Como ter a coragem para não agradar os outros? Quando eu quero abraçar o mundo inteiro, eu nunca vou me incluir nesse abraço. Então, vamos entender porque que é importante a opinião dos outros. Agora, chega um momento que você entende que para ser você, você não vai agradar todo mundo. Pro sucesso, muitas vezes eu vou desagradar pessoas que eu amo. Tem gente que fala com a mente, tem gente que fala com o coração e tem gente que, assim como nosso convidado de hoje, consegue falar com a alma. Ele já ajudou milhões de pessoas a enxergar que
viver para agradar os outros é o caminho mais rápido para se perder de si. Psicólogo, escritor e referência em desenvolvimento humano, ele nos guia por uma conversa potente sobre coragem, autenticidade e o desafio de se manter inteiro num mundo que exige máscaras. Prepare-se para olhar para dentro e sair mais leve. O convidado de hoje é Rossandro CleanJ. Mesmo que de fato os meus pais não tenham me amado como eu queria, mesmo que de fato a minha mãe gostava mais da minha irmã do que de mim, não se pergunte o que foi que fizeram com você.
Se pergunte o que você vai fazer com o que fizeram de você. É como se o passado sabotasse o teu presente, inviabilizasse teu futuro. O passado ele não me define, ele cria padrões que eu posso modelar. Quando eu entendo isso, tenho consciência, aí eu consigo crescer. O mal tem muita visibilidade, mas o bem é preponderante, silencioso diariamente acontece. Se o crime é organizado, organizemos o bem. Turma, antes de começar o podcast, eu tenho um recado muito especial. Pela primeira vez e única vez, vamos abrir os bastidores do Como você fez isso para te ensinar a
montar um podcast campeão. Para você que tem ou quer ter um podcast, você vai aprender como estrutura, como distribui, como que cria um podcast, os melhores formatos, distribuição, crescimento, como que faz tá na para você ter um alto nível de engajamento, como utilizar o podcast como uma aquisição de cliente para você que quer usar de uma maneira estratégica ou fonte de receita, explorar todas as vertentes que é possível no podcast, enfim, no detalhinho nessa ah nessa experiência que vai ser super legal aqui em São Paulo, nos estúdios, como você fez. fez isso. Essa experiência chama
como a gente fez isso e vai acontecer uma única vez em São Paulo a pedido de toda a nossa comunidade. Então, se você quer uma das poucas, são pouquíssimos lugares porque vocês vão acompanhar aqui dos nossos estúdios, inclusive uma gravação, tá? E no final vai sair com eletonzaço que nem esse e o playbook de como ter um podcast de sucesso. É só você aplicar para esse formulário e o time vai te chamar. E obviamente corra porque são cadeiras limitadíssimas e vai acontecer essa única vez, tá bom? Então, no dia 5 de junho acontece a primeira
e única edição do Como a gente fez isso, como construir um podcast de sucesso. Espero que uma cadeira seja sua. Agora vamos ao episódio, turma. Sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do Como você fez Isso. Um episódio que eu tenho certeza que vai te ajudar, vai trazer provocações, vai fazer você pensar, refletir. E eu acho que o primeiro passo da mudança é o reconhecimento. E como vocês já viram na nossa introdução, que por sinal, parabéns a toda a produção, como você fez isso, que as nossas introduções aqui estão parecendo de cinema. Então, obviamente,
eu queria agradecer o Rossandro. Obrigado, viu, Rossando, pela tua pela tua participação, pela tua presença. Ah, você que eu falei, né, que tem um um uma habilidade, eu eu acho que quando as pessoas trabalham com pessoas tem até um chamado, né, algo para cuidar de gente. E você que que é tão apaixonado pelo ser humano também, né, tem que ser apaixonado, né, e tem que ser fascinado pela mente humana, pelo ser humano, pelos nossos sentimentos. Ganhei dois presentaços aqui, ó. É, seus dois livros. Primeiro junto com o meu querido amigo, adoro professor Mário Sérgio Cortela.
Exato. Deve ter sido especial você escrever com ele, né? Então, cara, é um ser humano incrível. Tem pessoas que quando você já admira e quando conhece pessoalmente e vira um grande amigo, você percebe que ele é maior do que a gente imagina, né? Tanto Lúcia como como Cortela, como a Vanessa também. Sim. No segundo aqui também. A gente também sabe que tem que pessoas que quando a gente conhece se decepciona, mas não é o caso deles. Muito pelo contrário, eles são muito melhores, sabe, na privacidade do que como vocês eh quando as pessoas enxergam eles
publicamente. E eu trouxe um tema ah pra gente falar eh obviamente esse tema vai ser o tema para iniciar o nosso papo e que Deus nos leve para onde ele quiser também. Claro. Uhum. Mas como ter a coragem para não agradar os outros? Sabe como como a gente tem aquela coragem para realmente reconhecer quem a gente é? É meio um pouco de autoliderança. Uhum. Né? Porque quando a gente sabe quem a gente é, a gente não tem a necessidade de se afirmar. Sim, sim, sim. Quando a gente sabe quem a gente é, acho que as
críticas nos abalam um pouco menos. Porque as pessoas que nos ouvem aqui, a pessoa de de alguma certa maneira, não importa o caminho, ela quer crescer. Sim, sim, sim, sim. Ela quer progredir, sim. E e quantas vezes o nosso maior desafio é com são com outras pessoas, é, é maior, né? Então eu falo assim, gente, é uma delícia, mas também acompanha também desafios, né? Então, e você é um cara que dedicou a sua vida inteira estudando sobre pessoas. Sim, sim, né? Então, como que você vê isso? Quando eu quero agradar todo mundo, eu já escolhi
nunca me agradar. Quando eu quero ser para todos, eu não vou ser para mim. E quando eu quero abraçar o mundo inteiro, eu nunca vou me incluir nesse abraço. Isso é uma regra clássica. Nossa, já começou. Mas eu preciso entender também porque eu quero fazer isso. Porque a gente não pode culpar as pessoas. A gente tem, eu sempre acho que quando a gente quer buscar curar, e eu sinto que você percebe isso, qualquer espaço que a gente tem no mundo, o seu espaço que você alcançou é um espaço em que nós somos instrumentos de Deus,
em que a gente pode ser um instrumento para ajudar as pessoas a elevar o nível de consciência delas. Sim. Ninguém faz isso chutando o pescoço, faz isso acolhendo. Então, vamos entender por que é importante a opinião dos outros. Boa, bo bom ponto. Bom ponto de partida. Quando nós nascemos, nós não não existe um bebê. Caio Wincott, um grande psicanalista e pedriata britânico, ele dizia assim: "Não existe um bebê, existe um bebê e uma mãe sempre é um bebê que nasce alguém que referencia ele. Essa pessoa tem tanta importância e tanto impacto que se ela for
negligente ou eh superprotetora ou se ela qualquer movimento pode gerar um crescimento incrível ou uma sabotagem profunda daquele ser. Então nós necessitamos profundamente dessa referência. Depois chega um cara do nada que aparece nessa relação que tá massa, que é um chamado pai. Quem é você? Tava aqui eu, minha mãe, meu peito e você chega e tira ela de mim. E aí começa a triangulação afetiva e toda a complexidade das relações humanas. Vai aparecendo um irmão que vai tomar minha Coca-Cola, que vai quebrar meu brinquedo, a minha irmã que vai puxar o cabelo da minha boneca.
E tudo isso vai gerando uma necessidade fundamental, humana de pertencimento. Eu preciso sentir o teu olhar. Quando a gente é criança, que os pais, imagina você té e Bela em casa, você vai estar refrigerando pros dois, bota o copinho do lado para ver se tá igual. É mesmo. Por que que a gente faz isso, gente? Porque a gente quer equidade, justiça no tratamento. A gente quer sentir que o olhar é o mesmo, que você não ama mais a Bela do que o Té. Muito bom. Então esse movimento faz com que a gente tenha uma necessidade
de ser visto e validado. Então querer agradar os outros não é um transtorno mental, não é uma pessoa desequilibrada, é um ser humano como outro qualquer. Agora chega um momento que você entende que para ser você, você não vai agradar a todo mundo, você vai agradar alguns. Por exemplo, eh quando a gente tá crescendo profissionalmente, muitas vezes as pessoas que nos amam não sempre estão no mesmo ritmo. Uhum. E às vezes você sente que se você continuar no mesmo passo, você pode perder essas pessoas. Uhum. Então o sucesso nem sempre é sobre o que eu
vou conquistar, é que sobre quem eu não quero perder. Caramba, quem é que eu não quero perder nesse ritmo? De repente eu posso desacelerar porque alguém que eu amo tá aqui e não tá rindo no mesmo ritmo. Se eu for, eu vou conseguir, mas vou est só depois. Dá para falar que sucesso também é perder. Então, por essa lógica é perder no sentido de que eu perco eh de determinada velocidade para chegar no pódio, porque para mim importa menos chegar no pódio, mas quem vai comigo estourar o champanhe. É, mas eu digo assim, eu adorei
isso que você falou, deve ter estourado a cabeça de muita gente já, porque sucesso ele também vai fazer com que você perca pessoas. Vai, isso sim. Entendi. Agora o seu Sim, entendi. Veja só, entendeu? Quando eu finalmente entendo que tem pessoas que são importantes e pessoas que não são importantes, eu vou entender que eu vou saber a quem eu vou ter que agrad agradar e a quem eu não vou agradar. No entanto, e aí vai explodir ainda mais a cabeça das pessoas, pro sucesso, muitas vezes eu vou desagradar pessoas que eu amo. Esse que é
o problema, né? Porque, veja só, eu percebi no meu próprio processo, acho que você percebeu, e muita gente percebe quando a gente tá na aqui, existe o que a gente chama de o dia um, é quem eu quero ser, como é que eu chego lá? Uhum. Né? Como é que eu viro um da vida, como é que eu me fodero? Isso como você fala, como é que eu Como é que eu viro o cara que eu tô admirando, tá? De repente alguém tá te acompanhando aqui, vê o teu processo, sabe tua história, acompanha a trinca
e quer ser um de vocês normal, humano, assim, poxa, eu quero atingir essa meta. Esse é um dia que todo mundo sabe o que fazer, é o dia do sonho. Ninguém tem dúvida disso. Chega na na fila da mega cena acumulada, o que que você quer fazer com esse dinheiro? As pessoas têm uma receita para isso. Todo mundo sabe o que quer ser e todo mundo também sabe quando você alcançar o que você vai fazer. Tipo, pega um um garoto que tá jogando bola. Ah, eu vou comprar uma casa para minha mãe, né? Você vai
ver que todo mundo sabe o que fazer no primeiro dia e todo mundo sabe o que fazer no terceiro dia. Qual é o problema? Eu pulei um dia aqui chamado segundo dia. O dia do silêncio, chorando no travesseiro, começando e dando errado, tendo que se reinventar, ser protagonista da própria história, sair da condição de vítima. Então esse movimento aqui exige que para eu chegar onde eu quero, eu vou ter que entender daquilo que eu vou abrir mão. E aí quando você pensa em subir em qualquer patamar da vida, tem forças que são contrárias a isso.
