Oi bom dia boa tarde boa noite pessoal a gente está continuando em nosso trabalho na nossa disciplina de História e historiografia da educação UnB hoje eu tenho privilégio de trazer a professora iamara e é professora e amarela tem no trabalho de militância o trabalho de estudos sobre história dos negros no Brasil e hoje ela vai dar o privilégio para a gente de poder fazer essa discussão aqui para nossa turma a professora iamara ela é pós-doutora em história pelo ppgh e é Doutora em história política pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro com estágio na
França na escola de estudos superiores de Ciências Sociais feito na cidade de Paris né mestre em história social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ e especialista em história do Brasil Bacharel licenciada em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e atualmente Ela é professora a grelhada três pela pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro aplique ministrando disciplinas como estar subvencionado é o laboratório de ensino-aprendizagem história história do Brasil 24 história política história Econômica história social do Brasil tem experiência na área de história com ênfase em história do Brasil história da escravidão
no Brasil morte de escravizadas e suas doenças ensino de história história a história da cultura afro-brasileira na Educação Básica memória e patrimônio é coordenadora da pós-graduação e coordenador da pós-graduação em História e cultura afrodescendente da PUC coordenadora do pibid da história da PUC e coordenadora residência da residência pedagógica a história da PUC e também é a professora aprovada em concurso a esperança sua nomeação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro é este professor vai ser né Por enquanto ainda é professora do Instituto de Educação Carmela Dutra Professor EA Marmo a vir até a gente por
oferecer 10 minutos minutos da Oi para o nosso curso e aí eu passo a palavra para você a palestra o professor Fábio assim a fazer imenso Na verdade é um privilégio não vai ter recebido esse seu convite mas assim a nossa convivência é lá no Instituto de Educação Carmela Dutra acho que foi muito positivo nesse sentido né acho que nós fazemos hoje trabalhando com o ensino de história e formando novos historiadores novos professores que vão atuar nessas formas né num futuro muito próximo isso me enche de orgulho né de honra de te ver assim né
ocupando esse espaço que é um espaço super importante de informação né de intelectuais né seres pensantes que nós pretendemos para o nosso país Então acho que você assim foi uma perda né Colocar nela do outro sem sombra de dúvida eu tava falando isso outro dia professora Ana Maria Monteiro da UFRJ uma perda muito grande para nós mas certamente foi um ganho incrível nessa gente pensar não só né O salão Onde você está hoje nas lojas manutenção no Brasil porque a partir daí né esse o que você tá formando está colaborando na formação eles vão atuar
em diferentes lugares então a gente espera né gente sabe que isso vai ser muito positivo a gente espera que esse nós falamos vamos lá que eles consigam voar eles vão para muito mais longe não é para isso a gente trabalho então é um privilégio muito grande estar aqui acompanhando todo esse teu Nossa sua trajetória sucesso muito feliz então para mim na verdade aqui ó privilégio né dispara aqui tem convidada com você para falar um pouquinho né os seus alunos então enfim né como o falou foi a Mara né tem que trabalhar do já bastante tempo
a minha base é a escola pública Escola Básica Educação Básica daí que eu vem tanto na minha formação pessoal quanto profissional e eu levo um pouquinho disso é claro né para Universidade Então já há algum tempo tem pensado né estudando história da escravidão no Brasil e suas relações com o mundo Atlântico é claro a educação é algo que sempre perpassa essas questões então quando a gente olha para a sociedade Brasileira hoje é nós conseguimos perceber é muito estimulações com a sociedade escravista é que perdurou no Brasil por mais de 350 anos é tendo sido o
Brasil último país a abolir a escravidão nós vemos ainda hoje é muitas marcas né que foram forjadas lá naquela Sociedade do passado tem uma delas tá com colar da própria educação então por exemplo algumas minha ções alguns pensamentos acerca da população negra né são muito negativas e com relação também a população Africana e as suas diferentes etnias diferentes países é tem muito a ver com esse processo de utilizaçao Aonde esse indivído é que foi escravizado né que veio óculos a saída forçada do seu lugar né que perdeu família perdeu filho esposa vai perdeu humanidade é
porque eles eram majoritariamente animalizados dia desse processo de escravização eles perdem até mesmo a sua identidade ai calma se perde o nome e aí recebe em outro nome que eles nunca ouviram Possivelmente que é o nome é português ibérico dentro de uma cultura católica muito diferente daquela que eles conheceram isso é extremamente violento claro que a gente não comparar o modelo francês né plástico lojas francesas ao invés de nome no batismo né esses finalizar você seguir uma Marta a ferro quente no seu corpo né que tava ligado esse número tem receber o número do comprador
né do seu futuro senhor era uma forma aí de tentar né saber quem pertencia Quem então é muito cruel né se parar para analisar os danos psicológicos em som gigantescos né porque tanto a dor física EA marca do ferro no corpo quanto a dor de perder tudo que você possui Inclusive a sua identidade e para Além disso né você recebe um outro nome né tendo em vista que a identidade Eu acho que o nosso nome é o primeiro contato que nós queremos com essa identidade cortada Né desde os primórdios desde o momento que a gente
essa é a gente observa que por exemplo uma criança né ela não sabe falar mas se arranja no nome ela ela sabe que que se refere a ela e mais nela sabe que Dependendo da forma como a mão e fala uma página é nada ou não tem interessante perceber né na criança então vocês Imaginem por um adolescente porque aí nós temos lado muitas crianças foram trazidos nesse processo de escravização mas majoritariamente são homens que vem entre 14 e 30 anos porque idade mais produtiva que esses homens têm a força necessária para atuar naquilo que esses
senhores e queriam aqui é aí na rolou cultura inicialmente na produção açucareira posteriormente a do café que é que eu trabalho diretamente que é o Vale do Paraíba Fluminense bom nesse né porque eu tô falando tudo isso porque toda essa contextualização ela tem muito a ver com o que vai sendo construído a cerca é de se pensar esses corpos e mentes negros e Oi e aí daí surge a questão né que foi validada né consolidada também por uma uma visão médico me dizer que o escravizaram africanos né sente menos dor porque ele é incivilizado tentar
justificar a escravidão porque na África não havia civilização e eles trazendo é a gente fosse por meio da escravização eles estariam muito melhor do que lá nos seus países né a África o que estaria ocorrendo com copos Civilization E aí né a primeira pergunta que civilização é essa né que oprime que violenta a que escraviza ao Isso é ser civilizado né A primeira pessoa que a gente pode pensar mas essa é a justificativa principalmente né depois né surgimento aí do chamados filósofos iluministas eles vão tá defendendo isso também a ponte lógica Iluminista Comecei a ler
