eu queria aquele emprego de secretária e o padre Astolfo teria que me escolher então acabei me esforçando ao máximo para agradá-lo fiz barba cabelo e bigode se é que vocêentende erã fresca de outono e o aindaa se aquer mas D sinais de queia um dia promissor eu não sabia ao certo o que me esperava decidida minha mãe sempre dizia para nunca ter medo de tentar que as oportunidades surgem para quem se arrisca a Paróquia de Nossa Senhora da Paz estava na esquina da minha rua e sempre passava por ela com seu Campanário alto e suas
paredes de pedra envelhecida queci contar hisas decadas de fé e devo Eu sabia que Padre Astolfo o pároco hav chegado à cidade H alguns mesese era jovem diferente doses mais antigos que eu conhecia que passam o tempoo um semt sempre parecia estar sorrindo com um olhar gentil e um jeito descontraído meus amigos diziam que ele era carismático mas eu sentia um tipo de timidez só de pensar em conversar com ele como seria trabalhar sob sua supervisão seria ele muito rígido eu que nunca havia trabalhado antes estava cheia de dúvidas mas mais ainda de esperanças a
ideia de trabalhar na paróquia surgiu quando ouvi por acaso uma conversa entre minha mãe e a vizinha Falavam sobre uma vaga de secretária que estava aberta lá Imagina minha filha um trabalho com estabilidade ainda mais na paróquia é um bom começo para você disse minha mãe pensei naquilo e quando a oportunidade surgiu não hesitei peguei meu currículo sem grandes experiências profissionais é claro mas com um coração cheio de expectativas e o desejo de ser útil cheguei à Paróquia mais cedo do que o combinado tentando me adiantar E demonstrar que seria pontual a igreja estava vazia
exceto pela mulher da limpeza que passava o espanador nos Bancos o cheiro de incenso ainda pairava no ar lembrança de alguma missa mais cedo o ambiente era tranquilo acolhedor até encontrei a sala do padre Astolfo logo à frente com a porta entreaberta bati suavemente Quase Sem Querer e esperei pode entrar uma voz masculina e tranquila respondeu era ele Astolfo não pude evitar um leve suspiro antes de entrar ele estava atrás de uma mesa de madeira simples mas elegante seus olhos estavam fixos no que parecia ser uma pilha de papéis mas ele rapidamente levantou a cabeça
e sorriu ao me ver um sorriso suave acolhedor mas ao mesmo tempo tão intenso que eu não soube como reagir imediatamente ele que não era como os outros padres que eu havia conhecido era mais jovem com os cabelos curtos e escuros a pele clara e um olhar que parecia tentar ler os pensamentos das pessoas você é a Dona Clara certo fico feliz em vê-la sente-se por favor ele disse apontando para a cadeira à minha frente aquele pedido tão simples me fez sentir uma leveza mas ao mesmo tempo uma tensão era como se se ele soubesse
que eu estava nervosa sentei e deixei meu currículo sobre a mesa aofo olhou para ele rapidamente foliando as páginas sem dizer nada o silêncio se Estendeu por alguns segundos que para mim pareceram uma eternidade ele então olhou para mim mais uma vez com aqueles olhos que me pareciam investigar cada pedaço da minha alma Vejo que você não tem muita experiência começou ele sua voz Suave mas com um tom que podia ser lido de muitas formas mas o que me interessa Clara é a sua disposição para aprender e a sua vontade de ajudar isso vale muito
para mim eu senti um pequeno alívio mas ao mesmo tempo não pude evitar a sensação de que ele estava me avaliando com um olhar mais atento do que o normal a conversa continuou e eu me esforçava para responder com confiança mas o peso da situação parecia aumentar a cada palavra ele perguntava sobre minhas habilidades de organização sobre como eu lidava com situações difíceis coisas simples mas importantes para o cargo Eu tentava demonstrar que era capaz mesmo sem experiência o padre Astolfo parecia interessado mas ao mesmo tempo distante como se estivesse em outro lugar e então
