O CAIBALION, cap. 12 - A Causalidade - Lúcia Helena Galvão

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O CAIBALION, cap. 12 - A Causalidade - Lúcia Helena Galvão Boa noite a todos! Sejam bem-vindos! Estamos hoje então já no capítulo 12, do livro Caibalion. Não tem ninguém vindo hoje pela primeira vez ou tem? Temos uma, algumas pessoas, duas pessoas novas. Apenas reiterando para vocês, o início tradicional que fazemos a esse ciclo, a leitura desse livro, nós estamos fazendo uma palestra por capítulo, já temos várias no Youtube. Aliás reitero que sempre falo, que vocês nos ajudem a divulgar o canal do Youtube. E como um trabalho voluntário, a nossa possibilidade de propaganda é um pouco
limitada, em termos financeiros, e o Youtube tem sido para nós uma ferramenta de captação de pessoas, de divulgação do nosso trabalho, muito boa. Então nós já estamos com várias no Youtube. Hoje estamos aqui então entrando no capítulo 12. O livro tem 15 capítulos. Em breve encerraremos essa nossa aventura tão ousada. Eu não sei se eu tivesse que começar de novo, se eu não pensaria duas vezes. Porque foi realmente uma aventura muito ousada. Esse livro tem um nível de dificuldade muito grande. Enfim, nós estamos atravessando essas dificuldades juntos, e temos todos sobrevivido. Não é isso? Lembrem
que sempre começamos com esse poema, não escolhido por mim, mas pelo autor do livro, que está na introdução do livro, que diz o seguinte: Oh! Não deixeis que se apague a chama! Mantida de século em século, nesta escura caverna, neste templo sagrado, sustentada por puros ministros do Amor... Não deixeis apagar esta divina chama! A ideia que ele coloca, é mais ou menos a ideia que eu quis colocar para vocês na primeira palestra. Bom, o que nós podemos entender do Caibalion? É uma pequena fração. Mas, se você passa adiante essa pequena fração, é uma alavancada, para
que as outras pessoas possam também, partir daí e reunir a sua gota de conhecimento. Porque nós somos filósofos, amantes da sabedoria, e não sábios. Então quando você coloca um filósofo diante de um livro como esse, que é baseado em sabedoria hermética, necessariamente o que nós vamos ter é uma gota. Eu nunca prometi para vocês mais do que isso. É uma gota! Porque a sabedoria hermética é algo muito maior do que aquilo que um filósofo como nós pode alcançar. Mas essa gota, num mundo onde nós estamos com tanta escassez, com tanta secura, essa gota já é
capaz de matar a sede de muita gente. Então aquele pouquinho que você tem conhecimento, é compromisso. Aquele pouquinho que você tem, passe adiante. A pessoa que escreveu esse livro, que é um autor anônimo, que o escreve em mil novecentos e oito. Já falei isso para vocês, é um livro moderno, baseado na tradição hermética. Ele acha que o pouco que ele sabia dessa tradição, ele tinha o compromisso, a obrigação de passar adiante. Eu espero que a gente também faça isso. Embora muito metafísico, muito abstrato, vocês percebem que ele traz consequências muito concretas na nossa vida. Uma
mudança de postura diante da vida, que é muito significativa. Faz diferença prática na nossa vida. E quando algo faz diferença prática, temos esse compromisso com o futuro. Que como dizemos sempre, também são nossos filhos. Temos um compromisso com aqueles que virão, de passar adiante a gotinha que conquistamos, a seiva da nossa vida. Aquilo que foi conquistado em profundidade. Então essa é a ideia desse poema, conhecer e comunicar, transmitir, passar adiante. O livro, que eu acho que todos já tem uma noção de como ele é. É um livro muito fino. Imaginem, que a gente conseguiu tirar
tanta coisa de dentro de um livro muito fino. porque ele realmente é denso demais. É o tipo de livro que é complicado para o nosso leitor atual. Porque ele não deixa que você disperse. E nós temos muita dificuldade para fazer uma leitura sem dispersar nem um minuto. Aquela hora que você está ali concentrado. Puff! Pensei na conta do supermercado. Já perdeu um monte de coisas, já não vai mais pegar a sequência. Então, ele exige um nível de concentração tão elevado, que às vezes é cansativo e difícil para o homem moderno, que está viciado na dispersão.
É um dos nossos maiores vícios. Então estarmos mastigando juntos, palavra por palavra, nos ajuda a pegar pelo menos um pouco da intenção que está por trás, de cada um desses capítulos. O estudo da filosofia hermética do antigo Egito, da Grécia, falamos sempre também da idade média, alquimia medieval, era hermetista, também do renascimento, Marcílio Ficino, grande filósofo renascentista. É o primeira a traduzir esse livro para o latim. Então nós sabemos que é uma obra que vem cruzando a história da humanidade. Se nós colocarmos aí uns dois mil anos antes de Cristo, pelo menos, porque há quem
diga que tem muito mais, são quatro mil anos de história. Qual é o tamanho de um ser humano, para poder impactar quatro mil anos de história? Só isso, já nos impõe um certo respeito. Quem terá sido esse homem? Para deixar um conhecimento, que ainda que reescrito, decodificado, ainda impacta a história quatro mil anos depois? Embora eu acredite, que aliás é uma coisa interessante, reiterar para vocês, é lógico que quando uma pessoa escreve um livro como esse, em mil novecentos e oito, ele deve ter colocado a sua interpretação. Toda vez que a gente reescreve algo, limita
à nossa visão. Mas, de qualquer maneira, eu não acredito que essa pessoa teria grandeza, nem condições de inventar as ideias que estão aqui. Ele pode interpretá-las e ao interpretá-las deve reduzir em alguma coisa, que sempre fica do tamanho daquele que interpreta. Mas, as ideias que estão aqui, são maiores do que aquele que as transcreve. E faz muito sentido para gente. E a gente tem que aprender a julgar as coisas pelo nosso próprio discernimento, e não por quem indica. Então, ah! quem foi que disse que esse livro é bom? - Eu, eu li, achei bom. Leia
você e veja se você acha bom também! Confia um pouco mais no seu próprio discernimento. Depure o gosto, desenvolva a sensibilidade para saber quando as coisas são sensatas e quando não são. Porque senão a gente tem que rotular. Livros de mil novecentos para cá não leiam! Tem muitos de mil novecentos para cá que é bom! Livros de mil novecentos para lá leia. Não! Tem muitos que são ruins. Não dá para rotular a sabedoria. Sabedoria, ela é inesperada. Você pode ter um péssimo livro na Roma antiga, ou na Grécia antiga. Um excelente livro na semana passada.
