Olá você que acompanha o nosso podcast pretoteca seja muito bem-vindo muito bem-vinda damos início aqui a mais um dia de conversas nesse episódio que vai ao ar toda sexta-feira né os Nossos programas vão ao Arthur da sexta-feira Mas você pode ouvir os episódios anteriores e ver também pois estamos em todas as plataformas de streaming além do YouTube aqui do bando de jornalismo bom para a tecla de hoje é a realização de um objetivo importante aqui para o nosso programa a gente finalmente conseguiu um espacinho na agenda ali para conversar com um dos maiores nomes do
ativismo negro no Brasil ela que foi professora é também psicóloga uma das maiores atuantes no país com foco principal Nas questões nas relações desiguais no ambiente de trabalho ela é especialista na área de recursos humanos uma das 50 pessoas mais influentes no campo da diversidade em todo o planeta ela que se chama Maria Aparecida da Silva Bento mais conhecida como Cida Bento é também uma das fundadoras do Centro de Estudos das relações de trabalho e desigualdades do ceet autora desse livro aqui brilhante que tá entre os mais vendidos né No Brasil quando o assunto é
diversidade Eu tô aqui em mãos com o pacto da branquitude quem tá com a gente como eu disse é ela se dá Bento seja muito bem-vinda para tua técnica É uma honra conversar com você É uma honra conversar contigo também querida estar aqui poder compartilhar um pouco trajetória de vida que eu acho que é isso que a gente faz quando a gente conversa sem dúvida obrigada mais uma vez nós conversamos Em alguns momentos né por WhatsApp por telefone eu tive a ousadia de te mandar um texto que eu escrevi recentemente Com base no seu livro
porque eu fiquei muito impactada é um livro relativamente pequeno né 129 páginas a leitura é rápida mas é um livro realmente muito impactante e eu Ele mexeu muito comigo depois de uma conversa com uma colega de trabalho né que é branca e falava sobre uma questão de assim os brancos de certa forma já acontece e você fala Exatamente isso é o tema dessa tese de Mestrado que virou um livro Essa sua tese que virou um livro o pacto da branquitude eu queria que você falasse um pouquinho né sobre esse que já existe esse conceito criado
por você e que tá muito bem fisicamente aqui representado nesse livro Então esse conceito de pato tem que Tude ele me remete alguma coisa até quando alguém disse aos brancos e cotas para brancos tal e eu sempre pensei essa questão do jeito que você respondeu que os lugares de destaque de comando de Vanguarda na nossa sociedade eles são ocupados por brancos é por pessoas brancas em qualquer tipo de instituição sem que tenha sido necessário saber vamos dizer em algumas instituições é 100% de cotas para brancos sem que tenha sido necessário é porque é uma é
uma herança é uma é uma transmissão de legado que atravessa todo o período de colonização e muitos países e a mas eu foco aqui no Brasil e naturalizar de branco é lugar de comando é lugar de quem tem mérito para estar ocupando os cargos de direção seja lá onde for e não que não tenha um mérito né mas todos os não brancos não tenha possibilidade porque o pacto da É bem esse conceito de como você reproduz né que Como você produz e reproduz esse lugar de Privilégio né para brancos sem verbalizar sem combinar porque são
diferentes lugares mas é um pacto de que lugar de destaque lugar de poder lugar de saber é um lugar das pessoas brancas e é assim que chegam para as pessoas brancas hoje e que é transmitido como um lugar né de mérito que os netos então nos lugares de poder no Brasil Claro e é interessante a gente observar né o incômodo de colegas brancos quando a gente traz esse discordar porque na maioria das vezes eles estão esperando da gente um concordar né um balançar com a cabeça já que eles estão nesse lugar ali de Privilégio quando
a gente confronta as relações de trabalho as relações do dia a dia é um incômodo que eles não estão acostumados a ter né Eu acho que tem uma não sei se essa palavra existe mas a gente pode inventarização você tira a história as pessoas hoje nas instituições jovens brancos pensa este lugar sem lembrar que você tem uma história de um país de quase 400 Anos de Escravidão negra então o branco ocupa hoje ele tem a ver com essa história a história é que o branco ocupou ao longo de quatro quase quatro séculos assim como o