A primeira delas é surpreendente. Uhum. É uma força amorosa. Amorosa. Amorosa. É alguém que chega para você e que te ama profundamente e diz assim: "Caio, não vai e se der errado. É, eu não quero que você sofra. Essa pessoa não torce contra você. Ela talvez tenha tentado e não conseguiu e tem medo que você que ela ama passe pelo mesmo processo que sofra como ela sofreu. Ela não entende que o seu processo é um, é único e que talvez você precise mesmo quebrar a cara. Faz parte disso. É o processo da vida. Mas ela
também pode dizer assim: "Caio, para que mais? Que ambição desmedida, já tá tão bom." No fundo, ela ela tá dizendo assim: "Dar mais atenção a coisas importantes como a sua família. É como se ela tivesse sem querer te desestimulando a continuar o teu movimento. Uhum. Ela não odeia você, ela te ama, mas ela pode, sem querer, tá impedindo o teu movimento. OK? Existe a força invejosa que tem um monte de gente que faz assim: "Você é daqui da galera? Quem você pensa que é para subir? Quem você pensa que é para sair deste lugar? Você
tem que fazer companhia nesse lugar aqui. Se você sair daqui, você tá nos traindo. Só um parênteses, da onde você acha que é a raiz da inveja? Cara, é um desejo. A inveja, eu acho que a gente, quando a gente começa a olhar paraos sentimentos sem julgamento moral, mas com análise, a gente tira a força que esses esses rótulos têm. Em vez de se sentir uma pessoa invejosa e moralmente, por isso reprovável, olhe paraa sua inveja como um apontamento de desejo. A inveja aponta para onde meu desejo tá. Em vez de eu ficar com raiva,
ah, eu invejo o João. Não, no fundo, no fundo, eu queria conquistar as mesmas coisas que o João tem. Então, vou fazer uma equação em que eu troco inveja por cobiça. Enquanto inveja é querer que você não tenha, cobiça é também querer ter o que você tem. Enquanto que o invejoso fica com óide do seu sucesso, o cobiçoso te copia e depois cria o próprio método. Entende a diferença? Mas a inveja nasce da Coca-Cola comparada. Voltamos pra infância. Você veja, José é vendido no Egito pelos irmãos, Caim, Matabel, é uma é uma força fundante do
psiquismo que quando eu entendo ela como apontamento de desejo, eu saio do julgamento moral e vou para compreender, OK? Então, não vou ficar com raiva do João nem da Marta. Eu vou olhar pro processo dessa pessoa e construir o meu processo. E aí eu saio dessa posição infantil de comparar o copinho de Coca-Cola e entendo que mesmo que a vida tenha me dado menos Coca-Cola, mesmo que de fato os meus pais não tenham me amado como eu queria, mesmo que de fato a minha mãe gostava mais da minha irmã do que de mim, eu posso
ficar a vida inteira me perguntando por isso aconteceu? E a pergunta que não tem resposta, porque muitas vezes nem quem te machucou sabe porque fez. Às vezes estava apenas reproduzindo padrões inconscientes, familiares, gerações após gerações, modelos de intimidade falidos. E você tem a pergunta, eu vou ficar ser mais uma geração que reproduz ou eu vou dizer em mim encerra essa palhaçada? Porque eu não vou mais perguntar porque isso aconteceu, mas como é que eu faço com isso? É uma pergunta que Sartre faz na filosofia existencialista. Não se pergunte o que foi que fizeram com você.
Se pergunte o que você vai fazer com o que fizeram de você. Nunca eu vou saber porque alguém me abusou sexualmente na infância. Vamos supor que seja o caso. Porque uma pessoa me traiu e me deixou com três filhos. Eu nunca, nunca vou ter uma resposta. Às vezes nem a pessoa que me sacaneou sabe. Agora, agora a questão é: "É que eu faço? Como? Como é que eu faço para ser desse lugar?" Essa é a pergunta que de fato me tira de um lugar de em vez de me achar invejoso, olhar para apontamento do desejo
e ok, eu quero isso. Então, se eu quero isso, vou atrás disso. Se essa foi a pessoa que mostrou que isso é legal, ok, que bom para ela. Troféu joinha para ela. Agora eu vou voltar para mim perguntar como é que eu consigo meu processo. Não perco tempo na inveja, no autojulgamento, me sentindo menor, incapaz moralmente e não tenho energia para conseguir. Nossa, o que você falou foi perfeito, né? A gente começou essa provocação entendendo por antes de falar como como eh eh como ter a coragem de não agradar, você começou, vamos entender por primeiro,
agradar é importante, porque é uma coisa visceral, parece visceral. Imagina, imagina se você bom, você é casado, sabe como é? Se a gente tiver bombando no mundo, mas tiver mal com a esposa, cara, nada presta. É verdade. Você põe, acabou de fechar um negócio fantástico, mas saiu de casa, o clima tava ruim, chegou pior. Cara, parece que não aconteceu nada. Enquanto você não volta a ter um relacionamento com essa pessoa que é importante na tua vida, é central, e você volta a dar um beijinho e tá junto no sofá, vendo uma série, cara, nada compensa.
Por quê? Porque essa pessoa tem que agradar ela. Essa pessoa não pode ser desagradada. Eu não posso desagradar uma pessoa. Por exemplo, existem pessoas que são, fazem parte do núcleo central dos meus afetos. meus irmãos, sabe? Eh, cunhadas, cunhados, sobrinhos, todas essas pessoas, esposas são pessoas, os sogros são pessoas muito importantes e e a gente muitas vezes não tem que por causa delas inclusive aguentar pessoas que não são legais de convivência. Eu sempre digo que família é como TV por assinatura. Ah, como assim? Você assina um pacote, tem canais que você não gosta, mas tá
lá, não é isso, ó? De repente você não vê, ele é um gênio, não. Você vê, ó. Ó, você, por exemplo, eu já era, vou usar sempre. Vamos imaginar que eu não gosto de esporte, tá? Mas quando eu assino o pacote de TV, vem esporte lá, mas eu nunca vejo. Mas tá lá. Tipo, não gosto do cunhado X, mas eu gosto da cunhada e gosto dos sobrinhos. E no no reveão vou fazer uma festa na minha casa, vem todo mundo, inclusive o cunhado X, ele faz parte do pacote. E se eu tenho maturidade, eu entendo,
eu não vou porque eu não gosto dele e evitar a convênça com quem eu amo. Quantos de nós deixa de viver com quem a gente ama por causa de uma pessoa que a gente não suporta? E como resolver essa equação? tendo maturidade e dizer assim, eu aconteceu comigo uma vez assim, tipo, casei e tal, primeiro a primeira árvore de Natal, sabe assim, o cara que era pobre, ferrado, aí compra uma árvore 3 m para se compensar e e quase ficou assim no teto da sala, foi ridículo. A gente subindo, cara, vai ser uma palhaçada a
árvore subindo, mas deu certo. Deu certo. Aí depois você não quer mais. Aí você que não tem mais chamado atenção. Mas aí chama, aí vou fazer uma festa de Natal, amor. Vamos aí. Aí minha esposa, ó, fulano vem, cancela. Não, fulano, eu não recebo na minha casa. Cancelei. Cancelou mesmo? Cancelei porque isso porque era idiota na época. Completamente idiota. No outro ano vou fazer ano. Aí fulano vem. OK, deixa fulano vir. Tem certeza? Tenho. Por quê? Porque eu fui um idiota o ano passado. Porque eu deixei de receber 20 pessoas que eu amo por causa
de uma que eu não vou com a cara. Olha que conto infantil. Sim, eu deixei de estar com quem eu amo comemorando o primeiro Natal na nossa casa de casado. Então fulano vem e mais ele não só vem, eu vou recebê-lo como ele jamais me receberia, porque quem pauta meu comportamento não é ele, sim eu. Uau! E isso é maturidade. Ou seja, quando eu não sou mais alguém que apenas reage ao comportamento do outro, mas age intencionalmente, entende? Então, quando a pessoa chegou, claro, fiz uma mesa bem comprida para umas 20 pessoas, recebi essa pessoa
com muita com verdade no coração, assim, vou receber bem essa pessoa, né? Botei ela nesta ponta e claro que eu sentei na outra, porque Jesus manda perdoar os inimigos, mas não manda casar com eles. Então, assim, a gente a gente tem que entender a diferença, né? Eu não preciso virar best friend forever da pessoa, a não ser que ela mudasse a conduta e o comportamento, que para mim é reprovável, a ponto de que eu dissesse agora você faz parte da minha referência de afeto. Mas a gente tem que entender nas empresas também tem muitas vezes
essa situação. Às vezes a pessoa é altamente competente naquilo que entrega, mas tem uma certa inabilidade emocional. E eu posso, eu tenho três empresas, eu posso pensar assim: "Pô, eu vou cortar essa pessoa logo, poxa, mas e as competências que ela tem? Será que eu vou encontrar pessoa perfeita com todas as coisas? Eu eu também sou chamado como gestor a tá maestrando egos a começar do meu? Porque o que é um gestor, senão alguém que também maestra egos a começar do seu próprio? Então, por isso que é importante eu ter essa capacidade de discernimento, de
entender que para esse avanço que eu quero, para crescer, eu preciso entender que tem pessoas que eu vou desagradar e que são pessoas que eu amo. Voltando aquele nosso ponto, tem as pessoas são as invejosas que querem que eu fico lá no Pacto da mediocridade, sabe? A turma do fundão da sala de aula. Sim. Você é brother, fica aqui com a gente. Você nunca vai ser um nerdão. Aí eu não quero você lá na frente, senão você tá traindo. Porque é importante, eu quero que todo mundo, vou olhar pra câmera para dizer isso aqui, gente.
