já estão no ar tá boa noite a todas todos e todes estamos em mais uma mesa do seminário internacional universidade em transformação políticas de ações afirmativas na pós--graduação a mesa que nós estamos agora tem como tema atenção à diversidade na educação e políticas afirmativas para as pessoas idosas na pós-graduação presente nesta mesa estão Jussara Alves da Silva doutorando em educação pela Universidade Federal de juizz de Fora mestra em educação e especialista em História e cultura afro-brasileira e Africana e em educação para as relações étnicos raciais pela mesma Universidade supervisora pedagógica também é coordenadora do núcleo
permanente de relações étnico-raciais da Secretaria de Educação de Juíz de Fora conselheira Municipal para promoção da Igualdade racial e coordenadora da comissão de educação e Presidenta da banca de hétero Identificação do compir também está conosco aqui presente o Thiago Augusto Pestana da Costa que é mestre e doutor em ensino e história das ciências e da matemática na Universidade Federal do ABC professor em licenciaturas de história também é docente e coordenador do curso de licenciatura em História da Universidade aliás do Centro Universitário Sumaré membro do for pad e do coletivo a banca X em Santo André
também está conosco o Alexandre da Silva que é militante ativista secretário nacional dos Direitos Humanos da pessoa idosa do Ministério dos direitos humanos e cidadania Doutor em saúde pública pela faculdade de saúde pública da Universidade de São Paulo é especialista em gerontologia pela Unifesp e professor adjunto da Faculdade de Medicina de Jundiaí quero agradecer a todos você vocês que estão aqui nos assistindo e eu vou passar agora a fala para a Jara peço licença a minha ancestralidade que me possibilitou estar aqui peço licença a todas e todos salona eu respeito vocês valorizo vocês vocês são
importantes para mim cada um e cada uma é importante na transformação que queremos na educação de uma educação engessada que nos segrega invisibiliza nos inferioriza para uma educação libertadora que nos acolhe que nos assegura o protagonismo reconhece e valoriza a nossa diversidade a nossa ancestralidade e choba então eu existo para vocês choba pelo convite para esse momento de oportunidade de compartilhamento com a irmandade e algumas palavras e ações que a gente vem desenvolvendo no município de Juiz de Fora Minas Gerais seguindo ensinamento do antigo provérbio que diz que sabedoria ento sem sabedoria é como a
água na areia e outro provérbio que diz que só se Levanta para ensinar aquele que sentou para aprender falar sobre diversidade na educação Pode parecer Óbvio mas infelizmente ainda é um tema que enfrenta muitos desafios e resistências a pluralidade de culturas etnias gêneros orientações sexuais e diferentes formas de ser de aprender e de estar no mundo deve ser reconhecida e celebrada o ambiente educacional ele deve ser bom para todas e para todos e não tem sido no entanto observamos que frequentemente há a perpetuação de um currículo e práticas pedagógicas que não refletem e nem acolhem
essa diversidade a valorização da diversidade na educação começa com a pluriversal didade que é o reconhecimento da Constituição plural do mundo com a inclusão de perspectivas diversas nos conteúdos escolares passamos pela representatividade nos materiais didáticos até a formação continuada e permanente de professores e professoras para reconhecerem e valorizarem a pluralidade dos seus estudantes é fundamental que o ambiente escolar seja um espaço seguro e acolhedor para todos e todas onde cada estudante possa se sentir representado e valorizado por sua identidade e sua história desde 2015 pessoal eu atuo na Secretaria de Educação do município de Juiz
de Fora e a gente tem oportunidade de presenciar várias iniciativas formativas e dentre essas iniciativas formativas a gente vem tentando contemplar a diversidade nesse slide aí vocês podem ver alguns dos cursos que os professores e as professoras são convidados a fazer ao longo do ano porque aquele que aprende ensina eu gosto muito muito de utilizar provérbios porque eu parto da filosofia da sagacidade africana que a gente precisa ouvir os nossos ancestrais as palavras dos nossos ancestrais o conhecimento não tá apenas na palavra escrita o conhecimento não está apenas nos livros tá tudo bem continua continua
continua vou vou continuar tá tudo bem desculpa mas não tem como a gente não parar né tá tudo bem continuando eu anotei algumas coisas para não deixar né nada importante que eu quero falar com vocês né o Artur né leu ali o o meu currículo né a a parte mais importante não tá aí né que eu sou neta da Dona Rosa filha da dona Sônia do solo sou mãe da Paul Mãe daara sou irmã da Sandra irmã da Flávia sou tia do Gabriel da Jéssica e da Larissa é essa pessoa que nos Espaços que transita
vem tentando buscar conhecer a sua ancestralidade e a partir daí também possibilitar isso para outras pessoas no meu caso eu atuo com jovens e adolescentes então eu tento a partir do do exemplo porque a palavra ensina mas o exemplo arrasta Então a partir do exemplo mostrar para esses jovens e adolescentes que a nossa ancestralidade é o caminho pro nosso futuro como diz a professora Catiúcia Ribeiro o nosso futuro é ancestral e seguindo esse ensinamento de que aquele que aprende ensina a partir das nossas escrevivências das nossas dorides e da interseccionalidade porque a gente é permeado
por camadas de opressões e eu tive a oportunidade de acompanhar as mesas do evento mesmo que a distância então foi bem trabalhado esses conceitos durante as falas da mesa e o que eu trago para contribuir com esse momento é a questão do empoderamento a gente empoderar a partir de conhecer de onde a gente veio porque a gente pode não saber para onde ir mas a gente tem que saber de onde veio então esse empoderamento ele não é sozinho conforme a Joyce Bert nos ensina o empoderamento ele é coletivo então só em momentos como esse só
em momentos com a irmandade que a gente pode entender dos motivos da gente não saber de onde a gente veio da gente conhecer da gente não se orgulhar da nossa ancestralidade eu faço doutorado na Universidade Federal de Juiz de Fora e o meu orientador ele é egresso aqui da USP é o professor Dr gilan Moreira de Oliveira então acaba a energia confluindo então Giovan está aqui de novo com vocês e desenvolvo uma metodologia de Formação docente a partir de filosofias Africanas a partir de narrativas canções e brincadeiras africanas essa filosofia parte da sagacidade africana porque
a gente precisa de beber essa sabedoria dos nossos ancestrais ela parte do bumo que é a relação da nossa existência em relação às outras existências né a nossa existência ela é interrelacional Ela é afroca porque a gente entende que a agenda precisa ser de dentro a gente precisa de um olhar que não seja um olhar estrangeiro então a gente precisa afr perspectivar o nosso currículo conforme o Professor Renato Nogueira tanto também nos ensina e como a mesa de hoje ela vai ter esse foco também para as pessoas idosas né eu quis trazer um pouco de
uma dinâmica que a gente realiza nessa metodologia chamada griot que é a roda dos provérbios e na roda dos Provérbios as pessoas têm oportunidade de aprender com a fala dos nossos ancestrais e eu destaquei alguns relacionados à pessoa idosa eu substituí o velho por pessoa idosa o velho paraa nossa pras nossas culturas afrodiaspóricas ele não tem o significado pejorativo como tem paraas culturas ocidentais mas eu quis trocar aqui em respeito A nomenclatura porque eu acho muito importante a gente ter ciência das nomenclaturas corretas a se utilizar né então alguns desses provérbios que eu trago aqui
para vocês O primeiro é que quando uma pessoa idosa morre uma biblioteca inteira se queima e esse provérbio nos nos traz a seguinte reflexão ância da Sabedoria das pessoas das pessoas idosas é imensurável quando se perde esse conhecimento quando a gente não dá espaço para essas pessoas compartilharem as suas escrevivências nos nossos ambientes escolares quando a gente não chama a avó o avô daquela criança para contribuir na escola quando a gente não conta a história das civilizações africanas paraas nossas crianças é como se a gente tivesse matando essa pessoa idosa então quando uma pessoa idosa
morre uma biblioteca inteira se queima também o provérbio a juventude corre rápida mas as pessoas idosas conhecem o caminho no ritmo acelerado da modernidade os mais jovens muitas vezes podem se apressar em tomar decisões no entanto a experiência da pessoa idosa proporciona uma visão mais Ampla que é fundamental e como academia onde decisões ponderadas e conhecimentos profundos são cruciais para avanço de políticas públicas de ações afirmativas eu queria compartilhar um um pequeno relato de algo recente que aconteceu que uma colega de trabalho após assistir a minha banca de qualificação do doutorado uma mulher negra já
