Zeca Pagodinho estava em seu sítio em Xerém, região da Baixada Fluminense, quando recebeu um telefonema de seu empresário. Era uma terça-feira comum, com aquele calor típico do Rio de Janeiro. Enquanto regava suas plantas e alimentava seus cachorros, Zeca ouviu a proposta que mudaria sua semana.
Zeca, o programa do Ratinho quer você como atração principal no sábado. Eles estão comemorando um especial de samba. Coçando o queixo, Zeca hesitou.
Nunca tinha sido muito fã daquele tipo de programa. Preferia ambientes mais tranquilos, rodas de samba entre amigos, sem toda aquela exposição midiática. Não sei não.
Esse ratinho sempre apronta com os convidados. O empresário insistiu argumentando que seria uma boa oportunidade para divulgar o novo trabalho. Antes de continuar com a história, por favor, clique no botão gostei e se inscreva no canal.
Sua ajuda é muito importante. Relutante, Zeca acabou aceitando, mas com uma condição. Tudo bem, mas avisa que não quero palhaçada.
Vou lá, canto minhas músicas e pronto. No dia seguinte, a notícia já circulava nas redes sociais. Fãs comentavam que seria um encontro inusitado, o autêntico sambista carioca no programa Sensacionalista de São Paulo.
Alguns amigos ligaram para Zeca, alertando-o sobre as pegadinhas famosas do apresentador. Enquanto isso, nos bastidores do SBT em São Paulo, Ratinho discutia com sua equipe de produção. Com seu jeito característico e voz forte, o apresentador planejava algo especial para a participação do sambista.
Quero algo diferente. O Zeca é conhecido por ser espontâneo. Gosta de cerveja, de samba.
Vamos preparar algo que o deixe desconfortável, que quebre aquela pose de malandro carioca. Os produtores se entreolharam preocupados. Mexer com Zeca Pagodinho poderia ser arriscado.
Sua autenticidade e sinceridade eram justamente o que o público mais admirava. Sábado chegou mais rápido do que Zeca gostaria. Embarcou no aeroporto Santos do Mon com seu inseparável chapéu de palha e óculos escuros, tentando passar despercebido entre os passageiros apressados.
Não deu certo. Logo foi reconhecido e abordado por fãs que pediam fotos e autógrafos, aos quais atendia com seu característico sorriso discreto. Durante o voo para Congonhas, Zeca ficou pensativo.
Não era de se preocupar com aparições na TV, mas algo o incomodava. Tomou um gole da cerveja que havia conseguido a bordo e tentou relaxar. É só mais um programa", pensava consigo mesmo.
Ao desembarcar em São Paulo, um motorista já o aguardava para levá-lo diretamente aos estúdios do SBT. No caminho, observava a paisagem urbana paulistana, tão diferente do rio. Os altos prédios, o movimento intenso mesmo aos sábados, aquela pressa que nunca entendeu.
"Essa cidade não para nunca, né? " Zrenia comentou com o motorista. São Paulo é assim mesmo, seu Zeca.
Trabalho, trabalho e mais trabalho. Ao chegar aos estúdios, foi recebido pela produção com certa frieza. Levaram-no para um camarim simples, onde deixaram algumas cervejas e petiscos.
Zeca olhou ao redor, ajeitou seu chapéu e decidiu relaxar do seu jeito. Nos bastidores, a equipe do Ratinho finalizava os preparativos. O apresentador, com seu jeito característico, gesticulava muito enquanto dava instruções finais.
Quando o Zeca entrar, vamos começar falando do samba, das músicas dele. Depois, de repente, eu solto que um ex-produtor dele tá aqui e quer falar sobre uns pagamentos atrasados. Quero ver como ele reage.
O diretor do programa parecia preocupado. Ratinho, tem certeza? O Zeca não é qualquer um, ele tem respeito nacional.
Por isso mesmo, quanto maior o nome, melhor a repercussão. Zrenia Ratinho batendo o bastão na mesa, como costumava fazer quando estava animado com uma ideia. Nesse momento, um assistente entrou correndo.
Seu Carlos, acabei de passar pelo camarim do Zeca. Ele tá lá tranquilo, tomando uma cerveja como se estivesse num bar. Ratinho sorriu vendo que seu plano poderia funcionar ainda melhor do que imaginava.
Imaginava as manchetes dos portais de notícias no dia seguinte, Zeca Pagodinho perde a compostura no programa do Ratinho. Enquanto isso, no camarim, Zeca não fazia ideia do que o aguardava. conversava animadamente com um assistente de palco sobre os bambas do samba de antigamente.
Sua simplicidade conquistava até mesmo os funcionários mais acostumados com celebridades. O negócio é o seguinte, meu camarada. Samba não tem frescura, é coração, é verdade, filosofava Zeca já na terceira cerveja.
Faltando meia hora para o início do programa, a maquiadora entrou no camarim para preparar Zeca. Com seu jeito descontraído, ele brincou: "Moça, não precisa de muito trabalho não. Esse rosto aqui já tá marcado pelo tempo mesmo.
