Estilos de aprendizagem: você está usando do jeito certo?

eu vou começar essa videoaula do final dela no final dessa videoaula a gente vai discutir uma polêmica que existe no meio científico sobre os estilos de aprendizagem você provavelmente conhece um dos modelos de estilos de aprendizagem que é aquele modelo que diz que existem aprendizes que são auditivos aprendizes que são visuais e aprendizes que são sinestésicos essa é uma teoria amplamente difundida mesmo entre o públ leigo e é bastante provável que você já tenha ouvido falar alguma coisa dela ela não é a única teoria não é o único modelo na verdade existem dezenas de modelos

estudados por diferentes grupos de psicologia cognitiva só que aí vem o pessoal da neurociência que vem por um outro caminho e diz que os estilos de aprendizagem não funcionam como uma teoria científica e tem todda uma argumentação por trás disso uma argumentação um pouco complexa até se você tiver interesse você pode olhar o livro do Daniel willing porque os estudantes não gostam da escola mas essa não é a principal questão pra gente aqui principal questão é a gente entender um pouco dessa polêmica e tentar entender o que que tem de bom de interessante nos dois

lados da discussão principalmente do ponto de vista daquilo que a gente pode aplicar pra nossa aprendizagem eu sou anaes do mais aprendizagem e depois da vinheta a gente vai começar a ver onde é que fica no nosso cérebro As Memórias de curto médio e longo prazo e o que que isso tem a ver com a polêmica dos estilos de [Música] aprendizagem Então vamos lá a gente vai começar a discutir então a localização física no no cérebro das memórias de curto médio e longo prazo ou seja cada lembrança que você tem ela pode estar em uma

dessas memórias e cada uma dessas memórias tem um lugar no cérebro em que ela acontece e a gente vai ver isso agora a gente vai começar pela memória de curto prazo a memória de curto prazo Como o próprio nome diz é aquela memória que dura muito pouco de alguns segundos a no máximo alguns minutos e essa é uma memória que a gente também chama de memória de trabalho a localização física da memória de trabalho é o lobro pré-frontal e esse lobo pré-frontal ele fica na frente do cérebro mais ou menos atrás da nossa testa e

essa é uma área do nosso cérebro focada muito no raciocínio então o que que acontece a gente precisa raciocinar sobre alguma coisa que tá acontecendo agora a gente traz algumas informações para a memória de trabalho que é essa memória da qual a gente tá consciente nesse exato momento e usa essas informações para realizar aquele raciocínio que a gente precisa a memória de trabalho além de ser uma memória de curto prazo ela tem uma limitação ela é uma memória pequena os primeiros estudos acerca de quantos itens a gente conseguia manter ao mesmo tempo dentro da memória

de trabalho indicava que esse número era em torno de sete itens de informação então eh é sete mais ou menos dois então alguma coisa entre cinco e nove itens é o que a gente consegue gerenciar dentro da nossa memória de trabalho ao mesmo tempo se a gente começar a pensar em outra coisa a gente vai ter que tirar algumas coisas da nossa consciência para poder trazer outras relacionadas a essa outra tarefa porque tem essa limitação bem específica da do tamanho da memória de trabalho e existem inclusive estudos mais recentes mostrando que talvez essa memória de

trabalho seja ainda menor que o número esteja mais para cinco do que para sete então seria alguma coisa entre TR e s ao invés de ser alguma coisa entre C E no mas isso são pesquisas mais recentes independente do número é um espaço bem pequeno e a gente não tem conhecimento de mecanismos para você ampliar essa memória de trabalho de uma maneira significativa o que a gente tem são algumas formas de você eh aumentar o tamanho de cada item e a gente chama esses mecanismos de agrupamento então a gente usa o mecanismo de agrupamento para

conseguir fazer raciocínios cada vez mais complexos mas a gente na prática tá sempre trabalhando com um número pequeno de elementos mesmo que esses elementos estejam agrupados bom Então essa é a localização da nossa memória de trabalho ela é muito bem localizada no lobo pré-frontal e ela tem essa característica que se essas coisas das quais a gente tá consciente nesse exato momento e que servem pra gente raciocinar sobre o que tá acontecendo à nossa volta e eh tomar alguma atitude em relação a isso ou não né agora tem uma memória que não se fala muito que