para entender esse processo esse pedido Estão dizendo que existem o que existem raça superior e inferior e a medicina do século 19 Ela vai corroborar para me emprestar pensamento Então me escravizar Sabe aquele segundo o médico que eu pesquisei que se chama Jeová tchau Porto Velho por isso que eu fui fazer né com o auxílio de bolsa né da Capes para fazer uma pesquisa né vinculada à a escola de Altos estudos em Ciências Sociais em Paris né eu fui fazer essa pesquisa e conseguir essa bolsa distante porque esse médico ele é francês vai fazer bem
para o Brasil né ele chega em 31 justamente no ano em que a primeira lei do fim do tráfico ela é prolongado e Três anos depois quatro anos depois Ele publicou seu primeiro manual sobre doenças de pretos a e nesse manual né ele vai falar sobre a capacidade intelectual desses escravizadas Então se construiu um pensamento que em certa medida eu chego até hoje de que esse africano e seus descendentes é claro como eu né sou descendente de Africanos não só capazes intelectualmente não tão capaz eles não podem aprender Qual o médico que eu estudo ele
vai dizer que isso se dá pelo fator biológico porque um africano tem cérebro palavras dele né menos a ou cargo do que o branco ele vai utilizar vários aqui dentro da Medicina medicina conseguia naquele momento tanto internacionalmente e nacionalmente por que muitos médicos brasileiros estudaram tanto em Paris concluindo atelier Lisboa né droga Universidade é um dos filhos desses primeiros senhores né dos Cravos que enriqueceram muito redes traficante a estudar eles estão se apropriaram desse conhecimento se você tá medidas sol ressignificando para entender a sociedade no Brasil essa imagem de que o negro não é capaz
de desenvolver se desenvolver que ele comente né ele não tem capacidade cognitiva isso vai sendo construído ao longo da história foi construído E aí é claro para gente entrar na questão da educação a gente ainda né percebe ainda hoje por exemplo tive o aluno né da escola básica a primeira série do Ensino no México é que onde eu tava discutindo essa questão da importância de se fazer Universidade né E aí ele vai dizer o seguinte eu falei eu acho que curso vocês querem fazer Rico se você quer fazer menino jovem trabalhador que era noturno na
escola Talvez o padre conheça em Cascadura ela fazia quando estava dividida não tinha conseguido ficar só no Carmela naquela época da volta também aqui em Cascadura e ele vai dizer professora faculdade não é o pobre e aquilo me chocou a clicar no século 21 esse menino dizendo isso né menino tão jovem e eu fiquei separou aquilo né que ficou na minha mente durante muito tempo isso que ficar dizendo isso e é isso um dia saindo da escola né olhei para frente em frente fica o prédio da Souza Marques que é uma faculdade particular que têm
curso ligado à Medicina enfermagem majoritariamente os alunos são poucos então aquele menino que entra e sai daquela escola pública fica em frente à universidade ele só vê indivíduos brancos ali entrando e saindo É lógico em um lugar para ele aí eu falo uma pera aí não era eu eu sou preta eu fiz a universidade de uma universidade pública federal federal Rio de Janeiro e aí ele fala para mim você é tudo bem com a pessoa quer não tem como ligar não tem como olhar para mim as cobras eu falei né um pouco né Vocês não
faz Rio de Janeiro Rio de Janeiro dividido né Zona Sul que alugar majoritariamente de brancos ricos muito ricos zona norte nós temos uma mistureba Mas tem uma população negra né significativas o ano Oeste muito mais negros Baixada Fluminense muito mais negros o nós teremos essa divisão geograficamente marcada pela condição econômica e também oficial que está ligada a esse passado escravista tá ligado e ele diz que não era pobre foi bom se eu fosse rico eu estaria morando aqui no subúrbio do Rio de Janeiro em Madureira né E aí ele parou para pensar é de provocação
para esse é tão dizer para ele que a capacidade intelectual não está ligado aí a questão Econômica é claro que ela vai ajudar Em alguns momentos a gente pensa com a intenção de alguns indivíduos na universidade tem que passar por um processo seletivo onde somente Alguns vão a aqueles que tiveram acesso a melhores escolarização a escola integral falando dois ou três idiomas como nós temos alguns casos de escolas aqui no Rio é claro que esses indivíduos estão na frente mas isso não em viabilizou por exemplo a minha entrada que sempre três Cola público eu tenho
que estudar um pouco mais do que os outros lá não é mas o que eu tava querendo demonstrar que eu tô querendo falar aqui é justamente como essa essa construção né relativa ainda ele qualidade da população negra ela vende muito antes do que a gente tá vivendo hoje é que nós que atuamos então na educação ainda brigamos muito por uma Equidade casal que infelizmente no Brasil Ainda não chegou mas a gente nunca para isso E aí eu essa essa visão e esse pensamento e esses estudos acerca da água do adentrar escravizadas e liberte mundo da
Educação no domínio de códigos de leitura e de códigos de escrita eles ajudam a ressignificar esse olhar mas é isso que a gente tenta fazer a partir dessas é adentrando no mundo mergulhado no século 19 e tentando destruir né a partir de fonte de e como é que esses escravos africanos crioulos libertos homens e mulheres conseguiram ter acesso a educação porque nós temos aí uma Marlete 37 i é a primeira lei geral de educação no Brasil é de 1827 dez anos depois nós temos ali número um né e o decreto nº 15de 39 que vai
falar vai versar sobre instrução primária no Rio de Janeiro e essa lei ela vai ser muito claro dizendo quem pode quem não pode estudar um africano mesmo livro na poderia E aí a gente nessa nossa 37 posterior a lei de 31 Olha como está vinculado né E é claro isso dificultaria ainda mais o acesso desses africanos ao mundo da escrita se a gente pensa que quem domina a escrita a leitura é quem tem o alto letramento que o letramento além de dominar os códigos nem saber de escrever ideia é como divido ler o mundo como
ele se apropria né de diferentes questões culturais políticas jurídicas e como ele intervém a sociedade nós sabemos que a relevância que tem o saber ler e escrever dominar Esses códigos né Podem ser fundamentais e os gregos sabiam disso eu vou tentar né mostrar para vocês através desta pesquisa se o leite 37 - seu artigo 3º a diz que escravos e pretos africanos mesmo que possuem eu não poderia frequentar as escolas Onde estão ligando aí o acesso desses lúpus a escolas formais foram do lado nós vamos ter escravos é que a contar por diferentes autores tem
