Muito boa noite, meus caros! Sejam bem-vindos ao Lente Católica deste dia 10 de março de 2025. É uma alegria tê-los por aqui!
Eu sou o professor Rafael Tonom, sou professor de História e de Filosofia, sou leigo consagrado aqui da Comunidade Católica Pantocrator e acolho você que está chegando. Se você está aqui pela primeira vez, fique conosco, inscreva-se no nosso canal, ative as notificações e, se você já nos acompanha toda semana, seja muito bem-vindo novamente à nossa conversa, ao nosso encontro semanal, tá bom? No dia de hoje, o nosso tema será "As tribulações da vida: o que os santos podem nos ensinar a respeito das tribulações, dos sofrimentos, dos contratempos pelos quais nós passamos na nossa vida".
Vamos olhar para o Evangelho, vamos olhar para a vida de Jesus, que é o nosso modelo por excelência, e depois vamos olhar para os santos, que foram imitadores de Jesus e pessoas humanas, pecadoras como nós. O que eles fizeram? O caminho deles já terminou e já deu certo.
Se são santos, se são canonizados, é porque a Igreja os coloca como exemplo para nos mostrar que pessoas como nós chegaram lá. Então nós podemos chegar também, mas é claro que o nosso modelo, o nosso modelo único, o nosso modelo por excelência é Cristo, o Verbo que se fez carne. Então, na noite de hoje, vamos conversar a respeito disso, vamos falar do sofrimento, vamos falar sobre como dar um sentido cristão ao sofrimento e disso tirar um fruto em nossa vida, ou muitos frutos.
Então, esse é o nosso tema desta noite. Se você está chegando agora, aproveito, além de acolhê-lo, para também já incentivar você a colocar a sua intenção. Deixe a sua intenção aqui, coloque aí por quem, por qual intenção você quer rezar.
Qual é a cidade de onde você fala, né? Conta para nós, aí, de onde você fala nos comentários e também deixe a sua intenção. Nós queremos, agora, nesse início do programa Lente Católica, especialmente nesse tempo da Quaresma, reunir todas essas intenções e colocá-las nas mãos de Deus, nas mãos de Jesus, pelas mãos de Maria, que é mãe de Jesus e nossa mãe.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor.
Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua Consolação, por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Nossa Senhora, nossa mãe, esposa do Espírito Santo, abençoai-nos, intercedei por nós, ajudai-nos a compreender bem a doutrina da Igreja e o evangelho de vosso Filho, para que assim nos tornemos dignos, dignos filhos vossos e dignos filhos da Santa Igreja. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós dentre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, então, meus caros, entramos no nosso tema: as tribulações da vida.
Como nós podemos lidar com elas, né? Afinal de contas, por que Deus permite que nós soframos tanto aqui nessa vida? Qual é o sentido de tudo isso?
Isso tem valia? Tem serventia? Existe uma razão para isso, né?
Então, é buscando responder a essas questões que nós vamos desenvolver a nossa conversa na noite de hoje. Então, meus caros, eu aproveito aqui para recomendar a você, durante esse período da Quaresma, que você envie este nosso conteúdo para outras pessoas, para o seu grupo de paróquia, para o seu grupo de catequistas, porque essas reflexões que nós preparamos têm essa intenção de dispor o nosso coração para celebrar bem não só a Quaresma, mas também a Semana Santa e depois a Páscoa do Senhor. Muito bem, e quando nós pensamos, meus caros, na nossa vida e pensamos na palavra tribulação, nós vemos que uma coisa está unida à outra.
Não existe vida sem tribulação. Existe? Se nós olharmos para a vida dos santos, para a vida dos grandes personagens da Sagrada Escritura, algum deles foi poupado da tribulação?
Não! Nossa Senhora, mãe de Jesus, Imaculada, sem pecado, ela que não devia nada à justiça de Deus, ela não foi poupada do sofrimento. Nossa Senhora teve as suas sete dores; a dor e a tribulação marcaram a vida de Nossa Senhora do início ao fim.
Imaginem vocês: Nossa Senhora recebeu o anúncio de que ela seria a mãe do Messias. Ela, como uma mulher judia que esperava a manifestação do Messias, esperava o cumprimento da promessa de Deus, de repente se vê dentro dos planos de Deus. Que alegria!
Mas, dali a pouco, já começam as tribulações. Ela teve de renunciar-se com São José na cidade de Davi, Belém, grávida, enfrentou os incômodos da viagem de Nazaré até Belém; chegando a Belém, não havia lugar para o menino nascer. Uma nova tribulação!
O lugar que foi encontrado era uma estrebaria, o berço para acomodar o menino Jesus, o Filho de Deus, o Verbo eterno descido dos céus, era um coxo onde os animais comiam. Uma nova tribulação! E então, para cumprir a lei, Maria e José levam o menino para ser apresentado no templo.
E aí vem uma alegria: Simeão e a profetiza Ana se aproximam. Simeão toma o menino e faz um dos louvores mais belos da Sagrada Escritura: o cântico de Simeão: "Deixai agora o vossoservo ir em paz, porque os meus olhos viram a vossa salvação. " Simeão vê o Messias e se alegra.
A profetiza Ana, viúva, que vivia servindo a Deus no templo, tinha mais de 80 anos. . .
Essa mulher, como todos os judeus, esperou a manifestação do Messias. E, de repente, ela vê diante de si o Messias: um bebê. A salvação da humanidade estava ali, mas, junto com a alegria, vem uma profecia de dor.
Simeão, ao tomar o menino Jesus, vai dizer: "Esse menino será causa de queda e de reerguimento de muitos. " E depois ele diz à Nossa Senhora: "Quanto a ti, uma espada de dor lhe transpassará a alma. " Mistério da dor, a tribulação!