Todo crescimento gera perda de pertencimento. Eu tenho que suportar isso. Se você tem um monte de amigo que bebe, você resolve parar de beber, você não vai ser mais amigo dessas pessoas, porque mesmo que você insista, nem elas vão suportar tuas sobriedades. Eu eu fui assim, eu eu eu decidi que eu não ia beber porque assim, quando ali com adolescente você vai experimentar porque as pessoas toma aí, toma aí você, mas eu falei cara, eu não gosto, cara, eu não gostava do gosto, eu achava, até hoje cara, eu prefiro um suco. E eu sou o
cara do esporte, gosto de acordar cedo, fazer esporte, então não combinava comigo. Tá tudo bem, quem gosta de tomar de uma maneira moderada para mim ok, eu gosto de ficar dono da sua vida, não gosto de ficar digitando regra pros outros. Só que eu vi a pressão que é. Ah, cara, grande quando você sai, né? Perde uma galera no pé, né? Tem que suportar o deserto para crescer. Tem que suportar os desertos de muitos pertencimentos que você vai perder. Tem uma outra força que também atrabalha teu crescimento. Além dessa amorosa, da invejosa, tem a galera
que tá lá em cima. Nem todo mundo tá lá em cima quer que você chegue lá. Hum. Tem muita gente que diz assim: "Fica aí que aqui não cabe mais, cara". tá lotado. Algumas pessoas, essas são as grandes, elas dizem assim: "Cara, você quer chegar aqui, eu vou te ensinar a não cometer os mesmos erros que eu cometi. Essas te estendem a mão, outros empurram o pé. Então, tem duas forças te puxando, uma amorosa, uma invejosa, uma empurrando, tá? Quem sempre decida a parada, você. O ponto central do seu livro é, se você quer ser
no sentido de, não palavrão, mas tem aquele acrônimo que você criou, que inclusive tem disciplina no meio, você precisa ser responsável Uhum. De modo claro e evidente sobre a tua história. Exato. Porque veja só, é tão cômodo ter a quem culpar. Você sabe que eu descobri que muitas pessoas não perdoam? Não é porque elas não querem, não podem, é porque elas não querem perder o álibe. Tipo, eu tô com 40 anos, minha vida tá uma droga. Ah, porque meu pai era alcólatra. Pô, cara, desde os 18 que você tem do estado brasileiro a autonomia civil
e até hoje você tá dizendo que essa é a coisa que definiu tua história. Então, veja só, o passado ele não me define, ele cria padrões que eu posso modelar. Quando eu entendo isso, tenho consciência, aí eu consigo crescer. Porque o que acontece nesse processo de de chegar aqui no segundo, no terceiro dia, que é o dia da vitória real, para não ficar apenas como uma quimera e um desejo. E finalmente eu consegui. Uhum. É que eu vou ter muitas quedas, é que eu vou errar para caramba. E a forma como eu me trato aqui
decido se eu chego aqui, se eu meprezo, se eu me sinto menor, se eu me sapoto, eu vou ficar aqui na lama, na chafurdando e sempre olhando para quem tá em cima. Aí sim, não mais desejando, só invejando. Quero sua opinião, tá? Na verdade, não opinião, ponto, seu ponto de vista. Ah, eu sempre considerei eh quando que eu que eu aprendi, quando que eu percebi que eu já estava com maturidade de de uma maturidade emocional para seguir meu próprio caminho, tá? Quando eu aprendi a falar não sem necessidade de me explicar. Sim, que eu achava
que quando alguém fala não, sem necess, por exemplo, cai você quer? Não, não quero. Sabe porque as pessoas explicam? Hã? Elas explicam. Geralmente quem pede explicação quer te dominar, quer te manipular. Um clássico, por exemplo, de uma educação narcisista, você tinha que sempre justificar o que fazia. Você só podia ser amado se fosse um filho bom ou que cumprisse os papéis todinhos que a família determinou. Que que a educação narcisista? É aquela, imagina uma pessoa que ela é tão centrada que tudo tem que ser só para ela, tá? Então, a mãe ou o pai narcisista,
e é claro que isso aqui é um rótulo que as pessoas estão colocando como modismo para achar, a culpa é que minha mãe é narcisista. E a gente tem que entender que mesmo quando de fato é um diagnóstico, é mais pra gente entender processo e não para criar desculpas. Uau! Suponhamos que sim, você foi criado por uma mãe narcisista. Suponhamos que sim, você passou por um abuso na infância. Isso explica muita coisa, mas não determina tudo. Isso explica muita coisa, mas não determina tudo. Forte essa frase, sabe? Porque às vezes eu tô falando para professoras,
eu eu tenho uma empresa de educação que a gente atua com mais de 300.000 alunos no Brasil já tem 3 anos, fica aqui em São Paulo, que trabalha o desenvolvimento das competências socioemocionais nas escolas. E eu falo para educadores aqui no mundo todo. E às vezes eu tô falando assim, tem umas, sei lá, 3.000 professoras e professores. E eu digo assim, eu vou provar para vocês que o passado não determinou quem você é. Estatisticamente, nessa sala aqui, com 3.000 professoras, tem no mínimo, no mínimo 500 pessoas que foram abusadas sexualmente na infância, estatisticamente. E você
não só não se tornou um abusador, como resolveu se tornar professor ou professora para chegar perto das crianças. Não para abusá-las, mas para desenvolvê-las. E se você acha que isso não prova que você venceu o seu abusador, você não se entende ainda. Nossa, você não reconhece sua grandeza. Você pode estar ferida, machucada, tendo nojo do seu corpo, se sentindo culpada, até achando que participou, que é muito comum em pessoas abusadas, quando nunca foi isso, porque uma criança nunca participa, ela sempre é abusada. Você pode ter muita ferida aí, mas você é muito maior do que
te abusou, porque você não desvirtuou o seu caráter e muito pelo contrário, transformou tua dor em virtude. Porque você, para usar sua palavra é uma pessoa no bom sentido, ou seja, você é uma pessoa que conseguiu. Ora, tomar consciência disso é para que a dor não estrague mais o potencial do quão mais incrível você pode ser. Então, quando você diz não, não é uma frase completa. Nossa, muito bom. Eu não preciso mais justificar. O não é uma frase completa. E outra coisa, se o meu não te fere, talvez não seja por causa do meu não,
mas porque eu não tô cabendo na tua expectativa de me manipular ou porque eu não tô cabendo na tua expectativa de te agradar. Nossa, isso é muito bom. Por isso que meu não te fere. O que não quer dizer que é normal também quando a gente diz muito sim, que a gente aprende a dizer não, cria gosto pela coisa. Aí diz até quando não deveria, mas é sempre natural que primeiro a gente, meu, eu di pros pacientes que muita gente se não fazer terapia não, porque tem gente que vai fazer terapia e piora. Sério? Piora?
Não, não acredito. Piora, piora. Mas entenda, não é porque a terapia piora ninguém. às vezes é a má condução ou da pessoa ou do profissional. Em vez de convidar você a se desenvolver como pessoa, eu reforço teu ego infantil. Uhum. Então, por exemplo, chego lá e eu chego com meu discurso de vítima, claro, todo mundo chega lá com discurso da dor, não que não tenha. Aí eu eu acolho você e te mantenho naquele lugar. Vamos dar um exemplo clássico. Coca-Cola, minha irmã, minha mãe e eu, as duas irmãs. Aqui um clássico de terapia que é
assim: "Minha mãe gosta mais da minha irmã do que de mim ou meu pai gosta mais do meu irmão do que do que de mim". Isso é um clássico na família de e que gera dor e realmente um sentimento de não tem amor para mim, eu não sou filho querido, sabe? De repente, você é o palhacinho, sua irmã é inteligente, olha como sua irmã é linda, veja como sua prima é legal, sabe? essa comparação que destrói. Comparação não não dificulta a vida, ela destrói a vida, né, de um sujeito. Mas vamos lá, tudo bem, começou,
a tua mãe te dava tudo pra tua irmã e para você não. Eu escutava muitas histórias assim, eu via na minha própria família muitas histórias assim. E aí você acolhe o paciente. Entendo como te machucou. Entendo como isso fez com que você se sentisse uma mulher menor, menos capaz, menos atraente, menos inteligente. E isso fez com que você não apostasse tanto em você. Eu entendo tudo isso. OK, entendo. Mas aqui estamos lá, tu te acolhendo. Seis meses depois, teu ego tá um pouco mais estável fazer uma pergunta assim. Agora vamos mudar o tema da terapia
hoje. Uhum. Como tá a tua irmã? Como assim? A irmã que sua mãe sempre gostou dela, que deu os melhores vestidos, você lavava louça menos ela? Ela chegava tarde, você não. Como é que tá sua irmã hoje? Senhor fazia. Sabe que até hoje ela depende da minha mãe. Minha mãe paga as colas dos meus sobrinhos. Eh, ela pede dinheiro a minha mãe emprestado, usa o cartão, não paga. Minha mãe liga para mim para as queixar da minha irmã e quando eu vou reclamar da minha irmã, ela redefende minha irmã, como sempre. Aí eu fazia hora
de bugar a cabeça do paciente no bom sentido. Ah, agora eu entendi. A tua mãe ama mais você do que sua irmã. Não, eu tô aqui há 6 meses mostrando evidências do contrário. Não, você acabou de me dar evidência. central de que ela gostava mais de você do que sua irmã. Por quê? No fundo, ela era uma mãe incapaz de ser mãe, de educar de fato. Uma mãe, como diz o Nicote, suficientemente boa. Não, não espetacular. Não existe assim. A tarefa de ser mãe, de seu pai, ela é tão erculha que ninguém dá conta com
perfeição nisso. Sim. Somos os pais possíveis, né? Ou suficientes. Por que você tá dizendo isso? Porque é como se sua mãe tivesse duas filhas e dissesse assim: "Eu tenho que destruir uma escolher sua irmã e você escapou". Porque se a tua irmã é uma adulta que depende da tua mãe financeiramente, que ela usa o cartão e não paga, até hoje ela não cresceu. A tua mãe pegou ela como se fosse uma grande árvore que fosse crescer e tratou como um bonsai. Ela nunca nunca ficou adulta. Ela ferrou com tua mãe, com tua irmã, e você
escapou. No fundo é como se sua irmã tivesse sacrificado para que você se salvasse. Eu sei que dizer isso é meio chocante e você não há de imaginar que tua irmã tinha consciência disso, nem tua mãe, mas foi o que deu. Você escapou, você é uma adulta, tá pegando tua terapia aqui e tua irmã tá usando o cartão da tua mãe até hoje com 40 anos. Ou seja, ela é um adultescente. Por isso que o Winicot dizia que uma mãe suficientemente boa é aquela que se torna desnecessária. O objetivo seu com B e com Tela
que você um dia não seja necessário, nem você, nem Fabi. Que um dia eles possam andar com as próprias pernas. Não é que eles vão deixar de amar vocês, mas vão dizer: "Agora eu dou conta". Porque você vai dizer: "Marvem, agora é com você. Eu fiz o meu melhor, eu te entrego à vida". Não é assim, cara. Você falou uma coisa eh tão eu chamo e tem um conceito de nascinta leve chamado previsibilidade e retrospectiva. Alguns algumas coisas se tornam muito óbvias, mas só depois que alguém diz dis, né? Então eu acho que a grande