com 60 anos se formou e foi aprovada em concurso público na área da Educação tardiamente e já era aposentada de outro cargo passada minha banca ela me chamou e me perguntou se eu achava que valeria a pena ela fazer um mestrado se ainda daria tempo dela fazer um mestrado e eu respondi para ela que é a academia que precisa dela no mestrado não é ela que precisa do mestrado Porque as escrevivências a experiência toda a trajetória de vida de resiliência que essa mulher passou para agora estar num ponto que ela está vendo vislumbrando a possibilidade
de dar continuidade na sua trajetória acadêmica é um roso para nós que estamos na academia uma pessoa manifestar esse desejo né então a minha resposta para ela foi óbvio né Essa foi a minha resposta para ela mas eu conversei muito e em breve teremos mais uma colega aí para reforçar a máxima de uma sobe puxa a outra não é assim mesmo então já caminhando aqui não ainda tem um tempinho vou só terminar essa parte dos Provérbios então o terceiro provérbio que vocês estão vendo aí que a pessoa osa sentada vê mais longe do que o
jovem em pé a experiência acumulada ao longo de décadas oferece aos mais velhos uma sabedoria que vai além da mera teoria nos Espaços acadêmicos é essencial considerar que os idosos Tragam uma visão estratégica que enriquece e investiga as nossas diversidades inclui e constrói políticas a partir das tantas gerações né o outro provérbio é que a experiência é o melhor professor ou a melhor professora e o último provérbio que as pessoas idosas são as raízes da nossa árvore e um outro dando continuidade uma árvore sem raízes é uma árvore morta Então as griot agens que a
gente vem desenvolvendo essa metodologia de Formação docente ela atua da mesma forma com os professores e com as crianças a mesma dinâmica que os professores fazem eles fazem com as crianças isso é estratégico Isso é para empoderar é pra pessoa ver que é possível que é possível se educar pra diversidade aí eu trouxe algumas fotos para vocês né algumas evidências né dessa mesma essa primeira foto aí no chão vocês estão vendo Riscado aí é um jogo que chama fric Frack que é de Cabo Verde é um jogo de tabuleiro Riscado no chão e as crianças
estão em pé aí comigo a gente tá cantando e fazendo a coreografia de uma música em sua da Tanzânia chamada sim e essa mesma dinâmica a gente faz na formação do dos professores porque a gente escuta muito as pessoas dizerem que tem medo tem medo de fazer tem medo de errar e nisso de medo e medo a lei 10.679 já tem 20 24 anos né Artur 24 isso de tanto medo nada é feito né em 2008 foi ampliada para acolher e abraçar as questões dos nossos povos originários e também muito pouco se tem caminhado então
a palavra em si mas o exemplo arrasta da mesma maneira que a gente brinca com as crianças a gente tá brincando então com os professores na formação docente esse nesse caso dos anos iniciais da Educação Infantil a foto dessa garotinha olhando para essa boneca bomi né a bomi é boneca criada pela Lena Martins uma boneca preta brasileira que a gente trabalha a desmistificação da cor preta como algo negativo a gente precisa que as nossas crianças pequenas brinquem com bonecas pretas gostem de ser pretas Vejam a beleza de ser uma criança preta e essa foto mostra
essa garotinha contemplando essa boneca bomi essa garotinha hoje já é uma adolescente que essa foto deve ter gente uns 10 anos né que a gente faz isso desde 2015 eh filha de guines lá na cidade Nós temos muitos imigrantes né Professor Então ela na oportunidade ela estava frequentando uma creche pública do nosso município e a gente fez as oficinas de abayomi lá e esse olhar dela pra boneca para mim representa aquela frase que representatividade importa eu acho que o brilho no olhar dela explica essa essa frase daí mais fotos de Carimbó na escola a foto
do a foto do lado é de professores né E a foto do meio da desculpa que aí tá aparecendo só duas né a foto da direita né é com os professores e a foto da esquerda são com crianças na escola fazendo carimbó mais uma foto também de Carimbó uma foto também de oficinas sobre Axé que é a nossa realização em conjunto A gente aprende que Axé é a oa que é nós e sé que é realizar então a gente só realiza Juntas e juntos essas filosofias são trabalhadas junto aos valores civilizatórios afro-brasileiros da professora oild
da loureto da Trindade então a gente proporciona isso na formação de professores para que os professores e professoras sejam multiplicadores para que a gente de fato consiga ter uma educação que pense nos valores da nossa ancestralidade aí também o garoto compartilhando né as nossas dorides as nossas escrevivências a foto ao lado são provérbios distribuídos com mudas nesse caso aí são mudas de beterraba muda de alface muda de agrião porque a gente faz analogia que a palavra nutre tanto quanto o alimento então esse provérbio vai paraa casa dessas famílias para nutrir de ensinamento ancestral essas famílias
a minha fala é assim mesmo fiquei preocupada que o moço na na mesa anterior falou de fala ponderada a minha fala é assim mesmo ou como diz como à vees eu falo cantando porque eu canto com as professoras de educação infantil a gente canta Acalanto e a gente tenta tá hortense cantar acalantos em línguas africanas com o nosso português conforme Lelia Gonzales aí uma roda de conversa com as crianças da educação infantil porque a gente precisa conversar com as crianças Elas têm muito a dizer pra gente não é só a gente falar pras crianças muito
pelo contrário é conversando que a gente consegue eh reduzir o impacto da discriminação ali no ambiente da educação infantil que já Acontece tem a frase do Mandela né que fala que ninguém nasce odiando outra pessoa nem pela cor da pele nem pela religião que professa mas aprende então as crianças infelizmente também aprendem a odiar e a gente tenta fazer o movimento de ensinar amar não digo que é perfeito porque ninguém é perfeito temos nossas falhas mas a lua move-se lentamente mas cruza a cidade Então a partir dessas práxicas que nós chamamos de práxicas afr perspectivadesenho
município vou caminhar aqui pro final aí uma releitura da Lameda dos baobas Madagascar Baobá feitos com rolinho de papel higiênico na escola um conto africano sul-africano chamado aboio aí brincadeiras Acabou meu tempo e a última a última foto é do núcleo permanente de relações étnico-raciais tá tá aí as minhas minhas irmãs e o meu irmão no momento a gente só tem um o irmão no núcleo em cima foto de tabuleiros de jogos africanos de tabuleiro feitos aí no no com papel mesmo na escola então agradeço a oportunidade espero que a minha fala tenha contribuído aí
com o evento saona chicua [Aplausos] ubun e Aché a agora eu passo a fala para o nosso próximo participante que é o professor usto Pestana é contigo thago boa noite pessoal gostaria de cumprimentar a mesa aqui antes de tudo fazer uma autodescrição sou um homem negro de barba careca tô usando um óculos eh de grau né e ao fundo aqui tá desfocado mas eu tenho livros e um atabak então que eu gostaria de agradecer a o convite de fazer parte dessa desse seminário aqui na na USP eh e dizer que eh é muito importante essa
essa temática né Eu acredito que falar sobre as questões né do dos idosos e essa relação né com a pós--graduação é de suma importância e aí é um tema que na verdade ele precisa ser né Eh refletido sim porque Ah quando a gente fala né dessa eh do público idoso eh nós acabamos de alguma maneira excluindo eles desses espaços acadêmicos não é então muito bem como a professora Jussara coloca né Eh hoje é uma sexta-feira eh de Oxalá né então meu pai oxoguian eu sou filho do pai Sidney Barreto Nogueira de Xangô aqui da crias
Ao qual eu peço a bênção eh e eles ele nos ensina que cabelo branco é coroa né então isso é muito importante né então eu fiquei com esse tema na cabeça pensando né estudando até um pouco mais sobre para saber se a gente encontrava algum recurso Universitário que pudesse contemplar estas questões né do Idoso eh e o silêncio foi ensurdecedor né então eu me lembro né eu sou fui um estudante né da Eja n eh durante meus estudos da Eja me lembro que eh um amigo eu faltei uma semana eu trabalhava com gráfica e faltei
uma semana na escola e um amigo meu chamado Marcos ele falou assim olha rapaz não falta mais não meu termine a escola eu fui porteiro durante 20 anos e E aí eu tinha um salário legal pagava minhas contas e tava tudo certo e aí de repente veio um negócio de terceirização E aí eu falei tudo bem Me mandaram embora eu pego o dinheiro da indenização né Guarda um pouquinho e procura outro emprego ele foi lá na banca de jornal lá comprou aquele famoso amarelinho e e o e o colorido que a gente tem aqui em
