Gunnar Myrdal - Causação Circular Cumulativa

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Professora Fernanda Cardoso
Gunnar Myrdal nos ilumina a compreender porque fatores como as desigualdades dificultam a superação ...
Video Transcript:
o olá hoje eu vou falar sobre o gunnar myrdal que é mais um autor do meu livro nove clássicos do desenvolvimento econômico e mais uma vez eu vou seguir a ordem proposta de apresentação dos autores no livro porque julguei importante trazer um milhão nesse momento é para ser discutido na medida em que ele traz muitos elementos para nós pensarmos o desenvolvimento e as dificuldades para a superação do subdesenvolvimento a partir da identificação das desigualdades né e a forma como as desigualdades ea sua existência só permanência dificultam um rompimento com a condição de subdesenvolvimento bridal economista
sueco é nascido no final do século 19 e falecido em 1987 que tem uma contribuição bastante relevante para teoria econômica especialmente para economia é do desenvolvimento e no caso do meu livro eu destaco a contribuição do gol na vida contida na sua obra de 1957 chamada o nome que regiões subdesenvolvidas é nesse livro que o vídeo tá vai apresentar as bases da sua teoria da causação circular cumulativa e em breve vocês vão entender nesse vídeo como que se relaciona com a questão central que está querendo esse de minha fala que a questão das desigualdades então
entra no um pouco no capítulo 9 com a fusão desenvolvimento econômico é jogo na comida é como é que ele começa a construção da crítica dele né da mesma forma como os demais pioneiros de desenvolvimentismo clássico e notam que não havia nada que garantisse que haveria convergência em relação ao nível de renda dos diversos países do mundo né esse era um resultado prometido por parte da teoria das vantagens comparativas ficar diana e dos modelos é de crescimento é calcados nessa teoria né a partir da qual se os países do mundo todos eles se especializaram em
é na produção e exportação dos bens em que a vantagem comparativa é ao se confrontarem todos e no comércio internacional todos conseguiram os melhores resultados né ou seja eu não precisaria ser um país industrializados se eu consigo acessar os produtos industriais por meio das divisas das exportações dos meus bens primários aí eu não precisaria me preocupar industrializar né porque eu conseguiria acessar as benesses do progresso tecnológico por meio do comércio internacional olha os primeiros o desenvolvimento assim como o bonnaroo me dão vão identificar nessa questão um problema na medida em que seus países permanecesse empresa
a lógica da especialização comercial com base em vantagens comparativas eles não conseguiram romper com a condição de subdesenvolvimento né e aí a partir dessa identificação o miro dela assim como os outros autores chegam à conclusão de que a tendência da economia mundial é que a desigualdade entre as nações crescesse e não fosse ingerida por medo comércio internacional e a música que o meu da constrói a demais parte de uma crítica metodológica bastante importante do autor na medida em que ele identifica na perspectiva tradicional é a construção é de uma teoria calcada em três postos que
não se verificam na realidade e essa crítica aquele se dirige a justamente a crítica da perspectiva equilibrista né a perspectiva equilibrista por sua vez né discorre a respeito da existência de mecanismos automáticos de estabilização frente algum choque ou alguma inadequação que determinado sistema econômico sofra né então não seria necessário nenhuma interferência externa né é para que sistema voltasse uma trajetória virtuosa bastaria deixar que os mecanismos de mercado dessem conta né o verdão assim como os demais autores né não acreditaram nessa eficiência dos mercados para entregar bons resultados né e é por isso bom então é
construir essa crítica a partir dessa identificação e na adequação metodológica da perspectiva tradicional na medida em que ele vai dizer olha na verdade não há nada que garanta que a trajetória de equilíbrio virtuoso seja retomada forma natural ou espontânea pelo contrário a tendência é desviar cada vez mais os resultados e sistema econômico do desejado é esse ele vai explicar com base na sua perspectiva de causação circular como ativa então aqui eu vou ler né um trecho do próprio vida o livro de 57 que os italianos sem querer dizer o seguinte em geral uma transformação não