acho que uma das grandes virtudes é você conseguir eh não sei, significa compreender a sua realidade, porque é muito difícil a gente compreender a nossa própria realidade à nossa volta. Porque, por exemplo, seria muito difícil ele perceber isso sozinho. Sim. Se existe essa eh previsibilidade retrospectiva, eu vou te acrescentar um outro conceito, falta de visão prospecta. Porque veja só, se eu tô, para quem é uma pessoa que tá aí na na relação, no negócio, se eu tô administrando muita dor, eu não tenho possibilidade de pensar o futuro. Calma aí, fala de novo. Se eu tô
administrando muita dor, eu não tenho capacidade de prever o futuro, de administrar o futuro, de organizar o futuro, porque eu tô só apagando incêndio. É, é por isso que eu eu vejo muita gente que faz curso de investir na bolsa e faz curso e performa tal e não consegue vencer na vida porque esqueceu trabalhar as emoções. Não se trata de quanta competência técnica eu tenho, mas de como eu tenho emocionalmente capacidade de manuseiar essas competências todas, inclusive quando nem elas derem conta de responder o caos que a vida me apresenta. Ou seja, o que define
aí, voltando aqui para esse segundo dia que a gente tá falando em que você tá dizendo tem previsibilidade retrotrospectiva, ou seja, que quando a pessoa me fala, agora eu entendi que realmente a minha irmã se ferrou e eu fiquei legal, mesmo que isso tenha gerado muita dor, mas quem ferrou mais foi ela, né? No fim da história, ela se ferrou mais do que eu. E agora eu tô entendendo isso. E a pessoa dá uma virada de olho, poxa, ela revisita a vida todinha dela. Aqui no deserto, nos dias do sono, em que, por exemplo, a
inveja, a comparação me ferra, porque a régua do outro nunca consegue medir a minha dor. A régua do outro nunca consegue medir os dias em que eu dormi, achando que eu não ia dar conta, que eu achei que eu não ia realizar e e concretizar, que eu achei que a vida não era feita para mim, que eu merecia apenas sofrer. Nunca dá conta disso para mim, só eu que posso, porque como diz Caetano, cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Então, nesse segundo dia aqui, cara, eu tenho que fazer
uma coisa que é o que todo mundo quer quando vem a lapada da vida, a traição, a falência, o projeto que deu errado, a grana que não saiu, sabe? Eu fiz um, gastei um investi para caramba, mas não aconteceu. E uma pessoa que nem tem tanto quanto eu, aconteceu e me dá uma raiva e vem uma inveja. O que é que eu quero? Eu quero me levantar. Como é que eu me levanto quando eu caio? Tem uma música brasileira que diz assim: "Sacode, levanta a poeira e dá volta por cima". Mas para fazer isso tem
uma coisa antes. Boa pergunta, né? Como é que eu levanto depois de cair? Reconhece a queda. Que que a música diz? Reconhece a queda e não desanima. Então, a primeira coisa sobre a vida é: Qual é o seu diagnóstico sobre você? imagina que eu tô vindo aqui para teu estúdio, tá? Tá. Aí eu ligo para ti, Caio. Tô indo para aí. Como é que eu faço para chegar? Você ia me perguntar assim: "Você tá chegando em São Paulo agora?" Eu dissesse: "Sim". Você ia me perguntar: "É de avião? Chegou por Congonhas ou por Guarulhos? Seria
diferente o trajeto?" Sim. Tá vindo de Santos, de carro, Campinas ou do Rio? Seria diferente do trajeto. Então você tá me dizendo o seguinte, Rossandro, para eu te dizer para onde você vai chegar, você tem que pelo menos saber onde você está. Reconhece a queda, é autoanálise. O que que as pessoas fazem de autoanálise no mundo de hoje? Nada. A galera chega em casa de um dia ferrado e vai ver TikTok, amigo, mas quer vencer na vida. Qual é o tempo que você dedica para aí? Vamos ver porque que eu fiquei tão puto hoje na
reunião da empresa. Vamos por Vamos ver porque que quando eu olhei essa coisa no Instagram, fiquei tão mal. Será que eu não tô vendo que esse mundo inteiro tá me afetando porque eu não me conheço e que se eu me conhecer, para mim autoconhecimento é o maior investimento que o ser humano pode fazer. Porque com autoconhecimento você, eu lembro demais, minha mãe, ela, eu tenho de ter atenção a hiperatividade, né? Clássico TDAH. É, até hoje tenho. Só que na minha época eu tô com 53 anos, então não tinha ritalina, vem v, nem diagnóstico, nem laudo
pra escola. tinha o diagnóstico da sociedade. Adelma, seu filho não vai dar para nada, ele vai terminar só a quinta série. Se conforme. E uma mãe que conhece o filho, não, ele vai mais longe, né, meu amor? Aí olhava aquele olhar assim 43, tipo, você não tem alternativa, porque como dizia minha sogra, loteria de pobre é escola, loteria de pobre é estudo, né? Então você tem que dar certo. E aí numa das discussões, minha mãe falando assim: "Eu sei que você não gosta de estudar, já percebi, mas você precisa dar resultados. Eu não vou te
cobrar. Eu vi que você não consegue passar o caderno limpo, eu vi que você não faz exercício. A professora já me falou que você fica desenhando na sala de aula. Eu sei que a escola te deixa infeliz, mas você precisa estudar. Então eu não vou te cobrar, mas você tem que dar resultado passar no final do ano, porque se eu te cobrar, vou te torturar. E você deve ter um jeito de aprender que eu não entendo. Ela entendia de algum modo que eu aprendi de outro modo e eu aprendo de forma auditiva, que é o
clássico de uma pessoa, por exemplo, que tem deve ter atenção, né? E aí ela chegou para mim e disse: "Meu filho, nós não temos herança para deixar para você. Nós somos uma família pobre e você tem muitos sonhos. E eu só te vou dar duas coisas para você e com isso você consegue tudo, tá? Educação e Deus. Uau! Com essas duas coisas você consegue tudo, porque eu conheço o meu filho pessoas que t tudo, mas porque não tem essas duas perdem tudo. Então vou te dar aquilo que é essencial. E a educação inclui autoconhecimento. E
Deus também que te convida a um processo de conhecer-se. Porque se se a proposta é amar ao próximo como a si mesmo, eu eu preciso saber quem eu vou amar. Eu vou amar que cara, que rossandro que eu vou amar? Que caio que você vai amar? Porque quando eu vou fazer esse processo, tem sombra, tem dor, tem inveja, tem raiva, tem sentimento ruim e eu só vou me amar se eu for perfeito. O amor é para hoje, não é para amanhã. Eu não amo o Rossandro do futuro. Eu amo o Rossandro Ferrado de hoje, que
quer ser uma pessoa melhor no futuro, mas que para ser a pessoa melhor no futuro tem que se amar hoje. E tem um paradoxo nisso que o Carl Rogers, o grande psicólogo americano, descreveu, que é o daceitação. Hum. O paradoxo da autoace aceitação é que somente quando o indivíduo se aceita, ele muda. Porque enquanto eu não mudo e fico me não me aceitando, eu gasto tanta energia me acusando que eu não tenho energia para mudança. Enquanto eu fico achando que meu irmão é mais amado porque tinha mais Coca-Cola a vida inteira no copinho dele, eu
gasto tanta energia administrando o caos dentro de mim que os meus sonhos são só quereras, porque eu não tenho força para realizar. Quando finalmente eu perdoo, quando finalmente eu paro de gritar pro mundo, olhem para mim e eu me enxergo e eu me cuido, eu tenho energia para mudar e finalmente eu saio desse deserto de dores e levantar e cair e finalmente eu chego aqui no pódio. E você falou muito de uma de uma coisa, né, que as pessoas não dão atenção pr as emoções, não dão. Só que eu sei que tem muita gente que
tem desafio, fala assim: "Cara, beleza, o pessoal fala para eu treinar, mas me Mas como que eu treino algo que é abstrato? Uma coisa é você sabe, treinar futebol, beleza? É pegar e chutar. Então, chuta a bola e tal, quanto mais repetir, melhor você vai chutar. Agora, como que eu treino decepção? Como que eu treino coragem? Como que eu treino? Treina e treina, né? É porque assim, existe uma coisa que, por exemplo, na medicina é mais fácil chegar aqui e fazer um exame aqui no ATA e pegar os apontadores biológicos e perceber que eu tô,
sei lá, com a glicemia alta, tô pré-diabético, porque tem um apontador biológico ali. As emoções não têm alguma coisa tão palpável, elas são muito idiossincráticas. Aquilo que te afeta não é o que me afeta. Imagina se tivesse um checkup disso. Eita legal, né? Você sabe quão tão quão triste você tá, quão invejoso você tá. 70% de inveja, caio mais 50% de baixa autoestima. Tô sendo aqui uma uma vibração negativa. Mercúrio retrógrado tá te afetando. Eu tô acordando com 88 de de confiança. De confiança. Bem, embora não tenha uma métrica assim, as emoções não são passíveis
dessa métrica, até porque empobreceria a diversidade humana, você pode sentir pelos resultados do seu dia a dia, no fundo, no fundo. Então, por exemplo, quanta energia eu gasto do meu dia observando os outros e quanta energia eu gasto me observando? Vamos pegar uma uma frase clássica, né? Tá? Eh, nós temos um país de Maria Cristã, então a gente pode citar muito bem o evangelho para levar autoconhecimento. Por que que você se preocupa com a trave que tem no um argueiro que tem no olho do teu irmão se tem uma trave no teu? Parece um julgamento
moral de Jesus, né? Coisa feia. Caio falando de João. Não, Caio. Caio, meu filho. Vê só, olha o tempo que você tá gastando vendo a vida de João sem ver a tua. Porque você não muda a vida de João, mas você muda a sua vida. E Freud dizia uma coisa interessante, quanto mais João fala de Pedro, mais eu sei de João do que de Pedro. Vai ser muito boa, porque eu me projeto, me revelo. Então é o seguinte, é, eu tô gastando muita energia vendo os outros aqui, por exemplo, é porque eu tô no padrão
da inveja, da comparação e aí isso vai me dar menos valia, autodestruição. Quantas pessoas eu tô seguindo que quando eu olho a postagem me dá um sentimento ruim, cara, silencia, cancela, diminui o tempo disso aqui. E não é que a internet só tenha conteúdo ruim, a gente tá produzindo conteúdo ótimo aqui pr as pessoas. Seu produto aqui é de levar consciência para as pessoas. Eu vi outros episódios. Então, ou seja, vai ouvir quem quer que você cresça e não quem quer dizer para você, olha a minha vida como é mais do que a tua vai
ouvir quem quer dizer, você quer crescer, eu posso te dar dicas, eu posso te ajudar nesse processo. Olha para esse movimento da tua vida e e percebe o quanto você pode mover-se nesse sentido, senão você vai ficar num lupen só. Então, como é que eu vou metrificar isso? Por exemplo, eu tenho muito medo da opinião dos outros e eu sei, eu tô ouvindo Caio com Rando de falar que parte do sucesso depende de dizer não, que não é uma palavra, é uma frase definitiva que eu não preciso me justificar para que eu não seja manipulado
pelas pessoas. Quando eu disser não vai ser desagradável. Uhum. Eu tenho que suportar isso. Sabe como foi que eu aprendi a dizer não? Ah, como eu era o cara do sim. Era do sim. Putz, o cara do sim que fazia trabalho pros outros. Tudo para agradar no fundo. No fundo que você quer? Olha para mim que eu tenho pouca Coca-Cola no meu copo. Não me amar o suficiente. Então, será que se eu fizer o exercício para você, você olha para mim? Será que se eu, será que se eu fizer bem muita piada no grupo, vocês
