uma série de lives que a Associação Brasileira de linguística vai promover essa semana cujo objetivo é discutir o eixo de análise linguística semiótica da base Nacional comum curricular hoje vamos tratar de forma Ampla do tema orientações curriculares nacionais e o ensino de gramática e nos dias subsequentes sempre nesse mesmo horário né nesse nesse horário Zinho de café nós teremos as lives sobre fonético fonologia morfologia e sintaxe pragmática e e semiótica na bncc pretendemos que ao final da série eh a gente consiga finalizar uma carta protesto a ser encaminhada ao MEC nesse sentido carta Manifesto tá
gente a ser encaminhada ao MEC nesse sentido esclarecemos que para para além da mera análise documental nosso interesse é propositivo ou seja queremos através da dar voz aos pesquisadores e professores de língua portuguesa por isso a gente enfatiza a importância da participação do nosso público através do chat Além disso eh eu acrescento que para os membros né paraos sócios da abalim a associação mandou hoje por volta das 16 horas 1 e mail falando sobre essa carta e vocês têm acesso a primeira versão da carta que a gente pretende finalizar no final dessa semana com as
contribuições de vocês então como eu falei nosso tema agora é orientações curriculares nacionais e o ensino de gramática e para essa conversa eu vou ter o prazer de receber dois colegas ai dois colegas os quais Eu admiro muito né Eh a professora Eloí pilate eu vou eu vou pedir licença luí para ler só o atualmente a é tão qualificada o currículo dela é tão extenso que eu vou ter que abreviar vou falar só a partir de atualmente tá atualmente ela é diretora de planejamento de e acompanhamento das licenciaturas da UnB e lidera os grupos de
pesquisa o centro oeste na história do português brasileiro e novas perspectivas para a língua portuguesa na sala de aula ambos com financiamento do CNPQ desenvolve pesquisa em duas áreas principais linguística teórica e educação no campo teórico investiga modelos sintáticos relacionados à ordem de palavras ordem sujeito verbo sujeito sujeitos nulos e fenômenos de concordância nas línguas naturais na área educacional investiga temas relacionados aos processos de aprendizagem com ênfase em métodos de ensino inovadores baseados nas ciências cognitivas e nas neurociências e o uso de mat manipuláveis concretos no ensino de língua portuguesa Além disso ela faz parte
do comitê científico da revista da Associação Brasileira de linguística e é membro da comissão de linguística na educação básica da abalim e pesquisadora associada da rede nacional de ciência para educação Além disso além da nossa querida loí vamos receber também o professor Rafael Dias min que é ordenador da comissão de linguística na educação básica da abralin e professor do departamento de letras da Unifesp possui bacharelado e licenciatura em letras português e linguística pela Universidade de São Paulo é mestre em linguística pelo programa de pós-graduação em semiótica e linguística geral da Universidade de São Paulo e
Doutor em letras também pelo programa de pós--graduação em semiótica e linguística geral da Universidade de São Paulo atualmente participa dos seguintes grupos de pesquisa do CNPQ é gram grupo de Estudos em morfologia distribuída da USP do Lab link laboratório de linguagem e cognição da Unifesp e do grupo novas perspectivas para a língua portuguesa na sala de aula da UnB é membro do Lab link da Unifesp e the world Lab Universidade de Lisboa seu projeto atual tem como objetivo investigar a formação dos blends em comparação com os compostos tendo como metodologia a realização de testes experimentais
para investigar o processamento dessas palavras os principais temas de interesse são processamento de palavras blends ensino de gramática pela metodologia da aprendizagem ativa morfologia distribuída teoria gerativa sintaxe das línguas naturais estrutura argumental nominalizações nome compostos entre outros eh para orientar então como eu falei para vocês A ideia é que os debates suscitados aqui tenham repercussão na escrita dessa carta Manifesto Então para que a gente pudesse organizar a conversa eu fiz eh algumas questões que os nossos debatedores vão discutir Então como em geral a minha contextualização é muito grande eu vou colocar vou compartilhar com vocês
as perguntas pra gente não se perder apresentação do slides do começo pronto [Música] então então Eh as perguntas foram feitas por blocos eh começar pela professora Eloí a pergunta do bloco trê Eloí eh em entrevista concedida a revista Revel assim como em outras publicações você critica a forma como os PCN e a bncc elaboram um conceito de língua porque segundo você há um apagamento de conceitos advindo de diferentes perspectivas teóricas por exemplo da teoria gerativa e aí na sua fala em suas palavras essa lacuna nos documentos oficiais esvazia a formação de professores e empobrece discussões
sobre o próprio conceito de gramática dimensões psicolinguísticas envolvidas no processo de ensinar e aprender línguas aquisição e aprendizagem diferenças entre primeira e segunda língua semelhanças e diferenças entre fala escrita preceitos incorretos nas gramáticas tradicionais e até mesmo sobre língua e sociedade aí considerando tudo isso eu questiono né Será que a eleição de apenas uma concepção de língua e linguagem não é a tentativa de manter coerência teórico conceitual nos documentos e também considerando a natureza e as finalidades de documentos curriculares nacionais que são bastante diversas dos textos acadêmicos Você acredita que esse purismo de conceitos é
produtivo no ensino bom Boa tarde pessoal boa tarde noadia eh primeiramente eu queria agradecer muito né o convite para est aqui nessa primeira Live pra gente discutir a bncc dizer que é um prazer est aqui com os os coordenadores né da nossa comissão de discussão da linguística na Educação Básica noadia e o Rafael e também com o nosso Presidente né o presidente da bralin o professor Cléber Ataí e com a maravilhosa rarissa que tá nos ajudando aqui também então queria dizer da minha satisfação de participar desse debate né dessa série de diálogos que teremos e
parabenizar também o grupo a comissão né as diferentes comissões que fazem parte desse momento e a própria abralin né Eh cujo Presidente tá aqui com a gente Professor Cléber pela iniciativa né de eh trazer a público essa discussão essas reflexões sobre a bncc né já tem 6 anos da publicação da bncc e eu acho que é importante que a bralin eh debata publicamente esse documento né Eh que a gente já poderia ter feito esse debate antes mas nunca é tarde né então eh eu queria parabenizar todos os envolvidos nessa iniciativa e como a noadia falou
o objetivo é que seja um debate propositivo né então além de apontar os problemas que sejam também apont as soluções de acordo com a ciência né então acho que a gente tá aqui numa posição de eh cientistas investigadores né E no momento muito importante também da nossa democracia em que é possível debater documentos eh oficiais respeitando né Eh princípios da Democracia Então acho muito eh que a gente possa promover esse debate que a gente possa promover o diálogo entre as diferentes áreas e parar um pouquinho para refletir sobre a A bncc mesmo que um pouco
tardiamente mas ela tá em vigor Então ela pode ser debatida a qualquer tempo né então feitos esses agradecimentos eh eu queria também então discutir um pouquinho as perguntas que a noadia fez agradecendo a pergunta falando que isso na verdade eu acho que é uma tese [Risadas] né e eu vou mas as perguntas estão aí né eh deixa eu deixa eu assim tentar entender noadia você perguntou assim considerando que eu tenho publicado críticas sobre a bncc E aí Eh você pergunta assim e a apontado as lacunas que talvez a eleição de apenas uma vertente tenha trazido
pro documento né e eu vou tentando responder e se eu tiver eh se eu não tiver respondido alguma parte você me ajuda noadia Tá bom mas basicamente é isso assim né então eh eu acho que é uma pergunta fundamental essa sua pergunta no porque desde que a gente né todo mundo aqui que é professor que estudou eh os fundamentos da aprendizagem né levando em consideração eh piag vigot né E até Paulo Freire a gente sabe né que os conhecimentos prévios são fundamentais pro desenvolvimento de conhecimentos posteriores obviamente que cada um desses autores conceitua o conhecimento