São Paulo né que é jornais de emprego e ele começou a procurar empregos e selecionou umas 10 vagas lá eh só que as vagas que tavam sendo ofertadas eram vagas que eh o salário era totalmente diferente daquele que ele tinha né E aí ele começou a pesquisar mais procurar mais aí ele falou E aí meu caro eu descobri que na verdade eu passei 20 anos da minha vida como porteiro e hoje eu não tenho profissão Essa foi a fala dele então isso me chamou muita atenção né então me fez refletir sobre eh essas questões né
e eu naquela ideia de fazer cursos do sená e a universidade era muito distante né E aí eu consegui bolsa de estudos né na na uniabc uma universidade privada aqui de Santo André eu sou de Santo André do ABC Paulista aqui né e consegui bolsa de estudos e na na na época né eu eu conheci uma uma uma senhora né chamada Roselie Porto fe eh que a gente pegou amizade né eu lembro que ela tinha ido mal numa prova de história do Brasil e E aí na época eu conversei com o professor que era coordenador
como é que eu podia fazer para ajudar porque eu tinha ido bem na prova né ele falou ó vem aqui amanhã se ela quiser e você passa para ela o que você você sabe para tentar ajudar então essa história é importante para essa discussão Nossa porque eh eu falei passou pela minha cabeça né um um um ingressante no mundo acadêmico uma realidade totalmente diferente da que eu vivia Como que eu posso ajudar essa senhora eu falei com certeza ela deve saber fazer bolo e aí eu coloquei assim bolo história do Brasil ingredientes coloquei os autores
né modo de preparo E aí eu comecei a a discutir os autores lá e aí o que que acontece essa mulher ela tirou 10 na prova né então eu falo que ela foi a minha primeira aluna e quem deu a nota foi outra pessoa né E aí eu passou anos a gente passou os anos de faculdade juntos e tal Eu me formei primeiro né porque ela entrou um semestre depois e aí ela ficou doente né e Ela me confessou que ela durante muitos anos foi casada ente do marido com um filho surdo e uma filha
muito bem criada e que de repente separou ela se viu ali numa situação né de que Ó e agora né E aí ela sempre teve o sonho de estudar ela também veio do EJA e ela conseguiu ir pra universidade através do Fi e certo dia eu rece recebi uma ligação da filha dela que eu não gostaria de receber né e diz que ela foi fazer uma cirurgia e não não conseguiu superar Então ela veio a falecer e não terminou o último semestre do curso de história e deixou no Testamento dela eh para mim como erder
os livros dela sabe então eu penso o seguinte aí eu fui peguei as coisas né e as anotações que muitas anotações que ela pegava a mim a gente discutia tinha lá meu nome essas coisas então assim eu vejo como muita sensibilidade esse lugar do Idoso não é então a gente sempre vem com esse respeito né sobretudo da cultura de Candomblé eh e durante a minha pesquisa né fui pro mestrado né da da Federal da ABC fiz o meu doutorado e nessa perspectiva né na prova de doutorado Eu lembro que eu fiz o famoso exame de
pescoço e só tinha eu de negro lá eu fui o último a sair da prova de proficiência né Eh e consegui né passei em primeiro lugar no processo seletivo né tive bolsa da Caps eh durante de ponta a ponta então assim como que eu poderia dar algumas outras contribuições né porque hoje eu sou professor da Prefeitura de São Paulo não é E aí Alguns colegas né pô você jovem né tá aí doutor já não sei o qu mas a gente sabe como é que funciona né as duras Penas que é e às vezes eles acabam
ali numa numa espécie de de de ciclo que eles também entendem a universidade como espaço que não é deles na verdade é deles não é então Eh eu fico pensando né durante a minha pesquisa do doutorado eu gostaria de trazer algumas contribuições eh de pessoas que eh que são os meus mais velhos e que TM os seus conhecimentos mas que de alguma maneira esses conhecimentos são silenciados tanto pela por essa perspectiva positivista eh acadêmica como também eh silenciados pela pelo próprio colonialismo esse eurocentrismo que ainda faz da Universidade a a erige né os seus Pilares
nas corrigir marfins que que decidem quem é eh capacitado para estar dentro delas ou não então Eh respeitosamente o professor né Reginaldo prand da casa da ida ele fez o livro né a mitologia dos orixás mas eu quando eu li o livro eu falei puxa mas eu não encontro representatividade nesses itãs E aí eu conversei com meu Babalorixá que também é aí da casa né da linguística semiótica e ele me disse o seguinte Olha onde que eu falei onde que eu encontro os F é difícil né e ele tem uma filosofia interessante que ele fala
que é necessário quebrar os muros do terreiro n então quando ele fala de quebrar os muros do terreira ele não tá querendo eh falar que a gente precisa expor o sagrado eh nos seus mínimos detalhes ele tá querendo dizer que a gente precisa levar os conhecimentos ancestrais de terreiro para todos os espaços né E aí eu perguntei para ele se tinha alguma coisa ele falou olha eu desconheço e ele né com com seu meio século de de de vida eh e sempre de terreiro se ele não pôde me indicar nada sobre o assunto eu falei
então não vou ficar mais perdendo tempo caçando e foi na época de pandemia E aí eu queria uma coisa ligada aqui com São Paulo então estabeleci um recorte aqui de São Paulo e chamei algumas autoridades civilizatórias de terreira para vir e dar suas contribuições eh eles dizendo pela boca deles eh todas as pessoas pretas eh os itãs dos orixás claro eu não consegui todas né os orixás Nem todas as pessoas se sentiram confortáveis de vir falar né sobretudo também numa realidade de de genocídio que a gente estava vivenciando com a covid-19 Então mas aí ainda
consegui ter alguns relatos e que fizeram parte da eh da minha estrutura da tese que eh eu trouxe uma proposta de pesquisa e acabei eh criando né segundo a banca eu nem tinha me dado nota disso uma nova pedagogia né que eu chamei de pedagogía né então é a a pedagogia preta com os conhecimentos ancestrais de terreiro eh no chão da escola então Eh as contribuições doos mais velhos foram de suma importância e aí a gente pensa né eh pensar os as pessoas idosas né no campo da pós-graduação a gente precisa refletir sobre eh a
quantidade de escolas que está sendo fechadas de EJA aqui na cidade de São Paulo né no Estado então a gente precisa refletir né Eh como que a educação básica tá lidando com essas pessoas porque eu uma realidade que eh eu fui aluno da Eja e voltei na escola que eu estudei como professor e ouvia nas reuniões de conselho que não adiantava dar aula pro EJA porque eh dá o mínimo que se pode dar porque eles estão ali para tentar terminar a escola para tentar manter emprego né então eu ouvia muito disso não vou não estou
generalizando não estou dizendo que todas as instituições fazem isso mas naquela situação foi o que eu ouvi só que eu voltei pr pra escola que eu estudei com mais formação de quem a do que a pessoa que me deu aula não é então é uma mentalidade muito colonizada né e e e é também eh Faz parte dessa estrutura colonialista que ainda atravessa sobretudo os corpos pretos e periféricos né então a gente precisa refletir né primeiro sobre esse papel da educação básica né dos seus devidos estados eh qual é quais são as políticas né Eh que
incluem as pessoas é que não tiveram oportunidade de trabalhar de estudar por conta do trabalho nessa modalidade de ensino E aí a gente também precisa entender eh a esse modelo que coloca os estudantes dentro do espaço Universitário da graduação e aí a gente faz um link da graduação e da pós-graduação porque não adianta só colocar é necessário também ter políticas eh de permanência dessas pessoas porque como que elas vão permanecer e terminar os cursos delas entende então isso é isso é muito importante né a gente sabe que os critérios para paraa bolsa de estudos da
caps da Fapesp cnq são altamente rigorosos e seletivos eh e as pessoas até a questão das disciplinas né muitas muitos programas de pós-graduação que tem as suas disciplinas no período da manhã e da tarde por um público que é trabalhador né então a gente também precisa rever eh essas questões nesse espaço acadêmico porque ao invés de aglutinar a gente segrega não é então é importante então quando a gente fala dessas questões né das pessoas né Eh idosas nesses espaços eh de discussão é o que a professora Jussara falou né a gente considerar esses saberes deles
né essas grios esses grios eh que estão também querendo fazer parte desse processo mas que não encontram caminhos nem possibilidades para para estarem nesses espaços e aí eh a gente acaba ficando eh refém dos discursos dos outros né uma coisa que eu achei eh que chamou muita atenção durante a minha pesquisa foi a questão de dos discursos e eu acabei criando uma metodologia chamada análise preta do discurso porque eh A análise preta do discurso parte do princípio de que eh tudo que a gente vai ler o grande parte daquilo que a gente vai ler no