é uma memória que é de Médio prazo Essa é memória daquelas informações que você está tentando colocar na memória de longo prazo e essa memória Ela também tem uma localização bem específica que é numa área do cérebro bem mais interna que o lobo pé frontal que é o hipocampo o hipocampo ele fica atrás dos lobos temporais os lobos temporais são essas partes do cérebro que ficam atrás das têmporas as têmporas são essas laterais da nossa cabeça acima do ouvido então lá para dentro bem mais pro meio do cérebro mais ou menos nessa região está o

hipocampo né Tem tem do lado direito tem do lado esquerdo como você tá vendo aí no desenho e ele tem meio que um um formato de um cavalo marinho e hipocampo em grego é cavalo marinho Então esse nome vem daí e o hipocampo ele é o a área do cérebro responsável por fazer associações entre as diversas informações sensoriais que a gente tá recebendo o tempo todo Então você tá o tempo todo vendo alguma coisa ouvindo alguma coisa sentindo alguma coisa através do tato através dos movimentos que você faz então você recebe informações motoras e assim

por diante então é uma infinidade de informações essas informações passam necessariamente pelo filtro do hipocampo e o que que o hipocampo vai fazer ele vai fazer a seleção daquilo que ele vai prestar atenção ou não daquilo que ele vai considerar interessante ou não para jogar na memó de longo prazo e uma coisa interessante é que o hipocampo ele tá dentro do sistema límbico ele tá ali coladinho com o sistema límbico o sistema límbico é o sistema do cérebro responsável pelas emoções Inclusive só os mamíferos TM o sistema límbico né os répteis por exemplo não tem

essa parte do cérebro então o que que acontece eh as emoções Elas têm um papel fundamental na memorização tanto emoções positivas quanto emoções negativas elas vão afetar forma como você memoriza alguma coisa então isso aí fica uma dica aí que você pode usar no seu dia a dia buscar que emoções estão relacionadas com uma determinada informação para que Facilite a seleção dessa informação pelo hipocampo para ir pra memória de longo prazo uma outra função do hipocampo é a localização espacial então o nosso senso de localização tá ligado ao funcionamento do hipocampo isso explica porque que

um dos métodos mais eh comuns e mais conhecidos de memorização quando eu tô falando de métodos avançados de memorização é o palácio da memória o palácio da memória você associa os elementos que você quer memorizar a um determinado espaço físico a a pontos num espaço físico e isso usa justamente o fato de que a gente é muito bom nessa questão da localização espacial por uma questão evolutiva mesmo inclusive se você quiser conhecer noções de Palácio da memória lá no blog tem uma vídeoaula sobre Palácio da memória e lá mesmo eu vou deixar um link para

você clicar se você tiver interesse Então você tem que ir no link que tá embaixo desse vídeo se você tiver no YouTube de lá você vai pro blog e no blog você vai ter um link para a aula sobre Palácio da memória tá certo é um um sistema de memorização muito forte muito eficiente para você memorizar grande quantidade de informação e usa bastante a nossa capacidade de nos localizarmos bem no espaço agora vamos falar da memória de longo prazo Essa é a parte da memória que os cientistas menos conhecem que tem mais dificuldade e um

dos motivos é justamente porque a memória de longo prazo ela não tem um local específico como as outras duas quando um indivíduo Tá acessando uma memória de longo prazo isso a gente vê por imagens de ressonância magnética funcional quando ele tá acessando essas memórias acontece que todo o cérebro é ativado vários pontos do cérebro são ativados então por exemplo se eu tô raciocinando alguma coisa agora o que é mais ativado é o meu Lobo pré-frontal se eu tô tentando memorizar alguma coisa fazendo algum tipo de revisão alguma coisa eu ativo bastante a região do hip