Nossa Senhora não foi poupada. Ela, que era puríssima, santíssima, não foi poupada. Mas, mais do que Nossa Senhora, é o seu filho que é Filho de Deus, o Filho unigênito de Deus, que já existia antes de todos os séculos e que entrou no tempo, se encarnando pelo seio de Maria.
Ele, que é Deus e, portanto, não tinha nada a ver com o pecado, ele se veste da nossa humanidade. Ele é sumo à nossa humanidade não de maneira simbólica, mas de maneira real. Ele é verdadeiro homem, tanto quanto é verdadeiro Deus, e ele sofre.
Ele mereceu por nós aquilo que nós não poderíamos merecer. Então, Jesus passa por esse caminho. Jesus abraça o sofrimento, abraça a tribulação.
Mas aí nós podemos nos perguntar: "Mas será que Deus quer o nosso sofrimento? Será que Deus quer nos oprimir, nos esmagar com o sofrimento da vida? " E, às vezes, na nossa vida, as situações que vão acontecendo parecem nos triturar, nos esmagar, nos destruir.
E parece que nós não vamos aguentar. Isso pode ser a morte de um ente querido, a perda de um filho. Pode ser uma situação financeira que roube a nossa dignidade, a nossa alegria de viver.
Pode ser um relacionamento em conflito, um relacionamento que está destruindo as pessoas. Pode ser um sofrimento com um filho. Pode ser tanta coisa.
Será que Deus deseja isso? Deus quer isso? Não!
Deus não quer o mal. Deus não quer nos esmagar, nos destruir. Pelo contrário, Deus quer a nossa vida.
Santo Irineu de Leão dizia: "A glória de Deus é o homem vivo. " É a vida do homem, a vida do ser humano; a glória de Deus! Cada ser humano, pelo simples fato de existir, já glorifica Deus.
Já glorifica Deus, inconscientemente. A glória de Deus é a vida do homem, é o homem vivo. Mas então, por que nós sofremos?
Por que essas coisas acontecem? É o mistério da iniquidade. O pecado desordena não só a vida humana, mas também a criação.
E quando Deus manda seu Filho Jesus, Jesus veio para restaurar todas as coisas. Nele, Jesus veio para colocar ordem em todas as coisas. E, se Deus permite o sofrimento, não que Deus queira.
Os sofrimentos não estavam no plano de Deus. O que Deus planejou para nós era o quê? Um paraíso de delícias, onde nós aproveitamos a nossa vida na companhia dele.
Não há nada melhor do que isso! O que Deus queria dar ao homem? Deus queria dar-se ao homem, aquilo que há de melhor.
Deus queria nos dar, que é Ele mesmo, o sumo bem. Mas o ser humano recusou. Entra o pecado no mundo e o pecado desconfigura, o pecado bagunça.
Mas Cristo recapitula. Mas veja que Cristo não deixa de passar pelo sofrimento. O sofrimento purifica.
Se Deus permite o sofrimento, é porque Deus está nos purificando. Se Deus permite a tribulação, é porque Deus quer nos aproximar dele. E Deus conhece a nossa fraqueza.
A nossa fraqueza, né? Depois do pecado, depois da queda do pecado, embora nós recebamos o batismo, que apaga o pecado, a inclinação ao mal permanece em nós. E o que Deus nos dá como remédio?
Deus nos dá a Igreja, Deus nos dá os sacramentos, Deus nos dá a doutrina. A doutrina é vida, a doutrina é conhecimento de Deus, para que nós possamos amá-lo. É isso o sentido da nossa vida.
A única coisa que é capaz de preencher o nosso coração e nos dar felicidade é Deus mesmo. Se você pensa que a sua esposa vai te fazer feliz, não vai! Ela não é capaz, porque ela é humana, ela é pecadora.
Se você pensa que o seu esposo vai te fazer feliz, ele não vai. Ele não pode, ele não tem essa capacidade. Se você pensa que os seus filhos vão te fazer feliz, não vão!
Você recebeu seus filhos de Deus, e Deus manda os filhos como ele quer. E os filhos são tão diferentes entre si, então o filho vai te decepcionar, o esposo vai te decepcionar, a esposa vai te decepcionar. Mas Deus não decepciona!
E, aliás, Deus, no meio desse mar de imperfeição que é o mundo, sendo perfeito, ele está nos dizendo o tempo todo: "Olha aqui, olha para o que realmente pode preencher o seu coração. " E é interessante que nós somos tão pequenos, tão miseráveis, mas o nosso coração é grande. O nosso coração tem sede do infinito.
Por isso que, se nós procurarmos a felicidade nas pessoas, nas coisas, nos bens, fatalmente nós iremos nos frustrar. Porque o filho pode te afrontar e te desobedecer, a esposa pode te magoar, o marido pode te ofender, o seu amigo, o seu pai, a sua mãe. .
. Ninguém é capaz de preencher este desejo profundo que você tem no seu coração, esse algo que você deseja, às vezes não sabe o que é. É Deus!
É Deus! No fundo, no fundo, até essas pessoas que vivem em grandes pecados, grandes vícios, no fundo, no fundo, o que essas pessoas estão procurando? A felicidade!
Elas querem uma felicidade e procuram isso desesperadamente, mas procuram no lugar errado. A única felicidade possível, a única felicidade real que pode satisfazer o coração humano está em Deus, somente em Deus. Então, quando nós pensamos nas tribulações, elas são oportunidades que Deus nos dá.
Nos purificar na nossa fraqueza, na nossa miséria, se nós vivemos por conta própria, pela nossa… pelo nosso esforço. Das duas, uma: ou viveríamos desesperados, parecendo que tudo nesse mundo é horrível, é sem sentido, é sem objetivo, não nos levará a nada, e aí eu vivo um desespero; ou então eu vou querer me esquecer dos sofrimentos e aí eu vou passar uma vida inteira buscando, buscando, buscando prazer em satisfazer as minhas vontades, os meus desejos. E aí eu só busco isso, isso.
