Trilha de Letras recebe o dramaturgo Clayton Nascimento

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TV Brasil
Mente criadora do premiado e bem-sucedido espetáculo teatral “Macacos”, é formado pela USP. Foi lá, ...
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[Música] é quase impossível ser uma pessoa negra no Brasil e não passar por nenhum episódio de racismo mais espito ou mais Sutil mas sempre violento às vezes essa agressão se resume a uma palavra o dramaturgo e escritor Cleiton Nascimento é o nosso convidado de hoje no trilha de letras muito prazer em recebê-lo Cleiton Que honra est aqui com você uma honra estar aqui com você veja é um monólogo que é um sucesso no Brasil inteiro fala alguns números pra gente dessa peça que é tão surpreendente tem um trabalho tão intenso e um tema tão presente
na vida nacional é macacos está em cartaz meio eh seguidamente aqui no Rio de Janeiro estreia em São Paulo já viajou algumas capitais do Brasil a gente tá numa turnê europeia nesse momento nossa última temporada foi no teatro Ipanema Teatro Riachuelo no Ipanema a gente estreou no Riachuelo foi nossa última temporada é um mês de apresentação e sei lá 10.000 pessoas assistiram a gente foi uma coisa muito especial é incrível né e o teatro que é essa essa arte tão tão milenar tão tradicional est nesse espaço com esse tema e com esta palavrinha né macacos
que é um xingamento e e qual foi a tua intenção Quando você usou essa palavra né Eh desconstruir eh chocar Qual foi a tua intenção em trazer macacos como título da tua eu me lembro um dia eu cheguei na morava na Universidade de São Paulo no cruz um dia eu cheguei nas moradias Liguei a TV e eu vi um estádio de futebol inteiro xingando um J um um goleiro e isso foi aqui no Brasil e aí eu lembro que aquilo me impactou Eu acho que eu já tinha sabido que aquilo acontecer mas eu não tinha
visto em massa e aí eu pensei caramba num lugar que é televisionado que a imprensa toda está ali muita gente junta as pessoas conseguem se colocar nesse lugar de xingar um outro mesmo com as câmeras viradas para elas isso é um crime aí me nasce o primeiro clique de onde vem esse xingamento forças históricas estão permitindo que aquelas pessoas entrem ali e xinguem então eu tenho que estudar de onde vem e aí eu passo 7 anos estudando isso dentro da Universidade de São Paulo nas bibliotecas nas aulas eh e aí eu pego emprestado um conhecimento
da da lélia que é às vezes lélia Gonzales que às vezes é importante você pegar uns termos muito doloridos para você poder ter a chance de ressignificá-lo porque fato é o xingamento já existe eh então eu vou pegar ele aqui emprestado para eu contar Quais são as origens dele Às vezes as pessoas me dizem Poxa mas que título duro e aí eu penso duro é esse xingamento ser histórico duro eh esse xingamento existir nas ruas eh eu sou um artista de criação e na arte a gente tem a liberdade de pegar em palavras emprestadas e
ressignificá-las sim e o o Macacos né O Espetáculo ele tem um trabalho corporal muito intenso é muito admirável ver a tua a tua encenação e esse termo macacos ele ele desumaniza né ele animaliza desumaniza eh joga o corpo negro num lugar muito muito subalterno muito muito difícil e duro né crianças que s xingadas de macacos não esquecem jamais né Eh minha pergunta para ti é né nesse espaço do teatro Como é trabalhar esse tema do do racismo é eh bom macacos é um monólogo por consequência porque eu passei anos procurando uma equipe que talvez quisesse
trabalhar comigo e há 7 8 anos eu dizia você me ajuda a escrever um uma dramaturgia sobre a estruturação do racismo no Brasil e as pessoas diziam naquele outro Brasil não muito ardo muito difícil não topo não topo escrever tá você me dirige então e não sei se você vai ganhar edital com esse tema então não vou te dirigir tá então você interpreta comigo mas a gente vai passar quantos anos ensaiando não sei se eu faço o tema é muito difícil eu tenho uma carreira falei tudo bem eu faço sozinho e aí que eu escrevo
dirijo interpreto E aí que vira um monólogo Então existe sim um um um traço bastante racista no meio teatral Porque será que se precisa esperar quase 10 anos para conseguir uma década um ganhar um edital eh Por que será que o tema do racismo assusta tanto ã Por que será que foi tão difícil ter feito equipe sim a parte mais bonita diso tudo que agora no nesses quase 10 anos depois a peça ganha seu reconhecimento ganha reconhecimento popular da crítica eh dos prêmios nacionais e isso me mostra uma coisa de que a população tem sim