campo agora se eu tô acessando uma memória de longo prazo uma memória que já está bem consolidada aí acendem várias regiões do cérebro isso é muito interessante quer dizer a memória de longo prazo ela não tem uma posição ela está espalhada pelo aquilo que a gente chama de neocórtex que é a área mais externa de todo o cérebro então o nosso cérebro ele vai evoluindo né ao longo da nossa evolução como espécie de dentro para fora e a área mais recente e que nos torna mais evoluídos é justamente essa área externa e a memória de

longo prazo ela está espalhada nessa área externa que é o neocórtex mas ela não fica numa posição específica Isso quer dizer o seguinte como o cérebro ele tem eh localizações para certas funções você vai ter essa memória de longo prazo associada a vários tipos de informação então por exemplo você vai acender a área ligada à memória visual você vai acender a área ligada à memória motora você vai acender a área ligada à linguagem você vai acender a área ligada à memória auditiva isso aí serve como confirmação para o fato de que a nossa memória é

associativa que quanto mais associações de diferentes naturezas A gente tem sobre uma determinada informação mas essa memória se consolida na nossa mente e é justamente isso que essas ressonâncias estão mostrando pra gente que uma memória realmente estabelecida realmente consolidada ela tem muitas conexões com várias áreas do nosso cérebro responsável por várias funções e com por várias memórias sensoriais E aí que você pode me perguntar tá mas e daí não tô entendendo o que que isso tem a ver com aquele assunto Inicial aquele que eu disse que eu ia começar pelo fim que são os estilos

de aprendizagem Então as teorias de estilo de aprendizagem separam os tipos de Aprendizes em diferentes estilos a Como eu disse no início a mais conhecida desse autor aí o Walter barp e E ela é bem comum bem difundida a maioria das pessoas conhecem e ela diz o seguinte existem aprendizes que que tem uma um um foco na aprendizagem pelo Canal visual existem aprendizes que são mais sinestésicos ou seja trabalham mais cont tato com as Sensações do corpo e tem aqueles aprendizes que são mais auditivos ou seja eles conseguem aprender melhor pelo Canal auditivo agora existem

outras teorias muitas outras eu não vou mostrar todas aqui mas eu vou mostrar mais uma só para você ter uma ideia de que existem outros modelos A ciência é toda construída assim eh uma pessoa ou um grupo de pessoas percebe que existe um Existe algum algum uns padrões acontecendo ali e tenta colocar esses padrões dentro de um modelo e esses dois caras aí o Honey e o manford eles criaram um outro modelo em relação a tipos de Aprendizes então eles dividiram em quatro tipos os reflexivos os teóricos os pragmáticos e os ativos Então os reflexivos

são aqueles caras que estão sempre perguntando o porquê das coisas eles têm que ter essa informação senão eles se sentem Perdidos na aprendizagem deles os teóricos são aqueles que gostam de fundo na teoria de conhecer todos os conceitos então eles estão sempre perguntando o quê os pragmáticos são aqueles que querem saber a receita de bolo eles perguntam como Olha me diga aí passo um passo Dois Passo três que eu pego aqui e resolvo o meu problema Esses são os pragmáticos e tem os ativos que estão sempre se perguntando E se acontec eu fizer tal coisa

e se acontecer tal outra coisa esse é o tipo de aprendiz que tem que pô a mão na massa para realmente sentir que entendeu aquela nova informação aquela coisa que ele tá tentando aprender então você vê que também é uma teoria que faz bastante sentido Se você começar a observar a maneira como as diferentes pessoas aprendem por aí tanto quanto a teoria dos auditivos cinestésicos e visuais ou seja são modelos que observam a natureza da aprendizagem de pontos de vista diferent E aí vem os neurocientistas e dizem que isso não serve para nada ou alguns