deixam ser o cara que fica no grupo? Nem que eu seja o palhacinho do grupo. Sabe quantas pessoas querem ser subalternas nas relações? E o que é que acontece quando você faz isso? acontece o contrário. Quanto mais você é carente, mais você é rejeitado, porque a carência é repelente. Muito bom. O sim, o sim constante é repelente e o não dado é atraente, cara. É atraente. Fala, fala, fala mais de, de carência, porque tem muita de, eu vi aqui umas três pessoas na minha cabeça. Olhou para alguém, olhou para alguém, olhou para alguém. Não tem
ninguém no estúdio. Não tem ninguém no estúdio. Estamos sozinho com nos filmando. Ningém, ninguém. Olha pr ninguém. Minha esposa, a gente conversa muito, a gente não suporta carência. Sabe por que que a carência carência? Por que que não suporta carência? Geralmente a gente não suporta carência por dois motivos. Porque um dia a gente foi, doeu usando terapia ao vivo aqui. Aã um dia a gente foi e no fundo no fundo a gente não suporta ver o Caio do passado. É verdade. Isso dói, pô. Aí eu já eu sei, eu sei, eu sinto isso, tá? Quando
a gente eleva o nosso padrão de consciência, a gente em vez de ficar com irritação do carente, a gente vai se tornar um colaborador dessa pessoa para dizer assim para ela: "Você não vai ser assim. É, aí hoje eu vou dar atenção o que você quer, mas não para você ficar como vítima, eu vou dar atenção o que você quer, para você saber quem você é, finalmente se tornar quem você pode e contribuir com o mundo em que quando você para de chorar e ser carente, você se torna um instrumento de ação no mundo. Seja
um instrumento da paz, da elevação de consciência, de Deus, da coletividade. Porque enquanto você tá chorando, você é mais um na multidão dos desvalidos. Quando você começar a acordar e levar consciência, você estende a mão para ajudar. Então, quero que você deixe carente. Então, vou te ajudar, cara. Vem cá. Eu lembro que vez eu tava com uma pessoa no carro e a pessoa só se esquechando da vida. Eu tentava dar uma opinião a pessoa: "Não, não sei o quê". Aí eu fiz, eu tive que ser meio apelativo. Pareceu até pode parecer se alguém cortar isso
que eu vou dizer aqui agora, que eu fui muito arrogante. Eu tô fazendo um disclaimer, porque a internet, esse mundo dos cortes aleatórios, né? Eu olhei pra pessoa e diz assim: "Ó, eu tô aqui tentando te dar algumas opiniões e você não não deixa eu te falar. Você tá no discurso da dor. A gente tá a gente tem duas horas de trânsito até o aeroporto e as pessoas pagariam muito para ficar duas horas comigo. Você quer continuar com seu discurso de vítima ou quer me escutar? Eita! É, a pessoa parou para me escutar. Sim, né?
Carente. Digo, eu não vou ficar aqui dizendo, ai você é vítima. Eu também poderia contar aqui o meu passado e os dois chorar juntos. não resolve na sua vida. Resolve te dizer como foi que eu fiz, não como se fosse a tua pauta, mas para te inspirar a fazer o teu movimento. Então o carente ele quer atenção e mendiga e diz sim. E as pessoas vendo isso abusam você, te humilham, te tratam como um lixo. Tem gente que é tão carente que prefere ser um espécie terreno baldio pro lixo afetivo dos outros do que ter
a dignidade de se amar na própria solidão. Eita! Aí fica em relações tóxicas, se aceita humilhação, traição, a pessoa faz piada e você fica. Porque no fundo talvez você acha que não merece nada melhor que isso. Você falou uma coisa, geralmente a gente não suporta aquilo que a gente já foi. É verdade. Até que de fato a gente não é mais nada daquilo e a gente entende que ter sido aquilo nos dá a missão de ajudar quem tá sendo. Sabe a pirâmide da necessidade? Sim. Eh, necessidades fisiológicas de segurança, de afeto, de status e chega
autorrealização. Percebe que pouca gente chega aqui? Uhum. Porque no status você fica dobrando apostas. Agora eu quero um carro de 1 milhão, quero um carro de 3 milhões, agora eu quero um jatinho. Não, quero um jatinho com um banheiro foliado a ouro assinado pelo designer da Luis Vitton. Não para no loop aqui do consumo. Na autorrealização acontece o seguinte, você chega lá e faz, cara, sabe o que é incrível? O que é muito massa mesmo? é descer nessa pirâmide para ajudar a galera a subir. É mais legal mesmo. É quando a gente descobre que o
melhor da grana não é o que ela proporciona pra gente, mas o que a gente proporciona pros outros. É, não é? Olha, olha o seu sorriso de leveza aí, lembrando de várias coisas que talvez o que você deu para alguém que você ama foi muito mais incrível do que quando você se deu o melhor desejo da sua vida, o carro que você sempre sonhou, ele vale menos do que um carro que você deu para uma pessoa que você ama de segunda mão, a alegria dela, o contentamento dela. É por isso que Santo Agostinho, grande teólogo,
dizia o seguinte: "Se o homem soubesse como é bom ser bom, seria bom por egoísmo". Pausa rápida no episódio. Olha isso daqui. 78% de vocês que estão assistindo esse episódio, vocês não estão inscrito no canal e vocês vão perder muita coisa. Às vezes aquele episódio que você não viu tinha o que você precisava. Então para agora só se inscreva no canal para você não perder nada. Eu tenho certeza que você vai ser o maior beneficiário disso, tá bom? Então clica agora, se inscreva e você vai garantir que tudo chegue até você. Beleza? Então volta no
episódio, se inscreva e continue assistindo. Não, deixa que eu faço. Eu eu quero fazer isso pro fulano. Eu fui, eu faço parte de uma organização não governamental internacional chamada Fraternidade Sem Fronteiras. Muito lindo o trabalho do pessoal profissional, né? Pois é. Criado por um amigo meu aqui de do Brasil chamado Wagner Moro. Não é o ator, apesar do nome seu mesmo, é de Campo Grande, mora hoje na África, tem 15 filhos adotados. E cuida de 37.000 pessoas por dia em oito países. Eu fui com minha esposa e um grupo de amigos para o campo de
refugiado de Desaleca no Malaui, que pega pessoas que vêm das guerras, especialmente da República Democrática do Congo. A nosso projeto lá chama-se Nação Bunto, que é um conceito africano que eu sou porque você é porque nós somos. Nós temos lá 1000 pessoas acolhidas, no campo tem 67.000. Nós temos projetos em oito países, inclusive no Brasil, em São Paulo também. E quando chegou lá era incrível, porque quando a gente chegava diante daquelas mulheres que vendiam um corpo no campo de refugiados por 80 centavos de real, quando os caras pagavam? Porque vinham da guerra sem marido, que
tinha morrido para dar folha de batata doce pros filhos. Não era batata doce, era filha de batata doce, mas que tinha uma grandeza no olhar. Eu nunca vi elas como prostitutas, mas como guerreiras que chegavam ao sacrifício de deitar com quem não gosta para alimentar quem ama. Isso é grandeza. E quando a gente dizia, nós estamos chegando aqui para saber se você aceita o nosso convite de você trabalhar conosco na fraternidade, ou seja, ela seria resgatada daquela vida, ela enchia o rosto de uma alegria, de uma liberdade. E quando a gente dizia isso, significava que
nós iríamos sustentar aquela mulher no campo que a gente, cada pessoa que você acolhe, né? Com R$ 300 a gente muda a vida de uma pessoa lá. A gente sentia um contentamento que a gente brigava, não, quem vai acolher essa mulher sou eu, não, quem vai acolher essa mulher? E era uma briga boa, porque a gente sentia assim a alegria de ser instrumento, de ver grandeza e e às vezes esse trabalho social é interessante porque a pessoa fica assim: "Poxa, mas tem 67.000 no campo de concentração". A pessoa me perguntou isso lá, né? Rossando, o
que que você acha que a gente tá enxugando o gelo aqui? Os cara, pra gente que tá vindo, eh, resgatar algumas famílias parecem enxugar gelo. Paraa fraternidade, que já resgata 37.000, é uma piscina olímpica. Mas para uma pessoa que é resgatada, é o oceano inteiro que muda. Então, que é gota para mim, é oceano pro outro. Eu vou continuar gotejando porque quando eu tô aqui e eu chego aqui no terceiro dia, eu descubro, cara, eu vou chegar aqui na base. Vamos lá galera, é possível. Então, se ama, se respeita, perdoa, porque quando alguém colocou mais
Coca-Cola ou menos, gerou uma mágoa em você e essa mágoa te impede de crescer. E se esse sentimento tá dentro de você, você gasta tanta energia administrando o ressentimento que os teus sonhos ficam apenas no papel. Porque todo dia você gasta tanta energia para administrar a dor que falta em você a capacidade de planejar e construir o seu futuro. É como se o passado sabotasse o teu presente, inviabilizasse teu futuro. Eu posso viver do passado, ele é inapagável, é indelével, mas eu não preciso viver no passado. Entende? Eu posso viver da marca da dor que
me aconteceu, mas eu também posso olhar para isso e perguntar assim: "O que isso me ensinou? Porque veja, a vida é todo um caráter pedagógico, não é verdade? Então eu fico apenas olhando a lição e com raiva porque eu não gostei da disciplina ou pergunto o que que ela me ensinou para que eu não precise repetir e seguir em frente. O o erro é um processo educativo, né? E a gente aprende com ele, né? Vamos combinar. E aí talvez vamos aí uma questão mais também filosófica. Talvez a forma como a gente encare a coisa tire
energia da gente. Será que é erro? pecado ou processo. Por exemplo, seus filhos aprendendo a andar. Uhum. Quando eles caíam, eles estavam pecando. É processo. Tavam errando. É, é processo. Quando eu tô aprendendo a ler e eu gaguejo, eu errei ou pequei ou um processo? Processo. Quantas coisas eu chamo de pecado ou erro quando na verdade é processo. E quando eu boto pecado e erro, eu boto carimbo moral e começo a me sentir menor. E você também me julga. Mas quando entendo, é o processo, eu estou melhorando. Porque veja só, tava conversando com uma pessoa
uma vez, ela ligou para mim dizendo assim: "Poxa, eu me sinto uma pessoa muito ruim, merecedora, porque vem tanto pensamento disfuncional na minha cabeça, eu penso tanta merda". Ela disse exatamente isso. Eu disse: "Olha o que é perspectiva, né? você me contando isso e eu te conheço há tanto, há tanto tempo e eu acho que você é incrível porque eu penso muita merda, porque só pensa, não faz nenhuma das coisas que você pensa, porque eu não controlo necessariamente os pensamentos, mas quando eu não faço o que os pensamentos me dizem, eu sou mais forte que
eles. Ou seja, eu não posso não pensar a besteira, mas eu posso não fazer as besteiras que eu penso e aí eu tô sendo Senhor da minha vida. Até que um dia de fato, nem a besteira eu pense mais. Mas se eu me julgo porque o pensamento vem, eu não entendo que faço parte do processo. Eu penso, mas não realizo. Eu fazia uma palestra nas empresas que vendia pouco porque era assim, conflitos no ambiente de trabalho. Aí eu mudei o título. Você colocou o quê? Como conver com os colegas de trabalho sem vontade de matá-los?
