o olá pessoal eu sou professora raíssa lobato e na aula de hoje nós falaremos sobre os sentimentos na visão da análise do comportamento e é comum ouvir que sentimentos e emoções assim como outros estados subjetivos não são levados em conta pela teoria comportamental de fato isso ocorreu especialmente nos primeiros trabalhos aplicados mas a prática clínica mudou muito nesse sentido isso não quer dizer que as conceituações teóricas tem um sofrido mudanças fundamentais as bases teóricas estabelecidas por skinner foram e continuam sendo as que embasam o trabalho clínico dos behavioristas radicais da perspectiva me rever-lista sentiram uma
espécie de ação sensorial assim como ver e ouvir e que é basicamente resposta de glândulas de musculatura lisa aquilo que sentimos são condições de nosso corpo já discriminar aquilo que sentimos e falar sobre isso são comportamentos aprendidos produtos da comunidade verbal que no e a descrever o que fazemos o que pensamos eo que sentimos a colocação de skinner de que sentimentos não são causas de comportamentos foi extremamente importante sentir e descrever o que sentimos são certamente comportamentos universais ocorrendo em todas as culturas através dos tempos esta já é uma indicação de que devem ter um
valor de sobrevivência para espécie e para a cultura humana é possível considerar que os sentimentos e outras formas de comportamentos encobertos são os mecanismos que o organismo possui de perceber os processos comportamentais e sua história de reforçamento mesmo que não produzam informações precisas na clínica por exemplo o relato de um cliente de que um acontecimento por ele vivenciado ter sido acompanhado de uma sensação agradável não garante que tenha ocorrido é positivo mas serve como indicador ou seja permite que essa hipótese possa ser levantada para compreendermos o que sentimos é necessário investigar as variáveis das quais
o comportamento relacionado com o sentimento é a função as descrições apresentadas a seguir são simplificações do fenômeno cuja função é exemplificaria como é possível analisar diferentes sentimentos sobre a perspectiva analítico-comportamental e o sentimento de alegria costuma surgir em situações nas quais no passado as respostas produziram reforçadores positivos com alta probabilidade sentimos alegria ao trocarmos mensagens com uma amiga engraçada porque em nossa história conversar com ela produziu boas histórias piadas e etc o torcedor fica alegre ao ver o seu time ganhar o campeonato porque no passado a vitória no campeonato foi o tema de diversas interações
reforçadoras com amigos ou colegas de trabalho a namorada fica alegre ao receber um buquê de rosas vermelhas no dia dos namorados pois receber rosas está pareado em sua história de vida com outros reforçadores como atenção carinho e etc todos esses exemplos tem em comum uma história de pareamento entre as respostas fisiológicas que a gente denomina como alegria nós temos eliciadores condicionados que seriam a conversa com amiga a vitória no campeonato e o buquê de flores e geralmente dizemos que amamos algo ou alguém que nos proporcionam uma variedade de reforçadores ou reforços de alta intensidade amamos
aquele namorado que sempre nos diz elogios e nos enche de presentes em momentos alegres amamos aquele cachorro de estimação que sempre nos dá carinho e atenção é claro que os reforçadores para cada pessoa irão variar de acordo com a sua história o sentimento de tristeza geralmente se relaciona com o término de reforçadores ou seja uma determinada fonte de reforço deixa de sê-lo um exemplo seria quando o brinquedo preferido de uma criança quebra ela fica triste porque não poderá mais brincar com ele outro exemplo é a perda de um ente querido pois provoca tristeza já que
não poderemos mais ter as interações sociais reforçadoras que tínhamos com aquela pessoa e ainda quando o relacionamento amoroso termina ficamos tristes porque perdemos o acesso aos reforçadores presentes elogios atenção afeto entre outros produzidos pela outra pessoa há casos em que a vida de uma pessoa tem possibilidades estão restritas de reforçamento que uma uma tristeza profunda se instala geralmente as pessoas com quadro de depressão se encaixam nesse perfil o sentimento de raiva surge na presença de estimulação aversiva geralmente produzida por outra pessoa ou quando somos privados de um evento reforçador positivo no caso punição negativa um
exemplo seria um adolescente que fica com raiva quando é posto de castigo e não pode ir a uma festa ou ainda ficamos com raiva se alguém nos diz uma palavra grosseira ou se somos agredidos fisicamente assim como ocorre com todos os outros sentimentos é na história de vida de uma pessoa que iremos encontrar a explicação sobre quais eventos e causam o sentimento de raiva a frustração pode ser considerada um caso especial de raiva que acontece em ocasiões em que um comportamento habitualmente reforsado deixa de sê-lo vejamos o exemplo de um aluno que sempre estuda para