campo acadêmico são de referenciais é não pretos e aí quando você lança esse olhar da análise preta do discurso você se pergunta onde é que estão os meus pares aqui nessas discussões que estão me formando que estão me fazendo um mestre uma mestra um pesquisador uma pesquisador um doutor e onde é que tá o meu povo aqui porque meu povo tá produzindo Mas por que que não tá chegando essas discussões lá né eu fui fazer uma uma palestra na Faculdade de Direito de São Bernardo e falou assim ah a gente não tem uma disciplina aqui
que Contemple essas questões tudo bem mas e as referências pretas dessas disciplinas Onde é que estão certo então quer dizer a gente precisa refletir mesmo sobre isso e e não só ficar um assunto é entre a gente do dos muros da academia a gente precisa avançar nesse sentido então quando o pai fala né que a gente precisa quebrar os muros do terreiro é levar esses saberes do eh do terreiro essa essa ideia de de coletividade né a a questão do iw Pelé que é a questão do bom caráter né do humb da ética eh de
terreiro civilizatória para esses espaços eh criando também condições para que a gente tenha eh essa diversidade eh na prática não só no discurso não é então é eh é muito dificultoso né quando eu fui fazer a pesquisa sobre alguma coisa se existia alguma coisa nesse sentido né uma coisa ou outra a gente encontra para vai para cá mas eh deveria ser algo muito mais muito mais aí levado a sério não é eh porque a gente tá tendo eh eh tem condições de ter pessoas que estão lá no no chão da escola dando suas contribuições mas
que acabam de alguma maneira pensando que a universidade não é o espaço delas e que não é eh o caminho eh para elas e que elas têm que ficar ali de alguma forma eh terminando a sua carreira eh naquela espécie de zona de conforto que L pôs ali L foi ali encubida então eh pensar Nessas questões dos idosos e o espaço da pós-graduação é pensar nesse processo de longa duração né como bem Diz aí eh O brudel que foi um dos responsáveis aí pela também pela criação da Universidade de São Paulo né esse processo de
longa duração que eh que afastou né a população pobre a população eh Negra e a população idosa também nesses espaços né então Eh pessoas que eh estão chegando no campo acadêmico que estão aí dando continuidade nos seus estudos acadêmicos no estricto senso eh que não tem experiência no chão de escola e muito menos experiência de rua ou para ter essa visão descolonizada do que é eh de verdade né a estrutura social da civilização brasileira então eu acredito que acredito que a gente a gente tem eh muito ainda que avançar nesse sentido não é eh e
trazer essas discussões aqui para esse espaço né Eh faz com que a gente sinta né de alguma maneira esse movimento eh acontecendo né do contrário é a inércia que sempre esteve aí Posta não é eh e de alguma maneira a gente conseguir atingir essas pessoas eh para que elas se sintam na que elas possam ter a oportunidade de vivenciar esse experiência né Eh para que não aconteça o que aconteceu com a minha amiga Roselie eh de ver o sonho dela eh ser esbarrado por um problema de saúde porque foi tarde demais Tá certo então esse
eh é para ontem né aquilo que a gente aprende na filosofia de Exu né Exu matou um pássaro ontem com a pedra que ele jogou hoje então é ser assertivo nas nossas ações e pensar que a universidade p é para o público né me lembro que eu vi bem uma uma uma imagem de uma mulher negra fazendo a limpeza do chão da universidade e tinha a seguinte legenda Como você está se comunicando com quem paga os seus estudos Então a gente vai tem aquela linguagem acadêmica aquele aquela coisa robusta né aquela coisa erudita todas essas
questões mas eh a gente sabe que é um critério para publicação de artigo etc né mas será mesmo que nas nossas práticas esse tipo de Comunicação tá logrando êxito ou a gente tá mais separando do que trazendo para dentro desse espaço Tá certo então acredito que seja um pouco dissa a minha contribuição aqui eh agradecendo aí a mesa mais uma vez as pessoas que estão aí acompanhando presencialmente e pelo YouTube né agradecer oo Alex agradecer também a a Elizabeth Montesano pelo convite né dizer que eh fico muito grato eh deixar um abraço aqui com o
pessoal da escola que eu trabalha Imperatriz Dona mélia aqui na zona leste de São Paulo e e também da do pessoal do for PED que eu faço parte né do Fórum de igualdade diversidade e a racial tá e da banca x né que é um coletivo social foi pensado também de eh dar capacitação PR as pessoas entrarem n cursinhos populares e também a questão de construção de projetos de pesquisa eh gratuito para que elas possam também está eh ocupando esse espaço acadêmico não é eh desejar aí para todos e todos aí uma universidade mais inclusiva
e de verdade de fato eh que possa fazer valer essa ideia de diversidade na prática e agradeço aí pela oportunidade aí e me coloco à disposição para qualquer coisa Obrigado muito bem muito obrigado do professor Tiago Pestana pelas palavras ponderações e reflexões tão importantes para nós pensarmos eh Então esse processo não é da permanência da pessoa idosa do ingresso permanência da pessoa idosa no ensino superior eh como tu mesmo fez a saudação a yua não poderia deixar de fazer também a minha Saudação Para todos nós e que L que é o filho próximo de Deus
continue segindo os nossos caminhos para todas essas perspectivas que nós precisamos para transformar então a universidade passo agora a fala para o Alexandre da Silva secretário Nacional do direito humano da pessoa idosa do Ministério dos direitos humanos e cidadania Boa noite a todas as pessoas espero que vocês estejam bem obrigado por ficarem aqui acompanhando esse debate Eh quero primeiramente fazer a minha autodescrição então sou um homem eh preto pele retinta cabelo eh Comprido estou usando um blazer aqui uma camisa cinza claro ao meu lado está professora Jussara Professor Artur e o fundo é um fundo
branco e eu tô bem atrás do Banner aqui tá eh eu vou agradecer primeiramente a presença das pessoas idosas uma colega aqui uma amiga Leni obrigado por ter vindo eh também Professor Artur Professor Paulo que fez o convite toda a equipe todas as pessoas que organizaram o espaço para que a gente possa hoje eh ter esse debate professora Jussara Professor Artur difícil falar Professor Artur porque o Artur é um amigo né então assim fica meio um ambiente sério aqui mas né o amigo Artur de de momentos muito importantes da minha vida eh Tiago também professor
Thiago obrigado e demais pessoas presentes eu vou eh Então a partir desse desse tema deixa marcar meu tempo aqui também para não passar do do combinado eh falar sobre atenção à diversidade na educação e políticas afirmativas para as pessoas idosas na pós-graduação eu não consigo ir direto a esse assunto sem fazer um contexto do que tá acontecendo eh e eu vou trazer então um pouco sobre o cenário geral que que que está hoje a questão de envelhecimento e a questão das pessoas idosas vou falar um pouquinho sobre o idadismo que é um ponto central de
tudo que nós estamos discutindo aqui a seguir falarei sobre envelhecimento ativo e no final as ações da secretaria nacional dos direitos da pessoa idosa e já começo também fazendo uma provocação eu gosto de ser também considerado um ador Eu Quero resgatar o termo velho porque a gente fala de Criança adulto adolescente eu quero falar o termo velho e trazer alguns exemplos do porque pode ser bom falar que a pessoa é velha que a pessoa é velho eh pensando na árvore que faz uma boa sombra para para uma comunidade toda pensando num vinho né para os
apreciadores sabem a diferença de um vinho envelhecido para fal falar de um móvel da casa que tem tanta história onde muitas pessoas ali sentaram guardaram os seus Imóveis o seus seus bens né suas roupas seus cadernos para falar das obras clássicas E aí eu remeto ao nome do próprio auditório né Milton Santos Professor Milton Santos tem um conselho de território que é a base de um dos Nossos programas envelhecendo Os territórios para falar também das memórias do Sabor Antigo então se eu perguntar aqui para todos e todas e todos Quais são qual é aquele sabor
Qual é aquele prato que o seu mais velho que a sua mais velha fez que te dava aquela alegria com certeza vocês vão lembrar do cheiro do lugar né da aparência daquele alimento então falar velho tá certo também e a gente tem que parar de ter esse preconceito em relação a uma palavra que pode trazer B significados para entender melhor o que tá acontecendo hoje bem eh eu vou aproveitar para fazer um contexto do que é hoje o Brasil o Brasil hoje não é mais um país de pessoas jovens quem ainda falar isso precisa atualizar
