Eu imagino que você tenha chegado a esse vídeo porque você tentou entender os conceitos de real simbólico e Imaginário na teoria lacaniana as diferenças entre esses três registros da experiência humana e não tenha conseguido lendo o próprio texto do Lacan além do texto de comentadores assistindo outros vídeos Então você chegou até aqui na esperança de Finalmente consegui entender as diferenças entre esses três conceitos real simbólico e Imaginário e esse é exatamente o meu objetivo com Este vídeo é ajudar você a entender essas diferenças portanto Aqui vai um display mera importante eu neste vídeo não me
preocuparei em mencionar referências em mencionar textos livros colocar aqui citações do próprio Lacan Este não é o propósito Eu não tenho o e de fazer um tratado sobre simbólico real e Imaginário não tem o objetivo de fazer uma exposição completa e exaustiva acerca desses conceitos Não o meu objetivo aqui é muito Modesto é apenas o de apresentar para você uma analogia que ajude você a entender esses conceitos para que você possa prosseguir os seus estudos dentro da teoria psicanalítica Beleza então esse é o propósito do vídeo eu vou apresentar aqui para você uma analogia uma
analogia para que você possa compreender o que são os registros do simbólico do real e do Imaginário veja só você vai imaginar uma estante de livros uma estante que contem 100 a beleza agora eu vou te fazer uma pergunta se nessa instante de cem livros eu pego um desses livros e tiro um desses livros da estante essa estante fica incompleta Pensa em um pouquinho eu tiro um livro da estante ela fica portanto com 99 livros ao retirar este livro eu estou deixando a estante incompleta a resposta correta é dupla sim e não do ponto de
vista do Real essa estante não está incompleta malucas Como assim você não tirou um livro a estante não ficou com 99 ela não tinha antes sem então é claro que a estante está em completa aí é que tá não do ponto de vista do real do registro do Real essa estante não está em completa do ponto de vista do Rio é o máximo que eu posso dizer é que essa estante está agora depois que eu tirei um livro dela ela está diferente de como ela estava quando este livro que eu tirei estava nela Então o
fato de tirar o livro torna essa estante diferente do seu estado anterior isso do ponto de vista do real do registro do Real E por que que eu não posso falar que no real essa estante está em completa porque completude e incompletude são ideias não são factos em outras palavras gente no real não existem coisas completas ou incompletas Somos Nós seres humanos que olhamos para as coisas e dizemos dizemos que elas estão completas ou incompletas É mas no real elas não estão nem uma coisa nem outra elas não estão nem completas e nem completas afinal
de contas a ideia de completude ela só faz sentido se eu tiver ao lado a ideia de um completude e vice-versa Óbvio eu só posso dizer que esse microfone está completo porque eu pressuponho eu trabalho com a ideia de que se eu tirar uma determinada parte deste microfone ele ficará incompleto da mesma forma se esse microfone estivesse sem a base eu poderia dizer que ele está incompleto mas só porque eu trabalho com o pressuposto de que o microfone só está completo Se ele tiver uma base tá entendendo completude e incompletudes são ideias ideias que dependem
uma da outra elas não existem no real na real nada está completo e nada está incompleto outro exemplo para você entender isso veja o professor lá na faculdade dá uma prova o aluno pega essa prova e responde a uma questão da prova e depois de responder essa questão ele olha e diz a minha resposta está completa aí ele Entrega a prova para o professor ou professora chega em casa e vai avaliar aquela prova e aí ele avalia e a resposta que o aluno deu para aquela questão está incompleta ou seja na cabeça do aluno a
resposta estava completa na cabeça do professor não porque porque na cabeça do aluno tudo o que era necessário ser colocado naquela questão ele colocou já na cabeça do professor ficou faltando alguma coisa portanto para o professor está incompleta e para o aluno está completa e nós estamos falando da mesma resposta a resposta é a mesma o que muda é a percepção na cabeça do aluno tá completa na cabeça do professor está em completa porque as percepções são diferentes porque aquilo que o aluno entende imagina como sendo uma resposta completa é diferente daquilo que o professor
imagina como sendo uma resposta completa Ou seja a gente só vai dizer que algo está completo ou incompleto dependendo do referencial de completude que a gente tem na cabeça e esse referencial portanto como está na nossa cabeça não está no real o real não nos diz quando uma coisa está completa ou incompleta isso vem da nossa cabeça ou seja vem daquilo que o Lacan chama de simbólico a estante que eu estou mencionando na analogia ela não tá dizendo para mim e completa traga para minha parte que está faltando ela não disse isso ela não diz
nada a estante não diz nada sou eu sou eu quem diga o coisa sobre a estante sou eu quem olha para estante digo se pensa em livros ela está completa se tem 99 ela está em completa entendeu no real não existe falta e nem completude o Real simplesmente é o que é eu só passo haver falta incompletude e completude a partir do momento em que eu introduzo Símbolos na minha relação com o Real símbolos por exemplo como os números o real não me diz que na estante tem 100 livros sou eu que vou nomeando cada
