[Música] Olá sejam todos bem-vindos a mais um café com teia hoje nós vamos conversar sobre o uso de medicações quais medicações usar dentro do transtorno espectro autista o que a ciência diz quais são as contraindicações o que eu não devo fazer quando Nós pensamos em uso de medicamento há muito preconceito há muito mito e muita dificuldade de resistência de Muitos pais no uso da medicação só que ao contrário do que você possa imaginar o uso de medicação Em algum momento da vida de um paciente de uma pessoa com Transtorno do espectro autista acontecerá tem estudos
que falam que até 60% dos pacientes autistas Em algum momento da vida precisarão usar medicações isso acontece por uma série de fatores Vamos pensar por exemplo o transtorno de sono nós sabemos que de 40 a 80% dos pacientes dentro do teia tem distúrbio de sono claro que alguns distúrbios são na indução do sono que facilmente corrige com uma melatonina mas alguns pacientes têm mais despertares noturnos e mesmo no uso e na orientação de uma boa consultora de sono não faz um sono de qualidade nesses casos costumamos medicar Car o paciente é muito comum dentro do
transtorno do espectro autista e um estudo interessante de 2019 fala isso que 46% dos pacientes terão transtorno de ansiedade generalizada que não Obrigatoriamente precisa usar uma floxetina Sertralina um escitalopran mas quase 50% dos pacientes autistas terão ansiedade generalizada queele faz mal que gera angústia nós sabemos que o número de ideação su é significativamente maior em pacientes principalmente nível um de suporte na adolescência e na vida adulta nós sabemos que o número de depressão é cinco a sete vezes mais comum em pacientes autistas do que na população geral ou seja o uso de medicamento pode se
fazer necessário Em algum momento mas trazendo pra infância que é o que vocês mais buscam aqui comigo a gente tem que considerar algumas coisas quando um diagnóstico vem e junto com esse diagnóstico já vem a prescrição de um uso de medicamento a depender do caso isso não me parece uma boa conduta porque o tratamento do autismo não é medicamentoso o tratamento do autismo é comportamental e a medicação poderá ser utilizada Em alguns momentos por algumas indicações Então a primeira facee que você deve avaliar se a sua criança está ou não sendo medicada de forma adequada
é justamente isso Começou sintomas e sinais do transtorno do espectro autista essa criança acaba de receber o diagnóstico com dois ou 3 anos de idade não foi investido um tempo significativo para te ensinar o que é análise do comportamento aplicado não foi investido um tempo significativo estruturando a rotina um horário de acordar um horário de dormir disciplina H higiene não foi instituído uma boa orientação sobre a restrição de uso de telas não tem ainda o tratamento muito bem fundamentado e essa criança já tem o uso de medicações Pode ser que essa não seja a melhor
indicação e quais devem ser as indicações formais para o uso de medicamento principalmente na eminência de um comportamento alto e hétero lesivo mesmo após o manejo comportamental essa criança se bate essa criança se machuca essa criança machuca o outro essa criança tem consequentemente e de forma repetitiva destruição de patrimônio ela quebra tudo ela destrói as coisas então a gente vai também pensar no uso de medicamento quando ela tem a presença de estereotipias que competem com uma curva de aprendizagem Então imagina você uma criança que precisa sentar parar e estudar e ela tá o tempo todo
se batendo impulsiva inquieta com uma estereotipia de rodar de correr de se movimentar e por por ter essas estereotipias recorrentes ela não para para prender então alguns medicamentos podem diminuir essa estereotipia podem melhorar o controle de ansiedade fazendo com que esse paciente tenha mais qualidade de vida e por consequência evolua mais então nós vamos pensar usar medicação nesses casos Eu costumo dizer da mesma medida que não me parece muito adequado a criança de 2 anos 1 ano e meio receberam o diagnóstico e já ganharam uma receita de respir Dona me parece também de certa forma
errado a gente retardar muito o uso de medicação por uma série de explicações mas eu vou tentar fazer uma analogia que vai fazer muito sentido para você vamos imaginar que você tem uma criança que foi diagnosticada entre 1 ano e meio e 2 anos e meio e o seu filho recebeu esse diagnóstico já estruturou todo o tratamento e vem tratando desta forma já tirou todas as barreiras de aprendizagem já tirou tudo aquilo que impeça que essa criança possa não evoluir E agora com 4 anos o seu filho evolui Mas você sabe que daria para evoluir
um pouco mais e aí você chega nesse momento onde ele tem alguns comportamentos que a terapia não está sendo suficiente e o médico prescreve uma medicação para você aos 4 anos e você tem apenas duas decisões medicar ou não medicar nós vamos falar sobre os efeitos colaterais e você fica naquela dúvida devo ou não medicar o meu filho que está com esses comportamentos interferentes Então vamos fazer aqui uma reflexão a respeito de duas crianças considerem a mesma criança em dois cenários distintos O a tem 4 anos o b a mesma criança tem 4 anos e
durante 2 anos o paciente a tomou medicações no caso um antagonista do pamin égo por exemplo como uma respiridona ou aripiprazol ou um neuleptil o paciente B por preconceito da família não tomou a medicação por uma série de fatores ele não quis usar o paciente a uma vez que medicou e a medicação se adaptou teve bom resultado ele ficou mais atento ele ficou menos impulsivo ele ficou menos distraído ele teve menos comportamentos estereotipados menos comportamentos rígidos e por consequência ele evoluiu mais porque ele teve ali uma medicação entre aspas um doping que ajudou nesse processo