precisa apertar o F5 a os valores da média de idade os valores de mediana nosso Já não são de países mais jovens a pirâmide né mais pirâmide é um outro formato geométrico então vejam nós temos hoje algo em torno de de 16% de pessoas que totaliza 32 milhões de pessoas idosas esse número Só vai aumentar nas próximas décadas a gente tá falando de uma diversidade hoje onde você tem estados como Roraima onde você tem algo em torno de 99% de pessoas idosas ou seja cada 10 pessoas uma é pessoa idosa para dados do Rio Grande
do Sul onde 20% da população já é idosa ou seja cada cinco pessoas uma já é idosa e há municípios onde quase 40% da população já é idosa há projeções dizendo que Rio Grande do Sul e Alagoas terão a partir de 2027 já a a redução do seu tamanho populacional Então já passou da hora de falar sobre envelhecimento populacional e sobre pessoas idosas quando a gente tá olhando essa questão do envelhecimento muitos dos Senhores e das senhoras que estão aqui presentes que estão nos ouvindo vão ter dois cenários para exemplificar um pouco o que tá
acontecendo hoje no nosso país em relação a ser uma pessoa mais velha vocês vão lembrar de famílias onde eh Em algum momento em alguma festividade ou num almoço do final de semana vocês encontrarão cinco gerações na mesa tataravô bisavô bisavó eh o pai né o filho a filha e E aí eu uso professor Thiago o testo do pescoço pro pro outro lado quando você fala de pessoas idosas pretas travestis da Periferia lgbtq a mais e tantos outros grupos que tem uma que que vão crescendo e envelhecendo sob vulnerabilidades esse teste do pescoço é porque você
não acha Ninguém ao seu lado eu tô falando da Solidão há pessoas que por um acúmulo de parte de pessoas que estão vivas de renda de saúde conseguem propor pensar a Solitude mas Há muitas pessoas que vivem sozinhas na solidão e isso tem esses vá essas várias intersecções que nós já falamos então é muito difícil hoje você imaginar o envelhecer de um homem branco Rico e de uma mulher idosa travesti é quase difícil imaginar que a condição das desses dois representantes desses grupos tenham as mesmas possibilidades para envelhecer e quando a gente vai falar da
escolaridade das pessoas idosas para chegar na questão do nível superior é importante saber que do total de pessoas analfabetas do país mais da metade são pessoas idosas esse número precisa ser compreendido e incorporado em tudo aquilo que tem sido falado Então as ações de redução do alfabetismo elas precisam ser pensadas muito na perspectiva das pessoas com mais de 60 anos e se eu for uma década menos colocar 50 anos esse número aumenta ainda mais junto com isso você tem para além do analfabetismo que é maior quer dizer a maior população de analfabeta são pessoas idosas
você tem que aquelas que não são analfabetas T baixíssima escolaridade então para poder falar da da da da inclusão da participação do acesso permanência no nível superior é necessário olhar Primeiro qual é o contexto que nós estamos pensando e tendo hoje no nosso país porque junto com isso a gente tem um outro problema que é o o o a dificuldade do acesso aos meios virtuais que é um meio que tenta muitas vezes reduzir um pouco as desigualdades Então hoje é necessário pensar não só a inclusão digital das pessoas idosas mas o letramento das pessoas idosas
e também a redução das violências que ocorrem dos Bentes virtuais eu tô falando das violências financeiras patrimoniais eu tô falando da do enfrentamento ao a fake News e também aos discursos de ódio Então tudo isso rapidamente para contextualizar o cenário do envelhecimento e das pessoas idosas no Brasil eu vou passar agora pro outro ponto queer falar sobre o idadismo então da mesma forma como a gente entende hoje o machismo o capacitismo Ah o racismo existe também o idadismo o o etarismo Egeo enfim são termos sinônimos mas isso quer dizer que a pessoa pode sofrer a
discriminação porque a idade dela e o que ela faz e onde ela está e como ela está por ela está passa a ser questionado Então não é só o idadismo para as pessoas mais velhas ocorre também para as pessoas mais novas de repente um pós-doutor aqui com 20 e Poucos Anos ele passa questionado porque ele é muito jovem para acumular tanto tanto conhecimento a vantagem entre aspas é que ele vai envelhecer então em algum momento ele ser pós doc com 35 40 anos vai ser algo mais naturalizado a questão é que a pessoa que já
é que sofre idad porque ela é mais velha no ano seguinte isso vai piorar porque ela vai envelhecendo cada vez mais e ganhou notoriedade falar sobre idadismo quando o uma uma aluna uma mulher de 42 anos se eu não me engano sofreu idadismo numa universidade privada do Estado de São Paulo ali Foi questionado um pouco esse idadismo ela tinha uma idade que para aquele espaço para aquele momento ela ela foi considerada por algumas pessoas preconceituosas que ela era muito velha para estar lá e aí tudo que foi falado aqui pelas pela professora Jusara e pelo
Thiago não foi levado em consideração quer dizer o empenho o con a expectativa a dedicação a contribuição que ela faria para esse curso nenhum momento Foi questionado foi levado em consideração no fundo no fundo quando a gente fala sobre idadismo não dá para excluir que há um debate também de enfrentamento ao capitalismo e se eu falo de Capitalismo T falando também sobre trabalho se eu falo sobre trabalho é preciso compreender que muito das situações hoje que já fala sobre idadismo que vai repercutir na condição al de escolaridade das pessoas idosas mas também naquela que naquelas
que vão envelhecer cada vez mais é a dificuldade de permanência nos nos mercad de trabalho então tem essa essa proximidade muito do idadismo capitalismo e essas discriminações que ocorrem tanto nos espaços de aprendizagem ou também nos espaços de trabalho então hoje tem uma série de exigências que a gente vê hoje você precisa saber quais são todos os formatos de inteligência artificial para poder fazer texto imagem e tudo mais mas não se considera Por exemplo essa epidemia do adoecimento mental que afeta todas as pessoas todas as famílias todos os cursos todos os corpos docentes e às
vezes a pessoa mais velha poderia ser aquela queria contribuir com o equilíbrio ou com o direcionamento das ações também pegando um pouco agora do que foi falado pelo professor Thiago quando Pensa num grupo que está sofrendo as diversas vulnerabilidades o quanto espaços como economia solidária poderia também ser esse espaço de aprendizagem E se for da vontade da pessoa idosa Que ela possa Em algum momento querer ingressar no nível superior porque isso também tem que ser perguntado para ela se aquilo que se ensina nas universidades hoje é aquilo que ela gostaria de aprender né a gente
fala que parece que é um grande presente mas espera lá Será que ela gosta do que se fala hoje no nos nos nos nos projetos ped Picos dos cursos de nível superior então é o outro ponto acrescento mais um que é isso a satisfação pessoal que a pessoa idosa tem aí eu tô falando que que quer ingressar no nível superior para ver se isso é levado em consideração porque muitas vezes quando a gente fala da formação na pós-graduação ela tá fortemente associada a uma possibilidade de ascensão social e essa ascensão social para pessoa idosa nem
sempre ocorre logicamente no tempo de vida dela então muitas vezes o ingresso nível superior é mais uma satisfação pessoal e muitas vezes infelizmente nós sabemos é é é difícil até de numerar o quanto nós percebemos de adoecimento de alunos alunas alunos de pós-graduação porque a condição desse momento da vida é muito difícil eh nós temos um artigo 5to da convenção interamericana sobre a proteção dos Direitos Humanos dos idosos e aí pegando um pouco da fala anterior onde a gente tá falando do direito de todas as pessoas que sofrem as M diversas vulnerabilidades e que sofrem
as múltiplas discriminações O que quer dizer isso que hoje nós temos um grupo de pessoas idosas ou que estão chegando a 60 anos que vão envelhecendo E aí eu trago uma outra perspectiva do que o envelhecer é você ter mais oportunidades ao longo da da vida não essa cronológica da finitude que um grupo vai ter muito mais chance disso Enquanto o outro só envelhece acumulando discriminações ora porque era mulher ora porque era preta ora porque tinha deficiência agora porque é velha agora porque tá mais pobre agora mora numa região mais periférica Então como é que
fica a gente comparar essas condições de envelhecer quando uma um grupo acumula oportunidades e outro só Vai acumulando mais dificuldades para chegar nesse ponto tô tentando seguir o tempo aqui eh quando a gente pensa o envelhecimento ativo a gente tem quatro pilares que são bastante importantes até para se pensar as políticas públicas o primeiro que é algo assim que todo mundo fala todos os espaços que nós vamos esse ponto é abordado pelas pessoas idosas que é a questão da saúde a saúde é um ponto essencial E aí a gente faz pela secretaria toda essa articulação