Só que isso não vai preencher. Também a única coisa que eu vou conseguir é uma existência desesperada. E Deus, sabendo disso, ele permite as tribulações para que nós nos lembremos dele, para que nós levantemos o nosso olhar e possamos nos recordar de que existe um Deus que olha por nós, que caminha conosco, que nos auxilia.
Então, quando nós pensamos, por exemplo, na vida dos Apóstolos, na vida de Nossa Senhora, na vida do próprio Cristo, nós veremos que tribulações não faltaram. Jesus, ainda bebê, teve de fugir para o Egito para não ser morto por Herodes. Depois, ele volta à Palestina, trabalhou, obedeceu.
Jesus passou 30 anos da sua vida obedecendo a São José e Nossa Senhora e apenas 3 anos da sua vida pregando. Então, a vida de Cristo nos dá muitas lições. E nós veremos que na vida de Jesus não faltaram tribulações.
Ele mesmo vai dizer: "O filho do homem não tem onde reclinar a cabeça, não tem onde descansar a cabeça. " Então, quanto mais nós abraçamos e aderimos à fé, a nossa vida vai se tornando mais parecida com a vida de Jesus. É natural.
Isso é natural que a nossa vida comece a se parecer com a vida de Jesus. E se nós formos dando passos na nossa vida espiritual, o que vai acontecer? A nossa vida vai se configurando.
Só que Jesus nos configura em tudo. E se ele sofreu, e se ele teve tribulações, conosco não será diferente. Nós vamos sofrer, nós seremos caluniados, nós sofreremos perseguições, vão falar todo tipo de mal contra nós, mesmo que não seja verdade.
Tudo isso nós passaremos. Por quê? Porque Jesus passou!
E se somos cristãos e nós o seguimos, nós teremos uma vida igual à dele. Não podemos ter a pretensão de esperar algo diferente. Se Jesus não agradou, se Jesus foi ofendido, se Jesus foi caluniado, quem somos nós para nos entristecer quando isso acontece conosco?
É lógico que na nossa fraqueza, às vezes, receber ofensas de gente próxima, de gente que a gente ajudou é muito triste, é muito triste. Mas nós não devemos perder tempo nos lamentando porque estamos sofrendo esse tipo de coisa. Jesus, que é Deus e que nada devia a seu pai, passou por isso.
Nossa Senhora, que é Imaculada e nada devia à justiça divina, passou por isso. E por que você e eu seremos isentos de qualquer tipo de sofrimento? Não!
Nós devemos ter coragem. E aqui eu tomo a palavra do Evangelho de São João, capítulo 16, os versículos 29 em diante: Disseram-lhe os seus discípulos: "Eis que agora falas claramente, e a tua linguagem já não é figurada e obscura. Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte.
Por isso, cremos que saíste de Deus. " Jesus replicou-lhes: "Credes agora? Eis que vem a hora, e ela veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho.
Mas eu não estou só, porque o Pai está comigo. Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo, haveis de ter aflições.
Coragem! Eu venci o mundo. " Então, vejam esse diálogo dos Apóstolos com Jesus.
Os apóstolos dizem: "Agora o Senhor está falando de maneira clara, nós estamos entendendo. " Jesus falava muito em parábolas, mas os apóstolos tiveram a inteligência alargada e começaram a entender o que Jesus estava dizendo. E disseram: "Agora sabemos que conheces todas as coisas e que não necessitas que alguém te pergunte.
" Eles se deram conta de que estavam diante de Deus, de fato, que é onisciente, que sabe tudo. E aí olhem o que eles dizem: "Por isso, cremos que saíste de Deus. " Você veio de Deus, realmente.
Como você sabe tudo, só pode ser o Filho de Deus. E Jesus replicou-lhes: "Credes agora? Vocês demoraram para acreditar, andaram comigo esse tempo todo, mas só creem agora.
Credes agora? Eis que vem a hora, e ela já veio, em que sereis espalhados, cada um para o seu lado, e me deixareis sozinho. Mas eu não estou só, porque o Pai está comigo.
" Jesus nos ensinou a chamar o Pai, que é dele, de "Pai Nosso. " Jesus se coloca ao nosso lado. Jesus assume uma solidariedade bendita pela humanidade.
Quando pediram para Jesus ensinar a rezar, ele disse: "Vocês vão dizer assim: Pai Nosso. " Por natureza, o Pai é dele, mas em Jesus nós podemos chamar o Pai de "Pai Nosso," porque nós somos filhos no Filho, em Jesus, que é o único Filho. Nós também somos tomados como filhos.
"Pai Nosso. " E Jesus fala aqui: "Vai chegar uma hora que vocês vão me abandonar. Vai cada um para um lado, vocês vão ter medo, vão me deixar sozinho.
Mas eu nunca estou sozinho, porque o Pai está sempre comigo. " Se esse Pai é nosso, do mesmo jeito que ele está sempre com Jesus, ele está sempre conosco. Você não anda sozinho.
Se você está passando por uma tribulação, por um sofrimento, você não está sozinho, porque se você é batizado, você participa da vida de Cristo. E se o Pai é nosso e Jesus disse: "Eu nunca estou sozinho, porque o Pai está comigo," se o Pai está com ele, está com você, está comigo. Nós nunca estamos sozinhos.
São João Bosco, uma certa ocasião, estava, né, passando ali por várias dificuldades para fundar. . .
