Sim, sim, sim. Tá começando mais um Market Makers, episódio ao vivo. Hoje são 18:07 da terça-feira, dia 6 de maio de 2025. Eu sou Thigo Salomão. Tá frio aqui, ó. Estamos até de moletom. Aliás, quando é que a gente vai poder divulgar esse moletom, Josu? Não pode ainda, cara. Ah, já pode. A gente já divulgou pros membros do M3, né? Mas como que faz para comprar esse moletom, cara? Vamos colocar lá no Instagram, né? A gente coloca os links lá. Então, você aí que tá querendo adquirir um moletom canguruzinho, esse daí. Nossa, esse aqui é
bom. Tem bolsinho aqui, gorrinho aqui, ó. É bom esse aqui para andar na bol. Só entrar lá no nosso Instagram que o link vai tá lá. É isso. E bom, o episódio hoje vamos falar assunto bom, né? Falar de política, falar de Brasil. Faz tempo que a gente não tem um papo sobre política. A gente tá aqui com um convidado, bom, conheci ele nos tempos de XP, o nosso querido Richard Bach. Ele foi chefe de gabinete do Alexandre Padilha por 2 anos no Ministério de Relações Institucionais. cuidava também do diálogo com o setor privado. Eh,
o Richard pediu a demissão na semana, semanas atrás, eh, já tem aí um um tempo, talvez a gente veja o Richard de volta aqui na Faria Lima, não sei. Vamos ver se ele vai responder aqui ao vivo, mas legal ele tá aqui. É um cara que desde o tempo lá de XP a gente falava muito, porque ele ele navegou muito bem pelos dois lados, né? tanto no no mercado financeiro ali, ele praticamente desenvolveu a área de pesquisa política ali, análise política na XP, onde ele foi sócio também, eh saiu da XP em 2023 para assumir
esse cargo eh no no gabinete do Alexandre Padilha e agora ele tá aí para é bom trazer pessoal que tá tá livre, leve para falar porque fica e ainda ao vivo, hein? Vamos ver se a gente coloca o Richard numa situação desconfortável, mas quero agradecer, obrigado por est aqui na Paria Lima com a gente. Bem-vindo ao Marketmers, meu querido Richard B. Pô, obrigado. Eu, cara, tô até tava falando aqui, eu tô meio sem prática, fiquei dois anos lá sem falar com imprensa e na imprensa, então você fica meio meio travado assim. É, não relaxa que
a gente a gente trata bem nossos convidados aqui. Profissional profissionais são vocês. Obrigadão, viu? Obrigado mesmo. Muito legal. Primeira coisa que pública assim que tô fazendo desde que saí do governo e, pô, que honra, ficamos honrados aqui. Espero que seja o primeiro de várias, né? Então, eh, só lembrando, pessoal, tá chegando agora, se inscreve no canal Marketm já, ó, 440.000 inscritos. Caramba, hein, Josu? Você imaginava, cara? Cara, esse ano a gente cresceu um canal, né, de 100, 120.000, 110.000. Caramba, cara. Foi assim, mas a gente quer crescer mais. Então, pô, tá vendo aí o canal?
Faz o login ali para você se inscrever. já é inscrito, clica lá em Seja Membro. Você ajuda o Marketmers a fazer isso para levar para mais pessoas. Eh, por menos de R$ 8 por mês, você tem o benefício de assistir todos os episódios do Marketmakers sem os anúncios do YouTube. É só quando você virar membro, vai aparecer os episódios com uma estrelinha verde ali, que é só para membros. Aí você consegue ver. E em episódios como esse, episódios ao vivo, você tem a prioridade para mandar perguntas aqui no chat. João Víor Rodrigues já falou aqui,
ó. Sou um baixo convidado. É, a gente chega, a gente chega mais perto aí o microfone. Isso. Pronto. Quem sabe faz sem prática, tá vendo? Mas já resolveu. Pronto. Vai sair. Vai sair. Vamos lá. Josu. Eh, quer dar mais algum recado inicial? Eu já dei o recado de inscreva-se, apoia o Marketmers. Ah, o dossiê Brasil vai tá aí, o link na descrição. Ô, boa. O dossiê Brasil voltou. Esse aí é um trabalho espetacular que o Caio produziu ali com a nossa equipe. É praticamente um compilado das grandes conversas sobre Brasil que a gente teve aqui
no Marketmers. E putz, esse trabalho é espetacular. Quem baixar e ler ali, vai ter uma bela aula de, ou melhor, talvez até entender porque que o Brasil tem as suas amarras eh tão difíceis de serem resolvidas e mas vale a pena acompanhar esse super conteúdo. Josu, qual o ponto de partida que eu tô vendo a chamada que eu sempre episódio ao vivo eu me guio pela chamada aqui, né? Tá, rombo de 90 bilhões, fraudes e demissões, o que está acontecendo, enfim, qual que é o melhor assunto pra gente dar o pontapé inicial com o Richard
que tá voltando ativa aí para falar de análise. Ele tá voltando e já vai ter que já vai ter que segurar uma bomba dessa para explicar pra gente o que que tá acontecendo, né? Mas eu acho que é impossível não começar por outro tema. É, então, Richard, assim, a gente vai, como o mercado financeiro tem acompanhado política nesse ano, né, talvez o tema eleições, ele sempre antecede, né, 6 meses eh antes no mercado, né, mas já em 2025 a gente já tá começando a falar mais de eleições. E recentemente a gente tem visto o as
questões envolvendo o INSS, que tem ganhado mais o noticiário. É, e junto a isso, a gente também tem visto uma movimentação maior do governo, talvez pensando até em aumento de popularidade, enfim, e já pensando no que as pesquisas têm mostrado ali de um enfraquecimento do do Lula, eh, pensando já numa reeleição. Enfim, pegando tudo isso, colocando ali no no caldeirão ali na sua análise, qual a sua visão e o que que tá acontecendo aí no no Brasil nesses dias? Pô, cara, a assim, a coisa das pesquisas, eu até tava checando porque eu tinha isso de
cabeça, mas não tinha não tinha bem checado. Assim, eu eu acho que claro que o mercado se antecipa muito e e o tema político nos últimos anos, desde 2013, né, é uma coisa da da do cotidiano das pessoas, assim, do nosso, acho que não se debatia tanto assim antes, ou pelo menos eu não tinha memória. Eh, todo mundo passou a conhecer os ministros supremo, quem é o líder, quem é o presidente da Câmara, quem é o presidente do Senado, quem era o presidente da Câmara em 2008, ninguém sabe. O cara sabia que tinha um problema
no Lean Brother, sabia outras coisas, né? Eh, mas isso passou a ser muito relevante por um assim, tem um lado de cidadania que é importante e tem um lado que é deficiência do país. Você precisou saber dessas coisas para poder operar, para poder fazer ali tocar seu fundo, tocar seu portfólio, né? Essa parte é a parte ruim da coisa, né? Eh, em mercados normais você não tem tanta necessidade. Eu duvido que as pessoas saibam que qual na Dinamarca, qual é a influência que o parlamento tem no mercado, a Novo Nordis que tem, né? Eh, mas
assim, eh eh eu eu fui checar assim em março de 2021, quer dizer, um eh mais ou menos o mesmo período que nós estamos, o Bolsonaro, então presidente tinha 30% de aprovação e o Lula não tinha nem o direito político. Ele foi recuperar os direitos políticos dia 8 de março, né, quando o Faquim eh ele anula a as coisas da Lava-Jato, aí ele tem o direito político de novo e depois vira candidato a presidente. Então, eh, tá longe, né? Assim, tem uma diferença muito grande e isso dá para ver vivendo esses dois mundos, vivendo Brasília
e vivendo Faria Lima. E eu tive também na no FMI, na semana retrasada lá nos Estados Unidos, tem uma uma demanda do mercado por eleição que dá para entender perfeitamente porque é meio binário o que aconteceu na eleição pro pro Brasil. Eh, mas tem também uma pressa que Brasília não tem, que o meio político não tem. Por exemplo, aqui na Faria Lima, neste CEP aqui, eh, Tarcísio, candidato favorito, vai ganhar a eleição, blá blá blá, você vai em Brasília e fala com a turma lá, com quem toca a política, com quem toca esse mercado da
política. Os casos, acho que o candidato é o Lula e ele é o favorito. Então, tem uma uma assim uma uma dissonância muito forte, um entre quem toca política acha e a Faria Lima. Eh, já teve momentos como em 2018 que a Faria Lima tava certa. A Faria Lima desde algum momento cedo, em 2018, achava que o Bolsonaro ia ganhar a eleição. Abandonou o Alkiming, lembra? Eh, e o Bolsonaro ia ganhar a eleição, tal. Eu era um dos caras que tinha dúvida disso em 2018, achava que era meio estranho eh essa coisa do Bolsonaro. Ele
ganhou eleição, né? E aí em 22 a Faria Lima achava que dava Bolsonaro. Cadê a turma do Lula na rua? Quando você chamação não vai ninguém, vai o Lula, ganha a eleição. Então você tem momentos assim, eu acho que tá muito cedo, sabe? Eu acho que a turma da política ainda vai eh pilotar mais esse cenário do que o mercado. E tá tá cedo. É claro que o Lula e o governo vão fazer coisas para recuperar a popularidade. Eh, esse rombo no casco aí do INSS, eu acho que ninguém tava esperando, né? Eh, pô, roubar
velhinha é um negócio meio é é um crime brabo, né, bicho? Assim, é feio demais. Eh, você tem um anteparo ali que tá sendo tá sendo, pelo menos o governo tá apostando bastante na comunicação disso, que é a CGU muito em cima, Polícia Federal muito em cima, uma mobilização para você devolver o dinheiro das pessoas o máximo que possa, mais rápido que possa e tentando virar a agenda, né? Eh, acho que o Lula deu orientação muito clara, não tô falando nada também que ninguém sabe, em janeiro, na reunião ministerial, ele chamou os os ministros. A
cobertura da imprensa nem foi tão boa nesse episódio, porque eles falam eh que o Lula disse que poderia não ser candidato, quando na verdade a fala dele é, eu acho que assim, tem o governo tem que se mexer para chegar competitivo em 2026 paraa minha reeleição ou para alguém que eu escolha. Então ele não tá abrindo mão um de pilotar o cenário, de ser candidato de coisa nenhuma. E dois, ele deu orientação pro governo. Eh, teve uma espécie de gesto ali e a gente tá vendo a ministra GZ agora no palácio, tem o ministro Sidone
lá no palácio. Eh, tem sempre um zom zom zom de bolos. Vai para lá, não vai para lá. Hoje isso ganhou força de novo. Eh, mas isso também responde um pouco eh do de você ali teve uma espécie de aceno pro centrão, diz: "Ó, se vocês vierem, pode ter uma reforma mais ampla, eh, mas tem que ir todo mundo para 26. Se o Lula tivesse com 60% de aprovação, tinha vindo todo mundo, né? Como ele tá com 30, 30 e poucos, não veio ninguém, né? Assim, então tá olhando e tá dizendo: "Bom, então eu vou
com os meus". A a GZ foi a presidente do partido que fez a coalizão, que ele ganhou a eleição. O Sidone foi o cara que tocou a campanha, fez a marca da campanha inteira. Uma campanha difícil, dura, né? agora toca a marca do governo, toca a campanha e e o marketing no governo. Quer dizer, ele tá trazendo então as pessoas mais de confiança ali e que estavam pilotando a eleição dele. Coloco o Padilho, meu meu ex-ministro na saúde, que é uma área sensível, que precisa de uma mobilização, um programa importante com mais especialidades, que ele
tem experiência para tocar, fez o mais médico 2012, 13, e agora vai tocar esse. Isso tudo responde claro a a necessidade do governo andar e claro, no impacto na popularidade. É, mas de novo é cedo. É, é, acho que o mercado tá animado demais. É assim, o governo tem os instrumentos agora e a oposição não tem, né? Eh, 2018 C aí, 2018 do 22 foi o B e agora é o C, né? Lula e Bolsonaro, confronto final, sei lá como é que vai chamar isso. Mas, cara, eh, eu acho que a assim, a bola tá
com o Lula. o Bolsonaro pode fazer esse movimento, para encerrar esse essa essa abertura, ele pode fazer esse movimento e eh provavelmente vai ser preso. Nunca achei que que eu sempre achei que a justiça brasileira, do jeito que o cenário tá montado, tá? Não tô fazendo análise de mérito, precisa ir, não precisa. Eu não sou nem, sou historiador, bicho. Eu não sei nada de direito. Eh, mas o o do jeito que tá montado o cenário, né, eu sempre achei que a justiça tem que ser muito mais criativa para não prender o Bolsonaro do jeito que
as coisas estão, tudo mais constante, do que para deixar ele solto. Ia ter que ter uma criatividade dos caras de no meio do caminho dar um um uma volta e dizer: "Não, pera, aí não era bem assim", sabe? Então, tudo mais constante é muito provável que ele vá preso assim e aí a bola fica do lado dele. Se ele tomar a decisão de não ir ou de não ser um dos filhos. Quer dizer, o Bolsonaro vai ter um momento decisório que vai ser importante pro cenário. Uhum. assim, ele pode tomar decisões que ajudem à direita
e pode tomar decisões que visem mais proteger ali o núcleo político dele, o sobrenome, sei lá, como é que ele vai fazer isso. Eh, mas a bola agora, mesmo com todas as dificuldades, está com o governo. O governo é quem tem iniciativa. Eu acho que o Lula ainda é muito competitivo. Acho que a turma da política, alguma coisa ele sabe, né? Eh, o político brasileiro se move, principalmente o central, né? Eh, não é per ideologia, sobrevivência pura, então ninguém pula do governo, ninguém fica muito no governo também, tá todo mundo esperando. Eh, e assim, acho
que que o cenário até pode se acomodar o que o mercado quer em algum momento, mas ainda tem que andar bastante coisa e aí a iniciativa tá com com o Lula. Deixa eu trazer uma pergunta aqui pertinente até para Eu gosto desses papos ao vivo porque pegam muito ali o o termômetro atual ali, né? Sim. Ao. Você veio do mundo político, entrou na XP em 2015, ficou ali por 8 anos e voltou pro mundo político. Então assim, você navegou entre Brasília e Faria Lima dos dois lados e agora até falou: "Pô, maneira que a Faria
Lima tá vendo é diferente da maneira que Brasília tá vendo?" Isso é estrutural? Assim, eh, eu acredito que a resposta é sim, mas o por que que a Faria Lima não aprende a olhar a política do jeito certo, né? O o quanto que, sei lá, talvez aquele wishful think, né? Faria Lima deseja tanto um candidato de direita que acha que o Lula não é favorito em 2026 ou eh até jogar aqui no chat, pô, pergunta para ele por que a Faria Lima apoiou o Lula em 2022. Enfim, você tinha essa percepção de que eh o
que que você sente, né, dessa essa maneira da Faria Lima, quando a gente fala Faria Lima, são os investidores do mercado financeiro do Brasil todo mais concentrados aqui, eh, de olhar o cenário político e a maneira dos políticos mesmo, que são quem fazem esse jogo acontecer. Acho que acho que são, primeiro assim eh eh são duas formações muito diferentes de vida, né? o como o cara que tá na política forma o o raciocínio dele, o tempo dele, eh, e como quem tá no mercado se formou também. Uma coisa, o cara o cara geralmente tem mais
proximidade com exatas, ele faz análises mais racionais, né? E aí você tem um descasamento meio estrutural de como as pessoas se formam para chegar e nos lugares que chegaram. Depois assim, eh, na situação que tá o mercado, cara, você olha para para para agora os fundos machucados como tão, pô. É até normal pensar que o cara tá olhando ali pro pele dele, pô, cara, tem que ser um cara daí, pelo amor de Deus. O cara começa a rezar, né, bicho? Então, ele tá olhando até pela pela sobrevivência do negócio dele. É, dá para entender assim
que e depois aproximação ideológica. Acho que não é só aqui, né, em vários lugares do mundo, assim, os Estados Unidos você já teve eh eh isso um pouco mais diferente. Hoje tem muita gente em suí que apoiou o Trump e você não teve isso na primeira eleição dele. Então, acho que assim, primeiro, acho que a Faria Lima apoiou o Lula em 22, não, cara, tava aqui assim, todo mundo que eu falava eh queria a continuidade do governo por causa do Paulo Guedes. Tinha muita gente que tinha bronca do Bolsonaro por causa do Covid, vacina. Eh,
você teve uma parte dos economistas ali, Casa das Garças, uma turma ali que foi apoiar o Lula, isso é fato, que não é gente da Faria Lima necessariamente, que tá operando aqui, que tá sentado atrás de matela, tal. Eh, mas o grosso da Faria Lima foi ao Bolsonaro, eh, por causa do Paulo Guedes, do Campos Neto no Banco Central, pela política econômica, né? Eh, isso é importante também assim, o o quem mais representa o que a Faria Lima acredita e a entidade Faria Lima, todo mundo no Brasil que que tá ligado ao mercado. Eh, e
lá a turma me chamava de Faria Alimer do do governo às vezes assim. Então também sou da comunidade aí de algum jeito. Eh, mas assim, quem mais quem mais tem proximidade ideológica, e é normal as pessoas terem ideologia, isso é bom, se não é ruim, eh, com o que acredita o mercado em termos econômicos, a pauta fiscal, a agenda de eficiência, eh uma agenda que às vezes eh eh nos ajustes ela tem que ser mais dura, né? É a direita, enfim, são os partidos da direita. era o PSDB antigamente e PSDB esfarelou, enfim, isso ficou
ali meio no no Bolsonaro e nessas coisas que surgem no espectro da direita, assim, a turma da esquerda não tem muita proximidade, mesmo o Hadad tentando fazer tudo que fez ali, ficou muito claro que não ia ter ajuste, ficou muito claro, rápido, que não ia conseguir fazer uma agenda de corte de gasto mais profunda. Foi pro ajuste por via da receita, eh, para tentar e dialogar com o mercado, dialogar com a agenda do mercado, mas não é uma agenda do mercado, né? eh o que o PT faz ou partidos de esquerda têm ali na sua
na sua pauta ideológica. Então acho que assim, parte da diferença tá aí, sabe, da predileção que o mercado tem pela direita, mas parte eh essa coisa da avaliação, eu acho que são mundos muito diferentes mesmo, assim, eh, pô, é difícil, cara. Você vai avaliar o mundo de um relogeiro, o que que esse cara pensa? Sei lá, que diabo que esse cara faz com a chave de fenda dele, sabe? Assim, eu não vou saber dizer o que o cara pensa, porque a formação, o que ele faz da vida, é completamente voltado para outra coisa. Eh, eu
acho que são mundos distintos, né? A gente até, isso é legal assim, porque quando eu entrei lá em 2015, eh, você tinha um, era muito apartado a Faria Lima do do Congresso, assim, o mercado do Congresso, pô, era mundos muito distantes, não tinha muito diálogo, era um negócio estranho. Eu ainda mais que 2015 também foi talvez a grande ruptura, né? Foi a vitória da da Dilma que foi super, talvez tenha sido a primeira das várias eleições bem acirradas, polarizadas. teve uma consequência no mercado financeiro. 2015 foi uma onda de demissões em bancos e corretoras, então
o pessoal sentiu na pele a o resultado da eleição. Eh, e veio também o impacto econômico ali, né? Então, acho que essa esse distanciamento era até eh compreensível, né? Mas de fato não existiam analistas políticos como você criou ali na XP eh dentro do do mercado financeiro, né? É, a gente acaba que é meio produto da crise, né? Assim, a gente trabalha mais quando tem crise, né? Quando tá tudo bem, você fica olhando dizendo: "Pô, ficamos chato, ficamos, o Brasil ficou entediante, né?" Então você é meio produto de crise assim, o que o que a
