Os pensadores precisam conviver

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Instituto Hugo de São Vítor
Está na moda ser estudante autodidata e, o que é ainda pior, enclausurado, isolado. Essa nunca foi a...
Video Transcript:
Sócrates, o maior sábio da Grécia antiga, de acordo com o oráculo, grave autoridade para os gregos, era um filósofo itinerante. Então, aqui, de acordo com o oráculo, ele era o maior sábio da Grécia, né? Parece que, depois de se aposentar, não fazia senão passear, mas não como um turista por aí; só passeava pela água ateniense todo santo dia.
Então, olá a todos! Esse aqui é o texto que nós vamos comentar. É um texto publicado com o nome "Os Pensadores Precisam Conviver".
Hum. . .
e nós temos que admitir isso. Isso é uma coisa importante; nós temos que argumentar. Vocês têm que entender que não dá só para ficar estudando sozinho, pessoal.
O pensador solitário: larguem isso, né? Com seus livros, às vezes até cem livros, né? Só com as vozes da minha cabeça?
Não, não tá! Os pensadores têm que se encontrar! Ah, para ficar concordando e dando tapinha nas costas dos outros?
Claro que não, né? Muitas vezes é para debochar do outro. Nós vamos ver aqui algum exemplo de deboche.
Às vezes, é para refutar, é para contra-argumentar, é para se opor tenazmente. Tá, pode ser, às vezes é para concordar, às vezes é para ouvir, às vezes é para debater. Quando um lado e nem o outro têm certeza das suas opiniões, eles precisam debater para que uma opinião, chocando-se com a outra, revele um fogo, né?
Saia um fogo dali, uma centelha que vai criar o fogo que vai iluminar toda a situação. Tá, então vamos argumentar isso aí. Por quê?
Continua o texto e pergunta por quê? A concepção de educação e de filosofia eram bem diferentes das nossas naquelas priscas eras. Hã, priscas quer dizer antigas, tá, pessoal?
Isso aqui é uma expressão que já não se usa mais, aliás, né? Mas é uma expressão tradicional na literatura: priscas eras, para vocês saberem. Sócrates, aqui, vamos dar um catatal de exemplos, tá?
Sócrates estudara com Anaxágoras, o filósofo particular de Péricles, que era o rei informal de Atenas. Aqui nós temos três personagens: Sócrates, claro, mais conhecido; Anaxágoras, um outro filósofo; tá, que era, digamos assim, tanto amigo pessoal de Péricles, que era o grande arconte do período da Grécia clássica. O que mandou fazer o Partenon, não sei o que lá, todas aquelas obras, os frisos e tal, famosos frisos do Partenon, estátuas, não sei o que.
Mas não sei o que… tá, várias obras públicas fez o Péricles. Então, o período dele, que é um longo período que ele teve ali como homem principal da política de Atenas, é o Período Clássico. Hum.
. . e o Sócrates vive naquela época, né?
O Platão já nasce naquela época. Então, antes de o Péricles cair, né? Ele cai no meio da Guerra do Peloponeso, né?
Porque não consegue, então, fazer frente aos espartanos. Então, o Péricles não é só um cantor de pagode, né? É o grande estadista da Atenas clássica.
Tá bom, aí nós continuamos. Sócrates teve aulas com Anaxágoras, né? Estudaram.
Sócrates também tomou lições com o gramático Pródigo de Céus de Quios. Hum. .
. então, o Pródigo também é um personagem da onde estou tirando isso; eles são citados nos diálogos, né, de Platão, certo? Torto a direito, e o Sócrates fala: "Ah, não, aqui, ali.
. . vamos ver se aquilo que eu estudei com o Pródigo vale de alguma coisa" e tal, não sei o que.
Num outro momento, ele diz: "Ah, se eu tivesse visto aquela palestra do Pródigo lá, mas eu não tinha cinquenta dracmas para pagar a palestra". Ele teve aula; ele foi aluno nesse sentido. O Pródigo era um gramático retórico, né, que primava pela linguagem correta, corretíssima, né?
O correto uso dos nomes, usar o nome apropriado, era o grande tema, né? A grande regra do Pródigo, professor e escritor. E tá, e o Sócrates estudou, não sabe quanto, né?
Quanto tempo também com o Pródigo, por exemplo, né? Algumas coisas que o Sócrates fez na juventude: Sócrates discutiu com Parmênides também. É o diálogo de Platão.
Nós estamos aqui partindo do princípio que Platão não inventou esses encontros, tá? E disso surgiram os mais complicados diálogos platônicos, ou um dos mais. .