Uma de suas escolas, uma das casas salesianas, e Dom Bosco estava ali fazendo todo o esforço para conseguir dinheiro, recursos, doações, gente para trabalhar. E então alguém veio e disse a Dom Bosco, né, querendo desanimá-lo um pouco daquele esforço todo, dizendo: "Olha, não adianta. O senhor está remando contra a maré.
É muita gente contra aquilo que o senhor está fazendo. É melhor deixar. " E Dom Bosco respondeu assim: essa pessoa falou: "Meu filho, se Deus está do meu lado, se Deus está do nosso lado, nós já somos a maioria.
Nós já somos a maioria! Nós vamos vencer. Pode ter o mundo todo contra você, contra a obra de Deus, mas se tiver uma pessoa, basta uma pessoa, e Deus, esta pessoa, e Deus já formam a maioria.
" É o que São João Bosco ensina: se estamos fazendo a vontade de Deus, não existe obstáculo que não possa ser vencido, que não possa ser dobrado. Não há coisa que não possa ser mudada. Então, nós vemos que isso é uma constante na vida dos santos.
Todos os santos tiveram tribulação. Todos! Santo Afonso de Ligório, que foi fundador dos redentoristas, recebeu um terreno de uma família nobre, um terreno com um palacete, um casarão que ele transformou em convento e começou a fazer um trabalho pastoral muito bom naquele convento, pregando missões na região, atendendo as pessoas na igreja, as pessoas eram atendidas em confissão, um trabalho intenso, lindíssimo.
Chega um determinado momento e a família que havia doado aquele território, aquele prédio, resolveu pedir de volta. Então, imaginem Santo Afonso. Ele se viu e falou: "Meu Deus, né, o que eu vou fazer?
Onde vou colocar os meus padres? Todo o trabalho nosso, tudo que nós fazemos depende dessa casa. " Ele poderia ter se abatido, poderia ter se desesperado, poderia ter procurado meios humanos de resolver a questão, mas não.
O que ele resolveu fazer? Falou: "Bom, as nossas casas são construídas para Deus, tudo que a gente faz é uma obra para Deus. Então, Deus há de guardar, Deus há de ser o advogado em nosso favor.
" O que Santo Afonso mandou fazer? Mandou benzer, comprar e benzer várias imagens de São Miguel Arcanjo. E aí, o que Santo Afonso começou a fazer?
Na porta de todos os conventos redentoristas, ele mandou espalhar imagens de São Miguel para que São Miguel guardasse aquelas casas, aqueles conventos que eram obra de Deus. Olha que interessante, até hoje, nas casas redentoristas mais antigas, pelo menos, tem a imagem de São Miguel na entrada, geralmente em cima da porta de entrada. Olha que coisa!
E aí, o que aconteceu? Quando a imagem de São Miguel foi colocada, a família desistiu do que estava pedindo. A família deixou a casa nas mãos da Congregação e a obra de Deus continuou.
Confiança! O que nós não podemos, Deus pode. As tribulações vêm não para nos esmagar, mas para nos purificar.
Às vezes, a tribulação é o que vai regular o nosso egoísmo, o nosso afastamento de Deus. Às vezes, é a tribulação que vai nos fazer rezar, é a tribulação que vai trazer conversão, é a tribulação que vai trazer grandes frutos espirituais. Então, no fim, a tribulação, embora Deus não a queira, Ele a tolera; e Deus tolera a tribulação fazendo o quê?
Triunfando sobre ela, vencendo a tribulação. Deus faz isso o tempo todo, Ele vence o mal e tira o bem do mal. Olha a tempestade, né?
O Evangelho, aquela cena lindíssima do Evangelho da tempestade no mar. Em alto mar, os apóstolos estavam na barca e Jesus dormia. Veio uma tempestade e essa tempestade sacudia a barca, e as ondas batiam naquela barca.
E quando tudo parecia perdido, os apóstolos resolvem acordar Jesus e, então, vão dizer a Jesus: "Mestre, nós estamos perecendo e Tu não te importas? " Jesus faz o quê? Ele levanta, estende a mão sobre o mar e diz: "Cala-te!
" E a tempestade cessou imediatamente. Os apóstolos que estavam assustados com a tempestade ficaram mais assustados com a calmaria ao ver o poder de Deus se mostrando diante deles e ficaram assombrados e diziam: "Quem é esse homem que até os ventos e o mar obedecem? " Assim é na nossa vida.
As tribulações vêm como vieram ali para os apóstolos, parecia que tudo estava perdido. A tribulação levou os apóstolos a fazerem o quê? A se aproximar de Jesus e a fazer uma súplica: "Estamos perecendo e Tu não te importas?
" Uma súplica desesperada. Jesus, no limite da fé, no limite, Ele faz a tempestade cessar e aquilo espanta. Assim, na nossa vida, quantas vezes Deus não usou na vida de tantas e tantas pessoas uma doença, uma situação de morte, de desemprego, de problema, para transformar essas pessoas em grandes santos?
São Francisco de Borja, que foi sucessor de Santo Inácio de Loyola, jesuíta, ele era um nobre, ele era o Duque de Gandia, na Espanha. Apaixonado pela rainha, a rainha era uma mulher casada, e o Duque de Gandia cobiçava uma mulher casada. Era um pecado mortal cobiçar a mulher do próximo.
O Duque de Gandia servia ao rei, mas alimentava um amor platônico pela rainha. E, de repente, essa mulher, que era lindíssima, que atraía os olhares apaixonados de tantos e tantos homens que ficavam embriagados com a sua beleza, ela fica doente e, pouco tempo depois, vem a falecer. Quando o corpo da rainha, revestido com as insígnias reais, foi exposto em câmara ardente para o velório, o corpo daquela que antes despertava as paixões de tantos homens fedia com fedor pestilencial dentro da sala onde o cadáver era velado.