Se precisar, viu, gente? Tô aqui, tamos junto. Mas pela alegria da galera, eu já senti aqui duas vezes que eu vim que a galera gosta de estar aqui. Então assim, o que a gente entende é: "Eu posso sentir vontade, mas aquela vontade não determina quem eu sou. A minha escolha final de não ter o comportamento, que o sentimento que tá querendo trazer, diz que eu sou mais forte que ele. É processo." E é isso que eu ponto. Por que que é tão difícil esse diagnóstico, a gente perceber isso sozinho? Porque o caminho, o que você
falou agora é brilhante, é brilhante dessa pessoa. A pessoa que pensa besteira e não faz, olha a força que essa pessoa aqui. Então a pessoa já tá resistindo, ela tá num processo de melhoria absurda, grande muito grande. Mas de novo, por que que é tão difícil a gente um autodiagnóstico, né? Porque primeiro a gente esse autodesenvolvimento, vamos voltar as questões iniciais. Qual é o estímulo que o mundo que a gente tá, esse sabe o conceito alemão desite gast espírito da época? Sim. Qual é o estímulo que esse mundo que a gente tá, Caio, dá? pra
gente se conhecer é pouco. O dia inteiro a sociedade nos chama para distração e fuga de si. Pelo álcool, pelos vícios de todas as ordens digitais, qualquer coisa. É sempre distração. Não é tão gostoso ficar horas no feo infinito das redes sociais vendo um videozinho engraçado, uma piada ou vendo a vida dos outros. E é tão doloroso chegar em casa e dizer: "Cara, eu sou ridículo". Às vezes que pensamento ridículo. Eu digo no carro, Rossandro, cara, melhora. Eu falo alto no carro, sabe assim, pr, cara, melhora, velho. Ajuda, ajuda a ecologia é é energética do
mundo. Se você deixar de pensar besteira, melhora, melhora o planeta. Já tem muita gente pensando besteira. Seja uma pessoa. Eu digo isso brincando comigo que hoje eu não me julgo quando eu identifico. Quando digo assim, melhora, não é melhora, cara. Melhora. Vamos lá. Você você pode mais, né? É só um pensamento. Você dar um exemplo para você. Uma vez eu atendi uma menina de 14 anos que tava com ideação de seifar a própria vida. E a mãe disse assim, ó, não posso deixar ela com você porque ela é uma menina. Era de uma religião muito
sectária, assim, muito, né? Eu digo: "Ó, se a senhora não confia na minha ética profissional, vou encaminhar sua filha para uma mulher, mas eu não atendo ninguém com alguém do família dentro do consultório, porque aí eu vou est atraindo a minha, vou est atraindo a minha ética de profissional". Ela: "Não, tudo bem, porque disseram que você ia ajudar, então a senhora vai ter que confiar". A mina tava com ideação de seifar a própria vida. E aí eu perguntei: "Por quê?" Ela disse: "Eu tenho um pensamento sobre Deus que é tão terrível que eu já vou
pro inferno. E como eu já vou pro inferno, eu vou logo. Cansei de esperar. Então me conta. Se eu contar, você vai pensar o que eu tô pensando. Se você pensar, você vai também. Eu fiz, a gente vai junto. Me conta. Aí você tem que se colocar no lugar dela. 14 anos, uma pessoa que tem um profundo respeito por Deus e que tinha uma visão de Deus muito sectária, fundamentalista e disse assim: "O que que você pensa? Eu toda vez que tô lá na minha religião específica, tal, eu fico vendo Deus no banheiro fazendo cocô.
Isso é tão indigno que eu vou, né, pro inferno. Por isso, qualquer movimento meu de julgamento condenaria ela fim, né? Aí eu cheguei para ela e fiz assim, fiquei curioso agora quer ele também peida. Ela riu. A, eu tô rindo esse é porque esse é só um pensamento. Não é mais nada do que isso. E olha, quando diz que Deus é nossa imagem de semelhança, não necessariamente é física. Provavelmente ele não tem corpo, não come, logo ele não vai no banheiro. Então, e a gente é incapaz de afetar Deus. É só um pensamento. Isso não
define quem você é. Você ama seus pais? Amam. Você ama Deus? Amo Deus. Você procura fazer o que ele preconiza paraa sua vida, preconiza. Essa é você, não seu pensamento. Entende a diferença? Uhum. Só que a gente tá num momento da história em que vivemos crises conjugadas, simultâneas. Esse é o momento de maior risco psicológico da história humana. Sério? É, eu considero, não eu, mas todos os especialistas, né, conhecem o conceito de tempestade perfeita? Tempestade perfeita é quando um conjunto de eventos climáticos se somam por uma tempestade avacaladora. Uhum. Chama-se tempestade perfeita. Nós estamos num
período de tempestade perfeita por causa emocional humano. São tantos os riscos que é por isso que alguns pais se cobram. Minha avó teve 20, eu não consigo dar conta de dois. Tua avó não tinha que lutar contra a internet, o TikTok, o Instagram, Facebook, influenciadores, ódio, divisão política, geopolítica conflitante, guerra, não sei o quê. Era desafios menores, era mais fácil. E um irmão criava outro também. Era muito assim. E às vezes você pode, assim, a gente poderia fazer assim, a há alguém Rando que possa fazer isso e a gente ter essa análise prospecta, né? A
gente pode ler no Arari, como a gente sabe que ele é um grande pensador, o Banchan, filósofo coreano, que vão dando dicas pra gente, mas eu queria pegar um cara dos anos 90 que fez uma previsão dos dias de hoje. Topa? Hum, top. Tá, ele é um poeta bem conhecido. E ele fez uma análise que chega nos dias de hoje. Olha só, 1990, década de 90. É vê o que que ele faz. É um brasileiro, tá? Você você vai saber sa quem é ele fazendo tudo atenção aqui, né? É. Você sabe quantos anos você tem,
Caio? Tem dizer. Pronto, tá. Eu tenho aqui uns uns 15 anos a mais que você, mas talvez você tenha pegado a época das locadoras de fita gás. Peguei, peguei. Devolvi rebuinada para não pagar multa. Exatamente. Você é da época de sessão da tarde, tela assente, né? Imagina a pandemia nessa época. Seria um caso, lagoa azul 10 vezes. É a faca de chocolate. Curti a vida doado. Imagina quando a gente usava conga que chute bamba. Era o que tinha de todos na época. Porque entr numa loja hoje tem opções para caramba. A gente chegava em casa
e só tinha aquele filmeção da tarde, a gente assistia. chegava na locadora, tinham locado os lançamentos, a gente pegava para não perder o rolê com a namorada, pegava qualquer fita, não era assim, e ia para casa, vivia qualquer filme trash, porque tinha locado o filme, tinha pagado e tinha que devolver rebuinado. E era a sensação de que tudo era mais complicado e ao mesmo tempo você tinha muitas privações. E hoje você pode chegar em casa à noite, tipo, ah, vou ver um pouquinho de sério. Aí você começa vendo alguém que fala de série no Instagram,
no TikTok. Ah, fulano ou então, ah, porque o Joj me recomendou Randú tal, não sei o qu, eu vou ver. E aí quando chega sua esposa, aí bota na Netflix, vê 10 mais bombando, ah, vamos ver a Apple TV, aí olha lá, aí depois vai para Amazon Prime, Global Play, vai para tudinho. Aí uma hora depois já aconteceu com você e você foi dormir e não viu nada já. Ó o que é que esse poeta diz sobre o tempo de hoje. Parece cocaína, mas é só tristeza. Renato Russo, parece que é tudo tão fácil, tanto
tênis, tanta coisa e nunca tivemos tanta liberdade política, tanto crescimento material e tantas pessoas tristes, deprimidas, duvidando de si, pensando em seifar a própria existência. Então, parece cocaína, mas é só tristeza. Lança-se isso aqui com promessa de conectividade. E hoje nós nos conectamos a estranhos e nos desconectamos de pessoas importantes em casa. E vivemos todos só nesse Black Mirror, espelho preto, solitários, como eu vi ontem no shopping, as pessoas, os casais se ignorando, cada um com seu smartphone. E por causa disso, muitos temores nascem do cansaço e da solidão que vivemos hoje. E o que
é que isso gera na música? descompasso, desperdício. E ninguém te escuta. Uhum. Ele diz assim: "Dissestes que se tua voz fosse ouvida, acordarias não somente a tua casa, mas a vizinhança inteira". E há um declínio tão grande em na era da pósverdade, tudo é duvidado, a justiça, a política, a fé, tudo entra em cheque que há tempo nem os santos sabem ao certo a medida da maldade. Por isso há tempo são jovens que adoecem. É o nosso tempo de múltiplas crises de sentidos simbólicos, mas ele diz uma chave no final da música, ele não fica
só no diagnóstico, mas meu amor, disciplina é liberdade e a licença poética, né, para na mesma palavra eu ter disciplina e liberdade, porque disciplina parece prisão e você fala muito no livro. Sim, mas só quem tem disciplina de fazer o que tem que ser feito no segundo dia é quem vai ter a liberdade de chegar no terceiro. E quando chega no terceiro, compaixão é fortaleza. Então você percebe que nos dias de hoje há uma responsabilidade sobre você, sobre mim, sobre qualquer pessoa que tem uma visibilidade na internet de entender que isso é só instrumento de
servir. É muito menos sobre o meu ego. Exato. E muito mais sobre a minha entrega. É muito mais sobre aquilo que eu vou levar pras pessoas do que aquilo que eu recebo delas. Tem uma música da família CM, inclusive Nana Cimi faleceu nessa semana aqui agora, enquanto a gente tava gravando podcast, diz assim: "Tudo que você tem não é seu, tudo que você guardar não te pertence, nunca te pertencerá. Só é seu aquilo que você dá." Ao final dessa jornada, nós só vamos levar o que nós entregamos, nada do que acumulamos, nada contra ter coisas,