um livro que eu queria trazer para vocês e vocês não conhece dá para ver Fábio próximo 1 eu sou vaca que os autores né Essa essa coleção que são as com expectativas educação escolas em cima de um Brasil escravistas eles trazem diferentes pesquisas diferentes estados no Brasil é como esses indivíduos eles conseguiram é ter acesso ao códigos de leitura e de E aí é uma coisa fantástica pensar que dentro desses tem escravistas escravista dessa sociedade extremamente hierarquizada né discriminatória eles conseguiam descer em certa medida Se apropriarem desses desses desses símbolos e signos né Para Além
de ler e escrever eles conseguiram E também o mundo tá assim um documento que eu eu acho Fantástico mas ele é um pouquinho posterior essa lei porque a lei de 54 ela vai dizer que africanos podem estudar desde que não tivessem né doenças contagiosas então ele tinha que ser vacinar não sei sim e a gente sabe que todo o processo para isso também de mandar eu consegui uma forma também de dificultar a entrada desses indivíduos O mais incrível em todos os processos que eles aprendiam a ler e escrever para além disso a gente pode pensar
eles aprenderam a lei do próprio colonizador a língua do colonizador a seguir os comunicar nós temos aí no Brasil todo grande guarda-chuvas linguísticos africanos né que é o bairro vamos dentro desses dois guarda-chuvas são vários dialetos então assim que não era falado no século 19 nenhuma nesse dia o português com a gente de hoje porque nós temos os portugueses de Portugal nós temos outros estrangeiros que vão pagar franceses alemães vai que estão todos aqui pessoal Rio de Janeiro corpo do Rio de Janeiro é só mais esse mundo da escravidão Urbana que estão interagindo fora os
diferentes dialetos africanos que vem mas eles conseguem se articular de tal forma e consegue dominar Esses códigos eles aprendem a língua do dominador E além disso eles conseguem entender a legislação estão avançando um pouquinho no tempo saindo lá da primeira metade do século 19 e no final 19889 especificamente Dezenove de Abril é de 1889 uma condição de libertos de Paty do Alferes que é uma cidade né vizinha do Rio de Janeiro faz parte do Estado de Janeiro mas não é município do Rio de Janeiro tá aonde teve aonde a produção cafeeira Pois foi extremamente significativa
se formaram os grandes Barões do Café portanto muito ricos proprietários de terra e de muitos escravos e nós temos essa condição de Liberty são sete homens negros é escravizados eles são libertos são libertos são escravizados e pensar essa condição de vista tão importante porque nessa nessa sociedade escravista uma vez escravizadas o cara nunca leva se tornar livre livre o branco e eu e os seus descendentes nessa sociedade que a gente está falando aqui nesse momento é é mesmo comprando a sua liberdade comprando só ocorria ele não se torna livre história liberta essa condição jurídica é
muito importante para nós entendermos essa aí era a fixação da sociedade que vai ter Eu acho assim pensando né que vai ter um problema Seríssimo quando o Brasil só arrumar República né OK Todos deveriam ser cidadãos até que ponto e aí tem outro livro também que já é muito conhecida a historiografia que o nome dele é quase cidadãos é aonde liga esse lá se inscreve o primeiro capítulo aonde ela vai Justamente problematiza que cidadania é essa que esses antigos escravizados ou essas pessoas que estavam ligadas alguns da escravidão realmente tinha e qual o sentido de
educação para esses indivíduos tanto né Período anterior a primeira metade do 19 a metade ou já no finalzinho do império já quase o Brasil se tornando uma república e aí essa carta que eu tô trazendo pra vocês né documento histórico que eu acho riquíssimo né que 50 hoje depositado na casa Rui Barbosa aqui no Rio de Janeiro tá disponível na internet para quem quiser acessar esse documento que é importante também vocês olharem ciumento vocês visualizarem a letra caligrafia como esses como esses esses indivíduos estão se colocando Elton net ameaça Eles não estão sendo amistosos Mas
a gente pode pensar que ao selecionar em uma determinada as palavras para falar com ninguém menos do que Ruy Barbosa e não por acaso eles estão escrevendo aposta em Barbosa a gente tem um Jornalista abolicionista foi o cara que esteve envolvido todo o debate da lei de 1871 então todo o debate anterior Arruda voz está no presente então a lei é um aqui o fundo de emancipação e esse fundo emancipação deveria deixar cinco porcento né você arrecadar é para os filhos desses escravos acho que passaram a ser chamados engenhos então eles não são nem olha
aí já se cria uma outra forma é de se nomear esses novos indivíduos eles não são mais escravizadas a partir de Vinte e Oito de Setembro de 1871 essas crianças são livres mas aí pela letra da Lei e passam ser chamada 100g não por acaso né Não por acaso é uma coisa também Tipo C e A Gente olha a lei a gente ver também que a lei beneficiou em certa medida não é muito mais proprietários do que ser avisados né essas crianças ficavam sobre a guarda do Senhor da mãe até os oito anos de idade
podendo ser considerado até os 21 e é isso aí será que não gato quantia né Vamos certo o status quo na forma de tratamento e para Além disso essas crianças não sabe as crianças estradas ela já trabalhava com as três quatro anos que nós é um de obra considerada por esse luz então é uma forma também né garantir que essa escravidão emagrecer muito tempo era isso que se pretende a questão do letramento nessa carta especificamente esse set of Liberty vivendo tem experiência desse mundo da escravidao eles vão requerer para seus filhos que eles não estão
falando de ser pedem para seus filhos o direito à educação Ah e eles estão escrevendo para Rui Barbosa porque ele julgam que Rui Barbosa Nesse contexto seria a pessoa o político que poderia contribuir o Poderia ajudar os estão mobilizando o indivíduo sujeito dentro da sociedade escravista que era altamente reconhecido nacional e internacionalmente e que ver se fosse debates sobre a lei do bem bonito e é uma questão importante que eles vão Deus cinco porcento é que foi lá instituído pela Leite teve um fundo de participação nunca foi utilizado nós exigimos que agora seja utilizado para
educação faço saúde porque nós sabemos que vou tá rodando Olha isso né tinha acabado a gratidão o rappi escreve - 1 ano e 11 meses depois da assinatura da Lei Áurea começar a carta escrita e assinada e alguns meses antes da República mas até esse momento eles não sabiam porque ele fala assim terceiro reinado as imagens vão além eles vão dizer E aí a questão da participação dessa população no processo de né de libertação Joãozinho não foi a rainha aqui nos deu a liberdade e a liberdade foi conquistada pelo povo que é o corpo nesse
momento mas eu quero nem que são presos traficando Os descendentes de Africanos ele se coloca no papel no papel de protagonistas ela pergunta para você sente momento nós vemos isso na nossa vida enquanto estudante e que livros didáticos só aparece ó e esses caras eles são letrados eles estão escrevendo para um indivíduo que não é qualquer indivíduo dentro do império foi importantíssimo politicamente dentro do império nós falamos de Rui Barbosa até hoje você joga Rui Barbosa no Google aparece sem penas nerd de publicações eles escreveram a carta chegou a arte está lá na casa Rui
