Como Eu Lembro de Tudo que Leio | Psicóloga Explica

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Lisa Guerra
Com tanta informação é difícil sinalizarmos para nosso cérebro o que é importante de ser lembrado. B...
Video Transcript:
talvez Você clicou nesse vídeo porque tá cansado de ler e pouco tempo depois esquecer de tudo aquilo toda aquela informação que você tinha adquirido ou então de ter que voltar à páginas ou as frases e ler novamente logo depois de ter terminado isso pode ser bem angustiante seja por aquele sentimento da gente est perdendo uma parte do Nosso repertório cultural que a gente acaba esquecendo ou até mesmo para uma prova concurso ou afins que você precisa decorar aquilo memorizar de alguma forma mas acaba não fixando na sua cabeça por muito tempo eu também tive esse
problema e às vezes eu culpava o TDAH às vezes eu culpava a mim mesma por não conseguir reter aquela informação e me sentia muito angustiada justamente pelo fato de amar leitura mala livros e ficar com aquela sensação de que a qualquer momento aquela informação ia logo evaporar da minha cabeça eu sou lisa guerra psicóloga e pensando em tudo isso como eu me sentia E como eu via também diversos relatos de pessoas com esse mesmo problema eu estudei um pouco mais a fundo sobre memória sobre fixar conhecimento sobre aprendizado e principalmente sobre as práticas e as
técnicas que a ciência tem como melhor evidência de que aquilo fixa uma informação e como a gente consegue aplicar ela na nossa vida eu separei isso em três tópicos Então a gente vai entender desde como funciona a neuroplasticidade que é muito importante você saber para você executar da forma certa sua leitura até como funciona a memória e para arrebatar tudo aí fazer tudo um grande compilado de técnicas importantes eu vou falar um pouquinho também sobre o Active Recall que é a técnica mais recomendada quando a gente fala de fixação de conhecimento imagina que você tá
lendo um livro Uma História bem envolvente como a de de uma mulher que é capaz de manipular e orquestrar envenenamentos sem deixar vestígios ou que talvez você tá imerso num mistério Sombrio de criadoras de anjos um grupo de mulheres que transformou o veneno em uma arma mortal histórias de mistério são perfeitas pra gente usar como exemplo porque elas fazem você ficar na ponta da cadeira ali prestando toda atenção querendo lembrar de cada detalhe cada revira-volta sendo quase impossível da gente esquecer certas histórias de tão marcantes e carregadas de sentimento que elas são por isso eu
quero dar uma pausa US para falar sobre Aqua tofana e as criadoras de anjos dois títulos incríveis da dark side que vão te deixar completamente imerso em histórias maravilhosas Aqua tofana carrega o selo Crime Scene Fiction que é uma reimaginação fascinante da lenda de Julia tofana que usava o seu veneno para ajudar mulheres presas em casamentos abusivos A autora fez uma pesquisa intensa e preenche algumas lacunas da história com muito cuidado criando um Thriller Irresistível e se você gosta de histórias reais ainda mais aterradoras você vai adorar as criadoras de anjo elas foram um dos
casos mais chocantes abordados no best seller Lady Killers Assassinas em série expõe como mulheres transformaram a morte em uma arte macabra ambos os livros fazem parte da coleção Lady Killers e são uma viagem pelo lado mais sombrio da mente humana e o melhor é que você pode adquirir esses livros na loja oficial da dark side com várias vantagens que além de brindes incríveis você vai ter 5% de desconto no pagamento via PX à vista ou você pode parcelar em até seis vezes sem juros e ainda tem frete grátis para pedidos acima de R 249 então
sim histórias são um ponto bem interessante da gente abordar Afinal elas nos envolvem e nos fazem ficar imersos em vários sentimentos e Sensações diferentes que nos deixam marcas profundas Principalmente quando a gente fala da dark side boa leitura se você tiver coragem primeiro ponto que a gente vai conversar aqui é neuroplasticidade então sim a gente pode considerar que o seu cérebro é plástico ou seja ele se molda a partir das situações a partir das suas experiências de vida ele vai criando ã diversos tentáculos que vão se grudando a novos tentáculos e criando novas camadas de
