UM HOMEM RESGATOU UMA MENINA QUE MORAVA NA RUA E A DEIXOU EM SUA CASA COM SUA MÃE DOENTE...

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Histórias Emocionais
Video Transcript:
um homem resgatou uma menina mendiga na rua e a deixou em sua casa com sua mãe doente ao voltar do trabalho algumas horas depois ficou paralisado com o que viu deixe o like para continuar acompanhando os próximos vídeos e não esqueça de se inscrever no canal para receber mais histórias incríveis como essa Rafael caminhava devagar pelas ruas silenciosas sentindo o ar frio da noite cortar seu rosto suas mãos estavam enfiadas nos bolsos do casaco surrado enquanto ele pensava nos problemas que pareciam se acumular mais rápido do que ele conseguia resolver o aluguel atrasado a preocupação
constante com a saúde da mãe e o emprego instável que não dava garantia de nada tudo girava em sua mente como um turbilhão ele respirou fundo tentando ignorar o peso que parecia estar grudado em seus ombros mas não era fácil o silêncio das ruas não ajudava na verdade tornava tudo ainda mais Evidente ao virar a esquina Rafael chegou a uma praça pequena onde as folhas secas espalhadas pelo chão eram movidas levemente pelo vento o lugar parecia abandonado com os bancos vazios e os postes de luz piscando de forma intermitente Ele nunca gostou daquela Praça parecia
desolada demais como se fosse o tipo de lugar onde ninguém deveria estar mas era o caminho mais curto até sua casa então ele apenas seguiu em frente ansioso para se livrar daquele trecho foi quando ele viu no segundo banco à direita havia uma figura pequena encolhida ele parou por instinto franzindo a testa de longe parecia apenas uma pilha de roupas esquecidas mas algo o fez olhar com mais atenção não era uma pilha de roupas era uma criança Rafael ficou parado por alguns segundos sem saber o que fazer o que uma criança estaria fazendo ali sozinha
naquela hora da noite Ele olhou ao redor esperando encontrar alguém por perto Talvez um adulto um responsável alguém que explicasse aquela cena absurda mas não havia ninguém as ruas estavam vazias e a praça completamente silenciosa ele sentiu um nó no estômago cauteloso Rafael deu alguns passos à frente tentando não assustar a menina agora que estava mais perto podia vê-la com mais clareza ela estava sentada no banco abraçando os próprios joelhos com o rosto quase Escondido entre os braços seus cabelos escuros estavam bagunçados e suas roupas não pareciam adequadas para o frio que fazia era impossível
dizer há quanto tempo ela estava ali mas algo em sua postura fazia Rafael pensar que já tinha sido tempo demais Ei você está bem ele perguntou mantendo a voz baixa mas a menina não reagiu ela parecia nem ter ouvido Rafael se aproximou mais um pouco agora a poucos metros do banco você está perdida precisa de ajuda dessa vez ela levantou a cabeça devagar foi aí que Rafael viu seus olhos pela primeira vez eram grandes e assustados como os de alguém que já havia visto coisas demais para sua idade ele sentiu um aperto no coração havia
algo nos olhos dela que o deixou desconfortável mas ao mesmo tempo não conseguia desviar o olhar era como se ela estivesse pedindo ajuda sem dizer uma única palavra está tudo bem ele disse T suar o mais calmo possível eu só quero ajudar você está sozinha a menina não respondeu apenas continuou olhando para ele com os olhos cheios de uma mistura de medo e desconfiança Rafael percebeu que ela estava tremendo não sabia se era de frio ou de nervosismo Mas sabia que não podia deixá-la ali Ele olhou novamente ao redor esperando que a qualquer momento alguém
aparecesse para explicar aquela situação absurda mas a praça continu vazia exceto por eles dois olha aqui não é um lugar seguro para você ficar ele disse tentando manter a voz firme Por que você não vem comigo minha casa é aqui perto a gente pode tentar encontrar sua família a menina hesitou apertando os joelhos contra o peito Rafael notou que ela estava descalça o chão devia estar gelado Como gelo ele deu um passo à frente mas parou quando viu que ela recuou um pouco como um animal acuado ele levantou as mãos em um gesto De rendição
eu não vou machucar você prometo Só quero ajudar por um momento achou que ela não fosse se mexer Mas então lentamente a menina colocou os pés no chão e se levantou Rafael percebeu como ela era pequena talvez tivesse sete ou 8 anos mas parecia ainda menor com os ombros curvados e o olhar desconfiado ele estendeu a mão mas ela não a pegou apenas começou a caminhar atrás dele com passos hesitantes enquanto seguiam pela rua Deserta Rafael olhou por cima do ombro várias vezes só para ter certeza de que ela ainda estava ali cada vez que
via a pequena figura caminhando atrás dele sentia uma mistura de alívio e responsabilidade ele não sabia quem era aquela criança de onde ela tinha vindo ou por que estava sozinha mas sabia que não podia deixá-la a mercê do frio e do abandono quando chegaram a porta de sua casa Rafael hesitou por um momento antes de abrir ele não tinha ideia de como sua mãe reagiria a isso Helena era uma mulher de personalidade forte e as circunstâncias já não eram fáceis mas ao olhar para a menina novamente percebeu que não tinha escolha Ele abriu a porta
e deu um passo para o lado indicando que ela podia entrar vamos lá aqui é mais quente disse ele tentando soar acolhedor a menina entrou ainda em Sil e Rafael fechou a porta atrás dela sentindo que sua vida acabava de mudar de uma forma que ele ainda não compreendia Rafael abriu a porta de sua casa com cuidado tentando não fazer barulho Sofia com passos curtos e hesitantes seguiu atrás dele segurando as mangas da blusa com as mãos Como se quisesse se esconder do mundo a sala era simples com móveis desgastados mas limpos e uma manta
dobrada cuidadosamente abri o sofá um cheiro suave de chá ainda pairava no ar provavelmente deixado por Helena que tinha o hábito de tomar uma xícara antes de dormir a luz amarelada da lâmpada Central iluminava o ambiente de forma suave mas não calorosa Rafael percebeu os olhos de Sofia percorrendo cada canto do lugar analisando cada detalhe como se tentasse avaliar o quão seguro aquele espaço poderia ser para ela ele colocou a chave sobre a mesa de madeira perto da porta e indicou o sofá você pode sentar ali eu já volto com alguma coisa para te aquecer
disse apontando para o móvel ela hesitou mas acabou se sentando com cuidado Mantendo as mãos próximas ao corpo antes que ele pudesse ir até o quarto buscar uma manta passos lentos e firmes ecoaram do Corredor era Helena ela surgiu com o olhar carregado de curiosidade e cansaço usava uma camisola de algodão e um chale nos ombros que ela sempre vestia à noite para proteger os ombros frágeis do frio seus olhos se estreitaram ao perceber que havia outra pessoa na sala e a expressão de surpresa foi rapidamente substituída por uma de desconfiança Rafael quem é essa
criança o que está acontecendo perguntou cruzando os braços Eu a encontrei na praça ela estava sozinha e com frio não tinha ninguém por perto mãe respondeu Rafael com um tom calmo mas firme não podia deixá-la lá Helena ergueu uma sobrancelha claramente contrariada e você achou que a solução era trazê-la para cá já não temos problemas suficientes como vai explicar isso e se ela tiver sei lá pais que apareçam aqui gritando não podemos lidar com mais confusão Rafael respirou fundo tentando manter a paciência ele sabia que Helena tinha razões para estar preocupada afinal não era fácil
cuidar de uma casa onde a saúde dela demandava atenção constante mas não podia ignorar eu vou resolver isso só preciso de um tempo para entender o que aconteceu com ela não se preocupe mãe eu vou cuidar de tudo garantiu olhando nos olhos da mãe Helena suspirou mas antes que pudesse responder a enfermeira Marina apareceu no corredor ela carregava um livro na mão que provavelmente Lia antes de dormir mas parou ao perceber a tensão no ambiente seus olhos logo pousaram na menina sentada no sofá boa noite tudo bem por aqui perguntou com a voz sempre Serena
Marina era uma mulher de meia idade com traços gentis e um sorriso que parecia surgir automaticamente sempre que falava Rafael se virou para ela aliviado pela intervenção Marina Essa é Sofia Eu a encontrei na praça ela estava sozinha e com frio trouxe ela para cá enquanto tento descobrir mais sobre o que aconteceu Marina se aproximou do sofá ajoelhando-se na frente da menina Oi Sofia você deve estar com frio não é vou pegar um copo de leite quente para você isso ajuda disse com um sorriso ela se levantou e foi para a cozinha sem esperar por
uma resposta deixando o ambiente um pouco menos tenso Helena soltou outro suspiro dessa vez mais resignado Rafael você tem um coração bom mas isso aqui não é abrigo Não crie laços com problemas que não podemos resolver murmurou antes de voltar para o quarto Marina retornou em poucos minutos com um copo de leite Fumegante e um pequeno prato com biscoitos aqui querida pode tomar devagar isso vai ajudar você a se sentir melhor disse colocando a bandeja na mesinha de centro Sofia ainda desconfiada olhou para o copo e depois para Marina era como se estivesse decidindo se
aceitava ou não aquele gesto de cuidado depois de alguns segundos de hesitação pegou o copo com as mãos trêmulas e tomou um pequeno gole isso mesmo devagar encorajou Marina voltando a se sentar ao lado dela Rafael observava de pé encostado na parede tentando organizar os pensamentos ele sabia que o próximo passo seria difícil precisava descobrir quem era Sofia de onde ela vinha e mais importante por estava sozinha naquela praça enquanto isso sua mente era tomada por uma preocupação crescente por mais que quisesse ajudá-la sabia que tinha a vida dele já era complicada o suficiente e
agora ele precisava lidar com algo que por mais que tentasse não conseguia ignorar eu vou buscar algumas cobertas disse Quebrando o Silêncio e foi até o quarto pegou um cobertor e um travesseiro do armário e os trouxe para a sala você pode dormir aqui no sofá hoje amanhã a gente pensa no que fazer tudo bem Sofia apenas assentiu ainda segurando o copo de leite Rafael ajeitou as almofadas e colocou o cobertor ao lado dela está quente o suficiente para você perguntou ela deu um aceno tímido mas não disse nada a noite avançou e a casa