lugar da população negra enquanto escravizada também [Música] a situação a condição dela hoje né então você precisa você precisa se lembrar as crianças os adolescentes brancos os profissionais brancos precisam lembrar que estão no país onde durante quase quatro séculos trabalha na coisa de preto né É isso que desnaturaliza esse lugar da branquitude em todos os espaços de poder e de poder econômico social político financeiro de toda a ordem né sim agora eu queria saber de você né que teve essa experiência de atuação em recrutamento de profissionais por muito tempo né eu queria que você trouxesse
né de quando você começou essa atuação atrás e o cenário que você enxerga hoje nas empresas você acha que de fato elas estão preocupadas com a diversidade de mudar esse quadro Qual que é o raio X que você faz quando eu começava na seleção de pessoal quando eu comecei eu trabalhei muitos anos na seleção eu cheguei a ser executiva né da organização que na época era a terceira do país então eu nesse lugar de Recursos Humanos eu trabalhei muito tempo esse debate não estava colocado no interior das empresas das organizações empregadoras né não se olhava
para o lugar do Branco hoje eu não sei se as empresas os organizações empregadoras estão querendo mudar mas tem uma pressão crescente do movimento de mulheres negras dos profissionais negros nas universidades em todo tipo de Instância social e as organizações não podem mais fugir disso eu sei uma mudança Eu Acredito sim que organizações públicas privadas da sociedade civil é tão forçando para outra tem uma leitura melhor da realidade que a gente tem hoje né olhar para essa concentração de brancos em espaços de poder Embora tenha muito branco que não de poder econômico financeiro mas a
grande maioria dos que estão são brancos sim né então eu acho que tem crescentemente uma ampliação da consciência que vem então das organizações negras e principalmente de mulheres negras Claro é mas você até destaca no seu livro né Desse do racismo operando fortemente ali no recrutamento de profissionais você até fala lá né que ao incômodo gigantesco nos processos seletivos na hora de que a gente chama de negociar a empresa né você trouxe alguns relatos no livro que responsáveis pelo RH reclamavam ali de pessoas negras darem a vez para profissionais brancos Especialmente nos cargos de chefia
dá para a gente dizer que de alguma forma essas pessoas não querem saber seus espaços porque isso é perder privilégio de alguma forma né exatamente e também às vezes esse lugar de estar de ter só o seu grupo concentrado em lugares de poder em lugares de beleza lugares saber é isso reforça a autoestima do grupo né Não só tem um lugar econômico e colocar mais reforça a autoestima do grupo e também coloca o grupo num degrau superior quando você pressionar pela introdução de negros é muitas vezes uma reação que é nós estamos perdendo lugar né
ou esse lugar dos brancos né esse lugar de comando que é um lugar de brancos na medida em que tem a presença Negra ele perde estaco ele perde qualidade né Quantas vezes você vem em organizações empregadoras de qualquer ordem que dizem talvez talvez na verdade temos que levar a régua para que a nossa instituição se para a sociedade onde ela tá inserida mas é muito frequente esse conceito de que temos que baixar para poder incluir não brancos a gente ouviu isso muito nas universidades né com a política de cotas E aí a gente tem anos
depois um raio X que mostra que pelo contrário a qualidade das Universidades até aumentou com a chegada de mais alunos negros pelo sistema de cotas né não foi baixar a régua Exatamente porque não vem só caras pretas vem pessoas com outras contribuições culturais né teóricas querem outros autores outras perspectivas para ciência para geografia para psicologia para diferentes áreas né onde o escopo teórico não seja só europeu ou estadunidense mas que seja múltiplo né então a universidade ganha com isso ganha também uma pressão para que as metodologias sejam multiplas para que a diversidade esteja no quadro
de professores de gestores em geral então É bem interessante como a universidade As instituições ganham quando ela se tornam mais diversas mais múltiplas mas também tem tensões aí né esse é um lugar que eram monoliticamente brancos e agora vem outras grupos com outras perspectivas Então tem um aprendizado que a instituição tem que fazer exatamente o que você falou né sobre essa mudança nas empresas como elas têm uma participação grande né das expressões nossas né pressões do movimento negro assim como foi com a política de cotas que algo que só acontece porque o movimento negro tá