para tentar compreender como é que a gente pode ofertar essa saúde pras pessoas porque saúde pras pessoas não é não é só você ter um padrão normativo de pressão arterial o nível glicêmico é muito diferente para diversos grupos o que é ser saudável o outro ponto é a segurança e aí eu costumo dizer seguranças porque não é só essa Física não é só essa emocional mas é também essa previdenciária que eu preciso ter a outra é a participação então Eh eu não sei qual como é a dinâmica desse espaço Mas é muito comum que alguns
espaços que falem sobre pessoas idosas elas estejam sempre menor número né então como nada para nós sem nós também você num espaço como esse muitas vezes as pessoas idosas sequer sabem que existe um espaço que existe uma uma mesa hoje né bem organizada bem eh provocada e elas talvez nem sabem e gostariam de estar aqui né por isso fico feliz em ver a lenia aqui com a gente porque eu sei que ela tá sempre né acompanhando as ações e fazendo também transformações mas por outras pessoas não estão aqui e porque outras pessoas que ela gostaria
que estivessem aqui não se permitem socialmente psicologicamente emocionalmente estarem aqui também e o outro Pilar é educação para toda a vida e aí a gente pode falar um pouco mais dessa questão do ensino ainda que todos os pilares que eu f falei passa pela educação passa pela formação porque um dos pontos que a gente materializa por exemplo idadismo é quando você vai né quando as pessoas idosas vão muitas vezes no espaço de saúde acompanhadas de alguém e aí esse profissional essa profissional muitas vezes já dirige toda o encaminhamento toda a pergunta para quem acompanha e
não para a pessoa idosa e muitas vezes você vê que uma das questões das condições que são sensíveis tratar das pessoas idosas elas deixam de frequentar os espaços de saúde os equipamentos de saúde porque elas são maltratadas a mesma coisa para os golpes quando você tem uma má compreensão dos textos e aí professores alunos nós sabemos o quanto muitas vezes nós mesmos temos dificuldade para compreensão de um texto Quem dirá um golpe que já é criado toda uma uma articulação ali da da do texto em si para gerar essa armadilha Então embora tenha um pilar
falando da educação todos os outros são diretamente influenciados também pela educação Então como falar um pouco sobre a educação a aprendizagem para toda a vida o que isso pra gente e o que a secretaria tem pensado né conceitualmente para depois falar das ações Então primeiramente é isso que eu já tenho dito que as ações pensando a educação a aprendizagem para toda a vida ela também é o meio e de enfrentamento ao analfabetismo ela é também um respeito a todas as formas de aprender e de ensinar também tem isso será que os meios de pós-graduação e
tantos outros ensinam da melhor forma já que muita gente adoece Então tem alguma coisa para ser questionada aí também será que a gente tem que pensar naquilo que não é só o que a graduação oferece Será que muitas vezes pessoas idosas querem uma formação técnica e lógica Será que essa medição do que é ser intelectual ser uma pessoa bem eh eh alfabetizada é chegar ao nível superior ou é você acumular anos de aprendizado como é que é esse ingresso esse acesso essa permanência no ensino superior como fica também o convívio intergeracional e como é a
escolha das metodologias que vão ser mais respeitosas as biografias a singularidade a subjetividade e o protagonismo que as pessoas idosas merecem tanto eu falo merecem tanto porque Vejam Só a gente tem um um um hábito E aí acho que a fefel é um espaço importante falar sobre isso quando a gente fala do bem envelhecer a gente vai rapidamente buscar conhecimentos orientais que faz sentido tá tudo certo mas a gente ignora outros né né Então como foi falar professora Gara quantos saberes africanos afro-brasileiros estão presentes e não são incorporados na nossa cultura quantos saberes indígenas também
falam do mais velho e também não são incorporados à nossa Cultura a gente tá vendo agora essa questão do meio ambiente mas já é de desde o começo que os donos da terra T falado que o mais importante é a terra e hoje a gente não tá nem resgatando O que foi falado lá atrás quando você vai Ender um desastre ambiental o nome do Morro o nome do rio o nome do mar já fala que não era para ter ocupação do ser humano naquele espaço bem eh Então as ações agora da secretaria nacional de Direitos
da pessoa idosa isso também eu quero fazer essa menção de que existe dentro do governo federal dentro do ministério de direitos humanos e da Cidadania várias secretaria para grupos específicos e uma das secretarias é para a pessoa idosa então nós temos agora de forma concreta Essas são as boas novas para trazer já um projeto chamado educação para toda a vida que ocorre no Rio Grande do Norte que é uma educação para redução do analfabetismo que usa a proposta de Paulo Freire que vai nos municípios mais envelhecidos principalmente os rurais para fazer essa formação com educadores
populares e saindo da lógica de sala de aula porque o que o thgo trouxe realmente é preocupante demais a redução das ejas que existem a nossa a nossa proposta até é que não seja EJA que seja eapi porque veja você tá falando de um espaço quem ser acolhedor e você fala que a educação para jovens e adultos e o grupo que mais tá na eh sem essa formação são pessoas idosas e elas não estão nesse acrômio também acaba sendo uma certa invisibilidade ainda que nós saibamos que tem toda uma questão legal dos documentos Marcos normativos
que precisam também ser atualizados mas fica aqui uma provocação por não colocar no acrômio as duas letras também eh nós temos agora em andamento e eu convido todas as pessoas presentes que estão nos assistindo a também participar e acompanhar o nosso plano nacional que é uma ação que vai sob a coordenação do nosso da nossa secretaria mas articular com todos os Ministérios ações para educação então nós temos ações pensando a secadi E aí tem a questão da redução do alfabetismo nós temos uma uma questão também com com a Secretaria de Educação Básica que é de
falar um trazer um jbi paraa discussão intergeracional para que os professores saibam lidar e também não adoeçam por esse conflito intergeracional então lgb e a formação dos professores tem também a questão a articulação com o ctec para pensar essa questão da formação é um projeto chamado saberes da vida que já está em em em grande articulação e também a questão da secretaria de ensino superior que é para pensar esse ingresso a entrada das pessoas nesse ambiente eh para finalizar trazer aqui que já tem algumas universidades federais que fazem já essa inclusão eh Na graduação porque
graduação é um ponto importante dado o contexto que eu trouxe aqui para todas e todas eh também fazer a reflexão comigo mas mesmo assim nessas que fazem a gente já percebe que o padrão dessa da do que o perfil desses novos eh alunos né Eh eh dos cursos de graduação dessas universidades muitas vezes são pessoas idosas de pele mais clara e que muitas vezes estão fazendo a sua segunda graduação então é necessário né eu sei que é um tema que gera cota já gera polêmica Quem dirá dizer Cota da cota Mas enfim tá gravado né
então é necessário pensar a cota da cota porque muitas vezes essas pessoas idosas é e que não e que não é que não são minorias né quer dizer a gente sabe que são a maioria da população idosa não consegue por vontade própria por oportunidade ingressar na graduação e fica mais difícil ainda né quem já fez a uma pós--graduação sabe a uade que é então eu quero aqui finalizar e agradecer a todos né pela pela escuta aí fico aqui aberto para também dialogar mais com vocês Muito [Aplausos] obrigado mais uma vez muito obrigado ao professor Alexandre
da Silva pelas provocações né Ele é um provocador mesmo e é interessante pensarmos isso né a a cota da cota tema espinhoso eu vou aqui tá tem bastante saudações no YouTube as pessoas estão agradecendo né dizendo gratidão Boa noite é mesa potente E aí eu vou ler dois dois comentários a Ray Rocha Nascimento diz eu gosto muito da palavra velho não gosto da forma como essa palavra vem tendo outros sentidos para desvalorizar pessoas idosas tem também um comentário de do Paulo Teixeira que diz tema muito estruturante para a atualidade né agora eu abro paraa plateia
se alguém tem alguma pergunta Quer fazer alguma pergunta algum comentário sim temos temos uma pergunta só um instante se quiser vir até aqui por favor por gentileza tá vindo e eu fico muito feliz quando a gente pode falar de velho porque ninguém fala de velho né gente quando que a gente discute velho no nosso dia a dia né das nossas conversas Quando que você levou a sua Tiazinha velha para tomar um café quando que você levou a sua amiga idosa para um bloquinho de carnaval a gente não tem esse hábito e eu fico tô assim
