[Música] Estamos de volta aqui no Modestamente, um papo modesto, mas nem tão modesto assim. Eu, Samuel Modesto, sempre com vocês aí ligadinho, começando agora, mas você vê quanta gente importante já passou por aqui. E hoje eu tenho o prazer de apresentar esse meu amigo que é cantor, compositor, uma referência na música gospel brasileira. É uma honra receber alguém que marcou gerações, gente, ó, canções profundas e inspiradoras. Meu convidado hoje gosta de chapéu. Com vocês, Sérgio Lopes. >> Obrigado, Samuel. Prazer estar aqui com você, aproveitando essa minha vinda a São Paulo. A gente tá aqui em
Guarulhos agora. >> E prazerzão lembrar de você, dos bons tempos da do Troféu Talento que a gente participou tantas vezes. Ganhou várias edições, 14 anos. Foi clipe do ano. >> Não sei se você lembra do >> do Júlio Costa, que era produtor da linea. >> Claro, claro. Lembro. >> Ele ele produziu um clipe chamado Afé, de uma música minha chamada Aé. >> Uma música que inclusive foi muito explorada pela nas campanhas da Igreja Universal. >> E nós fomos lá para Santa Teresa, que é um bairro no centro do Rio, >> tá? O Júlio Costa conseguiu
um contato com a Polícia Militar do Estado do Rio. >> Olha isso, gente. >> Foi lá nas relações públicas da polícia e nós fechamos o bairro de Santa Teresa para fazer esse clipe. E no clipe representava um cara que tava passando por dificuldade e brigando com a mulher em casa, tal. E de repente ele viu uma arma no bar onde ele trabalhava. >> É. >> E no momento de loucura, de completo desequilíbrio, ele pega aquela arma e vai fazer um assalto, né? Sei. >> E eu era esse cara que ia fazer com arma na mão
e tudo. E depois que eu entrei numa padaria e fiz o assalto, aí veio um carro da polícia, um carro verdadeiro mesmo. Uma viatura não era, não era eh fake, não. Era uma viatura da polícia com dois policiais que a PM do Rio autorizou a fazer um clipe. Isso tá aí no no YouTube. >> Tem como assistir? Olha aí a fé. Sio les no YouTube, uma grande produção. Pararam o bairro lá para fazer essa gravação. Nossa, foi o clipe do ano. Ganhou o troféu talento de clipe do ano em 1999. >> Jesus amado. Olha aí
que maravilha. E o troféu fazia uma diferença >> imensa pra música cristã, né? >> Sim. Era o gram nacional. Era o gral. >> Era o gram. Nós não temos mais, né? O último foi o troféu talento. >> Temos. É. Vamos ver. Vamos ver. Tô com umas novidades aí. Quem sabe a gente não volta com esse troféu talento aí de novo aí pra música cristã. Sérgio, a gente tava conversando aqui. Então você, eu, eu, eu achando que você nasceu no Rio de Janeiro. Você não nasce no Rio de Janeiro, você é do Nordeste, é isso? >>
Eu sou de Campina Grande. >> Ah, >> eh, na minha época de juventude ali, por volta dos 18 anos, >> hã, >> fui que eu comecei a ter contato com a música. Eu ia numas nas sextas-feiras para um barzinho que tinha em Campina Grande. >> Isso com quantos anos? Você lembra? >> Eu devia ter 18, 17 anos. Você já era cristão ou não? >> Eu frequentava a igreja congregacional de Campina Grande. >> Olha isso. Uma das primeiras igrejas brasileiras em congregacional. Ela briga com a presbiteriana para ver quem é a primeira, hein? >> Por aí.
Por aí. Aí nesse barzinho que eu ia lá em Campina Grande, toda sexta-feira, quem cantava lá era uma cantora um pouco conhecida, chamada Elba Ramalho. Só que ela não era ninguém naquela época, ela era só uma cantora de bar. >> E eu ia para esse show por causa do baixista dela. >> Ah. E um dia, uma sexta-feira, Elba Ramalho chega lá depois de cantar umas três ou quatro músicas ali no barzinho, todo mundo tomando cerveja e tal, não sei o quê. E eu tomando minha Coca-Cola lá, eu era meio peixe fora d' água porque eu
já era da igreja, não tomava e cerveja, mas ia lá por causa do baixista, que eu era apaixonado pelo baixista, que ele tocava muito baixo e eu tinha interesse em aprender aquele instrumento, então ia lá para ter aula, né? >> Uhum. E aí ela chega no palco e fala: "Gente, vou parar o show um pouquinho para avisar para vocês que na próxima semana, no próximo domingo, eu vou estar no cassino do Chacrinha". Aí todo mundo levantou, aplaudiu de pé e ela pedi pra gente orar pela, rezar pela viagem dela, que ela é pela primeira vez
pegar um avião para vir pro Rio de Janeiro. >> Olha isso. >> E a gente esperava que ela fosse fazer o chacrinha e na outra sexta-feira a gente ia lá para comemorar, para aplaudir, para parabenizar. Ela nunca mais voltou. Ela veio pro e ficou ficou por aqui. >> Já ficou por aqui. >> Já ficou por aqui. >> Mas um pouquinho antes, como é que a música chega na sua vida? Vem, vem de um parente, de um avô, como é que foi assim, ó, sua primeiro encontro com a música, com o violão? Você toca violão, né?
Aliás, nós vamos ter que marcar um segundo podcast, porque para ser sincero, eu não avisei o Sérgio para trazer o violão. Eu também não trouxe o meu. Tenho um Fender bom, viu? >> Violão Fender bom. >> Mas eh, a turma que vai pedir música aí, ó, gente, pra próxima, tá bom? Não, mas tem uma fica tranquilo porque o o que tem de música minha a gente tá no YouTube, certo? >> Tá tudo lá, né? Pessoa termina o podcast, vai ver. >> Já vai, já vou as canções. Aliás, eu vi um show seu aqui que você
mostrou. >> Metal Band. >> Meu Deus do céu, que maravilha. >> Como é que chama para achar no YouTube? >> É Sérgio Lopes Metal Band. >> Tá, >> tem que botar o metal porque se você colocar Sérgio Lopes bend aí vai para Bandeirantes, não sei o quê. Táesal é o nome do do vídeo >> gravado lá no Rio de Janeiro. >> Lá no Rio. >> Tá. Então volta lá. Como é que você chega mesmo na música? >> Moleque ainda. >> Pequenininho, devia ter uns 12 anos, >> tinha um rádio na sala, né? Naquela época todo
mundo tinha um rádio na sala. >> Verdade. >> E quando a gente sentava na mesa para esperar a mamãe botar o almoço na mesa, o ráid tava tocando e eu ficava na mesa assim, ó, batucando a música que tava tocando no rádio. >> Aham. Eu lembro que eram músicas do Benito de Paula, >> cantores que tocavam no rádio. Na época não tinha rádio gospel ainda. >> E a minha mãe falava da cozinha: "Parece batuque, menino, tá me enlouquecendo." Eu tinha que parar de batucar, mas aquela mania de batucar foi >> já tava ali dentro, né?
Tá, eu pegava depois lata d'água no quintal, fazia de tambor, ficava brincando de percussão, cantando as músicas e fazendo percussão, [ __ ] fazendo. E ali foi meu meu primeiro eh insite assim com a música. >> Música. Ah, >> aí depois um primo meu que frequentava muito a minha casa >> Uhum. percebeu que eu era, eu era afinado, tocava no ritmo, cantava no ritmo direitinho. Ele queria aprender violão, ele comprou um violão e foi lá para casa para eu ajudar ele a aprender a tocar aquele violão, >> tá? >> Só que ele não tinha vocação
pro negócio. >> Aí ele cansou do violão. Ele cansou do violão, não aprendia nada. Eu ensinava para ele direitinho, aprendia primeiro na revistinha de banca de jornal como é que era as posições para passar para ele. Aí teve uma hora que ele ele se entediou, falou: "Cara, eu não quero isso para mim não, eu não dou certo com música". Aí eu falei: "Beleza". E o violão fica para você. Ali começou o meu encontro >> mais eh intenso com a música, né? >> Porque eu saí do batuque, que era percussão para entrar pra harmonia. >> Pr
harmonia. Agora eu comecei a fazer músicas no violão, fazer minhas próprias músicas, >> participava dos festivais da escola, >> tá? >> Fazia músicas. Eh, teve uma música que eu fiz que era S fejar aqui. Ganhei um festival na escola com essa música. Seu doutor, eu sou um pobre empregado. Vim aqui preocupado reclamar do meu patrão. Há mais de um ano que ele me paga só metade. E para não fazer a large, não fui pra televisão. Mas tá aí o CPF identidade e a carteira do trabalho. Pegue aí na sua mão. Quero ir ao Ministério do
Trabalho. Se o senhor for ao meu lado, eles vão me dar razão. Você vê que um menino de de 13, 14 anos fazendo uma música nesse nível. Mas porque eu prestava atenção nas conversas do meu pai com a minha mãe, ele reclamando os problemas dele com trabalho. Na época ele era locutor de rádio e tinha muito problema trabalhista. Eu vi ele discutindo com a minha mãe sobre isso. Eu prestava atenção >> nos dilemas de um trabalhador naquela época. Aí compus essa música. >> Que bacana. Aí na segunda estrofe digo assim: "O meu nome é Zé
da Silva, brasileiro. Não descendo de estrangeiro, olha a documentação. Trago a documentação bem escondida. Só falta a folha corrida que eu perdi na lotação. Mas tá aí o CPF identidade, a carteira do trabalho. Pegue aí na sua mão. Vamos logo, por favor. Vamos embora que já tá chegando a hora de trincar o meu cartão. Eu >> comecei a aprender a se linguajar todo. >> O cara já era poeta, já tava dentro dele e fez a música da briga dos pais ali. Isso é uma coisa das discussões sobre trabalho, suas coisas. >> Que legal. Já tava
dentro, né? Certo. Fala. Eu eu com 15 anos eu inscrevi essa música num festival. Tinha muito festival naquela época. >> Sim. Uma operação dos festivais, né? O festival era divulgado pelo Brasil inteiro, as rádios divulgavam, tinha lamblamb na rua. Sabe o que é lambilamb? Era um cartaz que as pessoas chegava e colava nos muros. >> Aí tinha ali caixa postal para você mandar música. Tinha muito esse negócio de caixa postal naquela época, festivais para você inscrever sua música. >> Uhum. >> E eu inscrevi essa música num festival nacional. Essa música foi classificada para um festival
nacional que quem ganhou foi o Chico Boarque. >> Olha, >> a minha música ficou em quarto lugar. >> Um garoto de 17 anos lá. Campina Grande. >> Tava lá na nas cabeças o Chico Boarque, Geraldo Vandré. Nossa. >> Eh, Chico Boarque, Geraldo Vandré, um outro compostitor que eu não lembro aqui, acho que era Ednardo o nome dele. E quarto lugar, essa música do Sérgio Lopes. >> Então, você teve um uma uma podia ter uma força aí de se enveredar pelas músicas seculares também. Se você Sim, sim. >> Poderia ser um cantor e um compositor secular.