gente faz da vida, assim, os analistes políticos. Eh, de novo, deve ser chato para caramba comentar a política na Eslovênia, né, cara? Acontece nada. E aqui no Brasil, meu amigo, que o roteirista ele ele se esforça. E aqui o House of Cards ficou para trás faz muito tempo, cara, assim. E é assim e e 2015 é isso, não tinha muito não dava liga, sabe? E aí quando vem o Temer, você tem um todo um impulso ali também. Tinha pessoas que o mercado reconhecia no governo, né? Você tinha o Guardia, você tinha Ana Paula, Mansueto, o
Genta foi lá eh eh trabalhar com com o Mansueto na SPE, né? Você tinha o o Willan no no Banco Central, Kuk, né? Você você tinha muita gente ali que o mercado se reconhecia, né? e uma agenda eh que era ponte pro futuro, que fez um gesto pro mercado muito forte também, que o Moreira Franco tocou com Temer e com Eliseu Padilha, né? Eh, ali assim, seja por isso, seja pelo trabalho também que as casas de análise fizeram, a gente, outras, eh, começou a ter mais proximidade do mercado, né? O mercado começou a ir paraa
Brasília, você não tinha tour de economistas indo paraa Brasília regularmente, não tinha muito intercâmbio assim, eh, ainda ainda de parte de Brasília, eh, porque a gente olha e diz: "Pô, a Faria Lima não entende Brasília. Faria Lima". A Brasília também não entende a Faria Lima, cara. Não tem tela de bloomber em Brasília. Você tem no Banco Central, no da Fazenda e de algum maluco que tope pagar o seu ali. Eh, mas não tem, sabe? As pessoas não olham e diz: "Não, essa decisão que eu tomar aqui, pô, vai mexer na curva". Que curva assim, curva
é de estrada, não tem curva. Que que é curva? Sabe o que que é NTNB, que que é B, sei lá o quê, sabe? Não tem assim, quando você tá lá no Congresso ou você tá tomando decisões eh cotidianas ali no governo, você não leva em conta isso. Tem uma variável que é câmbio, né, cara? Porque aí câmbio é é muito evidente. Bolsa já nem é tanto porque ninguém sabe muito explicar, tal, mas câmbio é muito evidente porque aí afeta o cartão de crédito do cara em Orlando comprando bugiganga, o deputado senador, o cara do
governo. Então o cara sente na pele também. Mas é a variável assim, mas tirando isso, a política também não entende muito o que que a que que Faria Lema fala ou quer ou pensa, né? você tem alguns expoentes, assim, acho que o Rodrigo Maia nos últimos anos foi o quando foi presidente da Câmara, era o cara que mais entendia disso e discutia os assuntos com propriedade quando tinha projeto lá eh eh que mexia com o mercado, que tinha a ver com impacto no mercado, mas no no Congresso, e claro, você tinha no governo bastante gente
que era de mercado, eh, mas não não assim não é um negócio natural, sabe? Tanto da Faria Lima para lá quanto de lá para cá. E eu acho que nunca vai ser assim falando, arriscando aqui, mas eu acho que nunca vai ser muito natural. São dois mundos muito distantes, cara. Um relógio gira muito. Isso foi o Benny Parnes que eu ouvi falar a primeira vez. Não sei se é dele ou se ele trouxe de alguém, mas cara, o relógio de Brasília gira devagar para caramba. Assim, 60 segundos tem um dia e meio. E o da
Faria Lima já rodou 250.000 vezes. Mercado já foi, já voltou, né? Quando saiu fontes lá, pô, para Brasília, isso daí é só mais uma coisa. O mercado vai, volta, todo mundo enlouquece. quebra uns dois, os quatro, ficam rico. Eh, sim, entendeu? Então eu acho que nunca vai ter. Eu, pô, tomara, né, cara, eu preciso trabalhar, né? Não, eu fico até com medo. Eu já brinquei com isso aí também, é lógico. Então, deixar bem claro, né, aqui, mas, pô, eu fico até com medo dos políticos entenderem como funciona o mercado financeiro, porque se eles soubessem o
efeito que eles fazer. Pera aí, vamos mandar um fontes aqui. Pera aí, pera aí. Tem alguns ali que a gente até desconfiava que tinha uma Bloombergzinha aqui. Fala alguma coisa ali. Pera aí, pera aí, pera aí. Manda f. Mexia muito, né? O mercado mexia muito. Agora gente, para quem tá acompanhando especificamente essa crise atual aí do INSS, né, acho que falar em termos técnicos do que aconteceu ou não, a polícia ainda tá investigando, todo dia sai coisas novas, mas pra gente ter uma noção assim de de como que isso pode impactar eh as próximas as
cenas dos próximos capítulos aí, né? Acho que você já apontou aqui que tá muito cedo ainda, mas como que isso vai gerando um desgaste no governo e como que isso interfere na agenda do governo, né? Porque eu acredito que o governo tem uma agenda, quando acontece uma bomba dessa, o governo tem que se reorganizar, qualquer que seja o governo, e o a oposição vai tentar se utilizar disso, qualquer que seja o governo, novamente, para poder enfraquecer a agenda e tal. como que isso mexe ali no dentro do governo e quais são as coisas que, pô,
a gente tem que ficar de olho ali que vão acontecendo. Eh, acho que hoje teve o desembarque do PDT, né, do do governo. Isso é uma sinalização de que realmente ninguém tá querendo embarcar com o governo e vai deixar o governo em banho maria ali esperando as sinalizações. Eh, você puder trazer pra gente um pouco de como que se faz o acompanhamento de uma crise dessa? Ah, assim, pro governo não baita problema, porque é a primeira crise de corrupção real. Você tem casa aqui, casa ocular, coisas esparsas, aí tem emenda secreta, tem um monte de
um espectro ali sempre circulando as coisas que estão com o Flávio Dino, né? Toda hora aparece alguém, mas são coisas mais focais que não dá para você chamar de de um problema do governo, um problema de Brasília, sei lá. Eh, assim, esse é, né? Esse tá gestado ali, a coisa vem de 2000, sei lá quanto, 18, 19, mas a aceleração durante o o ministério sobre Lup ali sobre o Stefanuto no SS é imensa, né? E com o negócio piscando ali, ó, pessoal tá reclamando, que que é isso? As pessoas estão perguntando eh eh o saque
lá bombando e os caras dando autorização para pro pra turma fazer o que fez, né, assim. Então, pô, tem um problema ali, né? Evidente, né? Eh, caiu o cara do NSS, foi afastado, caiu o ministro, o PDT saiu do governo. Tem todos esses fatos assim, o que que eu acho que machuca o governo de verdade? Se se não tiver, sinceramente, sendo muito gelado aqui, isso em três meses não é mais assunto. Pagou os velhinhos tudo que tinha que pagar, tomara que pague. Eh, mesmo que depois para recuperar esse dinheiro do outro lado seja o caos,
geralmente não recupera. Eh, mas pagou os velhinhos, trocou o ministro, botou a Polícia Federal, CGU para continuar investigando TCU, sei lá, Interpol, chama quem tiver que chamar, eh, coloca para investigar a sério mesmo e prende quem tiver que prender, pô, cara, você sai do outro lado vivo. O que que vai incomodar se acontecer mesmo? CPI, se tiver CPI, aí isso fica ali, não tem aspirina que que cura sua dor de cabeça, sabe? E CPI, por natureza, eu tava no centro nervoso da política ali do governo, cara. que a gente trabalhou para não ter CPI nesses
últimos dois anos foi assim uma maluquí, porque tem uma linha que você faz que é instalar a CPI de qualquer coisa, a CPI da do garrafa d'água do que só pode funcionar três em cada casa, né? É, simultaneamente três, cinco, sei lá, não lembro agora da regra, mas é regimental. Eh, então você corre como governo para tentar instalar ali CPI de qualquer coisa para quando tiver uma braba dessas você não consegue instalar porque a outra não terminou, né? Então, no mínimo você ganha tempo. A gente fez isso para caramba, assim, eh, e todo mundo faz.
Os governos têm isso como método. Você começa o ano, tem ali tudo list, aí você faz isso, instalar CPIs que não tem nada a ver com nada, tal, porque é o jeito do governo se defender da oposição, né, cara? Isso é da luta política. Ele nem sempre a CPI para investigar o fato. O cara começa a falar de qualquer coisa, né? Eh, assim, mas a CPI eu acho que é um problema, que aí isso fica e não desaparece. PDT saí do governo. Assim, esses partidos eles eles tão no governo, mas não tão no governo, né?
Eh, o PDT assim, tem uma parte deles que tinha uma proximidade imensa com o Artur Lira, por exemplo. Então, respondiam quando a gente tava lá muito mais ao Artur Lira em muitas muitos momentos do que ao PDT, ao Lup, ao presidência do PDT ou ao governo. Então, eles os partidos hoje ali são meio quebrados, sabe? Que isso vai ter uma uma coisa prática assim, pô, o governo tá mal, o PDT desembarcou. Acho que não. Até porque o Ven é um cara do PDT histórico do PDT. O pai dele é um cara do PDT. Eh, eu
conheço o Vy demais, assim, é um cara legal, a princípio não tem nenhum nenhum problema. Eh, ele tava ali na Secretaria Executiva Escanteado, então acho que o governo trabalhou direito assim, eh, eh, colocando ele, sabe, mantém algum laço com PDT do ponto de vista político, né? Não sei como é inestão. Eh, mas do ponto de vista político, você mantém um laço com o PDT, mas não, mas troca a guarda, sabe? Ele é de outra geração no PDT, enfim, é um cara de outra região, do Nordeste, né, do PDT do do Sudeste. Então você tem diferenças
ali. O o o palácio impôs o novo presidente, eu não conheço ele, mas impôs o novo presidente do INSS, que é para coisa, as investigações não terem, a princípio, eh, interferência, né? Então, é um cara dali que é da carreira da da AGU, se eu não me engano, da advocacia geral da união, que é um cara meio independente assim. E a princípio eh eh eu tô falando isso para dizer o quê? Eh, as respostas que o governo deu até agora, elas são adequadas, tá? eh, para se livrar de uma crise. Eh, assim, é um problema
que tá ali, é um desastre que aconteceu, horroroso, um negócio feio, quase que nem bater em mãe, mas, pô, o governo fez o que tinha que fazer, o manual de como você responde a uma crise, os caras estão fazendo direito, né? O que pode quebrar um pouco isso é ter CPI. Se a oposição implacar a CPI aí, porque aí assim além da própria CPI, você tem um arrasto que ela traz de problema político, que aí tudo para ser votado fica mais difícil, fica mais caro. Eh, a agenda do país vira aquilo, a imprensa cobre para
caramba. Você uma CPI do COVID, né, durante o governo Bolsonaro. Então, aquilo ali virou uma coisa assim, a imprensa fala o dia inteiro, todo dia daquilo, sabe? Eh, se conseguir a CPI, eu acho que é aí aí vira problema. Se não, cara, assim, e a política é cínica, né? Eh, em dois, três meses, cara, isso deixou de ser assunto assim. Então, a oposição tá certa, tem que ir para cima da CPI, tem que fazer a CPI acontecer e o governo tá certo também, tá fazendo o seu. Então agora é briga de força ali para para
ver quem quem leva no final. Ô, Richard, eh, uma coisa que eu admiro muito em você e acho que a nossa audiência tá percebendo isso é assim, você analisa os fatos políticos com a cabeça política mesmo, né? E mas o mercado assim, a gente até, pô, a gente tá ao vivo aqui, eu vou acompanhando o chat, né? Então, pô, não dou like para petista xingando muito aí, não. Não é mais, é mais assim, é o cara que vem com aquele aquela coisa, um viés mais emocional, né? aquela coisa que faz parte do mercado financeiro, eh,
nas suas interações ali com quando ia ter lá representar XP ou até o governo mesmo ia ter um papo com alguém no mercado, assim, era normal alguém ter assim, porque aqui no chat é normal assim, o cara no no no conforto do anonimato ali xingar alguma coisa, mas às vezes numa sala de reunião com gestores, com investidor, o cara fala: "Mas que absurdo, como falar que o governo tá fazendo certo e tal". Enfim, como é que você sentia essa relação assim? tem um o mercado era mais polido em relação a isso ou às vezes tinha
umas umas quase que uma briga de foice no escuro ali com o pessoal do mercado? Cara, no mercado tem uma até assim do que a gente fazia ali, tem uma divisão muito clara, assim, gringo não tá nem aí, o cara vai objetivo, ponto final, então ele entende o que você fala ou pelo menos faz de conta muito bem que entende o que você fala e e vê como aquilo pros investimentos dele faz sentido ou não para a tese do cara. Então, o o investidor institucional local assim, claro que tem mais paixão, o cara tem mais,
o cara mora aqui, vota aqui, enfim, o cara tem mais envolvimento, por óbvio, né? Eh, seja de um lado, seja do outro, enfim. Eh, mas a turma também é mais analítica, então costuma receber as coisas mais para montar a tese, para pro cara fazer fazer o trabalho dele, né? E a gente também atendia varejo, né? os escritórios e o private. Aí você tinha que assim, eu acho que tinha um uma um um uma pernada mais de explicação para você mostrar pro cara e dizer, ó, tô te dizendo, por exemplo, esse caso aqui que o governo
tá fazendo direito e a oposição tá fazendo direito, né? Eu, você me conhece, eu não sou sabonete, nem sei ser, cara. Eu me complico mais por falar as coisas do que por não falar. É brabo. Eh, o que que eu tô falando assim? Eu tô sendo super gelado. O governo tá fazendo direito fato. Os caras trocaram o ministro. trocaram o presidente lá sem ouvir a turma que tava lá fazendo o que tava fazendo. Então, colocaram um cara meio independentão, né? E e bicho, tão investigando assim, tão fazendo direito no manual do que você tem que
fazer, isso é o óbvio, né? E do outro lado da oposição também tá fazendo direito, né? Assim, os caras estão colhendo o assinatura, conseguindo a assinatura e vão tentar botar uma CPI que é para encher o saco do governo. Às vezes é mais para encher o saco do que para investigar, né? Mas é do jogo, é da vida, assim, você pode gostar mais ou menos, as coisas não vão mudar porque você tá mais feliz ou mais triste, né, bicho? É o que é, né? E e assim, mas para explicar isso pro varejo, assim, você precisava
ser mais didático, precisava fazer um um preâmbulo antes, sabe? Olha, veja, do ponto de vista da análise, do ponto de vista de não sei então você precisava porque também é é é eh eh é um público menos especializado, né? Assim, o o cara não tá o dia inteiro lendo política que nem o o investidor institucional que tá ali com seis telas na frente dele, uma de Bloomber, uma de broadcast, outra de não sei o quê. O cara tá no marketers ouvindo o dia inteiro. Não necessariamente a tomada de decisão dele de investimento é a coisa
mais importante do dia dele. Exato. Não é cara, não é, sabe? E então você precisava mudar um pouco, falar a mesma coisa, mas com um discurso um pouco mais para para entregar a mensagem. Assim, eu eu me preocupo muito com entregar mensagem, cara, sabe? se vai falar de um jeito A, se vai falar de um jeito B, eu acho que a mensagem tem que chegar. E a gente precisava, o Paulo, eu, enfim, a nossa turma lá, eh, precisava Júnior, Eric antes, Daniel Cunha, o Furla, né, todo esse nosso núcleo ao longo do tempo ali, a
gente precisava entregar a mensagem, cara. Então, assim, pro gringo você pode ser muito mais direto, muito mais gelado, muito mais assim direto mesmo. O cara não quer muita buchitagem, sabe? Fala e tá falado pro institucional local assim. você entrega a mensagem do jeito que você sabe que o cara lê também. Uma coisa que eu consegui fazer, bicho, quando eu vim pro mercado de Brasília para cá, eh, foi entender mais ou menos como as pessoas leem as coisas, escutam as coisas aqui no mercado. O jeito de você se comunicar é diferente, porque o cara, bicho, ele
tá com 800. mil coisas ali, tela piscando. Antes tinha a gritaria lá dos velhos lá na mesa, lá do Zeca, Doyle e e Júlio, né? A turma do papel lá na XP. Pô, você tá com 200.000 coisas, cara. Aí o cara lê o headline, bicho. Depois ele vai ler a matéria, tal. Então, cara, se você não entregar o headline explicado, sem sem ali enganar o cara ou passar uma mensagem média assim, ruim, eh, você já ganhou metade do caminho, sabe? Porque é o que ele tem tempo de fazer, o cara tem tempo de ler. Assim,
para esse investidor pessoa física, aí você tem mais tempo de explicar também, não é? O cara não tá nessa nesse nível de de velocidade, pressão, enfim. Eh, então, pô, é eh eh tem tem entregas diferentes da mesma mensagem, sabe? Mas eu assim, cara, eu eu já me compliquei muito por tentar ser honesto, cara. Então, assim, e preferi me complicar, sabe? Em Brasília também tem cara que fica bravo assim. Eh, mas é da vida, bicho. Assim, você, pô, se quiser agradar todo mundo, você não agrada ninguém, né, cara? Tem que falar as coisas assim. Então, eu
tô me segurando pr caceta aqui, maluco. Tá difícil, cara. Não, relaxa que tem bastante tempo de live. Alguma escorregadas você vai algumas. Eh, Josu, eu ia puxar umas do papo que a gente teve com o Zema, mas eu não sei se vai fugir muito do assunto. Posso voltar só um pouquinho lá na na nessa fraude aí? A gente eh fiquei com vontade de entender um pouco mais de vamos colocar um cenário aqui em que a CPI é instaurada e o governo começa a sofrer um desgaste ali em cima disso. É o o que que são
os objetivos de quando você instaura uma CPI, politicamente falando, né? Eu acho que questão da investigação da da Polícia Federal fica lá com a Polícia Federal, os políticos não conseguem nem interferir. Mas assim, se o governo, se a oposição se reunisse para colocar objetivos, é colocar a pesta de que, pô, voltaram a roubar e tem esse objetivo mesmo de, tipo, os caras terem uma articulação em torno de algumas pautas, ó, a gente tem que colar a pesta de, pô, Lula ladrão voltou pro poder, fez a coisa de novo e tal. Eh, o que que seria
uma CPI vitoriosa pra oposição? Cara, a CPI, assim, eu quando tava no Congresso, eu era da mesa diretoraudo, eu participei de CPI, assim, o acesso a documento que você tem e coisa que você pode requerer é imenso. Então, você pode requerer todos os documentos da investigação, não sei, algum tipo específico, você pode pedir quebra de sigilo, você pode pedir coisa para caramba. Então, você tem poder de investigação, você não tem poder de condenação, né? Você sugere ao Ministério Público no relatório final que tem que ser aprovado pela comissão, que indicie fulano, fulano, fulano, por isso,
