Saí do banho com a pele ainda vermelha de tanto esfregar, como se pudesse apagar o que aconteceu. O vapor do chuveiro embaçou o espelho e eu nem tive coragem de olhar para o meu próprio reflexo. Quando abri a porta, Gustavo estava sentado no chão do corredor, a cabeça entre as mãos.
Ele levantou os olhos quando me viu e eu nunca tinha visto um homem parecer tão destruído. "Precisamos conversar", ele disse. A voz rouca quase um pedido de socorro.
Meu instinto era correr, sumir dali, mas sabia que não podíamos deixar aquilo sem resposta. Larissa ainda dormia no quarto, alheia ao terremoto que tinha sacudido nossas vidas. Sentamos na cozinha em silêncio, como dois criminosos combinando um álibe.
Foi um erro. Gustavo falou primeiro, os dedos apertando o copo de água como se fosse quebrá-lo. Eu jurei que era ela.
Eu não sabia que você estava aqui. Eu balancei a cabeça, engolindo o nó na garganta. Eu sei.
Eu também. Não deveria ter acontecido. Ele fechou os olhos como se aquelas palavras doessem fisicamente.
Larissa nunca pode saber. Nunca. Eu concordei imediatamente, quase em um sussurro.
Fizemos um pacto ali naquela cozinha iluminada pelo sol da manhã enquanto o café esfriava entre nós. Dois anos se passaram desde aquele dia e mantivemos nossa promessa. Nunca tocamos no assunto, nunca olhamos um para o outro por muito tempo, nunca deixamos que Larissa suspeitasse de nada.
Mas eu mentiria se dissesse que não pensei naquela noite. Foi a melhor noite da minha vida. A culpa corroía meu peito sempre que esse pensamento vinha à tona, mas era a verdade.
Gustavo me conheceu de um jeito que ninguém nunca tinha feito, como se soubesse exatamente onde tocar, como me fazer perder o fôlego. Foi intenso, foi errado, foi inesquecível. E o pior, eu queria que tivesse acontecido de novo, mas nunca deixei transparecer.
Segui minha vida, fingi normalidade. Me afastei discretamente para não criar situações perigosas. Larissa continuava feliz.
Gustavo era o marido perfeito e eu eu carregava o segredo mais pesado da minha vida. Dois anos se passaram desde aquela noite e o segredo continuou enterrado. Larissa seguia feliz.
Gustavo era um marido dedicado e eu eu me tornei mestre em disfarçar olhares e silenciar desejos até o dia em que tudo desmoronou. Foi durante um jantar em família quando minha mãe, sem querer, soltou. Nunca entendi como Gustavo consegue diferenciar vocês duas.
Até os pais se confundem. Gustavo engasgou no gole de vinho e eu congelei. Larissa riu despretenciosa.
Ah, ele nunca errou. Até no escuro, né, amor? O olhar dele cruzou com o meu por uma fração de segundo.
Foi o suficiente. Naquela madrugada, ele veio ao meu apartamento. "Precisamos falar", disse.
Mas as palavras se perderam em um beijo que quebrou o pacto. Dessa vez não havia confusão, não havia desculpas e pela primeira vez eu não lutei contra isso. O que você faria se um segredo proibido arruinasse sua vida?
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Tudo para quem não tem medo de quebrar as regras. Não perca o próximo episódio. A verdade que Larissa descobriu no shopping, Larissa e Angélica passeiam pelas lojas.
Angélica observa um grupo de homens sentados na praça de alimentação e suspira. Angélica. Nossa, Larissa, faz tanto tempo que eu não fico com ninguém que até acho que voltei a ser virgem.
Larissa arregalando os olhos. Sério? Nem um beijo.
Angélica encolhendo os ombros. Nada. E olha que nem sou exigente, mas os caras hoje em dia estão muito frouxos.
Larissa rindo. Frouxos como? Angélica, tipo sem atitude, ou então são emocionados demais, já querem namoro no segundo date, ou pior, só querem coisa casual, mas nem sabem chegar direito.
Larissa balançando a cabeça, eu não aguentaria. Gustavo pelo menos chegou em mim com confiança. Angélica, suspirando.