informa então um mesmo neurônio pode criar diversos braços receptores e tentáculos para se conectar com o outro e formar novas informações e tudo isso vai consolidando novas camadas que a gente pode chamar também de memória então se liga só memórias são experiências vivências e fatos que a gente armazena e que depois vai guiar o nosso comportamento com base naquilo que a gente armazenou ou seja uma experiência ruim tem mais chance de não ser reproduzida Afinal você guardou aquela informação de que aquilo não é legal já uma experiência boa que você teve ali e que te
gerou resultados positivos tem mais chance de ser executada novamente e os nossos antepassados se beneficiaram muito disso a nossa espécie na verdade tá viva até hoje por causa dessas conexões dessa neuroplasticidade que nos faz armazenar informações e conseguir evocar elas lembrar delas para que a gente não repita os mesmos erros novamente então nosso cérebro precisa ser mais seletivo então Vamos considerar a neuroplasticidade como um processo facilitador pra gente ter uma aquisição de uma informação armazenar essa aquisição e que a gente consiga evocar ou seja lembrar trazer ela à tona novamente a partir disso a gente
Guia os nossos comportamentos então não não adianta a gente apenas ter a informação a gente precisa conseguir utilizar essa informação ou seja transformar essa informação em comportamento em atitude em formas de executar aquilo a gente pode se munir de diversas diversas diversas informações Mas se a gente não armazenar elas se a gente não fixar elas com a gente a gente não consegue transformar elas fazer aquela girada para comportamento ou paraa execução E aí que a gente se extrapola diversos momentos né Afinal a gente pode est consumindo a gente tá numa era que a gente consome
muito muito muito muito conteúdo e pouco desse conteúdo fica fixo na gente então a gente pode buscar um rio de informação e acabar não fazendo nada com isso E aí vem a procrastinação vem a dificuldade de armazenar informações importantes Afinal a gente tá aí com um banho de informações e a nossa neuroplasticidade tá com aqueles tentáculos completamente perdidos não sabendo onde fixar onde conectar e o que é realmente importante para você armazenar entendendo isso a gente pode passar pro próximo ponto que é entender os tipos de memória e assim vai ser mais fácil da gente
conseguir estimular elas o primeiro tipo de memória que a gente pode considerar a declarativa ou a explícita que é aquela memória que a gente tem a partir de informação seja de fatos de eventos aquela fórmula de báscara que você aprendeu é uma memória declarativa você aprendeu aquilo decorando você sabe que a capital do seu estado por exemplo meu estado Rio Grande do Sul a capital é Porto Alegre então assim são fatos que a gente consegue consegue rapidamente evocar e que são são coisas que a gente leu e aprendeu e tentou fixar aquilo de alguma forma
ou seja a memória que tá explícita na sua superfície já a memória não declarativa ou a implícita ela diz respeito a hábitos processos procedimentos coisas que a gente não necessariamente pensa mas a gente executa porque a gente também tem um aparato que a gente armazenou lá quando a gente fez aquilo de bom aquisição armazenamento e processamento daquela informação que a gente comentou agora a pouco então então a não declarativa pode ser dirigir por exemplo a gente não pensa em cada coisa que a gente tá fazendo Quando a gente dirige mas a gente sabe do processo
como um todo Às vezes a gente tá dirigindo e chega no lugar e nem lembra do trajeto Afinal a gente fez tudo no piloto automático digamos assim é a nossa memória não declarativa agindo geralmente a gente começa com a memória declarativa ou seja as pessoas nos ensinam que a gente precisa pisar na embreagem pisar na acelerador frear ligar o pisca coisas declarativas e ao repetir repetir e repetir aquele processo a gente vai migrando para a não declarativa para implícita fazendo aquilo no modo automático Por que que isso acontece o nosso cérebro ele é algo muito
caro em termos energéticos ou seja ele exige muita energia do nosso corpo para ele se manter ativo o tempo todo então o que ele puder colocar em standby e deixar automatizado melhor assim você dá um respiro pras coisas que você precisa fazer conscientemente nas coisas que você precisa estar concentrado Então a gente vai empurrando aquilo pra memória de processos pra memória de hábitos isso falando de um um jeito bem por cima tá porque o foco aqui é a gente melhorar nossa leitura mas o fato é que uma vez que a gente consegue colocar a nossa