o desejo de falar sobre o racismo tem sim o desejo de falar sobre a estruturação da nossa história e talvez a peça esteja deixando uma mensagem para pros elencos para os jovens atores pros diretores pros produtores invistam sim no assunto da racialidade invistam no assunto do conteúdo né o conteúdo a gente precisa de alguma forma se ver e ver nossas nossas questões e problemas refletidas na arte e como foi essa releitura da história do do próprio país com a peça eu demoro tanto tempo para escrever a dramaturgia justamente pelas descobertas das informações quando eu descubro
que a Princesa Isabel é filha do Dom Pedro I isso me choca porque por exemplo a gente aprende em sala de aulas informações muito engavetadas então quando a gente soma informação vai virando novidade para todo mundo e E aí nessa hora que eu resolvo levar pra cena então é a hora que eu penso em democratizar as informações e eu já estava dentro da Universidade de São Paulo descobrindo muitas informações que eu me surpreendia em tê-las E aí eu dizia eu preciso fazer isso virar peça de teatro preciso fazer isso isso virar assunto preciso levar isso
pro pro povo e aí eu crio a sétima série F que é para compartilhar informação com eles e como a gente tem uma história muito e coletiva de ser aluno de escola todo mundo tem uma história na escola sim a turma a cena da entra entra acertando ent errando entra se corrigindo entra aprendendo junto então é uma das Fes que eu mais gosto de interpretar inclusive e é incrível também porque o texto tem a história do Brasil e a tua trajetória intrincada com essa história do Brasil né de de um estudante de um menino negro
como foi você começar no teatro e acender pra universidade depois ir galgando aqueles espaços uhum e e coisas que aparentemente para alguns seri um demérito você comemorando né então eh eh eh é muito surpreendente esse tema também da Universidade o acesso à universidade é outra coisa intrigante no Brasil e que a gente vem modificando como é também estar no espaço acadêmico é o talento só vem antes do trabalho no dicionário você precisa entrar em estado de trabalho né para obter informações para obter técnicas para descobrir os comos eh é bastante entrar na universidade é bastante
difícil só que a gente pensa que entrar é muito difícil sair é que é mais árduo eh e é muito interessante você fazer uma universidade pública nesse momento eu tô fazendo mestrado na Universidade de São Paulo porque informações elas são ferramentas de luta são ferramentas de defesa são ferramentas de estruturação social a educação brasileira e eu falo isso na peça ela tem o desenho de um funil que é o funil da educação brasileira e por que que a educação brasileira tem um desenho de um funil porque vai mostrando quão mais difícil é sair do Ensino
Infantil entrar no básico no médio Na graduação na pós-graduação as oportun exatamente vai afunilando vai Sufocando a possibilidade de você chegar num doutorado por exemplo Qual é a porcentagem de pretos brasileiros periféricos que estão num doutorado então poder ter a chance de entrar nesse funil e descer no funil é a gente podendo recontar a história um dia eu quero muito ser pai essa minha filha vai saber que teve um pai mestre Então ela também vai ter um caminho de estudo eh é diferente Respondendo a sua pergunta é bastante diferente e é é desafi D você
estar dentro da da Academia porque muitas vezes eles não eles não entendem sua pesquisa Muitas vezes os professores ou o grupo da diretoria acadêmica e acha que você querer falar sobre conhecimentos da Periferia não é tão potente quanto as grandes teorias da comunicação europeia então Tudo é trabalho de luta Mas eu prefiro estar dentro da academia em estado de luta do que fora reclamando aí Você tocou num ponto porque a gente tem aqui um discurso por exemplo temos agora um personagem que diz que é melhor H vender picolé vender qualquer coisa ou enfim não acessar
o espaço da educação enquanto que os próprios filhos estão em Harvard estão em não sei aonde então eh eh esse discurso da da da contra a instrução de determinada camada da população é algo que às vezes é comprado por nós né comprado como para que que eu vou fazer a universidade o importante importante é ser feliz e ter saúde né E às vezes fica uma mensagem um pouco ancestral sabe você se pega repetindo não faculdade é coisa para outras pessoas não faculdade é coisa de rico não a faculdade é coisa E aí quando você se
