosse só eu não vou fazer nada porque se eu
vou te convidar para nós lutar contra alguma coisa eu te convida eu e mais um em você mais um então a história segue eu mais um em você mais um erro você não é mais seu mais você mais um que você já conseguiu na frente àquele mais um concelho mais um e aí vai então por isso que eu digo eu e mais um [Música] [Música] ah [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música] [Música]
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