Amazônia: entre a vida e a morte - episódio 3

E aí [Música] E aí E aí E aí a floresta é ela é bem bem mãe né porque minha família viveu disso O pai foi extrativistas foi agricultor se minha mãe fosse ativista também né foi agricultora porque a gente sempre dependeu da floresta para viver Então para mim é a mãe né mãe que acolhe a se alimenta um tesouro natural devalor incalculável ao mesmo tempo imenso e frágil o que os indígenas né eles querem sempre a floresta de pé né porque a riqueza para os índios não tá tá ali no meio da floresta mesmo e

os povos que há séculos fazem da floresta morada fazem-se Floresta também é e na terra das águas os rios são caminhos [Música] se alargam no inverno amazônico o período de chuvas que vai de dezembro a Maio e se encolhem no verão amazônico tempo de estiagem de junho a outubro em Lábrea no sul do Amazonas fincou raízes às margens do rio por urso beijando o rio quando leito sobe bem distante no período de seca e e agora a gente tá saindo de Lábrea vamos pegar um bom trecho do Rio Purus para chegar até as comunidades ativista

que chama muita atenção essa ponte que foi criada para levar até o barco é uma árvore só imagina o tamanho dessa árvore na natureza e já estão sobre o Rio poroso mas o caminho ainda não acabou vamos [Música] e esse gigante se estende por mais de 13 mil km nasce no Peru serpenteia por Acre Amazonas para desaguar no maior rio do mundo o Amazonas [Música] e em sua moldura florestas e praias e os botos o diaves acompanham a jornada até a comunidade Nova Vista na reserva extrativista de canutama endereço de uma Amazônia ainda íntegra e

de 40 pessoas e a Mata testemunhou a história de Dona Tita no meio da floresta a alegria muito grande uma esperança né é da onde antigo tá tirando sustente por nossos filhos né a gente vai para o trabalho feliz de chegar lá já tá aquele produto lá né de dar que a natureza dá de graça né e a gente chega De tarde aquela Esperança né de sobreviver feliz em comunidade a nota das Árvores caiu o muro muro fruto O que significa sustento e trabalho para a comunidade Nova Vista só esse ano em banhados em meio

à floresta os moradores coletaram mais de cinco toneladas em e eu gosto de sair né bem cedinho comadre trabalhar aí coletar né que a gente gosta de fazer e a gente vai nisso né Passa o dia no mato chega 5 horas passa o dia trabalhando em casa agente traz produto né aí a isso é bom a gente sabe isso no mato Luzia aprendeu porque muita gente da cidade de se conhece que aqui na floresta a riqueza dá em árvore e eu tenho trabalhado bem né para sustentar três filhos não tem mais meus pais minha mãe

mas a gente vai vir né você acha que que é importante que a gente é importante que a gente consegue a floresta tão assim para todos né que estão a comunidade vai ser filho parente qualquer coisa É bom a gente cuidar da floresta a gente depende dela cê acha deve dente assim e Bem Além do Muro coleta Andiroba Castanha não gosto de tar em casa não gosta vai passar hoje na mata assim andando fazendo esse trabalho né que eu sou acostumado cada fácil é acompanhado de perto pelo Instituto de conservação e desenvolvimento sustentável da Amazônia

o Islã é e quando a gente faz um reforço junto comunitário a pessoa que tá aqui que recebe uma renda justa para continuar vivendo dignamente na sua casa no seu território sem precisar procurar um emprego na cidade onde ele não será valorizado onde muitas vezes ele vai passar uma necessidade na cidade que aqui ele não passa mas muitas vezes ele precisa sair daqui porque não consegue renda então ele se mantém na comunidade ele trabalha com que ele gosta de fazer ele é remunerado por isso né ele tem um valor que ele recebe por isso outro