Barbosa hoje e eles estão exigindo educação outro documento que aí o vulcão um pouquinho é 61 de 861 é recentemente descoberto pelo Historiador Flávio homem que foi meu supervisor Qual foi o professor tá com muito por sua negro que eu tive na Universidade Federal é aqui do Rio de Janeiro né com documento que ele ele acha é ele ele é localizado no fundo Secretaria de polícia e depois trava um Arquivo Público do Estado do Espírito Santo ele foi escrito em vinte de agosto em 1261 é um documento a um delegado da cidade né ele vai
desfile e o aprisionamento de um quilombola 31 que uma bola e aí todo mundo sabe que não é aquele escravo fugitivo é o que fugiu da escravidão né para reconstruir a sua liberdade né para construir uma Liberdade ainda que imaginava porque a sociedade era escravizar é uma sociedade escravista mas os quilombos são ponto aí de resistência de momento de guardar diferentes saberes das populações ancestrais não só saber demais culturas religiosidade e eles vão Claros ressignificando tudo isso na medida do possível e nessa nesse documento do Espírito Santo esse quilombola ele carregava consigo uma bolsinho Nossa
colo e dentro da sacola recolher aqui para vocês querem não acreditar mas eu acho que uma pasta o folheto da se julga coleção de cartas para meninos aprenderem a ler é uma cartilha dos pedaços de contente de ortografia e translados de liberdade e aí eu pergunto para vocês nossas cara tá fugindo da polícia e ele leva consigo ele não solta do corpo Então para que ele é preso né com a bolsinha lá com todo esse com toda essa documentação que eu tô falando para vocês e é só que a gente imaginar E poderia levar como
se qualquer coisa dinheiro é uma faca alguma coisa para sobreviver alimento mas não está dentro dessa bolsa tá ligado ao mundo da do mundo do letramento das Letras e o que que esse cara esse quilombola dinheiro como é que ele tem acesso a isso ele guarda isso como se fosse um grande tesouro que ele foge e leva consigo toda essa documentação né e mais do que isso de ligar para muito preocupado não porque não quilombola fugitivo e tá muito preocupado porque ele leva consigo E aí aparece né nesses documentos o meu depoimento de um indígena
que diz que ele ensinava ela a ensinava a escrever as primeiras letras por essa mulher indígena e aí a gente pode começar a relevância de saber ler e escrever para esses indivíduos pede tinham contato o que estava acontecendo no mundo da legislação aqui um casaco com é que esses ex-escravizados libertos de partir de ao fat já sabia o que a leite de 71 tava dizendo que cinco porcento redução de emancipação deveria ser voltado para esse singelos e uma vez que não foram utilizados sair de propõe é uma proposição deles ele esse dinheiro deveria ser utilizado
pela educação dos seus filhos e eles não estão solicitando pedindo por favor eles estão exigindo quanto tagonista desses indivíduos e por aqui se os nossos alunos do ensino básico tivessem acesso a essas informações essa documentação porque a Grécia a primeira documentações documentos a carta médico pode citado por Humberto Machado professor dar o planeta Albuquerque que era a última Fábio Gomes que ela vai ter Joaquim Alexandre neto da Oeste algum momento já conhecido nós temos coreografia O que que ainda não chegou nos livros didáticos Qual o medo o qual ameaça que ainda existe em saber é
o ter um alto letramento população negra hoje no Brasil gira em torno de cinquenta e sete porcento última última pesquisa que eu fiz só que sendo maioria Quando nós olhamos a evasão escolar que começa a acontecer a partir dos 14 anos que é a idade de menina pode acontecer uma gravidez precoce Mas pode também ser a questão Aonde eles precisam trabalhar eu quero e se vestir determinada com os pais não podem prover Então essa faixa etária que nós temos a maior invasão que ao ensino médio que ele Fábio né fala o trabalho durante algum tempo
eu ainda trabalho então nós sabemos também olhando as escolas públicas aqui no Rio de Janeiro e boa parte do país nós temos mais detalhadamente alunos negros para o pau neles ou pretos e pardos da pele nessa o fenótipo mais claro ou mais escuro eu posso só pretos eu acho que se queria hierarquizar né conta do fenótipo né pa aí ele é mais clarinho marrom bombom com todos os negros todos eles advém de um mesmo passado né E tá voltado para essa escravidão aonde o domínio Como era a educação é estava nas mãos de muito poucos
e mesmo sendo impossibilitados de terem acesso ao mundo das Letras por mal esses indivíduos aprendiam a ler escrever vou pegar agora um exemplo né de uma mulher que foi abolicionista né menina dos Reis Sim a gente combinou de falar assim que eu fiquei tão empolgado que que a gente não vê que a gente não via O que é uma coisa que eu tô citando com os meus alunos se não fosse essa o desenvolvimento dessa está a de baixo e é a história que a nova história nem o quanto é importante é um governo Progressista como
com todos os problemas que nós tivemos mas o governo como foi é a do partido dos trabalhadores que possibilitam uma discussão e entrada da história é afro-brasileira nos currículos o ensino médio é assim o o momento da história e um contexto de um governo Progressista possibilitou isso o que vai me levar outra questão que eu vou fazer só no final sobre o atual governo Mas é você comentou essa história é de nego estava fugindo e eu vim me ver a minha cabeça Um clássico da literatura que é Os Miseráveis do Victor Hugo ela eu não
sei se você conhece já viu Já leu é caramba é o Jean valjean fugindo né e um delegado que passa a vida inteira atrás do Jean by Jean porque a única preocupação do Delegado é prender um cara que uma vez robô vai ser ladrão a vida inteira e a preocupação a estrutura da sociedade do jeito que estava me odiando hajam representar uma mudança porque ele deixou de ser ladrão ele inclusive se tornou em determinado momento da história o e a preocupação do Delegado Era Aprendeu o cara no final delegado como é um ponto E aí
e ele percebe que não entende mais a sociedade eles se mata quer dizer essa essa é a história que você contou caramba uma história é dos Miseráveis Porque pô esse negro com toda preocupação que ele poderia ter que tá preocupado com o seu auto conhecimento no desenvolvimento da sua educação e as pessoas estão o caramba que história fantástica que hora dava um bom seriado no Rio né uma boa história mínimo da série nosso meio viciada em que ainda não vi esse Os Miseráveis não consegui ver ainda existe Miseráveis tem várias versões né É difícil de
filme é baseado nesse clássico do Victor Hugo é então assim é parece essa história parece sabe é incomoda né aqueles que estão vindo de baixo são visto aí por aqui no Brasil sydnei falou que já Conta isso naquela esses medos Essa sociedade né então visto como que é as classes perigosas né por isso aqui no Rio de Janeiro então o samba né o capoeira é somente ao banda conseguidos porque eles eles incomodam que é tudo que vem na África né Igual eles podem possibilitar aí né uma mudança nessa sociedade que se pretende tornasse Europeia e