Graças a Deus que não aconteceu isso. Nada contra as músicas aí e ele ficou conosco pra igreja aqui. >> Ô Sérgio, e aí você tava falando que depois você entrou na na Marinha, é isso? Você foi militar da Marinha? >> Eu fiz um concurso. >> Nossa, isso eu não sabia, rapaz. >> Fiz um concurso para ser fuzileiro naval, porque o meu sonho era ser paraquedista, né? >> Eu já era paraquedista civil, mas queria ser paraquedista militar. >> Chegou por lá mesmo de para rapaz. Naquela época a gente chamava de salto enganchado. >> Eu acho que
esse negócio é muita coragem, né? Esse negócio de eu servi aeronáutica, mas só servi um ano. E o próximo passo era entrar no na força da elite do Paraçá, que é lá no Rio de Janeiro, que é o o paraquedista do Aeronáutico. Mas aí eu falei: "Não, chega, já tá bom por aqui". >> Paraquedista de combate, >> olha isso. >> Então era o meu sonho também. >> Olha, >> não consegui, >> tá? >> Não consegui por uma besteira que você não vai imaginar. >> Eu já era paraquedista civil. Tá. >> A única diferença do do
paraquedismo civil pro militar, >> a diferença básica é que no paraquedismo civil, >> hum, >> onde eu já era paraquedista, nós mesmos que dobrávamos o nosso paraquedas. >> Já no paraquedismo militar não tem um dobrador, um especialista em dobragem. Então você vai pegar, você vai pegar um paraquedas que não foi você que dobrou, foi uma outra pessoa especializada na >> responsabilidade, né? É. >> Hum. >> E para mim tudo bem. Mas aí quando eu fui fazer o exame para admissão para o grupo de formação de paraquedistas, eu cometi um grande erro. Eu entrei de óculos.
Ah, >> olha isso. >> E o paraquedista militar >> não pode, >> não pode usar óculos. >> Não pode. >> Mesmo que com o passar do tempo você adquira algum problema visual e você passe a usar óculos, >> eu já tá dentro. >> Já tá dentro. Mas quando você vai ser admitido, isso é um dos itens de desclassificação. >> Ah, Jesus. >> E eu via perfeitamente bem sem o óculos. Eu cheguei pro sargento e falei: "Mas eu tiro o óculos e consigo enxergar muito bem o teste que senhor fizer aí, eu consigo ver: "Ah, infelizmente
é eliminatório isso aí". Então você usa óculos já não pode ser. E essa foi minha frustração de não conseguir me tornar paraquedista porque caí na besteira de entrar na sala do exame de óculos. >> Mas Deus está no controle de nossa. >> Mas então isso que eu i falar aí você vem pro Rio de Janeiro, já tá no Rio? >> Isso eu já tô já não estou em Natal ainda. >> Tá em Natal? >> E como você chega no Rio? através da da Marinha, né? >> Isso. Fiz o concurso para Cabo, >> tá >> lá
em Natal. Passei no concurso e vim pro Rio para fazer o >> curso para depois voltar para Natal. >> Ah, veio fazer o curso de de cabo no Rio. >> No Rio, na ilha do governador. >> Tá. >> E quando eu cheguei para fazer o curso, >> hã, >> eu deveria terminar o curso e voltar. >> Hum. >> Mas aí eu sabia máquina de escrever naquela época e pouca gente sabia mexer com máquina de escrever. Aí o pessoal do comando lá do quartel onde estava, esse garoto sabe mexer em máquina de escrever. Manda ele de
volta, não deixa ele por aqui para ser escrevente. E aí eu me tornei escrevente fuzileiro naval. >> Olha isso. >> E fiquei no Rio por causa dis Rio de Janeiro. >> E aí só tô entendendo porque tem muita coisa, muita coisa boa para perguntar aqui pro pro meu amigo Sérgio Lopes, gente, que tá aqui, ó. Que privilégio, hein? Sérgio Lopes no meu podcast. Que privilégio. Eh, e aí você fica quanto tempo na Marinha? Porque depois você dá baixa. >> Eu fiquei 15 anos. >> 15 anos. >> 15 anos. >> Aí você da baixa. E como
é que foi? >> Não, a música entrou antes. A música entrou antes. Veja bem, eu saí da Marinha em 95. >> 95. Você já tava cantando? >> Já tava cantando desde 19. >> Mas já tinha algum, era a época do, do nós fomos da época do, do vinil. Você já tinha gravado um vinil na Marinha? >> Vil, tinha gravado dois vinis na Marinha. Aí veio o terceiro, >> tá? >> Disco que foi o amigo, né? O amigo que eu encontrei me surpreendeu. >> Sim. >> Aí o que foi que aconteceu com essa música? >> Eu
fiz essa música preso na Marinha. Eu tive uma discussão com o comandante. Eh, na verdade, na época não existia celular, >> tá? >> Eu recebia uma missão para fazer um mapa de um lugar onde nós iríamos fazer uma operação, um treinamento. >> Eu tô dando risada aqui porque eu acho que ele aprontou, viu, para ser preso. >> Eu vou contar, eu vou confessar o pecado aqui agora. E eu acho que por causa dessa prisão, acho que saiu uma música. >> Ah, o comandante chegou para mim numa sexta-feira, numa época que ainda não existia celular. Ele
chega para mim às 5 da tarde, coloca um mapa em cima da mesa e eu era desenhista do Comando Geral do Corpo de Fuzileiros. Ele falou: "Sérgio, eu preciso desse mapa aqui na segunda-feira às 8 horas da manhã na minha mesa." >> É. >> E eu, comandante, para fazer esse mapa para tá na sua mesa na segunda-feira, eu vou ter que ficar no quartel sábado e domingo. Aí >> ele olhou para mim e falou: "Pois fique". Falei assim: "Senhor, acabou meu final de semana, não ia poder ir pra igreja, ia ter que ficar no quartel
o final de semana inteiro fazendo o mapa". Comecei a fazer imediatamente, desci pra minha sessão, >> tá? >> E pouco depois que eu começo a fazer o mapa, entra um outro comandante na minha sessão, >> hum, >> e me traz uma outra tarefa, >> tá? Era um, o meu chefe era um capitão de Fragata e esse comandante era um capitão de Mariguerra, que era um posto acima dele. E esse comandante chega para mim e fala: "Cabo Sérgio, eu preciso desse desse desse croquê aqui, que era um mapa também pronto na segunda-feira pela manhã". Aí eu
falei: "Não vai dar. Como assim não vai dar?" Aí eu disse, o meu chefe acabou de me dar essa tarefa aqui para fazer entregar para ele na segunda pela manhã e eu vou ter que ficar sábado e domingo no quartel para conseguir fazer essa tarefa dele para entregar na segunda às 8 da manhã. Aí os comandante fala: "Quantos galões tem o seu chefe no ombro?" Aí falei: "Tês aí ele falou: "Quantos eu tenho?" Eu falei: "O senhor tem quatro". Aí eu falei: "Então compra a minha ordem". E eu não tinha, não existia celular ainda para
eu ligar pro meu comandante e falar: "Acabei de receber uma contraordem aqui". Eu tive que obedecer. >> Claro. Eu >> quando chega na segunda-feira, exatamente, chega na segunda-feira pela manhã, o meu chefe me chama, >> cadê o mapa que eu mandei você fazer? Eu falei: "Comandante, não consegui fazer". Como assim não conseguiu fazer? Na sexta-feira entrou um outro comandante lá na minha sala, me deu uma outra tarefa com o mesmo prazo para entregar hoje às 8 da manhã. >> Nossa, >> mas eu dei ordem para você fazer o meu. Pois é, acontece que ele perguntou
quantos galões o senhor tinha e quantos ele tinha. Como ele tinha quatro, tive que cumprir a ordem dele. >> Claro. E >> aí ele chateado comigo >> falou: >> "E como era inimigo do outro, >> ai >> não tinha diálogo entre eles. >> Sobrou, >> sobrou pro mais fraco. Mandou me prender. >> Poxa, olha isso. >> Prender. Olha, Samuel, uma prisão >> sem merecer, né? Isso que é >> uma José passou por isso, né? José no Egito. >> Passou, passou, passou da >> visão merecida. Eu fiquei em estado de choque porque eu tava me preparando
para ser oficial. Eu estudava direto, meus metais viviam limpos. brilhando meu minha bota tava era, eu era, eu era exemplar >> conceito cinco, como se diz na nas Forças Armadas, eu era conceito cinco e aquela prisão ia estragar todos os meus planos. Eu fui preso, mas eu achei que o comandante tava de cabeça quente e preso ali naquela cela, uma cela subterrânea, fétida, muito fedida lá. Era um lugar desumano, inclusive hoje não se coloca mais ninguém lá porque já foi interditado. >> Certeza, hein? E eu fiquei naquela cela, achei que ia ficar ali meia hora.
