Na correria de hoje, todos nós pensamos demais, buscamos demais, queremos demais e esquecemos a alegria de apenas Ser. Torne-se consciente de Ser. Perceba profundamente que o momento presente é tudo que você tem.
Faça do Agora o foco principal da sua vida. Uma prática simples é a Presença ao caminhar. Da próxima vez que você caminhar de um lugar para o outro, pratique olhar e escutar sem pensar.
Você não precisa sempre conceituar, interpretar ou rotular tudo o que vem à sua consciência. Apenas olhe e escute, sem pensar. As pessoas precisam criar rótulos para tudo o que sentem, percebem, e para toda experiência.
Precisam de uma relação de gosto/não gosto com a vida, mantendo um conflito quase ininterrupto com situações e com pessoas. Será que isso é apenas um hábito que pode ser rompido? Não é preciso fazer nada.
Basta deixar que cada momento seja como é. Quando você aceita o que é, atinge um nível mais profundo. Nesse nível, seu estado interior não depende mais dos julgamentos feitos pela mente do que é bom ou ruim.
Quando você diz sim para todas as situações da vida, e aceita o momento presente como ele é, sente uma profunda paz interior. Este momento - agora - sempre foi e sempre será “pleno”, nada a fazer! Não interprete.
Apenas; Deixe que a Vida Seja. Eckhart Tolle. Há muito sofrimento e tristeza quando você acha que cada pensamento que passa por sua cabeça é verdadeiro.
Não são as situações que causam infelicidade, são os pensamentos a respeito das situações que deixam você infeliz. As interpretações que você faz, as histórias que conta para si mesmo é que deixam você infeliz. “As coisas em que estou pensando agora me deixam infeliz”.
Se conseguir constatar isso, você não se identifica com esses pensamentos. Conhecer a si mesmo como o Ser sob o pensador, o silêncio sob o barulho mental, o amor e a alegria por baixo da dor, é liberdade, salvação, iluminação. O ego desconhece que a fonte de toda a energia se encontra dentro de nós, por isso procura-a no exterior.
A voz dentro da cabeça que nunca para de falar transforma-se numa civilização que está obcecada pela forma, e por isso nada sabe da mais importante dimensão da existência humana: o sagrado, o silêncio, o que não tem forma, o divino. Largue mão do pensamento excessivo e veja como tudo muda. Quando deixamos de pôr compulsivamente letreiros nas coisas, quando largamos mão do apego à nossa história, tornamo-nos vivos para o momento presente.
A presença surge e vem substituir a noção conceptual do eu. Tornamo-nos muito simples. A necessidade de ser especial deixa de existir.
Tornamo-nos comuns. A essência da meditação é a quietude, tomar consciência dos espaços entre as palavras, e a conquista mais importante em nossas vidas é a capacidade de estar quieto. A sabedoria vem da capacidade de manter a calma e o silêncio interior.
Veja e ouça apenas. Não é preciso mais nada além disso. Manter a calma, olhando e ouvindo, ativa a inteligência real que existe dentro de você.
Deixe que a calma interior oriente suas palavras e ações. Quando estamos em silêncio, somos quem éramos antes de assumirmos temporariamente esta forma física e mental a que chamamos pessoa. Somos igualmente quem seremos quando a nossa forma desaparecer.
A aceitação e a entrega se tornam muito mais fáceis quando você percebe que todas as experiências são fugazes e se dá conta de que o mundo não pode te oferecer nada que tenha um valor permanente. Ao aceitar e entregar-se, você continua a conhecer pessoas e a se envolver em experiências e atividades, mas sem os desejos e medos do “eu” autocentrado. Você deixa de exigir que uma situação, uma pessoa, um lugar ou um fato te satisfaça ou te façam feliz.
A natureza imperfeita de tudo pode ser como é. A ironia é que, quando você deixa de fazer exigências impossíveis, todas as situações, pessoas, lugares e fatos ficam satisfatórios, harmoniosos, serenos e pacíficos. Há situações em que nenhuma resposta ou explicação satisfaz.
Nesses momentos a vida parece perder o sentido. Ou alguém em desespero pede sua ajuda e você não sabe o que fazer ou dizer. Mas quando você aceita plenamente que não sabe, desiste de lutar contra a resposta usando o pensamento de sua mente limitada.
Ao desistir, você permite que uma inteligência maior atue através de você. Até mesmo o pensamento pode se beneficiar disso, pois a inteligência maior flui pra dentro dele e o inspira. É necessário estar relaxado e em paz com a falta de entendimento, é assim que as respostas chegam.
Quando você deixa de resistir internamente, abre-se para a consciência livre de condicionamentos, que é infinitamente maior do que a mente humana. Essa vasta inteligência pode então se expressar através de você e ajudá-lo tanto por dentro quanto por fora. É por isso que, ao parar de resistir internamente, você costuma achar que as coisas melhoraram.
A vontade que fluirá naquilo que você faz não será mais ego-orientada. Portanto, a pequena vontade terá que ceder, para que uma vontade mais poderosa flua e possa lidar com a situação. Há um termo budista para isto, é “reta ação”, que só surge de um correto estado de consciência.
Porém, primeiro você deve deixar o ego para trás, antes de surgir a reta ação. O “eu” não se identifica mais com a forma – o pensamento ou a emoção – e você se reconhece como algo sem forma: o espaço da consciência. Agora – observe este momento.
Observe como a mente classifica esse momento e como esse processo de classificação, esse permanente ditar de sentenças, cria dor e infelicidade. Ao observar os mecanismos da mente, você sai para fora dos seus padrões de resistência e então poderá permitir que o momento presente seja. Isso lhe dará um vislumbre do estado interior livre de condições exteriores, do estado de verdadeira paz profunda.
Agora - aceite este momento tal como ele é. Entregue-se a esse momento, e não a uma história através da qual você interpreta esse momento. Entregar-se significa desistir de querer entender, e sentir-se bem com o que você não sabe.
Quando você se entrega, a noção que tem de si mesmo muda. O “eu” deixa de se identificar com uma reação ou um julgamento mental e passa a ser um espaço em torno dessa reação ou desse julgamento. Abra-se para essa consciência livre de condicionamentos.
Pratique olhar e escutar sem pensar. Mantenha a calma e o silêncio interior. Então, deixe que a vida seja.