o que se pretende ali né era quando eles começam a entender aqui tá precisando modificado se pretende tanto é que os imigrantes começa a trazer Imigrantes europeus nega tentativa de que de desse Passa esse fenótipo negro até que ele pudesse assim por várias discussões Não é ele é que os políticos né para saber cor tu é que não seria mais preto no Brasil é felizmente até hoje estou aqui graças a Deus né assim os casos discutiu seriamente essa questão é algo que incomodava porque eles queriam que o Brasil se parecesse com a Europa nunca e
se você não for milhões escravizadas para cá então como é que de uma hora para outra você vai transformar isso não é assim né E por ele é o quilombola é um cara que não aceitava de morrer os seus filhos deles é um caso que o Sidney chalub Rita no livro dele da mãe que mata percebeu que aí você tá ouvindo né todas as suas estão rolando ali entre o senhor porei as propostas o senhor tinha né economicamente ele não estava Bento como é que ele vai fazer dinheiro entendeu se tiver vontade estavam muito muito
dinheiro e ela percebeu que ela é ficar sem filhos então ele ficar sem ver os filhos a vida toda ela frescar preferiu matá-lo se matar só que na hora que ela tava tentando suicídio alguém chega né e pede aí fico imaginando aí felicidade nessa mulher foi que houve com o facto de ter matado os filhos e não ter sido bem-sucedido que ela vai presa mas o senhor disse que não que ela podia ser sopa porque ela não estava em seu juízo perfeito enfim ela volta porque ela vale muito mais trabalhando do quê presa então para
Essa sociedade né o escravizar tem um valor inestimável é isso beber nessa ordem o perigo iminente com esse cara é ali que você quilombola ele tá dominando os códigos de leitura e escrita pode pode ler jornais saber informações por exemplo principalmente depois dos Malês que assar ela essa rede 37 São dois anos depois da Revolução dos Malês né Haiti 9:18 início de 19 já era um problema Seríssimo é o Pedro branco da onda Negra exatamente um plástico também é o medo O que é cale mataram todos os brancos tão medo é esse exatamente eles eram
maioria como aqui ó por isso essa essa violência gigantesca Só que os senhores começar a perceber que só violência não né ficou falar um pouco disso né só violência não não consegue manter o status forma ter uma ordem então para manutenção da ordem eles começaram a trabalhar outras questões então é permitir que se tenha família permitir que um outro compra sua liberdade ocorre liberto mas tudo isso depende da vontade do Senhor passar a minha formação de família morar fora da casa do senhor ou construir o caseiro e fora da Senzala com isso é também são
estratégias construídas para a manutenção de uma determinada ordem que se pretende A então quando a Lilian Soares né através da análise que ela faz de vários ou mais diz que negro é aquele subversivo e o preto é aquele obediente que se pretendia ter é isso isso vai aí é quase notificação se perpetua é uma forma de tentativa né desses desses dominantes dessa pequena classe dominante né dentro do Brasil esse materialismo alto que existia na sociedade escravista Então esse quilombola que criam cara o cara tinha coleção de carrinhos aprender como é que ele teve essa isso
né claro que a gente conseguir encontrar documentos que apontem para isso né e tinha uma cartilha então assim poucas pessoas tinham Castilho é o livro era muito livro hoje é caro sabe imagina lá com 19 e como é que se bola tinha isso claro pode ter sido né produto de troca sem contar que eles tinham a sobrevivência uma infraestrutura econômica e sobrevivência é muito gratificante gente pensa Palmares Palmares incomodava muito mais o governador de Pernambuco pelo fato das das comércio que eles começaram a articular ou pequenos Comerciantes e o que pelo fato deles fugir Quilombo
porque conseguiu um recurso a mão-de-obra muito facilmente naquele momento é uma cidade dentro de tudo é isso que incomoda não é o fato dos caras eles faziam um quem sabe eles vão cês Traz esse cara Estou trazendo consigo se vende áfricas tô falando lá fica no plural porque diferente eu utilizo diferentes áfricas né a gente às vezes olha para o continente tende a olhar né como se fosse um bloco concreto mas não é não é E essas etnias elas vão se ressignificando aqui né essa dica possibilitou isso num primeiro momento eles não conseguiam dialogar pensam
diferente de alerta eles eram inimigos a eles vão rir fazendo tudo isso isso vai ser um reconstruído né a ponto de chegarmos a uma linha com varias né coisa aqui com as outras teve Manoel Congo consegue se articular com diferentes fazer é são usados diferentes Fazendo se articulam uma rebelião mas não é claro se ele focado no meio de uma praça pública não é para servir de exemplo para os outros assim toda vez que um escravizado tentar subverter a ordem ele era puramente né violentava eu a pesquisa de doutorado Como trabalhar com esse médico eu
encontrei uma documento acho que não sei se foi no Diário do Rio de Janeiro não vou lembrar agora qual foi Jeová mas era uma denúncia feita Neto no médico né sobre um senhor que tinha comprado 20 escravizadas né então africanos recém-chegados e tinha levar para sua fazenda um desses 19 um desses vídeos ele começa a comer terra e o proprietário falou para você não pode fazer isso ele continua comendo ele desobedeceu ao senhor é pensar numa sociedade altamente hierarquizada patriarcal para o senhor fala no seu obedece para os criollos e para os aqueles que já
estavam né purpurados é com essa cultura que já existia ele já entendiam que obedeceram era sinônimo de não de repente Levaste o hard Mas isso recém-chegado ele não posso importar com isso aí continua correndo o que que o senhor a todos trabalho ia terra Fazenda em volta do Forno liga não primeiro troquei ir surrar os carros né E aí fala se quiser de novo isso aqui para que os outros também não desobedecesse e não adianta os fracos a continua comendo terra e ele fica ele faz ele junta novamente para Bahia Aí sim ele liga o
forno da fazenda e jogos escravizar visita lá dentro Oi Renata esse escravizar tome preferia perder o dinheiro que ele havia investido do que ser desobedecido porque esse toda a escravaria que era um número muito grande dentro da Fazenda dele começar subverter essa ordem seria um problema aí morreria ele toda a família só o que ele não esperava os outros 19 e depois do que ele fez de ter queimado vivo né aquele aquele homem ele escravizadas começa a comer terra também e ele mata todos os 19 e a gente fala gente holocausto né a gente fala
né tem que falar mesmo mas olha imagina o que foi né para isso escravizadas quantos morreram né por meio de uma violenta estarrecedor é e se matar umas vezes o enfraqueceram polícia do conhecimento ainda é um problema se a gente olha presente na escola Oi gente olha e relaciona escolarização com salários também tem uma grande né interferência aí quanto mais altas colonização mais altos salários mais possibilidades de emprego nós sabemos que a diferença salarial entre negros e brancos é quarenta por cento entre homens e mulheres né de homem branco mulher negra chega a 75 centro