Eles queimavam, o tempo todo, ervas aromáticas para tentar abafar o mau cheiro. Aquela mulher estava deformada pela doença; aquela mulher, antes lindíssima, expelia um cheiro repugnante, estava roxa. Era um espetáculo medonho.
Sever o Duque de Gandia, quando vê aquela mulher que despertava a sua paixão, naquela situação, ele começou a pensar na própria vida dele. Se, num primeiro momento, a notícia da morte dela trouxe a ele uma agitação, uma tristeza profunda, num segundo momento, quando ele se depara com o cadáver, ele entende o que é a vida humana, o que é aquilo que ele valorizava tanto. Ele começa a entender o mistério da vida eterna, a importância real das coisas deste mundo.
E o que ele faz? Ele abandona tudo, ingressa na Companhia de Jesus, se faz padre, se fez um grande pregador, um grande confessor, foi amigo de Santa Teresa D’Ávila. A tribulação o purificou; a tribulação fez dele um grande santo.
Santa Teresa de Jesus também não foi diferente. Quando ela começou a fazer a reforma da Ordem Carmelita para trazer a Ordem Carmelita para uma disciplina mais próxima da disciplina primitiva da ordem, Santa Teresa começou a receber críticas de todo lado, mas as críticas mais duras vinham de onde? De dentro da Igreja.
Eram bispos, eram padres, eram freiras que criticavam o desejo daquela freira, daquela religiosa, de viver uma vida mais radical, uma vida mais austera, uma vida com muito mais oração, muito mais penitência. Achavam que era um excesso; acharam que ela queria aparecer. Foi acusada de todo tipo de coisas, levantaram calúnias, falaram mal dela, falaram mal do pai, falaram mal da família.
A atacaram por todos os lados, e ela se manteve. Ela se mantinha sempre rezando e pedindo a Jesus que desse a ela a graça da fortaleza de cumprir a obra começada. É interessante pensar nisso.
Santa Teresa, quando foi fundar um de seus conventos, se deparou com uma série de problemas; tudo foi dando errado no meio do caminho. A roda da carroça quebrou, e ela teve de trocar essa roda no meio do caminho. Não tinha quem ajudasse; tiveram de pedir ajuda numa taverna cheia de bêbados que faziam todo tipo de gracejos e piadas com as freiras.
Sofrimentos, tribulações, coisas dando errado. . .
aquela fundação daquele convento deu tão errado em tantos pontos. Santa Teresa, quando voltou para dentro da carroça, carregava nas suas mãos uma imagem do Menino Jesus. Era uma imagem do Menino Jesus que ela costumava carregar sempre com ela, e ela disse, então, a Jesus, naquela imagenzinha na sua mão, fazendo a sua oração, interiormente: “Senhor, por que o Senhor faz isso?
Por que o Senhor permite tanta coisa? Eu estou trabalhando para o Senhor, eu não estou reformando a Ordem Carmelita para mim, é para o Senhor. ” E ela se queixou a Jesus.
Então, Jesus lhe disse, numa locução interior: “Teresa, Teresa, faz tanto tempo que você está comigo, e você ainda não entendeu que é assim que eu trato os meus amigos: com tribulações. ” E aí, então, Santa Teresa, que era espanhola e tinha um temperamento muito temperamental, vai responder a Jesus: “Sim, Senhor, é assim que o Senhor trata os seus amigos, e é por isso que o Senhor tem tão poucos. É por isso que o Senhor tem tão poucos, porque nem todo mundo está disposto a abraçar os sofrimentos que Deus permite.
” Deus manda, só que os sofrimentos que Deus manda nos purificam muito mais do que as penitências que fazemos por vontade própria. A própria Igreja nos ensina isso. Quando nós pegamos lá o manual das indulgências, o próprio manual das indulgências, que foi promulgado pelo Papa Paulo VI, diz exatamente isso: quando nós aceitamos com coração aberto, resignados, os sofrimentos que Deus nos manda e oferecemos isso a Deus em espírito de penitência, de expiação, de purificação pelo bem da Igreja, pelo bem da nossa família, pelo bem dos outros, o sofrimento se transforma em uma grande riqueza, em um grande tesouro que começamos a acumular diante de Deus.
É um tesouro de merecimento. Por quê? Porque não é uma penitência que eu busquei, mas é algo que Deus me mandou, e eu aceitei, eu abracei.
Mas abracei não por sadomasoquismo, não por achar que "ah, eu tenho que sofrer, então que eu sofra muito", não, mas porque eu entendo que se Deus permite, é porque eu posso tirar um fruto maior. E aí eu dou um sentido cristão, eu dou um sentido espiritual ao meu sofrimento, às minhas tribulações. E aí, número um: quando eu dou um sentido cristão ao meu sofrimento, a primeira coisa é que eu passo por esses sofrimentos de uma maneira muito melhor.
Negar o sofrimento, recusar o sofrimento, às vezes vai me fazer cair numa situação de desespero, numa situação de impotência, onde eu quero resolver, mas não consigo. E aí eu começo a entrar num desespero; mas se eu dou um sentido cristão, eu abraço esse sofrimento, eu entendo que, se ele está acontecendo, mesmo que eu não consiga explicar o porquê, eu entendo que é uma oportunidade que Deus está me dando. Então eu vou tirar fruto disso; o mal será mudado em bem.
Então, as coisas começam a mudar. Segunda coisa: quando eu abraço as tribulações, dando um sentido cristão a elas, eu passo a entender que cada tribulação, cada dificuldade que eu passar, são oportunidades que Jesus está me dando de me configurar a Ele. E aí eu vou entender, de novo, não como puro sadomasoquismo, mas que o sofrimento, a tribulação, é sempre uma oportunidade que Deus me dá de me unir a Ele.