tentada a contar um pouquinho só da minha história porque vale a pena para definir as coisas que foram ditas na mesa eu tenho 71 anos e sou a primeira da família essa estatística que todo mundo sabe né primeira da família Universidade primeira tá bom e agora eu resolvi entrar no mestrado com 71 anos Por quê não é porque o mestrado ia me trazer um conhecimento mais do que os saberes da idade é porque infelizmente esse tema eu sou militante eu sou conf fundadora do mnu e tô no conselho dos grios do mnu o tema da
osidade para eu poder ser ouvida nos no movimento de mulheres e até em situações de movimento negro eu teria ser Doutora aí e isso me fez eh correr falei não então se é título se eu para ser ouvida em cima dessa demanda que é minha porque a gente só percebe quando fica velho as coisas acontecem com os velhos Eu adoro a palavra velho também viu Alexandre não tem que desmistificar isso então eu sou velha assim então quando a gente fica velho a gente começa a perceber as coisas que acontece com a gente velho e e
eu não conseguia passar isso pras minhas irmãs Minhas irmãs na militância meus irmãos na militância esse tema é sempre ficava pro fim tipo ah que saco é o mesmo olhar que a gente vê quando eu tô num lugar público ou na faculdade e falo da idos ADE a eu sinto um olhar que saco lá vem ela de novo e e porque meu tema é meu meu tema é para dissertação eu tô no primeiro ano gente então eu não sei os termos acadêmicos e eu acho que a gente tem que fazer assim né jud português e
meu tema é osidade da da mulher negra genocídio e apagamento porque eu considero Alexandre quando a gente vai pro pra UBS e toma remédios que não funcionam para mim idosa que isso existe isso é genocídio é apagamento a cada 23 minutos um um menino um jovem negro morre e nós Qual o marcador de de nosso quantos velhos morrem velhos pretos eu tô falando porque meu trabalho é específico Então essas coisas me fizeram entrar na universidade pelo sistema de cotas o f ABC viu Tiago E aí o choque porque a universidade não tá preparada para mim
até aí tudo bem só que é é demais também né assim tem uns desrespeitos até mesmo legais o ônibus tem que parar fora do ponto para idosos nunca parou para mim eu não vou ficar discutindo isso lá porque eu tenho coisas M sérias mas assim mas a os os professores se surpreenderam com o tema como osidade aí a minha sorte foi que no segundo dia de aula eu já aprendi que bir que eu nunca ouvi falar nesse cara na minha vida antes ele falou sobre a exclusão etária então eu já me apaixonei falei pelo menos
um porque não se fala na diversidade não se coloca o velho na diversidade coloca LGBT mais questão de etnia velho não tá na diversidade e tem que tá então o meu o meu meu projeto é estudar políticas públicas que possam diminuir essa invisibilidade mas aí eu tenho que ouvir as minhas irmãs então eu vou ouvir as mulheres negras da minha idade mais que para para ver o que é que tá faltando a gente já sabe o que tá faltando alfabetização então não é todo mundo que quer ir pra universidade mesmo lógico mas tem que ter
o direito o professor perguntou para mim Você conhece alguém que queira entrar na universidade velho não Lógico não não conhece porque olha o EJA como é olha ó o nosso alfabetismo não dá Então essa essa discussão é uma discussão que me toca eu fico muito feliz por ter no governo federal um ativista que eu com a sua tática de luta porque o que você faz é tática de luta porque você introduzir um tema espinhoso né e a gente só tem agradecer e estamos aqui cada um do seu jeito também instigando a sociedade para para me
perceber e me discutir e me vê é isso perfeito Muito obrigado Len Blu o secretário vai Alexandre né vai dialogar com a sua fala eu Diogo diálogo com Len Blu há muito tempo né começamos lá no Instagram não foi É verdade quando eu depois quando eu fazia uns textos também no H enfim tinha muito disso né Eh Bom primeiramente tudo de bom no seu mestrado tenta não adoecer cons Esse é o plano Esse é o primeiro ano vê tudo que as pessoas fizerem fala não não vou fazer porque adoeceu todo mundo então não faça isso
tá eh eu eu vou só me atentar um pouco aos pontos e aí eu tava até comentando aqui com a professora Jusara com com o Professor Artur que eh para começar a entrar no doutorado eu vim aqui na fefel beber as fontes que tinha e fiz aquele curso né o história do do do do do africano do da África no Brasil enfim todos aqueles cursos que tinham África africano eu fiz todos né E aí eu lembro que um dia encontrei o professor cab L falei assim professor ceng eu já fiz vários cursos aulas tal não
achei nada sobre pessoa idosa eu falei que que o senhor sabe tipo assim ISS é minha última esperança para aqui na fefel eu falei eu não sei eu falei pronto assim o lado bom é achei o tema do doutorado o lado ruim é que medo né porque agora por onde começar mas eh eu acho que é isso e você sabe o quanto eu gosto de você né então eu vou só trocar o tática de luta eu vou acrescentar do capoeira porque é isso né a gente tem que ter essa essa estratégia quando você tá né
num num num num mestrado num programa de pós E você tem um tema como esse eu sempre fico preocupado com o letramento dos seus or dos seus orientadores orientadoras para que não deslegitimando da sua experiência de vida para tentar te convencer de que esse caminho não é o caminho metodologicamente conceitualmente correto e às vezes é isso as pessoas não sabem o que você sabe né então hoje a gente pode dizer que não só paraa questão da da da da pessoa idosa mas da pessoa negra da pessoa lgbtq a mais da pessoa com deficiência que às
vezes nós temos um conhecimento que quem às vezes está nos orientando não faz nem noção da profundidade desse conhecimento ou ou a o assunto agora né de migrantes refugiados pessoas nem tem a profundidade porque não é uma coisa como falar de um de um vai de um aparelho como microfone que tem uma tecnologia E aí isso é meio que né Universal não é é diferente é diferente a sua né vivência não quero falar sobre vivência de novo falando do adoecimento percebe isso você é importante para mim tá então eu tô falando quero você bem Tá
bom então assim por que eu falo vivência na pós-graduação de uma mulher que tem toda essa história e para mais agora a fundo na sua Eh pergunta ou reflexão que é isso quando a gente fala desses grupos que vão sofrendo essas vulnerabilidades tanto por questões sociais ou de discriminação eh a gente fala hoje né para para quem tá ouvindo um pouco mais sobre crecimento hoje sobre a feminização da velice ou seja mais mulheres pessoas de gênero feminino chegam aos 60 anos chega aos 80 anos aos 90 anos mas a gente não pode também naturalizar a
morte precoce das pessoas do gênero masculino e muito mais precoce se preta e muito mais precoce a depender da sua orientação sexual ou identidade de gênero porque você não tem dados por exemplo da expectativa de vida das pessoas lgbtq a mais você tem média de morte Méia de morte é outra coisa não é e e mais talvez Fi pensando agora né Eh e fica aqui a dica pro seu orientador ou sua orientadora né Eh você precisava ter primeiro um poder transcendental de é perguntar quem morreu aos 50 anos o que aconteceu porque tem isso né
existe um um um um um um um abismo quando a gente vai falar dessa mortalidade desse grupo que você tá estudando é que tudo vem bem De repente tem um abismo todo mundo várias pessoas morrem e depois tem lá o 60 que tem um fator que mais quanto mais velho a gente vai ficando mais perto dos 80 90 anos mais as condições de vida são semelhantes não importa o gênero não importa a cor da pele vai ficando mais mais parecida mas por quê Porque todo mundo foi morrendo antes e talvez um fator interessante é entender
o por que não tá chegando todo mundo junto Porque é isso a gente tá falando de uma questão de vida vou falar física né quer dizer chegar vivo aos 70 80 anos mas e a morte social e a morte dos seus porque também né se você não tem esse convívio intergeracional você acaba vivendo e envelhecendo cada vez mais sozinho mais sozinha porque quando morre né um companheiro uma companheira um irmão um primo uma prima a gente morre também e e agora lini eu começo a entrar numa fase muito dura da minha vida porque nessa estatística
eu já tenho amigos morrendo aos 40 50 anos e eu vejo que outros amigos meus que não são negros não estão pensando nisso já né então eu já enterrei um amigo esse ano e é uma coisa que eu nunca imaginei que fosse acontecer eu ainda sem ainda com 40 e poucos anos né Então essa experiência que talvez você também vai encontrar no seu trabalho de dissertação também tem que ser pensado né porque muitas vezes fisiologicamente tamanha S as pancadas as vulnerabilidades as violências as agressões os não lugares é essa pessoa fisiologicamente tem um corpo muito