Ninguém vai te dispensar, de analisar cada coisa que surge diante de você, com o teu próprio critério, com o teu próprio discernimento. Daí a utilidade, por exemplo, do estudo da filosofia, a utilidade de estudarmos juntos os clássicos. Depurar o gosto, despertar o senso, confiar mais em si próprio. Pode haver uma coisa escrita na semana passada, que seja imperdível, e pode haver algo secular imperdível. Não vão nos dar a receita pronta, como diziam na China. O jantar não é grátis! Vocês conhecem essa história bobíssima? Um imperador muito preguiçoso que manda que os seus sábios resumam toda
a sua biblioteca, a um único volume. Eles resumem a um único volume. Aí ele olha, mas que volume grosso, não vou ler tudo isso. Resumam a uma única página. Aí eles escrevem um papiro enorme. Não, muito grande, uma única frase! Aí eles escrevem: O jantar não é grátis. E de fato não é! Há que desenvolver o discernimento, para saborear esse jantar. E aí, através do teu próprio critério, saber é bom, ou não é. Então, os caminhos fáceis mentem, que é mais uma frase clássica romana, "in áspera véritas", no difícil está a verdade! Então, lendo esse
nosso capítulo doze, a causalidade, lembrem, entre aspas, sempre temos aquilo que era original, do corpus herméticum, da tradição antiga, e fora de aspas, os comentários modernos. Então esse é propriamente, o conceito original. Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa. Todas as coisas acontecem de acordo com a Lei. O acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não reconhecida. Existem muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei. Do Corpus Hermeticum é um livro feito com autoridade, de quem sabia o que estava falando. O Corpus Hermeticum, no qual essa tradição se
baseia, ele faz afirmações de um homem que conhece um pouco da natureza das coisas. E ele diz: - Olha, não existem vácuos na natureza. Não existe nada que tenha surgido do nada, nem que vá para o nada. Tudo está concatenado, numa ordem perfeita. Tudo tem o seu momento de surgir no palco da vida. E esse momento tem que ser precedido pelo momento X menos 1, X menos 2. Tudo está muito bem concatenado. A natureza não deixa vazios. Não existe vazio. Existe um matemático chamado Henri Poincaré, que ele diz que o acaso nada mais é, do
que a medida da nossa ignorância. De uma certa maneira é isso mesmo. Porque é cômodo demais. Aquilo que eu não entendo é casual. Aí o dia que eu entendo, não, não é mais casual. Nunca foi. Admita! Que as coisas tem um sentido e que simplesmente você não as captou. Existe um sentido para o movimento mais aleatório das partículas que é aquilo que se chamava de Movimento Browniano . Hoje já se sabe que existe um sentido. Existe um sentido para o movimento dos fatos na tua vida, para o movimento dos pensamentos na tua cabeça. Existe um
sentido, alguma coisa os evocou, alguma coisa os trouxe e alguma coisa pode mandá-los embora. Existe uma concatenação. Bom, isso é um dos maiores universais que se pode dizer dentro da filosofia. Porque olha, até a Lei de Newton fala sobre isso no plano físico. E no Oriente é um dos conceitos, digamos assim, mais fantásticos da Índia, que é o conceito de karma. Eu considero que se eu fosse ver algumas coisas, aprendidas dentro do curso de filosofia, que radicalmente mudam a nossa visão de mundo, uma dessas coisas basicamente é o conceito do Karma. Que faz com que
você se pergunte a respeito do sentido das coisas. Elas deixam de ser aleatórias. Elas passam a ter alguma coisa para te ensinar. E você pode se colocar diante da vida como um aprendiz constante. Então poucas coisas são tão preciosas, quanto banir a casualidade da nossa vida. E quando você, realmente tira da sua vida a casualidade, começa estar numa postura de aprender sempre, ou pelo menos sabe que poderia ter aprendido, e que se absteve disso por distração, por inércia, mas que aquilo tinha alguma coisa para te ensinar. É uma mudança muito radical diante da vida. Que
ele imprime realmente, um ritmo de aprendizado muito diferenciado. Então a Lei do Karma Indiano, que é uma coisa interessante, eu tenho alguns anos de filosofia, e se diz que, a pedagogia clássica que a filosofia utilizava, ela é uma espiral. Ele volta ao mesmo ponto, com um pouco mais de profundidade. Ao mesmo ponto, com um pouco mais de profundidade. Ao mesmo ponto, com um pouco mais de profundidade. Bom, depois de algumas décadas de filosofia, eu ainda não terminei de entender essa Lei do Karma, nem vou terminar, nem tenho pretensão. Porque de vez em quando volta lá
e tem um aspecto que eu nunca tinha pensado e que é fantástico! E é o Karma de veículo, é o Karma futuro, e é o Karma não sei o quê, e é o Karma não sei das quantas, e cada vez vai complementando mais essa visão, e essa convenção ampla do universo como inteligente, concatenado, dotado de sentido. E ao mesmo tempo a tua capacidade de olhar simbolicamente para a vida. Então, você nunca acaba de aprender essa bendita Lei do Karma. Desistam! Porque ela é um dos ensinamentos que primeiro a Índia oferece, mas que por último a
gente entende. Em último a gente entende. Porque não é fácil. É dotado de muitos detalhes. Mas, basicamente, o princípio da causalidade é a Lei do Karma Indiano. Não poderíamos dizer que é diferente em nada. Tudo está concatenado e não existem vácuos. Se existisse um vácuo, um vazio, um lugar onde existe o acaso. O acaso é onde não rege nenhuma lei. Se não existe nenhuma lei, ele não é submetido ao Todo, que é o nome que o hermetismo dá a Deus. Se alguma coisa está fora de Deus, essa alguma coisa o limita, então ele já não
é mais o todo, ele é uma parte. Ele não é mais absoluto, ele é relativo. Tem ele e essa coisa, que não está dentro dele . Porque se não tem lei, não está dentro dele. Tudo o que está dentro dele está submetido a lei. Então, vocês percebem, que uma molécula de casualidade, questionaria Deus. Questionaria o absoluto, dividiria o universo, quebraria a lógica da vida. Universo entraria em completo colapso, por causa de uma molécula de casualidade. Então ela por lógica, não poderia existir. Então, o Caibalion, ele vai trabalhar dentro dessa linha, e aí há muitas comparações,
em várias tradições, que nós poderíamos estabelecer. Esse é um capítulo que tem umas consequências um pouco duras, na nossa vida prática. Nós vamos ver! Não é fácil, como nenhum foi. Não é fácil no sentido de que seja muito metafísico, ele não é fácil pelas consequências práticas que traz na nossa vida. São um pouco duras de assimilar. Então ele diz, é como se fosse esse jogo de dominó. Não existem acasos, os fenômenos são ininterruptos. Existe um filósofo pré-socrático, que ele dizia que o universo é um "contínuum", onde ser toca ser, não há vácuos. Ou seja, não
tem um lugar onde o dominó caia e não bata em nada, porque o universo é pleno. Uma substância do lado de substância. Muitas delas desconhecidas ainda por nós. De tal maneira que, qualquer coisa que vibre, essa vibração vai repercutir. A toda a sua volta, porque ele está cercado de vida. O universo é pleno ele não tem vácuos. Então não existe um dominó que caia e não atinja nada, porque não existe o nada. Ele vai provocar ainda que seja uma onda de ar, que de alguma maneira afeta do outro lado. Da mesma maneira, não existe um