as provas e tira notas altas se por alguma razão ele obtiveram uma nota mediana certamente ficará frustrado outro exemplo seria empregado que sempre recebe aumento a cada seis meses porém ele fica frustrado quando esse aumento não lhe é dado como previsto um outro exemplo seria uma jovem que sempre recebi a presente do namorado no aniversário de namoro que fica frustrada quando ele porventura esquece essa data é importante ressaltar a entender do valor reforçador do estímulo ou até mesmo do contexto a não ocorrência do reforço pode provocar raiva e não apenas frustração no caso do aluno
que estudou para a prova mas tirou uma nota mediana poderia ocorrer o sentimento de raiva se a razão da nota mais baixa por o fato de o professor ter elaborado questões sobre temas que não foram abordados em sala de aula e a ansiedade em geral é sentida em uma situação que sinaliza a apresentação iminente de um estímulo aversivo ao longo de nossa vida esse estímulo aversivo foi constantemente apresentado em determinado contexto de modo que diante de um contexto semelhante nosso organismo se prepara para sua ocorrência isso acontece por exemplo quando chegamos ao consultório do dentista
e não sentimos anciosos mesmo que o ambiente esteja tranquilo e silencioso podemos ficar anciosos também em uma situação de paquera na qual a possibilidade de sermos rejeitados pela outra pessoa há casos em que a ansiedade é tão grande que a pessoa pode paralisar diante de uma determinada situação os casos clínicos que envolvem os chamados transtornos de ansiedade como transtorno do pânico agora a fobia e etc são os e de como determinados estímulos condicionados podem iniciar um sentimento intenso de ansiedade ao ponto da pessoa paralisar ou até mesmo desmaiar diante dele diferentemente da ansiedade o medo
ocorre quando um estímulo aversivo está realmente presente no ambiente sentisse medo na presença de um rato em uma briga em uma situação nova na qual não sabemos como devemos nos comportar entre outros e vale ressaltar que embora essas descrições das relações comportamentais que produzem cada sentimento costumem ser corretas não são descrições precisas o modo como relatamos sentimentos é sempre e impreciso pois aprendemos a fazê-lo no ponto de vista de outra pessoa além que as diferentes histórias individuais produzem diferentes controles do comportamento e dos sentimentos e sua obra intitulada sobre o behaviorismo skinner descreveu vários sentimentos
que ocorrem de forma associada a processos comportamentais os exemplos apresentados mostram que as condições corporais correlatas que podem ser sentidas ou observadas introspectivamente não são as causas dos estados ou das mudanças de probabilidade mas para os psicólogos clínicos e são úteis na forma inversa isto é interessa analisar como é que as condições sentidas podem indicar os processos comportamentais relevantes e a alguns exemplos a sensação de confiança ocorre quando certo o ato é quase sempre reforsado a fé é suscitada também por reforço frequente o reforço frequente também origina e mantém o interesse por aquilo que a
pessoa está fazendo já os sentimentos de desencorajamento impotência ou de depressão são relacionados com o processo de extinção a frustração seria uma tendência de atacar o sistema característica de uma falta de reforço saudades seria o sentimento associado com a falta de uma ocasião apropriada para o comportamento e esperança ocorre de forma associada com esquemas de reforçamento intermitente nos quais o comportamento é mantido por longos períodos de tempo com pouquíssima retribuição existem diferenças importantes nos sentimentos geral e eventos aversivos o que uma pessoa sente quando está numa situação em que foi punida depende muito do tipo
de punição e depende frequentemente do agente ou instituição punitiva essa pessoa foi punida por seus iguais disse que ela se sente envergonhada já se ela foi punida por uma instituição religiosa é comum dizer que ela se sente pecadora e se ela foi punida por um órgão do governo é comum falar que ela se sente culpada e em todos esses exemplos esquina e criticou o papel causal dos sentimentos mas ele absolutamente não nega sua existência ele considera os sentimentos também como comportamentos apesar de encobertos isto é não observava vez por outras pessoas e como comportamentos para
poder entender os sentimentos devemos analisar as contingências das quais eles são função apesar das críticas feitas skinner afirma que existem muitas razões para as pessoas falarem sobre seus sentimentos o que elas dizem dão dicas quanto ao comportamento passado e as condições que o afetaram ao comportamento presente e as condições que o afeto e as condições relacionadas com o comportamento futuro na esquina ainda ponto do autoconhecimento tem um valor especial para o próprio indivíduo pois a pessoa que está mais consciente de si mesma pelas perguntas que lhe fizeram ela está possivelmente numa melhor posição para predizer