pergunta mas por que que você tá falando isso às vezes você não sabe exatamente ontem eu estava conversando com um amigo periférico de nome Jesus que passou a vida inteira dizendo não faculdade é uma grande besteira não vou entrar porque não é para mim que é pro outro porque é para e começou a namorar uma garota uma garota negra que está numa faculdade grande faculdade pública do Brasil e ele viu o prazer dela em obter conhecimentos e foi atrás do Enem e entrou na faculdade e ele mesmo diz que ele se choca com discurso que
ele dava e onde ele mesmo chegou então uma das coisas que eu costumo dizer atualmente também é faça a faculdade tira da frente vai lá descobrir como é a prova vai lá fazer a prova vai lá sabe de repente você vai achar muito fácil de repente você vai conseguir chegar no seu sonho se permita e e mais legal é se permita chegar em lugares que talvez a sua ancestralidade não chegou a gente tá aqui para realizar sonhos para quebrar traumas para chegar em novos lugares para criar outras possibilidades contar Novos Sonhos e você no teu
texto toca num nervo muito exposto que é a questão da Maternidade e a questão eh dessas mulheres que perdem os filhos para violência uhum eh O que você tem observado desde que você estreiou a peça até o momento que estamos agora né onde tanta coisa já aconteceu eh como você vê essa questão da Maternidade Negra desses jovens que tão aí que enfim tem tem um futuro ceifado né tão precocemente uhum uhum é desde a estreia da peça até então muita mãe me escreve muita mãe periférica me escreve elas nos últimos meses especialmente elas estão me
dizendo muito obrigado eu eu tô começando a dormir em paz o assunto está em voga sobre a maternidade Negra e dessas mães que muitas vezes acabam abandonadas pelo Estado eh bom macacos conta a história de algumas mães e uma delas é a Terezinha Terezinha Maria de Jesus que ela perde o filho Eduardo de Jesus que estava brincando no celular na frente de casa com o tiro e advindo do estado e eu interpreto essa mãe e eu estava dentro da univers idade eu só queria contar uma história eu não pensei em absolutamente nada e para minim
a grande surpresa uma se tornou uma das cenas mais emblemáticas do espetáculo eh a Terezinha ela começa a viajar comigo paraas temporadas da peça Eh agora todo lugar que eu vou Terezinha tá comigo Terezinha vai comigo à Rússia aos Estados Unidos a Portugal foi comigo a Holanda que é é para ela falar o que aconteceu com ela e internacionalizar essa denúncia dela bom a consequência do isso tudo é apoio do público eh assistindo o espetáculo o crescimento do espetáculo e a chegada de um advogado que no final da apresentação sobe no palco chama Terezinha e
diz que vai cuidar do caso dela faz com que a peça macaco seja a primeira peça brasileira na história do teatro na história das leis a reabrir um caso fechado pelo Estado então mesmo estado que fechou é o mesmo estado que vai reabrir o caso e as investigações vão recomeçar com a as provas que a Terezinha tem nesses últimos 10 anos tudo por causa do teatro da provocação que a arte tem dizem que a arte não serve para nada né dizem que não serve para nada mas ela só tem 7000 anos 7000 anos de luta
vamos já já voltar nisso aí Mas antes a gente vai para o dando a letra eu tirei da Minha estante uma das histórias em quadrinhos mais incríveis que eu já li na minha vida para indicar ela para vocês hoje e esse livro é Angola Janga do Marcelo Salete um quadrista negro brasileiro e Uma História premiadíssima internacionalmente bom aqui a gente conhece um pouco da história do Quilombo dos Palmares desde a ascensão até a queda dele e também acompanha a trajetória do Zumbi dos Pamaris durante a luta pela libertação no período escravista o Marcelo Salete tem
um trabalho tão lindo de ilustrações que fazem referências e trazem os aspectos ancestrais da cultura Negra e africana para dentro da história Esse é o tipo de livro que eu recomendo Eu espero que você leia e goste [Música] muito Voltamos ao trilha de letras com o dramaturgo escritor Cleiton nascimento e a gente vinha falando sobre a peça Macacos O que te inspirou foi o futebol um chingamento num estádio lotado temos algumas vitórias não é depois de todas essas lutas não é possível que algumas vitórias não aconteçam e uma delas está no campo do futebol tivemos
recentemente o vin Júnior que com todos aqueles casos pessoas que que o ofenderam foram presas eh qual a costura que você faz Entre esses casos e a tua própria experiência com o racismo eu volto a sua primeira frase no programa de hoje é quase impossível ser negro e não para um caso de racismo me mostra também que eh essa peça quase 10 anos depois ela continua viva eh tem muito ainda pela frente é é um absurdo que um artista ou um jogador de futebol ainda vá pros palcos ou pros Campos e seja xingado e e