chegou o momento em que ele se levantou e foi até uma janela olhando para o Jardim da Paróquia eu não sabia se ele estava refletindo sobre algo ou apenas des os olhos o silêncio Voltou a se estender entre nós e eu não sabia o que fazer com a ansiedade que crescia dentro de mim bom Clara ele disse virando-se lentamente para mim eu vou precisar de algum tempo para pensar esta não é uma decisão simples como você pode imaginar vou dar a resposta até o final da semana eu ass sentia tentando esconder minha decepção queria acreditar
que ele me daria uma chance mas algo na sua postura me fez pensar que ele estava sendo Cortês não necessariamente interessado em me contratar ainda assim me levantei agradeci e dei um sorriso tímido Obrigada Padre Astolfo eu o entendo Fico aguardando o retorno ele apenas sorriu de volta um sorriso um pouco enigmático como se soubesse algo que eu ainda não compreendia sim Clara eu entrarei em Tato Tenha um bom dia e foi assim que saí da Paróquia com o coração pesado e a mente cheia de dúvidas a esperança ainda estava ali mas também havia uma
sensação incômoda algo em seus olhos algo que não consegui entender completamente eu acreditava que ele estava sendo gentil mas não pude deixar de sentir que havia algo mais naquele encontro algo que eu não conseguia identificar eu só sabia que enquanto aguardava a resposta aqu momento ainda eava dentro de mim e ação não parcia querer desaparecer O Telefone Tocou naquela manhã de sexta-feira uma intensidade que fez meua aceler quando vi o número noor soube imediamente quem er a paróquia Astolfo prha antes mes como se o simples de pegar o telefone fosse uma confirmação do que eu
temia e ao mesmo tempo desejava Eu sabia que a resposta estava por vir mas não sabia em que tom nem como seria Alô Clara Bom dia aqui é o padre Astolfo fui conferir com mais calma as candidaturas para a vaga de secretária e gostaria de conversar com você poderia vir até à Paróquia quero lhe dar uma resposta pessoalmente o som da sua voz calma e Suave não aliviou a atenção em meu peito algo me dizia que aquela conversa tomaria rumos inesperados mas eu não sabia exatamente o que aquele convite aparentemente tão simples causou em mim
uma sensação desconfortável a última coisa que eu queria era ser desapontada por alguém em quem queria acreditar por alguém que parecia tão diferente dos outros mas cujos olhos no último encontro não me pareciam tão inocentes quanto eu pensara a resposta foi uma afirmação automática sem pensar muito eu precisava saber precisava entender então poucas horas depois lá estava eu mais uma vez atravessando o pátio silencioso da Paróquia com os passos que ecoavam de maneira estranha entre as paredes antigas desta vez quando cheguei não havia ninguém na recepção o ambiente parecia mais sombrio como se a paróquia
estivesse dormindo aguardando algo ao fundo viu o padre Astolfo em pé de costas uma postura firme mas ao mesmo tempo relaxada ele estava de olho em um livro nas mãos mas ao me perceber fechou a obra com suavidade e virou-se para mim Clara que bom que veio eu pensei que seria melhor conversarmos em um ambiente mais reservado sem interrupções Claro Padre respondi tentando esconder a insegurança na minha voz ele indicou que eu o seguisse e fui a conversa seria ali nos fund da igreja em uma pequena sala que eu nunca havia notado antes a atmosfera
naquele lugar era diferente da parte da frente da Paróquia o cheiro de Cera e madeira se misturava com o silêncio pesado das velas acesas ao entrar na sala notei o brilho suave das velas que iluminavam a mesa e as cadeiras simples criando um ambiente quase claustrofóbico a porta foi fechada atrás de nós com um som abafado como se o resto do mundo tivesse ficado forofo me fez sentar e logo em seguida se acomodou à minha frente seu olhar parecia mais atento agora mais penetrante eu não sabia se deveria olhar nos seus olhos ou desviar o
olhar então acabei ficando ali presa em um silêncio que crescia entre nós Clara comeou voz Suave mas com algo mais intenso por trás Eu queria conversar um pouco mais sobre você sobre o que espera de um trabalho aqui porque eu tenho que ser sincero eu não apenas busco uma secretária eu busco alguém com um compromisso mais profundo alguém que saiba no fundo O que é o verdadeiro significado de servir minhas mãos ficaram geladas algo ali não suava certo ele me observava com uma atenção que me descera como se estivesse lendo cada palavra minha antes mesmo