prévio de uma forma distinta né Eh o Paulo Freire vai falar sobre uma outra Ótica mas ele vai falar que o conhecimento de mundo precede o conhecimento da palavra né então que é isso que a nosso saber né a os nossos conhecimentos prévios sobre qualquer assunto vão vão guiar a nossa leitura vão guiar nossas práticas docentes né mas o que eu quero dizer é que todos os especialistas da educação e Atualmente as neurociências também têm mostrado a importância do conhecimento prévio na construção de novos conhecimentos então por isso que eu acho que o conceito de
língua é o primeiro que tem que ser abordado numa reflexão sobre a BCC e os pcns né E por que né a bncc e os pcns se são documentos que tem no mínimo 20 anos de diferença um dos outros quem né Eh estuda esses documentos vai perceber que a bncc ela assume os mesmos princípios os mesmos pressupostos e o mesmo conceito de língua que os pcns então por isso que quando a gente reflete sobre abncc a gente sempre aborda os pcns porque no no caso específico do conceito de língua Eu até vou eh vou ler
aqui rapidinho ele os a bncc fala assim ó textualmente ela vai falar assim eh assume-se aqui no meu tá na página 20 assume-se aqui a perspectiva enunciativa discursiva de linguagem já assumida em outros documentos como os parâmetros curriculares nacionais para os quais a linguagem é uma forma de ação interindividual orientada para uma finalidade específica processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes numa sociedade nos distintos momentos de sua história e os pcns Então a gente tem que voltar pros pcns para entender a definição de língua dos pcns né os pcns vão falar que
a língua é um sistema de signos específico e histórico social obviamente que eu não vou reler aqui mas eh eu acho que essa essa construção né de língua como sistemas de signos específicos histórico e social e essa é precisamente a crítica que eu tenho feito nas minhas publicações desde 2017 é que não é que a gente discorde Dessa definição mas a gente considera ela incompleta e que por isso que ela deixa lacunas por quê Porque ao qualificar esse língua Esse sistema de signos como algo histórico e social a gente tá valorizando as relações da língua
com a sociedade e com a cultura tá errado não a gente não discorda que existem essas relações mas o que ficou de fora nessa definição que todos os estudos né atuais das neurociências eh tem demonstrado que a língua ela é social e cultural porque é também biológica né existe uma preparação mental da nossa espécie homo sapiens uma como no assim uma predisposição para desenvolver uma língua desde as de uma terra infância por isso que a gente até nem fala que a gente aprende uma língua materna a gente fala que a gente adquire então a crítica
que eu tenho feito precisamente ao conceito de língua é esse privilegiam-se os aspectos exteriores das línguas naturais e ignoram completamente as questões biológicas que complementaram perfeitamente né né E que tem sido eh fruto de estudo nos últimos 40 anos na chamadas ciências da aprendizagem né se você todo mundo aqui que lê um livro por exemplo do deen né que é o neurocientista que tem discutido leitura e aprendizagem ele fala que o cérebro tem um sistema computacional gerativo com habilidades especiais paraas línguas né então assim pelo ponto de vista biológico o desenvolvimento de uma língua de
forma natural é o que nos define como espécie homo sapiens Então acho que esse é o ponto né que privilegiou-se uma uma uma dimensão da realização das línguas naturais e ignorou-se apagou-se a dimensão biológica e isso tem consequências pro processo de ensino de aprendizagem a primeira delas é essa assim a gente tem isso não Por exemplo essa lacuna impede que isso esteja bem explícito na formação de professores e a gente tem então 200 milhões de brasileiros que não sabem que possuem uma faculdade da linguagem que eles portanto por uma adotação biológica sabem português né os
maiores especialistas em português brasileiro no planeta Terra em todas as galáxias somos nós né Então essa lacuna de sobre a anulação de uma das dimensões das das línguas naturais que é essa dimensão biológica que nos caracteriza como homo sapiens e que faz com que que a aquisição da língua oral seja feita de forma natural desde que a gente seja obviamente né apresentado aos dados e salvo casos patológicos faz muita falta ao meu ver assim né a gente tem feito levantamento sobre o que é língua e os professores sempre acham que o conceito de língua se
restringe a comunicação por exemplo E então isso é muito assim é uma lacuna que eu considero muito grave e essa dião biológica não está obviamente aliada às questões sociais né Eu acho que a gente tem que ter um equilíbrio né por isso que eu até falei eh não se trata de um flaflu ou você olha o social ou você olha o biológico na educação Isso não pode acontecer porque uma coisa é a dimensão da pesquisa que nós pesquisadores temos que fazer recortes porque as nossas ciências têm limites né os nossos instrumentos têm limites mas a
língua na realidade ela é uma junção dessas diferentes dimensões né então eu eh eu acho que essa sua pergunta é excelente noadia Porque a partir do conceito de língua que a gente tem que reorganizar e repensar o ensino de língua materna e por isso que eu coloquei assim isso interfere no no no né No que é língua do que a gente tende por língua mas também no que é no que é aquisição e o que é aprendizagem do que é língua materna O que é segunda língua no que é conhecimento da fala por um lado
e da escrita por outro então eu acho que realinhar atualizar e reequilibrar esse conceito é fundamental para que a gente para que a gente dê um tratamento realmente científico porque a gente negando uma das dimensões das línguas naturais a gente tem uma lacuna conceitual muito forte e não é uma questão de achismo né né Qualquer Hoje graças à tecnologia aos métodos não invasivos a gente tem estudos do cérebro respondendo a língua desde o estudo dos bebês que mostram que se você Açu Viar se você eh se você ass suviar Se ele ouvir um barulho de
trem e se ele ouvir uma fala os as ondas cerebrais são distintas mostrando isso assim é inato geneticamente a faculdade né a possibilidade é inata é geneticamente determinado é típico da espécie e essa informação que nos empoderar muito sobre o que é saber português está ausente de um de dois documentos oficiais consequentemente ausente da formação de milhões de professores e milhões de pedagogos trazendo consequências nefastas paraa educação em língua materna então eh eu acho isso assim não se trata de eleger uma vertente ou outra né se a gente é cientista o que a cientista que
a ciência diz se diz que essa dimensão existe e que é por isso que a gente tem essa dimensão funcional por isso que a gente tem essa dimensão social porque antes para ela existir a gente tinha que ter uma dotação Mental para desenvolver língua típica da espécie que é diferente de todos os outros nossos conhecimentos por isso que as crianças desde a ternidade aprendem os padrões da língua e usam de forma natural criativa e e e limitada Independente de estímulos né eh não sei se ficou Claro mas eu acho que é isso assim então o
problema da eleição é esse ficou de fora a dimensão que nos caracteriza como espécie e isso é muito problemático para uma educação em língua materna então Eloí eu agradeço a sua resposta tão esclarecedora que vai que desde que eu li o texto e agora principalmente vai me fazer mudar inclusive as minhas aulas né enquanto professora de prática de ensino metodologia da língua portugesa portuguesa por exemplo um dos primeiros conteúdos que a gente trabalha é concepções de línguas e suas implicações de língua e linguagem e suas implicações paraa prática pedagógica mas os trabalhos da área E