presente da Amazônia para seus povos é Andiroba que se espalha pelo chão a Andiroba já usada há séculos pelos Amazônia das Né desde dos indígenas e principalmente depois com os ribeirinhos eles fazem o óleo de maneira artesanal então eles fazem um processo é que as Andiroba fermenta dessa Andiroba e list é um óleo interessavam para Praticamente tudo desde antes de entrar na mata eles passam na pele para como um repelente natural se alguém se machuca eles passam como cicatrizante É um cicatrizante muito forte Então hoje eu tenho cada vez mais estudos comprovando o que eles

empiricamente já utilizam as séculos ele é um É um cicatrizante natural um anti-inflamatório natural um antibiótico natural então assim desde dor de ouvido dor de garganta machucado na pele hidratação de cabelo hidratação da pele eles utilizam isso há séculos e hoje a ciência tem comprovado cada estudo que sai mostra que eles tem razão até Cruz e olha o à disposição no Balde é a segurança de Dona Tita remédio para toda hora feito por ela mesma em [Música] a natureza né a trabalhar com esse manejo Florestal não-madeireiro é de uma Preciosidade gigantesca porque a gente consegue

levar essa essa riqueza que já é conhecida ou ainda não é conhecida para grande parte da população que têm interesse a localização de cada árvore está no mapa para que os moradores saibam se houve Invasão na reserva para roubo de madeira em uma família aí tem baixo aqui a floresta tem 306 carteira é muita água entendendo a produção deles ecológica sustentável levando sol que a natureza descartou garante a sobrevivência da comunidade EA comunidade garante A Conservação da floresta Verde vai Cristóvão para a cidade chegar lá no teu emprego e o muro muro Tem muita gente

que diz assim amor amor ou é barato é barato é Mas se a gente for todo dia a gente consegue fazer um salário ali na mãe por mês né E eu fico feliz e feliz toda a natureza também porque é nesse trabalho que nem eu falei lá atrás que a gente tá sobrevivendo para levando a natureza e com medo tem uma mata dessa hoje nós ver a gente muito uma na mata grande mas Sara foi no sul de Lábrea não sou de canutama a distorção tá grande e o pensamento do homem é destruir [Aplausos] distantes

das cidades ausentes muitas vezes nos registros dos governos estão aqueles que permitem que a amazônia fresh seu serviço a toda a humanidade é para gente chegar até Lábrea já é é muito difícil para gente chegar nessas Comunidades a gente leva muitas horas é para gente que trabalha com isso é complicado acessar Então a gente tem uma realidade aumentada para tudo para educação para saúde é tudo muito difícil para chegar até aqui essas comunidades mas a gente precisa ter um olhar para isso a gente quando eu digo a gente eu digo o poder público mesmo né

gente precisa olhar para essas pessoas a gente precisa ser mais educação a gente precisa ter mais saúde e a gente precisa ter uma valorização dessa cultura porque por muitos anos e eu que me criei no Amazonas posso dizer que havia uma pessoa ser chamada de índia era extremamente ofensivo uma pessoa que é chamada de cá boca como a gente chama era era inaceitável hoje eu vejo que as pessoas batem no peito existem eu sou indígenas eu sou Caboclo eu vivo da Floresta tô trabalhando com isso eu não quero sair da minha terra a gente precisa

precisa cobrar muito intensamente para que eles se mantenham os Amazônia da se mantém uma floresta mas também com saúde educação cultura e isso infelizmente a gente depende do governo do poder público para isso Oi gente que exercita o direito de se manter firme onde estão suas raízes e assume para si o dever de cuidar da terra Dona Tita mesmo nem pensa em sair daqui e deve se reunir na cidade eu não gosto de nada que chega dinheiro que chegue a senhora se você quer dinheiro só está na cidade né chegou aqui Ninguém comeu comida né

Eu quero que a gente ia fazer a gente faz né E aí ir lá não lá medo lá até para dormir Eu nem dormi direito eu não vamos lá eu vou sair daqui quando eu morrer porque eu viva mesmo vai sair daqui da cidade dela eu desliguei sim é Tô saindo daqui apenas as sementes da vida que cruzamos distâncias para levar a Amazônia a outra geografia e outras vidas e em toneladas do caroço que antes iam para o lixo em restaurantes e lanchonetes agora ficam secando aqui nessas estufas por 15 dias para depois sair da