pensamento que passe pela nossa cabeça, que não afete nada. Então imagina aquela pedrinha que você joga dentro do lago, e que as ondas vão se ampliando, e uma pequena ondulação vai chegar até o outro lado do lago, que você não está vendo. Uma pequena ondulação do que você pensou, fez, viveu, vai chegar do outro lado da tua vida, quando você não estiver mais aqui. Alguém vai afirmar uma ideia, alguém vai reforçar um ato, que lá atrás, você foi o primeiro a jogar a pedrinha. Não sei se vocês assistiram aquele filme, que eu acho muito bonito,
gosto bastante, que é "O Gladiador", onde o personagem principal, "Maximus Decimus Meridius", ele dizia, "O que fazemos em vida ecoa pela eternidade". E essa frase, que é baseada no pensamento estoico romano, é muito bonita e muito veraz. O que fazemos em vida ecoa pela eternidade. E as ondas demoram muito mais tempo do que nós imaginamos, para se dissiparem dentro desse lago. E talvez pessoas sem rosto, que ainda não estão aqui, que ainda estão por vir, sejam influenciadas por aquilo que pensamos, vivemos e fazemos hoje. Talvez o nosso impacto, seria bom que fôssemos justos. Talvez o
nosso impacto não seja tão grande quanto gostaríamos, mas seja maior do que aquilo que a gente possa imaginar. A nossa vida com certeza gera ondas dentro desse lago, gera consequências. Em vários termos. Bom, então um universo pleno, onde ser toca ser. Nada deixa de afetar ao se mover, ao pensar, ao vibrar, deixa de afetar o seu meio. Nunca! O universo seria caótico sem isso, e várias tradições falaram sobre esse princípio. Então olha, é uma lista longa. Não vou fazer isso, que eu tenho mania de fazer com vocês, porque senão a gente estende a palestra para
duas horas, mas você vai encontrar isso na cabala hebraica, você vai encontrar isso na Índia muito fortemente, na tradição chinesa, Taoísta, todo canto. A ideia de que o universo não é casual, o universo é causal. E todas as coisas repercutem e geram ondas e geram efeitos e geram eco. Agora, o que ele coloca aqui, é mais profundo do que nos parece a princípio. Se não existisse a lei de causa e efeito, o universo seria absolutamente caótico. É importante entender isso. Me recordo que uma vez aquele autor moderno, Fritjof Capra, ele dava um exemplo que eu
achei curioso, engraçado. Que ele dizia que seremos conhecidos pelo futuro, sobretudo, pela loucura de acreditar no acaso. Porque é um dos maiores contrassensos que existem. Aí ele dá um exemplo muito engraçado, porque ele diz o seguinte: O universo está em constante transformação, e em transformação para estágios mais complexos do que antes, o cosmos. Possibilidade de algo complexo evoluir, para um estágio mais complexo, como fruto do acaso, é como você descer uma escada com um computador, tropeçar, o computador caiu na escada, pou, pou, pou e aí ele e chega lá em baixo, um computador muito mais
moderno, graças a essa casualidade. Nem sei o que seria um computador moderno agora, porque eu já não estou mais atualizada. Mas imagine, um último modelo da apple, porque ele sofreu essa mudança casual. Você vai dizer isso é uma loucura. Imagina é um contrassenso. Se isso acontecesse seria uma fila de gente para jogar computador na nossa escada, não é? Não acontece. Já pensou, um computador é muito menos complexo do que uma galáxia, se não acontece com ele, porque é que aconteceria com a galáxia? Porque aconteceria com um ninho de galáxias? Joga o ninho de galáxias no
chão e ele se torna muito mais complexo. Nem chão não tem, para começo de conversa. Então, não vai acontecer. Essa variação necessariamente obedece a um sentido. Obedece a uma inteligência, obedece a um propósito. Um darma, que é uma lei que passa por dentro de tudo isso. E necessariamente isso, faz com que você, nesse momento, possa entender o que estou dizendo. O fenômeno da inteligência, o fenômeno da razão, é uma demonstração de ordem. Um pensamento concatenou com outro, que concatenou com outro, que chegou a uma conclusão. É um processo, é um silogismo. Premissa, conclusão, premissa, conclusão,
premissa, conclusão. Entendi. Se a mente de vocês fosse caótica, nem eu conseguiria me comunicar, nem vocês entenderem. A razão é um fenómeno de ordem. Agora percebam que se você tem um universo ordenado, dentro do cosmos, uma célula ordenada. Se essa célula é ordenada, ela vai precisar de alimentos ordenados do meio. Uma célula ordenada precisa de estímulos constantes. Precisa que o meio alimente, que o meio absorva aquilo que ela excreta, ela precisa estar num, num, contexto ordenado. E esse contexto para se manter ordenado vai precisar ter ordem em volta dele, para também alimentá-lo, para também absorver
os seus excessos. Ou seja, se você tiver uma célula ordenada, o universo é ordenado. Entendem isso? Porque senão, ela não se manteria ordenada. Se você acredita no caos, então não tem porque você ouvir o que eu estou falando. Porque o que eu estou falando é caos, e o que você está absorvendo também. Então isso é uma perda de tempo. Porque você se levanta da cama pela manhã? Não existe filosofia possível dentro do caos. Porque nada que você faça, vai te garantir que você vai ter efeitos condizentes, então não faça nada. Ou faça qualquer coisa, tato
faz. Não é isso? Se as causas não estão concatenadas com os efeitos, porque você vai escolher as causas, se os efeitos são arbitrários? No caos não existe conexão lógica entre causa e efeito. Então tanto faz, para que a filosofia? Tanto faz eu falar coisas lógicas, ou absurdas, porque não existe lógica. Então a mente não é ordenada, o mundo não é ordenado, as emoções não são ordenadas, e não há sentido para qualquer operação, qualquer esforço, no sentido de melhorar o mundo. Que não necessariamente daí virão consequências melhores. Você já imaginou? Isso é loucura. E isso é
uma coisa que Platão falava, o homem que absorve profundamente a ideia do caos, ele vai acabar se tornando caos, ou seja, loucura. Que ele vai ter que internalizar esse caos. Aquilo que você acredita fora, você vai acabar internalizando. E se você internalizar o caos, você está louco. Não tem possibilidade de razão, dentro do caos. Ou seja, se há uma célula de inteligência dentro de você, o universo é ordenado. Porque essa célula vai exigir insumos do meio, ordenado. Ou seja, ou é todo o caos, ou é todo cosmos. São duas coisas que não convivem. Não daria
para você, ter nenhuma ação efetiva dentro do universo, que não te promete respostas, condizentes com as causas, nem há filosofia possível. É uma perda de tempo. Agora isso é um princípio, que parece básico que parece bobinho, mas quando você vai para a vida, pensando que você é o dono das Leis que arbitram a tua vida, de tal maneira que toda a glória, toda tristeza, tudo de bom e tudo de mal, é consequência de causas que você escolheu consciente ou inconscientemente, isso te dá uma responsabilidade muito grande diante da vida. E te exige maturidade. Então a
gente prefere fazer de conta que o caos existe Que aí as coisas acontecem, agente bota a culpa em alguém ou diz que foi acaso, foi azar. Não assume a responsabilidade. E não assumir a responsabilidade faz com que fique mais leve, não é? Não fui eu, foi alguém. Forças ocultas tramam contra mim. Não é isso? Síndrome de Jânio Quadros! Ninguém conhece mais o Jânio Quadros, mas ele falava muito sobre isso. Então é fácil você se isentar da responsabilidade da vida, que esse é um cidadão que te ajuda muito, o tal do acaso. É uma coisa engraçada.