por isso, por aquilo, cara. É, mas o estrago que você faz com essa informação, estrago político que você faz com as informações da investigação é é imenso assim. Eh, coisa que tem sigilo bancário, coisas assim, você não tem acesso. Agora, pô, pedir o sigilo telemático do cara, quem que resiste a uma quebra de telefônia, né, bicho? Assim, pedir a localização dos caras, se o cara A tava com cara B no dia tal, eh, que tem lá conversa na quebra de sigilo que diz: "Ah, vou aí te entregar a tua propina", sabe? E aí de repente
você pega lá a geor referência do celular e pô, cruzou as antenas e o cara tava aqui com outro no mesmo lugar. Pô, assim, bicho, o que você faz, o uso que você faz do das informações para para fazer política com a CPI é assim, é é o cara sabendo fazer, não precisa nem saber muito, na verdade. Você tem tanto acesso a tanta coisa que que dá para fazer bastante política e dá para machucar. Geralmente você machuca o governo, né? na CPI da COVID foi isso. Os caras descobriram a história da dos e-mails da Pfizer,
eh, foi na CPI, eh, que não tinha respondido, que não sei o quê. Eh, o negócio lá de era dólar por vacina, era uma parada assim, um negócio bizarro. Não sei como é que esses caras iam mexer esse dinheiro, cara. Assim, os caras iam ter que abrir um banco, banco da corrupção para mexer o dinheiro. Se desse certo. Não deu certo. Eh, não conseguiram comprar a vacina, até porque era uma vacina meio fake, eu acho. Mas, cara, tudo isso veio da CPI, entendeu? E tudo isso foi usado na campanha. E tudo isso foi usado para
desgastar o governo. No passado você teve a CPI dos Correios, que depois nem era mais Correios, era do fim do mundo, né, cara? Investigou de tudo. Faltou só investigar Copa do Mundo, essas coisas. Que aí teve uma outra CPI para investigar a Copa do Mundo, lembra? Ronaldo. Ronaldo foi convocado lá, né? Cara de bunda, cara. Cara do Brasil, Ronaldinho. Vou ficar silêncio, cara. Mas, mas assim, tirando as CPIs mais inúteis, pô, CPI que tem objetivo político, ela machuca muito, cara. a do me salão dos correios, ela ela tem muita informação e os caras e e
assim você nem nessa dos correios no mensalão você nem tinha redes sociais, né? Hoje você tem rede social, cara. O cara tá ali, o corte sai na hora, né? Na hora. Eu lembro, eu acompanhei a CPI do COVID lá, era na hora mesmo assim, transmissão parecia ao vivo. Você e e também tem isso, né? Você liga a televisão, o o assunto, né? Porque também o jornal quer pauta quente, né? E tá tendo ali justamente por causa dessas coisas, né? Não gera headline o tempo inteiro, né? Não, não para. Uma coisa importante para olhar é se
abrir a CPI, CPMI quando é a Câmara e Senado junto, CPI é se for em uma das duas casas, né? Eh, é para quem vai a relatoria e a presidência, né? Porque a presidência faz, o cara convoca as reuniões, convoca, decide ali mais ou menos a pauta de quem vai depor naquele dia, quem não vai, né? E faz o acordo ali de às vezes de de agressão ou de não agressão, né? Dependendo da orientação do cara. E o relator tem um poder danado também, cara, porque ele faz o relatório ali, ele pede as os iniciamentos,
tudo. Então isso também é importante, saber se abrir quem quem são esses personagens, né? Como é que é a escolha? É sorteado, é indicado? Não é indicação. O os partidos indicam proporcionalmente o número que eles têm de tamanho ou na casa ou no Congresso paraa CPI. E aí você faz o acordo, sabe? Ah, o presidente é o fulano, o relator então é o cicrano, sabe? Aí é briga de tamanho político, sabe? que o governo já deve estar no pé do Hugo Mota ali, né, para com certeza tentar freiar o máximo possível, né? Estaria, eu estaria,
cara. Pô, isso é da natureza da coisa, né? Diz: "Bicho, não, não inventa isso aí não, tal". Eh, mas é assim, eu eu acho que ainda não ganhou força suficiente, tá? Pelo menos lá em Brasília, assim, vim hoje de manhã para cá, para São Paulo, assim, lá não tem ainda tá na na assim, a CPI tem um CPI importante assim, ela tem um um ponto anterior que é o ponto da barganha. Então tá todo mundo fazendo conta. Sai CPI, eu ganho ou eu perco? Eu ganho ou eu perco? Eu ganho ou eu perco, né? Os
profissionais da política. Os cara, enfim, do lado vermelho, do lado azul, que estão preocupados com rede social e tão preocupado com com mais ideologia, militância, coisa assim. Os caras querem um, um não quer e o outro quer. Ponto. Esses daí não tem diálogo. Mas quem é profissional do mundo político tá calculando, dizendo: "Pô, isso aqui é bom para mim ou é ruim para mim?" Sabe quem tem amigo meu lá, não tem e tal. Eh, então ainda tá nesse estágio, né? Por isso o Gumota, quem toca o Congresso lá, eh, vai ser super importante e e
aí oposição e o governo vão pressionar muito eles, né? Eh, assim, tá nesse estágio ainda, não é uma coisa dada, vai ter CPI, o governo vai trabalhar, imagino que já esteja trabalhando para tirar a assinatura, para tentar minar a CPI do jeito que possa, né? Eh, de novo, CPI, por definição, é sempre contra o governo. Pode ser do assunto mais legal do mundo, assim, cara. Não, vamos investigar. Eh, governo passado, vamos investigar os roubos, sei lá da onde, no governo passado, cara. Em algum momento o CCPI vai virar e vai ser contra o governo atual,
assim, acontece, é da natureza da coisa. Então, esse governo, próximo governo anterior, os próximos, todos vão trabalhar para não ter CPI sempre, né? Porque é sempre um problema. Então, a gente tá falando de um problema, né? E e é um problema um ano antes da eleição que que vai perseguir, vai assombrar, vai produzir material, vai produzir coisas se acontecer eh contra o governo, contra o Lula, contra o PT, por mais que seja o PDT lá no Ministério quase de porteira fechada, mas cara, é um alhado do PT histórico. Eh, não tem como o PT sair
ileso, sabe? Os caras estão no governo do PT, né? Escolhidos pelo ministro foi escolhido pelo Lula, substituto pelo Lula. Eh, assim, não tem como, né? Não, não, não ser uma crise que vai atingir o o o Lula muito forte, mas eu acho que a CPI assim, você tem que ter veículo para as coisas, sabe? Tem que ter um vetor, né? O vetor para isso é a CPI, sabe? Se não tiver, cara, assim, ah, vai descobrir que mais gente recebia dinheiro. Ah, beleza. E aí, né? Ah, vai prender os caras. Tá beleza. E aí faz a
headline hoje, daqui alguns dias já. O outubro, qual é o assunto? Sim. Imposto de renda, outra crise, sabe? Bolsonaro foi preso, eh, escolheu Tarciso, não escolheu Tarciso, não escolheu ninguém, você já vai est em outra pauta, bicho. Assim, ou tem uma coisa para carregar isso no tempo, distribuição no tempo, normal, né? Eh, ou tem uma coisa para carregar isso no tempo ou ou morrem, não tem jeito. Assim, e o Richard, você comentou aí desses políticos profissionais que fazem contas, né? Não sei se você tá se referindo ali ao que a gente costuma falar aqui na
na Faria Lima, o pessoal costuma falar do centrão, né? Eh, eh, essa galera que realmente dita os rumos ali da da do Congresso, para onde que o Congresso vai, porque você bem comentou de você tem uma ala ali do sim e a ala do não, digamos assim, né? Que é a ala ideológica de todos os lados que vai ter. Mas esse político que faz a conta ali, ele é realmente o político que interessa quando o governo tá querendo alguma coisa ou quando o governo quer barrar? É esse cara que o governo vai em cima? Ah,
com certeza. Todos, todos os governos. Assim, eh, quem foi que me falou? Eu acho que foi a Zeina, cara, que me falou uma vez que ela ouviu de alguém, que o centrão é o, na época era o PMDB, né? Eh, mas dá para traduzir como centrão, é o preço que o Brasil paga para não virar Argentina, né? A Ze falou isso uma vez, eu gravei pra vida assim. Eh, e cara, é assim, você tem sempre um uma coisa meio eh mediana, né? pode ser medíre, pode ser mediano. Eh, mas é aquilo ali. É bom porque
você cria um anteparo para maluquice e e só que é isso, Brasil profundo, né? Você nunca também tem um ganho de qualidade, uma coisa eh diferente. O Brasil agora vai avançar, vai ter legislação moderna, vai fazer um monte de coisa, porque você também tá preso a isso. Então, assim, ônus e bônus das coisas, né? Eh, mas é, são eles assim, são mesmo. Esse cara, esse cara ele tá o o que que determina, orienta a tomar de decisão dele assim no fim do dia? São interesses pessoais mesmo, são interesses próprios. Não, não querendo colocar só na
conta da corrupção assim, né? Colocando no na conta de realmente meu município, meu estado e tal. Esse cara é sempre orientado em decisões de tipo isso vai me beneficiar aqui e vai me prejudicar aqui. Eh, sem necessariamente estar falando de corrupção. Essa é a conta que o cara sempre tá fazendo. É, cara, assim, o político brasileiro tem, sei lá, três prioridades. Eh, sobrevivência, sobrevivência e a terceira é ele mesmo, assim. Depois aí vamos ver como é que fica o Brasil, o parlamento e tal. Eh, andorim, estrelas, o cara se preocupa com ele, assim, o político
tradicional, o cara do centrão, ele tá preocupado com os municípios dele, ó, tenho 30 prefeitos, tem que atender os caras, tem que mandar dinheiro paraa saúde, tem que mandar dinheiro para um monte de coisa, o governo tem que liberar tempo. Eh, os caras são bons de conta, assim, no município a eu tenho 5.000 votos, no outro eu tenho três, esse aqui eu mandei X milhões das emendas mesmo, sem sem dinheiro de corrupção, sem nada. o cara, a conta racional, eh, tem que atender, tem que resolver, tem que mandar ônibus escolar para esse aqui, o outro
quer uma ambulância, cara. E o cara gira isso e quem atende isso é o governo, né? geralmente é o governo assim, a coisa das emendas e impositivas pro cara que é muito governista, por isso que você não tem um governismo tão exacerbado assim desde o do do da metade do Bolsonaro pra frente, porque o cara que é da oposição eh eh o cara que é base do governo e às vezes é difícil ser governo, você apanha para caceta assim, obrigado. E assim, tem o mesmo dinheiro no fim do ano, sabe? Por que por que que
a a coisa das emendas secretas e ou impositivas é ruim pro governo? Porque aí esse cara que é da base do governo vai pedir mais. Então aquele orçamento que o governo tem ex emendas, ele não tem. Na verdade, ele tem que compartilhar o extra pro Congresso de quem é aliado dele, sabe? Então esse jogo é sempre pressionando o o orçamento do governo. Quem pressiona isso não é o cara ideológico, sabe? eh, é o cara que vive de máquina, que se elege com máquina, que se elege com prefeito, vereador, deputado estadual, né? E esses caras assim,
eles são primeiro muito bons, cara. Tem tem uma avaliação da população. Diz: "Ah, os políticos, cara, no mercado que eles operam, eles são bons para caramba". Sabe, tem cara que era era Dilma, depois era Temer, depois era Bolsonaro e agora é Lula. E já tá no próximo governo, já tá lá, bicho. Já tá lá. Esses caras são gênios assim, são bom mesmo. Aprendeu, o cara aprendeu a fazer essa conta de de de risco dele político na cabeça muito rápido, né? Isso. É, não é isso assim. E e pô, os caras são bons assim, sabe o
que faz nesse mercado que eles operam ali, os caras são são estão sempre lá, bicho. Assim, você já tá na geração neto, né, fulano neto. Eh, mas os caras tem um monte deles tem tecnologia de casa, assim, é é o pai, era o avô, né? E são os caras bons. E tem uma uma coisa assim que é que é engraçada, cara. Eu ainda não tenho explicação para isso não, tá? Eu sou do Rio Grande do Sul, minha família foi pro meu pai era caminhoneiro, pobre para caceta, tal. E e a gente foi subindo, fomos para
Goiás, depois Tocantins, depois sul do Pará. Eh, e cara, eu nunca entendi assim em Brasília, pô, tô em Brasília tem 20 anos, cara, assim, eu nunca entendi muito essa predominância dos políticos do Nordeste e Norte sobre os do Sudeste e Sul, porque objetivamente você não tem nada que diga não, os caras, pô, você vai olhar São Paulo, estado mais rico, Rio Grande do Sul, 200 presidentes, tradição na política, Minas Gerais, blá blá blá, JK, não sei o quê, cara, assim, a predominância das lideranças e das presidências das casas nos últimos anos. O próprio Lula é
São Paulo, mas é pernambucano, né? Eh, assim, eh, é imensa, bicho. É imensa. É imensa. Eu eu vi dos presidentes, né, também do do Congresso, né? É, mas os caras têm uma sagacidade diferente, uma velocidade diferente. Eu não sei dizer o que é assim, mas eles são profissionais, os caras são bons, sabe? Eh, e funciona assim, você olha Hugo Mota, aí o Artur Lira, aí você tem o Elmar, quer dizer, os político, nós a gente tá falando, sei lá, há 10 anos, cara, vou chutar aqui, mas 70% do de se você botar nome aqui na
mesa, uma lista, pô, são caras do Norte e Nordeste, né? Então, alguma coisa eles estão fazendo direito assim para dominar dominar o Congresso lá. Eu tô falando do ponto de vista da força política, né? Eh, não tô nem avaliando. São bons parlamentares, são ruins, porque, pô, saber se os caras são bons, esse band de gente, né, bicho? Eh, mas os caras estão fazendo alguma coisa direito assim para dominar o Congresso do jeito que domina e o Congresso dominando o orçamento e a política. O centro gravitacional é o Congresso, cara, cada vez mais, né, da política.
E os caras estão fazendo isso. E assim, eh, e eu não entendo muito porquê, tá? Mas a explicação é quando você olha assim e os caras estão trabalhando melhor, eles são melhores, sabe? Sabem o que fazem, são bons de conta, estão sempre voltando, são sempre reeleitos, né? E eles mantém as estruturas deles, municípios, tudo. Os caras são são diferenciados assim. Dá para fazer um paralelo até com o mercado financeiro nisso aí, né? Porque eu tava é quase como a mentalidade de um de um trader, né? um gestor de o até uma vez uma das conversas
com o Luiz Stuberger, ele fala assim que a profissão dele é quase como prever o futuro. Então ele querendo ou não, ele tem que adivinhar o que que vai acontecer antes do que os outros, mas aquilo tem que acontecer numa velocidade que ele ganhe dinheiro com isso, né? Faça preço, não adianta se tá certo 10 anos antes, né? Então essa agilidade faz com que você ganhe antes que os outros, né? Quase como o movimento desses desses animais políticos animal no sentido, né, de quem vive esse esse ecossistema e consegue se adaptar mais rapidamente ao jogo
que no final do dia qual é o jogo do político sobrevivência. Então ele consegue se adaptar de uma maneira darwiniana a isso tudo. Cara, quer quer ver uma coisa engraçada é ver político que perde a eleição, bicho. No dia depois que o telefone não toca, tal. Os caras, os caras são animais desse universo mesmo. Assim, eu já vi alguns, o cara perde eleição, ninguém tá ligando para ele para pedir nada. O cara não tá no centro das coisas, ele não tá pilotando uma reunião, cara. É deprimente, assim, é depressivo, sabe? Eu não sei como é
que os caras não se matam, porque o esse esse luto pós perder eleição ali é um negócio meio triste assim, porque os caras são, é isso, os caras são tão eh assim dragados por essa coisa e e poder e pô que o cara fica bom em manter poder, entendeu? Até porque é um ambiente brutal, né, bicho? Assim, é um querendo matar o outro assim, especialmente quando você vai funilando para perto da eleição, cara, ninguém dá nada para ninguém, assim, de graça, né? Eh, então, pros caras sobreviverem ali, você vai criando uma casca, você vai criando
uma coisa que que você fica um ser humano diferente. Eu eu brinco com alguns amigos meus parlamentares que alguns me perguntam: "Pô, você não vai ser candidato nunca?" Falei: "Deus me livre, velho. Eu gosto de ter, eu não tenho não fui fei desse DNA, sabe? Assim, o cara tem que gostar, cara. O cara, pô, e assim, trabalham para eles, tudo bem, não é o tipo de trabalho do cara que tá carregando um saco de cimento no sol, né? Não vamos comparar. Eh, mas, pô, os caras trabalham, velho. Os caras vão paraa Brasília, aí passam lá
reunião, reunião, reunião, reunião. Pô, prefeito enchendo o saco, lobista, o dia inteiro, gente querendo te procurar lá. Eu acho mais chatiço, os caras acho maravilhoso. Eh, aí você sai de lá, vai viajar o estado, vai para casa assim, interior precário, tal, e toda hora alguém te pedindo alguma coisa que você não vai atender. Aí você tem que ficar enrolando as pessoas dizend: "Não, pera aí que tô resolvendo tal". Pô, uma vida. Aí você, o cara vai lá ver o enterro do papa, bicho, o velório do papa lá, o cara vai escreve no comentário aqui, foi
com o meu dinheiro, safado. Pô, cara, é uma vida que o cara tem que gostar de ter assim, esse negócio de voto, cara, o cara é feito de uma massa diferente, bicho. Não adianta. Eu respeito muito quem quem tem disposição para ser candidato, cara. Uma coisa eu tô fora assim, mas muito fora. Uma coisa que a gente aprendeu a desenvolver aqui no marketing, pelo menos eu eu considero que eu desenvolvi isso aqui dentro, é um sentimento de, eu não digo nem empatia, mas pô, a gente trouxe aqui José Cobori, que é um cara que pensa
completamente diferente de nós e da galera do mercado, e a gente consegue se colocar na maneira de por que ele pensa desse jeito. A gente trouxe aqui o Ike Batista e contou muitas coisas dele, pô. A gente sabe que o Ike não é das pessoas mais criou muitos inimigos no mercado financeiro, né? Quem investiu nas empresas dele. E eu vou vindo você fazer esse relato. É, acho que é uma um exercício interessante. Quem olha por isso fala: "Meu, bando de safados, não sei o quê", mas, pô, é um é um ser humano, ele tem uma
vida ali, você pode odiar o cara, pode continuar odiando, não tem problema. Mas aqui você tem pelo menos o um pouco desse exercício de se colocar no lugar dele. Achei achei interessante esse exercício, que eu gosto muito dessas coisas, cara. Você sa você sabe que que assim eu eu é que é é que também você vive num quando você vive uma coisa profissionalmente você você eu eu procuro não ter sentimento assim porque eu acho que atrapalha, né, assim e sei lá, cara, eu entendo pouco assim quem tem paixão por político, tal, que nem time de
futebol, pô, futebol é outra coisa, né, cara, assim, aí eu gosto, aí eu, pô, vou investir tempo, vou investir dinheiro para um negócio que eu sei que no fim das contas, se for racionalizar, você olha e diz: "Velho, eu tô ficando doido, né? Isso aqui não tem sentido não. Teu Palmeiras lá, Fou olhar mesmo, mesmo meio meu Grêmio, coitadinho, cara. Se eu for olhar mesmo mesmo mesmo, bicho, que que eu tô fazendo, cara? Tô aqui sócio, pagando. Tem 200 anos que eu não vou em Porto Alegre assistir um jogo, mas continuo lá todo mês, tal.