Se eu não tenho sofrimento nenhum, tribulação nenhuma, alguma coisa está errada na minha vida. Eu não estou vivendo à medida do Evangelho, porque Jesus foi perseguido, Jesus foi rejeitado, Jesus foi caluniado. Se isso nunca acontece na minha vida, se eu não sou tentado a nada, então isso significa que eu estou indo na mesma direção.
Ó mal! Agora, se eu vou na direção oposta do mal, é natural que eu sofra combates. É natural que eu sofra algum tipo de obstáculo.
É natural. Então, pensemos nisso: se temos tribulações, é sinal de que Deus nos ama muito, nos quer purificar e nos quer fazer grandes santos. E, também, se temos tribulações, é porque estamos incomodando.
Quando lutamos contra nós mesmos, quem está à nossa volta também começa a ler, na nossa vida, este evangelho vivo que nós devemos ser, e o nosso testemunho começa a aproximar outros de Deus. E aí é natural que o mal se levante com toda a sua fúria para tentar nos destruir, tentar nos fazer mal. Só que acontece o seguinte, né?
O mal faz muito barulho, mas ele tem um poder muito limitado. Vamos pegar um exemplo aí: vamos pensar no que está acontecendo com Frei Gilson, onde meia dúzia de pessoas começou a falar de uma visão materialista, a falar contra as pessoas que, às quatro horas da manhã, estão acordando para rezar o terço dentro das suas casas, usando do direito sagrado de ter a sua liberdade para fazer o que querem. Então, veja que loucura!
As pessoas estão se incomodando com Frei Gilson, mobilizando-se para rezar. Mas por que o mal se levanta? Por que essas pessoas se levantam?
Essas pessoas às vezes nem sequer se dão conta de que elas estão numa visão tão materialista, uma visão tão pequenininha, uma visão tão tacanha, tão ridícula da realidade, que elas só enxergam aquilo que é material, como se o mundo fosse só isso. Aqui teve um sujeito que falou que o frei deveria, né, ao invés de ficar chamando o povo para rezar, devia lavar uma calçada, devia estudar, devia não sei o quê. Como se só isso fosse a realidade da vida!
Ou seja, uma pessoa com a visão limitadíssima da realidade, incapaz de levantar a cabeça e enxergar o sobrenatural. É o tipo de gente que acha que oração não serve para nada, que a oração aliena, que tira a pessoa da realidade, sendo que, na verdade, os maiores alienados e fora da realidade são aqueles que negam aquilo que é espiritual. A realidade espiritual, né, ela é perceptível pela própria razão.
Basta a gente pensar que o pensamento não é uma coisa material. Se você abrir um cérebro, você não vai achar um pensamento, você vai achar uma porção de miolos. Por quê?
Porque o pensamento não é uma coisa material. Então, quer dizer, é absolutamente irracional algumas considerações que a gente lê na internet contra Frei Gilson, e é ridículo. Agora, esse tipo de coisa serve para quê, né?
Esse tipo de coisa perturba, faz barulho. Faz barulho por quê? Porque o mal é um poder vencido.
Então, o que o mal sabe fazer? Barulho, para tentar seduzir aqueles que são incapazes de perceber o óbvio, que é a presença de Deus, e que é impossível ser feliz sem Deus. Por isso, Santo Afonso dizia: "Quem reza, se salva; quem não reza, se condena.
" Ou seja, aqueles que combatem a oração, aqueles que lutam, que postulam essa proposta de um mundo 100% materialista são pessoas que estão recusando a própria salvação. Quem reza, se salva; quem não reza, se condena. E quem se levanta contra aqueles que rezam e contra aqueles que fazem rezar reverberam aquelas vozes que vêm da profundeza dos infernos, querendo afastar as pessoas de Deus.
Porque os demônios vivem um ódio profundo contra eles mesmos, porque já perderam a posse de Deus, e querem que os outros percam também. Essas pessoas não se dão conta da maldade que fazem contra elas mesmas. E quanto a nós?
Quanto a nós, rezemos por essas pessoas. E quanto a nós, o que devemos fazer? Continuar fazendo aquilo que nós cremos, continuar fazendo e agindo de acordo com aquilo que nós entendemos ser a vontade de Deus, e sabemos que é, porque a Igreja nos diz que é.
A Igreja nos dá essa certeza, e a Igreja e o Corpo de Cristo são uma coisa só. Se a Igreja nos diz que é certo, então, meus caros, olhemos para o que Jesus nos diz. Eu volto aqui ao texto que eu li: Jesus dizendo: "Referi-vos estas coisas para que tenhais a paz em mim.
No mundo, havereis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo.
" Então, nesse tempo da Quaresma, pensemos nisso: Jesus já venceu por nós. São Paulo vai dizer: "Se Deus é por nós, quem será contra nós? " E mesmo que as pessoas se levantem contra nós, mesmo que o mundo se levante contra nós, eles não podem nada.
Não podem nada! Podem nos prejudicar, podem manchar a nossa imagem, podem fazer alguma coisa em relação ao nosso nome, à nossa reputação. Muito bem, mas se nós temos Deus, ninguém pode nos tirar Deus.
Isso ninguém nos tira. Se nós temos a fé, isso ninguém nos tira. Podemos sofrer injustiças, podemos ser caluniados, podem mentir sobre nós, mas se temos Deus, temos tudo.
Coragem! Eu venci o mundo. Muito bem, meus caros.
Então, vamos chegando aqui ao final já da nossa conversa na noite de hoje, e eu queria aproveitar para fazer um convite a vocês. E quem já contribuiu com a nossa evangelização digital, Deus lhe pague pela contribuição feita. E se você ainda não contribuiu, está aí na tela.
Nós já atingimos 30% da nossa meta mensal, e está aí na tela para você alguns meios para você nos ajudar, tá bom? Além disso, se você entrar na nossa loja Pantocrator, você vai conseguir adquirir vários produtos com desconto. Esses produtos com desconto da loja Pantocrator, né?