para a mesma função é muito ele tem tá questão da educação ainda hoje é uma questão fundamental Porque quem tem acesso à educação o que pode permanecer a atenção das costas que entrou um debate pessoas concordam no concordam para além de tudo isso eu acho que tem que haver cotas sim não é porque se existir um além 37 que dizer que africanos ainda que lhe diz não podiam entrar na escola e é esse os caras aprenderam a ler e escrever né eu consegui na escravidão não há nenhum tipo de lei dizendo que esses indivíduos deveriam
ser inseridos na sociedade de que forma eles seriam inseridos aí nos belos crescimento das favelas no Rio de Janeiro é forma estarrecedora é uma expectativa um gigantesco de pessoas que não tenham demorar a nós temos a entrada de muitos imigrantes e eles foram assistidos pelo Estado e deveriam ser ter vindo de outro país para trabalhar aqui tem que ser assim teria o mesmo de assistir o tempo não tem problema foi o estado não assistiu da mesma forma esses indivíduos que deram por meio asiático aí tá o problema assim como os estrangeiros né os imigrantes europeus
que vieram trabalhar receberão incentivos receberam puder comprar terras e e o que que tu não foi feito também como os diferentes grupos africanos de 30 etnias africanas que vieram para cá principalmente no fim da escravidão não tem nenhum problema né Eu acho que o estado fez correto europeus fez isso com os africanos E aí está chegando já para violência né da sobrevivência de seus filhos que era a única forma que eles viam esse novo mundo nessa nova sociedade constituída a educação e de alguns saberes e hoje nós temos que ainda muitas famílias na educação a
possibilidade de ascensão social e quando é a é fundamental que ele viu meus irmãos permaneceres na escola e é que tou eu nem imaginar se né que eu poderia chegar no pós-doutorado nem eu imaginava nem eu imaginava isso Mas eles simularam em mim né o gosto pela leitura pelo estudo e eu gosto de pesquisar Lembro até hoje fica estimulando os meus alunos têm Educação na vida de mulheres que é E aí a gente precisa apagar isso de qualquer forma a gente luta para isso eu acho que essas pesquisas que demonstram que esses indivíduos Apesar de
todas as dificuldades né eles conseguiram aprender a ler e escrever entendendo a legislação e usavam isso né a seu favor pode ajudar a ressignificar a imagem que se tem com relação ao negro no Brasil é eu ia falando de Maria Firmina né que uma mulher filha de esse escravizada né primeira metade do século 19 que ela também aquela que vai submeter ordem sendo mulher no interior do Maranhão é vai estudar ela era autodidata e a maioria desses escravizadas né sobre os pais a gente tá falando aqui agora hoje né também eles são datas muito sob
é aprendido de ouvir o que ele tinha que acompanhar o senhor menino na hora da aula determinada aula ele estava ouvindo ele só virá sobre política porque quando as questões é o nome é Carla lá dos libertos para tirar férias tinham acesso essas informações sobre política sobre legislação e eu comecei a pesquisar E aí Claro o restrita ao que esse momento com a Deni permite consegui achar o primeiro indivíduo que assina a carta né que é o Quintiliano e ele parece coloca Preto questão da identidade ele faz questão de se assumir preto se é uma
questão muito importante a gente começa a pensar o que sindivisa tão preocupado com isso né E assina e a caligrafia dele é muito mais do que tá a carta então a gente transporte possa ter sido ele ou ter que pedir para alguém escrever mas ela está contando não tem como comprovar isso mas a caligrafia muito parecida não é e eu comprei dois utilizados né no mesmo ano esse nome é isso escravizar os moradores de Paty de Alferes ambos 16162 um era ali o Ferreiro e essa mesmo que nesse mundo escreve dar uma Ferreira ele tem
uma relevância tanto mais rápido mundo né quando aqui porque é o domínio do Saber muito específico né como Maria a trabalhar com fé portanto era um ofício muito o requerido e muito caro é um composto de ser valorizado sem contar que os africanos conseguiram conseguindo muito antes dos europeus na temperatura vocês formas em África e ela chegava entre 200 e 400 graus Celsius acima do que os europeus conseguiram então eles conseguiram forjar o ferro né com fogo e forte muito com a tecnologia é muito superior os europeus os europeus sua vão conseguir isso no século
19 eu estudei só não vale ai é esse livro aqui e fala sobre escravidão na África América Latina e Caribe também muito legal para a gente poder ter acesso a essa né e saberes ancestrais né de África mas o interessante e depois quando eu me perco né Fabi onde eu tava já me pedir a gente só falando sobre esse essa outra menina que era autodidata e é Maria Firmina e a mulher numa sociedade escravista me faz do século 19 ela vai se a primeira né nem arruma cisco brasileira ela aprende a leite levei ela vai
fazer o concurso para professora pública nesta cidadezinha do Maranhão São três pessoas disputando e ela passa torna-se a primeira professora dessa cidade né no interior do Maranhão palavra ter um carro público que é muito interessante pensar para Além disso ela vai escrever contribui para diferentes jornais vai escrever poesias poemas daí vai escrever esse romance e hoje todo mundo fala ficou durante muito tempo no esquecimento mas fez nem foi retomado né correr publicado Maria Firmina foi acreditar e ela vem falei para vocês que mostro tudo eu a mãe dela foi isso a e foi realizado e
ela mora numa casa que ela relata os seus escritos né mostra leite com mulheres então é a mãe é a tia EA prima Oi e a gente olha hoje para a sociedade brasileira né a gente olha para vender mais empobrecidas aonde fica a figura com a terra já virou até né questão de discussões não coloca eles nos dá a legislação também a questão da paternidade né espaço e não aparece na orelha certidões ainda dos os nossos ficam os brasileiros como se perpetuou né mas no modelo né matriarcal também tem haver uma relação mais profunda com
a sociedade ser minha mulher tem um peso muito grande E além disso ela tu é bonita mas quem conhece Maria pinna a onde está Maria Firmina nos livros didáticos e quando ela se aposenta ela não se incomoda porque Ela poderia continuar sobreviver com aposentadoria dela de professora funcionário público o que que vai fazer lá na escola mista que foi completamente inovador para aquele momento de meninos e meninas gratuita Ou seja eu sou podiam pagar para ela ter que estudar escolarização a Dora abre uma escola e aí a gente dia a relevância que Maria combina dar
o que ao processo de educação ao domínio dos códigos de leitura e de escrita porque isso que possibilitam maior letramento de leitura de um mundo lá que está em pleno elas mudanças é então é a chamar Essa Mina é um exemplo Fantástico para a gente entender essas mulheres não é que ela é convidar a escrever sobre o almoço sobre a morte a gente pega o romance e ela traz Humanidade para que todos eles eram nos ajuda a educação e diz assim caramba onde veio esse essa questão de acordo tá que o nego não é inteligente