mas elas são eh objetos que apenas devem se ver a uma missão maior, um propósito. Porque no fundo, no fundo, nessa crise de sentidos, se ser bom é tão bom que eu seria egoísta, queria ser melhor do que você em ser bom, como diz Santo Agostinho, eu entendo que o que significa eu não vim para servir, para ser servido, eu vim para servir. É que isso aqui é um instrumento. A tua visibilidade é um instrumento. A minha visibilidade é um instrumento. chegar aqui para nós. Pode ter até sido movido pelo ego, pela dor, mas é
preciso chegar aqui com consciência de entender eu tenho responsabilidade com os outros para que eu também consiga fazer com que mais pessoas cheguem aqui, para que mais pessoas eleve o padrão de consciência, para que mais pessoas consigam perdoar mais, para que mais pessoas se amem e assim possam de fato amar. E a gente de fato tem uma humanidade que de fato merece o o título de humanidade, não de projeto de humanidade como nós temos hoje, em que o ódio, a divisão toma conta dos corações, em que eu seja de fato um instrumento da paz e
não o cara que toca fogo no parquinho e que aumenta a discórdia, que eu seja realmente uma pessoa que serve e que entenda que tudo que me é ofertado e todos os espaços que me são abertos é para construir potências nas outras almas. para tentar pagar um pouco da conta impagável do amor de Deus derramado na minha vida. Porque como diz Gonzaguinha, uau, se nós somos um sopro do criador numa atitude repleta de amor, que possamos soprar isso na vida dos outros todos os dias. Nossa, sempre, amigo, fazer isso. Caraca. Caraca. Sabe o que é?
Acho que é esse podcast é um convite. Esse podcast é um convite pro respiro. Sim. Se aceitar, se amar, se respeitar, entender tua dor, saber que doeu porque alguém gostava mais de do outro que de você. Mas isso não define quem você é, não vai definir tua vida. sabe que você inveja não é menor por isso, porque você não é só esse. Você é o pai que sai da casa, acorda cedo, pega o engarrafamento, passa três horas e volta para casa para botar teu filho na escola para ir mais longe onde você foi. Você é
esse cara, você é essa mulher que acorda, vai também trabalha, ajuda teus filhos. Você é essa pessoa, você não é só essa pessoa que viu que a outra tá mais bem vestida de você e ficou mal por isso. Você é sobretudo essa pessoa grandiosa. Existe talvez uma coisa, sabe, cai hoje no mundo da coisa de você achar que só as pessoas que tm uma vida digna de nota são as pessoas celebradas, as celebridades. É como se houvesse um mantra no mundo doente que a gente tem hoje de que uma vida comum, uma vida ordinária, é
uma vida ordinária no mau sentido da palavra. Mas eu pergunto para para você que tá aqui comigo e para quem tá nos vendo nesse vídeo aí, talvez de madrugada acordou e quis uma coisa e chegou aqui, não foi por acaso, né? Se você volta para casa e você tem onde dormir e tem pessoas te esperando, isso é extraordinário. Isso nunca foi ordinário. Se você tá no reveon aí da sua casa, imagina que você quem nunca, né, olhar assim, ah, eu queria passar em Dubai, em Nova York, na Champions LZ em Paris, eu queria estar em
Copacabana, de repente você tá lá com a sua família na sua sala ou no quintal, aquelas mesinhas de plástico, a crise grande você comprou uma cidra, mas tá cercado de quem você ama. Isso é extraordinário. Posso ser que tinha muita gente em Nova York soltando um champanhe com montes estranhos. Isso é ordinário. Extraordinário. As coisas já existem do seu lado. Tem uma música bem conhecida aqui de São Paulo, né? Demônio da Garua, não posso ficar nem mais um minuto com você. Sinto muito amor, mas não pode ser. Moro em Jaçanã. Se eu perder esse trem
que sai agora às 11 horas, só amanhã de manhã. Olha a frase mais linda. E além disso, mulher, tem outra coisa. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar. Você pode ser a pessoa mais pobre do mundo. Se tem uma mãe que não dorme enquanto você não chegar. Você tem uma vida extraordinária. Nossa, minha mãe amava essa música. Eu sei que tava por causa dela. Minha mãe amava essa música. E hoje sua mãe não tá mais aqui, não. Nem a minha. Não dói saber que ela não dorme enquanto a gente não chegar. É. Uma vez
eu tava chegando em minha mãe faleceu, eu tinha no dia seguinte que viajar pra Europa tinha palestras lá e claro que eu cancelei a agenda, mas eu tive que voltar para fazer agenda depois. E aí quando eu tava voltando de Viena, fiz uma conexão em Lisboa, liguei pra minha esposa, que eu sempre fazia isso e pra minha mãe, porque era um um condicionamento psicológico. E o chip da minha mãe tava ativo, porque como ela teve luproso pulmonar, então tinha muitas cuidadoras, equipamentos que estavam tirando da casa. E o telefone tocou, ela não atendia, óbvio. Mas
eu, minha mãe não atende tão rápido, aí eu lembrei que ela não ia atender e eu tinha oceano atlântico para atravessar com uma escolha, duas, aliás. Ou eu ia chorar toda a viagem lamentando porque eu não escutaria. Meu filho, Deus lhe abençoe e volto para casa em paz. Minha mãe te ama, tá te esperando ou eu passaria todo esse tempo agradecendo por todos os Deus te abençoe que eu ouvi e que me tornou, que eu me tornei. Não se trata do que eu não escuto mais, mas de tudo que eu escutei. Não se trata delas
não estarem aqui, porque elas estão aqui, Caio. Elas estão é em 50% do DNA, 50% do meu em cada memória, em cada letrinha encoberta, sabe? Em cada vitória que a gente pensa, foi por você. Você fez parte disso. Então, a vida de todos nós é extraordinária. Se comparar é que torna a vida ordinária. Olhar para si. Por isso que Yung dizia, quem olha para fora sonha, mas só quem olha para dentro acorda e realiza o sonho, né? Então o convite hoje para que as pessoas olhem para si, olhem, olha o teu redor, quanta coisa extraordinária
você já tem. Você pode estar aí agora vendo esse podcast com seu filho do lado dormindo, porque você quer vencer na vida, quer empreender. Que legal, talvez por ele, por ela, né? Que bom. Mas já tenho coisas incríveis do teu lado. É preciso ver esse extraordinário que acontece. É preciso olhar o milagre que tá dado, senão fico sempre achando que lá na frente tem e eu não consigo colher as pétalas do meu jardim que tá sendo plantado no caminho. Ah, no respiro, né? Ah, a gente que é a geração que pula os áudios, que bota
tudo no vezes dois, que não vem introdução de vídeo, que já começa algo, não vem da hora de acabar, já querendo pro último episódio. Então, nesse nesse mundo da super aceleração, quem sabe respirar e dar pausas é rei rainha, né? É porque você diz pro mundo o seguinte: "Quem determina a velocidade da vida sou eu, não vocês". Tem hora que a gente acelera, faz parte. Tem hora que a gente tem que dar pausa, senão a vida faz por nós. E quando a gente diz sim para todo esse mundo acelerado, vem um AVC, é pro corpo
parar, vem um ataque cardíaco. Às vezes alguém que a gente ama adoece, a gente tem que parar. Então, é preciso que a gente pare por consciência, por escolha. É preciso que a gente faça as coisas com consciência do que tá fazendo para saber agora eu tô pausa, né? Eu faço muito isso hoje em dia. Eu eu tenho uma rede social, tal, mas tem coisas que eu não faço. Eu teria muito mais seguidores se eu fizesse stories, mas não faço stories. Não faço stories. Por quê? Não tô condenando quem faz. É porque para mim geraria um
sofrimento psicológico e uma e uma e uma um pensar toda vez sobre aquilo que eu preciso est ajudando, conversando, lendo. Eu quando tava vindo para cá, eu queria ficar em silêncio para me concentrar no que a gente ia falar, mas o Uber queria conversar comigo e eu queria e eu não podia não conversar com o cara. Eu digo: "Pô, Deus me mandou para ser um cara que acolhe. Vou ficar em silêncio. Não vou, vamos começar o podcast agora, amigão. O que é que você tem?" E o cara foi desabafando a vida dele. Ah, porque eu
sigo você quando eu vi que era você. Sabe isso. Uma vez eu cheguei, eu cheguei em Curitiba à noite no aeroporto. Essa cara, essa foi a, foi a mais incrível, cara. Eu cheguei no aeroporto à noite, que é uma cidade vizinha Curitiba, São José dos Pinhares, né? Peguei Uber, o cara, poxa, era eu eu tem pouco rossante no Brasil, eu queria saber se era você mesmo, cara. Eu te sigo para caramba. Ó, tá dando 50 minutos pro hotel. Então eu sei. Então é o tempo de uma sessão, mas era 2 da manhã, caiu doido para
dormir. Aí eu lembrei, lembrei, lembra do dia que você pediu a Deus para est aqui, né? Então tá, vamos lá. Você tá querendo conversar comigo? Sim. Porque você, ouvi você falando num podcast uma vez que todo o trabalho é digno e que todos eles têm sentido, mas eu faço uma coisa para mim que não tem sentido. Ser Uber, não, Uber era um outro profissão, é porque eu ganho mais na outra. Mas tenho até vergonha de falar para ela. Eu pensei: "Meu Deus, eu peguei um traficante e o que que eu faço?" Eu fiquei no amanhã,