ficou em silêncio Rafael Voltou ao seu quarto mas mal conseguiu pregar os olhos ficou deitado encarando o teto imaginando o que faria pela manhã algo sobre Sofia o intrigava profundamente não era apenas o fato de ela estar sozinha era o silêncio dela os olhos que pareciam esconder algo mais maior do que ele conseguia entender naquele momento já era madrugada quando ele finalmente conseguiu cilar na sala Sofia ainda estava acordada Ela olhava para o teto com o cobertor puxado até o queixo tentando processar tudo o que tinha acontecido o rosto Sereno de Marina a desconfiança de
Helena e a firmeza de Rafael ainda estavam gravados em sua mente pela primeira vez em muito tempo ela sentiu que talvez pudesse descansar o calor do o som abafado de uma casa que respirava lentamente e a sensação de estar em um lugar onde não precisava correr ou se esconder fizeram com que aos poucos ela fechasse os olhos e dormisse Marina acordada em seu quarto olhava pela fresta da porta para garantir que tudo estava bem ela não era do tipo que julgava ou fazia perguntas desnecessárias Mas sabia que aquela menina carregava uma história que ninguém ali
ainda compreendia Marina era E acima de tudo protetora decidiu que ficaria por perto o quanto fosse necessário Afinal mesmo que não soubessem o que Sofia havia vivido uma coisa era certa aquela casa por mais imperfeita que fosse era o lugar mais seguro que ela poderia estar naquele momento o sol mal tinha nascido quando Rafael saiu do quarto ele ainda estava cansado da noite mal dormida Mas sabia que tinha uma tarefa importante pela frente passando pela sala encontrou Sofia encolhida no sofá Ainda dormindo ela estava debaixo do cobertor que ele havia deixado na noite anterior com
o corpo pequeno quase desaparecendo entre as almofadas por um momento ele ficou parado observando-a Mesmo dormindo ela parecia inquieta com os dedos agarrando o tecido do cobertor como se temesse perdê-lo Rafael respirou fundo e seguiu para a cozinha enquanto coloca água para ferver no fogão escutou Passos leves vindos da sala quando virou encontrou Sofia parada na entrada da cozinha com os olhos inchados de sono ela não disse nada apenas Ficou ali como se Esperasse uma permissão para entrar Bom dia disse Rafael tentando suar leve Você dormiu bem Sofia deu de ombros sem responder ela olhou
ao redor da cozinha com curiosidade mas Manteve a distância Rafael percebeu o quanto ela estava desconfortável e decidiu que seria melhor agir com pegou um pacote de pão e colocou algumas fatias na torradeira você gosta de pão com manteiga perguntou enquanto pegava o pote de manteiga na geladeira Sofia assentiu timidamente ainda sem sair do lugar Rafael colocou as torradas em um prato acrescentou uma fatia de queijo e um copo de leite e deixou tudo na mesa elou uma cadeira indicando que ela podia se sentar pode comer está fresquinho disse sorrindo de leve ela finalmente entrou
na cozinha e sentou-se na ponta da mesa pegou a torrada com as mãos pequenas e deu uma mordida cuidadosa como se não estivesse acostumada a ter comida à disposição Rafael observava tentando encontrar uma forma de iniciar uma conversa que não a assustasse você lembra o nome da sua rua ou de alguém da sua família perguntou mantendo o Tom casual Sofia Balançou a cabeça negativamente evitando o olhar dele Rafael sentiu o peso daquela resposta mas não insistiu ele sabia que ela precisava de tempo Marina entrou na cozinha logo em seguida carregando uma sacola de compras Bom
dia como está nossa pequena hóspede hoje disse olhando para Sofia com um sorriso caloroso a menina apenas abaixou a cabeça concentrando-se na comida Rafael lançou um olhar para Marina como se pedisse paciência a enfermeira entendeu o recado e começou a guardar os it que havia trazido se precisar de algo me avise raa disse ela antes de sair dazinha e deixar os dois sozinhos novamente terbe el um mais vazio eia T iré sal podem convers Sem pressa quero mais sobre sugeriu Sem pressionar a menina hesitou mas acabou seguindo até o sofá ela sentou-se na ponta com
as mãos no colo enquanto Rafael ocupava a poltrona ao lado por um momento ninguém disse nada o silêncio era quase palpável mas Rafael sabia que precisava quebrá-lo eu não vou forçar você a falar Sofia mas se quiser me contar qualquer coisa estou aqui para ouvir tá bom Só quero ajudar Sofia olhou para ele mas não disse nada depois de alguns minutos ela finalmente abriu a boca eu não quero voltar para lá quase num sussurro Rafael sentiu o estômago apertar para onde perguntou tentando esconder ação na voz minha casa respondeu ela com os olhos fixos no
chão eu não gosto de lá Rafael engoliu em Seco não queria pressioná-la mas precisava entender Por que Sofia o que acontece na sua casa a menina deu de ombros novamente Mas desta vez parecia mais disposta a falar ninguém gosta de mim lá eles gritam o tempo todo não tem comida às vezes e eu fico sozinha a simplicidade com que ela descreveu a situação deixou Rafael sem palavras por um instante ele não sabia o que esperava ouvir mas certamente não era aquilo não tem ninguém que cuide de você perguntou tentando suar o mais neutro possível Sofia
Balançou a cabeça só minha avó mas ela não gosta de mim ela diz que sou um peso Rafael sentiu um nó na garganta ele nunca imaginou que uma criança pudesse carregar tanta dor em tão poucas palavras antes que pudesse pensar em como responder a voz de Helena ecoou do Corredor Rafael você realmente acha que pode resolver todos os problemas do mundo essa menina precisa de ajuda sim mas não podemos assumir isso sozinhos disse ela cruzando os braços na entrada da sala Rafael virou-se para a mãe com a paciência por um fio e quem vai ajudar
mãe se todo mundo pensar assim ela vai ficar abandonada para sempre Helena deitou os olhos mas não respondeu sabia que Rafael estava certo mas não queria admitir Depois de alguns segundos ela se retirou murmurando algo que Rafael não conseguiu entender ele se voltou para Sofia que parecia ainda mais retraída desculpa por isso Sofia minha mãe é assim mesmo mas ela não quer que você se sinta mal tá bom Aqui você está segura garantiu a menina não respondeu mas seus ombros relaxaram ligeiramente a raael percebeu que seria um longo processo mas estava disposto a enfrentá-lo ele
sabia que Sofia precisava de mais do que comida e um lugar para dormir ela precisava de alguém que a visse que acreditasse nela e ele estava determinado a ser essa pessoa pelo tempo que fosse necessário naquela manhã Rafael estava na cozinha com papéis espalhados pela mesa enquanto tentava encontrar Alguma pista sobre Sofia A menina estava na sala com Marina Desenhando em um um pedaço de papel que a enfermeira havia dado ela parecia mais tranquila nos últimos dias mas ainda mantinha a reserva que tanto intrigava Rafael ele havia passado horas tentando ligar para assistentes sociais e
até mesmo verificando notícias locais em busca de algo que indicasse quem poderia ser sua família mas tudo Parecia um beco sem saída Marina entrou na cozinha e pegou uma xícara de café você já teve algum avanço com as buscas perguntou anse ao lado dele Rafael Balançou a cabeça frustrado nada é como se ela não existisse sem sobrenome sem endereço estou ficando sem opções antes que Marina pudesse responder o som de batidas na porta ecoou pela casa Rafael levantou-se ajeitando os papéis não esperava visitas e Helena raramente recebia alguém caminhou até à porta enquanto Marina ficou
observando de longe ao abrir ele ficou imóvel por um instante o mundo pareceu parar Camila estava ali na frente dele a mulher que um dia significou tudo para ele seu coração deu um salto ao reconhecê-la os anos haviam passado mas os olhos dela ainda carregavam o mesmo brilho embora agora misturado com algo mais profundo uma tristeza que ele não conseguia decifrar de imediato ela parecia nervosa segurando a bolsa com força contra o corpo Rafael disse ela quase em um sussurro como se estivesse testando se a voz ainda alcançava o coração dele Rafael piscou atônito ele
não sabia o que responder Camila O que você está fazendo aqui antes que ela pudesse dizer qualquer coisa Sofia apareceu ao fundo ao vê-la Camila levou as mãos à boca e os olhos se encheram de Lágrimas sem hesitar ela entrou na casa passando por Rafael e ajoelhou-se na frente da menina meu Deus Sofia você está bem tão preocupada com você Sofia permaneceu imóvel por um momento mas seus olhos logo se encheram de Lágrimas ela correu para os braços de Camila enterrando o rosto no Ombro da mulher Rafael parado na porta tentou entender o que estava
acontecendo ele sentiu uma mistura de alívio e dor ao ver a cena alívio por finalmente encontrar alguém ligado à menina mas dor por ter Camila de volta à sua vida de forma tão inesperada e confusa depois de um longo abraço Camila Segurou o rosto de Sofia examinando-a com cuidado você se machucou eles fizeram algo com você me desculpa querida eu deveria ter te protegido Rafael fechou a porta tentando organizar os pensamentos Camila Você conhece a Sofia o que está acontecendo aqui Camila virou-se para ele ainda segurando a mão da menina seus olhos mostravam um misto
de culpa e alívio Rafael eu posso explicar Mas antes preciso saber você cuidou dela ela estava bem aqui com você ele assentiu cruzando os braços eu fiz o que pude mas agora sou eu que quero explicações quem é ela e como você está envolvida nisso Camila respirou fundo claramente tentando encontrar as palavras certas Sofia é minha filha sua voz saiu trêmula mas firme eu não sabia que você a tinha encontrado eu estava desesperada procurando por ela sem saber onde procurar a revelação atingiu Rafael como um golpe ele piscou tentando processar sua filha mas como Camila
Por que você nunca me contou que tinha uma filha ela desviou o olhar mordendo o lábio inferior parecia carregar o peso de anos de segredos Rafael eu nunca pensei que precisaria dizer isso dessa forma mas Sofia não é só minha filha ela também é sua O silêncio que se seguiu foi quase palpável Rafael sentiu o chão sob seus pés Ele olhou para Sofia que agora o encarava com uma expressão confusa como se sentisse que estava no centro de algo maior do que podia entender o quê isso não faz sentido Camila você está dizendo que eu
sou o pai dela como isso é possível você nunca nunca mencionou nada Camila engoliu em seco com os olhos marejados eu ia te contar eu juro mas algo aconteceu sua mãe Helena ela interceptou minhas cartas ela disse que você não queria me ver que você tinha seguido em frente eu achei que estava sozinha e quando soube da gravidez já era tarde demais Rafael sentiu um frio subir pela espinha ele sabia que Helena era controladora mas nunca imaginou que ela pudesse ter ido tão longe você está dizendo que minha mãe separou a gente que ela sabia