" Ela sorriu, aplicando apenas o básico para as câmeras. Zeca mantinha aquele olhar tranquilo, de quem já tinha visto muito na vida e não se abalava facilmente. Nesse momento, seu celular tocou.
Era Bet, sua esposa, preocupada. Zeca, tá tudo bem por aí? Cuidado com esse ratinho, viu?
Ele gosta de aprontar. Fica tranquila, Bet. Não tem armadilha que pegue macaco velho.
Respondeu com sua sabedoria característica. Enquanto isso, o auditório já estava lotado. Fãs de Zeca Pagodinho tinham ido especialmente para ver o ídolo.
A plateia do programa, normalmente barulhenta, parecia curiosa para ver o encontro daquelas duas personalidades tão diferentes. Nos monitores dos bastidores, Ratinho observava o movimento, ajustando seu plano. O falso ex-produtor estava posicionado, pronto para criar o momento de constrangimento.
Estamos no ar em 5 4 3. O diretor de palco fazia a contagem regressiva enquanto o Ratinho ajustava o microfone na lapela. A música tema do programa começou a tocar.
A plateia aplaudia com entusiasmo e as câmeras capturavam a energia do momento. Boa noite, Brasil. Hoje temos um programa especial para vocês.
Ratinho começou com sua tradicional abertura, andando de um lado para outro do palco. E nosso convidado é um dos maiores nomes da música brasileira, o rei do samba, Zeca Pagodinho. A plateia explodiu em aplausos quando Zeca entrou no palco com seu andar despreocupado e seu tradicional chapéu de palha.
acenou para todos com um sorriso simples e autêntico. Cumprimentou o Ratinho com um abraço cordial, sem formalidades. "É um prazer receber você aqui, Zeca.
Tem cerveja aí ou já acabou? ", brincou o Ratinho logo de cara, tentando estabelecer o tom provocativo que usaria durante toda a entrevista. Zeca riu com sinceridade.
Se tiver, eu aceito. Se não tiver, eu espero. A plateia caiu na gargalhada com a resposta espontânea.
Os primeiros minutos da entrevista fluíram naturalmente. Falaram sobre a carreira de Zeca, suas músicas de sucesso, histórias de rodas de samba. O sambista respondia com seu jeito característico, sem rodeios, com aquela simplicidade que o tornou ídolo nacional.
Nos bastidores, o falso ex-produtor aguardava ansiosamente seu momento, revisando o texto que deveria falar quando fosse chamado. A tensão crescia entre a equipe que sabia o que estava por vir. Depois de 20 minutos de conversa aparentemente amigável, Ratinho fez um sinal discreto para sua equipe.
Era o momento que havia planejado. Zeca, antes de você cantar seus sucessos, tenho uma surpresa. Ratinho mudou seu tom de voz, adotando aquela postura mais séria que usava em momentos de revelações bombásticas do programa.
Tem alguém aqui que diz que te conhece muito bem e quer acertar umas contas contigo. A plateia reagiu com um sonoro uh. Enquanto as câmeras focavam na expressão de Zeca, que permanecia tranquila, apenas arqueando as sobrancelhas levemente, um ex-produtor seu entrou em contato com o nosso programa, dizendo que você deve dinheiro a ele e nunca reconheceu a participação dele nas suas músicas de sucesso.
Ratinho gesticulava enfaticamente. Vamos trazê-lo aqui agora mesmo. Nesse momento, um homem de meia idade, bem vestido, entrou no palco com um ar indignado.
A plateia, já condicionada a reagir a esses momentos, vaiva e aplaudia simultaneamente. Boa noite, Zeca. Lembra de mim?
Três anos trabalhando juntos e você nunca me deu os créditos que mereço. Iniciou o suposto ex-produtor, seguindo o roteiro combinado. A câmera focou em Zeca Pagodinho, esperando captar uma reação de surpresa, nervosismo ou irritação.
Mas o que aconteceu pegou todos desprevenidos. Zeca olhou para o homem com uma tranquilidade desconcertante, bebeu um gole de sua cerveja que havia colocado no descanso da poltrona e sorriu. Rapaz, eu nunca vi você na minha vida.
A simplicidade da resposta causou um burburinho na plateia. E olha que eu até que tenho boa memória, principalmente para quem trabalhou comigo de verdade. O falso produtor, seguindo o roteiro, insistiu: "Como não?
Eu ajudei a compor, deixa a vida me levar e nunca recebi um centavo por isso. Foi nesse momento que Zeca deu uma risada gostosa daquelas que só ele sabe dar, e respondeu com a sabedoria de quem conhece bem os truques da televisão. Meu camarada, quem escreveu Deixa a vida me levar foi Serginho Meriti e Cais em 2000.
Tá lá registrado, documentado. Agora, se o ratinho aqui te contratou para fazer esse papel, você tá fazendo bem. Podia ser ator.