neurocientistas não são todos que mexem com isso mas alguns neurocientistas ligados à aplicação de neurociência à educação falam isso que modelos de estilos de aprendizagem não são modelos válidos do ponto de vista de uma teoria científica e tem toda uma argumentação para isso porque isso não é testável e tal e eu acho que essa argumentação tá muito no campo da da da estrutura do conhecimento da hermenêutica não no campo da utilidade prática disso tudo e com relação à utilidade prática a minha visão é a seguinte é que a gente não pode imaginar que uma pessoa

por mais que ela tenha uma acuidade visual muito boa ou um ouvido muito bom ela vai aprender só por um canal E por que que eu digo isso justamente por causa daquela coisa da memória de longo prazo a memória de longo prazo ela tá espalhada então se você quer consolidar uma informação você não pode pegar essa informação por um único canal por um por uma única fonte você tem que usar o máximo possível de associações que você puder e de preferência ligada a diferentes sentidos e a diferentes estilos digamos assim que que eu tô querendo

dizer com isso na prática eu tô querendo dizer o seguinte que se você pega um conhecimento um corpo de conhecimento que você quer aprender e você pergunta só por a coisa vai ficar capenga agora se você pergunta por quê se você pergunta o qu se você pergunta como a coisa é aplicada na prática e se você começa a colocar a mão na prática você vai ter uma aprendizagem muito mais completa a mesma coisa se você pegar uma informação e estudá-la num material que tem um caráter mais visual depois você observa essa informação dentro de um

ambiente mais sinestésico em que você possa Pôr a mão em que você possa e sentir aquela informação e depois você ouve coisas sobre aquela mesma informação Então na verdade você tá criando uma série de conexões que vão mexer com diferentes partes do seu cérebro e isso tá te ajudando a fazer essa memória caminhar daquele Médio prazo ali que acontece quando a gente tá estudando e tentando memorizar para a memória consolidada de longo prazo Então essa é a minha visão aí sobre essa polêmica eu acho que essa polêmica ela tá muito eh teórica e na verdade

na prática o que a gente vê é que a gente precisa construir o maior número possível de associações para conseguir memorizar com facilidade e quem já experimentou qualquer tipo de técnica de aprendizagem sabe disso que quanto mais associações você faz com aquela informação mais fácil é você puxar aquela informação da memória Tá certo então fica aí a diga para vocês explorem um conhecimento de diferentes pontos de vista façam diferentes perguntas e a partir disso você vai conseguir eh ter um uma memorização a longo prazo muito mais consistente do que se você ficar tentando usar só

um canal que alguém disse para você que é o seu canal preferencial de aprendizagem Tá certo então fico por aqui Gostaria que você visitasse lá o blog fizesse os seus comentários e me dissesse aí se você já tentou usar a teoria de estilos de aprendizagem Qual é o seu estilo de aprendizagem se alguém já mediu isso para você ou se você mesmo já mediu e que tipo de resultado você teve ao tentar usar esse tipo de teoria e como que você acha que você po poderia melhorar esse resultado Tá certo então são tipos de comentários

que você pode fazer lá no blog que é o canal onde eu realmente consigo ler todas as mensagens então se você tá no YouTube clica no link que tá embaixo do vídeo você vai pro nosso blog mais aprendizagem.com.br e faz o seu comentário lá com certeza eu vou ler esse comentário eu às vezes não consigo responder todos mas eu leio todos e muitas vezes tiro de lá algumas ideias pras próximas videoaulas então se você tem algum alguma sugestão alguma coisa que você gostaria de ver discutida e ensinada aqui no mais aprendizagem então vai lá no

blog e dá a sua sugestão tá legal eu fico por aqui e até a próxima tchau [Música] h