Camisa pro meu filho, pro Thomas, camisa pro Amarzinho, meu outro filho, camisa pra Natália, que é bota foguense. Fui lá, botei a camisa do Grêmio nela, minha esposa. Falei: "Pô, a Charlote tá chegando agora em junho, vai ter camisa do Grêmio também." Para que, cara? Mas você faz porque aí, mas aí é a hora que você se permite ter paixão. Vamos lá. Mas, cara, paixão com político, bicho. Se você tiver, ele vivo. Se você não tiver, ele vive igual, bicho. Os caras assim, se tiver é obrigado, se não tiver o cara toca a vida dele
igual. Então não adianta ser assim, eu acho que a relação com a política das pessoas tem que ser muito mais racional do que é, sabe? Assim, eu eu gosto de político de estimação, acho meio over assim, não tem muito sentido. Salomã, estamos chegando aqui a uma hora de live. Vamos fechar aqui pr pra galera só do que é assinante do canal. Claro que a gente vai receber. Vamos ver se chega umas perguntas boas aqui pro Richard. Pera aí, fechar o o chat. O chat. Ah, tá. Calma aí. A live não vai fechar. A gente fechou
aqui o chat agora, pessoal, para mandar pergunta aqui pro Richard. Tem que ser membro aqui do É, já tô vendo que o Lavinho tá aí, nosso membro apoiador há um tempão, mas assina aí, galera. Quem quem não for membro aí já é um momento especial para virar e poder mandar pergunta aqui. Beleza? Quer trazer eu eu porque minhas perguntas aqui iam ser um pouco mais profundas sobre os episódios que a gente fez. Eu ia falar da aglutinação da direita ali que o Zema trouxe e a análise que o Bruno Coutinho trouxe sobre os evangélicos e
o impacto no PT. Sim. Posso trazer alguma dessa aí ou você quer pegar alguma coisa mais recente? Não, não. Acho que é uma boa gente, tá? Eh, Richard, eu a gente fez um episódio um tempo atrás com o Bruno Coutinho, gestor da MAR. Eles fizeram um estudo proprietário muito legal sobre a o crescimento dos evangélicos na sociedade brasileira. Eh, o estudo tá lá disponível até no site da MAR, quem tiver a MAR Asset. É bem, é bem legal. Isso viu? Então, eu queria saber a opinião porque no mercado ele reverberou muito porque a conclusão do
estudo qual foi? Eh, evangélicos estão crescendo na sociedade e pelo comportamento dos evangélicos nas últimas eleições, Lula vai ter problemas pensando em eh até pelos resultados de a maneira como eles votam. Eh, isso de certa forma chega em Brasília, como é que isso é acompanhado? Enfim, eh porque acaba sendo um estudo feito pela galera do mercado, né? E aí, não é turma do mercado, é lógico que vai falar mal aqui. Mas como é que isso chega eh dentro da esfera política? E se você tem até alguma opinião sobre isso? Sim, não. Assim, do estudo pra
tese, né? O o cara, esses estudos, a turma da de de Brasília, assim, os políticos tendem a desprezar um pouco que o mercado produz assim, as coisas mais quante, né? Teve uma vez que nós fomos lá no senador e cara, um cara super bom, velho, super bom. que eu não vou dizer o nome para preservar a figura, que é meu amigo, mas o cara levou, velho. Não, pô, aqui tem uma projeção que que eh tudo mais constante aqui, pô, na eleição que vem o seu partido vai fazer 40 senadores. O cara olhou e falou: "Ah,
tá legal, pô". Cara, assim, ignorou total, assim. Então, tem um tem uma uma prédisposição de Brasília sempre olhar as coisas que o mercado produz em termos de política quando tem muita coisa quante e dá uma desprezadinha, sabe? Tem gente que olha, tem, mas ninguém olha assim, diz: "Pô, tá aqui uma coisa que vai guiar agora, vamos fazer uma reunião por causa disso, sabe? Não faz assim, é meio difícil, é meio lateral, sabe? Eh, eu de novo vi o estudo, quem me mostrou foi o meu cunhado Fred, que é do BNDS, que viu, achou super legal
e me mostrou. Eh, e o Bruno é bom para caramba, né? Eh, e assim, e achei, achei super legal, cara. E essa coisa dos evangélicos, bicho, tem tem um a esquerda brasileira, o João Campos, que a gente tava falando, talvez seja o cara que mais tá lendo direito esses novos movimentos, até pela idade, o cara mais ligado ao tempo dele também. Eh, e o João Campos, prefeito de prefeito do Recife, é, do PSB de bola, né? Eh, filho do Campos, que morreu no na na eleição de 18, tal. Eh, cara, ele tá, talvez seja quem
mais tá lendo bem dentro da esquerda brasileira essa coisa dos dos novos movimentos, redes sociais, como interagir, eh, nova conformação da sociedade, crescimento de evangélico, eh não adianta mais se dar mais R$ 100 no Bolsa Família, sabe? Essas coisas assim, as coisas mudaram, né? Eh, e eu acho que tem uma uma dificuldade do no governo, no PT de entender um pouco isso. Tem um esforço, tá? Eu vi algumas vezes lá eh o Messias mesmo, ministro da GU, ele é evangélico real, assim, ele tenta fazer um um discurso, um avanço, mas o governo organizadamente não tem
e acho que não vai ter, cara. Tem uma desconexão com com de pauta mesmo, sabe? Eh, de se encontrar, de achar como falar com essas pessoas, de achar eh eh em costumes acho que não vai ter alinhamento nenhum, porque o PT tem uma agenda mais liberal em costumes e a igreja é mais conservadora. Eh, as igrejas neopentecostais, elas não são tão flexíveis quanto é a católica, que tem algumas orientações ali que são que dialogam mais com essa agenda da esquerda, né, Papa Francisco, tudo isso que aconteceu nos últimos anos. Eh, acho que as igrejas evangélicas
não vão fazer isso, não tem muito encontro ali. Assim, um jeito que o PT e os governos do PT sempre foram, assim, o mais eficiente que eles conseguiram foi entrar nesse público via economia, via ou outros assuntos, né? você penetra nessa nessa no público evangélico ou com um discurso de prosperidade ou botando dinheiro no bolso ou fazendo uma política específica, mas que tenha mais a ver com economia e menos a ver com fato do cara ser evangélico. Você pega ele por outras orientações, né? Por ser pobre ou por ser mulher ou por ser negro ou
por ser por outros recortes, né? Eh, eu acho que não vai ter muito assim entrada. Pô, agora nós vamos para cima dos evangélicos, vamos ter um plano aqui de aproximação, diálogo e vamos chegar nos caras, sabe? Se for por aí não vai dar certo também. Acho que são universos muito distintos, mas eu acho que consegue entrar um pouco e eu talvez seja cada vez menos. Aí eu tô chutando mesmo, tá? Não vi pesquisa, mas a minha sensação é que é cada vez menos isso assim de você entrar no evangélico. Pô, o evangélico é o minha
mãe uma época foi pr pra Igreja Universal, cara. eu vendia picolé, velho, 11 anos. Aí a minha mãe entrou numa pilha que eu tinha que contribuir, cara. Eu falei: "O quê? cara, no Pará, maluco, 50º eu vendendo picolé na rua, minha mãe queria que eu pagasse dízimo." Aí ali eu virei atu, cara. Eu falei: "Pô, não vou contribuir não, cara. Pô, basta receita, tem que contribuir com o pastor." Então, pô, minha orientação, tá? Não, não, não tô pregando aqui não para ninguém. Mas, pô, eu eu saí fora, cara. Eu falei, pô, para mim não serve
isso aqui não, cara. Tô tô fora. Mas fiz catequese, fiz tudo antes ali, porque você nasce católico no Brasil, né, cara? Depois você vai descobrir que talvez você seja ou não. Eh, mas pô, cara, a a assim, minha mãe nessa época ela era evangélica, mulher dona de casa, conservadora, todas as coisas que tem uma dona de casa nascida nos anos 60 no Brasil. Quer dizer, eh, e assim, mas votava no Lula para caramba, porque também era mulher, também era pobre, também tinha uma carência e de direitos, também tinha uma série de coisas. Então, votava no
Lula. Problema, bicho, é que nos últimos anos você, assim, nos últimos 20 anos, 25 anos, essas coisas mudaram, né? E e mesmo pros mesmos problemas, talvez não não a mesma solução não resolva mais, né? Eh, sei lá, moleque tá apanhando do cara em casa, ah, não, vamos reforçar a propaganda do canal de denúncia. Não, cara, você tem que fazer uma reforma que o cara que bateu, espancou a mulher, ele fique preso, ele não saia e volte pra frente da casa da mulher. Então não adianta você responder: "Ah, criei o canal lá atrás em 2000, sei
lá quanto de denúncia que a mulher apanhava. Pô, legal, parabéns." Mas e aí? Aí a mulher liga, o cara vai preso, fica meia hora preso, sai de lá, vai pra frente da casa dela, aí vai dar um tiro na mulher. Então, pô, o cara não pode sair. O problema não, assim, você deu um passo, mas não deu o segundo, né? Então, assim, as demandas algumas foram atendidas, mas você tem que melhorar muita coisa, sabe? E e eu acho que algumas respostas que o o governo e o PT ainda tem, elas dialogam muito mais com criar,
vamos usar o mesmo exemplo, criar o o disc denúncia do que, pô, vamos falar com o Congresso, vamos botar um negócio aqui para esse cara não voltar lá, bicho, assim, né? O cara não pode voltar, né, cara? assim, matar a mulher ou sei lá, o cara vai no mercado, rouba o cara do mercadinho na esquina, pô, aí o cara vai preso, aí depois o cara dois dias tá solto, vai lá e volta e aí sabe e a vítima como é que fica, né? Então você tem não só pro evangélico, cara, essa essa isso que eu
tô falando também tem a ver com segurança pública, como como o governo, como o PT tem uma deficiência imensa de conseguir discutir segurança pública de um jeito que as pessoas se sintam atendidas, né? eh, endurecendo pena, sei lá, dificultando o armamento ou ou botando monitoramento para tudo que é lado. Cara, tem lugares no Brasil, bicho, que é no brainer. Assim, você pergunta para as pessoas, diz: "Cara, você se incomoda de ter uma câmera 24 horas aqui ou você tá preocupado com a sua privacidade?" Cara, a mulher não quer ser estuprada, o cara não quer perder
o celular dele, o cara não quer que roube o carro quando ele tá entrando na garagem, sabe? Tanto faz minha privacidade, meu amigo, pode levar, sabe? Uhum. E mas você não tem o PT organizando isso nem pro discurso evangélico, que eu acho que não é pro comportamento que eles vão entrar, mas a tentativa é entrar por essas outras lacunas, mas ainda é insuficiente o que eles têm para para oferecer. E nem nessa agenda de segurança também. Essa agenda de segurança não tem nenhuma, pô. Tem a PEC do do dos governadores aí, PEC da segurança pública.
Se você perguntar mesmo, mesmo mesmo, ninguém sabe dizer o que é, sabe? Então, cara, já deu errado assim, já tá ruim, né? É o que as pessoas querem é resposta. cada vez mais assim, você tem um de novo voltando pro João Campos, assim para pegar um exemplo de esquerda de um cara que tá entendendo um pouco mais. Eh, eh, assim, as pessoas querem resposta rápida pras coisas, querem saber que que alguém tá se preocupando com os problemas delas, né? O João faz isso na comunicação muito bem, parece que na gestão também o cara foi reeleito
com quase 80%, né? 80%. Eh, assim, eu acho que esses exemplos acabam dando um pouco mais certo do que o exemplo mais clássico que a gente tem na resposta que o Lula e o PT estão dando para essas questões. Essas respostas são insuficientes. Não, não tá dando certo, não vai dar certo, sabe? Ou tem uma coisa nova ou isso aqui vai ser um desconto assim, você pega potencial do que o PT poderia ter e dá um desconto segurança e já dá um desconto de saída evangélicos. Eu até ouvindo você falar, eu lembrei de uma entrevista
que eu assisti, acho que foi no começo do ano, o Gilberto Carvalho foi para um um canal, se eu não me engano, o e o nome do programa é Horta da Verdade, eu acho que é do pessoal da da 247. E o Gilberto Carvalho, ele fala muito disso sobre essa, não é hora, cara, horta da verdade. Horta da verdade. É horta da verdade que é uma coisa mais ligada a MST e tal. É, tem umas, pô, tô tô patrocinadores, mas do pessoal do do 247. E ele faz uma justamente essa reflexão de, eu não lembro
exatamente os termos que ele usou, mas algo como que a esquerda envelheceu sem criar um sucessor. nem falando do Lula em si, mas até de uma geração, de ter se desconectado da geração mais nova, das pessoas que eh talvez as demandas que a esquerda atendia nos anos 90, até começo dos anos 2000, não são as demandas da sociedade hoje. Eh, e talvez se prendeu muito em agendas, né, questão de gênero e tudo mais e acabou esquecendo as demandas do pera aí, mas o que que eu quero como cidadão? com que que você tá me ajudando
para me formar com uma pessoa. E essa desconexão foi até um vídeo e me estranhou não ter tido tanta repercussão no mercado. Acho que ninguém do mercado também assiste o 247 assim, né? Com todo respeito. Acho que da mesma forma que o pessoal da mesma forma o pessoal do de Brasília não vê muitas coisas. Deve tá assistindo a gente aqui agora lá. O o como é que é o PCO? É se bem que o PCO tá o PC engraçado, né, cara? Tem umas coisas que até o PCO e o pessoal da direita tem falado a
mesma coisa, né? Mas nesse nesse ponto aqui, essa autorreflexão achei um mostra muito, né? Acho que a turma mais a esquerda raiz, né? O pessoal mais antigo consegue ter essa percepção, mas é difícil trazer isso para dentro do da esquerda, né? Do digo a esquerda ou PT, né? Entender, precisamos mudar, né? E mas como é que você vê agora até você saindo do governo, enfim, não sei o quanto você fica mais à vontade de falar disso ou não, mas até de dessa perpetuação da esquerda e não digo nem do poder, mas a o que que
vai ser a esquerda, né? Porque sei lá, se a gente pensa que o Lula não vai concorrer em 2026, quem que seria um nome, né? Pô, tão difícil achar alguém que tá ali, é perto, né? Você pega, vai pensando que o PSDB seria o, não sei se dá para chamar de direita, mas é, foi a oposição por muito tempo. Quando não era o Alkm, era o Serra, era o Aécio e assim tava todo mundo ali meio que perto um do outro, né? Não, não conseguiram o resultado que o FHC conseguiu, mas tinham ali uma certa
proximidade. No PT a gente não vê isso não. Não vê não, não, não tem, não tem assim, você se o assim candidato A, B e C é Lula, né? Hoje não tem ninguém nem faz muito essa discussão, sinceramente. E quem fizer morre também, né, cara? o cara vai falar um negócio desse, ele tá não tem juízo nenhum, né? Eh, até porque é isso, o PT opera desde 80, né? Quando foi fundado, acho que é 80. Eh, com a lógica do Lula, né, cara. Os caras não sabem nem o que fazer muito sem o Lula, assim,
18 foi um pouco isso. O Hadad foi um bom candidato em 18, pô, foi um cara moderado. Não, assim, é uma esquerda diferente do do da esquerda mais tradicional brasileira. Ele é um cara mais assim, a turma chama ele meio de tucano, né? É, mas é assim, ele é um cara, um cara da academia, um cara que assim é economista, ele tem outra uma formação um pouco diferente também da turma, né? Não é operária, aquela coisa clássica do PT, já foi um candidato diferente, mas o PT não sabia muito o que fazer ali, não. Assim,
o que unia a campanha era quando ele falava o Lula livre, aí todo mundof fechava, né? E o eleitor também. As pessoas votaram no Haddad, não sabiam falar o nome do Hadad, cara. Eu lembro que tinha uma propaganda em 18 que girava uma plaquinha com vários nomes, como as pessoas chamavam ele, assim, o Otávio, eh, que era o marqueteiro da campanha, acabou inventando isso porque chamavam de Andrade, chamavam de não sei o quê. Virou a piada depois do Andrade, né? E mas assim, isso só virava uma coisa quando ele quando ele ele dizia que era
o candidato do Lula. A gente fez essa pesquisa assim, você fazia a Dad, testava um monte de do PT, traço 5%, 6%, pô, botava com Lula, o cara ia para 2022, fulano apoiado pro Lula, Salomão apoiado pro Lul, pô, explodia, cara, assim, então o o PT como instituição, como máquina, e o eleitor do PT, cara, só se move desde 80 em volta do Lula. Eh, eu acho que essa próxima eleição ela é ela é binária no Brasil por várias razões, sabe? Uma delas é porque se o PT perder a próxima eleição, cara, o PT vai
ter que se encontrar, porque pode acontecer de ter uma grande crise ali, porque aí o Lula não será mais candidato nunca mais. Essa coisa do Lula eh ser a grande coisa que o único partido acabou, né? Eh, e não só do Lula, né? Essa geração da constituinte ali de 88, 89, cara, acabou também, assim, vai começar a acabar porque não tem jeito. Em 30 os caras já não disputam mais a eleição porque tão velhos, né? Eh, e você vai ter uma nova geração de políticos, tal. Aí, tomara que seja melhor, eh, disputando as eleições, assim,
o, então o Lula é candidato a B e C, cara, o PT só sabe se organizar e historicamente é assim, só se organiza em volta do Lula, sabe? Se não tá o Lula é uma bagunça. Então, quando vem o Lula, o Ordem Unida, todo mundo que tava se matando, para de se unir. Vamos lá, que é que é o Luís Inácio, né? Eh, quando tá mais forte, quando tá mais fraco, tanto faz. O PT opera sim. Não tem um segundo nome. O segundo nome mais maduro que você tem na esquerda é o do Hadad, né,
que teve todas essas campanhas, toda a dificuldade que teve para tocar eh o ministério com as limitações que o próprio PT impôs a ele, né, em vários momentos, que as limitações que o governo da realidade, né, da discordância do mercado, das coisas que foram impostas a ele, como o anúncio lá do 5000 no ano passado, que matou o efeito, qualquer efeito positivo que tinha que tinha o ajuste naquele momento e foi imposto a ele. É óbvio que o Hadad não tinha planejado aquilo, né? E assim, mas continua sendo ele o nome que tem formado. Você
tem alguns outros nomes eh que podem ser podem vir a ser, mas aí depende de um monte de dependes, né? Depende do cara conseguir se colocar, depende dele sobreviver. Disputa, que vai anteceder esse momento da escolha do sucessor, do Lula, vamos chamar assim. Eh, então ele tem que ficar vivo, porque se no processo o cara morre, tanto faz se ele é bom, se é ruim. a política não tá nem aí para isso. Eh, mas você tem o Camilo Santana, eh, ministro da educação, ex-governador do Ceará, que é um cara mais jovem e que é um
cara que assim, eh, eh, tem um shape ali, sabe? Você olha para ele, diz: "Não, esse cara se se descolocar é um cara um operador da política muito competente, sabe? Conseguiu suceder o o Cid Gomes lá num estado que a política é difícil, cara. Você tem muita gente é grande lá no Ceará, tem oío, tem uma porrada de cara tio taço, né? e ele conseguiu se impor lá. Eh, ainda falta virar um político nacional. Até estranho falar isso porque o cara é ministro da educação, mas falta ele ter o tamanho de um político nacional, né?