ali pressionando há muito tempo e uma instituição né que fez parte na ajuda de mudança de políticas públicas no Brasil é uma que foi fundada por você que é o sétimo como eu falei aqui no começo né trazendo o seu currículo essa criação que chega em 95 foi um divisor de águas ali na verdade no começo nessa viabilizar o projeto em 1990 mas para valer ali a partir de 95 foi divisor de águas nessa busca por implantação de direitos básicos né conquistas importantes dos trabalhadores negros Então queria que você falasse um pouquinho dessa Fundação né
desses mais de 30 anos aí do Centro de Estudos das relações de trabalho desigualdades [Música] estava como executiva de empresa mas uma das coisas que me fez não é ficar naquele lugar é percebeu o quanto a seleção recrutamentos processos de promoção os processos de Treinamento eles eram eles favorecem uma desigualdade enquanto nós profissionais todas que operavamos esses processos tinham tínhamos baixa baixa compreensão de como isso se dava então assim eu quis fazer o mestrado e fazer o doutorado né eu primeiro ouvi trabalhadores né Depois eu vi chefias e ouvir profissionais de RH Querendo entender como
se operacionalizava dentro das organizações públicas e privadas Esse sistema de que que reproduzia sempre a desigualdade e foi muito transparente foi ficando muito transparente quer dizer o conceito de que o Saber pertenciam determinado grupo e você estava nesse grupo né então o perfil de um de um liderança de auditoria não cabia na cabeça que ela poderia ser negra mas é um dos processos que também vão atenção foi justo com uma jovem mulher branca quando apareceu uma vaga de piloto de aeronave né E ela era muito interessante uma pessoa arretada assim foi uma grande batalha na
empresa porque a empresa de aviões com diretores que visitavam várias cidades de São Paulo para ver as obras muitas vezes eles faziam isso quando eles perceberam que poderia que a piloto poderia ser uma mulher e no caso era uma mulher branca todo tipo de entrave foi aparecendo então é muito interessante você pensar como as pessoas precisam se Deus Mudar deixa onde mora onde mora a beleza Onde mora a segurança que é gente no lugar masculino e branco então aprender isso eu fiz isso marcava os processos de recordando foi também descortinando para mim uma outra maneira
de a instituição de pensar academia por exemplo né quando você fala eu tô numa democrática como ela pode ser democrática se só determinados está em todo o quanto é lugar de poder né a reunião de banqueiros e onde de donos de indústrias reunião de líderes do Comércio reunião de Ministro se tudo é Uma Mente Branco Você não tem uma sociedade democrática que democracia pressupõe um lugar para todos todos os segmentos sim e você falando aí eu me lembrei de uma cartilha não sei se você chegou a ver que que veio à tona no mês de
março se eu não me engano do banco Inter soltou uma cartilha dizendo para o que os funcionários como eles deviam ser e se comportar e se vestir né Aí você fala desses ambientes majoritariamente brancos eles vão acabar sendo majoritariamente branco e sempre porque você tem lá proibido roupa amassada roupa com bolinha etc essa pessoa não pega ônibus né para você trabalhar lá e não chegar amassado você não vai pegar ônibus você não vai vir de uma religião mais longe da cidade para trabalhar pensando na Faria Lima que é o centro financeiro do São Paulo Então
você já começa a excludente nesse ambiente de trabalho que é um trabalho de um banco e aí você conversa com pode falar com ninguém exatamente [Música] não eu brinco com a ideia no meu livro que é o seguinte então bastonizar o seu cabelo que já você já tá preparado para ser liderança porque é isso o conceito é uma é uma pequena aumento é uma pequena mento do que uma pessoa uma mulher um homem uma lésbica qualquer pessoa pode contribuir para o crescimento de uma instituição de uma sociedade o tipo de roupa que ela veste né
o jeito que ela faz aquela organiza o cabelo dela que ela se importa então é um eu acho de uma mediocridade sinceramente porque o que gera bons trabalhos boas contribuições sociais em diferentes níveis não não tá na maneira como Seu cabelo está no tipo de roupa que você veste quanto essa roupa é amassada ou não mas na sua competência né Na Sua sensibilidade na sua inteligência emocional no seu cognitivo né do quanto você entrega né E você fala isso no seu livro que essa exigência é baseada num padrão né europeu branco e é bom te