aí eu é meia culpa mesmo porque eu sempre trabalhei em com teorias funcionalistas e você acaba que se Ultra especializando e se tornando ignorante nas demais então quais eram as concepções que eu trabalhei até o início desse semestre eh língua enquanto expressão do pensamento língua como instrumento de comunicação ou língua enquanto interação Parece que só existia ela mas você tá mostrando que não né E que a gente precisa atualizar o debate mesmo a gente poderia continuar em cada uma dessas questões Mas vamos avançar vamos conversar um pouquinho agora contigo Rafael olha num texto de 2021
você fala sobre alguns trabalhos de linguistas formais na área de ensino de gramática apresenta pelo menos três argumentos para manutenção desse ensino na Educação Básica e defende uma tese pouco consensual entre formalistas e funcionalistas sobre a relação entre ensino de gramática e o desenvolvimento de uma suposta autonomia na produção de textos pelo estudante pelos estudantes inclusive você traz citações do próprio chomes que não dava tanta certeza disso né todas essas segundo o chom todas essas são razões para estudar a gramática contemporân como um ramo da ciência que lida com questões comparadas digamos com a física
quântica duvido que melhore o estilo da escrita e você mostra uma outra passagem depois você diz assim segundo lol bato 2015 o aluno Verifica por si mesmo que o ensino gramatical tem uma razão de ser já que o sentido se obtém a partir de uma estrutura portanto aí é isso Rafael ao dominar as estruturas consequentemente o aluno dominará o texto olha Antes de tudo eu peço desculpas pelo fato de que essa Ultra especialização acaba promovendo a a ignorância entre nós muitas vezes como eu venho dessa tradição de Pesquisas funcionalistas no qual é comum defender um
ensino utilitarista mas não é no mau sentido não é no pensar de todas as vezes que a gente seleciona o conteúdo a gente pensa imediato para trabalhar na escola a gente pensa em no que aquilo vai ser útil para quê tem que dizer o porquê então os argumentos desenvolvidos por você para defender o ensino da gramática na educação básica para mim são novos eu peço desculpas porque acho que os demais pesquisadores eh formalistas devem conhecê-lo bem mas como eu sou formadora de professores e conheço a bibliografia que é majoritária na área eu peço que você
comente esses argumentos e da mesma forma peço que compartilhe com a nossa audiência os motivos que te levam a defender essa relação entre ensino de gramática e o desenvolvimento de autonomia na produção textual pelo estudante muito bom noá a sua pergunta é uma pergunta que assim como a Eloí disse dá uma tese né E fica aqui até o incentivo para fazer esse tipo de de tese escrever esse tipo de tese eu vou voltar um pouquinho e vou agradecer também né já que é a primeira fala que eu tenho aqui eh agradecer ao kéber ao presidente
da bralin e a toda a diretoria por abrir esse espaço por para essa discussão tão importante queria agradecer também toda essa comissão que se formou eh a partir de indagações né de questionamento sobre o ensino de gramática e a bncc de modo especial a Teresa vasovic né que é a Teca da Universidade Federal do Paraná que assumiu essa responsabilidade de unir Todo esse pessoal aqui né E agradecer a você eh noadia né como colega e coordenadora da comissão de linguística na Educação Básica que também encampou toda essa esse questionamento mesmo sendo de Outra área né
parece que eh eh mas que é um algo que diz respeito a todos nós essa questão da da do ensino de gramática e toda essa discussão que envolve a bncc que como a Eloiza disse eh já deveria ter sido feita foi feita né em parte pela nossa Comissão da linguística na Educação Básica nas lives leituras da bncc que vocês também podem encontrar fica propaganda vocês podem encontrar no YouTube né né no canal da da bralin ao vivo foram várias lives acho que umas cinco lives em que a gente trabalhou isso uma delas a gente trabalhou
um pouco mais a questão da da gramática Mas essa semana toda então o foco é falar um pouco disso e queria agradecer também os colegas da comissão de linguística na Educação Básica né pelo todo o apoio que nos dão e mas para responder isso que é exatamente aquela aquela parte que eu acho que você comentou que é a a mais Eh fulcral aqui né que é quando eu falo de dominar as estruturas que vai vai ter como consequência a a a autonomia e dominar o texto né isso não saiu assim da minha cabeça do nada
mas tem muita base na nos trabalhos da Lobato que você também colocou aqui né então eu vou eu vou tentar vamos ver se eu consigo eh voltar para essa visão um pouco da Lobato para explicar de onde que ela tira que que essa questão de dominar as estruturas vai ser dominar também uma dominar a produção textual né Eh então a Lobato assim como a Eloisa mostrou tem uma visão de gramática que é baseada dentro do gerativismo né então é uma visão de gramática como algo dinâmico interno ao indivíduo e esse indivíduo que né é que
é dotado de de propriedades criativas por conta da faculdade da linguagem né é uma propriedade das línguas do indivíduo a criatividade né e e tem o fato de que quando o aluno chega na sala de aula ele já chega com uma gramática adquirida com propriedades que lhe permitem também esse uso criativo da língua né E aí a questão que eu acho que tá aqui por trás também que é Lobato mesmo se faz eu tô citando um texto da Lobato de 2015 que foi de um livro organizado né póstumo mais organizado também pela elía e por
por outros professores lá da UnB né luí pilate Rosana Helena elía Sales eh mas é um texto que a Lobato já falava em 2003 numa palestra que ela fez na sbpc né Eh e o que tá em jogo aqui não é não é um ensino de gramática tendo essa concepção de gramática né de língua interna que é adquirida de tudo isso que a a Eloí já falou antes mas é também algo que tá no no no nos pcns que é para qu e como ensinar gramática então a visão é de que a escola não vai
ensinar gramática ao aluno porque o aluno já chega com uma gramática adquirida Então a gente tem que pensar o que vai ser ensinado pro aluno o que que o aluno ainda pode adquirir Essas são as perguntas que que a a Lobato coloca né e no sentido mais amplo como é que essa nova percepção da língua do que seja gramática pode ajudar na renovação do ensino de língua e aí ela vai ressaltar alguns pontos que a Elisa também já tocou aqui que dizem respeito à aquisição da língua então o que que a criança faz quando para
adquirir uma língua a criança Ela é exposta a dados linguísticos então ela precisa ser exposta a dados linguísticos e é por isso que entre todas as propriedades que a Lobato coloca que eu acho que ajuda a gente a entender onde ela quer chegar com as propriedades do texto ela vai dizer então que ao ensinar gramática a escola tem que adotar uma metodologia tem que adotar esse dispositivo da língua então primeiro fato ela tem a escola tem que entender esse essa concepção de gramática de língua interna né né E ela tem que fazer um procedimento que
ela chama de procedimento de descoberta que é eh nada mais que fazer com que os alunos entrem em contato com dados linguísticos o aluno precisa perceber que aqueles dados linguísticos são parte da gramática dele que aqueles D que ele entende aqueles dados que ele tem intuição sobre aqueles dados né ele precisa ser exposto a esses dados e um outro mecanismo que ela fala também é adoção de uma metodologia via de eliciação né que é um modo bastante potente do aluno chegar a certos resultados a certas indagações Então ela fala de uma metodologia de eliciação que
direciona o aluno para que ele tire conclusões quer dizer São perguntas direcionadas pelo professor para que ele consiga chegar a alguns a ah algumas indagações alguns questionamentos da língua né e para que ele reconheça né esse esse próprio conhecimento que ele tem sobre a língua e depois ainda ela vai falar de uma terceira propriedade que é usar uma técnica de resultados e ela e ela percebe que assim se você usa ã se você expõe o o aluno né um dispositivo de descoberta depois você faz esse método de aliciação Provavelmente o aluno vai conseguir chegar a