mais envelhecido não pelo processo natural que é bonito mas sim pelas questões Então você vai ver por exemplo que aquelas doenças hipertensão diabetes AVC nos livros de 30 anos atrás ela doenças que afetam mais pessoas idosas hoje com certeza alguém sabe aqui alguém que já tem diabetes aos 35 que já vesou aos 40 anos né Então tudo isso faz faz com que a média da vida das Nossa o acúmulo de vida da população idosa chegue lá na frente mas tem grupos que estão ainda avançando década a década Sim mas de forma muito desigual ainda tá
é isso muito bem bom sim sim eh interessante que ouvindo aqui a as falas e as discussões tal eh eu sou de São Caetano e lá na universidade Municipal de São Caetano tem um curso que eu não sei o curso eu sei que é graduação paraa terceira idade e como estou atual aberto né Universidade de aberta terceira idade un é eu acho é E aí eh eu estou atualmente lá na Defensoria Pública e eu chego para trabalhar uma em torno de 1 hora 1:3 que é o horário que eles estão chegando a maioria são mulheres
né E todas brancas e eu sempre fiquei eu fico olhando falo meu Deus mas eu não não acho ninguém aqui assim né uma uma vozinha uma Tiazinha tal Negra só tem mulheres brancas e hoje ouvindo aqui essa discussão aí caiu a minha ficha né porque que não tem a terceira idade as mulheres da da terceira idade pretas estão lá na universidade fazendo eh o curso a graduação eu não sei direito o que é mas eu eh eu falei meu Deus eu nunca tinha pensado nisso embora eu procurava né ficava olhando por Será né que não
tem por que será e é isso aí eu acho que é isso Você quer falar não seu nome elizabe eh eh antes de estar como secretário eu né até temos um artigo escrito juntos Artur e eu né Eh também tô na pesquisa e tem um estudo chamado ELS chama estudo longitudinal da saúde dos idosos que é um banco de dados que fica aberto então qualquer pessoa que tá agora aqui ou ouvindo pode acessar esse banco e eu fiz essa análise nessa Perspectiva da da do acesso a educação da aprendizagem então eu considerei a anate como
uma atividade que que é para você aprender ao longo da vida mas vi crochê curso de de tecnologia corte de costura Enfim tudo para para chamar de alguma atividade e o que é positivo e eu queria que você fosse embora com esse otimismo é que quando há a oportunidade as pessoas idosas não brancas ou seja negras e outras acessam Então veja quando você pega aquela idade logo após a aposentadoria o número de pessoas que começam a fazer cursos tanto a unat e tal aumenta e depois começa a diminuir lá pelos 80 anos que infelizmente pode
ser quando começa a aparecer alguma dificuldade da mobilidade e aí vem a culpa nossa de não garantir essa mobilidade né que seria um transporte público que seria sei lá outras formas até de aprendizagem por qu a vontade sempre existiu o que faltou é a oportunidade Então quando você vê que você consegue por exemplo tirar né aquela coisa do é só para intelectual e não é não é para você começa a ter o acesso então e aí a gente tem uma série de equipamentos hoje no Brasil todo que é porta aberta mas parece que tem uma
porta invisível às vezes esses espaços são criados até nos Espaços periféricos de qualidade com né tanto no espaço quanto a formação dos profissionais mas a pessoa idosa e aí eu tô falando pobre em geral ou enfim ela não se sente e e se permite entrar ela não se sente convidada né então o que tem também a gente fala em alguns e e equipamentos ou ações que é a buscativa quer dizer vai atrás né bater na porta falar ol senhor quer aprender o senhor quer aprender o que que o senhor quer aprender Então hoje a grande
revolução E aí eu sou otimista e para pensar o Brasil que a gente tem essas possibilidades de fazer essa busca ativa então por exemplo E aí mais uma provocação vai né então por exemplo por não aqui por não um projeto que vá bater nas portas dos bairros perif falar o que que o senhor quer aprender o que que a senhora quer aprender a gente pode fazer isso quantos aí professor e equipe quantos quantas pessoas idosas À vezes gostariam de saber a sua língua materna e isso é revolucionário sabe Para quê pra redução das demências tem
um quadro Tem uma epidemia de demência nas favelas nos bairos periféricos e rurais que a gente não tem noção do impacto que vai ser não só pro estado mas pra família e principalmente pra vida dessas pessoas idosas Então você falar né fazer ali uma estimativa tal e aí a profess senora pode trazer Arturo enfim eu sei que estuda essa temática fala olha talvez a gente venha desses desses países que tal aprender o idioma novo o idioma novo gente é uma das estratégi mais eficazes PR redução da epidemia até me arrepia de pensar isso porque é
algo prazeroso falar vai aprender então a língua materna sua isso vai combater um quadro demencial e a gente não pensa mais no medicamento que não tem comprovação científica e que não foi testado por um povo tão diverso como o nosso bom mais uma provocação é isso tá gente muito obrigado professor e você sua fala assim como a fala da professora jossara do professor Thiago me remeteu me né A primeira mesa a mesa de abertura que nós tivemos a presença da Miriam Debi que é pró-reitora de inclusão e pertencimento e ela trouxe alguns dados que vão
que dialogam com tudo isso que nós estamos pensando e refletindo nessa mesa e algo que que para mim marca é a gente pensar então diante de tantas ações afirmativas que nós estamos aí aí produzindo lutando a gente também tem que pensar nessa inclusão perversa a gente tem que fazer uma autoavaliação dessa inclusão perversa né Eh diante disso eu encaminho Então esta mesa para as considerações finais na sequência eh professora Jussara professor Tiago e professora Alexandre Qual que é o nome Lina né l l l l l e elizabe Leni e elizabe obrigada pelas considerações e
lembrando também dessa minha amiga que eu trouxe aqui o relato né dela né com desejo agora de entrar no mestrado né porque na banca da minha qualificação foram oito doutoras negras né Foi um uma coisa histórica lá na UFJF foi a primeira banca exclusivamente com pessoas negras e mais majoritariamente mulheres então acredito que a daen também vai ser essa representatividade para tantas e tantas mulheres né poder acessar a pós-graduação e poder falar de dentro né conforme o professor falou na na mesa anterior nada de nós saem nós né agradeço a oportunidade e Aché para todos
nós gostaria de agradecer a oportunidade também mais uma vez né todas as pessoas presentes aqui né dizer que para mim é um orgulho est aqui falando né sobretudo nesse auditório eh que é o auditório do nosso saudoso Milton Santos né que já pensava a globalização de uma outra perspectiva uma outra globalização e que a gente possa aí eh avançar nesse sentido né com com políticas públicas para incluir essas pessoas nesses espaços que é delas também de direito eu agradeço a oportunidade que o xalá abençoe vocês nessa sexta-feira Opa legal ótimo Epa babá bem eu quero
finalizar também agradecendo mais uma vez a a interação né das pessoas aí da que estão acompanhando daqui presente também as pessoas da mesa eh acho que a provocação nos tira de um lugar de conforto e e dizer o seguinte também que é um um ponto que cada vez mais a gente vai eh aprendendo aprimorando e e criando novos meios de que da mesma forma que os problemas que afetam as pessoas idosas não precisam não podem e não servem se forem só resolvidos por pessoas idosas a mesma coisa ocorre quando a gente fala de racismo de
migração de capacitismo LGBT o grupo LGBT e lgbtfobia E tantas outras situações ou seja esses problemas eles são da sociedade então todas as pessoas que estão nos ouvindo Eh ainda que não tenham cometido alguma coisa contra mas também o seu silenciamento e a sua Não ação é parte da perpetuação desse problema então uma das coisas que eu tenho falado sempre é que no caso aqui da pessoa idosa todos nós precisamos levantar a pauta da pessoa idosa vejam quem não é idoso hoje vai ser daqui algumas décadas alguns anos e se você não pensar que hoje
tem uma política pública para pessoa idosa dificilmente ela vai est madura quando você for uma pessoa mais velha então é para o seu próprio bem legislar desde já para que tenha políticas mais consolidadas para as pessoas idosas todas sem exceção obrigado Mais uma vez nós quem agradecemos vocês professora Jussara professor Tiago Professor Alexandre e eu quero dizer também agradecer a todos que estão aqui nos assistindo que estão no YouTube com todos os elogios as perguntas as reflexões as provocações eh este evento ele teve tem né Ele é promovido com apoio da caps da pró-reitoria tá
de inclusão e pertencimento programas de pós--graduação núcleos grupos de pesquisa movimentos sociais então eu agradeço mais uma vez né Toda a comissão organizadora né ao nosso coordenador o e também meu orientador e parceiro né de de vida assim como a ti né a todos vocês e o meu muito obrigado boa noite 2