sobre isso e escondeu de mim Camila assentiu lentamente a culpa Evidente no rosto ela me convenceu de que seria melhor para você que minha presença só te prejudicaria Eu acreditei nela e então quando Sofia nasceu eu prometi que faria o meu melhor para cuidar dela mas a vida foi ficando difícil Rafael eu tentei proteger minha filha mas as coisas saíram do controle Rafael passou a mão pelo rosto tentando organizar os pensamentos Ele olhou para Sofia que agora estava agarrada ao braço de Camila os olhos cheios de perguntas silenciosas Por que você deixou ela sozinha porque
ela estava naquela praça Camila isso não é proteção Camila abaixou a cabeça as lágrimas escorrendo eu estava fugindo de problemas de pessoas que que queriam machucar a gente eu pensei que ela estaria mais segura se ficasse perto de um lugar público onde ninguém a reconheceria foi estúpido Eu sei mas eu estava desesperada Rafael sentiu uma onda de Emoções ele queria gritar chorar entender como tudo aquilo havia chegado a esse ponto mas antes que pudesse dizer qualquer coisa Passos firmes vieram do Corredor era Helena ela olhou para Camila com uma expressão dura como se não acreditasse
no que estava vendo o que você está fazendo aqui Como ousa aparecer depois de tanto tempo Camila levantou-se segurando a mão de Sofia com força eu vim buscar minha filha e explicar a Rafael tudo o que você fez para nos separar o rosto de Helena endureceu Ela cruzou os braços mas Rafael percebeu O brilho de culpa em seus olhos eu fiz o que achei que era melhor Rafael não precisava de uma vida complicada ele merecia mais mais mais do que a verdade mãe Rafael interrompeu sua voz carregada de incredulidade você mentiu para mim separou a
gente E por quê por achar que sabia o que era melhor para mim isso não é amor isso é controle Helena abriu a boca para responder mas por um momento parecia menor como se carregasse o peso de anos de decisões erradas eu só queria te proteger murmurou antes de sair da sala deixando o ambiente em um silêncio tenso Camila apertou os lábios olhando para Rafael eu não vim aqui para causar mais dor só quero minha filha de volta Rafael olhou para Sofia que agora o encarava com uma mistura de esperança e medo ele sabia que
aquela era apenas a ponta de um iber maior e que a verdade completa ainda estava por vir mas naquele momento havia algo que ele não podia negar ela também é minha filha Camila e eu não vou deixar vocês passarem por isso sozinhas Rafael ainda estava processando as palavras de Camila quando Helena entrou na sala o som de seus passos firmes sobre o piso de madeira fez com que todos se voltassem para ela havia algo no olhar de Helena que parecia afiado quase desafiador como se já soubesse exatamente o que estava sendo discutido isso é impossível
ela declarou sua voz cortante Quebrando o Silêncio que pairava Rafael não caia nessa história você realmente acha que ela apareceria assim do nada com uma criança dizendo que é sua filha isso não faz sentido Rafael piscou confuso e com a cabeça latejando Ele olhou para Helena e depois para Camila tentando encontrar algum vestígio de mentira mas tudo parecia verdadeiro demais para ser ignorado mãe não é assim que as coisas funcionam Camila não teria motivo para inventar isso não depois de tanto tempo Camila deu um passo à frente ainda segurando a mão de Sofia que agora
parecia mais confusa do que nunca Helena eu não vim aqui para causar problemas só quero que Rafael saiba a verdade e ele merece saber sua voz tremia levemente mas a determinação em suas palavras era Clara verdade Helena rebateu cruzando os braços a verdade é que você desapareceu anos atrás sem nenhuma explicação e agora volta com essa história absurda quer que acreditemos nisso sem provas sem nada eu não sou tola Camila eu desapareci porque você me obrigou Camila respondeu sua voz subindo um pouco carregada de emoção você destruiu qualquer chance que Rafael e eu tínhamos juntos
você manipulou tudo me fez acreditar que ele nunca quis saber de mim e quando descobri que estava grávida já era tarde demais eu estava sozinha Rafael sentiu o estômago revirar Ele olhou para a mãe que agora parecia desconfortável mas ainda se mantinha rígida é verdade isso mãe você interferiu você sabia que Camila estava tentando falar comigo e escondeu de mim Helena hesitou por um momento mas logo se recompôs eu fiz o que precisava ser feito você era jovem raf ela não era boa para você aquela relação ia te arruinar te afastar de tudo que construímos
eu fiz isso para o seu bem meu bem Rafael disse quase sem acreditar você está me dizendo que destruiu a única relação que realmente importava para mim porque achava que sabia o que era melhor e agora anos depois eu descubro que tenho uma filha e tudo isso porque você achou que podia decidir por mim Helena respirou fundo mas não respondeu seu silêncio falava mais do que qualquer palavra que pudesse dizer naquele momento eu escrevi para ele continuou Camila agora com a voz embargada tantas vezes eu implorei para que ele me respondesse mas você nunca deixou
eu confiei em você Helena Achei que estava sendo honesta comigo mas agora vejo que fui usada Sofia que até então havia permanecido em silêncio puxou levemente o braço de Camila mamãe ele é meu pai mesmo pergunta foi simples mas carregava um peso imenso todos na sala Pararam o silêncio tomando conta novamente Rafael se ajoelhou diante de Sofia olhando diretamente em seus olhos ele sentiu um aperto no peito ao perceber o quanto aquela menina parecia frágil mas ao mesmo tempo cheia de coragem por fazer aquela pergunta eu acho que sim Sofia disse sua voz quase falhando
eu não sabia disso até agora mas se sua mãe está dizendo a verdade então sim eu sou seu pai Camila observava a cena com os olhos marejados eu nunca quis esconder isso de você Rafael eu só queria te proteger mas ao mesmo tempo protegi demais e acabei afastando você da Sofia Helena deu um passo para trás ainda firme mas visivelmente incomodada isso não muda o fato de que ela apareceu agora depois de tanto tempo e você Rafael acha que pode simplesmente aceitar tudo isso sem pensar n consequências mãe as consequências que você criou Escondendo a
verdade por anos Sofia é minha filha e não importa quanto tempo tenha passado eu vou assumir minha responsabilidade não vou cometer o mesmo erro que você já o impacto das palavras de Rafael foi Claro Helena virou-se para o corredor desaparecendo sem dizer mais nada O silêncio que ela deixou foi quase ensurdecedor Rafael se levantou ainda segurando a mão de Sofia que agora o observava com curiosidade quase como se estivesse tentando entender o que aquele homem representava em sua vida Camila você Você tem mais alguma coisa que eu precise saber perguntou Rafael tentando manter a calma
ele sabia que a revelação já havia mudado tudo mas sentia que ainda havia mais naquela história Camila hesitou por um instante antes de responder sim Rafael Sofia não estava sozinha naquela praça por acaso eu estava tentando de algumas pessoas pessoas que fizeram coisas horríveis para nós eu não queria que Sofia fosse pega no meio disso então a deixei lá por um tempo enquanto tentava encontrar ajuda fugindo Rafael perguntou confuso fugindo de quem por qu eu vou explicar tudo Rafael mas não agora não com sua mãe por perto isso é maior do que você imagina e
Sofia não pode ouvir tudo agora respondeu Camila claramente aflita pressioná-la por respostas Mas sabia que aquele não era o momento Ele olhou para Sofia que agora parecia mais tranquila e decidiu que precisava priorizar o bem-estar da menina tá bom Camila por enquanto vamos focar na Sofia mas essa conversa ainda não acabou Camila assentiu visivelmente aliviada enquanto Rafael começava a pensar no que fazer a seguir sabia que sua vida nunca mais seria a mesma ele não apenas havia descoberto que era pai mas também que o passado estava longe de ser enterrado e de alguma forma sentia
que aquilo era apenas o começo a casa estava mergulhada em um silêncio pesado Depois que Camila e Sofia foram para o quarto improvisado que Rafael havia preparado ele ficou na sala sentado no sofá encarando as mãos sua mente estava um turbilhão cada palavra de Camila parecia ecoar sem cessar Sofia é sua filha Helena manipulou tudo ele sabia que a única maneira de esclarecer o que ainda estava obscuro era confrontar sua mãe respirando fundo Rafael levantou-se e caminhou em direção ao quarto de Helena a porta estava entreaberta e ele viu a silhueta dela sentada na poltrona
ao lado da cama os olhos fixos na janela onde a luz fraca da lua se infiltrava pelas cortinas por um instante ele hesitou apesar de tudo era sua mãe a mulher que o criou que sacrificou tanto para garantir que ele tivesse o necessário mas que agora parecia carregada de segredos que destruíram parte de sua vida mãe podemos conversar disse ele tentando controlar a tensão em sua voz Helena não se moveu mas soltou um suspiro pesado antes de responder sei que você está com raiva Rafael Pode falar o que quiser Rafael entrou no quarto fechando a
porta atrás de si ele ficou de pé cruzando os braços enquanto a observava eu quero que você me diga a verdade Sem Rodeios sem desculpas por você fez o que fez porque interferiu no meu relacionamento com a Camila você sabia que eu tinha uma filha e mesmo assim você escondeu isso de mim Helena finalmente se virou os olhos marcados por cansaço e algo que parecia uma mistura de culpa e teimosia eu fiz o que achei que era o melhor para você Rafael Camila não era a pessoa certa para você ela ia te levar para um
caminho cheio de eu queria protegê-lo proteger de qu ele rebateu dando um passo à frente proteger de uma vida que era minha para decidir você sabia que ela estava grávida mãe que eu tinha uma filha e você achou que tinha o direito de esconder isso de mim Helena desviou o olhar seus dedos apertando o chale que estava sobre seus ombros Eu soube da gravidez sim mas naquela época eu realmente acreditava que estava fazendo o certo tinha estabilidade Rafael Ela vivia cheia de problemas eu não podia deixar que você jogasse sua vida fora por algo que