Quando ele esfriasse a cabeça, ele ia me tirar dali, porque era realmente um calabolço aquilo. >> Uhum. >> Mas eu fui sentenciado há 20 dias naquele lugar. >> Nossa, >> 20 dias que pelo lugar onde eu estava, sem luz, sem luz do dia, sem luz elétrica, sem água, >> Jesus, >> era um buraco no meio do nada ali, subterrâneo. >> Hum. >> 20 dias pareciam 20 anos. >> Nossa, imagina. E eu fiquei meio chateado com Deus ali. >> Hum. >> Eu falava: "Puxa, eu tô fazendo tudo direito. É, >> tô estudando, fazendo minha parte e
tô preso aqui por ter obedecido a ordem e fiquei chateado com Deus. >> Uhum. Falei algumas besteiras, o pessoal ia lá orar comigo e eu ficava de olhos de olho aberto com a mão na grade lá, não tava nem ligando paraa oração. Mas aí os dias foram passando, meu espírito foi ficando mais brando e lá pelo 14º dia eu comecei a baixar minha bola e comecei a pedir perdão a Deus pelo que eu tinha falado lá dentro daquela cela. >> Uhum. E no dia seguinte, eh, em que eu pedi meu perdão, em que eu orei
e chorei na presença dele pelas besteiras que tinha falado antes contra ele, aí surgiu um violão. O corpo da guarda era perto da cela e eu escutei um som de violão. Na hora que a sentinela veio me trazer o jantar, eu pergunto para ele, tem um violão lá em cima? Ele falou: "Tem do do chefe da guarda tá com violão lá. Você podia pedir emprestado para mim? Eu tô aqui há 15 dias, um tédio aqui tudo escuro, sem conseguir nada. Um violãozinho ia me Aí o Sentinela me responde o seguinte: "O senhor tá em prisão
rigorosa? Se ele emprestar o violão pro senhor, o senhor ele pode ir preso também. Mas eu vou falar com ele. Aí daqui a pouco ele desce com o violão. >> Olha isso, gente. >> Aí ele me entrega o violão e fala: "O chefe da guarda disse que o senhor pode ficar com violão a noite inteira e pela manhã na alvorada, >> hum, >> ele vem buscar o violão aqui." >> Hum. E nessa noite eu fiz a música O Amigo. >> Gente, eu não sabia de Mas por isso que é importante conhecer. Olha isso. >> É
importante conhecer a história da música, né? >> Sem caneta, sem papel. Eu tinha que fazer uma frase, memorizar, criar a segunda, memorizar a primeira e a segunda, criar a terceira, memorizar as três e assim por diante, até conseguir concluir a música, né? >> O amigo que eu encontrei me surpreendeu. Quando todos me deixaram, ele me acolheu. Fiz a música. Quando eu fiz essa música, eu meio que entendi o porquê de ter acontecido aquilo tudo. Eu acho que Deus me levou para aquela cela só para eu compor essa música. >> Olha isso, gente. >> Pouco tempo
depois eu gravo essa música quando eu saio da cela. >> Aham. >> Ainda em feita cassete. Você lembra? >> Lembro, claro. >> Aí o bicho Macedo é preso, vem para São Paulo e fica preso, >> tá? E alguém que eu não sei quem foi, >> hum, >> apresentou pro bicho Macedo essa música que o bicho Macedo nem sabia que eu também tinha feito preso da história. >> Não sabia que eu tinha feito aquela música preso. Quando o bicho Macedo sai em liberdade, >> vai pro Maracanã, >> faz uma grande concentração e entra no palco cantando
qual música? O amigo >> no >> E aí minha carreira começou. >> Olha isso aí. >> Porque quando a Record transmitiu aquele evento pro Brasil inteiro, >> divisor de águas ali pra sua casa, >> foi um divisor de águas. Nossa, >> quando ele canta aquela música no Maracanã, que ninguém conhecia que música era aquela, começou o Brasil inteiro. Que música é essa? Onde é que tá? Quem é o cantor e tal? E ali eu apareci. >> Nossa, a a a linguagem de hoje viralizou. >> Exatamente. Até hoje, né? >> Porque até hoje, amanhã eu vou
estar cantando aqui em Guarulhos e vou estar cantando essa música. Já foi pedido. >> Como, né? Não tem como. É. >> Quantos anos se passaram? Eu tô falando de 1993. Vamos fazer as contas. 93 para 2003, 10 anos. para 2013, 20 anos. 2013 para 2023, 30 anos. 35 anos que essa música, >> meu Deus do céu, >> não, 32 anos que essa música foi feita. Eu nunca paro de cantar. >> Eh, olha, interessante. Eh, por isso que e o podcast a gente recebe depois, Sérgio, eh, pessoas que estão assistindo e às vezes é tocado com
uma com uma história dessa, porque muitas pessoas, quantas pessoas são injustiçadas. A gente, o Salmo 73 vai falar isso, né, que o que ele quase se desviou porque viu o ímpio, o mal se prosperar. >> Uhum. >> E ele ali largado, né? Mas Deus honra, vai ter a hora da honra, a hora da virada, né? Eh, e aquilo que você fez no finalzinho ali, você começou a entender, começou a pedir perdão. >> Exatamente. >> Começou a quebrad perdão pela murmuração, porque eu murmurei. Aham. E o segredo pra gente passar por uma prova e ter vitória
no final é passar sem murmurar. >> Au! Olha isso aí, gente. Presta atenção. >> Quem deixou essa lição pra gente? José. >> José. >> José no Egito. >> E como foi injustiçado. >> E como foi. E nunca murmurou. >> Nunca. Então, naqueles dias, quando eu caí em si, ali em mim, que eu comecei a perceber a besteira que eu tinha feito lá atrás, eu tratei de corrigir imediatamente. Eu botei joelho no chão, chorei e pedi perdão a Deus pela minha murmuração. >> Olha isso. >> E por eu ter percebido a minha murmuração e ter pedido
perdão por ela, foi que Deus me deu a inspiração para fazer o amigo ali mesmo na cela. E essa música redirecionou a minha vida. E a ferramenta que Deus usou para redirecionar minha vida com essa música foi o bicho macedo. >> Olha isso, gente. Então, eu já quero >> você entendeu a gratidão que eu tenho por ele. >> Sim, sim, sim. Então, eu já quero agradecer a os meus amigos. Eu eu fui locutor da da Rede Aleluia. Rede Aleluia. 4 anos apresentando o Line Music lá, né? >> Apresentei o Line Music. Queria mandar um abraço
para todo o povo da da Igreja Universal, os meus amigos da Rede Aleluia Barroso e todos que trabalharam lá comigo lá. Uma bênção. Olha que história bacana. Muito bom, hein? Parabéns. >> Deus puro, né? Nossa vida. >> Deus puro. >> Agora, o que que eu o que que eu posso falar a partir dessa experiência >> para as pessoas que vão passar por uma fase ruim na sua vida? >> É, >> meu amigo, se você tem fé, não murmure. >> Olha aí. >> Passe pela prova, lute para sair dela, mas sem murmurar. >> Uhum. >> Deus
é o nosso amigo nessa hora. Acho que toda prova que a gente passa é meio que um teste. Acho que Deus testa a gente para saber até que ponto a gente consegue aguentar para depois ele abrir as comportas e derramar bênção sobre nossa vida. >> Né? Porque o segredo dos grandes homens que tiveram grandes vitórias na Bíblia foi de não murmurar. E quando murmuraram perderam, que foi o caso de Moisés >> que fez besteira. Sim. >> Não entrou na terra prometida. Depois de tantas vitórias que Deus deu para ele. Chegou na hora de de possuir
a terra prometida. Ele murmurou aquele episódio lá da de bater com o cajado com força na pedra lá. >> Com ira, né? Com ira. >> E ali Deus castigou Moisés impedindo ele de >> Quer dizer, um exemplo para não fazer um um exemplo para >> Exatamente. Eh, seja qual for a prova, em frente à prova sem murmurar. Muito bom isso, gente. Sérgio Lopes, quantos anos de carreira? Tem umas perguntas aqui, mas eu acho que eu já fiz algumas, né? Como foi o começo da sua trajetória musical? Que te inspirou a seguir a carreira, o ministério
através da música? Teve uma inspiração mais forte, Sérgio? Assim, eu vi que foi meio sozinho, não teve assim um seu pai, sua mãe, o seu avô, alguém que vai lá, foi uma coisa que veio natural, né? Mas você teve outra inspiração que você lembra agora que te incentivou a continuar na na música? Não. >> Inspiração com com relação à minhas músicas. >> Isso a acredito que todas as minhas músicas, Samuel, foram inspiradas em situações que ou eu vivenciei, >> que são as músicas mais verdadeiras, né? Quando você faz que você acabou de falar aí, né?
Verídica, né? >> Vivencie. Ou eu vivenciei aquela experiência, >> é, >> ou então eu trouxe de dentro da Bíblia um exemplo pra minha vida, >> como por exemplo foi a música Mar Vermelho. >> Ah, >> né? Aquele aquele episódio em que Moisés eh tá com o povo indo na direção do mar. >> Uhum. a eh no no deserto, obedecendo a nuvem que tá lá em cima, porque Deus fez um pacto com ele. Quando Deus tira o povo do Egito para levar para Canaã, Deus fez um pacto com Moisés durante o dia para não se perder
no deserto, que no deserto você se perde fácil. >> Sim. >> Se você tiver no meio do deserto e der uma rodada assim, você não sabe mais para que lado você tá tá indo. >> Verdade. >> Porque é tudo igual. >> Aham. >> Não tem uma orientação para você saber. você se perde faz no deserto. Então Deus estabelece com Moisés um pacto. Moisés, para você não se perder no deserto e levar o povo pro lugar errado, eu vou deixar lá em cima durante o dia uma coluna de nuvem. Segue a direção da coluna de nuvem,
>> tá? >> E à noite, como é que vai ser? À noite eu vou deixar uma coluna de fogo. Segue a coluna de fogo que você vai conseguir chegar em Canaã, >> tá? Esse era o objetivo de Deus colocar aqueles sinais no céu. Mas quando eles estão na travessia do deserto, que chega a notícia de que faraó tá vindo com o exército para pegar o povo de volta pra escravidão do Egito, aí Moisés acelera sua caminhada para chegar logo em Canaã e conseguir escapar do exército. E aí aparece o Mar Vermelho >> e agora fazer
o quê? >> Uhum. >> Pra esquerda ou pra direita? Porque o primeiro pensamento de qualquer pessoa naquela multidão era: Moisés tem que decidir agora se a gente vai paraa esquerda ou paraa direita, que para ir para cima do mar não dá certo. Tem crianças ali que nasceram no deserto, que não sabia nem direito o que era água. Imagine nadar. >> Uhum. >> Anciãos que não iam ter força para nadar. E Moisés tá indo na direção do mar. Muita gente ali não tava concordando com Moisés, tava achando que Moisés estava maluco, mas Moisés estava obedecendo o
pacto. >> Uhum. Deus falou que tinha uma coluna de nuvem e Moisés estava seguindo o pacto. A coluna de nuvem tá mandando ir para cima do mar e é para cima do mar eu que eu vou. E muita gente falando: "Moisés, você tá doido, você não tá vendo que tem um mar ali. Aí Moisés olhava para cima, é para lá que a gente vai. Diz ao povo de Israel que marcha. Deus não falou com Moisés o que ia fazer. Isso é muito importante a gente saber, >> tá? Se Deus tivesse falado no ouvido de Moisés,
Moisés, fica tranquilo que eu vou abrir o mar para vocês passarem. Aí Moisés ia de boa, mas Deus não falou nada para Moisés. A única coisa que Deus falou foi: "Vede com grande livramento eu te dou nesse dia". Ponto final. Não falou mais nada. Daí paraa frente, Moisés só obedeceu. >> É, >> foi para cima do mar. E quando ele vai chegando para cima do mar, começa a sentir a maresia, sem saber o que Deus estava ia fazer, porque ele não sabia ainda. >> Uhum. Ele com certeza começou a tremer na base. As pernas começaram
