Civilização Fenícia

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A professora Maria Cristina Kormikiari, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São P...
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o e os fenícios eles vão ser os que vão sistematizar esses vários alfabetos criando então esse primeiro alfabeto coeso né olá meu nome é maria cristina kuriki are eu sou professora de arqueologia do mediterrâneo antigo no museu de arqueologia e etnologia da universidade de são paulo e hoje eu tô aqui para conversar com vocês um pouquinho sobre um grupo cultural que a gente chama de fenícios da antiguidade então queria apresentar um pouco para vocês quem são eles como que eles são tão estão sendo estudados hoje qual que é a importância de se estudar esses povos
da antiguidade então quem são os fenícios né os fenícios na verdade é um um o que a gente não sabe como eles se autodenominavam nós chamamos eles de fenícios porque os gregos assim os chamavam as primeiras menções a esse povo da antiguidade aparece em homero na odisseia onde estão eles não são apresentados já com uma característica marcante que até hoje o senso comum um mês umas vezes já os apresenta como grandes navegadores e grandes comerciantes então os gregos viam a esses povos que habitavam cidades-estado onde hoje seria uma costa que a gente chama ali no
oriente no mediterrâneo costa cyro palestina em termos de países modernos hoje pegaria o sul da síria toda a região do líbano até o norte de israel então ali nosso tempos vestígios arqueológicos temos fontes o que nos falam então de cidades-estados desse povo de comerciantes de navegadores que os gregos então denominaram fenícios tem mais pra frente a também em textos gregos vai aparecer a denominação fenícia como se fosse né uma região unida mas podemos falar de uma nação fenícia de um rei no início de um império fenício não não podemos faz realmente falamos de cidades estados
que vão ter então um conjunto de características que nos ajudam a pensar nesse grupo de cidades estados e nas na população que ali habitava como um grupo cultural homogêneo então questões de língua eles compartilhavam com uma língua que uma língua semítica fenícia compartilhavam divindades hits o asus a chamada cultura material que que é cultura material que arqueologia estudar tanto né então todo conjunto de artefatos e objetos vestimentas utensílios domésticos construções maneira de construir maneira de organizar o seu assentamento que são essas cidades estado são todo um conjunto de dados tanto materiais quanto textuais porque a
gente tem a não temos fontes escritas a respeito dos próprios a fenícios textos né que teriam chegado até nós temos apenas menções ou reproduções de trechos de escritos e filósofos fenícios historiadores fenícios em obras a latinas e gregas bem posteriores portanto sabemos que eles escreveram né possuíram toda tô e junto de produção a literário mas infelizmente esse conjunto ahn descritos a não chegou até nós mas o que chegou até nós que nós chamamos de epigrafia que são escritos a sobre materiais diversos pedra a madeira metal né que nós encontramos também a partir de escavações arqueológicas
então nós temos esse conjunto de escrita da língua fenícia talhado por essa cidades-estado que nos ajuda também a pensar nesse grupo como uma com uma certa a unidade homogênea a e cultural eles são tão conhecidos como grande navegadores né nós temos a vestígios indícios arqueológicos a das suas navegações já no período chamado a idade do bronze na que tem esse nome porque a maioria dos art e em natal era fabricado com bronze podemos até dizer mil e duzentos mil sem antes de cristo a partir desse momento a gente já pode falar e pensar em termos
de fenícios porque então essa cidades-estado vão começar a realizar essas navegações a para além do seu litoral mais próximo ali do mediterrâneo oriental e vão começar então esses navegadores a singrar a o mar mediterrâneo e alcançar terras a bastante de santis hoje se a gente for olhar para um mapa dos sítios arqueológicos a fenícios nós vamos ter um mapa que vai abarcar aí é mais próxima ali da fenícia em chipre a região do mar egeu que é o território dos gregos principalmente a ilha de creta avançando para o em toda a costa do norte da
áfrica onde hoje a gente tem né os países modernos a líbia a tunísia argélia e marrocos ali pela costa pelo litoral temos dezenas de sítios arqueológicos que são identificados como cite os fenícios pelo norte do mediterrâneo a partir do egeo a região da sicília a região da sardenha e pegando toda a península ibérica eles tinham essa prática de então navegar procurar entrar em contato com outros povos que eles vão encontrando vários outros povos né tudo esse território ea pelo qual eles vão navegar e vão percorrer são territórios habitados né por outros grupos culturais então ele