nem sabia se ia dar certo Rafael sentiu um misto de incredulidade e raiva crescer dentro dele você interceptou as cartas mãe as mensagens que ela me mandou ela me contou que escreveu várias vezes pedindo ajuda tentando me dizer a verdade foi você que impediu que eu soubesse Helena hesitou Mas finalmente assentiu sua voz baixa e quase sem força sim eu peguei as cartas algumas eu queimei outras guardei na época Achei que estava te salvando de um futuro que te destruiria você acha que isso é amor mãe Rafael perguntou a voz falhando com a emoção você
acha que mentir para mim roubar meu direito de escolha é a forma certa de me proteger Você destruiu a única chance que eu tinha de construir uma família com a Camila você me tirou a oportunidade de ser pai da Sofia desde o começo Helena levantou-se da poltrona agora mais firme mas com lágrimas acumulando nos olhos você não entende Rafael eu fiz isso porque te amo porque não suportaria te ver sofrendo Camila era instável ela não tinha nada a oferecer e agora veja só ela volta depois de anos trazendo uma criança e um monte de problemas
para a sua porta eu estava certa você não estava certa ele gritou as palavras saindo mais alto do que pretendia você estava errada da mãe errada por decidir por mim errada por pensar que sabia o que era melhor para a minha vida e agora eu tenho que lidar com as consequências das suas escolhas Sofia perdeu anos comigo porque você achou que sabia mais Helena tentou segurar as lágrimas mas falhou você não entende o que é ser mãe Rafael você faria qualquer coisa para proteger quem você ama mesmo que isso signifique tomar decisões difíceis mesmo que
isso te machuque não mãe Ele respondeu balançando a cabeça ser mãe não é manipular a vida do seu filho é estar ao lado dele apoiá-lo deixá-lo crescer e aprender com seus próprios erros você não me protegeu você me controlou e agora eu não sei como consertar isso O silêncio que seguiu foi quase insuportável Helena voltou a sentar-se parecendo menor derrotada Rafael sentiu que a barreira entre eles havia se rompido de uma forma que tal vez nunca pudesse ser reparada completamente ele precisava de tempo para pensar para entender como seguir em frente eu não sei como
lidar com isso mãe disse ele com a voz agora mais baixa mas ainda carregada de dor mas uma coisa eu sei a Sofia vai ficar aqui eu vou ser o pai dela mesmo que tenha começado tarde demais e você se quiser fazer parte da vida dela vai precisar mostrar que se arrepende porque o que você fez não dá para perdoar assim tão fácil Rafael saiu do quarto sem olhar para trás ele caminhou pela casa em silêncio passando pela sala onde Sofia e Camila estavam elas estavam sentadas no sofá conversando baixinho ao perceberem sua presença ambas
se calaram Rafael tentou sorrir para Sofia mas seu rosto carregava as marcas da discussão com Helena está tudo bem Camila perguntou preocupada não mas vai ficar ele respondeu tentando suar mais confiante do que realmente se sentia ele sabia que havia muitas feridas abertas muitas verdades ainda a serem ditas Mas uma coisa estava Clara ele não ia permitir que o passado continuasse ditando as regras do Futuro os dias após o confronto foram carregados de tensão Mas também de pequenos gestos que de certa forma anunciavam mudanças Rafael havia tomado a decisão Sofia ficaria com ele era algo
que sentia como uma obrigação Mas também como uma oportunidade de Reconstruir algo que nunca teve a chance de viver Camila por sua vez aceitou a decisão de Rafael com uma mistura de alívio e ansiedade ela passou a visitá-los todos os dias em parte para estar próxima da filha em parte para tentar reatar laços com Rafael mesmo que isso parecesse impossível naquele momento Helena no entanto se Manteve distante desde a discussão com Rafael ela havia se deado em uma barreira de silêncio raramente Saindo do quarto quando o Fazia evitava qualquer contato visual com Camila e parecia
tratar Sofia apenas como uma presença invisível na casa Marina sempre atenta fazia o possível para mediar os ânimos mesmo sendo apenas a enfermeira de Helena ela parecia a única pessoa naquela casa que conseguia lidar com todos sem explodir certa tarde enquanto Rafael e Sofia montavam um quebra cabeça na sala Marina surgiu com uma bandeja de chá Rafael você tem falado com sua mãe perguntou colocando a bandeja na mesa ele suspirou ajeitando uma peça do quebra-cabeça não muito ela não quer ouvir nada que eu tenha a dizer Marina sentou-se ao lado dele ela está lidando com
as consequências das próprias escolhas isso leva tempo mas não acho que ela vá mudar se você e Camila não derem algum espaço para isso Rafael olhou para Marina reconhecendo das palavras ele sabia que a enfermeira tinha razão mas era difícil simplesmente esquecer o que Helena havia feito antes que pudesse responder a campainha tocou Sofia se levantou de um pulo animada é a mamãe disse correndo para a porta Rafael abriu a porta para Camila que carregava uma sacola com brinquedos e uma torta de maçã que havia preparado achei que uma sobremesa pudesse melhorar o clima disse
ela tentando suar descontra mas Rafael percebeu O nervosismo em sua voz entra disse ele dando passagem eles se reuniram na sala Sofia estava empolgada mostrando o quebra-cabeça que montava com Rafael Camila sentou-se ao lado da filha aproveitando a oportunidade para interagir com ela por alguns minutos a casa parecia mais tranquila quase normal mas o momento foi interrompido por Helena que surgiu no corredor seu olhar pousou em Camila e uma tão quase palpável encheu o ambiente eu vejo que temos visitas de novo disse Helena com a voz carregada de sarcasmo Rafael levantou-se tentando conter o Tom
irritado que ameaçava aparecer mãe Camila está aqui porque Sofia precisa dela você precisa aceitar isso Helena olhou diretamente para Camila ignorando Rafael eu não preciso aceitar nada essa casa sempre foi um lugar de paz Até ela voltar você destruiu a vida dele uma vez Camila Por que não vai embora e Deixa ele em paz de novo Camila respirou fundo claramente lutando para não reagir eu não estou aqui para causar problemas Helena estou aqui porque minha filha precisa de mim e sinceramente Rafael Também merece saber a verdade verdade Helena rebateu cruzando os braços que verdade Camila
a verdade de que você só apareceu porque precisava de alguém para consertar a bagunça da sua vida Rael interveio agora sem conseguir segurar a irritação chega mãe chega Você já fez estragos suficientes se não consegue lidar com isso pelo menos tenha o decoro de ficar em silêncio o impacto das palavras de Rafael foi Claro Helena estreitou os lábios e voltou para o quarto batendo à porta Marina olhou para Rafael com uma expressão preocupada mas não disse nada Camila por sua vez suspirou parecendo Exausta eu não quero com ela Rafa só quero que Sofia se sinta
segura disse Camila olhando para a filha que agora estava inquieta eu sei respondeu Rafael sentando-se novamente mas minha mãe ela precisa entender que as coisas mudaram e se ela não mudar junto vai acabar se isolando ainda mais mais tarde durante o jantar a tensão permaneceu no ar Helena não saiu do quarto e Rafael Camila Sofia e Marina se sentaram à mesa foi Camila Quem Quebrou o silêncio eu nunca quis que as coisas chegassem a esse ponto disse olhando para Rafael eu tentei falar com você Rafael escrevi cartas mandei mensagens eu não sabia que sua mãe
estava interceptando tudo quando percebi que não tinha resposta Achei que você simplesmente não queria mais saber de mim Rafael largou os talheres cruzando os braços você acha que eu teria ignorado que eu teria deixado você lidar com tudo sozinha se se soubesse Camila isso me machuca mais do que você imagina Camila abaixou o olhar mexendo no prato de comida eu estava com medo Rafael medo de ser rejeitada medo de complicar ainda mais sua vida e quando Sofia nasceu eu prometi que faria o melhor para ela mesmo que isso significasse ficar longe de você Marina que
estava sentada ao lado de Sofia olhou para Rafael Às vezes as pessoas fazem escolhas difíceis achando estão protegendo quem amam Mas isso não significa que as escolhas estejam certas Rafael assentiu sentio o peso C sobre eui Pero is não só o queha mã fe também o que você deim eu per anos aia anos que Nuna vup Eu sei disse Camila com a voz embargada e eu vou passar o resto da minha vida tentando compensar isso não só para Sofia mas para você também eu não espero que seja fácil só espero que você me dê uma
chance Sofia olhou para os dois confusa vocês estão bravos um com o outro perguntou sua voz Suave quebrando a atenção Rafael se levantou indo até a filha ele se ajoelhou ao lado dela segurando suas pequenas mãos não Sofia a gente não está bravo um com o outro só estamos tentando entender tudo isso mas o mais importante é que eu e sua mãe queremos o melhor para você e isso nunca vai mudar Sofia assentiu parecendo aliviada Rafael olhou para Camila que agora tinha lágrimas escorrendo pelo rosto havia muito a ser resolvido muitas feridas a serem curadas
mas naquele momento ele decidiu que o foco seria Sofia a menina merecia ter uma família mesmo que essa família ainda estivesse aprendendo a lidar com seus próprios erros Depois do jantar Camila ficou para ajudar a colocar Sofia na cama enquanto ela lia uma história para a filha Rafael observava da porta com Marina ao seu lado ela está tentando disse a enfermeira baixinho E você também deveria eu sei respondeu Rafael cruzando os braços mas algumas coisas são difíceis de deixar para trás são concordou Marina mas às vezes o que importa não é o que aconteceu antes
é o que você faz agora Rafael ficou em silêncio observando Camila eia agem talvez Marina estivesse certa Talvez o futuro ainda tivesse uma chance de ser construído mesmo sobre os destroços do passado mas ele sabia que o caminho seria longo e que ainda havia muito a ser enfrentado na manhã seguinte enquanto Rafael tentava manter sua rotina e Sofia brincava na sala com alguns brinquedos que Camila havia trazido Marina estava no quarto de Helena a enfermeira havia decidido organizar o armário que com o tempo havia se tornado um depósito desordenado de papéis roupas antigas e objetos
esquecidos enquanto mexia nos pertences encontrou uma pequena caixa de madeira escondida atrás de uma pilha de Lençóis curiosa abriu a tampa e viu um maço de papéis cuidadosamente dobrados ao puxar a primeira folha percebeu que se tratava de uma carta o papel amarelado e a caligrafia feminina indicavam que aquilo estava guardado havia muito tempo ao ler as primeiras linhas o o conteúdo Ficou claro era uma das C que Camila havia mencionado escrita para Rafael explicando a gravidez o cora de Marina acelerou ela sabia aquilo era demais para ignorado Marina para sal raael esta sentado no