alguns resultados e algumas as indagações ele mesmo de modo que ele possa ter autonomia né a gente sabe quando a gente tá dando aula eh eu já tive também esse essa experiência com alunos do Ensino Fundamental né de você quando você coloca para eles dizerem Olha você não lembra de alguma palavra no caso eu que estudo morfologia de modo especial né você não lembra de outra palavra que é parecida com essa meus alunos também já fizeram bastante isso e os alunos trazem os dados eles começam a perceber certas regularidades e tudo mais né Eh e
eh e e é assim que que que que vai se dar digamos segundo segundo a autora segundo a Lobato e esse Domínio das estruturas que vai ter como consequência o próprio domínio do texto né então e ela ela diz ainda que o aluno vai escolher as estruturas de acordo com o significado que ele quer dar no texto né então se ele conhece mais estrutura se ele conhece uma gama de estudos ele reconhece a estrutura do português morfológica sintática semântica né ele vai ele vai conseguir chegar nessas estruturas maiores que são as estruturas do texto que
são que maiores no sentido de que est estrapola o limite por exemplo da frase da oração né e a lobata é bastante firme ao dizer que para mudar essa visão geral né de ensino de gramática é super necessária essa nova percepção que a Eloí mostrou aqui inclusive que essa nova percepção de língua e que você mesmo eh noadia disse aqui que é uma percepção que muitas vezes ela é relegada porque assim ai tem um certo né até eh eh culpa nossa talvez dos gerativista né de de de não deixar de não expor tanto ou ou
enfim eh de de não entrar em outros meandros achando que não não é nosso não é do nosso da nossa Seara fazer esse tipo de coisa mas é fundamental eu acho que e eu compartilho bastante dessa ideia da da Lobato de que é fundamental conhecer essa nova percepção de gramática de língua né Eh que o Ensino Fundamental e Médio assimile esse conceito de gramática como essa entidade biológica né e o desenvolvimento da da autonomia na produção textual ele ele tem a ver com o fato de você não não poder abandonar o ensino de gramática né
então o o o o não abandonar o o ensino de gramática tem a ver com eh veja só quando a gente tá falando tanto das das estruturas quanto a gente tá falando do texto a gente tá falando da mesma gramática a gente não usa uma gramática para para fala né E outra gramática para escrita e para produção do texto Então a gente tá falando da da eh desses princípios que são da mesma natureza com essa diferença de que no texto você extrapola o limite da sentença E você tem outras peculiaridades quer dizer E aí quando
você Explicita esses conceitos essa estrutura pro seu aluno com certeza isso já é um caminho percorrido ele vai ele vai andar muito mais rápido ele vai ganhar tempo quando ele for de fato pros da da técnica de escrita do texto do que o texto exige né ele já vai ter domínio sobre essas essas essas estruturas e É nesse sentido uma vez que ele já tem domínio sobre essas estruturas depois aprender as técnicas da escrita do discurso dos gêneros é muito vai ser muito mais fácil e aqui eu lembro de novo de uma de uma anedota
que o professor Marcos Maia sempre fala nos seus nas suas lives e tudo mais a gente aprende muito com ele né professor Marcos Mael lá da UFRJ que não dá para você eh ensinar alguém a dirigir simplesmente dizendo liga o carro e isso aqui é uma Rodovia Isso aqui é uma estrada isso daqui é uma rua Isso aqui é uma ladeira sem você ensinar todas toda a estrutura do carro né como é que muda a marcha como é que liga como é que da mesma forma também né assim como ele eu também acho dá através
dessa metáfora e não dá para ir paraas técnicas do texto e tudo mas sem você ter de fato uma uma um ensino Uma reflexão na verdade sobre toda essa estrutura da língua que não é aquela mera taxonomia que a gente vê também de classificação Mas é uma reflexão dos princípios dessa língua do sistema da língua como a Eloísa gosta de dizer bastante nos textos dela então é E e esse método que a que a Lobato parece muito interessante né se não for talvez o mais eficaz ele é muito interessante pra gente colocar em jogo em
n nas aulas e levar né para para pros nossos alunos não sei se eu respondi tudo se eu falei demais eu falei que eu ia falar pouco que eu ia deixar mais espaço inclusive para elía já tô eu aqui falando ser breve né Rafael a gente continua eu não vou comentar para conseguir eh fazer todas as questões Olha só as três questões né que a gente tinha combinado Elô eh nos anos 90 e início dos anos 2000 os pesquisadores e professores de português se ocuparam de uma questão fulcral pra área de ensino que dizia respeito
à pertinência do ensino de gramática na Educação Básica nesse período temos a representativa obra do Ciro poente né porque não ensinar gramática na escola de 1996 apesar de já se passar pelo menos duas décadas de debate em seu artigo de 2011 encontramos alguns trechos que remetem a discussão tais como aí você diz existem dúvidas quanto a validade de se abordar temas gramaticais no nível Educacional básico mesmo diante da necessidade de renovar as práticas didáticas ou você diz também contrariamente aqueles em grande parte linguistas que desejam banir o ensino da gramática sobre a alegação de que
as bases em que se constituiu estão em desacordo com as demandas atuais da sociedade e com os desenvolvimentos da linguística então eu questiono el ainda relevante pertinente discutirmos a validade de ensino de gramática na Educação Básica Quais são as críticas que você tem feito ao ensino de gramática proposto tanto na na bncc quanto nos PCM e por fim as universidades brasileiras têm proposta para essas questões ótimo noadia não muito boas suas suas perguntas e e tô muito feliz que seja você que esteja aqui justamente porque eu acho que assim eh a promoção né Desse diálogo
é fundamental né Para que que a gente entenda eh OSM assim os limites mesmo da da das nossas áreas de pesquisa né Por exemplo o chomes que quando falou do gerativismo ele falou eu quero estudar língua no cérebro né e na mente né e e o resto eu não é o meu recorte é esse de forma diferente que os funcionalistas vão ver as funções na sociedade assim né tô tentando ser bem sintética mas só para falar assim são de novo Tem essa questão dos recortes e a gente assumiu talvez pelo fato da linguística ser uma
ciência muito recente de uma certa forma né Eh como se as partes os fragmentos dessa ciência né Eu acho que até eu até eu usaria discordar do soir porque ele fala assim é o ponto de vista que cria o objeto não é Que Eu discordo eu até mentaria é o ponto de vista que cria o objeto da pesquisa aí sim mas o objeto língua é muito mais complexo do que nossas pesquisas eh possam dar conta a gente ainda não chegou num ponto de uma linguística que dê conta de manifestações mentais sociais e etc e tal
né só para mais assim só para ressaltar a importância desse nosso diálogo né que que é ário e que tem a gente tem que superar entender que na área da pesquisa cada um cuida dos seus problemas e tudo bem porque a gente já tem muito problema para resolver nas nossas áreas mas quando a gente tá falando de língua em si a gente tem que entender que é algo tão complexo que nossas áreas TM que recortar Mas falando sobre ensino de gramática né Eh eu já ouvi o Círio falar sobre esse livro dele ele fala mas
vocês viram que o não está entre parênteses parênteses né e é interessante porque talvez ele tenha ele não sei mas talvez o desejo dele foi o de fazer uma provocação né E se quem não leu o livro acha que ele tá falando que não precisa ensinar gramática né mas enfim mas eu acho que você aborda uma questão essa é uma segunda questão fundamental Porque na minha visão então eh a gramática é fundamental né o ensino a gramática é a matéria prima da língua então para qualquer em qualquer dimensão que a gente for estudar a gente
não pode esquecer essa dimensão da estrutura da língua né a estrutura é que faz e é a base da onde a gente vai fazer inúmeros textos da onde a gente vai fazer a variação linguística Tudo parte usar de diferentes formas então assim a E aí eu tô falando de gramática num sentido mais amplo né porque a gente uma coisa que eu acho que é fundamental que a gente tem que explicar pra audiência é que quando a gente fala Existem várias acepções de gramática e a gente gerativista isso tem a ver conhecimento prévio quando a gente