a tremer. Tinha não sei quantos milhões atrás dele murmurando. Você tá fazendo besteira? Tá levando o povo para cima da água. A gente vai ser encurralado pelo exército faraó aqui. Não vai ter para onde correr. De um lado o exército, do outro mar. Vamos ficar encurralado. E Moisés estava pensando nisso. Se não acontecer nada aqui, esse povo começar a levar flechada de faraó aí que vou ser linchado, porque eles estão avisando desde lá de trás lá pra esquerda ou pra direita e eu tô mandando em frente. E Moisés quando começa a chegar na água e
não vê nada acontecer, ele se desespera e fala com Deus: "E agora trouxe o povo até aqui, que que eu vou fazer agora com esse mar na minha frente?" Aí Deus fala para ele: "Levanta teu cajado." Moisés obedece mais uma vez, "levanta o cajado." E na hora que ele levanta o cajado, com certeza tinha muita gente falando: "Ó, tá ficando maluco, levantando o cajado como se fosse acontecer alguma ponte riterói aqui pra gente passar. Que que ele tá fazendo aí?" Moisés obedece, levanta o cajado e pela obediência dele sopra vento de um lado, sopra vento
do outro, o mar começa a se abrir e o povo de queixo caído vendo o mar se abrir. E diz a Bíblia que Moisés atravessa o mar em terra seca. >> Forte isso, >> meu amigo. Qual a lição que Moisés deixa pra gente? É que mesmo que as circunstâncias pareçam contrárias, mesmo que pareça que você vai >> naufragar, mesmo que pareça que você vai perecer, você vai morrer, >> hum, >> se você tá debaixo de uma ordem que Deus te deu, de um sinal que Deus te deu, vai em frente sem hesitação pela fé. >>
Uhum. >> Isso foi uma prova de fé que Moisés nos deu, que foi a base pra minha música, a fé. A fé só abre os mares quando o momento chegar, que foi muito veiculada também na rede. Aleluia. e que ganhou o clipe do ano. >> Sim. >> Eh, em 1900, em 2000. No ano de 2000. >> 2000. Olha só. >> Ganhou o clipe do ano Essa música fé baseada nessa travessia de Moisés. >> Gente, lindo demais. E falando de música, vamos falar um pouquinho de música e espiritualidade. Eh, Sérgio, como você enxerga o papel da
música na vida espiritual das pessoas? Você já recebeu testemunhos impactantes de pessoas que for transformada? através das suas canções. >> Muitos, muitos testemunhos. O papel da música, Samuel, uma mensagem, ela dura 1 hora, 40 minutos. Uma pregação, tem pregação que dura 1 hora. Eu já assisti pregações de 3 horas e tal, pregações maravilhosas. E a música, ela tem a missão de ser uma pregação em 4 minutos. A mensagem cantada >> é uma mensagem cantada que tem que ter começo, meio e fim e tem que dar uma lição, tem que ajudar uma pessoa a entender o
que Deus está esperando dela naqueles 3 minutos. Um empresário, uma pessoa que tá sofrendo, pode não ter 1 hora e meia disponível para ouvir uma mensagem. É, >> mas aí você pega uma música que tem uma mensagenzinha de 3 minutos >> e manda para essa pessoa >> e essa música evangeliza aquela pessoa. >> Quantas pessoas vieram a Cristo através de uma canção >> de 3 minutos? >> 3 minutos fortesente. >> Então, quando você tem uma igreja disponível para você pregar durante uma 1 hora e meia, tranquilo. E quando você não tem? >> Sim. E quando
a pessoa só tem 4 minutos na vida dela ali para conseguir prestar atenção em alguma coisa, porque o resto ela tá envolvida com trabalho, tá envolvida com isso e não tem tempo de ir para ir na igreja naquele dia para ouvir uma palavra de fé, aí aquela música que chega para ela pode levantar a vida dela, porque é uma pregação em 3 minutos. E isso que os compositores têm que entender. >> Eles têm que pregar em 3 minutos. >> Tem muita música aí que você ouve 4 minutos e não diz nada. No final você tá,
você não aprendeu nada, você não ouviu nenhuma mensagem de Deus. >> Sim, pessoal. Aí, ó, presta atenção aí. Isso aí. >> Então, você tem que entender que a que esse esse prazo de 3 minutos >> hum >> que o ouvinte tá te dando é para que você conte uma história completa, começo, meio e fim, 3 minutos e se vira para conseguir fazer isso, porque através dessa mensagem você pode levar uma pessoa pra presença de Deus. Você deve nessas viagens, né, o Sérgio, que viaja bastante nas igrejas depois do do evento lá, eh, você deve acho
que muitas pessoas chegam para você falam: "Olha, eu fui curado com essa canção, eu aceitei Jesus com essa, com essa canção, essa canção transformou minha vida." >> Muit vezes. >> Tem, deve ter muitos testemunhos, né? >> Muito, muito. >> Tem uma música sua que mais te marcou? É complicado, mas tem uma música que mais te marca? um amigo, o amigo, amigo que foi essa que eu fiz na prisão. >> Ah, >> essa música foi um marco, >> foi realmente o >> pessoal para mim, não na vida das pessoas que ouve, mas para mim particularmente foi
um marco, porque ela surgiu de uma prostração que eu fiz ali naquele naquela cela, pedindo perdão pela minha murmuração. Então isso foi uma experiência que eu guardo até hoje. >> Um lugar literalmente um José mesmo do Egito, né? >> Lá naquele lugar que você contou aqui, né? Cheirava mal, todas essas coisas. Mas tem a música Lamento de Israel. É isso. Lamento de Israel que eu ouvi esses dias. Eu tô te acompanhando nas redes sociais >> que a música entrou. Como é que é? Ele falou a frase lá. Eh, para encher linguiça. É isso. >> É,
>> gente, como é que eu Como é que eu ouvi uma música Lamento de Israel que parou o Brasil? Brasil >> nacional era só uma musiquinha para linguiça. Isso aí. essa frase eu que falar é bom você ter tocado nesse assunto porque vejam bem quando eu falei de encher linguiça, >> ench linguiça, é >> é porque eu tinha um disco para fazer e tinha que ter 10 músicas, >> tinha isso, né? >> E eu só tinha nove, >> tá? >> Então quando eu falei encher linguiça, eu quis dizer encher o disco. >> Não, de jeito
nenhum. Me referia a música. Me referão. Essa música é dessa mesmo. Vai. É a linguiça. É o disco. É o disco. Eu tinha que encher. A linguiça tem que tá cheia, né? >> E >> para completar para para ir pra fábrica. >> Exatamente. Então, na minha eu achei a música tão fácil, veio tão rápido assim, eu peguei o violão e fiz 15 minutos, >> ela já veio pronta. Deus já mandou pronta. >> Inacreditável isso. Eu também componho muito pouco, né? Eu eu falo que vem uma canção ali lá por ano. Olhe lá. >> E você
já vi que aquele vem arrodo, né? Como é que pode a gente que manja um pouquinho de de composição, de harmonia, de melodia, como é que pode? Tem que cair do céu mesmo >> fazer aquela música aí. Eu eu faria talvez eh um ano aquela música, né? A primeira frase, segunda frase, a melodia, porque eu acho que é uma das músicas mais bonitas, né? Veja bem, o que o que contribuiu para fazer essa música. >> E já deixando explicado que quando eu falei de encher linguiça, eu não era me referindo a essa música, mas ao
encher 10 músicas para completar o disco e mandar pra gravadora. >> Completa, >> mas essa música ela surgiu, teve três coisas que geraram essa música. >> Mas você não esperava que essa música foi a música que estourou do do desse desse não esperava, né? Não esperava justamente porque ela foi muito fácil de fazer e por isso que eu coloquei ela como a última música do disco. Naquela época tinha essa coisa de botar as melhores no começo e as que eram mais fraquinhas, que a gente achava que não ia, que o público não ia gostar, a
gente deixava pro final. >> Aham. >> E foi o que eu fiz com ela. >> Que coisa, hein? Olha isso. >> A primeira música foi, se não me falha a memória, a dor de Lázaro, que também tocou muito na época. >> Tá >> outra vez, Senhor, mostra o teu poder, transforma a morte em vida, pois em tuas mãos a vida se formou. Foi essa, essa foi uma das grandes músicas desse trabalho. Aí veio outra música, outra, outra, outra. A última foi a que eu fiz o Lamento Israel. Eu botei lá no final do disco. >>
Nossa, >> mas foi essa que as rádios escolheram para tocar. >> Olha isso. Como é que pode, né? >> Foi essa que as rádos escolheram para tocar. E Deus tinha um propósito com essa música. Eu só fui saber alguns anos depois. >> Eu nunca entendi porque essa música aconteceu. >> Hum. >> Até eu perceber. >> Hum. A letra, né? Forte. É. Essa música provocou uma aproximação entre judeus e cristãos, que não existia até essa música. >> Nossa, nossa, gente. >> Era o judeu lá e o cristão aqui, >> tá? >> E misteriosamente essa música que
Deus me escolheu para ser o portador dela, porque >> foi muito rápido, não fui eu que compus aquela música, foi Deus que mandou pronta para mim, >> tá? Parecia um trabalho de psicografia, porque eu só escrevi a música assim, como se Deus tivesse mandando para mim ali. Foi muito rápido. E essa música, Samuel, quando a Record começou a tocar essa música, essa música causou uma mobilização no Brasil para um despertamento da igreja, para entender a importância dos irmãos judeus na nossa na nossa vida, >> tá? Foi ali que os cristãos começaram a entender que Jesus
veio de um judeu. Jesus era um judeu. >> Sim. >> Esse afastamento que existia entre judeus e cristãos >> Sim. >> Não fazia sentido, porque nós nós somos irmãos. >> Sim, >> nós somos irmãos. >> Verdade. >> Somos da mesma árvore. O Deus de Israel que eles servem lá, o Deus de Israel que nós servimos aqui. Mas não havia esse reconhecimento de coirmandade entre judeus e cristãos. E essa música começou issmum. >> Foi depois dessa música que começou a se tocar chofar nas igrejas. Uhum. >> Eh, começou a ter as bandeiras, as tribos de de
Israel nas igrejas. Foi a partir de o Lamento de Israel. Então, essa música foi um marco. >> Olha isso. >> Na história do cristianismo e o judaísmo aqui no Brasil. Eles começaram a se dar as mãos ali. >> Olha isso. >> E para você ter uma ideia da força dessa música, >> Hum. Eu fui chamado para uma sinagoga em Toronto, no Canadá, uma sinagoga ortodoxa. E mesmo eles sabendo que eu sou um cristão do Brasil, >> eles me chamaram para cantar essa música lá >> em hebraico. >> Jesus, olha isso. >> Uma sinagoga de Toronto.
>> Que forte. >> Eu não conheço nenhum cantor cristão que tenha sido chamado para cantar numa sinagoga. E eu não fui chamado para uma sinagoga ortodoxa porque eu sou o Sérgio Lopes. Eu fui chamado por causa do lamento de Israel, >> por causa dessa música. Olha isso, gente. A gente estava falando o poder da música. >> O poder da música, >> certo? >> Uma música que vem do trono, porque essa música veio de lá. >> É. >> E até hoje essa música é cantada. Por onde eu passo? >> Canta um pedacinho em hebraico para nós.
Vai. شرا [Música] بم [Música] ير بخمش [Música] الكمش [Música] Aí, ó. Meu Deus, tive que segurar aqui, viu, Sérgio? >> É muito bonita essa canção, meu. Você tava mesmo. Eu tô gravando ela agora em italiano, hein? >> Italiano. >> Italiano. Já tô com a letra pronta. Eu tô começando a estudar o o a pronúncia do italiano, porque já tem ela em >> prúcia >> em hebraico, tem essa música em espanhol, tem ela em inglês, em português, tem em francês gravado pelo Cris Duran. >> E agora eu vou e eu vou gravar uma versão em italiano.