obando li um Jor os olos quando a viu se aproximar com a expressão carregada achei que deveria mostrar isso para você disse entregando a carta Rafael pegou o papel e ao reconhecer o nome de Camila no início da carta sentiu o peito apertar ele começou a ler enquanto Marina sentava-se ao lado observando com cautela o silêncio na sala ficou tão pesado que Sofia parou de brincar e olhou para ele curiosa A carta era curta mas carregada de emoção Rafael eu sei que você provavelmente não quer ouvir nada de mim depois de tudo que aconteceu mas
preciso que saiba estou grávida é sua filha não sei o que faz e estou com muito medo mas não quero que isso te assuste só acho que você merece saber por favor me diga que ainda podemos convers eu preciso de você raael terminou ler e permane imóvel o pap tremendo em suas mãos levantou os olos para Marina suão umaa deiva e tristeza ISO esta noá da minha mã Marina assentiu parece que ela guardou algumas coisas eu achei que você precisava ver sem dizer mais nada Rafael levantou-se e subiu às escadas com passos firmes ele sabia
que precisava confrontar Helena novamente a cada degrau sua cabeça girava com pensamentos A carta era a prova concreta de que sua mãe havia deliberadamente interferido em sua vida destruindo uma relação e escondendo uma filha ele não podia mais ignorar Rafael abriu a porta do quarto de Helena sem bater e ela estava sentada na poltrona costurando uma manta levantou os olhos ao vê-lo entrar mas sua expressão mudou ao notar a carta em suas mãos Rafael o que foi age erg sabe o que ISO mãe das que cam para vocêeu por por você feen aost lado eou
fundo de imediato parecia estar escolhendo as palavras com cuidado mas Rafael não tinha paciência para esperar responda mãe exigiu sua voz mais alta do que pretendia você não só interferiu no meu relacionamento mas tirou de mim a chance de saber que tinha uma filha Quantas vezes você leu algo assim e decidiu que eu não precisava saber quantas Helena abaixou a cabeça como se carregasse um peso enorme eu já te expliquei Rafael fiz isso porque achei que era o melhor para você melhor para mim ele rebateu incrédulo esconder uma gravidez tirar de mim a chance de
ser pai Você destruiu minha vida mãe não percebe isso eu percebo agora respondeu Helena a voz fraca quase quebrando na época Achei que estava protegendo você achei que Camila só traria problemas e eu eu tinha medo de te perder para ela Rafael encarou a mãe tentando entender como ela podia justificar algo tão cruel você tinha medo de me perder então preferiu me enganar manipular minha vida para garantir que eu ficasse sob seu controle Helena levantou-se da poltrona com os olhos marejados eu não queria te controlar eu só queria que você tivesse uma vida melhor do
que a minha e Camila ela não parecia a pessoa certa para te dar isso e quem é você para decidir quem é ou não é certo para mim Rafael respondeu a voz ainda cheia de emoção você não percebe o que fez você não só prejudicou a mim mas também a Sofia ela cresceu sem um pai porque você achou que sabia o que era melhor Helena começou a chorar mas Rafael não sentiu nenhuma satisfação ao vê-la assim ele queria entender queria algo que justificasse o que havia perdido mas nada parecia suficiente eu não sei como consertar
isso disse Helena quase implorando eu errei Rafael errei porque te amo e não sei o que fazer agora para que você me perdoe Rafael Balançou a cabeça sentindo-se exausto eu não sei se consigo te perdoar mãe não ainda mas o que sei é que você precisa aceitar a Sofia e a Camila na minha vida porque querendo ou não elas estão aqui e se você não conseguir lidar com isso vai acabar sozinha Helena sentou-se novamente cobrindo o rosto com as mãos Rafael ficou em silêncio por alguns momentos antes de sair do quarto fechando a porta atrás
de si ele desceu as escadas lentamente com a carta ainda em mãos ao chegar a encontrou Camila e Sofia sentadas no sofá distraídas em uma conversa Marina estava na cozinha mexendo no fogão Camila percebeu a expressão de Rafael e se levantou o que aconteceu ele entregou a carta para ela Marina encontrou isso no armário da minha mãe é uma das cartas que você escreveu para mim Camila leu rapidamente a emoção Evidente em seu rosto então ela realmente escondeu tudo Rafael assentiu sentando-se a ao lado de Sofia Ele olhou para a filha que sorriu para ele
alheia à gravidade do que estava acontecendo naquele momento Rafael tomou uma decisão ele faria de tudo para proteger Sofia e garantir que ela tivesse a família que merecia mesmo que isso significasse reconstruir tudo do zero eu prometo a você Sofia disse ele baixinho enquanto passava a mão pelos cabelos da menina eu nunca mais vou deixar ninguém tirar você de mim os dias na casa de Rafael passaram a ter uma rotina peculiar carregada de silêncios tensos e momentos inesperados de reconexão Sofia alheia à profundidade dos conflitos que rodeavam os adultos parecia encontrar um pequeno espaço de
tranquilidade na casa ainda Que Tímida sua curiosidade natural a fazia explorar os cantos do ambiente desde o pequeno Jardim até a cozinha onde Marina frequentemente estava preparando algo Helena por outro lado se isolava a maior parte do tempo o peso das Revelações e a dor de enfrentar suas próprias escolhas haviam feito dela uma mulher ainda mais reclusa Rafael por vezes a observava à distância tentando entender o que se passava em sua mente apesar de tudo ele sabia que sua mãe não era uma pessoa má o problema era que suas ações por mais bem intencionadas que
fossem haviam causado danos que não podiam ser ignorados Sofia porém parecia menos afetada pela distância emocional de Helena com a inocência de uma criança ela não via a avó como uma figura rígida ou controladora mas apenas como uma senhora que passava muito tempo sozinha Rafael percebeu que Sofia em seu jeito Sutil começava a preencher o vazio que Helena insistia em manter ao seu redor uma tarde enquanto Rafael estava no quintal podando uma pequena rozeira que mal conseguia crescer no solo seco ouviu risadas vindas da sala ele franziu a testa estranhando o som H semanas a
tensão na casa havia transformado o lugar em algo frio e contido ele limpou as mãos na calça e entrou pela porta dos fundos parado no corredor viu uma cena que o deixou perplexo Helena estava sentada na poltrona com Sofia ao seu lado enquanto contava algo que parecia ser uma história engraçada então sua bisavó Ah ela era uma mulher durona se um vizinho atrasasse o pagamento de algo ela pegava o cavalo e ia até lá cobrar não importava quem fosse disse Helena gesticulando levemente enquanto ria Sofia sentada no chão com as pernas cruzadas olhava para ela
com atenção Total ela parecia brava perguntou Sofia com olhos arregalados de curiosidade brava mais do que isso tinha gente que dizia que era mais fácil enfrentar uma tempestade do que encarar sua bisavó quando ela estava de mau humor respondeu Helena rindo novamente Rafael observou a cena por alguns segundos sem saber exatamente como reagir a Helena que ele via Ali era diferente não havia o Tom amargo ou a postura defensiva que costumava acompanhar suas palavras em vez disso havia algo leve quase carinhoso antes que ele pudesse pensarem se aproximar Marina passou pelo corredor com uma pilha
de roupas e parou ao lado dele eu disse que Sofia era especial sussurrou Marina com um leve sorriso Rafael assentiu ainda intrigado ele entrou na sala devagar atraindo a atenção das duas Sofia olhou para ele e Sorriu papai sabia que a vovó já teve um cavalo ela disse que chamava estrela é mesmo respondeu Rafael se aproximando e sentando-se no sofá ao lado delas não sabia disso Helena ajeitou os óculos voltando à postura um pouco mais reservada são coisas da Juventude Rafael nada que você tenha perguntado antes ele não respondeu apenas observou Sofia se inclinando para
pegar um caderno que havia trazido de seu quarto vovó pode desenhar o estrela para mim quero ver como ele era Ah querida não sou boa em desenhar disse Helena balançando a cabeça eu te ajudo Sofia insistiu já abrindo o caderno e puxando uma caixa de lápis coloridos que Camila havia trazido antes que Helena pudesse protestar a menina colocou o caderno no colo dela Rafael observou a interação com um misto de surpresa e satisfação era como se Sofia tivesse uma habilidade especial de quebrar as barreiras que Helena havia erguido ao longo dos anos enquanto Helena começava
a desenhar algo hesitante Rafael decidiu que era melhor sair e deixá-las à vontade foi para a cozinha onde Marina estava dobrando as roupas recém lavadas eu nunca vi minha mãe assim com ninguém Marina como é que Sofia conseguiu isso perguntou ele recostando na bancada Marina deu de ombros mas seu olhar era cheio de significado crianças T essa coisa não julgam não guardam rancor elas enxergam além do que a gente consegue ver Rafael refletiu sobre isso enquanto pegava uma xícara de café ele sabia que Sofia estava transformando a dinâmica da casa mas também sabia que havia
mais coisas por vir sua mãe ainda não havia reconhecido plenamente os erros do passado e ele não podia ignorar isso mais tarde naquela noite depois que Sofia foi colocada na cama Rafael decidiu conversar com Helena ele a encontrou sentada na poltrona olhando para o desenho que havia feito mais cedo você está bem mãe perguntou sentando-se na cadeira ao lado Helena demorou um momento para responder Sofia é uma criança especial não sei como mas ela me faz sentir coisas que achei que não sentiria mais ela tem esse efeito respondeu Rafael com um pequeno sorriso mas Mãe
eu ainda preciso entender algo você nunca me contou nada sobre sua própria infância parece que tem muita coisa guardada aí que você nunca quis compartilhar Helena olhou para o desenho e depois para Rafael minha mãe sua avó ela era uma mulher dura rígida demais às vezes talvez tenha sido por isso que eu cresci achando que precisava ser assim também que amor e cuidado vinh formas de proteção exagerada de controle Rafael ouviu com atenção sentindo que Helena estava finalmente começando abaixar a guarda eu nunca quis repetir os erros do passado Rafael mas parece que de alguma