. hã. .
. daqui a pouco vem alguém me incomodar, dizendo: "Não, é o outro"; isso aqui é mais difícil de ler, mas o Parmênides é bem difícil, bem difícil. Na maturidade, com os sofistas, Górgias e Protágoras, teve debates memoráveis!
Sim, outros dois diálogos de Platão, né? Górgias e Protágoras, né? Pai de Aló, né?
Tem até hoje, tem muito a nos dizer, o que é incrível, né? Mudou tudo, assim, de modo em questão social, histórico, cultural, tudo. E ainda nós lemos esses diálogos, aí, vida, né?
Como é que esse cara tá falando de coisas que eu ainda sinto na pele, sofro aqui para tentar entender, tá? Esse é o Sócrates, né? Ali, na juventude, debatendo com Parmênides, né?
O cara que dizia que tudo era um. . .
hã. . .
que a multiplicidade e o movimento eram ilusórios, né? Eram ilusórios, tudo era um, tudo era uma mônada, né? No fim das contas, a realidade, o ser, é um, e isso é tudo que importa; isso é tudo que é real, né?
E o Sócrates debate isso aí, né? Essa doutrina é, digamos assim, a oposta àquela do Heráclito, que dizia que não; nós não entramos no mesmo rio duas vezes. Então, tudo está em fluxo, tudo é multiplicidade, tudo é mudança, alteração.
Tá, um pouco mais tarde, Platão e Aristóteles foram professor e pupilo, né? E até hoje alguns dizem que o pupilo superou o mestre; outros o negam. Platão, por sua vez, era conhecido de Diógenes, aquele que morava num barril e inspirou.
Oh, Chaves, eu acredito, né? Diógenes frequentemente tirava sarro do mestre da academia. Então, olha, Platão, nós olhamos hoje assim, o grande Platão, nossa, né?
Um dos pilares da nossa civilização. O Diógenes, esse "hum", que tirava sarro até do Alexandre, o Grande, tirava sarro de Platão também, né? Ele tirava sarro do cara que era o mais poderoso, né?
Podia degolar ele na hora, ali, mandar, né? Mas se ele não ia tirar sarro do Platão, que era só um pensador, digamos assim, não é? Um cara que não ia, provavelmente, agredir o Diógenes, né?
Então, diz assim: Diógenes frequentemente tirava sarro do mestre da academia. Conta-se que, inclusive, uma vez depenou uma galinha e proclamou que o triste animal era o homem de Platão, que teria definido Platão, no caso, a nossa laia, nós, os homens, como bípedes em plumas. Isso aí disse, né?
Não está em nenhum diálogo platônico, que eu saiba, né? Mas está lá no "Geórgico" de Laércio, que diz isso aí, né? Vida dos eminentes filósofos, né?
Ah, o Platão definia e tal do homem como bípedo em plumas. Ele é bípedo, só que ele não tem plumas, não tem penas. Então, diferente da galinha, para diferenciar da galinha, digamos assim, que também é bípedes, né?
Então, bom, verdade ou mentira, tem essa anedota, e é engraçada, é interessante, né? E não tira nada da autoridade de Platão, né, como pilar da nossa civilização. Ok, já na Idade Média, Guilherme de Champô, um notável pensador pré-escola, né?
Tem um estilo pré-escolas de ensinar, pensar e debater, debater com o seu aluno Pedro Abelardo, aquele que teve romances, né, com Eloí. E aí acabou, né? Deu uma bola fora ali, né?
Então, o rebelde precursor da escola. E, por ter sido aparentemente refutado pelo aluno, Champô se retirou para os arredores de Paris e fundou a Abadia de São Vítor, né? Sendo sucedido pelo nosso Hugo de São Vítor.
Hum, Hugo de São Vítor é de São Vítor porque ele virou o cônego principal ali da Abadia de São Vítor, tá? Essa fundada por Champô, antes, algum tempo antes, uma década, duas décadas antes, tá? Então, assim, o Champô, esse era Guilherme de Champô, era professor do Pedro Abelardo, que foi um dos maiores dialéticos da Idade Média.
E a dialética, ela não tinha, assim, né? Um status tão elevado quanto viria a ter na Escolástica. Antes, não é?
Na época do Guilherme de Champô, até do Hugo de São Vítor, ela tinha o seu status, era importante, mas depois ela ganha proporções muito maiores, né? E o Pedro Abelardo é um dos que contribui para essa aumento da importância porque ele mostrou que podia debater com todo mundo ali, pessoal que tinha autoridade muito maior que a dele, como Guilherme Champô, tá? E podia botar os caras em maus lençóis.