Você tem alguns outros nomes ali, o o cara tem um cara do PT que talvez seja o equivalente, o menos famoso ainda, até porque é recente, mas o Rafael, governador do Piauí, o cara tem uma Secretaria de Inteligência Artificial, ele é um cara que traz esses elementos, assim, ele é economista, ele foi, ele se dava bem com o mercado quando ele era secretário de fazenda do Piauí, ele era o presidente do do Conselho dos Secretários de Fazenda. Ele é um cara que economicamente é muito avançado, eh, e em gestão também, assim, ele telemedicina, todas essas
coisas que são meio dogmáticas até na esquerda, ele é um cara que tá rompendo com essas coisas e tocando assim, eh, quem quer entender um pouco do que a esquerda pode, não tô dizendo que ele é candidato na próxima eleição, acho que não tem a menor condição, né, presidencial, né? Eh, mas é um cara para essa esse futuro do pós-Lula e ele é um dos caras, assim, o João Campos, o Rafael, né? E aí começou a faltar nome assim, é Tábata, mas aí também numa coisa mais fora, tal, mas começou a faltar nome assim, não
tem. E e assim eu eu eu acho que o o pô Gilberto Carvalho é um cara razoável assim, um cara e e produz intelectualidade, ele gosta de debater as coisas no ponto de vista eh embora seja um cara histórico do PT, ele produz coisas que não necessariamente são o o mainstream ali da opinião do PT. ele gosta de criar conceitos novos assim e esse é um. E mas eu discordo um pouco, cara. Eu acho que a política é muito mais bruta do que essa visão também de dizer: "Não, pera aí que vamos criar os sucessores".
Ninguém faz isso, bicho. Ainda mais na América do Sul. Aqui é caudilismo sul-americano, cara. Quem sobreviver na porrada, se o cara não tiver, não aguentar a porrada, ele morre, sabe? Ele morre assim. E, e tanto faz na direita, na esquerda, assim, você tem o Aécio, que foi a grande esperança de uma fatia da população brasileira, cara, que morreu, errou, morreu, sabe? Política assim, é, é brutal, cara. Eu não acho que seja uma coisa eh acadêmica, sabe? Você vai preparar o sucessor, pô, mercado, vou trazer uma escola de preparação de sucessor. Até no mercado não existe,
né? Você vê gestor, não tem, ô, vai lá tomar o lugar do velinho lá para você ver. Sim, ninguém sai, cara. Ninguém sai de lugar voluntariamente para ninguém. Na política é menos ainda. A quantidade de poder, dinheiro, influência que você tem ali, cara, ninguém sai. Não adianta. Eu não acredito em transição de de político sul-americano, principalmente, bicho. Não tem assim. O Lopes Obrador, cara, que ele é meio outsider em várias coisas, né? Ele ele fez uma transição com a Cláudia, que é a presidente lá agora. Sim. No México, né? No México, cara. Ele fez de
fato assim eh foi mantendo ela perto ali. Sinalizou desde o começo, que lá não tem reeleição, né? também isso ajuda, mas foi sinalizando desde o começo que ela ia ser a candidata, ela sempre foi uma pessoa importante no no Morena lá no partido dele e cumpriu, colocou ela, tal e saiu fora também assim. Eh, talvez ele, velho, assim, olha na história, bicho, quem é o sucessor do Getúlio? Quem é o sucessor do Peron, sabe? Quem é o sucessor do do dos a ditadura para trocar de um general pro outro era um pau danado, velho. Não
tinha sucessão automática. Ou o cara se impõe e existe, meu amigo, ou não tem papo. Política do café com leite, cotuvelada para tudo que é lado, cara. Revolução de 30, porque romperam o acordo, mataram o João Pessoa. Pô, cara, não tem esse negócio assim, eu não acredito muito nisso, não. Acho que a política é brutalidade, velho. Assim, o cara se impõe porque ele porque ele consegue ganhar dos outros, não porque não, pera aí que se juntou tudo mesmo. O João Campos e o Rafael, esses dois caras da esquerda, se eles errarem no meio do caminho,
os caras atropelam, eles seguem. O João Campos é do PSB, o Camilo Santana e o Rafael são do PT, são do PT os dois. Mas e então na sua visão, essa história que às vezes a gente lê por aí com alguns analistas de que o acho que até o Ciro Gomes já falou isso também sobre o Lula não deixar também nenhuma nenhum sucessor crescer ali ao lado dele? Você discorda disso? Você acha que faltou mesmo os caras se colocarem no jogo, na arena, muito mais do que o Lula realmente falar pro cara: "Vem cá, você
é meu sucessor". Você acha que depende o cara, ele que não conseguiu se alavancar mesmo. Tiveram alguns nomes aí que já foram falados ao ao longo da história do PT, eh, que como se o Lula teve a oportunidade, mas não quis tornar aquele cara sucessor dele. É, tem isso, mas o PT tem um caso especial que é a mortalidade de de gentes que foi acelerada, né? Por causa de mensalão, por causa dos outros casos. Você tem, pô, plano original, vamos lá, assim, Lula eleito em 2002, assume 2003, sai 2011, era para ser a Dilma, não,
né? Era para ser o Zedceu, era para ser o Palosse. A briga era os dois ali, né? Quem mais surgisse ali no meio do caminho, naquele governo. Acabou criando esse gap muito grande, né? Ficou muito grande. É. E aí também, esses caras morreram, né, assim, politicamente presidente, né? É. Se até pegar o resultado das eleições governamentais e municipais, o PT perdeu muita representatividade, então também perdeu a chance de criar novos protagonistas. É, você, cara, na política o cara se forma na na na principalmente os de esquerda, né, que não tem essa coisa meio familiar, porque,
pô, tem muito caso que o cara é governador, aí a filha vai ser deputada, o outro não sei o quê, assim, tudo bem, se ele sentar ali dentro na cadeira e não fizer nada, o cara também não vai sobreviver. Ele vai ter mandato o resto da vida, porque o pai tem vota e paga. Uhum. Assim, não vai ser nada assim, quantos assim tem 513 deputados, 81 senadores. Pô, dá para contar em duas mãos, nossas três mãos aqui, quantos são importantes de verdade, né, assim, depois começa a ser uma turma meio média ali e tal, que
não, assim, se ficassem aí no Congresso os 4 anos, ninguém daa falta, cara. Assim, e esses caras não vão ser candidato a presidente, esses caras não vão aparecer, sabe? O cara se forma na, pô, Bolsonaro, cara. Bolsonaro começou vereador no Rio, discurso que era muito fora do do do momento ali que era redemocratização, blá blá blá. O cara não, eu vou defender os milicos, pô. Foi pra Câmara de Vereadores, defender os milicos, não sei contra quem na Câmara de Vereadores, porque tem nada a ver, né, cara, que que os milic legislação federal, tal, mas foi
defender os militares, né? foi para lá, mas o cara criou uma plataforma assim, muito, muito militar no Rio, o cara eleito, eleito, eleito, deputado, foi lugar onde ele mais podia ajudar o público dele, pô. E o cara bicho, brigando, se impondo com o mesmo discurso, consistência, aguentando porrada para caramba, aguentando todos os problemas. Cara, a cobertura da mídia contra o Bolsonaro é real desde sempre. Veja, quando ainda era importante impressa naquela época, tal, pô, era só porrada no cara. Assim, bom, ele virou presidente porque também ele aguentou isso tudo, cara. Se ele tivesse no meio
do caminho colapsado ou disse: "Não, isso aqui não é para mim, pô, veja bem, tal". Eh, não tinha sido presidente. O cara aguentou uma facada, bicho. Assim, se se isso não é brutalidade, eu não sei o que é. Então, a política é assim, cara. Ou você tem de berço e aí você tem que se provar em condições melhores, mas você tem que se provar igual. Claro, é assim, não tem jeito. Sim. É essa é coisa do animal político mesmo, né? Que se alimenta disso, né? Porque a a imprensa inteira picha o Bolsonaro e onde ele
tinha espaço era o quê? Era o Pânico na TV e o super Pop, né? Que era o Isso Luci. Foi a plataforma dele. E rede social, o cara criou uma coisa, né? Ele criou um negócio bizarro, né, bicho? É sensacional. Assim, o que o Bolsonaro criou de máquina de sucesso absurdo nesse nesse aspecto é inacreditável que ele fez. Ele inovou e cara ninguém consegue chegar perto assim. Um negócio que o cara, pô, by far eu faz melhor que todo mundo, consegue entender melhor a linguagem que todo mundo. Pô, tu os outros, os partidos são chatos
em rede social. Eu não sigo ninguém, cara. Eu não sigo ninguém. Iniciativa a iniciativa do governo, eu sigo o Padilha que é meu amigo aí. A iniciativa do governo lá padilhando, mas pô, só ele, cara. O podcast com Não, não, pera aí. Tem um tem um político aí que tá fazendo bem aí nas redes sociais, prefeito de esse aí não. Esse aí tem que tirar. Ele é bom. Ele é bom. O Ncolas é bom. Car são bons. Tem tem cara bom. O Nicolas segunda geração. Não, mas tem uns que entendem a linguagem, como é o
formato e e não entendem o formato no sentido de ter um social media por trás, porque quando tem o social media fica uma coisa ruim que foi a tentativa do o Banco Central fez um vexame extraordinário, né, lá na comunicação do Banco Central, no Twitter pegando comunicação de 2017, aquele jeito de fazer, pô, horrível o que eles criaram lá. Eh, mas você vê que quando tem um cara desse, tipo o prefeito de Sorocaba, quando o próprio João Campos consegue também uma repercussão nas redes sociais, porque é ele mesmo ali, né? Ele entende como é que
funciona aquele jogo. E o governo Lula tentou lançar um podcast com o Lula lá que dava traço de audiência, que era uma coisa engessada, né? com o presidente que era um modelo de 2000 e bolinha ali, 2000 e sei lá, três, qu pô ex ainda, ainda, pô, ainda essas pessoas tinham TV, né, cara, nessa época, quem que assiste TV? TV pelo celular. Tem um, tem um membro aqui que mandou uma pergunta, é o Bruno Cabral. Tem do Lavinho aqui também. Vou pegar uma do Lavinho aqui e mas essa do Bruno. O Bruno perguntou aqui: "A
esquerda perdeu o discurso ou a realidade se impôs mais rápido do que as narrativas conseguiram acompanhar? O mundo mudou mais rápido ou foi a esquerda que perdeu o discurso? Cara, acho que assim resposta sacana um pouco das duas coisas, mas o mas eu acho que a a transformação eh eh do mercado de trabalho, pega uma coisa que o PT sempre foi bom para caramba, o Lula, pessoalmente sempre foi bom para caramba. mercado de trabalho, pô, ele falava e o cara tinha propriedade. Você podia concordar, discordar, mas, pô, esse cara sabe o que ele tá falando,
é sindicalista, não sei o quê, assim, ele sabe. Falar de carteira assinada, pô, era um negócio que todo mundo queria ter, cara, na na geração dos meus pais, pô, carteirinha azul direito, ser fichado, pô, era um orgulho do caramba. Isso, apartamento financiado e carro, o cara ganhou na vida, né, bicho? assim e e tem uma parte do do governo e do PT que continua acreditando nisso, mas bicho, o cara vê um cara do iFood, vê um cara do Uber, quer atacar uma carteira de trabalho nele, bicho. Então os caras não entenderam, sabe? A realidade mudou,
as pessoas gostaram da nova realidade e e os caras não entenderam, esses caras especificamente não entenderam, sabe o que aconteceu? Então o discurso ficou velho porque a realidade atropelou e foi embora assim. E ele e tenho aí aí e e eu acho que é um pouco de de o cara não entender muito o contexto de onde ele tá vivendo. Eh, não adianta ele fazer uma lei que é para mudar a realidade. Não. Agora nós vamos, pô, nós vamos registrar os caras do Uber, vamos criar aposentadoria e o cara vai contribuir. O cara do iFood, se
fosse contribuir, o entregador do iFood, eh, a maioria deles ia pagar, eh, ia trabalhar para pagar o INSS e Peno, enfim, a carga tributária que ia ser imposta neles se tivesse avançado a proposta de de criação da regulação do do iFood, principalmente. Uber tava um pouco mais ajustado, cara, não tem sentido. Então, sabe, você vai brigar com esse cara, mas você mantém um discurso velho para uma realidade que já foi, mas muito, foi muito assim, já avançou e foi embora. E daqui a pouco já vira outra coisa, cara. e você ainda tá lá, sabe? O
discurso assim, o centrão nesse sentido tem uma facilidade porque eles não precisam adaptar discurso nenhum. Quem não tem nenhum discurso não precisa adaptar nada, né? Então o cara tá sempre tranquilo ali, sabe? E e a direita, cara, principalmente a das redes sociais, pega mais rápido, né? Assim, eh, eu acho que assim, a a esquerda brasileira, tirando essas ainda são exceções, né? Esses todos que nós estamos falando aqui ainda são exceções. João Campo, Rafael, enfim, eh, são caras que não não são ainda os caras da esquerda, podem vir a ser, né? Mas a esquerda tradicional, como
as máquinas têm feito isso, a máquina de comunicação do PT, a máquina de comunicação do governo, que até melhorou muito com Sidone para ser justo, assim, tem uma unidade de comunicação que você não tinha antes, assim do do governo, principalmente das decisões. Cada um soltava o seu foguete do jeito que queria. era uma bagunça. Eh, e o Sidôio deu deu uma cara para essa coisa e eu acho que vai melhorar, tá? Ele vai entregar resultados melhores ali médio prazo, que demora mesmo. Estação de agência, tudo, cara. O governo é uma chate bicho. Assim, para quem
tem crise de ansiedade, no governo, o cara morre que tudo é muito lento, sabe? Eh, mas o, mas assim, eu eu acho que o discurso foi para responder objetivamente a pergunta, eu acho que o discurso tá velho para uma realidade que tá muito nova e que vai ficar cada vez mais nova. O discurso não vai acompanhar se os caras derem um freio de mão e tentarem entender de verdade que tá acontecendo. E aí isso implica em abrir mão de pautas próprias, né? Essa pauta do trabalho, pô, tem que abrir mão disso, sabe? Eh, pauta da
criminalidade, cara, tem que abrir mão de coisa. Você tem que mudar o discurso da criminalidade. Bem, você vai ver o PT defendendo, não, tem que botar o cara na jaula e dar 10 tiros. Não vai nunca, né? Até porque nem tá certo. Eh, mas, pô, tem que avançar nesse discurso, cara. Não dá para olhar olhar a segurança pública só da ótica dos direitos humanos. Direitos humanos é importante, tem que ter para você não ir paraa barbárie. Pô, eh, assim, mas cara, não é só isso, entendeu? Você tem assim e as pessoas que são vítimas, como
é que faz? Sabe? Aí não vai mexer na lei. O governo não aprova lei nenhuma penal que proteja o cidadão, sabe? E e e as cadeias, você não não vai propor mexer nunca nas cadeias e reformar e fazer o cara trabalhar ou sei lá, dar uma formação diferente porque por quê? Sabe, mas não tem discurso porque tem os dogmas lá e os caras não, uma uma parte importante da das organizações organizações de esquerda não abre mão desse discurso. Cara, a realidade foi embora assim, ou você abre mão ou você fica lá obsoleto. Aí bicho, PSTU
tá aí para mostrar como as coisas são, né? Assim, não dá para seu discurso ficar mais perto do de 1989, quando caiu o muro de Berlim do do do dessa época, cara, do que de 2050, 2100, sabe? A realidade vai avançar cada vez mais para lá. Eu eu entendo pouquíssimo, vou não vou falar porque eu sei nada, mas cara, a revolução que a Iá tá ali no no horizonte trazendo para tudo, qual o discurso do do político brasileiro primeiro para isso, zero. E depois da esquerda para isso, zero. Sabe qual vai ser inicialmente? Ah, vai
cortar post de trabalho, cara. Vai. Primeiro, ninguém sabe. Segundo que, bicho, isso aí não leva ninguém esse discurso, né? Então, os caras estão longe ainda de ajustar uma coisa que eu acho que um dos principais problemas assim do governo, aí falando objetivamente do governo, é encaixar um pouco desse discurso dessa geração, de como asim de como as pessoas estão e para onde elas querem ir, do que elas aspiram. Não adianta mais você dizer: "Ah, não, eu coloquei o filho do pedreiro na universidade". Sim, velho. Mas era uma uma universidade de pedagogia que o cara ganha
R$ 2500 por mês, não consegue comprar um carro, não paga um aluguel, não tem uma família, o cara não consegue viajar, o cara não faz nada. Então, legal, você colocou, mas e o emprego de qualidade para esse cara, o que que você vai fazer, sabe? E como é que você forma o cara e ele consegue se qualificar para para um mercado melhor? Como é que você faz ele avançar a a a outra etapa, sabe? Então, bicho, eles ainda estão muito presos nisso assim. E a realidade já foi. A vida das pessoas que tinha uma promessa
de que ia melhorar para caramba. Diz: "Não, pô, agora eu sou e eu falo pedagogia porque eu comecei pedagogia, tá? Eu tenho tenho lugar de fala assim. Eu, pô, eu sou historiador, cara. Assim, lugar de fala eu tenho para caramba. E cara, assim, se eu se eu fosse, pô, se eu fosse dar aula de história, que é a minha formação, como ia ser minha vida? Como ia ser a vida da minha esposa, dos meus filhos? Entendeu? Assim, se eu fosse viver disso, né? Então não adianta os caras dizerem, o governo ou o PT dizer: "Não,
vamos colocar a turma na universidade, vamos abrir um monte de vaga aqui e beleza, cara. Você tá jogando empurrando o problema um pouco mais lá pra frente, você tem envelhecimento no país, produtividade é horror, né? E cadê a resposta para isso, né? Você tá jogando sujeira para debaixo do tapete. As pessoas podem até não entender isso racionalmente. Ah, nossa produtividade é ruim, economia, blá blá blá, crescimento, idade da população envelhecendo, pirâmide invertido, toda essa coisa. Mas as pessoas não são idiotas, elas sentem de algum jeito, sabe? Assim, a massa da população vai sentindo, a vida
melhorou, piorou, pô, vai ficar mais difícil, vai ficar mais fácil. Se não fosse assim, ninguém fazia pesquisa. As pessoas têm uma uma ideia disso, mesmo que não seja muito clara. E eu acho que é com essa ideia, esse senso comum meio difuso assim, eh, é que o PT não se conecta tão mais, sabe, de de a sociedade quer uma coisa que nem ela sabe muito bem direito o que que é, mas tem alguns pilares. Liberdade para trabalhar, liberdade para ganhar meu dinheiro, liberdade para eu fazer as coisas. Liberdade é uma palavra importante nesse contexto agora.
E antes o cara era, o cara queria comer, o cara queria luz, o cara queria uma água gelada, o cara, pô, tinha lugar que do Brasil e não era pouco que não tinha assim, água gelada virou a realização do cara, né, bicho? O cara não tinha luz, não tinha geladeira e não tinha água. de repente o cara tem água gelada. É, você sintetiza um desejo imenso assim do que meus pais não tinham, meus avós não tinham, nos lugares mais pobres. Cara, agora o cara se isso já passou, né, bicho? E o próximo que mais, né?