memória da declarativa para não declarativa ou seja transformar ela num processo transformar ela em uma execução de algo da qual já tá mais automatizado é muito mais difícil que a gente esqueça dela a memória declarativa se você acabar não utilizando ela por um tempo você pode acabar se esquecendo inclusive assim como você estuda para uma prova na escola depois que aquela prova passou você não revisita aquele conhecimento logo ele vai se esvaindo ele vai saindo da sua memória declarativa e sumindo Ou seja você não passou para a não declarativa ele não virou um processo um
hábito algo que você executa a gente descobriu isso de um jeito muito interessante e vai ser bem útil pra ferramenta que a gente vai utilizar daqui a pouco mas básicamente um cara chamado Henry teve o seu hipocampo removido por questões de saúde e o hipocampo é a área que todo mundo associava a memória ela é muito importante pra memória declarativa após ter o seu hipocampo removido o Henry foi submetido a diversos testes de performance onde ele precisava fazer o desenho de uma estrela a partir de um espelho Pode parecer meio fácil mas na verdade quando
a gente vai tentar executar aquilo sem olhar e tal é é um pouquinho mais desafiador do que parece aí aqui a gente consegue ver ó os resultados do estudo dele ó no primeiro dia ali a taxa de erros ó aquelas bolinhas vermelhinhas ali ligadas são os erros que ele teve no primeiro dia ali no segundo já diminuiu a taxa de erro e no terceiro foi ali bem baixinha a taxa de erro dele para aquele exercício mas é Ok o que que isso tem demais o que que isso nos diz o problema é que ele não
lembrava das instruções que ele tinha tido No dia anterior então quando alguém perguntava o que que ele tinha feito no dia anterior ou o que que eles tinham pedido para ele fazer ele não lembrava das instruções que ele recebeu para desenhar a estrela mas ele lembrava do processo de executar aquela tarefa Então olha que loucura a memória declarativa dele não estava da hora não tava funcionando ele não tava conseguindo evocar a memória declarativa dele porém a memória processual a memória não declarativa aquela envolvendo processos execuções e hábitos ela tava funcionando normalmente ao ponto de que
a taxa de erro dele foi reduzindo ao longo dos dias ou seja houve um aprendizado Mesmo não tendo a memória declarativa então a gente pode considerar aí a declarativa mais relacionada ao hipocampo e a não declarativa formada lá no estriado geralmente relacionado mais a hábitos mas isso são termos mais técnicos você não precisa entender você precisa entender que dois tipos de memória no momento em que a gente consegue transpor a nossa memória declarativa para a memória não declarativa o momento em que ela se torna um hábito algo processual algo que a gente consegue aplicar na
nossa realidade ela se torna mais difícil de esquecer muito mais difícil de esquecer então dois tipos de memória nosso cérebro é neuroplástica Ou seja a gente consegue ã fazer novas conexões o tempo todo e fazendo essas novas conexões armazenando memórias e evocando elas a gente consegue aí ter esses dois tipos e transpor para não declarativa é muito mais efetivo quando a gente transforma algo em hábito em algo processual e ok Entendeu tudo isso não entendeu volta o vídeo assiste de novo porque agora vem a parte legal a parte da ferramenta que a gente vai se
utilizar para embarcar nesse sistema e aproveitar a sua leitura como um exemplo para você conseguir transpor esse conhecimento de uma forma mais efetiva de acordo com esse estudo incrível da revista Science que é uma das principais no campo da ciência Mundial melhor maneira de fixar um conhecimento que estudamos é o que a gente pode chamar de Active Recall ou pro português revisão Ativa é o que a gente tem de maior evidência no momento de chances de dar certo então aí é é o suprassumo aí do do estudo e o Active Recall é basicamente você tentar
lembrar daquilo que você leu ou daquilo que você estudou sem tá amparado no material ou seja sem usar nenhum tipo de muleta Às vezes você tá vendo um conteúdo quando você assiste o vídeo e ele parece super fácil mas quando você quer contar ele para alguém para algum amigo ou para algum conhecido ele parece muito mais difícil de explicar Parece que você entende ele muito melhor mas você não consegue explicá-lo então é mais ou menos isso que a gente vai fazer o Active Recall é você se livrar dessas muletas que te amparam que te dão