Você, adquirindo qualquer um deles, você também nos ajuda aqui. Evangelização digital, né? Então, tem como você nos ajudar através da nossa campanha da evangelização digital, é fazendo a doação através do PIX, através da conta bancária, através do QR Code.
Você também pode nos ajudar através da loja Pantocrator, adquirindo os produtos. Tudo isso colabora aqui com a evangelização digital. Tudo que a comunidade vai fazendo, vai investindo em termos de estúdio, em termos de estrutura, vem dessas doações, dessas contribuições que vocês fazem, né?
E o cenário do "Texto do Amor Poderoso" já foi completamente reformado, né? Para quem assiste ao "Texto do Amor Poderoso", tem agora todo um cenário montado, parecendo uma capela. Está aqui na minha frente, né?
Vocês não vêm, mas eu vejo aqui. Está aqui na minha frente. E depois, o próximo cenário que será modificado é o cenário do "Lente Católico".
Isso tudo com as contribuições que vocês têm feito, tá bom? Também gostaria de fazer um convite a você que nos acompanha: caso você não me siga nas minhas redes sociais particulares, né? Que você me siga lá no Instagram @rafael_com.
ton e também no canal do YouTube. Lá no canal do YouTube, que é o meu canal, não é o canal da comunidade, né? Eu faço o programa aqui pelo canal da comunidade às segundas, mas todos os dias, lá no meu canal, eu faço a meditação diária a partir dos textos de Santa Teresa de Jesus.
Então, se você quiser acompanhar uma meditação diária, sempre às 6 da manhã, dá para você acordar, rezar o terço com Frei Gilson e depois fazer a meditação da manhã lá comigo, né? Eu estou fazendo assim na Quaresma: eu rezo lá com Frei Gilson, depois eu já faço a meditação no meu próprio canal. Então, fica aí o convite para que vocês me acompanhem por lá.
E de sexta-feira, eu também faço as minhas lives, né? Sempre pelo meu canal. Se você tiver alguma pergunta, alguma questão, pode mandar aqui para nós que eu vou tentar responder algumas perguntas, tá bom?
O Robson está colocando aqui: "Sábado passado, dia de Nossa Senhora das Lágrimas, aniversário da minha esposa, a Katiana, que venceu o câncer por meio dessa devoção, a coroa das lágrimas. Eu renovei a minha consagração a Maria Santíssima. Só graça!
Agradeço, né? Deus o abençoe! " Professor, aguardando ansioso sua vinda aqui na nossa Paróquia, Professor Rafael Tonon em Tapira.
Isso, eu devo ir de novo. Robson, eu não lembro agora da data exata, né? Mas eu devo estar lá na Paróquia São Judas Tadeu de Tapira, aqui pertinho de Campinas, né?
Eu me lembro que o Robson que está mandando a mensagem aqui, quando eu estive lá na paróquia dele, a esposa estava começando a fazer o tratamento contra o câncer para vencer o câncer. E olha aí, né? Que grande graça!
Ela venceu, superou o câncer. Eu me lembro que, na época, até a esposa do Robson falou: "Não, eu estou rezando aqui, professor. Se Deus quiser, eu vou vencer.
" E ele também me falou isso. Olha aí, né? É uma grande graça mesmo!
Venceu! E que você também, que nos acompanha, nos assiste aqui, se estiver passando por um momento de dificuldade, eu recomendo fortemente: peça, nesse tempo de Quaresma, essa graça a Nossa Senhora das Lágrimas. Reze a coroa das lágrimas todo dia, pedindo essa graça, né?
Eu já vi muitos testemunhos de grandes graças concedidas através dessa devoção. A Neid está falando aqui: "Rafa, Deus pode permitir que alguém apareça em nossas vidas para nos ajudar financeiramente, dando a chance de crescer como antes, mesmo que talvez a pessoa tenha outro interesse além de só ajudar. " Bom, Deus pode permitir, né?
É que as situações aconteçam na nossa vida. Só que aí cabe a nós o discernimento. Nós que somos batizados, né?
Nós temos o Espírito Santo habitando em nós. Então, é necessário que tudo que aconteça na nossa vida, que a gente avalie as situações. Então, por exemplo, pode ser que apareçam oportunidades na nossa vida e Deus permita que essas oportunidades apareçam, mas essa oportunidade não vai me trazer o bem, não vai fazer bem para a minha vida, para a minha salvação, para a minha alma, para a minha família.
Ah, mas por que Deus está permitindo? Porque Deus coloca na nossa vida provas. Deus nos dá a Sua graça, mas o que Deus quer nos dar é a glória, a glória do céu.
O que é a glória no céu? É a posse de Deus, é a vida eterna. Deus quer, e às vezes, Deus coloca provas para que a gente dê a Ele uma resposta.
Então, por exemplo, pode ser que alguém apareça na minha vida fazendo uma proposta. Vamos pensar em termos de emprego: puxa vida, uma proposta super boa, onde eu vou ganhar mais, só que talvez o trabalho que eu tenha que fazer vá contra a minha fé, vá contra o que eu acredito, vai tirar o tempo da minha família e dos meus filhos. Então, será que realmente isso é um bem para mim?
Pode ser que não seja. Aí, eu preciso fazer o quê? Rezá e pedir ao Espírito Santo que me ilumine para que eu consiga dar uma resposta de acordo com a vontade de Deus.
É o discernimento dos espíritos. Então, Deus pode até permitir que isso aconteça, mas não significa que, se Deus está permitindo, eu tenho que abraçar. Às vezes, Deus está permitindo para me testar, para me provar, para que eu dê a Ele uma resposta de amor, dizendo não, porque eu amo o Senhor, porque eu quero obedecê-lo.