tá falando de gramática a gente não pensa só na gramática livro A gente pensa na gramática também como eh essa ferramenta mental Então acho que isso é uma distinção essencial que a gente tem que fazer para evitar problemas então o que eu acho eh trabalhando com formação de professores e se e como linguista né que é isso assim a gramática nesse sentido vamos dizer estrutural ou formal ou gerativo né Cada um com seu recorte mas esse ponto para sair de todas as teorias combinatorial das línguas que é a gramática nesse sentido Mais amplo e não
o livro de regras é é Essa é a matéria prima eu não tô falando que a matéria prima das línguas naturais seja por exemplo a gramática do cel su Cunha eu tô falando gramática nesse sentido dessa organização mental que que gera padrões e forma estruturas né então eu acho que negar a gramática é negar a matéria prima a base da onde a gente vai tirar a o uso social as práticas sociais análise do discurso né o recheio dessa estrutura é que vai explicar a variação é que vai explicar os ditos e não ditos mas sempre
e por isso que a criança adquire de uma forma tão natural a criança adquire padrões linguísticos né ela adquire que a gente chama de gramática no sentido amplo e não no sentido da lista de regras e eu queria dizer então que eu acho fundamental mas eu acho fundamental também noadia em falar que a gente entende as críticas eh que são feitas ao ensino tradicional e a nossa proposta eh tem sido nesse sentido então assim a gente não tá falando aqui a gramática é fundamental vamos voltar pro Ensino tradicional da sala de aula isso eu acho
que é uma coisa fundamental que tem que ser eh deixado a Claro a gente também não acredita num ensino a gente acredita que o ensino de gramática é fundamental gramática no sentido Mais amplo que inclui a a morfologia por exemplo né Essa essa visão é fundamental mas que ele tem que vir por novas bases tá então eh porque por exemplo a e essa a bncc vai falar da da gram de ensino de gramática vinculado a aos textos né A bncc não nega o ensino de gramática mas ela vai falar assim ó só vamos a gramática
aliada aos textos né e não é mais gramática é análise linguística né Eu acho que esse é um ponto que a gente tem que refletir e ao meu ver assim né Eh como estudiosa eu acho que a solução é repensar as bases do ensino de gramática então assim quando a gente defende a gramática na educação básica a gente defende uma gramática renovada e não a gramática da memorização a gramática da lista de regras e a da gramática desvinculada do texto não é isso né mas o o que a gente propõe Então o que a gente
propõe então e aí vou falar por mim que é é a proposta com a qual eu tenho trabalhado porque eu busco articular na minha proposta e já falando né das universidades brasileiras tem outras propostas O Rafa falou da da Lobato eu considero que a minha proposta Tenta dar um passo adiante em relação à proposta da Lobato apesar de concordar com tudo mas eu acho que algumas questões ainda precisavam ser mais eh sistematizadas para melhorar as práticas docentes né mas tem outras propostas né mas eu vou falar da minha que é a onde eu tô pesquisando
eu tenho os dados e Evidências uma coisa que eu entendi muito baseado nas neurociências é o seguinte que quando você aprende alguma coisa né os especialistas numa área eles identificaram os padrões né E eles têm forma de eles têm uma base conceitual adequada e eles identificam aqueles padrões e sabem operar de forma consciente com aqueles padrões que isso é um por isso que eu falo Rafael falou a fala muito de sistema e o que eu entendi na minha prática e por isso que eu considero que a minha proposta humildemente mas assim eu tento dar um
passo adiante na proposta da Lúcia porque a Lúcia fala muito mesmo assim do procedimento de descoberta que é fundamental mas o que as neurociências mostram é que o processo de aprendizagem requer sistematização dessa experiência ou em outras palavras a possibilidade de que o que o estudante Entenda os padrões daquela área e se a gente não tiver isso a gente volta pro Ensino tradicional por isso que por exemplo na minha proposta eu coloco os padrões da gramática explícitos para que o aluno tenha as ferramentas mentais para identificar basicamente sujeito verbos complementos e o adjuntos e com
base nessas ferramentas que ele possa operar a seu favor Ah eu quero dar destaque que no dia 20 de maio às 17 horas houve uma live na abralin então eu vou poder escolher os meus dois adjuntos então eu vou ter essas ferramentas mentais Ah eu quero dar destaque pro dia e pro local Então vou colocar os dois adjuntos no início então a proposta eh assim eu fiz essa proposta seguindo as neurociências né e Que Elas mostram Assim como para alfabetização que para você desenvolver um conhecimento sobre algo você precisa ter esse conhecimento explicitado basicamente né
porque as experiências vão ser infinitas mas organizado explicitado e sistematizado Então é isso que a gente faz eh a gente busca ensinar a gramática por princípios e não por regras que são aparentemente aleatórias E isso tem ajudado os professores a entender a língua realmente como sistema e os estudantes a operar conscientemente que é metacognição né Eh usando uma meta linguagem básica porque não adianta né o cérebro tem os limites mas com meio com Por meio dessa meta linguagem básica O estudante vai ter a autonomia porque ele entendeu a estrutura da língua Ah é essa como
eu vou rechear vai depender da minha intenção comunicativa e aí eu consigo fazer então eu tenho um um um pensamento uma compreensão de como a gramática funciona dos princípios que regem e de como eu vou usar isso para favorecer a expressividade a criatividade mas não é do nada né Eh essa metáfora é muito interessante hoje eu li outra no texto que vai sair da rede CPE que é assim alguém aqui acha eh natural a gente ensinar uma criança a nadar jogando ela na água então assim eu vou ensinar um menino a ser um produtor de
texto mandando ele escrever joga ele no mundo do texto ou eu vou ensinar pros alunos como é que respira Quais são os nada né básicos como é que é um crau como é que é a respiração do crau para depois jogar essa criança na piscina né claro que as questões sociais são fundamentais Porque ele vai ter que ter uma um letramento da água para saber se ele vai entrar no mar com onda se ele vai entrar num lago poluído se a piscina tá limpa ou não essas questões de letramentos são fundamentais mas para ele poder
nadar ele precisa de uma uma instrução explícita sistematizada processual pronto ele entendeu os princípios ele entendeu os fundamentos da gramática não estamos falando das 100 milhões de regras dos princípios elementares Entendeu agora vamos pra leitura e pra análise porque ele vai ter as ferramentas dessa natação então a gente não tá falando para jogar fora o que tem a gente tá falando que H as há lacunas e a lacuna tá na base da aprendizagem claro que a ciência muda mas o que as neurociências TM mostrado sobre aprendizagem é que paraa fala é natural a gente sai
falando aprende natural mas a leitura e a escrita não são são artefatos culturais Nem todas as as comunidades humanas escrevem né é uma coisa cultural sim então aprender ler e escrever requer o desenvolvimento de certos passos e o que as neurociências mostram é que o cérebro gosta de primeiro ir do pequenininho para depois ir pro complexo né tem essa metáfora de dirigir o carro tem ess nova da natação a que eu coloquei no meu livro e é sobre a matemática a gente não chega no problema complexo se a gente não entende as quatro operações a
gente não consegue resolver os problemas matemáticos se a gente não chega nas quatro operações né se a gente não sabe a diferença entre unidade dezena e centena não tem como a gente fazer nada agora a gente não pode ficar restrito à gramática a gente tem que ir paraa sociedade complexa concordo mas a gente precisa de automatizar certos conhecimentos para que depois quando a gente for por conceitos pros contextos complexos a gente tenha segurança fundamento autonomia e as ferramentas mentais para pra gente escolher não eu quero Eu por exemplo eu quero falar que foi no dia