essa cola digamos assim e tentar fazer um esforço ativo por isso o nome Ó Active Recall tentar rev ar ativamente no seu cérebro ou seja na sua memória trazer aquilo à tona evocar a sua memória lembra ó aquisição armazenamento e evocar a memória você vai tentar evocar ela para que ela vá se fortalecendo naquela naquele seu sistema de neuroplasticidade aqueles caminhos vão se fortalecendo para que aquela memória fique mais ativa mais fácil de ser evocada para você e sim é bem mais difícil do que parece e esse estudo trouxe alguns dados bem interessantes pra gente
poder analisar juntos Se Liga Aí ó aqui a gente pode observar a pontuação de acerto em participantes que realizaram diferentes técnicas de Estudo em Vermelho quem apenas estudou do jeito mais tradicional possível em amarelo quem fez estudos repetidas vezes já em azul os que montaram mapas conceituais juntos do estudo em verde Agora sim que o negócio fica louco em verde nessa maior pontuação aqueles participantes que ficavam recordando por conta própria aquilo que estudavam e é uma diferença bastante significativa e quer ver algo ainda mais maneiro quando esses participantes foram questionados sobre o quanto que eles
achavam que tinham aprendido a gente pode reparar que desde quem apenas estudou quem estudou repetidas vezes ou quem fez mapas mentais todos eles julgaram que tinham aprendido mais do que aqueles que fizeram o Active Recall Ou seja a revisão ativa para você ver que às vezes a nossa percepção pode nos enganar não é porque você ficou batendo cabeça repetidas e repetidas vezes naquele mesmo tema estudando daquela maneira mais tradicional que você aprendeu mais do que alguém que tentou revisitar aquela informação de uma maneira mais ativa de uma maneira mais independente do conteúdo todo esses esforço
lembra que o nosso cérebro é caro ele quer ser sempre economizado no que der ele quer deixar as coisas mais automáticas então se você se esforça para trazer aquela informação à tona novamente seu cérebro vai entender que aquilo é importante E aí vai fortalecendo esses circuitos então a revisão ativa ela é muito importante pra gente poder fixar esse comportamento e esse conhecimento da memória declarativa para não declarativa e tornar aquilo Algo mais habitual algo mais familiar e que seja mais automático na sua vida porque você tá repetindo e executando aquilo novamente então Então essa é
a ferramenta mais ideal para você lembrar do que você leu seja nos estudos seja lendo alguma história que você não quer esquecer então desde contar para seus amigos ou você mesmo sozinho tentar repetir aquilo e se autoexplicar e para deixar isso ainda mais completo A gente pode levar em consideração a curva do esquecimento ela tem algumas ambiguidades ali quando a gente fala de evidência científica Porque ela foi proposta há muito tempo por um tal de ebg house nome diferenciado essa linha azul mostra como o conhecimento é esquecido assim que você adquire ó o azul faz
uma uma curva muito Funda Ou seja a gente esquece muito rápido já as próximas linhas mostram a curva do esquecimento quando a gente faz as revisões ativas ó uma hora depois 24 horas depois uma semana um mês percebe que a curva Vai cada vez menos para baixo Então olha que Fantástico a gente combinar essas duas estratégias é você fazer a revisão ativa NS períodos espaçados de tempo revisitar aquilo sem necessariamente usar como muleta o material Inicial é claro que você pode eventualmente ali consultar para ver se você tá realmente seguindo a mesma linha e não
sei lá viajando na maionese mas a essência do do exercício é reproduzir isso eu espero que isso seja útil para você tanto nas suas leituras mais dinâmicas nas suas leituras casuais quanto também nos seus estudos então é uma ótima forma aí de você adequar o seu direcionamento atencional dos seus estudos para essa forma e fazer essas revisões ativas com frequência para fixar o conteúdo da melhor maneira possível falando em termos de neurociência terapia cognitivo comportamental ã eu já tô utilizando isso na minha vida Já faz alguns meses e para mim também faz uma grande diferença
e é isso obrigada pela atenção de sempre eu sou lisa guerra e tchau
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