Eu repito Existem forças históricas que permitem que isso aconteça então agora por exemplo o Vini conseguir condenar pessoas que que foram racistas com ele é um caminho de Vitória é a história olhando pra frente e olhando diferente um monólogo num país que não é tão fã de monólogo um monólogo negro lotar as casas de teatro que existem no país fazer uma turnê Nacional uma turnê internacional é reflexo de novos tempos históricos eh e digo mais também num bom processo fridiano que é aquele que a gente tem que falar para poder promover a cura e e
a tranquilidade interna e peças como macacos e a possibilidade de pessoas pretas poderem falar sobre as situações de racismo que viveu é cura também e são novos momentos da história então eu vejo que eu eu consigo encontrar lugares muito saudáveis fazendo macacos não só para mim mas você falou da tua experiência que algo aconteceu com você né você foi acusado de roubo conta pra gente como é que foi esse momento é eu eu um dia na Avenida Paulista fui acusado de ter roubado algum lugar por um casal branco e isso me me faz lembrar muito
Carolina Maria de Jesus né Que Deus abençoe os brancos para que os pretos consigam dormir em paz foi nesse momento que eu percebi que a minha palavra não teve grande potência diante da palavra do outro e e mesmo eu sendo um estudante universitário da Universidade de São Paulo apaixonado por escrever por interpretar por estudar não tive a minha palavra com credibilidade naquele momento isso ao mesmo tempo me alimenta Para justamente escrever macacos botar isso em formato artístico eh para que eu consiga promover alarmes para algumas cabeças cuidado com o que a gente tá reproduzindo e
ao mesmo tempo saúde para outras de que tomara que isso nunca mais se repita e é a força do teatro você acha que escrita é uma forma de Vingança interessante essa pergunta não sei se é uma forma de Vingança Mas eu prefiro dizer que é uma forma de justiça é uma forma de identidade escrita é uma forma de autonomia eh escrita é uma forma de liberdade uma forma de liberdade Cleiton do que você ainda tem fome Ai de tanta coisa tanta coisa eu tenho vontade de tenho fome de criar pras crianças tô com uma ideia
infantil aqui na cabeça Quero muito fazer tenho fome de construir uma família a gente estava conversando agora a pouco quero ser pai de seis crianças num casa tão sensacional porque a gente não ouvir ninguém dizer que quer pai Ser pai ou mãe de um monte de criança né Eu quero quero dar nome de lugares africanos PR meus filhos quero ter uma filha chamada Namíbia eu eu sonho com isso eu fui criado por pais maravilhosos que me disseram as clássicas frases de pais negros do Brasil né Eh tudo que você tem é o estudo o estudo
quem faz é o próprio Aluno por mais que a escola às vezes seja frágil o caminho é seu eh vão te levar tudo menos o estudo então tive pais maravilhosos que me deixaram legados incríveis e eu quero poder ter a chance de colocar esse des legado pra frente que elementos você agrega nesse texto que é tão brasileiro que é de uma realidade tão nossa mas fora do território na Europa a coisa mais bonita é o teatro me possibilitar conhecer culturas do mundo eh eu ter colocado em prática O Legado que meus pais deixaram estude eh
aprenda persevere uma frase tão uma palavra tão clássica que meu pai me dizia persevera meu filho eh e tem sido muito interessante a experiência porque macacos é uma peça muito brasileira mas se você estuda a história da colonização do Brasil você vai encontrar muitas Nações tentando colonizar a gente Holanda Alemanha eh Inglaterra França Itália então ao mesmo tempo ir para a Europa falar sobre Brasil e a narrativa da negritude eu vou tangenciar essas Nações E aí eu cheguei agora na Alemanha e a peça é legendada Muita gente me pergunta como é que você interpreta lá
porque é muito Brasil então a peça é legendada e eu vou fazendo junto da legenda aqui em cima tem a legenda e eu vou entr interpretando Mas aí teve um momento que eu decidi parar a peça no meio com o português do Brasil e eu seguir a peça eh em inglês então eu fui estudar muito para ter noção de como que eu falo aquilo para eu ter certeza mas Cleiton porque a barreira do idioma o idioma é um muro né é um muro é o muro mas que a gente precisa vencer precisa vencer porque sobre