Eu acho que o PT não não conseguiu encaixar isso assim. Mas assim, já dizia o filósofo, dinheiro e porrada só não funciona quando é pouco. Então, pro ano que vem, eu acho que que mesmo entendendo mais ou menos esse esse tipo de coisa, eh, vão nessa linha, não vão dar porrada em ninguém. Então, a receita é mais dinheiro, né? Uhum. Quer trazer as perguntas do Lavinho aí? Aí eu falo depois do Zema. Chegou a olhar alguma aí? Acho que trazer uma aqui. O Lavinho mandou quatro. Então, se você quiser escolher uma delas, eu faço a
do Zema aí depois. Eh, ô Richard, a gente entrevistou o governador de Minas, teve uma repercussão bem grande, a gente ficou bem feliz aí com o aceite dele. A gente espera falar com mais políticos, né, falar sobre Brasil, né, eh, outra outro animal político, como você bem disse aqui. E no papo ele falou muito sobre 2026, pensando que a direita, e aí ele se colocando como da direita, tem que se aglutinar em nome, em torno de alguém, não importa quem seja, para que chegue na eleição forte e ganhe do seja o Lula ou seja alguém
do PT. e tem que estar junto para não ter o risco de pulverização e surgir um vai pegando aqui o exemplo da prefeitura de São Paulo, que por causa da divisão de candidatos, o Pablo Marçal quase foi pro segundo turno. Nada contra também, nada a favor, mas é um outsider, é um cara que não era o que a gente tá vendo ali na construção. A gente tá falando aqui na direita de nomes como Zema, Tarcísio, Caiado, Ratinho Júnior, outros governadores que estão eleitos, estão articulados, estão, né, construindo sua história política com uma certa aprovação do
público e eles ele vê esse como cenário provável para ganhar uma eleição em 2026. Quando a gente perguntou: "E se o Bolsonaro for candidato?" Ele falou: "O Bolsonaro é esse cara". a gente vai se aglutinar em torno dele. Como é que você vê aí botando o chapéu de analista político mesmo, né? Como é que você vê esse movimento da direita? De fato, é algo que tá eh harmonioso ou quando vai falar com o político na hora, pô, no lance da sobrevivência, pô, como é que fica o ego do cara? Tá, estamos aqui em sete pessoas.
Ver quem vai ser o cara, pô. Vai ser você porque você e não eu. Enfim, onde que tem aí um uma esperança para quem quer ver a direita no governo e o risco, né, pensando que, pô, tá bom demais ser verdade. Ah, assim, o o se o Bolsonaro, eu eu nem acho, tá? Eu acho que não recupera os direitos políticos, enfim, vai vai ser complicado ele ser candidato. Mas vamos lá. se fosse candidato, eu acho que essa anterioridade dele, assim, o cara sair é para cumprir o papel meio que o Ciro Gomes cumpriu nas eleições
contra o PT. É para ficar meio que ali gritando, tal, e tem um resultado pequeno, né? Assim, Marina Silva, alguns candidatos saíram ali e diz: "Não, não vamos, não vamos juntar com o PT, não, vamos sozinho aqui". Cara, é para assim, para algum outro objetivo que não seja competir para ser presidente. O cara às vezes quer fazer bancada, quer ter o tamanho do partido dele, algum outro objetivo que não é o o ser competitivo para ser presidente com o Bolsonaro na corrida. Eh, eu eu assim necessariamente tem que juntar a direita para para você ser
competitivo contra o Lula. Cara, o Lula vai est com 81 anos, eu acho, né? Mas ele em eleições, cara, assim, todo mundo que duvidou até hoje se deu mal, né? Assim, ele sabe jogar esse joguinho, né? Ele sabe ganhar, né? Eu acho que é meio arriscado sair muita gente e dar qualquer coisa, sabe? Eh, então, pra direita tem um cenário, se juntar o máximo possível. É difícil juntar todo mundo. Eh, mas também tem algumas pessoas que acabam lançando candidatura para poder negociar. Ah, então eu sou vice, não, então, eh, quero o ministério tal. Isso mais
para frente vai começando a ficar mais claro. Até então todo mundo é candidatíssimo, né? Eh, e todo mundo agora é candidato também para esperar o que o Bolsonaro vai fazer. A direita tem um ato importante que vai acontecer daqui até abril do ano que vem. Esse é o primeiro primeiro capítulo dessa história. Eh, o que o Bolsonaro vai fazer com relação ao governador Tarcísio? Vai combinar com Tarcísio dele ser o candidato? Não vai. O Tarciso vai topar, não vai, porque o Tarciso também não, o cara é governador de São Paulo, não vai cumprir qualquer ordem,
né? E ele pode buscar reeleição. É. E vai pro sacrifício, não vai. Aqui é, parece que a a reeleição dele aqui é muito muito encaminhada, né? Uhum. Eh, e aí o cara vai lagar isso para para ser candidato ou não? difícil, né, cara? Contra o Lula, eh, assim, se não tiver muito encaminhada, o cara vai pro Awin, né? Assim, vai ficar sem mandato, depois, vai fazer o quê? Eh, e e nisso vale a pena sempre lembrar, né, que tem uma janela temporal ali importante, porque o Tarcício se quiser ser candidato, ele tem que entregar o
cargo de governador até abril. Abril. E o Bolsonaro, caso possa ser candidato, ele pode se registrar até junho. Agosto, agosto, agosto. Agosto. Então assim, metade de agosto, o Tarcío não entregando o cargo em abril, ele não tá dado. É isso. Não é candidato. Candidato é reeleição. Eh, assim, então, então tem esse primeiro capítulo. O Bolsonaro decidir até abril do ano que vem quais são os passos que ele vai dar. Claro que pode decidir antes disso, mas o deadline é abril. Se o Tarciso for o candidato, ele é o candidato mais competitivo, né? exclui qualquer avaliação
de mérito sobre Tarcisa, fala bem, fala mal, tanto faz. O resultado que ele vai trazer em São Paulo, eh eh é o que pode fazer diferença na campanha nacional. Eh, a na eleição passada, claro que o PT sempre fala: "Ah, o Nordeste, a Cedadela, verdade, assim, se o Lula não tivesse o tamanho que tem, o que tinha, enfim, mas que é recuperável, né, no Nordeste em parte, eh, não teria ganhado eleição. Fato, ponto. O Hadad não teria feito o resultado que fez em 18. que o PT teria resultados piores, tá certíssimo. Só que a eleição
passada, assim, quem fez a diferença pro Lula ganhar por aqueles 2 milhões de votos foi São Paulo, foi o Hadad. Aqui Minas não trouxe essa diferença. Rio de Janeiro, tanto faz. Região Sul e eh Centro-Oeste e norte, cara, com todo respeito, assim, já morei em todas elas. Tanto faz para essa conta nacional, se for mais ou menos ali o cara ganhar ou perder, sabe? Claro que todo voto conta, mas a diferença de voto foi em São Paulo, foi aqui, sabe? Foi o Hadad que entregou pro Lula, assim, eh, a vitória sobre o Bolsonaro. Claro que
tem todas as coisas que aconteceram na campanha do Bolsonaro, enfim, mas numericamente foi aqui em São Paulo, indiscutível. E a vantagem que o Tarcísio, pela avaliação que tem, pode trazer para pra conta nacional aqui em São Paulo, eh, tornam ele competitivo. Sem contar, assim, ele é um nome que que eh pode agregar mais o centro, essa coisa toda, assim. Então, assim, o Bolsonaro tem essa decisão para tomar. Não é simples tomar essa decisão do ponto de vista do Bolsonaro, tá? Eh, vamos lá. A gente falou dele agora a pouco. O cara tá desde os anos
90, começo dos anos 90, construindo uma coisa chamada Bolsonaro, né? Eh, de repente ele passa o bastão, cara. Não retoma primeiro, um, não retoma mais. Dois, rei mosto, rei posto morto, sei lá como é que fala isso. Mas acabou, sabe? ele passou para uma nova geração, passou para um novo núcleo político, passou pro pro para um para para um outro grupo dentro do grupo dele. Mas assim, as pessoas vão ouvir tanto ou mais o presidente, seja lá quem for ele, eh do que o Bolsonaro. A gente viu isso com o Lula, tem a experiência eh
com o Lula aqui, cara. A Dilma, e o Lula fala isso, um um livro que era uma entrevista tal que eu ali, ele diz: "Ó, a Dilma depois de um tempo ali tentava falar com ela, não conseguia, tentava dizer as coisas, ela não ouvia, porque é normal assim, o cara é o presidente, bicho. Aquilo é um poder, assim, é um negócio imenso, sabe? E aquela enturragem volta dizendo o dia inteiro que você é maravilhoso, que você é lindo, que você acerta em tudo que você faz. Difícil não acreditar em algum algum de algum jeito nisso
assim. O cara até de vez em quando diz: "Não, pera aí que eu não sou tão bonito assim", né, cara? Eh, mas uma parte do dia você acredita. Eh, então, cara, não é uma decisão simples, ainda mais um cara que teve lá, que nem o Bolsonaro, que sabe exatamente como funciona aquele mecanismo ali de poder. Passar para um terceiro, pô, é difícil, cara. Passar pra filha é difícil. No caso dele, imagina pro mesmo que tenha toda a confiança do mundo, tá? Não, o cara é meu brother, meu irmão, Tarciso, Caiado, sei lá, Zema. Esse aí
disse para mim que vai eh manter o melhor que ele pode fazer, cara, assim, e eh eh fazer um acordo num caso desse muito bem formatado de quais são os espaços dele no governo, Ministério da Justiça, as coisas que ele vai pedir, ó, STF, quem indica sou eu. Fechado o acordo, que aí o custo de romper o acordo lá na frente do cara que foi eleito, aí também é ruim do que cara achar que vai continuar pilotando o governo. Então assim, ele sabe, Bolsonaro sabe disso, tanto quanto o Lula sabia, o Lula até sabia menos
em 2010, que a expectativa é que a Dilma não fosse ter tanto tamanho assim, né? E e pô, eu lembro, cara, eu tava na Câmara em 2015, no começo de 2015, quando tinha o pacote do Levi, cara, assim, o Lula pedia, o PT atendia de vez em quando, pedia pro PT votar a favor do pacote do Levi. Depois, em setembro, ele tentou emplacar o Meirelles, lembra como o ministro? Ela falou: "Não, de jeito nenhum vou colocar o Nelson Barbosa, né? Então, assim, o cara segue se quiser, né, cara? Quem tem caneta é ele, não adianta
assim. Eh, isso é normal. Assim, lá na na no governo eu ajudei a indicar muita gente. Você recebe as indicações políticas, recebe lá pro pros cargos no governo, empresa, das, cargo normal, cara. O cara antes de assumir, você manda mensagem 4:30 da manhã da dupla azul na hora, pô. O cara, ô meu companheiro, meu amigo, meu camarada, meu meu brother, meu jovem, que que você precisa? Tô aqui à disposição, tava dormindo, mas eu tô pegando a chave do carro, onde é que eu te encontro? Assim, pô, cara, 4:30 da manhã, depois que vai pro diário,
o cara já não atende tanto assim, né? Não, pô, pera aí, eu vou tomar posse aqui, a gente conversa. Aí depois que toma posse, o cara, pô, cara, eu tô com uma viagem, tô com uma reunião, não sei o quê, mas ó, vamos conversar, cara. assim, isso com os cargos normais ali, cargo eleito, bicho, é pior ainda. Então, o Bolsonaro sabe super bem disso. Eh, então, passar pro Tarciso não é simples, cara. Por todas essas questões que são inerentes ao poder, não é simples passar bastão. É difícil de fazer. Então, é uma decisão que o
Bolsonaro vai custar muito, que eu acho que vai ter uma pressão eh muito grande da economia, mercado, economia real, eh do agro, de vários setores que são próximos ali do Bolsonaro, eh e que não gostam do PT, tal e que estão vendo a chance também, que é uma, de novo, uma eleição super binária. E o PT pode se dar assim, se o Lula perder a eleição, o PT vai ter que discutir o próprio futuro. Não vai ser simples pro PT e vai ter muita gente vendo essa oportunidade ali de causar um impacto difícil ao PT,
né? E vão dizer isso a ele, vão dizer: "Capitão, pô, olha, olha o que pode dar tudo certo, pode dar tudo errado. Assim, é binário, você que vai atrapalhar, sabe? Pô, a gente te ajudou em 18, você não era ninguém. Então vai ter gente dizendo isso para ele, sabe? Em pela unidade da direita e e muitas dessas pessoas vão fazer eh eh uma campanha pela unidade da direita no Tarcísio, né? Vai ter gente pro Zema, vai ter gente pro Caiado, vai ter gente pro Ratinho, vai ter gente para quem mais apareça. Mas eu acho que
o grosso dessas pessoas vai falar de algum jeito essa mensagem para ele, fazendo campanha pro Tarcísio. A mídia vai fazer campanha pro Tarcísio, uma parte dela, eh, outra parte fazer pro Lula, óbvio. Eh, assim, então vai acontecer isso, sabe? E aí esse primeiro capítulo é da unidade da direita é até abril. Sim, ele vai ter que tomar essa decisão. Se ele não tomar, aí eu acho que pode esfarelar, porque ele vai manter aí você cont C, conttrol V do Lula em 18, mantém lá como candidato, obriga as pesquisas a deixar o seu nome, vai lá,
faz a convenção. A convenção escolhe você, você bota um vice fake, eh, registra a candidatura, espera o TSE negar. O TSE negou, aí registra nova candidatura. Você tá no final de agosto, comecinho de setembro, tal. Uhum. E aí, cara, aí todo mundo é candidato num cenário desse, né? Porque ele, se fizer isso, o Bolsonaro, ele partiu para um cenário que ele não negociou muito com ninguém, tocou para manter o condomínio Bolsonaro. Ele se reduz na direita não bolsonarista, a direita ali que adere ao bolsonarismo porque não gosta do PT, o antipetismo, né? Mas ele toca
vida sozinho ou ele faz um consórcio com algum desses candidatos e leva direita inteira competitiva contra o contra o PT. Sabe? Essa opção necessariamente é do Bolsonaro, sabe? Ele é o dono dessa opção. Ninguém vai conseguir fazer por ele. Ninguém vai conseguir dizer: "Não, pera aí, o Bolsonaro tá dizendo isso, mas tanto faz. Ele é muito relevante para isso, o cara grande, né, assim. Então, o próximo movimento da direita, união, não união, primeiro é do Bolsonaro. Ele vai dar o tom, ninguém vai conseguir dar esse tom por ele. E segundo, eu concordo plenamente, tem que
ter a direita unida, direita, centro direita, o quanto a direita conseguir expandir, manter o bolsonarismo, eh, e expandir ali para aquele centro que teve com o Lula, eh, na, na, na eleição passada, uma parte dele, para tentar capturar, porque a disputa, cara, tem uma tendência de ser muito muito estreita de novo, né? Então, qualquer coisa que você conquiste a mais ali, eh, eh, pode te dar vantagem para ganhar a eleição. 1 milhão de votos para lá ou para cá, resolve a eleição. Eh, mas eu concordo plenamente. Eu acho que se não tiver unido, você não
começou a disputar isso aqui. Aí vai começar a se matar para ver quem vai pro segundo turno. Eh, e a semifinal do lado vermelho tá resolvido. O Lula já tá na final direto. Os caras vão ficar se matando aqui. Tanto faz, né? O Lula é o Ricardo Nunes da da eleição, sabe? Abstenção bizarra, gigantesca. E ele tá ali de boa, esperando os caras se matar para ver quem é que chega para ele ganhar do cara, sabe? Então, com Tarciso fora desse cenário, né? O Tarciso muda, muda o jogo substancialmente. Boa, excelente análise. O Lavino aqui,
acho que você já respondeu, mas, pô, só ficou o Lavinho, cara. O Lavinio perguntou aqui com o Lula enfraquecido. Obgado Lavini. Obrigado. A tendência não é vermos dois candidatos da direita, um diretamente ligado com Bolsonaro, Michele, e outro do centrão como Caiado. Cara, pode ser num cenário que o Bolsonaro não acredita no Tarcísio. Eu não sei se ele indicaria Michele. Se ele indicar alguém com sobrenome Bolsonaro, acho que tá mais para um filho do que para Michele, assim, pela relação, por como ele constrói essa relação de confiança no no círculo dele, sabe? ele tem uma
relação muito mais assim na política de confiança com os filhos do que com a com a exmeira dama. Assim, eu acho, tá, que que eu e o, assim, trazendo uma opinião clara do do que a gente escuta no mundo político, eh, é uma decisão mais próxima de ele tomar de ser um dos filhos, no caso do Tarcísio, vamos lá, decisão em julho do ano que vem, Tarcío morreu, acabou-se. Eh, eu acho que tá mais para um dos filhos do que pr pra Michele, assim, até porque a Michele tem uma uma eleição muito tranquila em Brasília,
né? Porque ela quiser, governadora, senadora ou ela faz o que ela quiser em Brasília, assim. eamares, né? Dobradinha Quadamares. Então eu não acho não assim. E o Caiado, cara, assim, ele é um cara que tem um, pô, tá fazendo um governo que tá bem avaliado, né, assim, e é um cara firme, um cara assim, tem todas as qualidades. Agora, eu não sei se ele tem tanto espaço assim na na na direita. Ele vai ter um problema partidário, ele vai ficar no no Novo União Brasil unido com o PP, não vai? Então, ele vai ter que
resolver isso primeiro porque ele tem confusões lá. ele mesmo era contra a a fusão, federação, sei lá como é que eles estão chamando isso. Então, ele vai ter primeiro um problema mais burocrático, né, por onde ele vai ser candidato, mas um cara que nem ele arruma por onde ser. Eh, mas depois assim, ele tem que melhorar muito rápido nas pesquisas para ter apoio, sabe? Porque senão o mais fácil é a candidatura dele começar a definhar em algum momento, sabe? Eh, assim, especialmente contra o Bolsonaro, porque vamos lá, assim, o o Bolsonaro é um cara que
vai lutar igual lutou aqui, né, na capital contra o Marçal para manter a direita. Ele vai reivindicar a posse, cara. Vai dizer: "Isse aqui é meu, vaza, sabe? E vai para cima do de quem tiver ali." Assim, é lógica de semifinal, sabe? Ele vai bater no Lula, vai, mas vai bater no Lula na lógica de da direita fazer assim, ó, vem cá que aqui é meu. Todo mundo vai para ganhar. Nessa nessa situação, o Bolsonaro tem mais condições, mais poder de fogo do de botar para ganhar do que qualquer outro na direita. Então, mas o
inimigo a ser morto primeiro é o cara da direita, né? Então eu não queria est do contra o Bolsonaro ali, não, cara. É braba essa assim, ser candidato na direita contra o Bolsonaro, o cara tem que ter uma coragem diferenciada assim. Eu não faço uma coisa dessa jamais. Posso perguntar uma aqui dos bastidores que o Lavinho mandou aqui? Essa daqui eu também tenho vontade de saber. Só mais uma do Lavinho aqui. Eh, como como que foi a repercussão daquela carta do Kakai? Kakikai, né? Do Kakai. É Kakai. Eh, dizendo que o Lula estava alienado, só
conversando com Ricossa e Janja. E ele perguntou que, aliás, é verdade que a Janja não deixava ele fazer jantar na casa dele para receber as pessoas e tal? É, fazer para receber as pessoas. Receber as pessoas. podia entrar na cozinha. Ah, assim, é, eh, cara, tem um, falando de Jean assim, tem uma parte que é que é, pô, ele não é mais um cara de, sei lá, 60 anos quando ele ganhou a presidência primeira vez. É isso, né? 80, menos 20, 60 anos. É assim, o cara tem 80 anos, caiu, se machucou. Então, pô, alguém
tem que freiar ali, né, cara? Todo, todo mundo tem alguém assim na na família que você tem que dizer: "Ô, bicho, sossega aí, teu coração vai explodir". cara, tá ficando doido, tá? Eu tenho alguns amigos assim que tem que dizer: "Cara, calma, diminui o ritmo". E ela faz um pouco isso, assim, tem um papel assim também que é importante assim na lógica deles ali no dia a dia, né? Tem tem uma parte também das críticas a ela que que assim são são justas na na na assim como atingem, mas também é conveniente pro presidente deixar
explodir nela ali. Pô, não quero levar os deputados no avião, não quero falar com não sei quem. Quero descansar. Aí deixa ela falar. Diz: "Ó, ele tá aqui". Todo mundo que teve um relacionamento, algum dia tava de saco cheio, não queria jogar bola. Disse: "Porra, cara, não consigo ir." A mulher tá enchendo o saco, né? Pô, acontece, né, cara? Assim, e quando o cara tem 80 anos, eu tenho 39, mas deve acontecer muito mais, né, bicho? Então você diz, cara, tá enchendo o saco, não vou jogar, não vou fazer não sei o quê, pô, não
consigo ir, velho. Assim, você não queria, né, assim. Então tem uma parte que que que é isso e que ela absorve a crítica, né? Tem uma parte ali, cara, que ela é muito mais ativa que qualquer outra primeira dama mesmo. E tá, agora tem uma polêmica da da viagem para Moscou, né? Não sei o quê. Ela faz essas coisas e assim, quando você faz algumas coisas, você vai apanhar por elas. Então assim, é risco, né? Você toma risco, o risco chega, né? E ela faz. E essa coisa do de jantar e coisas assim, eh, ele
não faz como fazia no passado. Eu não sei explicar por assim, não é só a Janja, não sabe? Porque senão isso já teria virado um escândalo, já teria ido para cima dela muito tempo. Eh, ele não faz mais, cara. Ele voltou pra presidência um pouco diferente do que ele era no passado. Tinha uma expectativa minha, inclusive, de que ele ia fazer muito isso, assim, porque, pô, governar é chato para caramba, né, cara? o cara ficar ali com decisão, o dia inteiro, o cara te levando problema, eh, do jeito que tem a galera que que fica
ali o termo técnico é puxando saco, né? Tem também o dia inteiro, né, bicho? Ninguém chega ali para dizer: "Ó, resolvi um pepino aqui, viu? Tô tranquilo, não preciso falar com você". Pô, ninguém chega lá assim, chega lá só para falar de coisa, presidente, tem uma pedreira aqui, presidente, tem um problema lá. Eh, eu achei, cara, e eu e é o que eu faria também. Se eu tivesse 80 anos, bicho, eu ia dizer: "Pô, isso aqui, cara, casa civil resolve lá. Minha opinião é essa. Agora se vira lá, como é que vocês vão fazer?" E
fazer política, né, bicho? Ficar com deputado, senador, visitando estado, fazendo coisas assim, até porque era uma coisa muito natural do do Lula, né? A imagem que se tinha dele assim era essa. E a expectativa que muita gente tinha que ele fosse fazer, inclusive a minha, era essa, né? Ele orientou diferente saber que que o cara toma as decisões que toma, né? Mas ele se orientou diferente, ele tá mais presente na administração, quer saber mais os temas, tá mais detalhista um pouco com dia a dia, eh, com as presenças no dia a dia dele, né, assim,
tem uma influência da da primeira dama, tem, óbvio que tem. É só isso? Não é só isso, sabe? O cara, ele não é um autôm, ele é um cara, pô, é o Lula, todo mundo, assim, o Lula tá presente na vida do do país há 40 anos na vida pública, né? Todo mundo sabe como ele é. Aí de repente o cara virou um um cordeirito, como se diz lá no sul, não fala mais nada. Não é só isso, né? Mas bicho, assim, é conveniente de vez em quando deixar levar a culpa por você, né? Eu
também faria. Então, Natália, não, não faria. Mas, mas, pô, acontece, né, cara? Então, e aí favorece isso o fato dela ser ativa, cara. Ela tá presente, tá ali dominando as coisas, tá dando opinião mesmo. Assim, tem uma uma ideia que é muito errada de que ela dá ah, opiniões sobre o governo, tal. Cara, nisso aí a coisa nem é montada de um jeito que ela consiga orientar. Ah, política econômica tem influência da primeira dama. Pô, cara, não tem nem como, sabe? Não tem nem como. Tem tantas instâncias de discussão e tantas assim, tem tem tanta
mais, tanto mais gente para sacanear o Hadad que e a influência dela nisso é assim, eu vou te falar, eu tava lá todo dia no Palácio do Planalto por dois anos, cara. Eu brincava com a turma que um dia chegar um boleto do IPTU do palácio para mim lá da da minha kitnet ali, porque eu morava lá dentro, cara. Assim, pô, não é assim, cara. Não é assim mesmo, sabe? Mas ela tem um domínio ali do terceiro andar, o andar da presidência que é que é real, sabe? Uhum. dele também tem uma equipe dele, tem
o Marcola, tem o Osvaldo, tem uns caras muito bons lá que assim que tocam também as coisas com ele, sabe? É que tem, cara, é isso. Quando você, de novo, quando você toma risco, você tá tomando risco. A essência da coisa é essa. Ela toma risco, risco de imagem, de viajar, de não sei o quê. E aí, cara, toma porrada também e acaba que isso vira uma coisa às vezes muito maior do que é. Então tem um pouco de lenda, tem bastante realidade, mas também tem um pouco de lenda nessa influência da primeira dama, tal.