provoca mudanças compensatórias mas antes acho que sustentam e conduzem o sistema com mais intensidade na mesma direção da mudança original em virtude dessa causação circular o processo social tende a tornar-se a cumulative muitas vezes a aumentar o general da mente a sua velocidade ou seja ao contrário do que preconiza a perspectiva equilibrista não há nada que garanta que sistema retorne uma trajetória interessante de crescimento e de desenvolvimento pelo contrário a tendência é reforçar os problemas e os desequilíbrios iniciais e ora é justamente é a origem desses desequilíbrios que se encontram as desigualdades que são características
definidoras na condição de subdesenvolvimento né e é nesse sentido que o medo da sua mãe vai identificado nesse resultado é de equilíbrio na educação e na no e realismo desse resultado de equilíbrio a questão de que né a perspectiva que nele se baseia não leva em consideração chamados fatores não econômicos né e o que come down quer dizer com isso ele quer dizer que além dos fatores estritamente econômicos a outros fatores extrapolam a esfera da matriz produtiva a esfera estrita da economia o que também concorre para esses resultados de desequilíbrio e é justamente na verdade
nesses fator que residem as principais fontes de causas são cumulativa que reforçam uma tendência inicialmente observadas e determinada geração que não necessariamente a direção que se deseja nós então nesse sentido o miguel também coloca é como exemplo aqui cito novamente as palavras do autor como exemplo de fatores não econômicos dizer as regiões mais pobres desassistidas não podem financiar programas adequados de assistência médica suas populações são menos sai dias e apresentam menor eficiência produtiva a menos escolas e estas são inferiores nos europa a população das regiões mais pobres ainda é em grande parte analfabeta tá e
sumido eu escrevendo e 57 mas certamente muitas dessas considerações que ele coloca o contratado ainda vale para o contexto da periferia no século 21 né então quando o me dão identifica esses problemas e essa inadequação metodológica da perspectiva da teoria tradicional para lidar com os problemas específicos de subdesenvolvimento então ele fundamenta é a construção de uma perspectiva alternativa e de fato de conta em lidar com as especificidades dos problemas das regiões subdesenvolvidas que o objeto de investigação dele nesse livro citado é de 57 então quando ele identifica mas a necessidade de construção de teorias alternativas
nas teorias mais adequadas a esses contextos é que ele constrói né a ideia de que qualquer plano nacional de desenvolvimento que corre como desafio o rompimento com a condição de subdesenvolvimento tem que ter como base o estudo aprofundado da forma com os fatores econômicos e não-econômicos se inter-relaciona né e a partir dessa identificação portanto entender como é que as causas são circulares como nativas operam em determinado sistema econômico com esse mapeamento com essa identificação portanto seria possível né enfrentar esses principais gargalos que impedem o rompimento com a condição de subdesenvolvimento e é certo que entre
esses nós e gargalos identificados estarão as desigualdades né de renda as desigualdades raciais as desigualdades regionais e outras demais formas de desigualdades possíveis né em especificamente com relação à desigualdade racial esse será um objeto de investigação é importante do conar vida né especialmente um texto é antes que antecede o teoria econômica região subdesenvolvida ficar um texto de 44 em que ele vai falar é sobre os é justamente abordando a questão da desigualdade racial é nos estados unidos a mas voltando aqui para a questão dos nós né ou das dos gargalos que impedem o movimento a
condição de subdesenvolvimento essas questões são olhadas no antes dos países subdesenvolvidos né 1 milhão então vai identificar a questão país caracterizadas por chamados efeitos professores fracos e por que que esses defeitos professores fracos é que efeitos professores se assemelham muito a ideia de efeitos multiplicadores a rede de emprego do queens né então que combinava querendo dizer com isso olha estão países com pouca integração nacional com baixa complexidade da ação matriz produtiva né com muitas desigualdades tal como referido anteriormente tudo isso dificulta apreensão e geração de efeitos pé professores que permitam né ao estar essas economias