forma acabei fazendo Exatamente isso não é tarde para mudar mãe disse ele sua voz Suave Sofia está aqui agora ela precisa de uma avó e você pode ser isso para ela Helena assentiu mas não respondeu Rafael sabia que seria um processo lento mas ver sua mãe abrir espaço para Sofia Era um pequeno começo ele se levantou colocando uma mão no ombro dela antes de sair pela primeira vez em anos ele sentiu que talvez houvesse esperança de Reconstruir não apenas sua relação com Camila e Sofia mas também com sua própria mãe e isso de alguma forma
o confortava o silêncio da manhã foi quebrado pelo som de Risadas vindo da sala Rafael estava na cozinha preparando o café da manhã enquanto ouvia Sofia e Camila conversando A menina estava empolgada contando alguma história inventada enquanto Camila ria de suas expressões exageradas era um som que Rafael não ouvia há anos Mas que começava a se tornar comum nos últimos dias desde que ele pediu que Camila ficasse as coisas na casa mudaram lentamente não foi uma transição fácil Rafael ainda carregava a dor das mentiras do passado e Camila lutava contra o peso da culpa no
entanto ambos sabiam que precisavam colocar Sofia em primeiro lugar ela merecia uma família algo que nenhum deles havia conseguido oferecer antes Bom dia disse Camila entrando na cozinha com Sofia agarrada a seu braço a menina carregava um desenho nas mãos que exibia com orgulho Olha papai eu desenhei a vovó Helena e o cavalo dela o estrela disse Sofia entregando o papel para Rafael Rafael pegou o desenho analisando os rabiscos coloridos que de alguma forma capturavam a essência do que Sofia via em Helena ele sorriu ficou incrível filha acho que aó vai goar Sofia fez caret
masó Nuna diz n quando eu most meus desenhos Cam abaixou-se ao lado da filha passando mão UAB ela só precis de umou mais de tempo querid aó gosta de você mesmo que não diga Rafael olhou para Camila reconhecendo a paciência em suas palavras ele sabia que Helena se mantinha Distante observando tudo de longe mas sem se envolver ainda assim sofia parecia determinada a conquistar um espaço no coração da avó vamos comer antes que esfrie disse Rafael Mudando de assunto enquanto colocava os pratos na mesa a nova rotina estava longe de ser perfeita mas funcionava Rafael
e Camila dividiam as responsabilidades com Sofia pela primeira vez Rafael experimentava o que significava ser pai ele aprendeu a lidar com as manhas de Sofia a ajudá-la com as tarefas escolares e até a inventar histórias antes de dormir era exaustivo mas também gratificante mais tarde naquele dia enquanto Camila lavava a louça e Sofia brincava no quintal Rafael aproveitou o momento para conversar ele encostou-se à pia observando-a enquanto ela enxagua os pratos Você está se adaptando bem perguntou ele tentando parecer olou para ele de lado sorrindo levemente estou tentando é estranho sabe estar aqui depois de
tudo que aconteceu eu sei respondeu Rafael cruzando os braços também não é fácil para mim mas eu acho que estamos indo bem por Sofia Camila assentiu mas havia algo em sua expressão que sugeria que ela queria dizer mais raael notou mas Decidiu não pressionar ele sabia que a confiança entre eles aind est sendo reconstruída e isso levaria tempo enquanto isso Helena observava tudo de seu quarto sentada na poltrona olhava pela janela que dava para o quintal onde Sofia brincava com um cachorro que Rafael havia adotado há pouco tempo o som das risadas da menina chegava
até ela misturado às vozes de Rafael e Camila Helena sentia uma mistura de Emoções alegria por ver Sofia feliz mas também um vazio crescente que a fazia se afastar ainda mais naquela noite depois que Sofia foi colocada na cama Rafael e Camila decidiram conversar na sala Marina já havia ido embora deixando a casa em um silêncio acolhedor Camila estava sentada no sofá com um chá nas mãos enquanto Rafael ocupava a poltrona em frente a ela eu estava pensando começou Camila hesitante a gente está tentando reconstruir tudo isso mas eu sinto que tem algo faltando Rafael
ergueu sobrancelha o que você quer dizer Helena respondeu ela Sem Rodeios Eu sei que você está magoado com ela e eu também estou mas ela é parte da vida da Sofia agora a gente precisa achar uma forma de trazê-la para perto Rafael suspirou passando a mão pelos cabelos eu sei Camila Mas você sabe como ela é minha mãe não vai mudar da noite para o dia eu não estou dizendo que vai ser fácil disse Camila inclinando-se para a frente mas talvez seja a chave para isso ela já está conseguindo algo que nem nós conseguimos Rafael
pensou por um momento lembrando-se do desenho que Sofia havia feito mais cedo talvez Camila estivesse certa Sofia tinha uma habilidade natural de quebrar Barreiras mesmo as mais difíceis na manhã seguinte Rafael decidiu Tentar algo diferente ele chamou Sofia e entregou-lhe o desenho que ela havia feito por que você não entrega isso para a vovó tenho certeza de que ela vai gostar Sofia hesitou Mas acabou concordando ela subiu as escadas com o papel nas mãos parando em frente à porta de Helena bateu levemente esperando uma resposta pode entrar disse a voz de Helena um pouco áspera
Sofia abriu a porta e entrou timidamente Helena estava sentada na poltrona lendo um livro ao ver a menina fechou o livro e olhou para ela com curiosidade vovó eu fiz isso para você disse Sofia entregando Helena pegou o papel e analisou o Rabisco com atenção por um momento sua expressão permaneceu neutra Mas então algo mudou ela sorriu um sorriso pequeno mas sincero Você desenhou o estrela disse Helena apontando para o cavalo e ele parece até mais bonito do que era na vida real Sofia sorriu satisfeita eu posso desenhar mais coisas para você se quiser eu
adoraria respondeu Helena para surpresa da menina Rael que observava da porta entreaberta sentiu uma ponta de esperança era um pequeno passo Mas talvez fosse o início de algo maior ele sabia que se quisessem reconstruir uma família todos precisariam fazer concessões e naquele momento parecia que Sofia estava mostrando o caminho a noite estava silenciosa exceto pelo som distante do vento balançando as árvores no quintal a casa embora pequena parecia ainda maior na escuridão Sofia dormia profundamente em seu quarto o rosto tranquilo enquanto Rafael permanecia acordado na sala olhando para uma caneca de chá quase fria em
suas mãos ele não conseguia parar de pensar nos últimos dias nas mudanças nos desafios e principalmente na fragilidade que começava a perceber em sua mãe Helena vinha mostrando pequenos sinais de transformação ainda era discreta mas Rafael não podia negar que havia algo diferente em seu comportamento Especialmente quando estava perto de Sofia contudo uma parte dele ainda se mantinha em guarda as mágoas do passado eram Profundas e ele não tinha certeza se poderia confiar plenamente naquele aparente desejo de mudança Foi então que ouviu Passos leves vindos do Corredor olhou por cima do ombro e viu Helena
parada na entrada da sala ela usava o mesmo chale que costumava carregar à noite como se fosse um escudo contra o frio e talvez contra os próprios pensamentos você está acordado perguntou ela hesitante como se não tivesse certeza se deveria estar ali estou respondeu Rafael colocando a caneca na mesa de centro não consegui dormir Helena deu alguns passos à frente mas parou antes de se sentar ela parecia desconfortável mexendo no chale com as mãos Rafael percebeu que ela queria dizer algo mas não sabia como começar ele esperou tentando manter a ciência eu errei muito meu
filho disse Helena finalmente sua voz baixa quase um sussurro Eu sei que você está magoado comigo e você tem razão mas quero consertar isso só não sei como as palavras pairaram no ar carregadas de emoção Rafael sentiu um nó se formar em sua garganta ele não esperava que Helena fosse admitir isso de forma tão direta por um momento ele não soube o que dizer apenas assentiu um gesto pequeno mas que parecia suficiente para ela continuar eu pensei que estava protegendo você Rafael Achei que estava fazendo o melhor mas agora olhando para tudo que aconteceu vejo
que só causei dor para você para Camila para a Sofia Rafael respirou fundo apoiando os cotovelos nos joelhos mãe não sei se dá para simplesmente consertar tudo não depois de tanto tempo mas se você realmente quer mudar tem que começar mostrando que está disposta a fazer parte disso não só da vida da Sofia mas da minha também Helena assentiu os olhos marejados eu quero quero estar aqui para você e para Sofia mas não sei se mereço essa chance você tem que começar em algum lugar disse Rafael olhando diretamente para ela Sofia já abriu essa porta
para você agora é você quem tem que atravessá-la Helena sentou-se na poltrona ao lado dele apertando o chale ao redor dos ombros é ela é uma menina especial não sei como mas ela conseguiu ver algo em mim que nem eu sabia que existia mais ela tem esse efeito respondeu Rafael com um pequeno sorriso mas não vai ser fácil mãe não para mim nem para Camila nós ainda estamos lidando com as consequências de tudo isso eu sei disse Helena com a voz embargada e eu não espero que você me perdoe de uma hora para outra só
quero uma chance de tentar o silêncio que seguiu foi longo mas não desconfortável parecia que ambos estavam processando a conversa refletindo sobre o que ainda estava por vir Rafael olhou para a mãe e viu algo que não via há muito tempo vulnerabilidade pela primeira vez ele sentiu que talvez houvesse esperança de Reconstruir o que havia sido destruído no dia seguinte Helena fez algo que surpreendeu Rafael e Camila durante o café da manhã enquanto Sofia desenhava em seu caderno Helena se aproximou e sentou-se ao ao lado dela o que você está desenhando hoje perguntou com uma
suavidade que Rafael não reconhecia em sua voz Sofia olhou para ela com um sorriso animado é uma casa uma casa grande com um jardim cheio de flores tem um balanço aqui ó e aqui tem um cachorro está lindo disse Helena com um sorriso discreto você gosta de flores sim respondeu Sofia animada eu queria plantar flores no quintal mas o papai disse que a Terra é muito M dura talvez eu possa ajudar disse Helena para a surpresa de todos na sala Rafael e Camila trocaram um olhar mas nenhum dos dois disse nada eles sabiam que era
um pequeno gesto mas para Helena era um grande passo ao longo do dia Helena continuou a se envolver mais Ela ajudou Sofia a organizar os brinquedos contou histórias de sua Juventude e até sugeriu que plantassem algo no quintal como Sofia havia mencionado Rafael observava tudo com cael sabia aproxim de Helen não apagaria passado podar que ela estando por suz mais mã de por por acreditar en ol ol brilhando papai aó está sendo boazinha agora ela fic sempre assim Rafael sorriu e acariciou o cabelo da filha eu acho que sim filha Às vezes as pessoas demoram