A plateia explodiu em aplausos. Ratinho, pego de surpresa pela calma e conhecimento de Zeca, tentou manter o controle da situação. Mas ele diz que tem provas, Zeca.
Temos aqui um documento. Zeca interrompeu educadamente. Documento, meu amigo.
A única coisa que eu assino é autógrafo pros fãs e cheque para pagar minhas contas. Agora, se é para brincar, vamos brincar direito. Que tal eu cantar uma música para animar essa plateia em vez de a gente ficar com essa conversa fiada?
Ratinho percebeu que seu plano estava desmoronando. O sambista, conhecido por sua espontaneidade e sinceridade, estava virando o jogo com uma tranquilidade impressionante. A plateia claramente estava do lado de Zeca.
Calma aí, Zeca. Isso é sério? Ratinho ainda tentava manter a farça, mas seu tom Zeca se levantou com aquela postura relaxada que lhe é característica e falou, olhando diretamente para a câmera: "Olha, Brasil, eu vim aqui para cantar, para trazer alegria.
Não vim para esse tipo de coisa. Respeito o programa do Ratinho, respeito a todos os programas, mas também quero ser respeitado. Virando-se para Ratinho, completou com um sorriso sincero.
Ratinho, eu admiro seu trabalho, cara, mas não precisa disso. A vida já é tão complicada lá fora. Aqui dentro a gente podia só se divertir um pouco, não acha?
A simplicidade e honestidade da fala desarmaram completamente o apresentador. A plateia aplaudia de pé. O falso produtor, sem saber como reagir ao script quebrado, permanecia parado no meio do palco.
Ratinho, com seus anos de experiência em televisão, sabia reconhecer quando era hora de mudar de estratégia. Num gesto que surpreendeu sua própria equipe, abriu um sorriso e caminhou até Zeca, estendendo a mão. É por isso que o Brasil te ama, Zeca, autêntico até o fim.
Ratinho admitiu, quebrando a quarta parede. Pessoal, vamos aplaudir esse cara que não cai em armadilha nenhuma. A plateia reagiu com entusiasmo.
O falso produtor confuso foi discretamente orientado a deixar o palco por um assistente de produção. Zeca, sempre conciliador, aceitou o aperto de mão de ratinho com naturalidade. A vida é curta demais pra gente ficar criando caso, meu amigo.
Vamos fazer o que a gente sabe. Você apresenta, eu canto e todo mundo sai feliz daqui. Patinho, recuperando sua energia característica, anunciou: "É isso mesmo.
E agora, senhoras e senhores, Zeca Pagodinho vai nos mostrar porque é um dos maiores sambistas desse país. A banda começou a tocar os primeiros acordes de camarão que dorme a onda leva. Zeca, em seu elemento, começou a cantar com aquela voz inconfundível que embalou tantas rodas de samba e festas pelo Brasil.
A plateia acompanhava cantando e batendo palmas. Nos bastidores, a equipe do programa observava a tônita, o que deveria ser um momento de constrangimento, havia se transformado em uma celebração da autenticidade. O diretor sussurrou para seu assistente: "Anota aí, nunca mais tentar pegar o Zeca desprevenido.
" Depois do programa, Já no camarim, Ratinho foi pessoalmente se desculpar com Zeca. Sem câmeras ou plateia, era apenas Carlos Roberto Massa, conversando com Jessé Gomes da Silva Filho. Zeca, foi mal mesmo.
A gente sempre busca audiência, sabe como é? Zeca, abrindo mais uma cerveja, respondeu com a sabedoria de quem já viu muita coisa na vida. Ratinho, eu te entendo.
Todo mundo tem seu jeito de trabalhar. Eu faço música, você faz seu programa. O importante é que no final a gente faz o melhor que pode.
Os dois conversaram por quase uma hora. Falaram sobre família, sobre a vida longe dos holofotes, sobre os desafios de manter a autenticidade num mundo cada vez mais artificial. Quando Zeca finalmente se despediu para pegar seu voo de volta ao rio, deixou o Ratinho pensativo.
Na segunda-feira seguinte, a participação de Zeca no programa havia viralizado nas redes sociais, não pelos motivos que Ratinho esperava inicialmente, mas pela forma como o sambista havia demonstrado que autenticidade e simplicidade ainda tinham valor. Em seu sítio em Xerém, Zeca recebeu a notícia sobre a repercussão com a mesma tranquilidade de sempre. Enquanto regava suas plantas, refletia que talvez esse fosse o verdadeiro samba da vida.
Saber improvisar nas situações difíceis, manter o ritmo mesmo quando tentam te tirar do compasso e sempre, sempre ser verdadeiro com aquilo que se é. Ratinho, por sua vez, aprendeu que nem toda a audiência vem do confronto. Às vezes, ela vem justamente quando alguém tem a coragem de quebrar o script e mostrar que, no final das contas, o respeito mútuo ainda é o melhor caminho.
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