Eu não vou aceitar isso porque não vai ser um bem para mim, para a minha vida, para a minha família. Entendeu? É assim.
Rafael, como explicar o sofrimento das crianças pequeninas e com doenças graves é um mistério, né? É sempre um mistério. Por que Deus permite isso, né?
É um mistério na nossa vida. Eu, meu irmão, né? Meu irmão descobriu uma doença rara quando ele era pequeno.
Meu irmão viveu anos da vida dele um verdadeiro Calvário que todos nós da família, todos nós, todo mundo, a gente se perguntava: por que Deus permite isso aqui com ele, que era uma criança? Eu me lembro que meu irmão começou a fazer tratamento médico com 2 anos de idade e sofreu muito. Meu irmão foi operado, tirou líquido de medula, fez transfusão.
Meu irmão tinha, assim, todo mês era uma novidade, né? Graças a Deus hoje ele está curado, está bem, mas nós olhávamos para aquilo e não entendíamos. E é um mistério mesmo.
Só que depois a gente vai entendendo, né? Então, na verdade, por exemplo, na minha família, toda essa situação de sofrimento, né? Lá na vida do meu irmão, quando ele era criança, fez com que meu pai, minha mãe e eu rezássemos muito mais, pedíssemos as coisas a Deus muito mais.
Então, essa situação de doença nos aproximou muito mais de Deus. Então, Deus nunca permite o mal se não for para tirar um bem. Nunca, nunca, nunca, né?
Isso serve, né? Também para nos purificar, para nos aproximar de Deus. Você vai falar: "Puxa vida, mas uma criança não merece isso.
" Mas o sofrimento não tem a ver com merecer ou não merecer. O sofrimento é um mistério que está ligado ao pecado do mundo, né? Pecado de Adão, né?
Que trouxe essa desordem na natureza, na criação de Deus. Mas se Deus, depois de Cristo, que colocou Cristo, restaurou todas as coisas, se Cristo permite isso, é para tirar um bem. Às vezes pode ser que Deus permita o sofrimento e a doença de uma criança para converter a família inteira, para aproximar a família inteira de Deus, né?
Então, de novo, é a questão do discernimento dos espíritos. É rezar e pedir a Deus a graça do entendimento em relação a essas situações e entender que Deus tirará um bem. Eh, o João Paulo, grande domingo em Estiva Gerbi.
Obrigado, professor, né? Ah, sim, eu estive, né, ontem no Santuário da Rosa Mística em Estiva Gerbi, aqui perto. Estiva Gerbi é a minha Diocese de origem, né?
Diocese de São João da Boa Vista. Eu estive lá no Santuário da Rosa Mística, numa manhã de espiritualidade com duas paróquias: a Paróquia Santos Pedro e Paulo de Mogi Guaçu, a paróquia do padre Denis, e a Paróquia São José de Estiva Gerbi, do padre Anderson, que é meu conterrâneo, né? O padre Anderson Ricardo é meu conterrâneo de São João da Boa Vista, né?
Então, eu tive a alegria de estar lá com esses dois sacerdotes e 300 pessoas participaram, 300 agentes de pastoral de várias pastorais, né? Estivemos lá ontem e foi uma grande graça, né? Eh, o João Paulo está comentando aqui.
Realmente gostei muito de estar lá, de voltar ali para onde é minha diocese. Eu moro hoje em Campinas, né? A minha arquidiocese é Campinas, porque eu moro aqui.
Mas eu vim da diocese de São João da Boa Vista, né? Então, é uma alegria sempre poder voltar ali na diocese. André Gonçalves, professor, terá peregrinação para a Terra Santa com o senhor?
Por enquanto, não tem previsão, né, de peregrinação para a Terra Santa. Eu faço uma peregrinação no meio deste ano para os santuários marianos, né? Eu vou para Portugal, Espanha e França no meio deste ano e, em novembro, no feriado da Consciência Negra, né?
15 de novembro e depois Consciência Negra, são dois feriados próximos. Eu vou fazer uma outra peregrinação esse ano ainda. Eu faço essa do meio do ano e faço essa de novembro.
Só que a de novembro é uma peregrinação curtinha, são só seis dias de peregrinação. E aí nós vamos para a Cidade do México visitar Nossa Senhora de Guadalupe, né? Então, inclusive, quem quiser, né?
Já fica aí o convite, quem quiser viajar comigo, é mais curto o tempo, é mais barato também. A gente vai visitar ali a Catedral do México, onde tem o Senhor Santo Cristo do Veneno, que é uma imagem milagrosa de Cristo venerada na Catedral do México. Temos lá o Santuário, a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, né?
Que é uma história lindíssima, é a padroeira da América Latina, é a nossa padroeira aqui da comunidade Pantocrator. Então, eu irei para essa peregrinação, essa peregrinação para o México, né? Nós teremos como assessor eclesiástico o Frei Marcelo Aquino, né?
Carmelita lá de São Paulo, né? Então, ele vai conduzir, ele que vai celebrar todos os dias, né? Vai estar lá conosco e a parte histórica do passeio, né?
Eu farei, né? Então, nós vamos visitar lá as pirâmides astecas, vamos conhecer um pouco da cultura ali do México, da história do México e também a história religiosa. Então, toda essa parte histórica é comigo, toda a assessoria, né?
Espiritual com Frei Marcelo Aquino e será pela agência ATM. Se você entrar lá, ATM Viagens México, Rafael Tonon, você acha lá o meu roteiro também. Então, tem essa viagem do meio do ano, do meio do ano já está fechada, já temos uma turma completa e tem essa do final do ano, mas para a Terra Santa ainda não tem previsão.
Tá bom, meus caros? Grande abraço, até semana que vem, se Deus quiser.