Nem tem como ser desse jeito assim, não, cara. Assim, o governo muitas vezes tem os acertos que tem independente dela e tem os erros que tem independente dela também. Ô, Richard, você usou o termo? Eu nem conheço ela, tá? Ela ela não tem ideia de quem eu sejo, então não tenho procuração para defender ninguém aqui, mas é que tem que ajustar um pouco a intensidade das coisas. Às vezes você usou o termo eh eh expectativa, né, quando você falou do Lula. Eu esperava o Lula mais eh receptivo e assim o termo expectativa talvez seja o
que muita gente falou: "Ah, Faria Lima fez o L." Eh, eu, embora você tenha dito, pô, tava aqui na na XP, na Faria Lima, não vi isso, mas teve a carta, né, da democracia lá, falou do movimento dos economistas, né, Cas das Ges também, né, de fato, teve gente que esperava um outro Lula. Sim. E a gente tá vendo que não é o Lula que o mercado esperava do lado que que chancelou, né? Eh, mas para você que tava ali dentro, né, que convive nesse até como analista político, né, que já pois historiador também, então
já já estudou muito a história do Brasil, o Lula e tal, já o esperava outro Lula? Ah, cara, assim, eu eu esperava, mas não do jeito do mercado. Vamos ser honesto aqui. O Lula não mentiu para ninguém na campanha, bicho. Ele nunca fez um compromisso de não vou fazer reformas, foi o contrário, sabe? Ele disse: "Não, qual foi o momento que ele disse o mercado?" Ó, estamos junto, vamos. Ele disse que ia desagradar o mercado, né? Ele falou isso. Não mentiu para ninguém, bicho. Eu assim, nesse sentido, quando a turma fala que o Hadad fez
muito mais do que ele podia, é verdade. É verdade. Ele entregou mais do que as condições eh deixaram ele entregar. É verdade. Não é mentira, sabe? Ele ele, cara, o terreno era infértil porque o Lula não mentiu para ninguém, pô. fevereiro ele tava batendo no Roberto Campos Neto e falando de discutir meta de inflação, sabe? Cara, ele não enganou ninguém, velho. Quem quis ser enganado que o Lula Não, pera aí que o Lula vai sentar lá e ele vai ser moderado, porque veja bem, isso aqui é só campanha, cara. Ele não enganou ninguém assim, ele
falou exatamente que ele ia, ele tá fazendo exatamente o que ele disse que ia fazer, fazer até menos, porque o Haddad conseguiu se impor em alguns momentos e o mercado também reagiu muito forte e aí ajudou, mas p não mentiu para ninguém assim. E o que eu esperava era nessa coisa da política. Isso, isso eu achei que ia ser diferente, sabe? Eh, eu brinquei com alguns amigos meus lá, eu falei: "Pô, cara, você vai, nós vamos ser o Ministério da Política do Lula. Vamos ser que nem o segurança do Batman, né, cara? Vamos lá ver
se o pneu tá OK, se tá alinhado, balanceado, se o batemóvel tá com tanque cheio. Mas, pô, quem faz lá da porrada de bandido é o Batman, né, cara? Eu vou segurar a capa, né, bicho? Tá aí, Batman tá OK? Quer um bandade e tal? Minha minha ideia era, claro que não é assim, mas a minha brincadeira era essa, dizer, pô, e não foi bem assim, né, cara? Ele no começo ali não fez tanta política assim. Teve uma coisa da orientação da agenda dele também no primeiro ano, ele viajou muito para fora do Brasil, mas
muito, porque se impôs uma ideia de que ele tinha que reconstruir as relações do Brasil fora, eh, que o Bolsonaro não tinha boa relação com o mundo, tal. E ele botou a mochila nas costas e foi. E ele gosta dessa agenda porque ele vende, ele leva empresário, ele faz um monte de coisa. Eh, e aí faltou, faltou assim, o tempo do cara tem 24 horas igual de todo mundo, faltou ele na na política ali um pouco, né, assim, claro que o Padilha, o Padilha é super legal, presidente, não toma decisão nenhuma, eh, sem esperar ele,
sem ouvir ele, tudo. Só que assim, e a expectativa que se tinha que cara, vai viajar com político o dia inteiro no avião, vai fazer a festa que ele fazia ano passado, tal. Ele até tá começando a fazer um pouco mais agora, né? Tá, tá recebendo alvorada, tá viajando pros estados e e levando as lideranças políticas, tá? Ele tá voltando um pouco esse modo assim, meio campanha também, né? Mas no começo não foi assim, cara. Então, fez assim, a minha expectativa tava errada, assim, eu achei que fosse ser mais, talvez a minha expectativa estivesse errada,
né, sobre ele, até porque eu não conheço, não tinha intimidade nenhuma com o Lula, não, assim, mas a imagem que eu tinha que ele ia fazer mais. E não é só eu, assim, eu no congresso também tinha algumas pessoas surpresas assim, dizer, pô, mas assim, a galera pedia agenda lá, ligava tal, que tinha uma É que é que de fora parece mais simples, né, cara? O cara manda lá, diz: "Não, eu quero falar com o Lula, tal". E aí o Lula vai receber você em 30 minutos. Pô, não é assim também, né? O cara é
presidente, tem toda uma estrutura da presidência, tal, que é feita para blindar o cara, né? Até porque tem muito picareta que pede agenda, né, bicho? Para em todos os níveis, assim. Eh, mas ele, mas ele orientou, fechou mais a agenda dele do que eu esperava paraa política e abriu mais para outras coisas, pra gestão, né, de coisas do governo, eh, para essa coisa internacional no primeiro ano. Eh, assim, mas pro Congresso, eu achei, por exemplo, que ele fosse manter um discurso eh que ele tinha na eleição contra as emendas secretas, sabe? Não manteve. Esse discurso
rápido foi substituído por discurso internacional, porrada no Banco Central, algumas outras coisas que sobressaiu mais, né? Eh, mas eu achei que ele fosse manter porque de fato era uma escrescência, um negócio, cara, como é que você pode ter orçamento secreto em qualquer instância do poder público de um país? Não pode, bicho. Sabe? Não pode, sabe? Tem que saber quem tá gastando, por que tá gastando, onde é que tá indo e como é que você vai olhar se foi bem gasto, sabe? se roubaram, se não roubaram, se atingiu os objetivos e metas tinha que atingir ou
se não. Eu achei que ele ia comprar esse discurso porque era um discurso popular. O Dino quando quando enfrentou isso agora na STF, deu bom para ele em termos de opinião pública e ele abandonou. Então essa foi outra expectativa que eu achei também que ele fosse manter, porque na campanha ele falava muito disso e não manteve. Então assim, do lado da política, sim, eu acho que ele que ele que ele, eu esperava que ele fosse ter uma outra postura, teve uma potência menor de entrar nos problemas políticos do que eu pensava, na gestão da política,
tal. É que é chato, né, cara? É chato fazer assim. Eu esperava diferente, mas até em parte até entendo, cara, porque é uma chatista nada. Mas o cara é presidente, tem que fazer, né? Eh, e mas do lado econômico não me surpreendi, não me surpreendi que o Hadad conseguiu avançar com o claro que as propostas do Had, o teto de gastos lá, o arcabolso fiscal, né, o nome correto, eh, era muito mais assim, atendia muito mais ao mercado a primeira versão do que a que saiu do governo e depois a que foi votado pelo Congresso.
Em alguma medida isso é natural. Você sempre apresenta o negócio com gordura, depois passa por um espancamento, um funil ali de governo, depois vai pro Congresso, o Congresso dá um descontinho. É a proposta mais ou menos você tinha pensado que podia sair, mas se você for jogar com ela do começo, aí sai qualquer coisa, né? Sai nada. Então esse jogo é normal. Mas o mas o Hadad jogou bem esse jogo assim de de conseguir muitas vezes assim conseguiu aprovar o arcabolso ali com toda a dificuldade que foi convencer um monte de gente no governo no
PT. eh, que tinha que fazer a parte do Congresso foi até mais fácil do que internamente. Eh, depois manteve, cara, meta, não discutiu meta, lembra? Tinha uma pressão até do mercado em abril para discutir meta de inflação. Pera aí, se vai mudar, muda logo. Falou: "Mas não vou mudar nada", né? E não mudou, continua tocando as coisas. Eh, então ele conseguiu segurar mais coisas ali do que a realidade permitia, assim, muitas vezes, né? Claro que teve as derrotas que teve, todo mundo, a gente perdeu junto com ele, Padilha ali, todo mundo era muito alinhado a
uma agenda do Hadad, né? A gente trabalhava muito para fortalecer as coisas que o Haddad propunha, porque, pô, eu vim daqui, era o Faria Alimer do Padilha, tinha uma galera lá da Câmara, eu sei quem era, que me batia porque eu era Fari Alimer, cara, que sacanagem, né? E a gente é o que é, né, bicho, assim na vida. E perdemos muitas vezes, ganhamos algumas vezes assim. Aí reforma tributária foi aprovada. Claro que se o governo interferisse muito a reforma tributária não seria aprovada. Então a gente teve também eh a inteligência emocional de não querer
comemorar muito, né? Deixa lá o Congresso a provar que é bom pro governo no final. Então toca aí, galera, toca aí, sabe? Então assim, as coisas meio que andaram num terreno mais menos fértil do que do que do que do que assim as condições ofereciam, cara, sabe? Mas ele não mentiu para ninguém, não. Falou exatamente o que ia fazer e tá fazendo e continua falando que vai fazer. Assim, prestem atenção no Lula. Prestem atenção no Lula. Ele tá dizendo que ele vai fazer. Ele não mente. Ô, Richard, eh, estamos agora chegando mais pro pros finalmentes.