e controlar o seu próprio comportamento a importância de entrar em contato com sentimentos e de expressá-los é muito vivenciada pelos terapeutas o cliente vem buscar terapia quando está experimentando sensações sentimentos de incômodo ou desconforto ou seja são sentimentos que levam uma pessoa a buscar ajuda mas o cliente frequentemente não sabe descrever com clareza o que ele sente e quais são suas sensações que não são sentidas de maneira precisa elas apenas são sentidas de forma difusa ao não saber como descrever em e essa pessoa não sabe o que fazer com esses sentimentos ela não sabe analisar
as contingências que estão envolvidas e não as utilizando portanto para previsão e controle de seu próprio comportamento quando o cliente consegue identificar as relações entre os comportamentos abertos e os encobertos ele consegue perceber de quais variáveis eles são função e com isso ele estará mais apto a modificar o seu comportamento e ampliar o seu repertório a falta de contato com as variáveis controladoras deve-se frequentemente a esquiva do cliente das situações que podem provocar a expressão de afeto estas situações podem ser bastante agressivas isto é uma provável decorrência das punições recebidas durante o processo de socialização
quando os sentimentos e emoções da criança era 11 com a punição poderia ser explícita como por exemplo através de repreensões ou agressões físicas ou implícitas com o levantar de sobrancelhas o franzir de testa e outras expressões de desagrado é como se os adultos educassem as crianças para seguirem regras não para sentirem isto é para não estarem em contato com as contingências seguir significa não fugir aos padrões sociais ao que é considerado entre aspas adequado além dessa punição a criança observava o modelo dos adultos a sua volta que não expressar o que sentiam pelo contrário muitos
lhe comunicavam que o sentimento é sinônimo de fraqueza ou falavam algo do tipo homem não chora engole esse choro e entre outros quanto o manejo dos sentimentos e emoções no processo clínico o principal do terapeuta é o dia ajudar seus clientes a entrarem em contato com as variáveis controladoras de seus comportamentos o que inclui perceber seus sentimentos para isto é necessário que como terapeuta ele observe indícios de que seu cliente possa estar evitando sentir ou expor seus sentimentos quando isso ocorre ele pode retomar os estímulos dos quais seu cliente parece estar se esquivando ou encorajá-lo
a expressar seus afetos e as lembranças difíceis algumas coisas podem ser ditas aos clientes para encorajá-los a expressar aquilo que sentem por exemplo que sentimentos não são certos ou errados ele simplesmente existem tenta se desta forma diminuir a culpa ou a vergonha por experimentar um sentimento que ele julga tão errado seria dito também que sentimentos fazem parte da conde a reconhecê-los e aceitá-los fazem parte de um alto conhecimento podemos também informar aos nossos clientes que seus sentimentos nem sempre determinam suas ações muitos temem que se permitirem a expressão de sentimentos destrutivos acabaram agindo destrutivamente pode-se
dizer também que é possível para ele não agir sempre de acordo com os seus sentimentos dependendo do contexto existe também o recurso de mostrar que as emoções não são imutáveis quando o contexto em que elas ocorrem muda a emoção também deixa de ser a mesma e o papel do terapeuta vai além de facilitar ocorrência de emoções ele deve responder ao sentimentos expressos no momento adequado momento adequado pode ser entendido como aquele em que a probabilidade do cliente escutar e continuar a análise é grande o comportamento de identificar afetos envolve a observação de comportamentos como a
entonação da voz pensa o volume o silêncio entre outros o outro recurso bastante relevante do terapeuta para identificar os sentimentos do cliente é a empatia observando e escutando o seu cliente ele pode se perguntar como estaria se sentindo se estivesse na situação do outro ah e por fim o último aspecto a ser abordado na aula de hoje são os sentimentos do terapeuta com relação a seus clientes a identificação de seus próprios sentimentos pode fornecer dicas acerca de que tipo de estímulo discriminativo o cliente fornece em uma relação pessoal quando terapeuta sente irritação carinho ou tédio
frente a um determinado cliente é importante identificar se esses eventos internos estão relacionados a eventos de sua própria história pessoal o se eles se relacionam a contingências que envolvem o comportamento do cliente e que portanto devem fazer parte de suas relações pessoais em geral neste caso podem ser entendidos como uma mostra de seu comportamento fora da sessão terapêutica e o terapeuta pode inclusive mostrar isso a seu cliente a aula de hoje teve duas e bibliográficas o livro sobre o comportamento e cognição volume 2 capítulo 21 organizado por de elite e o livro fundamentos de psicologia
temas clássicos da psicologia sob a ótica da análise do comportamento página 94 a 97 organizado por hubner e moreira obrigada por ter assistido à aula de hoje