Nós temos certos personagens, que parece que a gente inventou só para jogar culpa em cima deles. E o acaso é um deles. Coitados de nós, teríamos que assumir tudo. Então fica pesado, deixa o acaso aí. Ele faz um papel importante, não é? Mas, de fato, a gente sabe que não tem lógica existir acaso no universo. Isso não não daria consistência para o universo se manifestar Bom, ele vai continuar falando... Nada há fora do Todo. A existência do Todo, como absoluto, faz várias exigências lógicas para nós. Inclusive, aquela que falávamos numa dessas palestras para trás, que
o Caibalion ele realmente vira o nosso mundo de cabeça para baixo, não é? E uma das coisas que ele colocou para trás, lá é que não poderia existir, por exemplo, o mal, absoluto. Porque o mal absoluto, se ele é absoluto, então tem dois absolutos no universo. Então nenhum dos dois é absoluto, todos dois são relativos. Percebe? Só pode haver um absoluto, se não ele não é mais absoluto. Então uma molécula, que fosse completamente má, negava Deus. Que que pode acontecer com essa molécula? Está fora do lugar, sendo usada para uma coisa que não é apropriada
para ela. Isso é platônico! Quando ele diz que uma coisa não é boa ou má em si, depende do uso que se faz dela. Então, se você pegar a faca, tira da mão do, do bandido, e coloca na mão da cozinheira, está bem. Ela não é má, a faca em si. O que é mau em si? Isso dentro do nosso curso de filosofia é uma das coisas que a gente vai estudar, que é a ideia do bem de Platão. E o Caibalion fala sobre isso, e aliás é muito provável que Platão tenha aprendido daí. Da
tradição hermética, que é muito anterior a ele próprio. Ou seja, o bem, necessariamente faz os seres evoluírem, quanto aquilo que a natureza espera deles. Independente de serem agradáveis, ou não. E se alguma coisa, causa dano, talvez ela esteja no lugar errado. Que aí vem o conceito de justiça. Cada coisa no seu lugar, não existe mal no universo. Eu adoro aquela passagem, egípcia, que havia um vilão. Era o vilão da novela das oito do Egito, que era o Seth. E aí o mocinho da tradição egípcia, que era o Hórus, foi lá brigar com o vilão. Como
se esperaria se fosse uma novela global, matava o vilão, ele não mata. Como esse Seth era um cidadão muito colérico, tinha muito fôlego, ele bota ele para soprar, porque com aquele fôlego todo, ele podia soprar as velas da barca de milhões de anos, da barca dos deuses. Então... Ele transformou a cólera em fôlego, em sopro, em força. De alguma maneira converter a sua teimosia em determinação. As suas paixões cegas, em entusiasmo. Toda essa energia polarizada da forma correta, se torna força. E ela não é má em si, mal é o uso que você está fazendo
dela. Se você fosse capaz de reorganizar dentro do si e colocar cada coisa no seu lugar, não existiria mal. Porque ela polarizada da forma correta, vai te ajudar a crescer. E ela é um degrau que necessariamente você vai ter que consertar, porque vai ter que passar por ele. Simplesmente consertá-lo e não eliminá-lo. A obra em negro da alquimia medieval era isso. Você descer aos porões da consciência e ver os animais selvagens que vivem lá, e domesticá-los, não matá-los. Fazer com que eles tracionem o teu carro, para que você viaje pela vida. Você não vai elimina-los,
eles não são maus, estão mal educados. E isso é uma coisa que muitas vezes em palestras, eu já falei para vocês, porque realmente... Tudo gente ! Você é um filósofo quando qualquer coisa para você tem uma mensagem para te transmitir. A gente recebe ou não, mas que a mensagem está ali, está. É uma coisa que eu sempre achei muito engraçada é quando as pessoas chegam na sua casa e dizem: - Como esse seu cachorro é educado. Que sorte que você deu ! Porque eu tenho um lá em casa que é uma peste, destrói tudo, faz
isso, faz aquilo. E você olha e diz: - Cachorro educado? Assim de graça, porque nasceu educado, quem já viu isso? Você não passou pelo estágio de esfregar o focinho do cachorro no tapete? Botar o pi pi dog no jornalzinho, levar ele lá, uma vez, duas, dez, cinquenta, mil, um dia ele aprendeu. Não foi assim? Aí ficou educado, e a pessoa vem e acha que você foi premiado com um cachorro educado. Você construiu isso! E o animal é educado, se alguém educa, é evidente. Ninguém é premiado com nada educado. A educação é um processo. Então isso
é construído, pegando os elementos, pegando as forças que existem ali, e revertendo para que elas deem o seu melhor. e você tem um eu animal dentro de você também. Faz a mesma coisa Vai trabalhando, revertendo, a mesma energia, que antes puxava para baixo, passa a impulsionar para cima. É como se fosse a lei da gravidade negativa, né? A lei da gravidade do espírito, puxa para cima, não puxa para baixo. Contanto que você coloque a tua consciência em contato com ele, com princípios, com valores, com sabedoria. Enfim, a ideia de que não existe o acaso, é
muito parecida com a ideia de que não existe o mal. Seria um vácuo, sem nenhum sentido. E as coisas que não são dotadas de sentido, não existem. Lembrem que eu falava para vocês do Bardo Thodol tibetano, o livro dos mortos tibetanos que diz que se tiver um minuto na tua vida que não tenha nada para te ensinar, vai ser tirado da tua vida. Porque o universo não deixa vácuos. Pô mas esse negócio é Tibet. É Bardo Thodol. Não tem nada a ver, e tem tudo a ver. Parece que todo mundo que sabia alguma coisa, falou
a mesma coisa. O universo não deixa vazios. Não tem nada pra te ensinar, puff, tira da vida dele, não vamos desperdiçar um minuto. Um minuto é muito. Muitos seres não vivem isso. Então tudo que está aí, é pleno de sentidos, não há vazios. Outra coisa que é muito interessante, aí ele vai entrando na parte mais prática e psicológica da história, né? As coisas não geram coisas. E isso é verdade. A gente tem a impressão, bom, se existe causa e efeito, causa e efeito, então essa coisa que está aqui, gerou aquela que vem depois. E a
anterior gerou essa. Não é bem assim. Ele vai dizer, os elos sucedem elos, em etapas sucessivas da manifestação da Lei. Ou seja, todos os seres seriam essências divinas. Quando chega o momento deles de entrarem no palco da vida, eles entram. Então o elo número nove cumpriu a sua missão. Agora é hora de vir o elo número dez, que toma um corpo e se concatena com ele. Aí agora é hora de vir o elo número onze, que toma um corpo e se concatena com ele, para cumprir a sua missão. Que não é igual a do elo
número dez. Não é igual a do elo número nove. Se vocês imaginassem o processo só como material, um elo gerando outro, eles seriam todos iguaizinhos. Não teria possibilidade de evolução, de renovação, de expansão, e aliás, o que se diz é que, em geral, o efeito é inferior a sua causa. Então, se um filho fosse só um efeito do pai, ele tenderia a ser menos do que o pai. E às vezes é um ser totalmente diferente. Então na verdade existe o palco da vida, onde as coisas, vai chegando o momento delas entrarem no palco, mas não
é que ela seja uma consequência completa do que veio antes. Entendem isso? Já já ele vai trabalhar com isso. Uma pessoa que não tem nenhuma individualidade, vocês vão dizer: - Que exagero! A pessoa totalmente massificada, ela não tem outra coisa a fazer, senão reproduzir tudo o que veio até ali. E não é tão impossível assim, existir uma pessoa desse jeito. A possibilidade dela mostrar a sua individualidade ao mundo, dela renovar é muito pequena, às vezes praticamente ausente. Ela é uma repetição de tudo o que foi feito até agora, e às vezes é até menor. E