>> Olha só, >> que é um dos idiomas latinos que tá faltando. Italiano. >> Faz tempo que não vejo o Cris Duran, gente. Que legal, que bacana. E também ele era muito indicado lá o Troféu Talento, viu? Olha, rapaz, tá no Rio. >> Rio, tá no Rio. Acho que eu tenho um contato dele. Vou >> tá, manda, manda. Interessante trazer o Cris Duran aqui. >> Grande homem de Deus. Também >> grande homem de Deus. É. Você pertence a alguma igreja, Sérgio? >> Eu tô na Nova Vida, né? >> Nova Vida. >> É na esquina de
casa. Eu moro no Recreio ali na no Rio, >> tá? >> E andando a pé, eu chego na igreja, >> tá? >> Tô frequentando uma nova vida lá do >> próximo de casa, do lado, né? Vida e carreira. Ao longo dos anos, quais foram as maiores os maiores desafios que você enfrentou na carreira? Você sabe que o o o Sérgio tem uma carreira long longa, né? Quer dizer, longeva, eu ia falar isso aí. Obrigado, longeva >> long. E não e a gente que trabalha no no mercado, né, há muitos anos, a gente sabe que não
é fácil. Muita gente aparece, muita gente some e são poucos que consegue manter a longevidade. Qual é o segredo e os problemas que você teve, né, os desafios que você enfrentou na carreira, Sérgio? Já pensou em desistir? Já >> já >> forte >> já. Mas Deus foi me buscar a força. Olha isso. Eu tentei eh, primeiro o meu sonho de adolescente era ser advogado. E em 90 e em 2007 eu resolvi fazer direito pela segunda vez que eu já tinha começado na Universidade de Santa, mas interrompi por causa da música. Tá. >> A música começou
a me dar muito retorno financeiro e muita viagem e eu tive que trancar a faculdade. >> Tem como é? >> E aí quando eu tranquei a faculdade em 87, em 88 surgiu a nova constituição, a a Constituição de 88. E tudo que eu tinha feito de direito até ali já era, caducou. Eu tinha que fazer de novo, >> começar do zero, >> começar do zero, mas eu não conseguia começar do zero porque eu tava completamente envolvido com essa carreira de música, >> agenda, viagem e tal, não ia conseguir fazer faculdade. >> Mas em 2007 resolvi
apertar os cintos e falei pro meu assessor Fábio Sobreira que tá aqui do lado. Fábio, a partir de agora, >> abraço pro Fábio, genteíssima, hein? O Fábio, desculpa, faz lembrar um cantor amigo meu que faz back para os grandes sertanejos, que é o Daniel Quirino. Depois você vai ver o Daniel Quirino, parece muito você. Aí cheguei pro Fábio, falei: "Fábio, fecha minha agenda de segunda a sexta, só vou cantar agora sábado e domingo." Mas Sérgio, tem muito convite e tal, ou eu faço isso, eu não consigo concluir o curso de direito. E nesse momento a
minha intenção era concluir o curso de direito e advogar e parar de cantar, >> tá? Consegui concluir o curso de direito, >> fiz a primeira prova da OAB, passei hoje sou advogado, comecei a advogar, tem alguns processos ainda. >> Parabéns. >> Mas de novo, eu achei que quando eu parasse aqueles 5 anos que eu fiquei fazendo a agenda somente sábado e domingo, >> acabou a carreira. Você achou? >> Acabou a carreira. >> Hum. Mas quando eu acabei o curso de direito, comecei a advogar, aí a agenda começou a encher de novo. Aí eu fui devagarinho
parando com a advocacia de novo. Deus me mostrou que o caminho não era aquele. Ele tinha me deixado ter o capricho de ser advogado, que era o meu sonho de adolescente, sonho. Realizar seu sonho. >> Mas o meu chamado era na música, >> tá? >> Essa foi a primeira vez que eu tentei fugir. Depois a primeira a segunda vez que eu tentei fugir foi entrando paraa política. Fui candidato a prefeito. Ah, olha, não sabia disso não. >> Numa cidade do interior do Rio. Ia ganhar aquela eleição. Tava tudo pronto para ganhar a eleição. >> Na
época o bispo Marcelo Crivela, que tava no Rio disputando. >> Marcelo Crivela, amigo nosso. >> Eu não sei se ele tava disputando a prefeitura ou o governo do estado, >> tá? >> Mas ele me apoiou nessa campanha, nessa cidadezinha pequena, >> tá? >> Ele é muito querido lá no estado do Rio. >> Uhum. E a Rosinha Garotinho, que era governadora da do momento, acho que o Marcele Crivela era candidato e ela estava no governo. Os dois me apoiaram, então não ia ter como perder aquela campanha. >> Perder. É. >> E faltando alguns dias paraa campanha,
meu carro capotou. >> Eu capotei a c tantos quilômetros/h. Acho que os anjos já tinham saído já. E o anjo, o anjo ele fica dentro da legalidade, né? Se tá 110 ali, o anjo até 110, eu garanto que tô contigo. Passa disso, eu fico para trás. E foi que aconteceu comigo. Eu capotei a muito mais de 110 por hora. O carro caputou, era uma explor, um carro pesado, quase 3 toneladas, Deus do céu. >> E ele virou no ar assim como se fosse uma caixa de papelão. E eu saí descendo ribanceira abaixo dentro daquele carro.
Fui bater no CTI, fiquei em estado gravíssimo entre a vida e a morte ali no CTI de um hospital de Caxias. E as pessoas que iam me visitar no hospital eh achavam que eu não ia sobreviver, que eu tava todo remendado, cheio de sonda por tudo de que era lado, praticamente morto ali. Mas aquilo foi um jeito que Deus teve, já que eu tava teimando em sair do caminho dele para ir pra política. Cada um de nós tem um chamado. >> Sim. >> Tem as pessoas que são chamadas para ser pastor, tem um que é
chamado para ser um parlamentar, tem um que é chamado para ser cantor. Eu sou chamado para ser cantor, >> tá? >> Esse é o meu chamado. Eu não tenho que ir para outro lado, tenho que ficar nesse. >> Uhum. >> E Deus fez aquilo como uma forma de me preservar. >> Uhum. >> Para eu continuar na música. Porque depois que passou a eleição e eu perdi a eleição porque achavam que eu ia morrer, não votaram em mim por causa disso, >> que achavam que ia ser votado e não ia governar. >> Então os evangélicos recuaram,
não votaram em mim. >> E passou a eleição, minha saúde voltou. Não era para >> Essa foi a segunda vez que eu tentei fugir da música, >> tá? >> 2022 tentei de novo fugir da música, resolvi ser candidato a deputado federal. Hum. >> Tava tudo indo muito bem. >> Hum. >> Aparentemente os pastores fazendo adesão, me convidando, fechando apoio de púlpito assim com a igreja, que eu era o candidato. >> Eu tinha eh certeza que não tinha como dar errado. Tava num bom partido, um partido tava >> Uhum. tava na época tava muito bem representado
no Congresso, mas aí faltando 3 meses, o coração da campanha para deputado federal é ali, três meses antes da da eleição. Aí eu tive um AVC, >> meu Deus do céu, gente, >> isquêmico. >> Nossa, >> fiquei sem o movimento do braço. >> Ô, meu Deus, olha isso. >> Da mão, não ia conseguir mais tocar violão. Fiquei sem voz. as duas coisas que eu usava para Deus, a mão para fazer composição, para tocar violão e a voz para cantar. Perdi as duas coisas, perdi o movimento da perna também. >> Agora você tá falando que eu
lembrei que alguém me ligou do Rio falando isso aí. >> Sim. >> Para orar por você, que você tava situação grave mesmo. >> Ou seja, mais uma vez eu fiquei fora da política. >> Não é para ser mesmo. >> Não é para ser. Agora eu já sei o que que Deus espera de mim nessa >> ad me chamar mais. >> Não adianta apoiar. Eu apoio, mas como candidato não mais. Hoje eu estou convicto de que Deus tem um lugar especial para mim na música e desse lugar eu não vou sair. Então respondendo, então respondendo sua
pergunta, eu tentei sair da música sim, mas Deus não deixou. >> Tem como chamado para isso. >> A mesma coisa que aconteceu na outra eleição. Passou a eleição, meu AVC foi pro espaço, acabou. Tô eu aqui. >> Olha, tá, >> foi sinal de Deus mesmo. Ele não me quer na política, >> ele me quer na música. >> Música. Porque Deus >> vamos deixar na política aqueles que ele chamou para >> chama polític que que é difícil, né? Tem que orar muito pelos políticos cristãos, que é um mundo muito difícil, né? >> Muito >> muito mesmo.
Eu fico feliz de saber que o Sérgio tá aqui com a gente, continua com a gente, compositor, cantor. Eh, como você como você lida com as mudanças do cenário? Vi você falando alguma coisa aí também no podcast aí. Como você lida com as mudanças no cenário da música gospel na teologia, público e estilo? Na teologia eu não posso mudar. Eu tenho minha visão bíblica, >> tá? >> E mesmo que eu faça uma música mais moderna, uma música mais contextualizada, eu não posso abrir mão do que a Bíblia diz, >> tá >> certo? Então, mesmo eu
fazendo, eu fazia um, eu posso ter feito um tipo de música diferente lá atrás, pode estar um pouquinho diferente hoje, até pode, eu não sei se está, mas algumas pessoas dizem que as músicas mais antigas minhas são as mais que elas gostam mais. Talvez elas precisem conhecer as novas, porque não conheceram as novas ainda e estão achando que eu não tô compondo como tava compondo lá atrás. Mas tem músicas maravilhosas que eu compus recentemente. >> Aliás, sai saiu uma agora fresquinha, né? por quem estou aqui. >> O Fábio, o Fábio me mandou isso. Linda canção.
Lind canção. Estou aqui. Eu acredito que é uma das, quando terminar o podcast, eu vou te mostrar aqui no YouTube como é que tá esse esse clipe. >> Então eu não mudei meu estilo de compor, >> tá? >> Eu não mudei, até porque eu tenho respeito e eu espero que os cantores também, mesmo os novos, os novos, os garotos que estão com 20 e poucos anos, tá aí, estão começando agora. Tem uma coisa que a gente não pode esquecer, que o público que gosta da nossa música na juventude, ele envelhece com a gente. >> Sim,
verdade. >> E aqueles que me viram lá no começo estão comigo até hoje porque eu não mudei. >> Sim. >> Meu estilo. >> Sim. >> Então, quando eles vão pro YouTube ou vão para uma plataforma de streaming e digitam o nome Sérgio Lopes, eles já sabem o que vão encontrar. >> Música com contexto bíblico, >> tá? >> Que não tem heresia, >> tá? E os cantores novos, eu falo para eles isso, que eles são jovens hoje, são 22, 22 anos, 20 anos, 25 anos e tem um público dessa faixa etária que está admirando as músicas
deles, as obras deles e que vão envelhecer junto. >> Sim. >> Para eles não mudarem, seja qual for o contexto, a novidade musical que exista, tem um público que vem com você desde o começo, >> tá? >> Eles estão contigo até hoje, então continua com eles, >> tá? O que você pode fazer é conquistar novos públicos com a mesma música que você tem do começo, que aí você vai somar os que vêm envelhecendo com você com os que vão conhecendo tua música agora. Por isso que tem muita gente jovem. Se você for no meu Instagram,
tem gente ali jovem de 20 e poucos anos cantando minhas músicas. >> Que legal. >> E sem olhar no papelzinho. Eles decoraram a minha música. >> Que legal. >> Porque uma coisa é você ver uma pessoa pegar um celular e cantar tua música lendo no celular. >> Sim. >> Outra coisa é você ver a pessoa cantar olhando pr pro pra tela. Sim. decorou a música. >> Que legal. >> Isso é fantástico. Eu observo isso. >> Muito, muito. >> Eu vejo pessoas que cantam minha música tendo, ouvido e decorado, gostaram da letra, aprenderam e vão pro