para perceber as coisas importantes mas o que importa é que elas tentem Sofia assentiu satisfeita e logo adormeceu Rafael ficou ao lado dela por alguns minutos refletindo sobre suas próprias palavras Talvez ele também precisasse tentar não apenas por Sofia mas por ele mesmo a manhã do aniversário de Sofia começou com uma agitação incomum na casa Rafael levantou cedo para terminar os preparativos enquanto Camila arrumava a pequena mesa que haviam colocado na sala para a comemoração o sol iluminava o ambiente e a sensação de um novo começo pairava no ar Sofia como sempre estava animada correndo
pela casa com um vestido que Camila havia escolhido especialmente para a ocasião o tecido azul com pequenas flores parecia refletir a felicidade estampada no rosto da menina mas sempre pronta para ajudar trouxe balões coloridos e os prendeu em diferentes cantos da sala acrescentando um toque de festa ao ambiente simples enquanto terminavam os últimos detalhes a campainha tocou Rafael foi até a porta imaginando que fosse Marina trazendo mais alguma coisa quando abriu ficou surpreso ao ver Helena parada ali segurando um bolo cuidadosamente decorado ele precisou de um segundo para processar a cena mãe disse com um
tom misto de surpresa e dúvida fiz para a Sofia respondeu Helena sua voz hesitante mais carregada de uma sinceridade Rara Achei que seria bom participar de alguma forma Rafael ficou sem palavras Ele olhou para o bolo decorado com flores de glac e uma pequena vela no centro e depois para Helena que parecia nervosa era um gesto simples mas significativo e ele sabia o quanto custava para ela entre disse ele finalmente abrindo espaço para que ela passasse Helena entrou devagar olhando ao redor da sala decorada Sofia correu até ela assim que viu o bolo vovó você
fez isso para mim fiz respondeu Helena sorrindo pela primeira vez desde que chegou espero que você goste não sou tão boa com Confeitaria Quanto era com costura mas fiz o meu melhor é lindo disse Sofia animada Obrigada vovó Rafael e Camila trocaram um olhar Camila que estava do outro lado da sala ajustando os balões observava a cena com cuidado era difícil para ela esquecer tudo o que havia acontecido no passado mas também era impossível ignorar o esforço que Helena estava fazendo pela primeira vez ela deu um pequeno sorriso para a sogra bom então acho que
o bolo da festa já está garantido disse Camila tentando suar mais leve do que realmente se sentia se não estiver bom vocês podem culpar minha falta de prática respondeu Helena com uma tentativa de humor a interação embora breve foi suficiente para suavizar o clima todos começaram a se envolver nos preparativos finais e pouco a pouco a sala ficou cheia de cores e risadas Sofia ajudava a encher balões enquanto Marina arrumava os doces na mesa Helena pela primeira vez em muito tempo parecia à vontade mesmo que de forma discreta quando tudo estava pronto raa reun todos
volta da mes para cabia est Radiante olando parao como fosseis doidamente cortado você está gost pergunt Helena Está delicioso respondeu Sofia com um sorriso que iluminava o rosto Helena parecia emocionada mas escondeu bem ela olhou para Rafael que estava do outro lado da mesa conversando com Camila e sentiu um peso sair de seus ombros por mais pequenos que fossem os passos ela sabia que estava caminhando na direção certa mais tarde enquanto Sofia brincava com os presentes que havia ganhado Rafael foi até Helena que estava sentada na poltrona da sala ele se sentou ao lado dela
segurando uma xícara de café que Marina havia servido eu não esperava isso mãe disse ele olhando para o bolo que ainda restava na mesa obrigado por ter vindo eu precisava fazer alguma coisa Rafael respondeu ela olhando para as mãos não posso mudar o que fiz no passado mas posso tentar fazer algo agora você está fazendo disse ele com um pequeno sorriso e isso significa muito para Sofia e para mim também os olhos para o filho e por um momento eles compartilharam um entendimento silencioso não era o fim dos problemas mas era um começo e ambos
sabiam disso enquanto isso Camila observava a cena à distância com um misto de alívio e cautela ela ainda tinha suas reservas em relação à Helena mas não podia negar que algo estava mudando pela primeira vez ela sentiu que talvez fosse possível construir uma relação ainda que aos poucos quando a noite chegou e os convidados começaram a se despedir Sofia correu até Helena e deu-lhe um abraço apertado obrigada por fazer meu bolo vovó foi o melhor aniversário de todos Helena Ficou surpresa mas logo retribuiu o abraço com lágrimas nos olhos você é uma menina muito especial
Sofia e eu sou a sortuda por ser sua avó enquanto fechavam à porta após os últimos convidados Rafael e Camila ficaram na sala observando Sofia ia brincar com os presentes Helena já havia subido para o quarto mas a presença dela ainda parecia ecoar no ambiente Você acha que isso é um bom sinal perguntou Camila sem desviar os olhos da filha eu acho que é um começo respondeu Rafael colocando a mão no ombro dela e isso já é mais do que eu esperava a noite estava silenciosa e Sofia já dormia profundamente em seu quarto o rosto
iluminado Pela Luz suave do abajur Rafael e Camila estavam na sala sentados no sofá mas havia uma distância entre eles Camila segurava uma xícara de chá nas mãos encarando o líquido como se buscasse respostas ali Rafael com os cotovelos apoiados nos joelhos olhava para o chão a testa franzida em pensamentos o bolo as risadas o carinho de Sofia e até mesmo o esforço de Helena Naquela tarde haviam trazido um breve alívio mas o peso do passado ainda pairava no ar havia palavras não ditas sentimentos guardados e feridas que nem o tempo havia sido capaz de
cicatrizar por completo Você está muito calado disse Camila Quebrando o Silêncio sua voz era suave mas carregada de hesitação Rafael levantou os olhos para ela mas demorou alguns segundos antes de responder só estava pensando muita coisa mudou em pouco tempo Camila assentiu colocando a xícara na mesa de centro mudou mesmo mas eu ainda sinto como se como se o passado nunca fosse embora como se estivesse sempre aqui entre nós porque está admitiu Rafael Sem Rodeios ele se recostou no sofá soltando um suspiro longo por mais que eu queira Camila não consigo simplesmente esquecer tudo o
que aconteceu não consigo apagar o que foi perdido Camila abaixou o olhar sentindo o peso das palavras dele eu sei e para ser honesta também não consigo Há dias em que eu me pergunto se deveria estar aqui se eu tenho o direito de tentar consertar isso depois de tudo Rafael virou-se para ela percebendo a angústia em sua expressão Camila por que você não me contou antes por que não tentou de outra forma eu sei que minha mãe interferiu mas você podia ter insistido eu insisti Rafael respondeu ela a voz embargando mais do que você imagina
Mas chegou um momento em que eu me senti tão rejeitada tão sozinha que achei que não fazia diferença sua mãe foi cruel comigo mas eu eu também tive medo medo de que você acreditasse nela medo de que você me rejeitasse Rafael Balançou a cabeça processando as palavras dela eu nunca teria te rejeitado Camila nunca mas agora depois de tudo é difícil confiar plenamente de novo eu não estou dizendo que você não merece mas é complicado Camila sentiu as lágrimas começarem a escorrer mas não tentou escondê-las eu sei eu sei que não vai ser fácil e
não espero que você confie em mim de um dia para o outro mas eu estou aqui Rafael estou tentando pela Sofia mas também por nós porque apesar de tudo eu ainda te amo as palavras dela pairaram no ar e Rafael sentiu uma pontada no peito ele não sabia como responder porque no fundo sabia que também a amava mas o amor que sentia estava envolto em camadas de dor e mágoa e ele não sabia como vendas Eu também te amo Camila disse ele finalmente mas o amor não resolve tudo ele não apaga o que aconteceu eu
não quero que apague respondeu ela enxugando As Lágrimas só quero que a gente encontre um jeito de seguir em frente deixar o passado no lugar dele e construir algo novo Rafael ficou em silêncio por um momento observando Camila ela parecia tão vulnerável mas também tão determinada ele sabia que ela estava sendo honesta e isso mexia com ele mas ao mesmo tempo ele tinha medo medo de se abrir novamente e acabar machucado eu quero tentar Camila disse ele com a voz firme Mas preciso que você seja paciente comigo eu não sei se consigo confiar plenamente agora
mas estou disposto a dar um passo de cada vez Camila assentiu um pequeno sorriso surgindo em seus lábios eu espero o tempo que for preciso Rafael o que que importa é que estamos tentando naquela noite enquanto Camila subia para o quarto que Rafael havia preparado para ela ele ficou na sala refletindo ele sabia que o Caminho não seria fácil mas algo dentro dele dizia que valia a pena tentar não só por Sofia mas por eles mesmos no quarto Camila deitou-se sentindo um misto de alívio e Incerteza ela sabia que a Jornada seria longa mas pela
primeira vez em muito tempo sentia que havia esperança a manhã estava tranquila na casa de Rafael o som suave de passarinhos no quintal misturava-se Ao Cheiro de café recém passado Rafael estava na sala com Sofia ajudando-a a montar um quebra-cabeça enquanto Camila terminava de arrumar a cozinha era uma cena que meses atrás ele nunca imaginaria ser possível apesar disso algo em seu peito ainda pesava uma sombra do passado que insistia em se fazer presente enquanto colocava uma no lugar Rafael ouviu Passos leves no corredor quando levantou os olhos viu Helena parada perto da porta segurando
uma caixa de madeira seus olhos encontraram os do filho e havia algo diferente neles uma mistura de vulnerabilidade e determinação Rafael começou Helena com a voz mais firme do que o esperado preciso falar com você ele se levantou deixando Sofia entretida com o quebra-cabeça e caminhou até a mãe Camila apareceu na entrada dazinha percebendo que algo importante estava prestes a acontecer Helena olhou para a nora por um como reconhecesse sueni era inevit não disse nada eu guardei ISO por muitos anos disse Helena estendendo C para raael E durante todo ess temp achei que esta fazendo