se só houvesse isso, o mundo estaria se repetindo desde o início dos tempos. Não teria nascido um Mozart, não teria nascido um Leonardo da Vinci, não teria nascido um Platão. Eu não sei nem quem era o pai de Platão. Quem lembra o nome dele? Eu não estou lembrando agora. Mas com certeza Platão não era uma repetição do seu pai. Ele era algo absolutamente novo, que surgiu naquele momento da história, porque era o momento dele de entrar no palco. Então o homem tem essa possibilidade, os seres têm essa possibilidade. Eles simplesmente não são produto do que
veio antes. O que veio antes gera as condições, para que eles se apresentem ao mundo, naquele momento. Mas se uma coisa fosse produtora da outra, tudo seria igual. Agora quanto menor o nível de consciência, maior a possibilidade de que isso seja realmente assim. Aí nós vamos aproximando da parte quente da história não é? Entenderam isso? Mais ou menos. Mais ou menos. Então um ser não é simplesmente produto do outro, a lei da causa efeito não diz isso. Ele diz que o ser anterior gerou as condições para que você venha ao palco agora. Mas não que
ele gerou você completamente. Mas lembram só para esclarecer essa ideia, que vocês não estão com uma cara que esteja me convencendo muito. Quando uma pessoa diz por exemplo que pode clonar um ser humano. O que que ela clonaria? Dois irmãos gêmeos univitelinos já não estão clonados? Não são idênticos geneticamente? Mas são idênticos como seres humanos? Podem ser francamente diferentes, porque o corpo físico é só uma embalagem. Ali dentro tem uma riqueza psíquica, que talvez obedeça a uma coisa mais elevada. Que é uma riqueza essencial espiritual, que simplesmente usa esse corpo físico como embalagem. Então da
mesma maneira que dois corpos idênticos, não geram dois seres humanos idênticos, um pai não gera um filho idêntico, um neto idêntico. Ou seja um ser não gera completamente o outro, ele dá oportunidade para que o outro surja. Mas tem coisas do outro que não foi ele que gerou. Que vieram de cima, vieram de outro lugar. Existe uma palestra minha que é sobre os cânticos de Cecília Meireles, vale a pena, porque os cânticos são lindos! Tem uma passagem que ela diz: - Não diga este que me deu o corpo é meu pai, esta que me deu
o corpo é minha mãe, porque teus pais também são aqueles que te geraram em espírito. Esses são muitos, inúmeros ao longo da história. Entendem isso? Então, se nós estamos falando de Platão aqui, e ele tem sido tão útil para nós, ele também não é teu pai? Mas o que foi que ele gerou em você ? Outras possibilidades, que não um corpo físico. Foi gerando um contexto para que você pudesse se manifestar, entender certas coisas a partir do que ele fez. Mas isso dependeu também de um esforço teu. De uma participação tua, não é simplesmente um
produto do que veio antes. Entenderam mais ou menos essa ideia ? Essa ideia de ser produto do que vem antes, isso gerou toda uma corrente, de história, de compreensão do mundo, que é o determinismo. O homem é produto do seu contexto, e ele não pode fazer nada que supere esse contexto. Então de onde vieram os grandes homens? Era o que aquilo? Era uma patologia? Você não pode dizer que Jordano Bruno seja produto da idade média. Ou pode ? Você pode dizer que Leonardo da Vinci era produto do quê? Daquele momento histórico que ele vivia, que
também não era lá essas coisas, que era o momento do renascimento. Quem foi produto, dos grandes homens quem foi produto do seu meio? Um Mozart convivia com compositores em geral medíocres, músicos da corte. Então se houve um homem que foi capaz disso, é sinal que as coisas não são bem assim. Elas ficam assim, quando a gente se acomoda, mas elas podem ser diferentes. O homem pode ser produtor de si mesmo, e não um produto do meio. Bom, continuando... Ele vai dizer: - Não há grande ou pequeno na mente do todo. A ideia o ato e
a emoção repercutirão no futuro. Não há pequeno ou grande, percebam que isso é uma convenção! Tentem imaginar gente, nós estamos num num num num braço da via láctea. O nosso sistema solar. A via láctea dentro de um ninho de galáxias. Dentro de de um ninho chamado a constelação, perdão, a constelação não, a a grande constelação de de virgem, né? em torno da qual nós giramos, um aglomerado, Aglomerado de Virgem, é esse o nome. Esse Aglomerado de Virgem que é uma quantidade enorme de constelações forma um muro de galáxias, que vai girando talvez em torno de
alguma coisa maior, Aí você tem um atomozinho, a gente vê muito pela internet esses exemplos, essas comparações. A gente acha, o átomo é muitíssimo pequeno, o ninho de galáxias é imenso. Será que diante do todo, existe uma fronteira entre o grande e o pequeno? Ele saberia dizer, ou ele se interessaria em dizer? Não tem como, porque são dois abismos. Não existe uma diferença tão grande, entre o grande e o pequeno, quanto a gente imagina. Só que a gente se toma como referência. As coisas todas têm uma importância dentro do todo, de tal maneira que um
átomo se você faz a fissão nuclear dele, vocês sabem o prejuízo que ele é capaz de trazer? Uma célula que se desordena dentro de nós, vocês sabem o prejuízo que ela é capaz de trazer. Então não existe limite entre o grande e o pequeno. Eu não sei dizer se um pensamento que eu gero repetidamente, ah não afeta ninguém, é só meu. Eu não sei o tamanho do prejuízo que ele pode gerar. A gente sempre fala a respeito de um pensador que viveu no século retrasado, nossa! É isso mesmo, estou ficando velha, século retrasado. Século XIX
Augusto Comte, o positivista Que dizia que todo o pensamento, metafísico, da antiguidade, tinha sido a infância da humanidade, tinha sido inferior. Que o homem vem progredindo do teológico ao metafísico, e depois ao científico, que era o estágio positivo. Portanto, nós somos hoje, melhores do que todo o passado. Isso é uma estupidez, é uma loucura. Mas olha, tem tanta gente hoje que pensa dessa forma, e nunca nem ouviu falar que existiu Augusto Comte. Sabem nem quem era ele. Mas esse pensamento foi repercutindo, foi ecoando, de tal maneira que há quem trabalhe, por exemplo, em relação à
filosofia, que nem trabalha em relação a processamento de dados. Então se você tem um livro de computação com dois anos, está desatualizado, não é? Imagina que eu te passe um livro de filosofia com dois mil e quatrocentos anos! Ô louco! Deve ter coisa nova melhor, e às vezes não tem. Se vocês pegarem um conceito de justiça de Platão, Platão, eu garanto para vocês que não têm melhor. E tem dois mil e quatrocentos anos, está um pouco desatualizado. Não é isso? Ou seja, as coisas não são assim. Não são de uma maneira progressiva e crescente da
maneira como a gente pensa. A história passa por por ciclos, onde temos muito a aprender com o passado, e o passado tem coisas que poderia aprender com o presente também, e conciliar isso tudo seria sabedoria. Mas essa ideia positivista. está para todo lado. Eu me recordo que uma vez eu colava um cartaz, de uma das nossas palestras de filosofia. Isso agora é um pouco arcaico não é? Porque quase não temos mais cartazes. Mas nós divulgávamos muito dessa forma. E falava a respeito de algum pensador antigo. E uma pessoa me falou isso. -Mas olha só você
está falando de um homem que viveu há mil anos, que hoje nós andamos de avião a jato, sabemos muito mais do que ele. E eu usava para essa pessoa um exemplo, que é do nosso fundador o professor Jorge Angel Livraga. Que ele dizia: - Uma pessoa que conduz uma biga, em Roma e uma pessoa que conduz um avião a jato, progrediu a máquina, não necessariamente o homem. Talvez ali você tivesse uma pessoa mais fraterna. Mais generosa. E essas coisas não são desprezíveis, são evolução também. E a máquina quando evolui sozinha, não necessariamente é um benefício.
