UMA BREVE HISTÓRIA DA HUMANIDADE

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Ponto em Comum
Quando os primeiro homo sapiens surgiram a humanidade era constituída por cinco espécies humanas: a ...
Video Transcript:
Centenas de milhares de anos atrás, os  primeiros seres da nossa espécie surgiram. Viviam num mundo inteiramente diferente do que  nós temos hoje, sem tecnologia, sem medicina, sem as regalias de uma civilização avançada. Eram apenas uma espécie de animal qualquer que habitava o nosso planeta, que precisava  lidar com uma grande escassez de recursos e escapar de predadores.
Mas… como nós conseguimos chegar até aqui? Nossa história começa entre trezentos  e trinta e duzentos mil anos atrás, na África. Ali surgiram os primeiros homo sapiens.
Esses foram os primeiros humanos anatomicamente modernos, o que significa que a anatomia deles  era a mesma da que nós temos hoje, apesar de seu comportamento não ser necessariamente igual  ao nosso… eles talvez não assistissem youtube. Todos os homo sapiens tinham a pele negra. A  seleção natural favoreceu essa característica por causa da alta incidência de raios solares,  o que podia ser prejudicial à pele dos humanos.
Aqueles todos eram membros da nossa espécie.  Porém, a linhagem de onde todos os humanos de hoje descendem é ainda mais recente. Ela  surgiu há apenas cerca de cento e sessenta a cento e cinquenta mil anos atrás, na Etiópia.
Quando nossa espécie surgiu, ela conviveu com outras quatro espécies de humanos diferentes:  os homo erectus, homo neanderthalensis, homo denisova e homo florensiensis. Porém,  o primeiro a desaparecer foi o Homo Erectus. O último registro dele data de cento e vinte mil  anos atrás.
E apesar de não estarem mais aqui, eles são até hoje a espécie humana mais duradoura. Além do Homo Erectus, nossa espécie ainda chegou a conviver com neandertais. Os primeiros registros  deles são de pelo menos cem mil anos mais antigos que os dos homo sapiens.
E algumas evidências  genéticas indicam que pode ter havido um cruzamento entre essas duas espécies… Sim, seu tatatatatatatatataravô pode ter sido um neandertal. Nossa espécie, a partir do encontro com neandertais, começou uma grande  jornada épica que se estendeu por milênios. Nós pisamos fora do continente-mãe e  começamos a nos dispersar pelo globo.
A habilidade de navegação fez muita  diferença pra nossa espécie. Por conta dela, nós conseguimos continuar nos expandindo e há cerca de oitenta e cinco mil anos, conseguimos contornar a costa sul da Ásia,  ocupar o Sri Lanka e chegar até a Índia. Tudo parecia estar indo bem pros homo sapiens, mas  todo esse progresso quase foi posto a perder.
Isso porque uma enorme erupção vulcânica aconteceu   há setenta e quatro mil anos. Foi a erupção do Vulcão Toba… sim, Toba. É Toba o nome do vulcão.
Esse evento causou um inverno vulcânico que quase foi catastrófico pra humanidade. Antes  dela, estima-se que já existiam centenas de milhares de seres humanos, mas os efeitos dessa  erupção foram tão destruidores que sobraram apenas cerca de vinte mil adultos no mundo. .
. Aqui no meu bairro talvez tenha mais do que isso. A história da humanidade poderia ter acabado  ali.
A aventura humana na Terra podia ter morrido precocemente. Mas, por incrível  que pareça, nossos ancestrais conseguiram passar por esse gargalo e sobreviver. Com essa continuação da humanidade, foi possível se aproveitar de uma baixa no nível  do mar e conseguir atravessar até a Oceania, onde lá nos misturamos mais uma vez com outra  espécie humana.
Dessa vez, os denisovanos. Entre cinquenta e quarenta mil anos atrás,  aconteceu a extinção do homo floresiensis na Indonésia. Mas nesse mesmo período, o homo  sapiens chegou à Europa pela primeira vez, se espalhando pela Península Ibérica.
E a expansão dos homo sapiens não parou aí. Nossa espécie tomou completamente o Oriente  Médio, chegou à Sibéria e deixou os neandertais restritos ao território da Mongólia. A partir daí, a coisa não foi muito boa pros neandertais: depois do contato  com o homo sapiens, levou apenas dois mil anos pra eles serem totalmente extintos.
Entre quarenta e trinta mil anos atrás, começaram a surgir os primeiros indícios de que a sociedade  do homo sapiens estava indo muito bem, pra apenas mais um animal nesse grande e hostil planeta. E finalmente nós começamos a migrar cada vez mais para o leste. Conseguimos chegar até o  Japão e, ao mesmo tempo, também temos os últimos registros dos homo denisovanos, o que significa  que a partir desse momento, nós nos tornamos a única espécie humana viva no mundo.
Trinta mil anos atrás, o mundo era bem diferente do que nós vemos hoje. O  gelo cobria a Europa e o Oeste Asiático, [OFF] o mar tinha níveis mais baixos e  expunha a ponte terrestre de Bering. Essa foi a oportunidade que os humanos tiveram  pra que pudessem migrar para as Américas.
E uns dez mil anos depois, já começamos a  criar ferramentas mais leves e refinadas, dando início à cultura mesolítica. Seguindo da América do Norte, nós nos espalhamos pelo México, que era conectado a  ilhas do Caribe, e chegamos até a América do Sul. Entre catorze e doze mil anos atrás, já  estamos em um período muito recente na história do planeta e da humanidade.