tentou essa questão do contato e como eles vão realizar essas trocas nós temos a a documentação que a nos dá indícios de começa as trocas eram realizadas e eles vão eventualmente tão fundar pequenos empórios pequenos assentamentos a para realizar esses intercâmbios pequenos né tem um porto o local para tratar um navio a fazer manutenção nesse navio enfim então eles vão fundando esses pequenos assentamentos eventualmente esses assentamentos vão se tornar cidades e eles estão então à procura dessas matérias-primas quando a gente trabalha com essa com a questão da expansão dos povos na antiguidade as vezes os
seus qual o termo a colonização a expansão de as pura ação sempre isso a gente pensando fenícios a gente pensamos nos gregos a gente até mais para frente a a questão da expansão a ana né aí já com a corporação a imperialista mas enfim quando a gente trabalha com com essas questões a de movimentação desses grupos humanos na antiguidade ali no mediterrâneo são várias fatores que que na verdade levaram as pessoas a se movimentar crédito questões econômicas comerciais que foram que o ponto em mais fortemente aqui em relação aos fenícios mas a questões climáticas muitas
vezes mudanças climáticas e levam a produções agrícolas a fracas né aquele a mão seja a fome e a gente tem que sempre pensar que não antiguidade os grupos humanos eles estavam muito à mercê das questões climáticas não é dois três anos a como a safra agrícola ruim fraca a põe em perigo né pode pôr em perigo toda uma comunidade que se o gráfico as pressões demográficas questões políticas estão sempre um conjunto muito grande mas o fato é então que esses fenícios a cujo nome né repito nos foi apresentado a pelos gregos vão são então assim
entendidos a partir dessa final da idade do bronze significa o que significa que eles não existiam antes não eles existiam algumas as cidades fenícias a mais famosas da lhe dá aquela costa sido palestina por exemplo biblos cujo nome em fenício aderbal bíblia é o nome grego da onde vem o termo livro né é uma cidade que as escavações de monção que ela já começou a se formar como um assentamento não sexto milénio então ela tem uma longuíssima história e de ocupações e de uma adensamento de uma urbanização construção e ai as ruas a residências templos
né áreas de produção a cerâmica metalúrgica né uma conformação de uma pequena cidade eu já 3000/2000 antes de cristo bastante densa bastante ativa realizando muitas trocas com o egito em cinco não é uma cidade é muito forte ali da costa cyro palestina então por que que a gente fala que é fenício só a partir de 1.200 mil e cem porque esse grupo todo a toda essa região oriental é entendido como semitas eles compartilhavam um conjunto de dados culturais linguísticos e religiosos enfim com diferencie ações e a parte do final do bronze ao final do bronze
no mediterrâneo eu pessoalmente na parte oriental é conhecido como a um período de grandes mudanças grandes movimentações a populacionais vão ocorrer a gente vai ter ali no egeu a queda da civilização micênica a gente vai ter a queda dos hititas no egito nós vamos ter o faraó tendo que afastar invasões de povos que tentam adentrar e quem tem todo um conjunto de movimentações populacionais chegada de novos grupos humanos seja formar seja o terra que vai modificar bastante a a ocupação de todo o território temos a chegada um grupo novo cultural que aquela logicamente bastante atestado
que atestado nações textuais são os filisteus que vão se colocar ali entre a costa da fenícia ali no sul onde seria o líbano de hoje e a região moderna de israel os próprios grupos hebreus se assentando se diferenciando também nesse nesse período de 1.100 então esse final da idade do bronze é máscara realmente um conjunto de modificações em termos de determinação de fronteiras de novos territórios novos grupos culturais chegando como os filisteus algumas cidades importantes são destruídas impérios importantes são né tem um momento de baixa seja por exemplo egípcio realmente de a de término como
os hititas a e daí depois do bronze o que que vem a idade do ferro né então quando eu ferro se ganha a capacidade técnica de trabalhar com o ferro que aumentar muito mais duro a extração do ver mais difícil e o o trabalho metalúrgicos com ele é mais difícil mas o ser humano ganha né vai adquirindo vai a e a tati tinha obviamente é sempre a partir de tentativa e erro né vai ganhar da experiência para trabalhar com esse metal mais pesado mas duro aqui ao mesmo tempo permite a fabricação de objetos outros muito