o certo mas agora sei que só causei mais dor não posso mudar o que fiz mas quero que você tenha isso Rafael pegou a caixa com cuidado sentindo o peso simbólico do que havia dentro antes mesmo de abri-la ele caminhou até o sofá e se sentou com Helena e Camila observando Sofia curiosa levantou os olhos do quebra-cabeça mas ficou quieta percebendo o Tom sério no ambiente Rafael abriu a caixa devagar revelando seu conteúdo uma pilha de cartas algumas fotos antigas e pequenos objetos que ele não via há anos pegou a primeira carta reconhecendo imediatamente a
caligrafia de Camila seu coração apertou ao perceber que eram as correspondências que ela havia enviado no passado aquelas que Helena havia interceptado Ele abriu uma das cartas e começou a ler as palavras de Camila cheias de emoção e desespero pareciam saltar do Papel trazendo à tona tudo o que ele havia perdido Rafael sentiu os olhos marejarem mas não parou Ele leu outra e mais outra cada uma delas revelando pedaços de uma história que havia sido roubada dele eu pensei que estava te protegendo disse Helena Quebrando o Silêncio Mas vendo isso agora Percebo o quanto fui
egoísta eu não estava te protegendo Rafael estava protegendo a mim mesma da ideia de te perder para alguém que eu achava que não era boa o suficiente Rafael levantou os olhos da carta que segurava sua expressão carregada de Emoções você sabia que essas palavras eram importantes para mim você sabia o quanto elas podiam mudar tudo mas escolheu escondê-las por quê Helena respirou fundo tentando conter as lágrimas porque eu estava com medo medo de que você escolhesse um caminho que eu não podia controlar medo de que você se afastasse de mim para sempre mas foi isso
que aconteceu respondeu Rafael a voz baixa mas firme você me afastou mãe afastou a mim a Camila e mais importante a Sofia você tirou de mim a chance de ser pai desde o começo Camila que observava em silêncio aproximou-se devagar Helena eu não sei o que dizer não sei se consigo perdoar tudo isso mas talvez o fato de você estar aqui agora seja um começo Helena olhou para Camila surpresa com as palavras eu não espero o perdão de vocês disse com sinceridade mas espero que isso ajude vocês a encontrarem um caminho juntos é só isso
que eu quero agora Rafael colocou a carta de volta na caixa e passou a mão pelo rosto tentando organizar os pensamentos ele sabia que Helena estava arrependida mas também sabia que o perdão não viria de forma tão simples ainda assim o gesto dela era significativo e ele não podia ignorar isso obrigado por isso mãe disse ele finalmente não apaga o que aconteceu mas significa muito que você esteja tentando Helena assentiu parecendo aliviada ela olhou para Sofia que a observava atentamente e esboçou um sorriso você tem uma neta incrível Rafael e eu sou grata por ainda
ter a chance de fazer parte da vida dela mais tarde naquela noite Rafael e Camila sentaram-se juntos para revisar o conteúdo da Caixa cada carta cada foto cada pequeno objeto era uma peça de um quebra-cabeça que ambos tentavam montar há anos eles riram de algumas lembranças choraram com outras Mas acima de tudo sentiram que estavam finalmente começando a se libertar do peso do passado quando terminaram Rafael olhou para Camila e segurou sua mão eu quero tentar de verdade não só por Sofia mas por nós dois Porque apesar de tudo eu ainda acredito que podemos construir
algo juntos Camila sorriu apertando a mão dele eu também quero Rafael e desta vez vamos fazer isso da maneira certa naquela noite enquanto Sofia dormia e a cas mergulhava no silêncio Rafael sentiu algo que não sentia há muito tempo esperança não pelo passado mas pelo futuro que eles estavam começando a construir juntos a casa estava iluminada por luzes amareladas que emanavam da sala de jantar lá dentro a mesa estava repleta de pratos simples mas preparados com carinho Rafael estava sentado à cabeceira observando a cena diante dele Camila ao seu lado servia Sofia que falava sem
parar Sobre um trabalho da escola Helena sentada ao lado de Sofia parecia genuinamente animada algo que Rafael ainda estava se acostumando a ver e depois disso a professora disse que o meu desenho foi o mais bonito dizia Sofia gesticulando entusiasmada Ela até falou que vai colocar na parede da sala Helena sorriu inclinando-se ligeiramente eu sempre soube que você tinha talento talvez tenha herdado isso de mim sabia quando eu era jovem costumava fazer bordados lindos Sofia arregalou os olhos Você tem algum quero ver Infelizmente não tenho mais disse Helena com um toque de nostalgia mas posso
te ensinar algumas coisas se você quiser Rafael e Camila trocaram olhares cúmplices a convivência entre eles havia se transformado de uma maneira que parecia quase impossível meses atrás o passado ainda estava presente em pequenos momentos de hesitação ou ou conversas mais difíceis mas a família estava aprendendo a viver com ele sem deixar que as sombras roubassem o brilho do presente Camila passou a mão pelo braço de Rafael um gesto Sutil Mas cheio de significado Ela é Incrível não é disse baixinho referindo-se à filha ela é e de alguma forma ela conseguiu unir todos nós respondeu
Rafael sorrindo de lado enquanto a conversa na mesa continuava a campainha tocou o som ecoou pela casa cortando o clima de tranquilidade Rafael se levantou com um olhar curioso Quem será a essa hora talvez Marina tenha esquecido algo sugeriu Camila mas sua expressão também mostrava curiosidade Rafael caminhou até a porta e a abriu o ar frio da noite entrou na casa fazendo-o estremecer levemente não havia ninguém ali apenas um envelope branco no chão sem remetente mas com seu nome escrito à mão ele franziu o senho pegou o envelope fechou a porta Quem era perguntou Helena
da sala ninguém respondeu Rafael voltando para a mesa com o envelope nas mãos mas deixaram isso aqui Camila olhou para o papel com atenção sem remetente parece estranho deve ser alguma propaganda papai sugeriu Sofia animada demais para perceber o clima que começava a mudar Rafael abriu o envelope com cuidado havia apenas uma folha dentro dobrada ao meio ele a desdobrou e Leu as palavras que estavam ali eram simples mas carregadas de um peso que fez seu estômago revirar cuidado com quem confia ele ficou imóvel por alguns segundos lendo e relendo a frase Camila percebeu a
mudança em sua expressão e inclinou-se para pegar o papel O que foi Rafael entregou a folha sem dizer nada observando enquanto ela lia o rosto de Camila perdeu a cor e ela olhou para ele preocupada o que Isso quer dizer quem poderia ter enviado isso Helena que até então observava em silêncio pegou o papel das mãos de Camila e o leu sua expressão endureceu mas ela não disse nada de imediato Rafael percebeu algo no olhar da mãe algo que o incomodou profundamente você sabe de alguma coisa mãe perguntou ele com o Tom mais sério Helena
Balançou a cabeça mas seu olhar não encontrou o de Rafael não faço ideia mas pode ser alguém tentando mexer com vocês algum trote talvez Rafael não ficou convencido mãe isso não é algo que alguém escreve como um trote isso é específico e parece uma ameaça Sofia percebendo atenção ao seu redor perguntou curiosa o que está acontecendo Camila sorriu para a filha tentando aliviar o clima nada querida só um bilhete bobo vamos terminar de comer certo Sofia assentiu embora continuasse olhando para os adultos com idade Rafael colocou o papel de lado mas sua mente não conseguia
se afastar dele a frase Parecia ecoar em sua cabeça levantando perguntas que ele não conseguia responder mais tarde depois que Sofia foi colocada na cama Rafael e Camila sentaram-se na sala para discutir o bilhete Helena que havia subido para o quarto logo após o jantar também estava em seus pensamentos você acha que isso tem a ver com o passado perguntou Camila olhando para Rafael com preocupação eu não sei admitiu ele mas não consigo ignorar o fato de que minha mãe ficou estranha quando leu aquilo Camila Ficou pensativa por um momento antes de responder acha que
ela está escondendo alguma coisa eu não sei disse Rafael passando a mão pelo cabelo mas depois de tudo o que aconteceu não posso descartar essa possibilidade eles decidiram esperar até a manhã seguinte para confrontar Helena enquanto isso Rafael guardou o bilhete em um lugar seguro longe do alcance de Sofia ele sabia que aquela frase por mais simples que fosse tinha o potencial de desestabilizar tudo o que haviam construído na manhã seguinte enquanto Sofia estava na escola Rafael foi até o quarto de Helena ele bateu na porta e entrou quando ouviu o convite dela Helena estava
sentada em sua poltrona costurando algo mas parou quando viu a expressão no rosto do filho precisamos conversar disse Rafael Sem Rodeios colocou o trabalho de lado e cruzou as mãos no colo sobre o quê Rafael tirou o bilhete do bolso e entregou a ela sobre isso mãe você sabe de alguma coisa que eu não sei Helena leu o bilhete novamente sua expressão permanecendo neutra Rafael eu já disse ontem não sei quem enviou isso mas sabe de algo mais pressionou ele porque se souber é melhor me contar agora eu não quero mais Segredos nesta casa Helena
suspirou olhando para o bilhete por um longo momento antes de responder eu não sei quem enviou isso Rafael mas não posso negar que há coisas do passado que talvez possam ter gerado inimigos pessoas que não gostam de mim mas não achei que isso pudesse atingir você Rafael franziu o senho do que está falando mãe Helena hesitou Mas finalmente olhou para ele no passado quando interferi entre você e Camila eu criei problemas com algumas pessoas pessoas que não concordavam com as minhas escolhas não sei se isso tem relação mas talvez alguém esteja tentando reviver aquilo Rafael
sentiu um aperto no peito ele sabia que Helena tinha muito a responder mas não imaginava que sua interferência pudesse ter consequências tão amplas se alguém está tentando mexer conosco por causa do que você fez precisamos saber quem é disse Rafael e mãe dessa vez você precisa ser honesta Helena ass sentiu e Rafael saiu do quarto sentindo que aquilo era apenas o começo de algo maior ele sabia que a jornada para deixar o passado para trás ainda não havia terminado Enquanto isso o bilhete permanecia em sua mente como um lembrete de que o inesperado podia surgir
a qualquer momento e naquela noite fria enquanto as luzes da casa brilhavam no escuro havia uma sensação de que o futuro traria mais segredos à tona o passado pode ter deixado marcas mas o presente ainda estava envolto em mistérios que ninguém esperava
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