que ele não é capaz de igualmente que não tem problema corrente foi construído propositalmente um às vezes podemos né porque quem tá lendo estudando acompanhando minhas pesquisas acho que o que que ainda permanece tão fortemente no Imaginário da sociedade sim Deixa eu aproveitar então essa deixa o mesmo que a gente já tá aí com uma hora de ir é isso porque a gente ia falar uns 15 minutos e isso porque a gente já bateu papo os 30 minutos antes de começar a gravar não é professor falar eu falo a muito que eu não tem conteúdo
que você assim fala muito mais porque ia bom a gente ouvir mas eu vou aproveitar se esse gancho para fazer umas perguntas que eu acho que seria interessante para a gente discutir aqui você falou da do caso da Maria Firmina e eu gosto o seu posicionamento else acerca do seu conhecimento sobre o assunto de cotas raciais não é porque a gente está atualmente com uma proposta inclusive de suspender de alguns políticos obviamente alguns políticos liberais que inclusive são pretos de suspender essas propostas de portas de cotas raciais não só nas universidades mas também no mundo
do trabalho aí eu gostaria de saber o seu posicionamento com relação a isso e eu acho que me programar porque dinheiro nela sabemos que nós estamos numa sociedade extremamente é discriminatória e hierarquizar por meio das Diferenças né fenótipos Nós vamos nossa cidade extremamente racista assim ah eu vivo isso no meu cotidiano e ela tá escrito na minha testa que eu sou o doutor opção entre algumas lojas o perseguida pelos seguranças eu não sou atendida em uma mulher branca um homem branco vai ser atendido assim do lado né e eu tô sempre continua sendo porque preta
e não se a gente vive numa sociedade escravista EA legislação não garante mesmos direitos que é é segundo a legislação segundo a própria todos somos iguais perante a lei o racismo e o que ficaria para você se não tiver fácil Nessas questões principalmente aí isso eu conversava muito comigo mas orientador de Mestrado me 40 todos os lados e Capaz os professores da unir ia aí e levar tem que ter fotos das empresas porque não vão na vaga e não dão e não dão vários tipos mais alguma outra professora de história também que na época ela
me arrumando pré-vestibular que eu trabalhava e aí ela me contando que tinha começado para Vestibular Já tava já tinha iniciado os estudos na UERJ e ela me contou que tinha e ela foi lá para mim colocar isso né E ela falou assim sou eu cheguei né mas tem uma colega edital Colégio Naval loja no shopping no Rio no shopping da Zona Sul aqui no Rio de Janeiro que tem e tinha uma vaga para vender loiro Oi e a colher coisas O que é né já que você tem uma filha pequena né a gente não é
meio período da qualquer conceda e começou a trabalhar uma coisa Dona na loja foi na loja e ela se ela não falou nada comigo só me olhou no dia seguinte ela foi mandado embora eu fiquei com ela amiga da gerente tipo essa menina aqui que é colocou para trabalhar ela ficou sabendo porque da dele fala se fosse eu colocar a pessoa você viria E aí ela falou se a você me perdoa mil desculpas mas ela disse que não quer Preto trabalhando na loja dela E aí preso que eu tô falando sabe é um preço que
tem a pele mais clara tem os olhos esverdeados e o cabelo comprido Oi e aí para a gente ir essa noção do que é ser negro no Brasil entendi é ela é linda e aí ela essa empregadora não queria Preto trabalhando na loja dela e essa que imaginava Dentro de algumas Universidade que nós sabemos que quem está dentro desse espaço que é um espaço de poder da mente dente classes né dominante pela ordem Oi gente olha todas as Universidades se nós tivermos sei lá os 57 por cento professores textos em todas as Universidades do Brasil
é muito eu tinha que levar ela a usamos era um dos Costello hoje eu já não sei mais o que fazer uma nova pesquisa Mas a quantidade ínfima de professores pretos dentro das Universidades no Brasil Oi e aí o concurso público só é subjetivo que você tem a prova aula entrevista em quais indivíduo que tá de deixar em Itatiba como intelectual potente pesquisador ou complemento homem preto que provavelmente vai trazer problemas a mala estava Mega nunca parece muito meu orientador também se falava sobre a senhora e eu tô pesquisando chegando então eu você eu sempre
você diz como Historiador aponta a gente show de você você gosta de militante o seu sorriso só mas o historiador também e ele falava isso colocaram Ricardo é isso né e é é isso de uma maneira muito negativa e não tem como dar para produzir cara faz pesquisa cara escreve para caramba escreve muito bem publicando livros A homens e mulheres mas tem sempre como com relação a essa pessoa que me perguntando as costas para além de permitir a entrada porque ela fala eu entrei não tinha tinha nem nada a debate muito incipientes mas movimento negro
sem trabalho de algodão e tentando É acho que o movimento negro aí tem um papel fundamental na nossa história desse essa luta é Oi gente colocar aqui no que foi possível não é uma amiga tão 9 dias Nascimento acreditar ácido da assembleia nacional constituinte da Constituição de 88 mas aí voltando à questão da para além da entrada desses indivíduos preços né Nós temos debates que surgiram na sociedade que as pessoas começam a falar de um tema aqui ó ninguém falar não tinha rapidinho no Brasil não precisa ser sociais e econômicas para E olha que era
um Oi e aí é as regras estão esses indivíduos ainda não conseguem ser percebidos como seres humanos capazes de pensar como intelectuais assim tava vendo mais revista do Edson grande intelectual brasileiro não não gostaria mas nego não você a gente tem que falar isso né Eu quero um dia poder não ter que utilizar né mas hoje ainda se faz necessário uma questão política e vai dizer nessa entrevista que o Brasil não perde para lenços no futebol negros né talentos do futebol para você mas para todas as outras áreas do Brasil presta a gente inclusive delas
inclusive para nós quantos talentos né para medicina para algum tô logia para engenharia nela falando com você do projeto da Paula Nossa colega aqui né que você colega aqui no Carmela Dutra né que cara tem seu lugar o projeto de foguete trabalhando o Cláudio competindo com meninos que fazer foguete é o Mocho né e assim mesmo com material reciclado a nós fala que ficou em terceiro lugar trabalho da professora Paula Rocha com seus alunos alunos do colégio estadual Lima Imagine se tivessem acesso né assim a pessoal aí não é a capacidade de isso não é
que a sociedade foi criando artifícios para não permitir a entrada desses indivíduos em determinados espaços Nós não precisamos de leis segregacionistas como og na África do Sul com ovo e nos Estados Unidos é escola Preto só colar Branco bairro isso foi queremos não precisou Ah mas traz fugido eu falei da questão do espaço geográfico a gente olha a gente de cor embalagem a gente pode olhar e ver esse bairro a bairro Grama Preto você vai ver preto circula assim assim somente que lugares eles ocupam e é por perguntar ao se algumas empresas não tivessem que