Instagram fazer um um vídeo ali para botar no Instagram, um story e tal, sem ler. Então você fez três perguntas numa só. >> Então, uma é a teologia, o público, como é que anda? O público já falou também do público, né? Eh, e o estilo, esse estilo hoje que tá aí, né? É que você acabou de falar mesmo, né? Cada um tem que respeitar sua geração. >> Exatamente. E permanecer nela. >> Permanecer nela. >> Permanecer nela. Se você começou com Warship e você tem um grande público com o Chip, >> eu vi uma eu vi
um arranjo de uma música sua também hebraico lá, agitada. >> Hum. Ah, é. Essa música pra época era assustava a geração passada, né? Os tradicionais, né? Agora tá contextualizada, né? >> Agora tá contextualizada, porque essa música lá atrás, aquele balanço todo lá, aliás, muito bem, eh, muito bem gravado, hein? >> Sim. >> Passou aí muitos anos, ela continua atual. >> Uma exigência que eu sempre tive de gravar em bons estúdios, com bons músicos. >> Olha isso aí. >> Para quê? Para que uma pessoa que escute minha música daqui a 10 anos, daqui a 20 anos,
>> ela não perde essa qualidade. >> Exatamente. Fui gravado com instrumento real, foi com cordas, foi com violinos. O mesmo violino que existe desde 1700 e não sei quanto é o violino que existe hoje e é o que vai existir daqui a 30 anos. >> Sim. >> O violino. >> Sim. >> Daqui a 30 anos vai ser um violino de madeira do mesmo jeito. >> Do mesmo jeito. >> Então a pessoa daqui a 20 anos vai ouvir minha música contextualizada, >> tá? >> Eu vou passar minha música, não >> tá? O que te mantém firme
até hoje na missão de cantar e compor? Eu já falei também, nós já falamos aqui a consolidação da sua carreira, né? >> É, eu acho que você já respondeu >> que é acreditar, permanecer, né? O chamado, >> entender que Deus me separou para isso. >> Entender, tá? >> Desde que eu entendi que Deus me separou para isso, eu desisti de tudo mais. Desisti de político, >> não é? trocar para um prato de lenta. >> Exatamente. A advocacia eu não desisti porque tem processo que você tem que ir até o final, né? Você não tem como
desistir do da advocacia de uma hora para outra. Você começou um processo e o processo leva anos, então você tem que advogar seu legado seu propósito. >> Exato. Mas eu não pego mais causas novas. Eu tenho um grande amigo hoje que é um advogado chamado André Lucena, >> um advogado competentíssimo lá de Recife. >> Hoje ele é advogado inclusive do senador Magno Malta, por uma indicação minha. >> Hum. E o PL tá namorando ele também porque ele é um grande advogado com bom trânsito nos tribunais. Vamos combinar para ele vir. O o meu podcast não
é é não é só ligado à à música não. Aqui é geral. Pode falar também. Vamos trazer ele aqui para falar. >> Ele inclusive é compositor também. Grande a quero ele no meu podcast. Vamos combinar. >> Olha, André, escuta essa aí. Então, hoje quando eu tenho uma causa interessante >> hã >> eu já ligo pro André. André, pega isso aí. >> Ah, >> eu não vou ter tempo, >> tá? que realmente eu tô full time dedicado ao meu ministério. Uhum. >> E eu trouxe André para perto de mim porque ele é um advogado competente e
sei que ele não perde, ele não gosta de perder. Ele não gosta. ele vai até o último recurso e se ele perceber que há a possibilidade de perder no recurso, ele vai lá no gabinete do desembargador fazer amizade com o desembargador e mostrar que tá com a razão. Ele é assim, ele é intrépido mesmo, >> fala muito bem, gosta de conversar com juízes, >> não foge de de de sustentação oral, tá? >> Um grande advogado. Eu tenho orgulho de ser amigo do André Lucien que bacana. Olha legal. Eu vou indicar ele para vir aqui >>
porque sendo advogado também, aliás, vai difícil agora o pessoal das gravadoras aí contratar o Sérgio agora tá difícil, viu? Negócio de contrato, >> até porque eu não preciso mais, né? Não preciso mais de gravadora. Hoje eu >> eu lanço qualquer coisa independente, eu não dependo mais de gravadora, até porque acabou, >> mas se tiver uma proposta boa, você vai, né? >> Ou não? >> Depende. Que que tipo de proposta uma gravadora pode me fazer? 5 milhões. >> Pode. E se for 5 milhões? Aí pode ser que eu pense no assunto. >> Aí vai ter que
vai ter que ler o seu contrato. Ele mesmo lê, ele mesmo vai agora. >> Exatamente. Exatamente. Mas hoje, Samuel, >> é >> pra gente se lançar nesse mercado, não se precisa mais de gravadora. >> Hoje mudou tudo, né? >> Não precisa, não precisa. Vou explicar por Vou explicar porquê. Porque tem muito iniciante aí que não vai entender. Explicar. Aí uma dica boa. Eu acho que era uma das perguntas mais para frente aqui, né? Na época das gravadoras, na época que as gravadoras existiam e tinham sua função, hã, >> as gravadoras filtravam o que era bom,
tá? >> Ouviam um monte de fita cassete e tal, e filtrava o que era bom. >> Sim. >> Trazia somente o que era bom, >> que era o mecanismo da época >> e investia como ia para uma fábrica de vinil. >> Sim. e gastava uma fortuna na fábrica de vinil para colocar ali não sei quantas mil cópias >> que o cantor iniciante não tinha dinheiro para fazer. >> Então para isso ele precisava de uma gravadora que desse suporte para ele para ela chegar numa fábrica e eu quero tantas do cópi desse vinil aqui. Tá >>
aí depois vem o CD, >> tá? >> O cantor continua sem condições de >> de bancar tudo aquilo lá. >> Bancar. Exatamente. Chegar numa fábrica de CD, dizer: "Eu quero tantas mil copas desse CD". alguns cantores que já tinham recurso extra que não era da música, era um empresário ou o pai era rico, tal, não sei quê. Chegava numa fáca, pensava CD, beleza, mas os iniciantes não tinham essa condição. Os iniciantes que eram pobres, que não tinham uma família rica, não tinha condições, aí precisavam de quê? Da gravadura. >> Da gravadura >> para bancar o
CD. >> Tá. >> Aí vem o streaming. >> Hum. >> Aí vem o YouTube. >> Hum. >> Aí a fábrica de vinil fecha as portas. Não existe mais vinil. >> Acabou. A fábrica de CD fecha as portas, não existe mais CD. Agora é o streaming. E onde está o stream? No YouTube. >> Você não precisa mais de gravadora para você entrar no YouTube, >> não. >> É só você ter um uma música pronta no estúdio. Você gasta 3.000, sobe de graça pro YouTube, porque você não paga nada para botar música no YouTube. >> Gravadora perdeu
a função. >> Uhum. >> A gravadora hoje ela só é interessante para quem não é compositor, para quem é só intérprete, não faz música. Tá >> aí depende de uma música de um compositor. Aí o compositor já tem a música editada numa editora, tal. Aí ele começa a se envolver numa engrenagem, >> sabe? que ele vai precisar de um selo, não vou nem dizer gravador, vai precisar de um selo que banque aquela estrutura que foi paga ali paraa editora, para fazer um clipe, para bancar os câmeras, para bancar o estúdio que fez a captação de
áudio. Aí precisa de um selo se ele não tiver dinheiro. Mas hoje tá muito barato fazer isso. >> Uhum. >> Hoje eu gravo uma música single, que a gente chama música single. Hoje é uma música única. Antigamente só se fazia em bloco de 10 músicas, de oito tal, quando era o vinil e o CD. Hoje não, a gente lança singles, músicas individuais e a gente numa música individual eu gasto R$ 3.000. >> Nossa, >> R$ 3.000. Se a música for uma música de sucesso, uma carreira estoura, >> estoura, acaba estourando. >> O irmão Lázaro >>
Uhum. lembro >> que estourou no Brasil inteiro, ele não gastou nada. Ele fez um culto na igreja dele, >> mandou filmarem. Na época nem era 4K. Sim, >> era >> sim, >> Full HD. >> Sim, >> fez um CDzinho, um DVD pirata >> muito simples, por sinal >> se espalhou no Brasil, >> estourou, explodiu >> e Lázaro se tornou uma sumidade no gosto, né? >> Depois foi contratado até pela. >> Aliás, eu eu estive com o Lázaro meses antes de falecer, estava com a gente aqui em São Paulo num evento que a gente estava realizando
e depois de 8 meses ele vem a falecer. >> Exato. >> Irmão Lázaro, hein? Que >> é? E e ele aconteceu numa época que o CD já estava agonizando, >> já >> já tava a gente já tava pulando pro streaming. >> Sim, verdade. >> O CD já tava agonizando ali, >> tal, na transição. E mesmo assim ele conseguiu. Se se ele aparece na época do streaming com um clipe no YouTube, >> talvez não sei qu >> não. Ia ser mais ainda. Ia ser mais ainda porque ele já não dependia de DVD andando na rua. >>
Era internet, era o YouTube. >> Sim. de explodir mais ainda. >> Mais ainda >> e ia ganhar muito mais dinheiro, >> tá? >> Porque o CD dele que se espalhou no Brasil foi um CD pirata que não deu renda para ele. >> Sim. >> Mas imagina se ele explode no YouTube, aí vai para 10 milhões de visualizações, 100 milhões de visualizações com aquela música. >> Eh, teve várias músicas dele, né? Mas uma dele, uma que fez muito sucesso é A minha vida é do Mestre. Essa música estourou no Brasil inteiro. >> Estou. Sim, sim. Se
essa música começa no YouTube, >> tá aí >> vai para bilhão de visualizações. >> Sim. Sérgio, você chegou a regravar a música de outros compositores? Não. Ou só suas? Veja bem, teve três pastores, eh, que eu queria muito bem, dois pastores e um amigo lá de do Ceará, que eu gravei as músicas deles, acabou não acontecendo, mas eles me pediram tanto para que eu gravasse que eu acabei gravando, incluindo os meus CDs, >> gravando, tá? >> Acabou que não, >> essas músicas não não aconteceram. >> O o as rádios não exploraram essas músicas, né? Tá,
>> eles acabaram escolhendo as músicas, >> mas a maior parte é tudo composição sua mesmo. Maior parte das músicas, >> exatamente 99.9. >> Você gravaria uma música, uma versão internacional ou não? >> Sim, >> sim, >> sim. >> Também não tem. >> Dependendo do que a letra fosse falar, >> sim. >> Gravaria com prazer. >> Legal. Bacana. >> Inclusive, eu fiz uma versão de My Way. Ah, >> my way, aquela que o Elvis Pres do My Elvis Present também, mas a versão que eu que eu aprendi não foi nem a do Elvis, foi a do
Frank Sinatra. >> Ah, do Frank. >> É Way. Eu gostei muito da harmonia daquela música, >> tá? >> Aí fiz uma versão. >> Uhum. >> E na época eu pedi pro Maurício Soares, que era diretor da dos diretores da do Gospel da Sony Music. Lembro, lembro lembro. >> Eu pedi para ele conseguir, >> eu pedi para ele conseguir uma autorização com a editora americana. Hum. >> Para eu gravar na versão que eu fiz. >> Hum. >> Mas eles me pediram, além de de terem me pedido 3.000lares para fazer por aí, tudo bem, dá dava para
resolver, mas eles pediram 100% dos direitos autorais. >> Ah, >> ou seja, eu fiz uma versão que não era tradução, era uma versão nova, >> tá? >> Minha. >> E eles queriam 100% do autoral. Aí não, pelos 3.000 tudo bem, mas 100% do que eu escrevi, do que eu criei, >> não dá, né? >> É. Aí foi que eu fiz para não perder aquela letra. >> É, >> eu fiz uma outra música e apliquei aquela letra que aquela letra muito bonita. >> Bacana. >> E essa música tá no YouTube com o título Do jeito do
meu rei Sérgio Lopes, que era uma era uma letra destinada à música My Way. >> Olha isso, gente, que legal. >> E eu peguei a letra e fiz uma outra melodia e lance. >> Então não, para ouvir Mawayi não tem na internet >> tem, mas é pirata. Tem uma versão que foi feita lá, aquilo, aquilo não dá rendimento para ninguém. Tá lá só para constar, mas você tem uma versão de MyWay cantada por mim na internet. >> Legal. Gente, eu tenho alguns apoiadores aqui do podcast. Ele não mandou o vídeo, não, não deu tempo de