20 de Maio hoje aniversário no dia 20 de Maio aniversário da irmã da professora Eloí às 17 horas iniciou-se uma live de discussão da bncc eu escolhi e eu sei que eu coloquei três elementos adverbiais eu sei porque eu vou colocar as vírgulas entendeu então é isso que a gente fala de autonomia assim eh o que eu eu acrescento então o que eu acho que as neurociências nos dão autorização pra gente falar hoje é que esse experimento não pode ser simples descoberta ele tem que ser um conhecimento sistematizado explícito e organizado porque o aluno não
tem tempo de descobrir tantas coisas então algumas ferramentas a gente dá para ele o que ele vai descobrir é formas criativas consci de manipular e usar esse conhecimento esse o acréscimo que eu acho que a aprendizagem linguística ativa traz né a experiência é fundamental mas se as neurociências e a gente tá trabalhando com a ciência de hoje tá correta isso tem que ser feito de forma organizada sistemática e explícita Dando os nomes aos componentes linguísticos né então acho que essa é a a proposta que a gente tem trabalhado que o prof letras tem várias dissertações
no Prof letras por exemplo do Rio de Janeiro no Prof letras lá de de Pernambuco que são os professores mas tem na em Minas Gerais também tem uma pós-graduação em texto e Claro na UnB na Unifesp né em várias outras universidades mas assim oess os professores que estão no pé da sala de que estão lá na sala de aula no chão da sala de aa aula Eles veem que que é interessante explicitar organizar sistematizar para que o aluno tem as ferramentas para produzir e para ler textos com mais autonomia Então acho que que as universidades
brasileiras T de diferentes formas em diferentes locais com diferentes tipos de evidência mostrado que junto com as ciências da aprendizagem que esse caminho tem que ser retomado né não a gente não tá aqui defendendo voltar pra gramática tradicional não a gente tá defendendo que o ensino de língua portuguesa eh seja mais atualizado e siga os padrões mais naturais do cérebro que são né que é assim que as coisas aprendem a gente vai devagarzinho automatiza e depois vai fazer coisas mais complexas né Sem desconsiderar obvia ente os outros fatores o conhecimento prévio as experiências mas assim
levando entendendo as especificidades da língua e do sistema linguístico aham Obrigada Luísa eh eu já peço desculpas a vocês que a gente vai precisar nós tínhamos combinado três perguntas para cada um mas a gente Talvez não tenha tempo de fazer todas as seis perguntas tá então Rafael eh olha tratando especificamente em relação à abordagem do ensino de gramática em documentos curriculares nacionais muitos pesquisadores dentre os quais eu destaco os trabalhos do Professor Artur Gomes de Moraes daqui da UFPE de educação da professora Luísa que avaliam a abordagem do ensino de gramática nos PCN e sua
suposta repercussão no chão da escola aí o Artur Gomes diz assim estudos que analisaram as propostas curriculares nacionais geradas a partir da década de 80 constataram que especificamente No que diz respeito ao eixo didático de análise linguística parecia haver mais consenso sobre o que não se devia fazer né A Crítica gramática ao ensino tradicional que coerência entre os princípios teóricos e os encaminhamentos prescritos Em substituição ao ensino de gramática normativa tradicional da sala de aula e a pilate 2012 diz assim para alguns os professores essa falta dimensão direta ao ensino de gramática aliada às críticas
e às práticas do ensino tradicional deixou a entender que não haveria mais lugar para o ensino de gramática em sala de aula concordando com essa afirmação em pesquisa eh foi a minha dissertação 2009 eh que eu buscava investigar exatamente como é que o professor no chão da escola lidava com esses embates né com como é que ele fazia esse eixo de que era chamado ensino de análise linguística eixo da análise linguística como é que ele vivenciava isso então a gente identificou práticas pedagógicas com um suposto ensino a sistemático de gramática que era assim se ensinava
a ler e a produzir texto e estudava alguns tópicos gramaticais de acordo com o aparecimento nos textos mas não havia sistematização ou até mesmo o mais comum que era a gramática a partir do texto er levar um texto e dizer retire tantos verbos diga quantas orações que era o mesmo ensino Mas a partir de um texto já na bncc observamos a inclusão de muitos conteúdos gramaticais no eixo da análise linguística e semiótica aí eu questiono Rafael Será que a inclusão desses conteúdos gramaticais na base não seria a resposta do poder público alegando a necessidade de
ensino de gramática na escola qu quais as suas considerações sobre a inclusão desses conteúdos na bncc muito bem n eh eu vejo realmente que olha a gente até pode acreditar numa boa intenção de que sim né não há exatamente um uma questão de não ensinar gramática na bncc porque os os da gramática aparecem lá mas o grande problema eu acho que é como eles aparecem né Com qual é o o o o lugar em que eles aparecem E aí nisso a gente percebe um apagamento total né Ou pelo menos um grande apagamento desses conteúdos a
a própria elía aqui já citou que assim ele ou você mesmo aparecem Não exatamente como como conteúdos de gramática já aparecem como análise linguística já aparece em outro momento e eu tava fazendo essa reflexão aqui me preparando para cá existe para essa Live né existe até um modo como a própria bncc está estruturada em termos de como ela coloca as tabelas de como ela coloca as habilidades que tudo que é conteúdo de gramática fica parecendo que tá dentro de outras coisas né então eu até separei alguns contextos né Eh Por exemplo quando a BNC se
trata de um eixo de produção textual deixa eu pegar aqui algumas anotações né então ela vai ela vai mencionar por exemplo a primeira questão de a primeira noção de gramática quando ela fala assim eh utilizar e produzir textos ao utilizar e produzir textos conhecimentos dos aspectos notacionais ortografia padrão pontuação adequada regência verbal concordância verbal né regência verbal sempre que o texto exigir o uso da Norma padrão e isso casa exatamente com com aquilo que você falou que era ou que se faz muito que é a partir do texto você traz elementos de análise linguística e
o problema eu acho que de fazer isso a Eloí já trouxe aqui que é exatamente que o aluno ele não vai conseguir perceber Qual é o padrão ele não vai conseguir através daqueles poucos dados linguísticos que vão aparecer limitados aquele texto ou a poucos textos ou uma prévia seleção dos textos Às vezes a gente faz a seleção do texto com base naquilo que mais aparece que a gente quer trabalhar Exatamente porque é limitado você não vai ter no texto muitos dados linguísticos você não vai ter no texto Total não vai dar para pro aluno fazer
uma reflexão sobre o padrão da língua por isso que eu concordo com a Eloí que do ensino explícito do padrão né o aluno vai ganhar tempo eh faz fazendo isso e a gente percebe assim e no em outros momentos também né Sempre falando de uma análise textual de uma análise gramatical lexical fonológica né Eh e isso vai assim aparecendo nas habilidades as habilidades às vezes são até muito repetitivas né Eu peguei uma parte da para ler do Ensino Fundamental e do ensino médio da bncc E aí no ensino médio a gente acha que vai melhorar
um pouco isso e a bncc diz o seguinte no ensino médio aprofundam-se também a análise e a reflexão sobre a língua no que diz respeito a contraposição entre uma perspectiva prescritiva única eh que segue os moldes da abordagem tradicional da gramática e a perspectiva de descrição de vários usos da língua e aí ela vai colocar certos eh certas eh eh habilidades né que eu tava citando aqui né para isso e a gente tem assim eh eu para citar algumas né algumas habilidades que vão desde lá da do Ensino Fundamental um terceiro ano ao 5to ano
né e é sempre o título das habilidades são basicamente os mesmos né que é utilizar ao produzir um texto conhecimentos linguísticos e gramaticais E aí quase sempre se repete isso ortografia regras básicas de concordância nominal e verbal Há sim uma um um um um desejo da bncc para falar de concordância nominal e verbal que nessa última leitura que eu fiz da bncc aqui eu para me preparando para essa aa eu fiquei assim bastante eh achei bastante forte né esse tipo de coisa depois uma habilidade muito parecida no ensino já no ensino fundamental dois sétimo ano