Pois é, às vezes acho que vou morrer sozinha, rodeada por gatos e plantas. Larissa dando um tapa no braço dela. Ah, para.
Você é linda, inteligente, tem um corpo que qualquer uma mataria para ter. Só tá precisando dar sorte. Angélica, sorrindo meio sem graça.
Tomara, porque se depender dos caras que eu tenho visto, tô fadada ao celibato. Elas riem e continuam caminhando, sem imaginar que naquele fim de semana Angélica teria uma surpresa que não esperava. Madrugada, Angélica adormeceu no sofá da sala, envolta em um cobertor depois de maratonar filmes.
Larissa já havia ido para o quarto dormir. O apartamento estava silencioso, até que a porta do apartamento se abriu suavemente. Gustavo entrou cansado da viagem, malas ainda na mão.
A luz fraca da sala iluminava apenas o vulto de uma figura feminina deitada no sofá, cabelos loiros espalhados. Corpo coberto pelo edredon. Ele sorriu pensando que era Larissa, esperando-o mesmo dormindo.
Gustavo sussurrando, aproximando-se. Larissa. Ele tocou seu ombro e ela se mexeu sonolenta.
Sem esperar resposta, ele se inclinou e a beijou. O beijo começou suave, mas quando ela, ainda meio adormecida, respondeu instintivamente, ele interpretou como reciprocidade. As mãos dele se perderam nos cabelos dela, o calor do momento os levando adiante.
Angélica, confusa entre o sono e a realidade, não reagiu a tempo e foi ali mesmo, no sofá da sala, no escuro que aconteceu. Manhã seguinte, a luz do dia invade a sala. Angélica acorda primeiro desorientada, sente um braço pesado em volta da sua cintura, pisca, olha para o lado e pânico, o rosto de Gustavo, tranquilo no sono, estava a centímetros do seu.
Ela olhou para baixo, ambos despidos, as roupas espalhadas pelo chão. A memória da noite voltou em flashes. O beijo, as mãos dele, o calor, o erro.
Angélica em choque, pensando alto. Meu Deus, o que eu fiz? Ela se soltou bruscamente, acordando Gustavo, que esticou os braços e sorriu ainda sonolento.
Gustavo, bom dia, amor. Puxando-a de volta, voz rouca. Nossa, você falou no telefone que estava com saudade, mas não pensei que era tanta saudade assim.
Acabou comigo ontem. Angélica congelou. O coração batia tão forte que ela achou que ia desmaiar.
Angélica, voz trêmula. Gustavo? Ele abriu os olhos completamente agora, percebendo algo errado.
Gustavo, Angélica, ela não respondeu. As lágrimas escaparam antes que ela pudesse controlar. Em um movimento rápido, ela se levantou, pegou as roupas e correu em direção ao banheiro, trancando a porta atrás de si.
Dentro do chuveiro, a água quente não lavava a culpa. Ela esfregou a pele como se pudesse apagar o que aconteceu, mas sabia que não adiantava. Já era tarde demais.
Do outro lado da porta, Gustavo, pálido, ainda sentado no sofá, passou as mãos pelo rosto, percebendo a gravidade do que tinham feito. E no quarto Larissa começava a acordar, sem ideia do caos que a esperava. Estávamos em um jantar, eu e Larissa, em um daqueles restaurantes chiques que ela adora e eu tolero.
Ela brincava com o vinho no copo, os olhos azuis perdidos por um instante antes de fixarem em mim com aquela expressão que eu conheço desde que nascemos. Meio suplicante, meio esperta, mana ela começou puxando o assunto como quem puxa um fio solto de um tricô. Vamos ficar em casa comigo esses dias?
Gustavo viajou a trabalho e só volta mês que vem. Tô com medo de ficar sozinha. Eu arquei uma sobrancelha, segurando o gole de vinho antes de responder.
Larissa, você sabe que eu não gosto de atrapalhar a vida de vocês dois. Tem certeza que ele só volta daqui a um mês mesmo? Ela fez que sim, rápido demais, os lábios pintados de vermelho se esticando num sorriso que não chegou aos olhos.