Amazônia e ganhar o mundo E aí E aí E aí [Música] E aí [Música] I will puro nos leva as entranhas da Amazônia SA e para admirar seus moradores ainda esse dão da samaúma e e a pequenez de cada inseto e [Música] um dos povos das águas II [Música] e no rio vemos Barrancos desabarem refazendo leito E aí e na margem a vegetação se transforma são muitas Amazonas é de barco a semente seguem para a cidade E aí ir para sede das Pax Associação dos produtores agroestat vistas da Colônia do sardim a passo é uma

associação né de agricultores que foi fundada em uma comunidade que essa que nós estamos aqui comunidade o sardinha né com o intuito de ajudar a própria comunidade porque eles tinham os produtos e não tinham uma organização para vender um produto com um preço justo e com adequada digamos assim às Comunidades né então resolveram se juntar um grupo de pessoas e formar uma associação que você se chama assim as pazes ela trabalha com agricultura familiar né os produtos da região ela trabalha com óleos vegetais também e aqui são quebradas separadas por mãos cuidadosas é prensada é

e escorrem o óleo vegetal de Andiroba EA manteiga de murumuru e quando a gente sair daqui a gente manda uma mostra era mente para a empresa que vai comprar nenhum diariamente empresa de cosméticos e ele fazia análise de laboratório para ver a qualidade se realmente vai servir porque eles querem bom E desde que a gente começou a trabalhar dessa forma assim com os olhos e com as manteigas nosso produto nunca voltou e a gente só tem elogios né só elogio então a gente que Kant i e quando se dá os frutos da floresta seu devido

valor nada é desperdiçado o Tucumã é a prova disso a iguaria é típica da região chegou a cadeia produtiva da associação há três anos toneladas do caroço que antes iam para o lixo em restaurantes e lanchonetes agora ficam secando aqui nessas estufas por 15 dias para depois sair da Amazônia e ganhar o mundo é e as sementes processadas Dão origem a manteiga de Tucumã Tucumã para liderar do quilo o muro também tá 43 e Andiroba no passado a gente vendeu 32 o filme pelas mãos dos Associados os olhos da Amazônia chegam ao Brasil e ao

exterior é mas acho que a minha Associação o modo geral fica muito feliz por isso né muito feliz porque a gente saber que um óleo natural né tá saindo como mundo inteiro né isso aí para gente é ótimo a geração de ouvidos também é uma preocupação por aqui a casca de murumuru é formada por uma substância chamada lignina uma das mais resistentes do planeta e aqui vira matéria-prima para uma solução criativa a estrada de terra na zona rural ganhou o calçamento natural a casca de murumuru permite que a água se infiltre no solo facilita o

tráfego sem interferir no meio ambiente nesse ir e vir de bens da natureza sobre os bens da natureza só em 2020 saíram das partes mais de cinco toneladas de manteiga de murumuru quatro toneladas e meia de óleo de Andiroba há 8 toneladas a manteiga de Tucumã e 20 toneladas de óleo de copaíba aqui na Associação aqui na usina a gente entrega em número as pessoas mulheres com as famílias entender pessoas que não tinha renda nenhum sua bolsa escola bolsa família né eles vêm para cá e tem uma renda extra então a gente fica muito feliz

a comunidade ganha as partes ganha com o seu produto né e com a colheita também as famílias que às vezes não tenho uma renda e quando chega a época da safra a eles a gente tá aqui trabalhando com ele a maioria aqui são mulheres que a gente trabalha e mesmo quando ele vai pro comunidade que são os ativistas a maioria são mulheres que vão e fazer coletas os maridos também ajuda os filhos mas a grande maioria mulher aqui a gente vê que a importância delas né como mãe de família porque a maioria é de família