ser aquele um deles a gente já tem alguns bairros é alguns vários restaurantes da zona norte para cima principalmente a gente vê um versão Preto para cozinha an e você vê Pinheiros vez cozinheiros ajudar a cozinha mas no espaço público aos clientes alguns sequer um é impressionante a dentro da Universidade relação pode entrar nem falou sobre isso e e faz e o que entrar um detalhe restaurante e vê outros negros eu vejo E a e aí é algo que gostei o milho sensibilidade molhar nosso pão de um ano isso só com os olhos né então
eu acho que nem sempre entramos na universidade eu vou aproveitar só falo para fazer um mendigo indicação de filme para os meus alunos para vocês chamado American som não Então esse esse Eu terminei de ver fiquei eu tô aqui com a minha esposa e a gente terminou de ver ficou muito chocado o filme se passa dentro de uma don't Hold delegacia durante uma hora e eles não saem daí é uma hora dentro do roda delegacia você fala o filme é chato mas um discurso é tão bom tão bom que é uma hora ter negra em
um homem branco e é aquela é ela ela inclusive ela fala uma coisa que você fala aí que ninguém vê na minha testa que eu sou Doutora psicologia eu tenho phd em psicologia e tudo mais acontece que ela é casada com um branco Oi e aí o filho tem a questão do filho e eles estão ali porque eu filho tá sumido enquanto o pai tá achando a pouco ele tá com a galera com as meninas tudo mais ela que é preta pensando o seguinte não é filho filho é preto vai passar por um policial vai
ser abordado vai ser abordado de forma diferente então é todo esse discurso Você tem que ver cara ele é sensacional filme cara pega o dia de hoje e veja esse filme e a Mara vai ser segunda Rick Netflix a vai ser um filme que vai você vai usar os seus trabalhos com toda certeza e eu vou indicar junto com a sua palestra esse filme também por muito maior vou passar vou passar para fazer uma Mal pergunta aí para a gente finalizar o nosso o nosso trabalho e a partir de uma afirmação como fazer essa pergunta
a escravização foi boa para os africanos que vieram para cá é é isso é uma ou menos isso que foi feita pelo presidente da fundação Palmares E aí eu gostaria que você comentasse o atual momento é é certo essa é a Deixa aí para você fazer a sua fala final eu vou no início sucesso porque aí Alguns vão dizer né os europeus vão dizer nós estamos fazendo um bem para a população africana porque são civilizados nós vamos civilizadas Mas que seria civilizar seria amarrar e corrente colocaram navios superlotados pessoas semi-nuas que né é urinavam onde
ficavam todas as crianças acabam nascendo dentro daqueles navios com pouquíssima comida doenças várias né quando morriam eram jogadas ao mar e ao mesmo tempo ali né concorrente e as muitas vezes quando quando o é né começou a se tornar extremamente lucrativo esconde ter ido ontem com a Thaís está crescendo então é um momento Aonde tás pensando para um capital estão com o tráfico começou a se tornar extremamente lucrativo a escravidão ela se distanciar muito do modelo de Roma Antiga se torna outro modelo tiver da moderna e aí eu me perguntar se ele quer ir ele
vai colocar a E como ela vai ser no ressignificado em cada período de tempo você acontecesse a gente tem aí A questão não é essa só fatalismo que vai modificar completamente né a relação né proposta para escravidão Então se por exemplo a Igreja Católica né derrota levou a bandeira de Portugal dizendo que que é novos fiéis que a evangelizar quando se percebe que é muito lúpulo a questão de evangelização até por terra ele folga ele tinha-se convertido né 1500 vendeu isso tá bom depois ele não pode né E aí se modifica essa relação E aí
benéfica para quem o bolso de quem é ateu uma colher e colocar uma coisa vocês realizado dentro de um sistema que já faz parte de uma cultura tão escravizado na África e com cópia da Guerra né Podem Vim para cá dentro do seu país da sua cultura a questão da sua ancestralidade respeitado ele poderia ter os seus momentos é ele vai trabalhar a terra fazer aqui mas ele Itália outra questão ele se arrastado para o outro continente que ele não sabia nem onde era onde ficava como sobreviver Ela não vai comprar mais a natureza que
o amparava em caso de doenças né de mal está Que que eu vou buscar para curar algumas dores é claro que eles vão se adaptar e vão trazer muitos outros saber nessas Idas e Vindas mas sabemos também essa troca ideia fantástica de trazer planta sair daí o feijão e tudo que a gente tem muito hoje faz parte hoje na nossa cultura mas antes não naquela os primeiros escravizadas imaginando o quão pesado for para que ele sente liso que para além de todos os Sofrimentos e arrastado do interior da europeus eles ficam né no litoral Tal
só os próprios chefes africanos que Karen esses escravizadas pelo interior para o litoral E aí essa já existiu a pena eu acho que deve centro do interior da África para o litoral transportes que eram saímos na Bíblia ficar com ali até encher o máximo que eles podiam ensinar vídeo nessa espera mas tantos outros morriam na travessia outro instante e depois eu chegar até muitos outros não por acaso a gente tem o cemitério dos Pretos novos aqui e quando você aparecer durante muito tempo até que a dona da casa para fazer a ordem enfim achou ficou
recuperar né mas né E se for benéfico acho que foi benéfico para aqueles que conseguiram fazer Fortuna e cima desses indivíduos inclusive aplicar o próprio ó só que mesmo se a gente for comparar entre chefes africanos é isso né e o chefe do Peu certamente e a gente vê pela própria condição que se encontra Europa em relação ao continente os países africanos é que quando não se encontra Europa hoje economicamente falando e como a gente olha para os doentes do Zezé di Camargo no meu presidente da fundação Palmares do governo faz algum sentido e para
mim nenhum nenhum né coco posso pensar benéfico né assim a gente andou sendo preto é preto porque os não achar que é preto mas sempre pode não queria criado na mesma sociedade né ainda tem isso que a gente vê algo que não se vê em negros de estado para aquecer a população projeto de estado e essa questão é a mesma sociedade os modelos que ele tem de beleza de inteligência todos os mesmos que posso fazer ele não tem uma mente crítica se nenhum momento da vida dele né e parou para pensar criticamente sobre isso não
é o caso não é o caso desse indivíduo é a maioria da população brasileira vai pensar da mesma forma vai reproduzir o discurso colonizador uma grande grande grupo de estudiosos sobre essa essa questão Colonial II o europeu Branco ex uma mágoa que me mato não consigo mostrar para não dá [Música] pessoas papéis novelas né que são relevantes é exatamente o eu acho que a gente está ligada a esse negócio que ele tá vivendo da ciência Olha que é muito forte que a gente tem uma maioria não é eu sei que horas aqui na UFAM a
gente vai tá aberto sempre a fazer esse trabalho de quando tiver evento a gente poder te chamar quando tiver outro no rio porque a ideia a gente integrar pela cultura não perguntei matamento tem proposto governo tá então a gente com tecnologia consegue integrar pela cultura então Enquanto houver evento aqui e relacionado a história da educação aí relacionados para a educação do negro Espero muito que você também venha participar comparticipa muito obrigada Parabéns para você tá bom obrigado um grande abraço para você e até a próxima a