tudo também é conhecimento é cultura então isso enobrece o espírito isso fortalece a alma ter conhecimento fui estudar e aí a metade da peça é toda em inglês para eu ter noção total do que é que eu estou dizendo às vezes a tradução ela promove um encaixe da ideia e eu queria realmente poder falar com a população e na Holanda foi uma experiência muito interessante porque eu achava que eles não tinham domínio sobre a colonização da Holanda no Brasil que foi tão forte no nordeste brasileiro eles conquistaram Bahia Sergipe Pernambuco Olinda Alagoas eh e eu
comentei isso com eles e sempre é uma atenção não sei como eles vão me receber não sei se eles querem falar do assunto para algumas Nações colonização é é a palavra proibida é o termo proibido bom chega um ator com uma bermudinha um batom num monólogo e quer falar do assunto como é que eles vão me receber chocantemente me receberam muito bem e falaram comigo porque é uma Peça interativa eles falaram nós temos noção da colonização nós temos noção do que nós fizemos fomos embora não não existem mais traços da colonização Holandesa no Brasil apesar
de ter muita gente ruía no nordeste brasileiro no Piauí Minha família é do Piauí e tem muita gente ruía no Piauí Essa é traço da colonização holandesa ali e e me mostra que a colonização ela é tão felizmente ou não bem feita que é um dos comércios mais lucrativos da história e que as nações que colonizaram fizeram tanto dinheiro que eles tiveram até dinheiro para investir na educação você acredita nisso então eles têm Total conhecimento histórico de dos anos das datas dos que do que eles fizeram e e não existe um grande ressentimento eu achei
que eu fosse encontrar uma nação que vez não quisessem me ouvir imagina macaco sai com nota cinco no principal jornal Holandês e eles dizem macacos é uma marretada na colonização aqui na Europa então em algum lugar eu sinto que é mais uma vez hora da gente falar da nossa história talvez reparação seja isso né tanto se fala em reparação talvez reparação seja essa volta essa essa conversa franca e aberta né sobre os traços sobre sobre todas as sobrevidas da escravidão existiria capitalismo sem escravidão né não existiria foi o foi o comércio dos corpos negros que
financiou tudo que tá aí né exato um dos mais lucrativos da história e isso é isso é muito estarrecedor porque é uma coisa que depende muito da da do sistema educacional Uhum agora eu não sei a sensação que me dá é a Holanda Talvez esteja esteve no processo de de colonização mas tá um pouco mais distante né Nações que estiveram mais próximas ainda tem essa trava de não não querem ser taxadas como culpadas disso tudo Espanha Portugal Inglaterra que tiveram ali realmente na linha de frente mas eu uma outra conversa né então lê um pedacinho
pra gente com maior prazer do teru texto Claro em um momento da escrita da dramaturgia eu chamo a Maria Teresinha de Jesus e pergunto para ela você quer dizer alguma coisa você quer aí ela quero não quero só dizer não quero escrever também e aí ela com um pouquinho de dramaturgia um pouquinho de imaginação uma grande fatia de realidade a gente criou essa parte Então comece minha carta assim filho Cleiton me diz que no teatro a gente pode sonhar então eu resolvi sonhar escrever para você Eu tô com tanta saudade saudade da tua risada de
moleque no Meu Colo Do teu cheirinho de criança você não chegou a fazer nem 10 anos comigo isso é injusto eu queria tanto fazer a tua festinha de 10 anos ia cedo Bem 10 para combinar 10 com 10 eu sei que você gostava ó é ausência do filho da Terezinha de tantas crianças né Uhum de tanta gente é o que você diria para esse menino eu penso isso algumas vezes e se você reencontrasse o Eduardo eu diria para ele que ele é virou signo de muita luta de que ele definitivamente teve uma mãe que muito
amou e que o ama e que o teatro encontrou a vida dele e que agora ele tem muito mais amigos e pessoas ao lado dando a mão para ele e pra família dele pra gente recontar a história do Brasil nossa Cleiton teu trabalho é muito lindo trilha de letras e eu desejamos muito sucesso para você que você faça aí a turnê por todos os países do mundo Aé passa rápido né Passa rápido esse programa tá vendo agora tá esquentando né Então pessoal vocês que nos assistiram até agora Leiam macacos assistam macacos tenha Não percam essa
experiência semana que vem a gente já tá aqui e não esqueça trilha o caminho da literatura passa aqui na TV Brasil [Música] k [Música]
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