Sim, sim. Ele mesmo insistiu para eu te chamar. disse que fico muito paranoica quando ele viaja.
Suspirei, mas não resisti. Sempre foi assim. Eu dizendo não até ela puxar o meu braço com aquele jeito de irmã mais nova, que mesmo sendo gêmea, ela dominava como ninguém.
Tá bom, mas só até você se acostumar. E olha que eu tenho consultório, hein? Não, vou ficar o dia todo fazendo companhia para sua solidão.
Ela riu aliviada e brindou comigo. Cheguei na casa deles com minha mala no domingo à tarde. O apartamento era impecável, como sempre.
Larissa tinha um talento nato para decorar e cada detalhe, desde os quadros até o vaso de flores na mesa de centro, gritava: "Arquiteta! " Gustavo tinha ido embora naquela manhã e Larissa já estava em modo não sei o que fazer comigo mesma. Ela me recebeu de pantufas, cabelo preso num rabo de cavalo bagunçado e um sorriso que não combinava com o olhar ansioso.
"Finalmente? " Ela disse, me puxando para dentro. Já estava começando a achar que cada som era um assaltante dramática.
Eu revirei os olhos, deixando a mala no chão. Você mora num prédio com segurança 24 horas, Larissa. Tanto faz.
Ela fez be. A noite é pior. Joguei minha bolsa no sofá e olhei em volta.
A casa cheirava a limpeza e a algum perfume caro que ela adorava. E aí, o que vamos fazer? Perguntei, sentando na ilha da cozinha enquanto ela fuçava a geladeira.
Pensei em pedir comida. Tem um lugar novo de massas que entregam aqui. Ela falou como se estivesse planejando isso há dias.
Você não cozinha mais não, né? Brinquei. Gustavo que gosta.
Eu só faço o básico. Ela encolheu os ombros. Fiquei quieta por um segundo, observando ela.
Algo na forma como ela evitou olhar para mim quando falou do marido me fez franzir a testa, mas deixei para lá. Era o primeiro dia. Tinha tempo de sobra para descobrir o que estava deixando minha irmã tão estranha.
Massa. Tá bom. Concordei pegando meu celular.
Mas pega com molho branco. Você sempre escolhe o vermelho e eu canso. Ela riu e, por um segundo pareceu a Larissa de sempre.
Justo. E assim começou nossa convivência. eu, ela e um apartamento grande demais para duas pessoas que no fundo ainda se confundiam às vezes até pros próprios pais.
E se você está gostando da história, não deixe de se inscrever e ativar o sininho para não perder nenhum vídeo com histórias picantes e surpreendente. Duas semanas depois, Larissa e Angélica estão preparando uma janta juntas com música alta e vinho. Larissa corta legumes enquanto Angélica mexe uma panela no fogão.
Larissa, mana, você tá queimando o alho, Angélica? Tô não. Relaxa.
É só o fondir que tá no ponto certo, coisa que você nunca consegue fazer. Larissa rindo. Ah, vai se lascar.
Eu faço um fondur melhor que o seu, Angélica. Mentira descarada. Lembra daquela vez que você tentou e virou uma borracha grudenta?
Até o Gustavo fez cara de nojo. Larissa jogando um pedaço de cenoura nela. Olha, eu tentei.
Nem todo mundo nasce com o dom de ser chata e perfeccionista igual você. Angélica, dando uma risadinha e jogando a cenoura de volta. Tá bom, tá bom, mas pelo menos eu não vivo de comida congelada quando tô sozinha.
As duas riem e Larissa enche os copos de vinho de novo. Larissa, falando em ficar sozinha. Você tá se divertindo aqui comigo ou já tá querendo fugir de volta pro seu apartamento?
Angélica, sorrindo. Até que tá sendo legal, mas confesso que já tô sentindo falta da minha privacidade e da minha cama. Larissa fingindo indignação.
Nossa, que grossa. Minha casa é tão ruim assim? Angélica rindo.
Não, sua casa é linda. O problema é você roncar. Larissa gritando.
Eu não ronco. As duas caem na gargalhada. Combinado.