Muito embora, né, depois, ele tenha sido acusado de heresia, teve o caso da Eloí ali, hum, que ele mostrou que não, né? Podia ser o melhor debatedor, mas era o melhor cara em controlar a sua luxúria, eh. Ah, e aí depois ele foi examinado por influência do Bernardo de Claraval, São Bernardo, né?
Que não gostava muito dessas ideias dialéticas, hum, desse modo dialético de tudo analisar, né? De analisar todos os pontos da fé e ver a fé pelo modo dialético, né? O São Bernardo era o cara mais, né?
Ele não era fideísta, mas era um cara mais da fé que usava a fé, a necessidade da fé. Não fica aí querendo explicar tudo e tira da jogada a fé, porque fé é o que nosso Senhor disse que precisava lá atrás. Então, não fica aí querendo explicar tudo por meio da razão, aí que não dá, isso aí, né?
Tem um limite, assim, né? E aí acontece isso, né? Então, nós estamos vendo, aí, relatando alguns casos, em que alguns encontros-chave, aí.
Mas todo o tempo, os intelectuais estão conversando, sejam esses intelectuais filósofos, sejam eles teólogos, hum, e até sejam eles cientistas, né? Estão sempre conversando, trocando ideias, como se diz, hum. Um dizendo: "Ah, não, acho que não é bem assim isso aí que tu tá falando, acho que é assado e tal, não sei o quê.
" Mas os caras estão conversando dentro de uma civilidade. Bom, enquanto, né, Guilherme Champô se retirar para os arredores de Paris, mas sair da cidade, sair da sua cátedra na Universidade de Paris, hã, no burburinho de Paris, continua o texto. Inquieto, um estudante chamado Tomás, vindo da Sicília, conheceu um professor chamado Alberto, mais tarde proclamado Magno.
Hum, para bom entendedor, não é? E aí ocorreu uma reencenação de Platão e Aristóteles em pleno seio da cristandade. Hum, então estamos falando de Tomás de Aquino e Santo Alberto.
Magno, Santo Tomás de Aquino, aliás, peço desculpas. Ah, Santo Tomás, mais aristotélico; Santo Alberto, pouco mais platônico. Embora ambos tenham lido tudo que havia para ler na época, tanto de Aristóteles quanto de Platão, respeitavam ambos e tiraram lições de ambos.
Portanto, Santo Tomás não é estritamente aristotélico, como alguns pensam, nem o próprio Santo Alberto Magno, estritamente platônico. Não, ele foi um dos caras que popularizou também Aristóteles antes do Santo Tomás, mas ele tinha alguns pensamentos-chave dele, em termos de filosofia, que eram mais platônicos do que aristotélicos, me parece. Tudo isso para dizer o seguinte: aqui vem o ponto moral da história.
Os intelectuais precisam conviver, né? Mas, eles precisam discutir, debater, se refutar e até, absurdos dos absurdos, concordar uns com os outros. É isso?
É mais absurdo! Vocês se leram um pouquinho, ou quando vierem a ler um pouco mais da história das ideias, vão ver que a concordância é muito pouco, ou pelo menos é muito pouco enfatizada. A concordância entre os filósofos, o que se marca mesmo, P, as suas.
. . Discordâncias começam lá pela discordância epistemológica do Aristóteles em relação ao Platão, que marca o início do aristotelismo.
O Aristóteles era o quê? Um Platônico? Um discípulo de Platão que saiu da escola por algumas discordâncias mais ou menos graves em termos de epistemologia.
Tá bom, o que marcou foi isso, né? Essa discordância. E aí nós temos aristotelismo e platonismo.
Olha, muito mais da metade do que o Aristóteles sabia ele aprendeu com Platão, muito mais. Mas o que marca é a discordância. Tá, mas eles também concordavam, né?
Então, o Aristóteles, em algum momento, diz: "Olha, o homem mau não pode nem sequer pronunciar o nome do Platão. " Tá, isso é veneração, certo? Danem-se aqui as discordâncias, né?
O homem mau não pode nem sequer pronunciar o nome do Platão para o Aristóteles. Tá, por outro lado, tem a outra frase também famosa, né? "Amicos Plato, sed magis amicos veritas.
" Então, sou amigo de Platão, mas sou mais amigo da Verdade. Tá? Ah, então tem tudo isso, né?