Porque quando você vai para o abismo, é melhor você ir a pé do que no avião a jato. Não é isso? Vai mais devagar. Então são muitas considerações simples, mas que são importantes da gente fazer. Então é uma ideia, e é uma ideia que repercutiu e contaminou gerações. E quais as tuas, vão contaminar? Quais os teus sentimentos? Quais as tuas posturas? O que somamos ou o que subtraímos com a nossa vida ? É uma pergunta amarga, dura de responder, mas que a gente teria que se responder. Se eu colocar dentro de uma soma, todos os
elementos que eu modifiquei na vida, isso realmente vai acrescentar à humanidade, ou vai subtrair? Eu fui um fator de soma? Então não há insignificante, não há pequeno, tudo aquilo que você é, repercute. A macieira necessariamente vai repercutir propagando maçãs. Os teus valores vão repercutir gerando valores parecidos. Não existe nada impune, nada inocente, nada que não gere consequências. Porque a lei da causalidade diz que tudo É causa de um efeito futuro. Que de uma certa maneira, você é responsável por ele. Olhem para os seus filhos, olhem para as pessoas que convidem com vocês, e vai encontrar
alguns dos seus vícios já projetados lá. Vai encontrar Tenha coragem de olhar, que você vai ver. Assim como nós vemos em nós os vícios dos nossos pais. Continuando ele vai dizer: - Livre-arbítrio e determinismo. Hum!! Pense numa coisa complicada que é essa briga, sem sentido. O homem é livre, o homem não é livre, o homem é determinado pelo meio, não é. Ele vai dizer: - Ambas são meias verdades. Lembrem do princípio da polaridade. Todas as verdades, são meias verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados. Então o homem é livre, ou o homem determinado pelo meio?
Depende!! Que resposta mais vaga! É verdade, mas depende mesmo. Primeiro lugar, teremos que considerar a frase cristã. A semeadura é livre, porém a colheita é obrigatória. Então na hora de semear, você é livre para plantar milho, soja, trigo, o que você quiser. Mas na hora da colheita pobrezinho de mim, eu não aguento mais comer soja, e só nasce soja. Tarde demais! Isso era para ter sido decidido na última semeadura, na próxima pensa duas vezes. Separa os campos, planta coisas diferentes. E nós muitas vezes fazemos isso. Jogamos a bola de gelo do alto da montanha, e
quando ela soterra a nossa casa, coitadinho de mim!! Mas você participou no terreno das causas. No terreno das causas muito da avalanche que acontece na sociedade nós contribuímos com uma bolinha desse tamanho, mas contribuímos. E a bolinha vai rolando montanha abaixo e toma o volume. E então, perceber essa questão de que Existe sempre liberdade, Helena Blavatsky que é uma grande filósofa do século dezenove falava sobre isso existe sempre liberdade no campo das causas, o ser mais ínfimo, tem um nível de liberdade de mudar o seu destino. Mas no terreno das consequências Helena Blavatsky diz: -
Nem os deuses! Se você acredita neles, ou nele, nem eles podem quanto às consequências, cujas causas, já foram geradas. Porque isso é a Lei. E os seres se tornam grandes por obedecer à Lei e não por atropela-la. Então... Discernimento para modificar as causas cujas consequências você vai viver amanhã, ou depois de amanhã. E determinismo? O determinismo existe no nível das consequências. E existe também no nível de individualidade que você já despertou. Que aí vem a outra ideia dele, que é muito interessante! Imaginem que a evolução é um conjunto de círculos concêntricos, e que no centro,
existe a tua essência espiritual, a tua verdadeira identidade. Quanto mais você caminhou e se aproximou do teu centro, mais você tem possibilidade de gerar causas diferentes. Quanto mais afastado você está, você não tem possibilidade de fazer nada diferente. Você vai ser um executante inconsciente daquilo que está na moda. Um a mais Então quanto mais próximo do teu centro, quanto mais próximo do conhecimento e do domínio de si mesmo, mais você tem possibilidade de gerar causas, cujas consequências mudarão tua vida. Mas, quanto mais afastado, você vai rodar o script. O software vida, só vai dar o
play e não tem muita chance. E aí é que ele vai falar a coisa mais ousada não é? Que a maioria da humanidade vive dessa forma. Roda o software vida. Eu falava pra vocês de um conceito, que às vezes se usa na antropologia, que é o homem relógio. Você coloca o mostrador de um relógio, antes do ponteiro do meio-dia, você imagina uma mulher grávida, esperando uma criança. E faz um questionário com vários items sobre a vida dessa mulher. Cultural, econômico, social, temporal. Características da família e você roda esse ponteiro. O ponteiro quando chega ao ponto
três, você sabe mais ou menos como essa criança lá pelos dez anos. Os hábitos que tem, os gostos, o que rejeitam, o que aceitam, o que projeta para o futuro o que não projeta. Ali na em torno da juventude quando o ponteiro aponta para o seis, vinte, vinte e cinco anos. Quais são seus gostos, suas rejeições, seus hábitos, suas amizades, seu lazer, a maneira como se veste. De acordo com o contexto temporal. Ali na meia idade, e na velhice, ou seja, a máscara está do lado do berço, antes que a criança nasça. Ela simplesmente rodou
pelos carris do coletivo Primeiro presente dela foi a máscara, e nunca a tirou. Uma sobre personalidade que nunca permitiu que ela visse seu verdadeiro rosto. Isso é o homem massa Esse homem massa, ele não tem livre arbítrio nenhum. Mas ser massa, foi uma escolha. Todo ser humano tem uma possibilidade de reconhecimento. Não existe ninguém que não seja dotado disso. De conhecer um pouco melhor a si próprio, desenvolver um pouco mais de discernimento. De escolher um pouco mais os atos da sua vida. Ainda que seja um degrauzinho a mais, não dez. Ninguém espera que ninguém seja
igual a ninguém, mas que do ponto em que está tenha um degrauzinho a mais de discernimento, de conhecimento, de capacidade de escolha. Então o determinismo ele é pontual e muito eficaz, quando o homem se torna massa. O livre arbítrio é praticamente zero. Então você conhece um, conhece todos. É previsível o que você vai ver. É previsível o que você vai ouvir, é previsível o fim da telenovela. Não muda muito. E aí ele vai aprofundar um pouco mais nisso, não é? Ele vai dizer, mais uma vez, se vocês ficarem com raiva, escrevam para o Hermes Trimegisto.