o paciente b não tomou a medicação então ele evoluiu o que deu para evoluir dentro das suas dificuldades e resistências comportamentais ao final dos 2 anos e ambos agora com 6 anos de idade o paciente a está mais evoluído e o paciente B está menos evoluído se eu for pensar em um paciente que terá mais possibilidad de tomar medicação pro resto da vida qual seria o paciente a o mais evoluído ou o paciente B menos evoluído Provavelmente o paciente que vai precisar tomar a medicação pro resto da vida Se a gente fosse usar esta analogia
essa reflexão Muito provavelmente seria o paciente b e olha só a importância de nós não sermos preconceituosos quanto o uso de medicação eu de certa forma sou muito conservador em uso de medicamento porque eu tenho muito repertório de tratamento e porque eu também trabalho com um grupo específico porque eu tenho uma equipe ao meu lado eu sei que essa não é a realidade de muitas pessoas eu trabalho também na apai onde muitas vezes a medicação é o primeiro recurso que eu tenho mas eu também não posso direcionar o meu tratamento mediante a classe social desse
paciente e o primeiro e a primeira abordagem que deve ser feita é comportamental então entendido primeiro essa lógica por medicar quando medicar Quais as indicações da medicação a gente vai pensar nas medicações propriamente ditas medicar criança é um grande desafio porque muitas vezes fazer estudos com crianças requer uma série de autorizações aprovações nós temos várias resistências quanto a isso então lógico a gente tem muito menos repertório de medicar criança grávida e idosos mas existem algumas medicações que são aprovadas por um órgão chamado fda que é o órgão Americano que regula algumas medicações controle de doenças
entre outras coisas e esse fda ele desde os anos 2010 2000 o ou seja mais de 20 anos ele está escrito lá permite orienta sugere para pacientes autistas usar antagonistas dopaminérgicos esses antagonistas dopaminérgicos É principalmente a respiridona abaixo de 5 anos e os pacientes acima de 5 anos o aripiprazol Então essas são as medicações que são mais bem utilizadas há muito mais tempo e que a gente consegue aferir exatamente os efe eitos colaterais existe por exemplo os eh neurolépticos ou antagonistas de primeira geração como neuleptil que também podem ser utilizados Principalmente quando a gente tá
falando de atenção primária porque é extremamente acessível qualquer posto de saúde tem e e é realmente barato então opa não tenho condição de comprar respiridona que custa 30 4050 mas eu tenho condição de comprar um nele optium é uma opção e quando eu usar respiridona ou usar aripiprazol porque o aripiprazol ele é um pouco mais expressivo o seu valor e por ser um pouco mais caro muita gente faz essa Associação direta que o aripiprazol é melhor ele tem sim uma seleção específica por alguns reitores e ele tem e ele não tem um efeito colateral que
de certa forma é indesejado na crianças autistas que é o aumento da Prolactina mas que no manejo Clínico a gente quase nunca percebe o aumento do do broto mamário então nós temos o aripiprazol nós temos a respiridona e nós temos o neuleptil como as medicações mais bem comumente utilizadas e qual nós vamos utilizar vai depender da indicação do seu médico além dessas medicações geralmente nós temos os inibidores desculpa inibidores de recaptação de serotonina que é principalmente a floxetina a Sertralina ou e talopram para controle de ansiedade o mais comummente utilizado é Flux etina porque tem
uma apresentação em gotas então de uma forma mais off Lab para pacientes mais ansiosos nós costumeiramente utilizamos algumas dessas medicações Além disso quando nós temos algum abordagem focal por exemplo a criança que tem enurese que ela tem escapes fecais ou escapes urinários noturnos nós podemos pensar no uso da imipramina quando nós estamos diante a um paciente que tem mais dificuldade com sono Nós pensamos no uso da melatonina e quando nós temos algumas comorbidades importantes como por exemplo transtorno de Déficit de Atenção e hiperatividade e é muito comum a presença deste transtorno comórbido no teia nós
podemos pensar no usar usar o uso dos metil fenid datos como ritalina Amato al lisdex afetamina que é al venance Eu particularmente não uso em criança o concerta que eu particularmente também não uso em criança eu prefiro realmente utilizar o metilfenidato a ritalina eh o o hum medato Às vezes a ritalina la mas é não é comum também usar isso em crianças para melhorar estes comportamentos e sobre o canabidiol cada vez mais tem sido utilizado tem respostas positivas ele diminui controle ele aumenta o controle da ansiedade ele Diminui sim o comportamento ansioso mas nós temos
um baixo nível de evidência porque é uma medicação que está sendo utilizada no autismo há menos tempo é promissor sim os resultados são melhores do que a respiridona neste momento não precisa-se de mais tempo de uso da medicação para você ver os resultados sim tem um valor mais expressivo sim então se eu tenho uma medicação que custa 500 eu tenho uma medicação que custa 20 30 a gente tem que considerar Ah thago mas eu tenho recurso Eu gostaria de tentar então a gente vai discutir com o seu médico se vale a pena ou não o
uso desta medicação a verdade gente que medicar um filho nunca é simples o meu noa Toma duas Medic fora o mundar de suplementações por conta do intestino por conta da tireoide por uma série de necessidades que ele tem mas é necessário e faz bem quando bem indicado bem orientado e bem cuidado bom esse foi mais um café com teia vemos na próxima [Música] aula