E aí e nos territórios jamamadi Palmares o óleo de copaíba é retirada das Árvores sem precisar derrubar um galho sequer mãe da mãe da quem tira mesmo olho conhece a árvore que tem através do conhecimento mesmo né dá umas batidas sabe se tem olho não se tiver seco eles nem foram que não é para comprometer a água né que é que ela abre mais antigo Aí ela serve para reprodução dá-se médicos para dar uma Javas e o quilo de óleo de copaíba extraído custa 60 reais no exterior 10ml são vendidos pelo equivalente a 40 reais

o a associação recebe 32 reais pelo litro de Andiroba lá fora meio litro custa mais de 160 reais e e o trabalho da associação assegura a renda em toda a cadeia produtiva de óleos vegetais e tem mercado garantido tanto Andiroba quanto murumuru eles têm um valor de mercado muito grande a gente tem muitas empresas que têm buscado esses produtos florestais e tem buscado esses produtos vindos de um comércio justo onde toda a cadeia beneficiada é com o valor justo do início até o fim então essa comunidade especificamente ela tá muito próximo ao abra quando a

gente tem a gente tem a parceria com as pazes né as partes recebe apoio do projeto e elas passou hoje é a associação que mais produz óleos E manteigas então a um beneficiamento de várias comunidades da região e essa especificamente foi onde a gente iniciou tanto pela localização quanto pelo tamanho quanto pela quantidade de matéria-prima tanto de Indiaroba consumir é de exame cocô não planos de manejo e ele não madeireiro que é exatamente o o objetivo é levar a renda para assistir ativistas tanto madeireiro continuar madeireiro a união desses ativistas uma organização desses ativistas é

extremamente importante para o longo prazo né porque a gente vai muito isso por exemplo uma cadeia da copaíba o estrategista comercializando essa copaíba direto atravessador quando a gente iniciou o projeto os ativistas receber r$ 17 pelo litro da copaíba e questão de dois anos depois que é um Tempo muito curto Principalmente uma realidade Amazônica é aqueles ativista que recebia 17 já tava recebendo r$ 35 no metro e hoje esses essa esse valor já praticamente dobrou novamente é a um ano e meio faz era r$ 35 hoje você falou já praticamente dobrou novamente é a reprodução

ancestral dos saberes dos povos da Floresta o que a fruta a colocava juntada né não precisa ficar derrubar não é será coletado não tem e como o que derrubar né É aí na beira do rio também é de evoluir muito também porque já uma agenda mais para ele né importante é né só manter a floresta em pé né sendo derrubar né quando lá esse reforço da manutenção da Floresta em pé a um reforço cultural onde você valoriza é culturalmente um trabalho uma história uma alimentação onde você mantém preserva tudo isso é E você ainda tira

um produto de um comércio justo do início ao fim e leva para pessoas que tem esse interesse que estão muito longe muitas vezes da Amazônia você é você garante que a longo prazo é mais pessoas consigam acessar aquilo e a gente tenha a floresta cada dia mais forte que a gente consiga reverter a situação que hoje a gente está vivendo na Amazônia e e ainda a gente que nasce com o intuito de viver para preservar para admirar a natureza como igual e que atravessa os séculos exercendo um milagre amazônico de manter a floresta em pé

e e eles são os guardiões da floresta eles mesmos são os guardiões então isso a gente já fica muito despreocupada a gente fica aliviada porque sabe que com a associação comprando produzindo a manteiga a floresta Continua em pé [Música] [Aplausos] E aí [Música] E aí E aí E aí [Aplausos] [Música] E aí E aí a mandioca talvez a espinha dorsal da história brasileira é a raiz do Brasil aqui ficar claro uma mostra da história da ocupação da Amazônia ali atrás da floresta o mandiocal plantado pelos agricultores que a base da alimentação por aqui e a

batata historicamente consumida pelos indígenas que nasceu foi arrancada e re brotou a floresta é como o nosso pai é Nossa mãe então ali a gente vive dia a dia então nós sabe que nós precisa Aquele é território nós que vai precisar para o nosso neto foi nosso filho e [Música] E aí [Música] E aí E aí E aí [Música] E aí [Música]