né? Depois da manhã, será que eu vou pro forno microondas? Que eu faço a estratégia de você ridiculariza o seu pânico para ele perder força. Eu comecei a brincar com a situação, né? Aí perde força. Aconteceu comigo uma vez, eu te conto num metrô. Aí, mas eu tô OK. Eu vou te ajudar, mas preciso saber o que você faz. Eu esqueci o nome da profissão, mas é a pessoa que higieniza e cuida dos cadáveres quando chega nos nasquelas empresas que trabalham com enterro n valóri. Então você veja, eu chego, as pessoas chegam lá e eu
tiro sangue. Se for um acidente, eu coloco o rosto no lugar, eu boto o nariz, eu meio que crio, é quase uma cirurgia plástica, eu maqueio para ir pro velório. Eu não vejo sentido nisso. Olha, certamente o corpo humano é uma das coisas mais lindas do mundo, viva. É uma das coisas mais terríveis de ver morta, inegavelmente. Mas vamos criar uma situação hipotética para você entender o sentido do seu trabalho. Imagina que dona Marta que mora aqui em Curitiba à noite, o filho foi sair pr pr com os amigos na moto dele com 18 anos
e a mãe pediu naquela noite: "Filho, só hoje? Só hoje não sai. Mamãe tá pedindo, o coração dela tá pedindo para você não sair". Mas ele tinha 18 anos. Ela podia fazer o que? Ele saiu. Ela não conseguiu dormir, ficou em casa a noite inteira acordada. E aquilo que ela mais temia aconteceu. O telefone tocou, intuitivamente ela já sentiu que alguma coisa tava errada. E quando ela atendeu, era um policial rodoviário federal dizendo que o filho dela tinha morrido num acidente de moto. E você tá lá no seu plantão à noite, no seu trabalho aspas
sem sentido, e chega o filho da dona Marta, que você não conhece, que você não tem afeto por ele, mas tem responsabilidade sobre o que faz. O traumatismo craniano quebrou o capacete e metade do rosto dele foi deslocado. E você, sem conhecer dona Marta, nem o pai, nem os irmãos, você cumpre seu papel. você deixa o corpo dele o mais próximo do filho que ela abençoou naquela noite da última vez. No outro dia, o luto dela não vai diminuir, a dor dela não vai diminuir, mas por seu trabalho, ela vai poder olhar pro filho e
não sentir chocada, porque você com seu trabalho, cujo sentido é minimizar o impacto da dor de alguém lutado, cumprir o seu dever. Então, sim, tem sentido. Tudo que a gente faz, a gente consegue encontrar um sentido, consegue encontrar uma entrega sobre que o outro tá passando. O que que vai acontecer na ponta quando o que eu estou fazendo chegar no coração do outro? É, é sempre se perguntar isso quando a gente sai. Como é que eu vou impactar o outro lá na ponta? Porque senão você começa a ficar preso na rotina, é só documento, assinitando
papel e esquece que aqueles papéis vão chegar a vidas no final e aquela rotina vai impactar pessoas. No fim, nós estamos todos servindo uns aos outros, não é? É uma cadeia de serviço em que nós servimos. O mundo doente é que coloca: "Você é melhor do que eu, porque você serve e ganha mais do que eu e você pode botar uma carona porque você é mais do que eu." Não é, é o mundo de suas doenças. Nós servimos. Alguns servem mais e por isso compensam, recebem mais porque servem mais. Outros servem menos, mas todos servem
e nenhum de nós estaria aqui sem serviço. Para que isso tivesse acontecendo aqui agora, quantas pessoas vieram aqui antes, higienizaram a sala, ligaram as câmeras? Tem gente aqui nos acompanhando, tem gente aqui chorando, tem gente aqui rindo, tem gente aqui curtindo, tem gente aqui pensando nas vidas, ou seja, tem tanta gente, as pessoas que vão fazer os cortes, as pessoas que vão republicar e repostar, é uma cadeia de afeto. Acho que a gente precisa olhar essa delicadez humana acontecendo, porque tem tanto bope o mal. Eu tenho um jargão com meus amigos, né? Eles sabem. Meu
jargão é: "Se o crime é organizado, organizemos o bem". Muito bom. para que a gente entenda que a gente na verdade precisa, apesar das diferenças, perceber tudo que nos une. Às vezes tem uma diferença religiosa, diferença política, mas o desejo de tornar o mundo melhor é o mesmo. Então, cara, fazemos parte de um grande partido que é dos seres humanos que querem o mundo melhor e não só desejam, mas fazem o mundo melhor. Então, a gente tem tanta coisa em comum que as pequenas divergências são completamente insignificantes. E esse é o movimento da gente, de
entender que nós estamos servindo e da dignidade. A gente tem que dar visibilidade à bondade humana. Caio tem muito bope no mal. Lembra quando aquele e menino adolescente matou o a mãe matou a irmã, foi na padaria, foi na academia, esperou o pai voltar para matar o pai. Acho que e naquele dia eu dei entrevista para várias emissoras de TV e rádio, enfim. E a minha frase começava assim, a pergunta do jornalista era sempre: "Randro, o que está acontecendo com a humanidade?" E eu disse: "Você sabe que antigamente a coisa mais como era matar o
pai? Antigamente era assim: rei morto, rei posto. Geralmente o filho, príncipe matava o pai rei e assumia imediatamente o reinado. Era a coisa mais comum do mundo. Hoje nós nos chocamos porque nós evoluímos como civilização. E esse menino, esse rapaz aí, ele não representa os filhos do mundo. Ele é uma distorção. Milhões de filhos do mundo hoje estão esperando os pais chegar para dar um beijo de boa noite. Esses são os filhos do mundo, não esse. Nós temos que lembrar disso. O mal tem muita visibilidade, mas o bem é preponderante e silencioso diariamente acontece nas
pessoas. Palmas, gente. Palmas para quem está aqui nesse cara, foi muito bom o episódio. Muito, muito, muito, muito. Ô, Sandro, para todo mundo que quer tá mais perto de você, acompanha seu conteúdo, como é que faz pras pessoas, cara? E que papo. Tenho certeza que as pessoas aqui estão refletindo, já vão abrir espaço no na sua agenda para pensar na vida. para refletir e colocar isso com um ponto para todo mundo que tá acelerando. É muito bom você acelerar, só que é muito bom você pensar também, pausar, pensar, refletir, pausar, pensar, refletir, saber onde tá,
para onde vai, saber onde tá, para onde vai, o que quer, o que não quer mais. Então, mas como é que faz pra pessoa est pertinho de você, conhecer mais o teu trabalho? Te tá gente, as redes sociais hoje é um lugar que a gente pode acessar as pessoas, né? Não faço histórias, então me desculpa, você não vai saber o que eu tô comendo, onde eu tô chegando, o que eu tô fazendo. Mas diariamente, em todas as minhas redes sociais, eu tô ali tentando levar o melhor pras pessoas. Eu tenho todo dia de manhã na
CBN eu tenho uma coluna chamada Refletir para Viver. 6:30 da manhã eu entro com uma reflexão de 6 minutos no jornal da CBN. Ao vivo, eu entro nas quartas-feiras à tarde, 4:20. Todo domingo de 1:10 eu entro ao vivo. Eu faço um podcast ao vivo todo domingo 10 da manhã. Comecei na pandemia. Que legal. Já fazem 4 anos. Eu comecei com objetivo de cuidar de mim. É cuidando da alma. Tava mal, queria cuidar de mim e quis compartilhar esse cuidado. Terminou a pandemia, eu quis acabar o pessoal, não. E agora todo domingo de manhã, eu
estou lá 10 da manhã com as pessoas ao vivo cuidando da alma para você acompanhar. Redes sociais. Minha mãe foi meu original. Não tem um outro Rando Cling no Brasil, só tem eu. E como dizia Marg Cortela, Rossandro, não sei se você sabe, nós somos os únicos palestrantes VIP do Brasil. Se é Cortela. Por quê? Porque eu sou vindo do interior do Paraná e você é vindo do interior da Paraíba, só tem nós. Então, na verdade, esse livro com Cortela que eu lancei agora ou com a Luelena, enfim, né? Também tem os os programas de
desenvolvimento emocional que eu tenho alunos em 32 países, são 30.000 pessoas que eu trabalho com elas duas coisas. Um programa é aprendendo a se amar e parar de sabotar e o outro é o alma leve, aprendendo a perdoar e perdoar-se. Que legal. O objetivo é sempre levar as pessoas a um novo patamar de consciência. Contem comigo para isso. Bom, muito bom. Ah, continua, continua esse trabalho lindíssimo. Que você você consiga inspirar muita gente. Adorei, adorei te conhecer. Alegria, cara. Adorei bater papo com você. Adorei as suas ideias, suas reflexões. Ah, e obviamente você que tá
em casa, eu tenho certeza que você também pegou algum ótimo insight, alguma boa provocação que você vai levar pra sua vida. Eu tenho duas recomendações para você. Primeiro, você que tá assistindo esse podcast, nosso canal e não é inscrito, você viu como você não pode perder nada? Faça isso agora. Se inscreva no pod no no canal do nosso podcast e não perca mais nenhum episódio e compartilha este link aí. Se você tá assistindo plataforma de stream também deixa a sua avaliação também, siga nossos nossos canais, mas compartilha no teu grupo de família, de trabalho dos
amigos, que tem um monte de gente ao seu redor que precisa também ouvir essa mensagem e de novo rostando. Obrigado. Eu que agradeço, Cai, pela sua participação. Precisamos só chamar. Estamos juntos. longa e próspera a todos nós e aqui nos v você e você em casa. Uma ótima semana, fica com Deus e até semana que vem. Tchau.