A vida é complexa. E aí continua: o intelecto se afia pelo contato com outros intelectos, em conversações e discussões. Se o seu plano é ficar escondido no seu quarto ou em uma bolha internética, apenas saiba que você vai perder todo o fio, tá?
Isso se tu não procurares um professor, se tu não procurares um outro cara que pensou sobre o mesmo assunto que tu, de preferência, com muita preferência, presencialmente. A presença da pessoa estar em uma conversação cara a cara, tete a tete. E se tu fizer isso porque tu preferes te esconder do mundo, tu preferes ficar escondido no teu quarto lendo sem confrontar as suas ideias com o mundo lá fora, seja com os ignaros, também isso tem alguma serventia, né?
Então, tem que apresentar as tuas ideias até para aqueles que não estudaram a respeito, para ver qual é a reação de uma pessoa que não estudou a respeito, certo? Tu consegues suportar a confrontação de um cara que não estudou sobre o assunto, mas que tem um conhecimento do senso comum, no sentido baixo dessa palavra? Tu consegues ali ou tu já te encontras em bananas, se o cara trouxer um ponto qualquer do que, sei lá, a ciência falou, né?
Se alguém fala assim: "Não, mas eu acredito na teoria platônica do conhecimento, nós temos acesso ao mundo das ideias e tal", e aí vê um cara que diz assim: "Não, mas tá tudo no cérebro. Aqui, os caras colocam uns eletrodos na cabeça e veem ali as sinapses, e tem uns choquinhos no cérebro", e tal. Não sei o quê.
E aí tu já fica, né? Por exemplo, não sei. Fica todo, né?
Já fica vermelho, fica todo embaraçado diante do cara. P! Então, precisa estudar mais, né?
Não precisa abandonar, precisa estudar mais, precisa refletir mais, tá? E o outro caso é isso também: a bolha internética. Não, mas eu tenho aqui meu grupo de amigos que concorda comigo na internet, né?
No grosso, eles concordam comigo. Bom, então tu estás em uma posição também muito, muito fácil. Tu estás em uma posição, aí, muito fácil, né?
Muito confortável. Não tem diabo para te dar uma lambada no lombo, não tem um Diógenes para tirar sarro da tua cara, não é nem argumentar contigo. Tirar um sarro da tua cara, tu aguentas um Diógenes tirando sarro da tua cara?
Uma contra-argumentação civilizada, polida, como sequer? Então, aguenta alguma dessas coisas. Ambas essas coisas, só uma delas, nenhuma delas.
Bom, é bom saber isso, tá? Mas também tu tens que debater com as pessoas. Não, a minha posição é essa: eu sou aristotélico, eu sou platônico.
Vamos lá, por quê? Como assim, né? Tem alguma evidência?
Quais são as evidências? Quais são os tipos de evidência que se pode ter sobre o assunto da epistemologia? Tudo isso já está defasado.
E aí, não é? Então, precisa debater também, tá? Então precisa estudar, precisa conversar, precisa ter a convivência.
Isso tem que ser, né? Sempre que possível, num espírito de amizade, tá? Não precisa ser, não precisa conversar só com os teus amigos, né?
Porque nós tendemos a ser amigos daqueles que concordam conosco e que sentem parecido conosco. A sensibilidade deles é parecida, o estilo de se expressar, o estilo de ser é parecido. Não, não precisa ser só isso, mas tem que ter amigos também.
Precisa ter uma amizade que é intelectual. O cara que se respeita intelectualmente talvez não seja uma amizade de convivência, mas tu tens uma correspondência com outro cara que estuda. Em algum momento, tu visitas o cara, né?
Faz uma visita, não sei o quê, se é possível. Tudo isso, né? Tem que sair da bolha, tem que sair do quarto para qualquer coisa na vida, né?
Hoje em dia, nós temos cada vez mais essa impressão. As pessoas que são tímidas, também mais ainda, né? Ah, eu posso me ficar no meu quarto, eu posso ficar pedindo comida pela internet, eu posso ficar comprando livros pela internet, eu posso ter amigos pela internet, não preciso ir lá fora naquele mundo cão, naquele mundo infernal.
E as pessoas, né? Afinal de contas, o inferno são os outros, né? Precisamos disso para a nossa vida?
Precisa? Precisa, pelo menos. Tu queres estudar, né?
E lapidar, afiar as tuas ideias e o teu próprio intelecto, tá? Isso aí é a mensagem, tá? Essa é a mensagem, precisa.
Tá bom? Então é isso. Gostou?
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