mais duráveis que o bronze que é muito mais maleável que não essa virada do bronze para esse momento posterior que essa idade do ferro marca então todo um conjunto de modificações importantes ali pelo mediterrâneo oriental e marca então esses fenícios na idade do bronze é essa cidades-estado elas vão então se fechar né bom manter essa cultura semita entre elas vão criar com que um bloco e esse bloco ele é percebido então pelos estrangeiros né pelos gregos e posteriormente pelos assírios vai aparecer na bíblia no antigo testamento a gente não e como os fenícios assim entendiam
a se entendiam até eventualmente como uma nação com uma coisa mais unida isso não sabemos realmente então é do ponto de vista deles como eles atingiram mas sabemos sim que todo um grupo de outros povos antigos perceberam ali uma certa unidade que quando eu falo então vão sair navegando pelo mediterrâneo vão conquistar então vários territórios a pelo mediterrâneo vão fundar a cidades muito importantes a entre elas eu marco duas cartago no norte da áfrica e cádiz na península ibérica cartago então vai ficar né vai vai ganhar vida histórica historiográfica própria porque cartago vai se tornar
uma cidade extremamente potente a ao longo dos séculos a sétimo o cinto cesto quinto quarto e vai acabar controlando todo o território ali do mediterrâneo ocidental não de uma maneira assim como formando um império com dominação de exércitos mas ela vai ter um controle político no controle econômico a sobre os outros assentamentos fenícios ali do mediterrâneo a ocidental vai se tornar uma grande cidade muito rica bastante poderosa a gente conhece mais cartago a partir das guerras púnicas né então quando cartago vai entrar em choque com roma que vai estar também iniciando seu processo de expansão
no século terceiro e aí vamos ter três grandes guerras as três guerras púnicas que vão terminar com a destruição total de catálogo e com a ascensão do império romano no início da anexação de territórios para fora da península itálica e aí começa essa o outro histórica a história da do império romano para encerrar o que eu gostaria de lembrar então a questão do alfabeto né a no senso comum a gente tem que os fenícios inventaram o alfabeto alfabeto esse aqui depois vai ser a apropriado pelos gregos primeiro depois que eles latinos né que vai acabar
então até derivando o os alfabetos modernos que possuímos hoje a sendo que o acréscimo que vai ser feito a em relação a isso alfabeto fenício a inclusão das vogais o seu uma língua semita que da de hoje à deriva por exemplo árabe a não a grafia da vogal né acentuação na consoante marcando o som da vogal + uma uma gracinha uma letra para vogal então esse primeiro alfabeto fenício a são as letras consoantes né consonantes perdão bom eles não e o alfabeto né existe outros vários pronto alfabetos com dando ali aquela região a oriental e
os fenícios eles vão ser os que vão sistematizar esses vários alfabetos criando então é esse primeiro alfabeto coeso né não queria marcar isso né essa ideia da invenção que eles não inventaram do nada né eles a aí reitero a questão que eles no fundo esses fenícios então são esses povos essa cidades-estado a do litoral ali da costa sido palestina que vão a guardar bem essa cultura anterior semita dessa ocupação jalão estou na idade do bronze e uma das provas se a gente quer né quiser falar a dessa questão é o fato deles terem então as
neces eu estou num conjunto de marcações sistematizando a criando então esse primeiro alfabeto a organizado né do começo ao fim a que a gente vai ter e que vai ser tão transmitido a posteriormente os gregos e não é à toa que os gregos denominavam a um alfabeto foie gras mata netão letras a fenícias e é isso que eu tinha para falar um pouquinho para vocês sobre os fenícios a são elas são um povo então há ainda um tanto misteriosos para nós porque a né de novo pelo fato da gente não tem muita fonte escrita e
da arqueologia é a grande fonte de documentação a sobre esses fenícios a espalhados alecrim mediterrâneo tão importantes a nos contatos com gregos e depois a com os latinos com os vários outros povos é o mediterrâneo e eles têm sido cada vez mais estudados nas últimas décadas né da nós temos uma produção recente muito rica o conhecimento acerca deles está cada vez mais a instigante e volumoso a permitindo que nós possamos tem uma compreensão cada vez maior sobre eles apesar das dificuldades e essa compreensão realmente nos tem sido dada a pela arqueologia muito obrigada e aí
o que é
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