de eu pronunciá-las algo no tom da sua voz suave demais parecia esconder algo mais eu eu só quero trabalhar padre não estou aqui para mais nada apenas para ajudar e aprender Tentei responder sentindo o desconforto aumentar em meu estômago ele se aproximou um pouco e por um instante vi seu olhar se intensificar eu podia sentir a tensão no ar uma tensão que não vinha de uma simples entrevista de emprego algo estava acontecendo ali algo que eu não conseguia entender completamente eu sei Clara Ele respondeu com uma suavidade ainda mais penetrante Mas há momentos em que
a verdadeira devoção vai além do trabalho vai além do que se vê na superfície você é uma jovem muito bonita sabia disso eu congelei o tom de suas palavras de sua voz agora carregava algo que eu não estava preparada para enfrentar ele inclinou-se ligeiramente para a frente e de repente tudo ao meu redor parecia girar em câmera lenta Padre Astolfo por favor o que está tentando dizer a minha voz saiu fraca quase um sussurro como se eu já soubesse a resposta mas não queria acreditar AST ofo sorriu mas o sorriso agora não era mais acolhedor
era de alguma forma possessivo malicioso ele se levantou e deu alguns passos em direção à janela ainda me observando como se estivesse medindo cada palavra que eu dizia eu pensei que poderia confiar em você Clara Você é uma garota inteligente mas a momentos em que uma relação de trabalho como qualquer outra precisa ser mais íntima eu posso te dar muito mais do que esse trabalho podemos ter algo muito mais profundo algo que você não encontrará em outro lugar o peso daquelas palavras me esmagou como uma pedra eu tentei respirar fundo mas a palavras dele haviam
tirado toda a minha energia ele não estava oferecendo um emprego estava me propondo algo muito mais sombrio algo que eu sabia que não queria e que não poderia aceitar a raiva e o medo começaram a se misturar dentro de mim como uma tempestade que eu não sabia como controlar não queria mais estar ali não queria mais ouvir aquelas palavras sujas e dissimuladas o padre Astolfo tão jovem tão charmoso estava de alguma forma tentando me manipular para algo que era completamente fora de lugar fora de propósito Eu não me movi por um momento mas Finalmente consegui
com a voz trêmula e a mente Ainda tentando processar o que estava acontecendo me levantar eu não quero isso Padre Astolfo disse com firmeza agora com as lágrimas começando a se formar mas sem deixá-las cair não quero nada disso eu só vim aqui para trabalhar como qualquer pessoa se o senhor não vai vai me dar essa oportunidade então não tenho mais nada a fazer aqui o padre me olhou por um instante como se não Esperasse essa reação então sem mais palavras virou-se e saiu pela porta sem me dizer mais nada eu fiquei ali sozinha tremendo
quando finalmente saí dali a porta se fechou atrás de mim com um som abafado e eu soube que não voltaria mais eu não queria mais nada daquela Paróquia nada do que ele me ofereceu eu não sabia o que fazer a seguir mas uma coisa estava Clara eu jamais permitiria que alguém me tratasse daquela maneira novamente eu tinha algo mais importante para fazer do que atender à vontades de um homem disfarçado de sacerdote eu não era só uma jovem buscando um emprego eu era uma mulher que não permitiria ser usada mas a necessidade falou mais alto
voltei para a paróquia chorando o padre estava sozinho no escritório e com lágrima nos olhos sem dizer uma só palavra cedi para stolfo permiti que ele me usasse eu sei que foi um momento de fraqueza você é uma jovem muito inteligente ele dizia além de muito linda aquelas mãos abriram caminhos profundos dentro de mim coloquei as mãos na parede e não encarei tudo que eu queria era que aquilo terminasse logo o padre parecia faminto ia com tanta sede ao pote e não parecia saciado você aguenta ele me perguntou balancei a cabeça afirmando e ele entrou
por trás tamanho foi o meu susto e dor que quase desmaiei nos dias seguintes depois de contratada o padre me procurava para se aliviar eu não poderia negar porque era o meu emprego que estava em jogo