Mas que está aí, está. Eu não vou dizer para vocês, se eu concordo ou não, vocês é que vão ter que deduzir. Mas que ele fala, fala. Ele diz o seguinte, a maioria da humanidade não tem discernimento nenhum, domínio nenhum. São executantes inconscientes de um processo coletivo. Nenhum domínio. Que exagerado!! Será? Sete bilhões, quantos será que tem capacidade de não ser, um marionete na mão da moda. No plano mental, no plano emocional, e no plano físico. No plano físico é menos grave. Se todo mundo veste igualzinho, bom, que grandes consequências. Mas no plano mental, traz
consequências muito graves. Você morre, sem ter nascido como ser humano. Só sobrevive, não vive. Não diz a que veio, nem para você mesmo, você diz a que veio. Você morre um mistério para si próprio. Lembro que eu falava para vocês, essa foi uma surpresa para mim, que foi quando eu folheei um livro com a biografia de Marilyn Monroe, e ela dizia o seguinte: As pessoas dizem que me amam, mas na verdade elas não amam, porque elas nem me conhecem. E nem eu me conheço, talvez eu morra sem saber quem eu era. Eu falei : -
Gente que impressionante! Marilyn Monroe tinha vocação para filósofa. Interessante isso! Tinha sede de conhecer a si própria, e essa sede é muito importante. Muito importante! Fundamental. Lembrem o que dizia Platão, minha mãe era uma, perdão, Sócrates, era uma ótima parteira, mas não poderia dar à luz a uma mulher que não estivesse grávida. Sede de autoconhecimento, é gravidez de sabedoria. Então você vai dá a luz. Bom, então ele diz que somos escravos da hereditariedade, de opiniões, de costumes, de condições e etc... Olha, deixa eu falar uma coisa para vocês. Quando nós somos pequeno, eu pelo menos
que fui caçula, e bem temporã mesmo, rapa de tacho como dizia minha avó. A diferença da minha idade, para a idade dos meus pais era muito grande, então eu olhava e dizia, não tem nada a ver comigo. Eu caí de paraquedas nessa família, eles não são parecidos comigo. Hoje, quando eu passo para a frente do espelho, até a postura, o rictus facial, eu olho: - Ohh é a minha mãe! Porque a memória que eu tenho da minha mãe, é é a partir dos trinta e poucos, quarenta anos de idade. E eu cumpri perfeitamente esse scripts,
estou ficando parecidíssima, até fisicamente. Gestos, maneiras, posturas. Eu olho às vezes na frente do espelho e digo: Gente não é possível, minha mãe reencarnou e tá ai. E quando isso é só físico, no jeito de parar, no jeito de gesticular, tá bom, isso me faz grande diferença. Mas na maneira de pensar, nas premissas que se tem diante da vida, dos conceitos, a forma de expressar emoções, aí é complicado, porque aí praticamente congela a vida da gente, engessa. Então você, pensem vocês que têm mais a minha faixa de idade, que temos bastante jovens aqui, talvez não
consigam visualizar isso bem. Mas para vocês que tem mais próxima da minha idade, aqueles amigos e amigas, que vocês tiveram, e tem, que conhecem bem, e que tiveram um filho, e hoje você vê esses filhos adultos. E você olha e diz eu já vi essa história. Você não percebem isso? A própria jovem, às vezes não percebe, mas você que conheceu o pai e a mãe jovens, diz: - Eu já assisti essa cena. Estou vendo duas vezes a mesma cena, porque é muito parecido. A predisposição diante da vida, um limite de ação, que é praticamente uma
nova embalagem, para uma velha ideia. Como é difícil, e o jovem não vê, porque ele quer se revoltar contra o pai. Mas tem toda uma parte dos pais que eles não viram. Então não sabem nem se estão copiando, ou se não estão. quando descobrem que copiaram, já, já passou. Mas você que viu essa cena, sabe. Praticamente é um espetáculo repetido, é um replay. Vale a pena ver de novo, não é? E o quanto isso é difícil. Aí ele diz quando você fala isso, que as pessoas são produtos de hereditariedade, crenças, opiniões, costumes, condições, predisposições psicológicas,
demais, tendência crítica, tendência a cólera, tendência à passividade, tendência ao comodismo. Não questionar determinadas ideias. Conviver de uma determinada maneira. Tudo tão tão parecido, tão desesperadoramente parecido. Mudanças tão pequenas. Aí você diz para as pessoas isso, elas vão ficar revoltadíssimas, sobretudo os jovens. Nao!! O que é isso! Eu faço o que eu quero. Estou vendo que você faz o que você quer. Estou vendo! Agora vem me dizer uma coisa, porque você quer isso, e não outra coisa? Já parou para pensar nisso? Você está fazendo o que você quer, mas porque você quer? Isso não se
vai atrás. Quais são as tendências psicológicas que te fazem querer isso e não outra coisa? Foi você que escolheu querer isso? Em geral não. Mergulhem dentro de vocês e perguntem as suas ideias: - Qual é a minha? Uma ideia tua, você teve um contexto de vida, que você refletiu sobre ele, considerou inúmeras possibilidades, chegou a conclusões e disse: - Eu penso assim. Quantas tem esse histórico? E quantas foram clonadas, e você não sabe nem quem é o dono. A propriedade intelectual, você não pagou nem royalties. Não é isso? Mas quase tudo clonado. Isso é interessante,
é dolorido de você perceber. Mas é interessante. Você olha um temperamento familiar, é uma tendência familiar, você diz gente! Quão pouca originalidade. Quão pouco eu me construí. Dói, mas é necessário ver. Que é sobre esse terreno, que você pode começar a fazer algum esforço. E somar alguma coisa. É necessário ver. Tá, então o que ele vai dizer, a maioria é um executante inconsciente de uma programação, biológica, psicológica e o espiritual às vezes, nem aparece na cena. Muito pouco, que o espiritual ele é único irrepetível. E se ele baixasse aí reconstruiria isso tudo. E a gente
não dá nem espaço para que ele chegue. Percebam Uma coisa curiosa. É importante que a gente mergulhe dentro de nós mesmos, e veja isso. Quão pouco mudamos ao longo da vida. Se é que tentamos Tentando muito, as mudanças são lentas, difíceis. Exige um esforço, uma determinação, uma meta. Saber exatamente onde você quer chegar. Isso é importante vermos também, para termos mais de compaixão. Sobre a repetição no erro, daqueles que estão à nossa volta. Porque, mudar quando se quer, já é um esforço muito grande. A nossa sociedade nem foi informada de que deveria mudar. De que
deveria construir a si próprio. Foi informada de que deveria construir condições confortáveis de vida. Só isso! Mas que deveria se tornar um ser humano melhor, isso não está entre os requisitos da nossa educação Então é muito complicado. E muitas vezes você não tem uma noção muito clara, nem dos elementos que compõem aquilo que ele pensa ser. Nem quem é ele mesmo dentro de tudo isso. Isso é inteligência, a inteligência começa aí. Intelegere, escolher dentre. Escolher dentre todas as coisas que você clonou, quem realmente é você. Esse é o verdadeiro fenômeno de inteligência, portanto a inteligência
é rara. Encontrar a si próprio, no meio daquilo que você copiou. Os mestres conhecem as regras do jogo. Mestres é quem dentro da condição hermetista? Dentro da, perdão, da nomenclatura hermetista? Mestres são aqueles seres humanos que já chegaram a conquistar alguma individualidade. Alguma sabedoria. Não só filósofos, que estão correndo atrás da sabedoria. Mas aqueles que já alcançaram algum grau dela. Eles acreditam alguns homens já chegaram mais próximos disso. Têm um nível maior. E esses, ele chama de mestres. Esses mestres eles veem as leis do mundo. Mas são capazes de se elevar acima delas, e construírem
a si próprios. em cima de determinações. Em cima de princípios que eles adotaram por um ato de vontade. Em cima de leis maiores, e não leis menores. Então eles são capazes de modificar completamente uma condição de berço que foi dada. E serem o que eles escolheram ser. Percebam isso! Uma condição. Vocês imaginem, uma pessoa que nasce às vezes numa condição familiar muito desfavorável muito agressiva, muito difícil. Você pode dizer é uma pessoa comum. Vai ter chances, limitadas, por esse contexto difícil. Agora, se nascesse aí, sei lá, um buda. Será que ele deixaria de ser buda