um desses e com o número diferente sou eu que vou dizendo um dois três quatro cinco seis e assim por diante o real não me diz que tem 100 livros ali sou eu que estou colocando essa simbolização no real essa representação numérica no real isso não tá lá sou eu que estou colocando tanto é assim se por exemplo uma pessoa for até a estante e retirar um livro e eu não ficar sabendo disso pode ser que eu chegue olhe para mesma instante que agora tem 99 livros e acredite que essa estante está completa porque porque
eu não contei todos os livros Então eu não sei que está faltando um eu só vou saber que está faltando um se eu contar Ou seja é a partir do momento em que eu introduzo o simbólico é a partir do momento em que o introduz essa representação numérica é que eu consigo observar a falta tô entendendo a falta é criada pelo simbólico não tem falta no real é só a partir do momento em que eu conto que eu poderei dizer que tá faltando um livro e aí que a gente entra no registro do Imaginário nós
estamos no registro do Imaginário que o registro da ilusão da ilusão na qual a gente cai em função do fato de nós representarmos o Real com o simbólico nós estamos no registro do Imaginário quando a gente olha para estante e diz com convicção acreditando que é assim no real esta estante está completa ou quando a gente olha e diz esta estante está incompleta ou da gente cai nessa ilusão de acreditar que aquilo que a gente representa que aquilo que a gente simboliza é o próprio real nós estamos no e do Imaginário é praticamente inevitável acontecer
isso é praticamente inevitável por exemplo eu acredito que eu sou psicólogo mas na verdade no real eu não sou psicólogo Psicólogo o nome é um termo que utilizo para me qualificar e esse termo só tem valor porque outras pessoas acreditam nisso mas no real eu não sou psicólogo é uma representação é simbólico Mas eu não deixo de acreditar e de viver a minha vida sofrendo os efeitos dessa simbolização isso Imaginário Essa ilusão necessária para a vida que Brota do fato de que a gente simboliza o real e depois meio que se esquece de que no
final das contas é só simbolização no caso da estante quando a gente olha e diz a estante está completa ou a gente Olhe diz a estante está incompleta Em ambos os casos nós estamos sendo i e pelas imagens de completude e incompletude que não vem do Real vem da nossa actividade simbólica da nossa atividade de contar da nossa atividade representar numericamente aqueles livros O que que a gente faz na terapia psicanalítica tendo em vista esses registros hora a gente ajuda o sujeito a desconstruir as suas ilusões imaginárias perceber que no final das contas elas são
um engodo produzido pela simbolização e como é que a gente faz isso ajudando o sujeito a discernir a perceber as engrenagens simbólicas nas quais aquelas ilusões estão fundadas é como se a gente dissesse para o sujeito assim olha se dê conta de que tudo isso em que você acredita e que você acha que são coisas assim extremamente reais Oi tá vez na sua vida no final das contas não passam de ilusões criadas pelo seu processo de simbolização por aquilo que você ouviu por aquilo que você disse pelas palavras pelos símbolos que perpassaram a sua vida
tudo isso é claro em meio à angústia gerada pelo Real que nos habita a gente fala de um real exterior mas existe também um real um terno o Real exterior ele se deixa a representar pelo simbólico a gente chega para estante e coloca números para representar cada um dos livros a gente faz isso com o Real exterior Mas com esse real e interno essa atividade de simbolização ela acaba sendo um suficiente porque esse real interno o real dos nossos impulsos o real do nossos e ele não a ficha representar completamente Então por mais que a
gente tem a ilusões acerca de quem nós somos de quais são as nossas convicções do que a gente precisa fazer para ser feliz por mais que nós tenhamos essas Ilusões O real que nos habita vai nos mostrando muitas vezes através do sintoma através da angústia que isso em que a gente acredita firmemente no fim das contas tem uma consistência uma natureza ilusória produzida pelo fato de que nós somos seres simbólicos seres que representam aquilo que vivem por meio de símbolos e que acabam inevitavelmente acreditando no produto dessa simbolização hoje espero ter ficado um pouco mais
claro para você esse é um tema extremamente abstrato talvez você vai precisar rever esse vídeo mais uma ou duas vezes para conseguir a usar a linha de raciocínio mas espero que tenha ajudado você a compreender essa distinção mas se você chegou até o final desse vídeo eu Suponho que você goste de psicanálise por isso que eu vou fazer um convite para você eu tenho uma comunidade online exclusiva para pessoas que querem se aprofundar no estudo da teoria psicanalítica o nome dela é Confraria analítica quem participa dessa comunidade toda segunda-feira às 8 horas da noite tem
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campo psicanalítico Muitas pessoas têm obtido uma avanço e gigantesco na sua atuação Clínica depois de se tornarem membros da Confraria analítica bom você deve estar pensando que para participar dessa comunidade você vai pagar em milhares de reais né nada disso o objetivo é democratizar o acesso ao conhecimento psicanalítico por isso você vai pagar apenas o valor mensal de 39 e 99 É isso mesmo uma assinatura mensal tipo Netflix Amazon Prime tipo essas assinaturas de stream de 39 e 99 por meia só isso que você vai pagar para ter acesso a esse Manancial de conteúdo são
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coloquei nesse vídeo de hoje beleza pessoal então eu agradeço a sua participação e te encontro no próximo vídeo grande abraço tchau tchau E aí [Música]