mandar o vídeo da loja lá, mas pro próximo a gente vai colocar, viu, Diego, que é Ebeneser. Ebener é uma das maiores lojas de livros, né, muito de bíblias em São Paulo, na Conde de Sarzedas, >> que é uma das maiores lo eh rua de de distribuição do do gospel ainda, né? Ah, e é o Thiago. Thago, um abraço. E o Thago, Sérgio Lopes, te está te presenteando com esse super livro aqui, ó. >> Uau. >> Para você, >> que eu sei que você gosta de ler. >> Muita. Esse título me deixou curioso. Palavras desconhecidas
de Jesus. Deve ter muita revelação aí. >> Deve ter muita revelação. E eu creio que vai sair algumas canções desse livro aqui com o Sérgio L. >> Olha aí, gente. >> O título já me conquistou. >> Thago, um abraço, viu? Olha, tô presenteando, então. Presente da Benéser. >> Obrigado, meu amigo, >> pro meu amigo Sérgio Lopes. >> Obrigado, Thiago, né? O nome dele. Obrigado, Thaago. Deus te abençoe. Presentaço, viu? Obrigado, meu amigo. >> Tem mais coisa aqui. Deixa eu ver, deixa eu ver onde eu tô aqui. Ah, tá. Eh, você falou um pouquinho que conselhos
daria para os novos artistas que desejam unir a arte e a fé? Olha que pergunta bonita. que é uma arte, né? >> É aos novos artistas, né? >> Hum. >> Veja bem, eu a gente fala daquilo que a gente entende, >> sim. >> Eu considero a minha carreira na música uma carreira vitoriosa. >> Sim. Porque eu sempre entendi que a minha música precisava estar fundamentada na palavra, na Bíblia. Isso é o que mantém minha música viva até hoje. >> Hum. >> Música que saem da Bíblia e vão para >> questões humanas, autoajuda, elas têm prazo
de validade. >> Olha aí. O que é fundamentado na Bíblia não tem, >> porque a Bíblia é um livro que vai atravessar os séculos, meu amigo, o que tá fundamentado ali vai permanecer, >> tá? >> Agora, se você começa a compor músicas eh de autoajuda, tal, e para você conseguir fazer músicas fundamentadas na palavra, não tem outro caminho. Você tem que conhecer a palavra, você tem que ler a Bíblia, >> tá? Esse é o conselho que eu dou para você que tá começando agora, >> porque tem uma geração nova >> que tá se doutrinando pelo
YouTube. >> Hum. >> Ah, uma frase tal que deu certo. Ah, aquela, vamos usar essa frase aqui. >> Hum. >> Porque essa frase deu certo. Vamos botar essa frase na nossa música que o povo tá cantando isso. Então, vamos botar isso aqui. >> Uhum. fundamento dele não tá sendo a Bíblia, tá sendo uma fase que tá acontecendo ali de uma palavra, de um termo, de um assunto que tá sendo explorado. >> Uhum. >> E a fundamentação não tá sendo na Bíblia. Quando a fundamentação está na Bíblia, na palavra, sua música atravessa a sua geração. Se
não estiver fundamentada, é uma moda, é um modismo. Daqui a pouco sua música vai ser atropelada por uma outra mais bonita e vem outra mais bonita e uma vai atropelando a outra. Essa música vai ficando esquecida, esquecida, esquecida, esquecida. Que tá te falando é um compositor que compôs uma música em 1990 e ela é cantada até hoje. >> Olha isso. >> Mas a Cruz não conseguiu vencer o autor da minha vida. Tem gerações de 20 anos que canta essa música. >> Essa música é linda, amigo. Como é que chama essa música? >> Entre nós outra
vez. >> Nossa. >> Então eu não estou teorizando, estou falando de prática. >> Uhum. Se a sua música tem fundamento bíblico, ela atravessa a sua geração. Você morre, sua música fica, >> tá? >> Vai pros seus herdeiros. Teus filhos vão usufruir do fruto que você produziu. Teus netos, teus bisnetos, porque você fez uma música fundamentada na palavra. Ela não vai passar, porque a Bíblia não passa, tua música não vai passar. O meu conselho que eu dou para essa geração que tá entrando agora é que saia da doutrinação do YouTube que ensina qual é o o
a articulação semântica do momento. Qual é a frase que tá fazendo efeito? >> Sai disso. Isso é caú. >> Falar tua linguagem. Isso é caú. Vai pra Bíblia. Vai pra Bíblia. Não seja doutrinado pelo YouTube, seja doutrinado pelo seu pastor, pela sua igreja, pela palavra, pela Bíblia, que aí tua carreira vai ter longevidade. >> Show. Muito bom, gente. Tá vendo? Uma super dica aí para quem tá compondo, para quem tá começando sua carreira. Isso é importante, hein? >> Sim, é fundamental. >> Sérgio Lopes, um dos mais importantes intérpretes e compositor da nossa canção, da nossa
música cristã brasileira. Vale a pena ouvir, hein? Ô Sérgio, tá quase indo pro final do nosso programa. É muito bom estar com você. Tem umas coisinhas a mais aqui, mas que obrigado, viu, por estar aqui com a gente aqui. >> Agradeço. >> Você uma simpatia, mas tem mais coisa ainda. Eu tô aqui já agradecendo porque tá muito bom, muito bom. Vamos lá. Curiosidades, algumas curiosidades. Existe alguma história engraçada ou curiosa de bastidores, de shows, viagens, que você poderia compartilhar alguma coisa engraçada? Você lembra de alguma coisa engraçada que dá para que dá para contar aqui
para nós, Sérgio? >> Olha, de engraçadas, né? Mas >> lembra de alguma, Fábio? Alguma coisa engraçada? >> Ninguém nunca perguntou isso. Tá vendo, ó? Agora sim. >> Você já caiu do palco. >> Não, mas eu vou te falar uma coisa engraçada que aconteceu numa igreja. >> É. Quando eu tocava baixo na igreja, >> aliás, quantos instrumentos? Violão, baixo. >> Eh, o meu instrumento do coração era contra baixo. Contra baixo. >> Mas aí depois eu passei a função de baixista da minha banda. >> Aliás, hoje eu estive na antes de vir para cá, eu estive na
casa de um super baixista paulista aqui, Robinho Tavares. Muito bom. >> É um instrumento que me conquistou logo cedo na minha adolescência e é o instrumento que me prende atenção até hoje. >> Quando eu vou ver uma orquestra, eu fico de olho no cantra bachista. Quando eu vejo uma banda, fico de olho no baixo, enfim. >> Eh, depois eu acabei me pegando com violão, >> tá? >> E permaneço com violão até hoje para compor, porque ficar tocando baixo na na no show ao vivo te prende um pouco a instrumento e você deixa de interagir com
a plateia, né? Então, teve um momento que eu falei que saber de uma coisa, eu vou parar de tocar baixo e vou tocar microfone agora. tocar o microfone. Aí chamei um grande baixista chamado Marcos Nato, que é o bachista da Cassiane hoje. >> E o Marcos Nato entrou para pra minha banda e eu parei definitivamente tocar contra baixo. Fiquei só cantando mesmo. >> Uhum. >> Eh, qual foi outra pergunta que você fez? A pergunta é alguma coisa que que você lembra que foi engraçada, uma curiosidade bastor >> e no momento lá da do culto, >>
hã, >> eu tava tocando sentado e no momento do culto o pastor pediu pra igreja ficar de pé e eu fiquei de pé também. >> Aham. >> E aí apareceu uma senhora lá que tava cansada, tal, não sei o quê. Alguém pegou minha cadeira e deu para essa senhora sentar e não me avisou. Ah, >> o pastor mandou todo mundo sentar, >> que eu fui sentar não tinha cadeira. >> Isso na frente da igreja lotada. >> Isso faz tempo. >> Ah, isso tem um jeito, [ __ ] >> Ah, isso ia viralizar e muito. Sérgio
Lopes caindo, man. Isso aí é explodir. Milhões, milhões. Bom que que dá ainda YouTube nessa época. >> Muito bacana. Isso foi uma delas, né? Ó, você já falou que é advogado. Hã, tem mais uma. >> Tem uma situação engraçada. Quero saber. >> É essa mais recente. Eu fui cantar numa cidade do interior da Bahia. >> É. >> E lá não tinha hotel. >> Hum. >> Então eu tive que ficar na casa de um irmão que me recebeu. >> Tá. Tá. >> E eh eu fiquei num num quarto que era logo na entrada da casa, tinha
um quarto à minha esquerda e esse quarto não tinha porta, ele tinha uma cortina >> de alguns fios pendurados assim. Coisa d dava para ver dentro do quarto. >> É. >> E ali eu não fiquei à vontade porque além do quarto ser apertadinho, >> claro. >> E qualquer pessoa que entrasse na sala, que olhasse pra esquerda, ia me ver dormindo ou trocando de roupa, sei lá o quê. >> Tá. >> E aí eu fiquei, foi a primeira vez que eu fiquei num lugar que não foi um hotel, mas eu fui tão bem recebido naquela casa.
>> Hã, >> e eu fiquei à vontade lá. Ninguém me incomodava, ficaram lá para trás, eu fiquei naquele quarto, mas daqui a pouco começou a chegar gente na casa que sabia que eu tava lá. E eu via na sala os Sérgio Lopes tá aqui mesmo. Lopes tá aqui e eu ouvindo tudo, né? >> Sei. >> E daqui a pouco começaram a me chamar lá de dentro da casa. Sérgio L. Sérgio Lopes, >> é, >> você tá aí, tá com um violão pra gente aqui. Eu tava morto e cansado, foi uma viagem longa. Eu tive que
ir pra sala tocar violão para aquele povo lá. Ah, >> e eu não tive, eu não tive privacidade nenhuma ali. >> Prividade. É. É. E eu ri daquela situação, ao invés de ficar chigando, sei o Eu ri daquilo tudo pelo que a gente passa, que ninguém sabe que a gente passa. Sabe, você vê, >> não sabe. Tem hora que a gente tá no hotel cinco estrelas, nem a hora que a gente tá num lugar assim. >> Então, é, >> e eu fui muito bem recebido naquela casa. Então, eh, mas foi engraçado. >> Muita gente, muita
gente não entende também que às vezes o cantor, a viagem, aeroporto, o desgaste, ele quer chegar, ele vai ter que ministrar, cantar, às vezes fica 1 hora, 1 hora e meia no palco. A pessoa não sabe que ele precisa de dessa privacidade, um descanso, cansavo voz. Quer dizer, você ia cantar, ficou cantando pra turma toda que tava ali, não ficou no lugar que não dava para ficar mais. >> Eu só saí dali daquela sala para tomar banho, para ir pro evento. >> Para ir pro evento. >> Agora o banheiro não, o banheiro tinha porta normal,
graças a Deus. >> Que bom. Olha só, tem mais uma pergunta aqui bacana. Eh, já sei que você é advogado. Isso eu não sabia. Tá vendo que bacana? Se, mas se você não fosse cantor e advogado, o que você acha que teria feito na vida? >> É mesmo. Gost Você joga futebol? >> Eu joguei, eu saí da Marinha, >> hã, >> eu entrei pra Marinha quando eu estava, naquela época era as categorias eram infantil, juvenil e profissional. Não tinha sub15, sub20, não tinha nada disso. Eu tô falando aí de 19 >> 86 1900 e caramba.
1900 e é >> 80 alguma coisa. >> Não, 1978. >> Olha isso. >> Porque em 80 eu entrei pra Marinha, então tô falando 1979 por aí, >> tá? >> Eu era juvenil do 13 Futebol Clube de >> Ah, chegou ser jogador de um clube? Jogava bem. Bem, >> era ponta esquerda, jogava bem. >> Ah, >> eu sou destro, >> tá? Mas o técnico percebeu que quando eu tava na ponta direita, eu driblava pra minha direita e ia pra linha de fundo. >> Hã. >> E não fazia cruzamentos tão perfeitos como eu fazia quando eu tava
do lado esquerdo, porque eu driblava o zagueiro pra direita. >> Uhum. e cruzava com a perna direita para pra área num sentido que eu não conseguia fazer quando tava do lado direito. >> Então ele olhou para mim e falou: "Esse cara é é destro, mas ele vai funcionar na ponta esquerda". E eu vesti a camisa 11 do 13 durante um tempo até fazer o concurso e entrar pra Marinha. Aí na Marinha não tinha mais futebol. A gente era recruta e tinha tempo para jogar futebol. >> Você gosta de assistir jogo, essas coisas curte, curte? Pode.