lembrar que no Brasil o padrão somos nós né Nós somos maioria a maioria de pele preta de cabelo crespo Então realmente é uma distorção aí nesse olhar em relação a quem tá comandando as empresas ainda falando sobre os frutos do sete na conferência na conferência que de combate racismo que houve na África do Sul em 2001 A partir dessa dessa conferência né dessa desse trabalho forte do sete foi a partir daí que a gente conseguiu com que o governo passasse a adotar de forma obrigatória coleta de dados de cor e Raça no sistemas públicos a
partir daí Isso foi no ano de 2001 2002 na verdade a gente recebeu um apoio para ajudar o Brasil a fazer o relatório sobre a situação do negro aqui nós me lembro de várias companheiras a gente fez estimulou os debates regionais para fazer o relatório final um grupo grande de militantes né mulheres homens enfim e a partir daí quer dizer dentre os desdobramentos da conferência de tudo produção do dado com Raça nos cadastros né público isso faz diferença porque porque assim que você vê a condição de trabalho a condição de salário a condição de saúde
a condição de educação sociedade brasileira e a partir disso você começa a pensar políticas públicas e privadas Então eu acho que tem uma coisa muito interessante E aí o certo ele já tinha feito um senso mas que foi no ano de 96 em Belo Horizonte em órgão público Mas a partir daí a gente vem afinando cada vez mais né o uso diagnóstico quantitativo e qualitativo dentro de instruções para orientar programas para orientar de ação dentro das diferentes áreas de uma instituição para que ela se torne mais diversas isso é o Grande Lance sabe Cíntia porque
uma coisa de palestra outra coisa a instituição fazer um exercício nas suas diferentes áreas para ver oportunidade para identificar o que favorece a desigualdade o que fará favorece a discriminação e como é que você pode ter aquele serviço da instituição mas plural mais múltiplo então essa pode ter uma comunicação que é presente toda a sociedade como é que você pode ter um quadro de prestadores de serviço para a tua organização que inclua as mulheres mulheres negras os outros entendeu enfim você vai olhando cada área vai olhando para si próprio e vendo onde é que ela
obstáculo Lisa aí cuidar de e onde é que ela pode promover entendeu exatamente você falou sobre essa importância de fazer esse raio x né esse retrato sobre a situação do Trabalhador tá lá no seu no seu livro né tá em outros outras fontes também do quanto o trabalhador negro trabalha já duas horas a mais do que o trabalhador branco e obviamente ganhando muito menos e você me chamou atenção nesse livro de uma situação que a gente Para para pensar muito pouco né da situação de Trabalhista de profissionais pretos e pobres especialmente quem tá ali nas
áreas da limpeza né são áreas é muito pouco valorizadas ou nada valorizadas e que a gente é pouco fala das mudanças possíveis profissionais para esses profissionais né e consequentemente são mudanças sociais que acabam não acontecendo porque a gente convive com esses profissionais mas ninguém vai enxergando ou trabalhando para ascensão profissional deles né para outras áreas E você tem que olhar para Quais os tipos de áreas sociais que tem predominância de mulheres de negro de mulheres negras e de pessoas brancas né porque você tem uma mudança intercelerada em várias áreas hoje tem uma mudança muito acelerada
E você tem que preparar os diferentes segmentos para auxiliar o país a mudar naquilo que ele precisa mudar e para não permanecerem no lugar de subalternização com baixo salário uma ações de trabalho então assim quando eu penso em democratizar uma sociedade eu penso exatamente nisso né Eu penso que se surgem novos ou as organizações Precisam fazer mudanças nos cargos diferentes lugares de trabalho da empresa são as principais seja mais cuidadosa com o meio ambiente por exemplo por exemplo é preciso que você já pense isso de maneira mais plural é preciso que você pense isso de
maneira mais inclusiva né então quando você pensar a política pública mas não só a política Empresarial ação afirmativa dentro de emprego você tem que pensar que as novas mudanças os postos de trabalho exagerados eles precisam por a todas as pessoas que queiram três lugares Claro a gente já tá começando a encerrar nossa conversa mas o seu livro né me trouxe muita raiva em alguns momentos né porque a gente vai de encontro ali e encara mesmo um espelho muito triste da sociedade né e tem um trecho aqui que eu separei eu gosto de rabiscar eu até
escrevi aqui que raiva com vários pontos de exclamação porque você fala depois de um exemplo de uma pessoa que trabalhava né uma pessoa negra e começou a acender E aí é uma fala de uma pessoa branca que era um tipo que fala o era um tipo assim físico diferente dos outros negros assim mais Altivo Acho que ele se posiciona até acima da gente ultrapassa acham que ele é um negro antipático porque ele é engenheiro ele invadiu uma área que não tinha direito não que tenha presenciado sabe ou seja você alcança um cargo de chefia você