numa trajetória virtuosa de crescimento e desenvolvimento e como fazer para tornar esses efeitos propulsores é fortes ao invés de fracos e com isso aproveitar a causação circular cumulativa para justamente direcionar uma trajetória virtuosa de crescimento e desenvolvimento né faz-se necessário um plano nacional de desenvolvimento só que para haver um plano nacional de desenvolvimento por sua vez demandas em um estado forte né só que nas economias subdesenvolvidas não poderia ser o contrário esses estados em geral são estados fracos e aí você coloca uma questão é difícil solução e mora no impossível né é o miro da
oi está escrevendo no contexto do pós-segunda guerra embora uma década depois por isso mas ele não se considera necessariamente como parte desse primeiro grupo de pioneiros mas a história do pensamento coloca como grupo é de pioneiros do desenvolvimento então quando ele escreve nesse contexto do pós-segunda guerra ele está ali sendo impulsionado por uma perspectiva e fica com relação ao futuro desses países então embora os problemas de fato pareçam e são problemas de difícil solução ele acredita numa forma e que possibilitaria ao rompimento com a condição de subdesenvolvimento justamente porque não consciência do pós-segunda guerra se
gera uma nova uma nova esfera né de gel cultura e de crença de que desenvolvimento seria possível para todas as nações do mundo né então já chegando para o final da minha da minha intervenção é a respeito do milhão né então a necessidade de interferência política né e da construção de um plano nacional de desenvolvimento revela portanto a face desenvolvimentista donar mido que é colocar no estado um papel protagonista para carregar esse processo é de transformação né e com isso possibilitar o aproveitamento dos efeitos positivos e de forma cumulativa né e gerar uma dinâmica contrário
a que se observava é de início que era alimentar as desigualdades nos seus diversos níveis de observação desde as desigualdades de classe até as desigualdades regionais até as desigualdades internacionais porque hora é um país que é subdesenvolvido e caracterizado por desigualdades internas esse país certamente terá uma posição enfraquecida no comércio internacional né e se nada for feito retomo o início do argumento milho se nada for feito para romper com esta lógica de cumulatividade de desequilíbrios esses desequilíbrios só tenderão a aumentar aí essa é a natureza especialmente das condições de desigualdade e aí para finalizar é
um me down vai fazer um destaque sobre a importância estratégica né do investimento em ciência da educação na intecnial logia e aí ele vai também destaca eu acho que fala muito bem é para o contexto que nós estamos vivenciando nesse momento em que ele vai falar que qualquer programa de desenvolvimento econômico para ser exitoso ele deve priorizar a criação de escolas e universidades destinadas à preparação de cientistas e pesquisadores nesse sentido então vai ressaltar e aqui reproduzo realmente as palavras do gunnar myrdal os países subdesenvolvidos contam para seu próprio uso com a teoria econômica tradicional
mas nesse ponto também não devem aceitá-la sem crítica e sem reformá-la para que se ajuste aos próprios problemas e interesse então aqui novamente uma ida ao destaca a importância da construção de perspectivas críticas por parte dos pensadores faz periféricos e que essa construção crítica de fato permita né uma preparação adequada para enfrentamento dos problemas é claro que esses países vivem aí eu entendimento desses problemas passa segunda perspectiva dormir não necessariamente por um mapeamento né por um entendimento por uma compreensão de como os fatores econômicos e não-econômicos se inter-relacionam e concorrem para a geração dos resultados
de subdesenvolvimento e certamente né nessa inter-relação entre fatores econômicos e não-econômicos residem como questão central as desigualdades né então fica aqui com o recado do mirandão que nós precisamos entender e enfrentar as desigualdades na sua raíz para que de fato a gente consiga é romper com a condição de subdesenvolvimento com essas causa ações circulares como ativas que nos aprisionam nessa armadilha
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