e sexto ano você vai ter de novo utilizar ou produzir textos conhecimentos linguísticos e gramaticais modos verbais concordância verbal e nominal depois no sexto né também ao utilizar ao produzir textos conhecimentos linguísticos e gramaticais tempos verbais concordância nominal e verbal pontuação quer dizer eh tudo eh parece assim bastante diluído né nessa nessa questão Tá bastante tudo né diluído nessa questão essas informações da gramática né E aí Eh você também falava dessa da nessa pergunta aqui sobre as minhas considerações sobre a inclusão desses conteúdos gramaticais né na bncc e esse é outro problema também né embora
eu já tenha visto aqui na no nos comentários que a alguns percebem que seja um ganho da bncc não dizer como e só apontar aqueles os conteúdos a serem tratados Mas mesmo no que diz respeito a que os conteúdos que estão incluídos depois na nos diversos níveis linguísticos na sintaxe na morfologia na fonética e fonologia a gente percebe que não são exatamente aqueles conteúdos que deveriam ser os relevantes E aí fazendo um um uma pesquisa também nesse sentido né eu eu já tinha escrito um texto junto com um colega com o Júlio Barbosa eh sobre
ensino de gramática desculpa de ensino de morfologia e a gente percebeu já de cara que quando se fala de formação de palavras a gente só encontrava três no ensino fundamental dois basicamente três habilidades né no sétimo ano no sexto no no oitavo ano né E uma delas me chamou bastante atenção que era no oitavo ano uma habilidade que dava destaque que é assim é para análise dos processos de formação de palavras por composição e entre parênteses aglutinação e justa posição os morfógenos interessante no no sentido de ensinar composição né falar dos tipos de compostos fala
das bases que compõem o composto né falar inclusive daqueles usos da produtividade ou não que os compostos têm na língua atualmente a gente já percebe que há um um privilégio da formação por blending do que por composição né na língua português isso é bastante produtivo se forma muito mais blends novos do que compostos novos né blends clar obviamente não aparece aqui na bncc como um ponto a ser discutido mas a gente percebe que é bastante produtivo utilizar eh elementos que são atuais de formação de palavras no caso tô falando da formação de palavras né falar
por exemplo ã da dessas bases Gregas e latinas porque e e que dão muitas palavras formadas na Biologia né dá para fazer por exemplo uma interface com outras áreas do conhecimento né biologia e outras áreas quer dizer mesmo quando aparece né alguns pontos que eh que você percebe da inclusão de alguns conteúdos de gramaticais não são exatamente quer dizer não é aquilo que a gente esperava não é aquilo que a gente parece que é que que que que é relevante para eh um conteúdo explícito que deve aparecer eh no no nos materiais didáticos e tudo
mais né sei se respondi bem aqui mas enfim depois a gente pode voltar a essa questão qualquer coisa também sim com certeza Rafael muito obrigada a gente ainda teria questões bem interessantes para falar sobre a abordagem da gramática na bncc mas a gente está com teto encerrado né são 18:15 a gente só vai ter mais 15 minutinhos para falar mas eh lá no chat a gente tem perguntas muito boas que a gente precisaria de uma vida para responder são grandes e e bem Profundas olha [Música] Ah o professor Adail Sobral fez uma série de perguntas
né eu vou começar a primeira que ele faz é por a reflexão linguístico gramatical na rotulagem de al é com considerada a central senão a mais relevante de todas ele continua o Adail uma dúvida por que a reflexão linguístico gramatical na rotulagem de Aé é considerada a central acho que me repetir qual a definição ainda do Adair Sobral qual a definição de científico nesse caso a bncc não seria científica vocês querem já começar vocês querem que eu continue com as perguntas dele tem mais duas aí noadia só mais duas só mais duas então Adail seria
possível um documento normativo geral abordar todas as teorias acho que várias questões têm relevância mas estão deslocadas porque não é a bncc que se autodefine e um comentário do professor a bncc reflete uma dada concepção de ensino que vai bem além de uma inexistente oposição entre linguístico cognitivo e discursivo social eu queria eh eu queria agradecer a todo mundo que tá aí no debate eu acho que né tem algumas coisas que a gente falou no início eh dessa Live primeiro que é um momento de debate eh e um debate que tem que ser feito né
Por que que esse debate tem que ser feito porque se você olhar eh a gente tem uma uma uma proposta eh conceitual de abordagem de ensino de língua portuguesa desde os pcns e a gente tem visto que eh os que há lacunas e que os problemas continuam assim eu não acho que seja natural eh um estudante chegar acabar a educação básica tendo a certeza de que que são as coisas que a gente ouve de forma geral né que a língua portuguesa é a mais difícil do mundo que que a gente não sabe português e com
uma baixa autoestima linguística tão grande então acho assim eh nós como cientistas como professores como formadores de professores a gente não pode naturalizar que há lacunas no processo de desenvol de habilidades em língua materna no nosso país eh eu acho que isso é um ponto e como a gente falou no inicinho dessa Live é que o nosso propósito aqui não é tornar uma levantar o debate para deixar preponderante uma ou outra visão de língua é que haja uma proposta que em considerações as evidências científicas que estão Então as perspectivas sócio interacionistas estão ok né só
que há lacunas que por exemplo em relação à faculdade da linguagem em relação aos aspectos biológicos em relação à língua como algo também biológico né então em nenhum momento nesse debate a gente falou que era no sentido de jogar fora o que a bncc tem e sim de complementar com lacunas porque é inaceitável que pedagogos que eh professores de língua portuguesa não saibam que uma das coisas que nos define como homo sapiens é a faculdade da linguagem Por exemplo essa predisposição inata e por isso que as crianças aprendem de forma natural e que a fala
é distinta da leitura e da escrita Então o que eu quero dizer nesse sentido é que a gente em nenhum momento e ficou claro assim a gente tentou deixar claro no início dessa é que a gente tá falando assim o documento apresenta lacunas E qual é o problema dessas lacunas quando elas existem elas não entram no debate de formação de professores elas não entram na grade curricular Então a gente tem milhões de brasileiros que não sabem que são os maiores especialistas em português brasileiro do mundo por causa dessas lacunas então são lacunas deletérias paraa autoestima
linguística e para o desenvolvimento das Ferramentas mentais que vão possibilitar que os nossos alunos Leiam e escrevam com mais autonomia com mais consciência com mais autoestima né então em nenhum momento a Gente Tá negando as questões sociodiscursivas a importância da das práticas sociais não é isso mas a gente tá falando que o documento apresenta eh lacunas importantes deletérias pro ensino de língua portuguesa e que há evidências na genética na Biologia na psicologia nas neurociências Então passou do tempo de ignorar a habilidade linguística como algo inato biológico que por isso facultou que as línguas estejam na
sociedade então só para falar isso e uma outra questão que eu acho eh muito importante que a gente tá discutindo aqui já que se trata né de de política linguística já que se trata de política curricular e fazer científico eh a gente sabe muito bem Qual é a consequência do negacionismo de Ignorar as evidências científicas no dia a dia então se a gente é uma a gente tem uma política linguística e a gente pode aprimorar essa política com base em evidências que não são apenas da teoria gerativa não a gente tá falando de neurociências né