Foi só aí que houve o aparecimento da pele clara na espécie humana. O aparecimento da pele branca parece ter surgido em ambientes de alta latitude,  devido a menor incidência de luz solar, já que a pele escura nesses ambientes  dificultaria a absorção de raios ultravioletas, que ajudam na produção de vitamina D. Entre doze e dez mil anos atrás, entramos no Holoceno e surgiu  uma nova cultura: a neolítica.
Com ela, veio a agricultura, algo  que mudaria para sempre a história da humanidade. Passamos a domesticar bois,  outros animais e a cultivar muitas plantas. Possivelmente um dos primeiros  lugares a praticar a agricultura foi na região do Crescente Fértil, onde as condições  climáticas e ambientais foram mais favoráveis.
E de lá essa cultura se espalhou, porém  às vezes surgindo de forma independente. Em seguida, começaram a surgir as  nossas primeiras cidades. A mais antiga delas ficava na Anatólia, mas também  surgiram cidades no Iraque e na Palestina.
Entre seis e cinco mil anos atrás,  a Idade do Bronze começou. Esse período se chama assim porque os humanos  descobriram a fundição de metais em fogo. E entre cinco e quatro mil anos atrás, alguns  dos monumentos mais conhecidos pela humanidade foram construídos, como a primeira pirâmide do  Egito e o Stonehenge… o que deve ter rendido uns selfies legais pra quem viveu naquela época.
Mil anos mais tarde, entramos na Idade do Ferro. O império egípcio se expandiu, a civilização  maia começou onde hoje fica o México, depois foi construída a Grande Muralha da China, estavam  sendo desenhadas as linhas de Nazca no Peru, e os humanos chegam a uma remota  ilha, o último refúgio dos mamutes, e ajudam a extinguir essa espécie… é, nós somos bons em destruir coisas. Mil anos atrás, nós finalmente chegamos à última  grande ilha do planeta até então inabitada por humanos, a Nova Zelândia.
Porém, mais uma vez, a vida humana nesse planeta foi ameaçada. No século treze, uma doença se espalhou pelo mundo, dizimando entre trinta e sessenta  por cento da população do norte da África, Oriente Médio, Europa e China. Ela  ficou conhecida como a peste negra.
Nas Américas, mais especificamente no México,  o Império Asteca chegava ao seu ápice, assim como o Império Inca. Eles chegaram a  atingir doze milhões de habitantes cada um… o que é gente pra caramba. Mas um dos momentos históricos que mais impactou a humanidade estava prestes a  acontecer: as grandes navegações fizeram com que os europeus se espalhassem pelo mundo.
Porém,  essa expansão veio com um preço muito caro. Foi aí que começou um dos capítulos mais tristes  da história recente da humanidade, o tráfico de pessoas escravizadas, retiradas contra a sua  vontade da África e levadas principalmente pras Américas. Foram cerca de doze milhões de  pessoas traficadas em cerca de quatrocentos anos.
As grandes navegações também acabaram  levando ao fim do Império Asteca, Inca, e dos povos indígenas no Brasil. Cerca de oitenta por cento da população nesses lugares foi morta em apenas cem anos. Entre duzentos e cento e trinta anos atrás, começa a Revolução Industrial.
A terra começa  a esquentar de uma forma muito mais rápida em comparação com os ciclos anteriores. Nesse  período, houve o fim da escravidão das Américas, e a migração pra lá se intensificou. Nós também alcançamos a Antártica e depois, em mil novecentos e onze, nós  chegamos ao polo sul geográfico.
Esse momento marca a chegada dos seres humanos  a absolutamente todos os cantos do planeta. O impacto dos humanos no meio ambiente é  tão sentido que nós inauguramos o período chamado antropoceno, ali por volta do ano  de mil novecentos e quarenta e cinco, com a explosão da primeira bomba atômica. E há apenas cinquenta anos, nós alcançamos onde nenhum outro ser vivo na  história do planeta conseguiu alcançar.
Nossos avanços tecnológicos nos permitiram pisar  na superfície da lua, um lugar onde aqueles primeiros homo sapiens jamais sonharam em  chegar nos seus sonhos mais ambiciosos. Com tantos avanços tecnológicos, e com  uma população tão grande e espalhada pelo planeta inteiro, a humanidade causou impactos  ambientais severos e aprofundou crises climáticas. Por conta do impacto que nós causamos, nosso  planeta hoje sofre com aquecimento global, contaminação por plástico, efeito estufa  e até a destruição da camada de ozônio.
Nós dizimamos outras espécies de animais e  até nossa própria espécie na corrida pelo desenvolvimento tecnológico e pela riqueza. No decorrer da nossa evolução e expansão pelo mundo, nós perdemos a conexão com as nossas  origens, e causamos tantas alterações no planeta que estamos levando à sua destruição. Talvez olhando pro que nós somos hoje seja muito difícil enxergar isso, mas, no final  das contas, nós somos apenas mais um animal qualquer que habita esse planeta.
E talvez  seja justamente recuperar essa noção que possa salvar a humanidade da sua autodestruição. Saber de onde viemos e como chegamos até aqui nos faz lembrar quem nós somos, e como nós,  assim como tantas outras espécies, precisamos de um planeta equilibrado pra sobreviver. Porque na realidade não existe distinção entre humanos e natureza.
Nós somos um  só, e nós precisamos lembrar que não existe humanidade sem uma casa pra morar. E quem mora na Antártica pode com o gelo ver supernovas, agora pra saber como  isso é possível, basta clicar bem aqui! Deixa o seu like e comenta aqui embaixo “com  grandes migrações vêm grandes responsabilidades” se você chegou até aqui nesse vídeo do  maior canal de ciência do nordeste!
Tchau!
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