porque a família dele era complicada? Eu acho que não. Porque um peso desses, se impõe sobre as circunstâncias, como uma rocha. Não tem possibilidade, as circunstâncias aí são massacradas pelo peso da individualidade. Diz que existem homens assim. O peso interno deles, se impõe sobre as circunstâncias externas. E esses homens eles não deixam de obedecer a leis, mas optam por leis superiores. E ficam acima das leis quotidianas e banais do mundo. Ou seja, se elevam a um patamar, que é aquilo que nós chamamos de princípio de neutralidade. Neutralizam as leis do mundo inferior, obedecendo a leis
do mundo superior. Tem um livro que eu acho maravilhoso, um dos mais belos que eu li na minha vida, que se chama Luz no caminho. Que ele diz: - Os escravos da grande lei do mundo são os senhores do mundo manifestado. Os escravos do Darma, são os senhores do mundo manifestado. Ou seja, eles optam por obedecer à grande lei do universo. E se impõem as pequenas leis. Emanuel kant que é um filósofo muito interessante. Eu acho até que coloquei isso aqui. Os mestres conhecem as regras do jogo, alinham-se acima, com leis maiores. Vontade e liberdade
era um conceito kantiano. Ele dizia que é como se fosse um funi,l você se abre as leis do céu, você se individualiza aqui em baixo. Lembre, pensem num funil. Você se abre as leis do céu você se individualiza na terra. Agora se você se abre as leis da terra, o funil inverte. Você se isola do céu, não vê nada das grandes leis universais. Ou seja, você tem que escolher a que vai obedecer. Para ele um homem de vontade, um homem livre, é um homem que obedece livremente as leis que ele próprio, discerniu e escolheu. Ou
seja, liberdade é sinônimo de obediência, a leis universais que você escolheu, por um ato de vontade. Vocês imaginam liberdade como sinônimo de obediência? Eu escolhi obedecer as grandes leis do universo. Justiça, fraternidade, bondade, e escolhi e obedeço voluntariamente, e por isso não estou mais submetido às pequenas leis da moda. Elas para mim são pequenas. Mas ficar solto de tudo, de céu e terra, você não vai ficar. Eu não obedeço a nenhum princípio, deve obedecer aos fins, aqui do mundo. E não sabe nem a quem está obedecendo. É um escravo inconsciente. Então eles servem ao superior,
esses mestres, e governam no plano material. É bonito isso. Ou seja, vontade e liberdade como sinónimos. O homem livre, e o homem que escolheu livremente obedecer as grandes leis universais. E portanto se liberta das pequenas leis, passageiras do tempo, as leis humanas. E é capaz inclusive de transformá-las, porque não depende delas. Vocês lembram, só para fecharmos essa já é nossa última tela. Daquele exemplo que já dei um milhão de vezes, mas que cabe muito aqui. Que é o exemplo da estátua em cima da mesinha. Você coloca uma estatua em cima de uma mesinha de quatro
pernas, aí coloca um gancho de samambaia no teto, amarra um fio de nylon, prende firmemente essa estatua. Ela depende da mesa? Você corta uma perna, a mesa treme, ela está lá. Corta a segunda, corta as quatro pernas da mesa, a mesa cai. E ela está lá porque ela só pairava sobre a mesa. Mas o ponto de apoio dela está lá em cima. Agora não coloca fio nenhum, coloca essa estatua em cima da mesa, corta uma perna é provável que ela já se espatife. Corta duas, nenhuma resiste. Então é um ser humano apoiado nas coisas do
mundo. Sua vida financeira, sua vida emocional, a opinião que as pessoas têm dele, a sua vida profissional. Aí a vida vem e corta uma perna. A maioria já desmorona aí. Um relacionamento que faliu, um emprego que ele perdeu, se cortar duas já era, não fica ninguém de pé. E por que que houve homens na história que a vida cortou todas as pernas da mesa dele, e eles permaneceram de pé? Talvez porque tivesse um apoio acima não é? E não é difícil você ver homens assim. Vocês viram Sócrates com setenta anos de idade, condenado a beber
cicuta, e morrer com a dignidade que morreu. Vocês viram o Jordano Bruno na idade média, condenado a permanecer dentro de um calabouço medieval, em condições miseráveis, e saía de lá cada vez mais lúcido. De onde esses homens tiravam o seu ponto de apoio? A mesa deles não tinha mais nenhuma perna. De onde o tiravam? É Então aquele que se prende a coisas mais elevadas, ele se individualiza aqui embaixo. E aí é que tem uma história interessante, porque se eu não dependo da mesa, a mesa começa a depender de mim. Eu viro o jogo. Como a
história não tem poder sobre mim, eu passo a ter poder sobre ela. Aí eu passo a fazer história. Porque eu posso impedir que cortem essas pernas, não por mim, mas porque tem outras pessoas em cima dessa mesa. Eu estou lutando por elas. Mas eu só posso fazer isso, porque eu não dependo da mesa, porque se eu depender, eu não tenho poder sobre ela. Entendem isso? Ao invés de ser produto da história eu começo a ser produtor, eu viro o jogo. Mas porquê por quê? Porque eu não dependo. Existe uma frase, que eu acho muito forte,
mas que nesse momento encaixa muito bem. Que diz que os homens individuais escrevem a história. Os homens massa, em geral, nem a leem. Vamos e venhamos é mais ou menos assim. Um executante inconsciente, de condições que não sabe nem quais são. Ainda é rebelde, e acha que é dono do seu próprio nariz. E nem sabe exatamente o que é um nariz. Enfim... Isso ele vai dizer, a lei de causa e efeito pode te alavancar violentamente para cima, se você a entende e começa a gerar conscientemente as causas cujos efeitos, você quer atingir. Mas senão não
ela vai te produzir, segundo a massa. Segundo o modelo do coletivo. Ele vai fechar dizendo nada escapa a lei do Todo. Nem um fio de cabelo. Ele cita essa frase que é baseada na frase bíblica, não é? Não cai um fio de cabelo da cabeça do homem, que não seja da vontade de Deus. E diz que realmente é assim, porque um fio de cabelo, não é pequeno, nem grande, é uma parte orgânica do universo. Que cumpre um propósito. De nascer quando tem que nascer, de cair quando tem que cair. O homem também é uma parte
orgânica do universo, que deveria cumprir um propósito, de se elevar, de se humanizar, no momento que a natureza espera isso dele. Se ele não faz, ele vai obedecer a mecanicidade, da massa. E vai sair do mundo sem dizer a que veio. Todos os homens morrem, mas nem todos vivem, alguns só sobrevivem. E essa é a ideia da causalidade. Ela vai gerar efeitos, conforme a tua capacidade de gerar causas. Mas você não vai escapar dos efeitos. Produzidos por você, ou pela massa. Ou você conduz o teu veículo no volante, lúcido e consciente, ou você está no
banco de trás com os olhos vendados. Sendo conduzida não sabe por que e nem pra onde, mas parado você não vai ficar. Vai estar submetido a lei de causa e efeito. Ninguém escapa a ela. E tudo aquilo que somos, gera frutos. Que nós devemos escolher que tipo de frutos queremos deixar no mundo. Que tipo de sementes. Essa é a lei de causa e efeito, dura que só, mas observem, é muito importante que a gente exerça um pouco de intelegere, escolher dentre. Virar para dentro de nós, e ver o que existe em nós que é realmente
nosso. E quanto somos executantes inconscientes de um software. Software família, software sociedade, software cultura. O que todo mundo pensa, o que todo mundo faz e o que todo mundo diz. O quanto é ousado para e pensar, porque isso é assim? Porque eu tenho que pensar dessa forma? Porque tenho que sentir dessa forma? O que é isso? Quais são as razões que fazem com que isso seja dessa forma, e não de outra. E começar a construir a si mesmo, por um ato de vontade, fundamentado em princípios. Assim nós começamos a nos tornar realmente operadores, da lei
da causa e efeito. E não simplesmente óbvios. Bom, é isso por hoje. Light demais esse capitulo de hoje. Bom não tem nada complexo de entender, tem difícil de aceitar. Então, tudo é dual, não é? Nosso próximo capítulo que vai ser o princípio da geração, de generare, gerar. Princípio do gênero, na verdade é princípio da geração, porque não é gênero no sentido que nós entendemos hoje em dia. É de generare, gerar, aquilo que dá vida. Então estamos no nosso fechamento do livro mais três capítulos estamos fechando, eu espero poder tê-los aqui conosco. E não esqueçam, estamos
gravando estamos colocando tudo isso no youtube, eu espero contar com vocês, para a divulgação. Tudo isso que colocamos aqui é parte do nosso curso de filosofia, temos uma turma abrindo aqui na asa sul, na quinta-feira, eu espero poder vê-los por aqui, que a gente possa refletir juntos, em mais ocasiões. Som de musica...
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