assim eu posso encaminhar eu posso colocar à disposição dos professores na na página da gramatic proteca por exemplo sei lá 100 artigos mostrando que as línguas operam no cérebro e que isso é importante ser levado em consideração no processo instrucional sem sem esquecer a questão da variação sem deixar de lado as questões internacionais ninguém tá falando isso mas que a gente tá falando que a gente tem uma política linguística e a gente tem lacunas fundamentais pro processo de aprendizagem e que a ciência tem mostrado essas evidências Eu não sei por que a gente vai negligenciar
isso na formação dos nossos professores no dia a dia da sala de aula não sei porque a gente vai negar a ciência eh em momento algum da nossa vida né então é nesse sentido não é no sentido de derrubar mas é no sentido de falar precisa de complementação E essas são as complementações que a linguística traz mas que tem um uma robustez de estudos da genética da psicolinguística da neurociências da psicologia da biologia da genética mostrando isso né então eu acho que eh uma coisa é política pública mas até as políticas públicas devem ser construídas
cada dia mais com base em evidências né então é fundamental que esse debate seja colocado eu acho que e é muito importante eu queria agradecer muito não só o professor Adail que foi mencionado mas todos os outros que estão no debate no chat a gente não vai avançar talvez se a gente tivesse tido essa oportunidade de diálogo na na época das da da bncc ou nos pcns o documento não ia com tantas lacunas né e eu acho que o que tá aqui em primeiro lugar não é defender teoria linguística é defender uma educação emancipadora que
dê autonomia que leve a consciência o pensamento crítico né que dê as ferramentas pros nossos pras nossas crianças e pro Brasil ler melhor entender o que se trata escrever melhor né É nesse sentido e da daí eu acabo minha participação falando isso assim então obrigada pelas questões eh Obrigada pela oportunidade de debate de diálogo né É Assim Que a Gente Se é assim que se faz ciência né E que talvez se essa o debate pudesse ter sido feito na época da da bncc a gente não teria um documento que repete um outro 20 anos depois
né quer dizer a gente tem uma um problema na na educação linguística em vez de buscar novas soluções a gente fica com velhas soluções né mas eh eu acho que tem que deixar claro isso assim né se você pode fazer uma política pública com evidência científica você tem mais chance de acertar e eu acho que a história recente do Brasil mostra isso e continuar sempre pesquisando é o nosso papel é o papel da abra linha é testar é validar é gerar hipótese e é aprimorar sempre uma lei não é é um documento para ser repensado
um parâmetro uma política curricular Nacional ela tem que ser repensada a cada linha a cada ano para que a gente consiga pela educação transformar a realidade de milhões de brasileiros e brasileiras que estão esperando essa resposta da sociedade das Universidades e dos pesquisadores e é com o debate com a construção e com o diálogo que a gente vai fazer isso então muito obrigada obrigada aí pessoal pela participação é fundamental que a gente tenha esse momento Essa energia esse debate para melhorar sempre a educação linguística em nosso país então Elô obrigada eu vou abrir só mais
para duas questões tá o professor Adeílson cedrin estou diz né Estou adorando o debate também estou achando super pertinente as provocações dos colegas a e Alexandre eu acho que ele tá falando do Alexandre cadil que diz assim eh o Alexandre diz muita coisa eu vou selecionar aqui uma das falas dele acho que é uma confusão gritante acerca de como funcionam as políticas linguísticas curriculares não se pode confundir o fazer científico como com o fazer política curricular na de educação linguística eh tem uma outra Andressa Dávila diz assim um dos exemplos práticos desse tipo de trabalho
é proposto por Roberta Pires de Oliveira e Sandra quaresemin no gramáticas na escola 2016 mostrar o aluno a língua enquanto objeto natural e gente tem muita coisa aí o Alexandre conta se se você me permite só eh queria também agradecer todo esse debate que tá acontecendo aqui no no chat tá até um pouco difícil da gente Fal falar e acompanhar o debate ao mesmo tempo né ainda bem que você tá mediando aqui eh e para concordar com com a Eloí né De que De toda essa discussão né que nós estamos falando de teorias e tal
eh eh o fundamento né principal é uma melhora educação mais inclusiva né com melhorias para os nossos alunos para que eles né aprendam de maneira mais eficaz e tudo isso isso é muito mais importante do que o debate teórico né agora de modo não dá pra gente fechar os olhos para o fato de que existe dentro da bncc uma limitação dessa visão né que não contemplam outras teorias né então o o debate também tem que levar isso em conta né Nós não estamos falando de privilegiar uma ou outra teoria mas pelo menos dar visões diferentes
dessas teorias né E como a Eloí falou eh olhar para essas lacunas parece que a gente não avançou tanto também n dos pcns para cá né 2017 2018 se passaram mais de 20 anos então Eh Quais são as lacunas né E mesmo na questão dos conteúdos a gente tá repetindo conteúdos de gramática com base na gramática normativa e será que é só isso né a linguística falando aqui da nossa puxando aqui né a a brasa paraa Nossa sardinha que é a linguística na educação né né aí linguística falou de tanta coisa e como é que
esses conteúdos né científicos e levam ao debate científico não não aparecem né na nos conteúdos da bncc ou aparecem pouco lacunas lá dentro né e a gente sabe que no final das contas isso é um documento né é um documento que vai ajudar a nortear outras políticas linguísticas na verdade muitos materiais didáticos vão se basear no que tá previsto quer dizer a gente abre um livro didático e uma das primeiras coisas que a gente vê no livro no livro é uma série uma tabela com todas as habilidades que aquele livro vai vai contemplar ou não
então politicamente tem um peso enorme aparecer um determinado conteúdo ou não aparecer um determinado conteúdo na bncc aparecer ou não aparecer determinada teoria dentro da bncc Então esse debate também é dessa maneira político e é claro é um debate e eu acho que essas lives nessa semana toda a gente tá só começando pessoal ou seja vem muita coisa por aí até sexta-feira né eh vão gerar e eu espero que gerem todos esses debates porque no final das contas o que a gente quer é construir algum documento que a gente possa fazer esse debate ainda que
um pouco tardu mas que a gente possa debater essas coisas né sem ficar com meandros de ai não vamos falar disso ou não vamos falar daquilo dentro da bncc e tal né vamos discutir tudo se possível né Eh então agradeço mais uma vez eh a participação das pessoas eu quero agradecer de modo especial essa colega querida amiga Eloí que tá aqui deu poder estar aqui junto com você com quem eu aprendo né Sempre entrei inclusive para esse debate sobre ensino por um convite da Eloísa lá em 2017 ainda queria agradecer muito também essa colega e
amiga noadia que tá aqui mediando a gente eh fundamental a sua a sua percepção e seu conhecimento da formação de professores trazendo essa outra visão também tanto pro debate dentro da comissão de linguística na Educação Básica eh quanto aqui né E quanto em todos os os demais as demais coisas que a gente promove as obras e tudo mais muito obrigado também noad muito obrigado pessoal Obrigada Rafael muito obrigada elía gente nós agradecemos muito a audiência de vocês agradecemos especialmente as as contribuições no chat embora a gente não vai ter tempo de discuti-las todas aqui mas
a gente vai ver todas elas porque são importantes para pra gente reelaborar esse documento né E mesmo discutir se fazer o fazer científico é é desse jeito que se constrói Então por uma questão de tempo nós já ultrapassamos 2 minutos a gente vai encerrar agora mas Lembrando que amanhã continua a discussão agora com um tom um ponto mais específico né fonética e fonologia na bncc a gente já sabia que hoje seria difícil abordar todos os temas que gostaríamos né mas Durante a semana eu acho que esses temas vão ser retomados e aprofundados dentro dos níveis
de ensino Tá certo muito obrigada a todos a gente continua seguimos até quinta-feira com essa discussão tchau tchau pessoal aau ra chocol