sofreu a vida inteira né para conseguir estar naquele espaço Mas você vai ser sempre o antipático ou histérico e esse é uma visão que as pessoas têm de pessoas negras que acendem no ambiente de trabalho né Cida é você sabe que eu tive muitos depoimentos porque a ocupação de lugares de poder por negros por mulheres por grupos que não estavam lugares antes Causa muita atenção sim casou muita atenção porque é esperado que você esteja no lugar de subo a eternidade de repente você está nesses lugares não é mas é tomar que impactam um país né
E então os processos de ascensão de promoção muitas vezes surgiram nas no estado como eu é que ensinei esse esse meu chefe que entrou sem saber nada já estava há muitos anos não tinha sido promovido eu ensino e ele se sente mal porque eu sei mais que ele né e como Branco vê isso o branco vê quando consegue efetivamente um lugar de liderança ele espera que o negro é mantenha de alguma forma um tratamento como se ele fosse subordinado e não ele porque se ele se coloca em lugar de cuidar de igualdade de condições para
tomar decisões aí é visto como arrogante arrogante porque enquanto o negro isso não é lugar para negro então quando ele entra numa reunião e coloca a sua opinião e discorda como Branco habitualmente faz o negro é como arrogante invasor de um espaço Pois é mas esse espaço é nosso também eu te agradeço por ser uma porta voz né uma pessoa que carrega isso como missão para sua vida nos seus trabalhos nos seus livros e eu ali fui movida pela raiva né mas que bom que a gente agora tá conseguindo ser movida pelo diálogo com você
e eu conversando aqui eu queria saber as suas expectativas né Para o Futuro você é otimista de alguma forma óbvio né senão você não levantaria da cama todos os dias né para falar sobre isso queria que você falasse seu otimismo em relação à diversidade porque a reação antes democrático ela tem a ver com isso com quanto crescentes as vozes de mulheres de negros de pessoas com deficiência de pessoas mas o quanto essas pessoas apontam que uma sociedade melhor mais saudável é uma sociedade outras riqueza essa pressão não pode crescer Então a gente tem visto cada
vez mais se precisa que isso sugere mulheres negros pessoas com deficiência em lugares onde antes não estavam Isso precisa ser acelerado mas é preciso também perceber que quanto mais esse grupo avança para esses lugares onde não estava mas você tem uma reação de violência na sociedade assim também enquanto você tiver um judiciário quase 90% vai ser natural ver negro sendo destratado os seus direitos violados violadores são absorvidos então assim ela ela não tem mais como não se dá ela vai se dar de qualquer jeito ninguém mais tolera você tem pessoas brancas cada vez mais dizendo
isso precisa mudar não estamos nós negras e negros nós indígenas nós dos diferentes grupos sozinhos cresce as vozes de pessoas brancas dizendo isso não pode e exigência sobre a gente de que mudam se não vão perder nós somos maioria e não por acaso né a gente resistiu até aqui e seguiremos né tendo pessoas como você cumprindo essa missão ajudando a gente a abrir os olhos né abrir os ouvidos né abrir os caminhos para essa mudança que a gente está vendo acontecer aqui diante dos nossos olhos doloroso muitas vezes de presenciais a mudança mas é muito
bom a gente conseguir ver a história se modificando e eu espero que o pretoteca tenha conseguido colaborar para a gente conseguir abrir os olhos das pessoas os ouvidos de quem tá ouvindo a gente tendo uma lição aqui com você viu se dá ideia do que na minha vida estar numa grande mídia falando com uma mulher negra como o sofá falando agora o quanto isso me alegra o quanto isso me deixa feliz né tá com uma jovem mulher negra eu fico tão feliz é a prova de que a nossa pressão faz a sociedade mudar até para
nós axé para nós a felicidade é imensa minha você é uma milhares de pessoas pretas que eu admiro muito conversar com você aqui depois de ter levado você demorado você né com esse livro aqui em casa tá sendo uma alegria muito grande espero que a gente possa se esbarrar em outros momentos e com notícias um cenário cada vez melhor visita um beijo para você axé você que acompanha Preto obrigada mais uma vez pela sua companhia por áudio por vídeo a gente volta na próxima semana com mais um conteúdo incrível aqui para você um beijo tchau
tchau