Você torce para um time? Precisa flumense. >> Ah, Fluminense. >> Fluminense, Fluminense. Eu >> achei que você era flamenguista. >> É, comecei a ser tricolor porque na minha rua todo mundo jogava futebol de botão >> e tinha tudo que era time. >> E quando eu eu resolvi entrar pra turma que jogava futebol do Botão, >> é, >> não tinha Fluminense. Aí eu escolhi o Fluminense por isso, mas acabei gostando. A época do Rivelino. Aí gostei daquela formação do Fluminense, fiquei tricolor até hoje. >> Tá legal. Você conhece a história de um de um de um
flamenguista que se infiltrou na torcida do do Fluminense para ver um jogo porque não tinha mais vaga e ele só conseguiu um camarote com a torcida do Fluminense. Essas histórias >> Não, parece que é boa. >> É. Aí ele >> é um flamenguista que vai assistir um jogo no meio do do tricolor, né? Doense. >> Fluminense. É, >> ele não vestiu a camisa do Flamengo. Claro que ele não é maluco. Ele ia tá no camarote tricolor. >> Foi neutro. Pelo menos >> foi neutro. É, >> mas toda vez que o Flamengo botava uma bola na
trave, ele uh aí os tricolor começaram a olhar para ele assim: "Você é torcedor do do Fluminense mesmo, cara?" Sou, cara, eu sou tricolê. Porque é que você fica uh quando o Flamengo bota uma bola na trava? Ah, é um nervoso para não ser gol. Graças a Deus que e quando o Fluminense fazia um ataque, o cara ficava quieto. Flamengo botava uma bola na trave, uh. Aí o pessoal desconfiou, foi para cima dele. Cara, tu não é tricolor. Sou tricolor. Sou tu não é tricolor. Sou tricolor. >> Então canta a música do Fluminense. >> Eu
sou tricolor, cara. Canta a música Fluminense. Aí ele se viu forçado, aí começou a cantar. >> Aham. Uma vez Fluminense, sempre Fluminense. Fluminense sempre de ser. Ah, foi linchado no camarote. >> Ô Sérgio, mas você vai em estádio? Não. Ou não tem tempo? Ah, vai. Vou, >> mas quando pode né? >> Quando tem um jogo >> hoje é o Renato Gaúcho lá. >> Quando eu ten um jogo tranquilo, eu vou até com as minhas meninas, que eu tenho duas filhas de 8 anos e 10 anos. >> Que legal. >> Quando o jogo é tranquilo, por
exemplo, um jogo contra um time não é um clássico, né? Não, clássico não. Clássico muita bagunça, muita dá, tá muito. Imagino. >> Mas é um um jogo da Sul-Americana, da Libertadores, >> aí dá para ir que é neutro. >> Aí dá para ir neutro, não, né? >> É, >> é o jogo é Fluminense no estádio inteiro, porque a torcida do outro time é esse aqui. >> Sim, sim. >> Não chamo nem de neutro, é um jogo >> jog porque pode correr o risco, né? Acontece também da própria torcida brigar, né? Entre eles, né? >> É
raro, mas pode ter flin >> não, não faz isso não. Não, >> graças a Deus. Não, torcida. faz isso aí de vez em quando. >> Nunca vi não. Eu vejo Fluminense brigando, eh, Flamengo e visto brigando com vascaíno. >> É, não é raro, mas tem é pouco, mas tem. Acaba, acaba acontecendo. >> Efeito de cachaça, né? >> É, pode ser, pode ser. Talvez um tá torcendo menos. Aquele negócio lá que você falou, ou tá torcendo demais, ou tá reclamando demais do time. Eu já vi algumas. É pouco, mas tem. >> O meu amigo Diego, meu
diretor, tem o o vídeo aí da da dos nossos amigos. Você deixou no jeito os o vídeo da Não, senão depois a gente a gente põe do pessoal do marketing que faz o marketing para mim depois. Tá bom. Sérgio, eh, você gostaria de deixar livre para você. Quer falar mais alguma coisa? >> Só divulgar minhas redes sociais, né? Instagris. >> Instagram Sérgio Lopes Poeta, tá? >> O meu canal oficial do YouTube que tem muita coisa boa lá, >> tá? Eh, praticamente eu não consigo ficar três meses sem publicar um vídeo novo, >> tá bom? >>
E a minha intenção era de dois em dois meses ter uma música nova lá. Eu acab vou acabar chegando nisso porque eu tô numa numa fase muito produtiva, fazendo uma música atrás da outra. Graças a Deus a inspiração tá vindo forte e já tô com uma música preparada para lançar agora depois de Por quem estou aqui. >> Uhum. >> Já tô entrando em estúdio. >> Uhum. E por isso que eu gostaria que você que tá nos ouvindo aí me seguisse no meu canal oficial do YouTube, Sérgio Lopes oficial no YouTube. >> Instagram Sérgio Lopes Poeta,
>> tá? >> E no >> para ver a agenda, onde você vai ficar >> para fazer para ver agenda? É o WhatsApp. >> WhatsApp. >> É, você vai divulgar na tela aí, né? >> Sim. >> É 21 981749 12. Isso para contratar o Sérgio. >> Isso. Contratar e também contatos para podcast, pra agenda. >> Pode repetir o o celular >> 21 DDD. >> 8174 49 12. >> Tá. E me diz uma coisa agora não agenda pro pessoal que tá na Bahia quer ver o Sérgio Lopes cantar. Tem agenda para para saber? O Instagram tem que
acompanhar pelo Instagram. >> O Instagram fala direitinho >> ou pelo site que é sgilopes.com.br. >> O lá tem a sua agenda. Tá em São Paulo. Onde ele vai estar? No Rio. >> Não tem. Mas a partir desse podcast agora eu vou começar a >> Ah, precisa porque eu mesmo, o Sérgio tá em São Paulo, eu quero ver o Sérgio, né? É importante o o Sérgio e além de ser um um compositor de mão cheia, a gente a gente que já compõe um pouquinho, sabe que as composições é pensadas, eh tem um contexto bíblico, ele falou
teologia pura, né? E o Sérgio ministrando também, gente. É muito gostoso ver o Sérgio ministrando ao vivo. Então, pro pessoal que quer ver o Sérgio ao vivo aí, Fábio, tem que preparar a agenda lá na na na colocar direitinho no site lá pra gente às vezes tá na Bahia, tá em Vitória, tá em São Paulo, tá no Rio. Vamos >> é as agendas de fora do Rio a gente a gente divulga. Foi bom você ter tocado nesse assunto que é muita gente do Rio que é, digamos assim, 70% da minha agenda. E eu não divulgo
esses eventos. E por que eu não divulgo? Por dois motivos. Eu não divulgo esses eventos do Rio porque os pastores às vezes pedem para não divulgar porque as igrejas são relativamente pequenas e quando você divulga vai uma multidão >> que envolve não apenas problemas de segurança da igreja, como envolve deixar os membros da igreja de pé para dar assento pros visitantes. >> É aí. >> Então os pastores preferem fazer os eventos deles e divulgar na localidade onde vai acontecer. Aí eu não coloco no Instagram, >> tudo bem. >> E o segundo motivo é a segurança,
né? >> No Rio hoje >> é complicado você você eh garantir >> Uhum. a segurança eh do trajeto da pessoa até chegar ao lugar do evento. De repente o evento é num lugar seguro, uma igreja tranquila, com estrutura, mas o acesso para essas igrejas, >> se uma pessoa não conhece, ela bota apenas lá no ex e vai, ela pode ir para um para um lugar errado >> e tem um problema. Então, por uma questão de segurança e por cuidado com as pessoas, eu não divulgo minhas agendas no Rio. >> Tá tudo bem. >> Agora, quando
é fora do Rio, eu divulgo. >> Aí dá divulgar para, né? né? O Sérgio sempre tá em São Paulo, né? E viaja aí tem outros estados aí que o Sérgio pode estar. Então vamos falar aí dando aí tá aí o telefone para você que quer eh desenvolver mais o seu Instagram, suas redes sociais, a verbo, né? Marketing não é substantivo, é verbo. Pessoal que tá dando um apoio aqui no no meu podcast, o Vinícius, que são dois irmãos lá, que os caras são muito criativos. Só ligar para Verbo, tá aí o telefone e contratá-los pros
seus eventos, redes sociais, tudo. Os caras fazem o marketing muito bacana. O dia que você precisar, viu, Sérgio? >> Eu vou precisar. >> Vai aí. É, os caras são bons. Bom, layout, tudo. São dois garotos jovens que manjam tudo de rede social, tudo >> aí. Tá vendo? >> Aí é preciso. Isso hoje é fundamental. Você não vive mais sem isso aí. Hoje, hoje você precisa, é necessário, o mundo mudou, como nós falamos aqui, e você tem que estar antenado nas redes sociais, divulgando, inovando sempre. O mundo aí não tem como, né? >> E o bom
é que isso aí pode ser online de qualquer lugar do Brasil. >> Qualquer lugar do Brasil ligou ali, o cara já manda, já faz, pede foto, manda. Muito bom, Sérgio. Muito bom, viu? Sérgio Lopes, poxa, obrigado. O Sérgio, eu liguei pro Sérgio, ele me atendeu com muito carinho, ele é uma pessoa espetacular, um irmão mesmo, né, Samuel? Estamos aí, vamos, estamos junto aí. Obrigado, meu irmão. Deus abençoe. >> Enquanto a gente não tiver no céu, tudo tem começo, meio e fim, né? Então, nosso podcast tem começo, meio e fim. Deus abençoe você também, seu amor.
>> Como nós falamos de uma carreira longeva, tá certo? E esse Sérgio aí agora com com os recursos, Sérgio? Acho essa palavra engraçada. Eu vejo ela ser falado muito pelo pelo pastor Hernandes Dias Lopes. Hernandes, tive com ele. Ele vai estar com a gente também. Vamos agendar o Hernandes aqui. >> O André Lucena também. >> E o André Lucena também, né? Você falou aí de de uma amiga nossa nos bastidores. Eu quero trazer aqui também. A Shirley >> Sirle Carvalhares. >> Referência aí no pentecostal do gospel. A Shirley é uma das primeiras, né? >> Das
primeiras nessa linha aí pentecostal. Eu quero trazer, Shirley, quero você aqui no meu modestamente falando com Samuel Modesto. >> E tem uma outra pessoa que eu quero indicar para você trazer aqui também, >> que para mim é a rainha do Pentecostal. Eu sou profundo admirador dela, dessa cantora. >> Hum. >> Que é a uma cantora da Bahia. >> Hum. >> Eh, Eurice Dinis. Ah, >> Eurice Diniz. Eu vou te mostrar depois em off aqui os vídeos dela >> e as participações dela nos eventos por onde ela passa. Nossa, fantástico. >> Pronto, mais uma aí. Eh,
representando a Bahia. >> Representando a Bahia. Eu Dinis. >> Tá bom, vamos marcar, vamos marcar isso aí. Deus abençoe. Beijo. Deus abençoe vocês e logo logo o próximo episódio, Modestamente falando. Valeu. Deus abençoe. [Música]