Eh, cara, você já falou aqui no no meio do caminho, né, do vender picolé, veio do sul, pai caminhoneiro. É, como é que você foi parar no mercado financeiro? Como é que você Excelente pergunta? Porque como um cara conhece essa história que fez, fez fez história, né, na faculdade também, literalmente. É, né, literalmente. Cara, eu vim em 2015, o Eu conheci o Fula lá no Congresso, o Fulla daquele jeitão dele lá no Congresso, Rafael Furlanet. E e eu trabalhava lá no Congresso na época. E cara, lá quando você fica ali naquele ambiente de Brasília, você
sabe no olhar assim quem é de lá e quem não é rápido assim. Aí eu vi o cara não era de lá, tal. A gente tava na liderança do MDB, os líderes estavam discutindo alguma coisa lá no confessionário que era um negócio que tinha lá. Cara, se tivesse uma guerra nuclear naquela época, não sei se tem ainda o confessionário, mas sobreviveria a Formiga Barata e o líder do MDB, cara, que aquele confessiononário ali a prova de tudo. Eh, do tamanho assim, 1 m por 1 m, dois deputados em pé e a prova de tudo, assim,
ali tinha os caras conversando às vezes e a gente saia dali, ia pro plenário fazer cumprir as orientações, requerimentos, não sei o quê. Uhum. Que ali no plenário você fala regimentaleis, né? Quem é quem é assessor? E eu era da assessoria lá. eh, pela liderança. Eh, cara, aí conheci o Fur, ah, sou da XP, não sei o quê. O Fur é expansivo. Eh, a gente faz aniversário no mesmo dia, 28 de outubro. Então, foi outra coisa que que na conversa, pô, que legal, tal, cara. E ele mandava as coisas, eu fazia as considerações, a gente
ficava falando, isso era setembro, mais ou menos de 2015, eh, quando tava quente para caramba tudo, né? Tudo muito quente. Aí um dia foi no dia do do do meu aniversário dele, eu não sei quem ligou para quem para dar parabéns. A gente batendo papo, ele falou de alguma coisa que ele tava escrevendo. Essa área, para ser muito justo, essa área eh de política da XP, quem primeiro idealizou foi o Daniel Cunha. Uhum. Que tá na O Daniel Cunha, a última vez ele tava na na BGC. Ele tá na É, eu acho que tá na
BGC. né? Foi o Daniel que idealizou isso. O PowerPoint é dele. Daniel é bom para Grand muito bom. O PowerPoint é dele assim, mas quem colocou na prática foi o Rafael. Assim, ele foi o cara que em 2015 carregou isso naquela crise toda e fez isso virar uma coisa, né? E aí no final ali, em algum momento nessa ligação, ele fala: "Pô, cara, você não conhece ninguém não, bicho, para tocar, porque eu sou do mercado, tal, gosto de Brasília, adoro política, não sei o quê. Conversa mais ou menos assim: "Você conhece alguém?" Eu falei: "Pô,
conheço, cara". Ele falou: "Quem?" "Eu?" Ele falou: "Sério?". Falei: "Sério? que cara assim era um negócio que que era para mim era arriscado, mas era um negócio legal assim, pô, a vida inteira eu me joguei nas coisas, então era mais uma coisa para para se jogar. Eh, e eu era cliente da XP, conhecia a empresa, tal, achava legal. Aí ele foi, não sei se naquela semana ou na outra lá em Brasília, a gente almoçou, aí ele falou o negócio morrendo de medo, né, cara. Eu falei, depois olhei e falei: "Pô, o que que eu fiz,
né, bicho? Tô bem aqui e tal". eh assim, tinha uma vida boa em Brasília, tal, trabalhava num lugar legal, tava no plenário todo dia, conhecia todo mundo, todo mundo me conhecia. Eh, porque Brasília tem esse fenômeno, né? O cara que conhece todo mundo, mas ninguém conhece ele. Eh, então para mim funciona, sempre funcionou dos dois jeitos assim, cara. E aí, pô, falei com ele, ele me disse um negócio que eu lembro até hoje, assim, ele disse: "Bicho, assim, pra política você volta, pro mercado, essa vai ser talvez a única vez que você única oportunidade que
você tenha. Então pega, se der errado, você volta. Falei: "Pô, tem razão, cara". Aí vim, fiz uma entrevista aqui na Faria Lima 3600 ainda. Eh, Zeina, eh, Carlão, pô, XP raiz, né? Zeina Carlão, o Guilherme não tava. O Pedro Silveira me entrevistou por telefone. Grande Pedrão. Eh, pô, Pedrão, aprendi muito com ele, cara. Pedrão é um cara muito legal e dirigente de futebol. Agora, agora é ex, né? Agora é ex. Agora é ex. Ex. que veio aqui no nosso podcast de esports como se fold do Corinthians. Pedrão sensacional, cara. Sensacional. Aula e ainda é bom
abração pro ainda é bom de restaurante, né, cara? Caraca, loucura. O cara é um Midas, né, maluco. E cara, eles aí, Denis Ferraz, os velos lá que a gente chamava, o Ezeeca, o Júlio e o Dóio, Caio Azevedo, Caioba também, o Mancini. Pô, cara, foi um espancamento. Um dia inteiro de entrevista ali na Faria Lima 3600. Eu saí com a certeza absoluta que eu tinha sido rejeitado. Absoluta. Pô, morri, cara. Mas eu não sei qual foi a mágica, quem fez a mágica. Depois apareceu, eu acho que foi a Zeina, tá? Para ser justo, mas depois
apareceu mais gente dizendo que tinha feito. Nem vou dizer que foi o Caioba. Eh, mas depois apareceu mas Caioba não. Caioba me vetou, cara. Eh, é esse é petista, comunista. E mas aí, cara, o Rafael me ligou e disse: "Eí, tá onde?" Eu falei: "Pô, tô em São Paulo, cara. E aí, vamos trabalhar? Eu tomei um susto. Falei, pô, vamos, né? Aí comecei sozinho ali, cara, a coisa do da análise política. E e eu acho que o que me ajudou muito no começo foi não entender nada de minha casa, cara. Era desesperador, bicho. Eu vinha
nas reuniões aqui, eu falava a minha parte e depois a turma, hoje eu já hoje eu entendo, né? Assim, pô, 8 anos de 10 anos agora de convivência, não entendi se era um de mental. Eh, mas cara, hoje eu entendo. Eh, mas na época eu não entendia nada. O cara, eu não sabia o que era equity. O cara falava equity, ficava pensando que que que isso, cara? Equity para cá, equity, que diabo é isso? Eu não entendia absolutamente nada, que é a média do cara em Brasília. Hum. O cara que trabalha lá, mas não sabe
o dialeto aqui, como as pessoas eh eh conversam. Cara, isso me ajudou assim no começo, porque aí eu entregava mensagem limpa, eu entregava mensagem que tava lá em Brasília e que eu não sabia como as pessoas iam ler. Então, a minha meu viés era mínimo, sabe, de como eu escrevia e não sabia como ia impactar, não sabia absolutamente nada. E escrevia freestyle, cara, e adorava. Nossa, cheguei amarradão assim, porque aí teve logo vazamento em janeiro, impeachment em dezembro, aí vai, aí cancela o impeachment antes do Natal, cara. Aí tem a primeira votação na Câmara no
domingo, a zona zona em Brasília. Eh, e aí, pô, foi indo assim e e uma coisa que que me ajudou também, que o Rafael faz muito bem, cara, é sempre falar com todo mundo do mesmo jeito, sabe? Que é uma coisa normal em Brasília você tratar melhor quem tá no espaço de poder e pior, não atender ou não falar com um cara que não tá em nenhum espaço de poder, sabe? E isso acontecia muito com a turma do PMDB. Então os caras que estavam lá, que vieram seus ministros depois, eram os caras que estavam ali
na Câmara do Sear meio fazendo qualquer coisa. De repente um virou casa civil, outro virou não sei o quê, o Temer vira presidente. Cara, isso sempre me ajudou muito assim e não é uma coisa forçada. Ou isso isso ou você faz ou você não faz. Você não consegue fingir isso assim. É difícil. Eh, isso sempre me ajudou bastante. Não é que eu sobrevivi todos os governos, governo Bolsonaro todo. E a gente sempre foi uma casa meio referência de de análise política, né? Quando eu tava hoje, eu não sei quando eu acompanho tanto o mercado. Eu
acredito que sim. O Paulo é muito bom, cara. Eu tenho um orgulho danado de ter trazido o Paulinho, bicho. O Paulo é muito bom. A Júia também que vai ter uma caminhada já no fim do mês nova aí também é uma máquina, cara. A Sol que faz Argentina e faz outras coisas também é muito boa. O Vitinho, cara, cara, nós fomos, nós fomos quem mais fez entrevista naquele período histórico ali do do das pesquisas no Brasil, mas de longe assim, quem mais tinha dado pesquisa, produção assim, e o piloto era o Vitinho, cara. Ele fazia
ele com ele mesmo, assim e entregava o material que por muito tempo foi o material mais bem-sucedido de freeia da XP, mas de muito longe assim, a gente nem queria divulgar, foi uma decisão do marketing. Nossa pesquisa é institucional, mas o marketing achou que era legal. Depois não achou mais, mas no começo achou que era legal. É bravo, né, cara? E é isso aí. Eu nem ent assunto. Até porque o marketing te trocou também 200 vezes, você nem sabia mais quem era em algum momento assim. Você cara manda lá e vamos a cadeira elétrica. Eu
não sei se é ainda, mas foi, cara. E e aí fui parar lá e fui fazendo, cara, assim e e eu gostei muito, bicho, porque eu eu gosto do mercado, assim, eu descobri que gostava, sabe? Descobri que e assim o que a gente fazia lá fazia diferença, sabe? Você você fazia diferença assim no no no trabalho das outras pessoas. Então, pô, não é um negócio que era estéril assim, ah, escrevi e vamos lá. E a gente tomou algumas decisões importantes também que eu acho que que muda o jogo, sabe? A primeira delas, não vamos ter
escritório em Brasília. Eu acho que até hoje não tem não. O Paulo não tem escritório em Brasília. Eh, pô, você tem que chegar em Brasília e ir pro Congresso, cara. Você ficar numa sala em Brasília é a mesma coisa que foi em São Paulo. Então, cara, a gente sempre chegava, vai pro Congresso, sabe? Aí vai fazer agenda no governo, vai fazer agenda não sei o quê, vai no judiciário. Que tinha a Débora também que saiu, que também, cara, 2018 o que a Débora fez de cobertura do Lula, Lula preso, depois o Lula candidato, não é?
Débora acertou até o placar do TRF, cara, do Rio Grande do Sul, que mercado, o mercado treidor até isso, né? Placar de TRF, cara. Lembra do dos três lá, como vota, como não vota, tal. A Débora e a Débora tinha um problema de saúde relevante, cara. Ela foi pro Sul e acertou o placar, maluco do TRF na prisão do Lula. Assim, depois da história do Moro também a gente bancou e ela tinha razão, o mercado deu uma derretida e voltou, enfim. Mas mas, pô, a gente fez fez coisas ali que ninguém fazia muito assim. E
tinha um time muito bom, cara. Eu assim, eu sou muito grato, cara. Minha turma era muito boa, assim, eh, méritos da XP que deu liberdade pra gente fazer e da turma que topou o desafio. Mas, pô, a gente montou um negócio ali meio bizarro assim, que eu acho que não se reproduz, tá? Ninguém consegue fazer. E tinha um rapaz, isso eu acompanhei lá da da Infomânia, tinha um rapaz da Infomânia que também é além de muito fã seu, cresceu muito lá, agora tá tá tendo voo fora da Infomânia, muito feliz por ele que é o
Marcos Mortar, Marcão, Marcão, super talentoso. Mandar um abraço pro Marcos. Espero que ele acompanha, cara. Marcão é muito legal, cara. Muito, muito. E e ajudou a gente demais. E ele ajudava muito o Rafael também no começo, pré eu chegar lá, ele ajudava muito o Fulla assim. E é um cara do bem, um cara bom, competente assim, pô. Esse esse cara eu tentei trazer pro time, mas ele tinha ele tinha algumas ele tinha mestrado, ele tinha algumas coisas e aí e aí não veio, cara. E também lá a nossa política de contratações, ela não era muito
objetiva na época, né? Era era uma época difícil da XP, né, cara? Depois acabou essa época difícil, mas ali naquele momento era, é, tava, tava se provando, né? Acho que, pô, fez pr para mim, né? Na época eu trabalhava como produtor, era o chefe da redação do Infomani e sempre fui analista de investimentos. Acho que assim eh eh abre a cabeça de uma maneira e acho que o fato de você não ter vindo do mercado eh assim como o Paulo, a Débora, isso ajudava a trazer essa visão pouco mais eh mais pura sobre a política,
né? Menos viezada sobre o mercado em si. Isso foi bem. Teve um negócio que também não dá para não falar assim, as mesas de os times de salos da XP que que eram umas máquinas na época, cara. Galvânia, a turma ali, eh, de equits e depois quando montou macroos com o Daniel. Eh, e as mesas, cara, deram um apoio bizarro também pra gente no começo, sabe? E pegava o feedback de cliente e dizia: "Não, pô, ninguém me conhecia, cara. Eu não, é um cara desconhec cara de Brasília que tá aqui com a gente", sabe? Quem
fazia esse pit com os clientes era as mesas, o cara no Bloomber ali diz: "Não, recebe o nosso cara aí, pô, você vai gostar, não sei o quê". Essa venda ali, cara, foi um e as mesas pequenas ainda, né? XP 2015. Pô, isso foi super importante, cara, assim, ajudou para caramba a existir. Agora, Richard, uma curiosidade, eh, não sei se você vai voltar pro mercado financeiro, mas o se voltar Uhum. ou mesmo que não volte, enfim. Mas como é que fica o analista político, Richard depois de dois anos dentro do governo? O que que você
aprendeu ali ou o que que você viu? Putz, aqui é difícil mudar. Enfim, como é que você sai dessa experiência? Ah, assim, cara, cansado, primeira coisa, exausto, eh, mas super feliz de ter ido. Acho que foi um acerto, tá? Não foi fácil sair da XP, abrir mão de, pô, é isso, cara. Vem de uma família muito pobre, uma vida sempre muito batalhada. Eu fui me formar agora na pandemia, depois da pandemia não tive tempo e quando tinha tempo não tinha dinheiro para estudar. Então, cara, eu trabalho desde os 11 anos, vendia picolé, fazia sabão, fiz
coisa para caceta na vida assim para sobreviver, sabe? vender boné, vender café da mais na rua, você se formou agora? É, por mim, sei lá, agora pouco. Ah, mas então você fez tudo isso sem o Eu fiz história porque eu gosto de história, cara. Aí para mim foi fácil, né? Entendi. E pandemia você meio trancadão ali, vamos embora. E então, cara, não foi fácil assim. Então, a decisão de sair da XP, eu sempre falei, cara, os caras me perguntavam aqui depois de um tempo dizer: "Mas você é do PT?" Não, eu dizia: "Não, cara, eu
sou da PLR, meu P é de PLR, né?" Depois que eu aprendi a gostar de PLR, cara, pô, esquece, né, cara? Assim, você, pô, depois que você fica adulto e tem boleto, cara, esse tipo de coisa não, assim, o cara que deixa ideologia assim, pô, eu eu não sou desse grupo não, sabe? Assim, isso pragmático é o extremo com tudo assim, sabe? Não pode comprometer os seus princípios, mas bicho, a sua vida, se você ficar seca bobeira, você é atropelado, não tem jeito, assim. Então eu tinha muita dúvida ali no não ir pro governo, não
vai pro governo. O padil é meu amigo, é um cara super competente, um cara do bem, gosto dele para caramba, um cara honesto, sabe? E aí esse convite e a Natália, minha esposa também adoro o Padilha, a Tásia esposa dele, a Melha dele. Então tem uma tem uma amizade ali e também tem um círculo de amigos eh nossos, sabe? Então quando ele chamou, cara, assim, tinha um lado meu que dizia: "Pô, é o Padilha, né, cara? Eu não teria atendido outro convite, eu acho, não. Eh, mas era o Padilha no Palácio do Planalto, então é
uma bate experiência, cara. Você vê a política por dentro do outro lado do balcão lá, sabendo quais são os interesses reais, as coisas, tal. Tem coisas que eu aprendi ali, cara, assim, de leitura que me adicionaram assim, eu já tinha uma experiência, 8 anos fazendo isso, já era um cara experiente, né? Depois no antes no congresso, tal. Mas o que me adicionou ali, bicho, assim, em termo de de de velocidade, entender os movimentos e saber quais são eh os pedidos ocultos que os caras fazem, eh como o governo reage, como o governo não reage, quais
são as limitações que o governo tem para reagir à coisas, eh a completa ineficiência e incapacidade de como o Estado brasileiro é montado para se antecipar problemas. O estado brasileiro, esquece governo, o estado brasileiro é incapaz de se antecipar a problemas, é incapaz de planejar o que quer que seja. A máquina do estado é nesse nesse sentido é uma falência completa, sabe? A máquina de RH, o Paulo Artung até escreveu num livro compilado do guardia, esse é o trecho do Paulo Artung, do do ex-governador. Eh, o RH do estado é uma vergonha, assim, é uma
vergonha, sabe? Funciona pro cara que quer deixar o casaco ali e sumir, bater o ponto e desaparecer tanto quanto funciona pro cara que trabalha para caramba, bicho. É igual. O pagamento no final do mês chega igual, sabe? E se esse cara que deixa o casaco e vaza não arrumar briga com ninguém, ele fica 30 anos nisso, cara, assim, sem se incomodar muito, sabe? Não é possível que a gente pague imposto por uma coisa dessa, entendeu? Eh, então, cara, não você sai com entendendo essas coisas assim, você vê essas ineficiências, você vê a a também quanta
gente boa tem lá, cara. Assim, cara, tem alguns lugares assim, é até difícil de falar, mas tem alguns lugares que tem muita gente boa, cara. Caps, tem um monte de gente boa. Eu tive duas pessoas, o John e a Daane da Caps comigo. São muito bons, cara. Técnicos, pessoas técnicas que esses órgãos formam. Eh, o Tesouro tem muita gente boa, caras bons de verdade, assim, Banco Central tem servidores bons, saúde tem um monte de servidores bons, educação, você tem um corpo técnico ali que é super competente também. O problema no PGFN, eh, problema é que
tem também uma turma que tá ali meio que o cara passa num concurso para ser remunerado, para estudar pro próximo. Tá errado demais, né? Assim, produtividade desse cara é mínima, né? O cara tá preocupado com ele, cara. Trabalho o mínimo que ele pode, eh, tenta um teletrabalho ali e fica estudando pro próximo concurso. Ele passa no nível médico, quer passar pro superior e remunerado pelo serviço público federal. Então, pô, é muito doido isso. Eh, mas eu fico feliz assim, cara. Em geral, acho que fiz a opção certa, sabe? Que não, eu até escrevi isso no
no meu no minha postagem lá. Eu, meu Instagram é fechado, eu não sou um cara de redes sociais, não. Eu já quis fechar, Natália, não deixa eu fechar. Eh, mas, cara, assim, não vem de ingresso para ver esse show de onde eu vi. Assim, ou você vai ou você não vai. Você faz opção de vida de de família, de trabalho, de abrir mão de dinheiro, de abrir mão de qualidade de vida, sabe? E vai. Aí você vê esse negócio por dentro e bicho, é meio inexplicável assim, é meio aurora boreal, sabe? Não adianta ver a
foto. Ou você vai lá e vê a Aurora Boreal na tua cara lá, eh, ou você não foi, não adianta, sabe? Eh, e eu acho que que foi legal, cara, assim, eu em termos de experiência, bicho, é ano de cachorro, sabe? Vale por sete, sei lá quanto é que é ano de cachorro, mas é muito. Eh, e aí voltando para cá, assim, e, eh, acho que que me agregou bastante, sabe? E relação também, né, cara? Você conhece assim, eu não sou um cara, eu não sou antipático, mas também não sou um cara super expansivo. Toca
a mim ali, né? Toca me vo assim. E pô, mas é, você passa a conhecer por força da gravidade, cara, pessoas e coisas, assim, isso ampliou por 40, 50 vezes assim a quantidade de de gente e e processo, situações, coisas que eu passei a conhecer nesse nesse tempo e relações também que se aprofundaram, relações que que distanciaram assim, esse movimento dessas placas aí ao longo do tempo foi muito positivo. Eu tô fiquei satisfeito sabe e acho que saí na hora certa também assim do do da nomeação da máquina federal, tal. Eu cheguei até a flertar,
mas a Natália proibiu. Eu acho que ela tinha toda a razão. Se tem alguém que tem juízo, é a dona Natália. E eu até falava para ela, dizia: "Pô, eu fui pro governo que a minha minha zaga falhou, né, cara?" Eu pensei, eu falei: "Sim pro Padilha, eu não sei dizer não, né?" Falei: "Pô, minha zaga falhou, terminei no governo, né?" Mas é mentira absoluta, né, cara? Sempre quis ir para carambaal e quando ele chamou e mas para essa função específica, cara, acho que foi um acerto muito legal. Ali é meio que o o curva
de rio do governo, cara. Saque do governo. Todos os problemas passam ali. A parte ruim é que são problemas. A parte boa é que você vê tudo, absolutamente tudo, sobre tudo, assim. Então foi legal para caramba assim. Saí, saí maior do que entrei, eu acho, assim, em termos pessoais, sabe? Da hora. E Brasília é legal demais de morar, cara. Sei que vai tá dar polêmica isso, mas Brasília com filho, bicho. Brasília é legal de morar, Josu. Baita lugar. Sou brasiliense. Nasci lá. É, é um baita lugar para morar com filho. Solteiro, mais jovem aí é
meio paradão, mas, pô, com filho, cara, sensacional. Sim. Dito isso, Natália, um dia voltaremos para o Rio de Janeiro. Josu cruzando os dedos aqui. Um dia voltaria para Rio de Janeiro. Quer trazer uma última aí? Não, do meu lado aqui já, pô. Muito legal, Richard. Voltando pro mercado financeiro, Marketmakers vai te receber com muito prazer. Aliás, mesmo não tando no mercado, porque até as opiniões são sempre muito boas, galera elogiou muito. Inclusive o Lavinho e o Bruno, que são membros do M3 Club falando lá no chat do WhatsApp, não tô vendo aqui, mas falar no
chat macro, elogiando muitos bastidores de Brasília. Richard, pô, cara, sempre que eu converso com um cara inteligente que nem você, é sempre muito bom, mas ainda mais alguém que eu vi, né? Chegando no mercado, construindo isso tudo, muito legal. Camisa da Colombo, né, cara? Cara meio desgrenhado ali, que é esse maluco? Não, mas eu também. Dress todos nós hoje melhorei. Tô de camiseta até, mas cara, o cara quando tá de camiseta é porque chegou lá, né, bicho? Mas valeu demais, viu Richard? Obrigadão, viu? Pô, obrigadão. Eu quero parabéns, velho. Assim, eu acompanho vocês e quando
quando você falou, não, vamos lá, eu falei: "Pô, cara, tava brincando, o cara falou sério, agora vou ter que ir." Cheguei aqui meio nervoso, cara. Falei pra Natália mais cedo hoje. Falei: "Natália, eu tô preocupado, tô nervoso, cara. Vou ter que falar tal. Tô meio Não, mas gente, eu pelo menos eu sempre fico nervoso até até com live com pessoa conhecida, sempre fico nervoso." Mas que bom, pô. Obrigado mesmo. Obrigado de verdade, Josu. Brilhou de novo como sempre. Você que viu até o final, joinha no vídeo, se inscreve no canal. Toda terça e quinta, 18
horas, episódio novo aqui no Marketmers. A gente se vê numa próxima e tchau.