PALESTRA CRF-PR: "Marcadores Renais e Hepáticos"

44.12k views4884 WordsCopy TextShare
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
Palestra sobre Análises Clínicas - "Marcadores Renais - Marcadores Hepáticos" - Dra. Mauren Isfer
Video Transcript:
[Música] Olá eu me chamo Mauren isang geben e a aula de hoje vai ser sobre marcadores hepáticos laboratoriais vamos começar então com uma pequena revisão sobre o órgão o fígado é o maior órgão interno do corpo humano ele pesa cerca de 1 Kg a 1 kg e meio dependendo do sexo masculino ou feminino e ele está localizado no quadrante superior direito do abdômen o fígado então ele é dividido em lóbulos lóbulo direito lóbulo esquerdo O lóbulo caudado O lóbulo quadrado e ele recebe então a porte sanguíneo da veia porta Portal hepática e da artéria Ática
esse sangue então que é recebido pelo fígado pelo fígado ele vai circular pelos lóbulos e vai sair do fígado então pela e veia cava inferior o hepatócito é a principal célula do fígado é uma o hepatócito é uma célula parenquimal e a junção então desses hepatócitos e forma os glóbulos hepáticos o sangue que chega no fígado pela artéria hepática e pela veia porta ele cai nos sinusoides que são capilares revestidos Então por células epiteliais né denominadas células sinusoidais a célula eh sinusoidal então aqui que reveste esse capilar ela está esse espaço que está entre essa
célula e o hepatócito é denominado ou conhecido como espaço de disce o hepatócito na no seu ápice é onde ocorre a secreção então da bilirrubina através dos canalículos biliares como vocês podem ver aqui nessas imagens a bilha então excretada através desses canalículos a superfície basolateral do hepatócito aqui representada na imagem ela está em contato então com esse espaço e fica em contato também com sinusoides e com as células sinusoidais e é aqui que ocorre então absorção e secreção de substâncias o fígado ainda tem uma população de células denominadas células de cfer aqui representada E essas
células são como os macrófagos eh hepáticos o fígado é um um órgão extremamente multifuncional ele faz metabolismo de diversas substâncias como por exemplo eh glicose regula então o metabolismo da glicose ele faz síntese de diversas substâncias como basicamente todas as proteínas fatores de coagulação por exemplo ele faz secreção de substâncias como a bilirrubina Além disso o fígado ele detoxic algumas substâncias como fármacos drogas e toxinas e armazena outras como vitaminas e ferro então em resumo eh o fígado desempenha funções endócrinas e exócrinas ele é extremamente importante então na biossíntese de moléculas na degradação dessas moléculas
né detoxic de moléculas e ele serve também como um filtro e um reservatório sanguíneo é um órgão extremamente eficiente Existem várias doenças hepáticas ou hepatopatias e eu vou citar algumas delas aqui que a gente vai comentar mais de de forma um pouquinho mais aprofundada em relação aos marcadores laboratoriais uma das doenças hepáticas bastante conhecid bastante conhecidas são as hepatites elas podem ter uma causa infecciosa um agente infeccioso causando hepatite as hepatites virais são as mais conhecidas ou elas podem ser hepatites de causa não infecciosa um exemplo hepatite alcoólica existem doenças metabólicas onde o fígado tá
envolvido existem doenças autoimunes por por exemplo hepatite autoimune e existem tumores envolvendo o fígado né como os carcinomas hepatocelulares e a cirrose a cirrose na verdade é uma fibrose do tecido hepático e a causa primária da cirrose pode ser várias dessas situações anteriormente citadas essa imagem mostra o aspecto macroscópico de um fígado e aqui a gente tem uma parte que mostra um fígado normal nós temos aqui em amarelo a representação então de um fígado gorduroso ou uma esteatose hepática existem situações onde a gente tem obstrução hepática né E esse Rose por conta disso então a
gente nota uma um aspecto macroscópico diferente do fígado e em casos onde temos o tumor hepático o aspecto macroscópico do fígado também fica AL o fígado ele é um órgão extremamente eficiente porque cerca de 90% dele precisa estar comprometido para nós termos algum sinal ou alguma manifestação Clínica ou seja o fígado ele pode desempenhar bem as suas funções mesmo estando 90% 80 90% comprometido quando Essas funções e Essas manifestações aparecem por isso que demoram para aparecer ela elas podem aparecer e as seguintes manifestações icterícia a icterícia nada mais é do que o amarelamento da pele
dos olhos devido ao acúmulo da bilirrubina no sangue a hipertensão Portal que é um aumento então da resistência do fluxo sanguíneo Portal e essa resistência acaba desenvolvendo uma circulação colateral essas veias então que são formadas elas podem se dilatar podem romper b e isso pode causar hemorragia e morte quando você tem um quadro muito grave de hipertensão Portal uma outra manifestação que é possível de ser vista é acite que é o acúmulo de água então no no de líquidos na cavidade peritoneal ainda nós podemos ter o desenvolvimento de encefalopatia hepática como o fígado não consegue
detoxic por estar comprometido substâncias como amônia a Mônia É tóxica e ela pode se depositar em tecidos como o cérebro então sendo tóxica ela vai causar torpor ela pode causar confusão mental ela pode causar então um edema cerebral levar a coma e até a morte outras manifestações clínicas que são possíveis de ser encontradas num comprometimento hepático são a normalidades sanguíneas na aqui nós podemos ter uma uma alteração na célula sang inas trombocitopenia leucopenia por conta então da visceromegalia que pode estar relacionada com o comprometimento hepático por exemplo uma esplenomegalia levando esses essas alterações ainda eu
posso ter alterações de coagulação por falta de síntese dos fatores de coagulação E aí então eu tenho alterações na coagulação sanguínea do paciente o que eu posso encontrar também no paciente com comprometimento hepático é uma urina bastante escura devido a presença de bilirubina direta que é solúvel nessa urina do paciente eu também posso ter feses Claras Claras demais por falta do pigmento que dá cor característica às fezes esse pigmento é um do metabólito da bilirrubina então eu posso ter fezes Claras que a gente eh denomina de acolia fecal também eu posso encontrar num paciente com
doença hepática um edema periférico importante quanto pior for o comprometimento hepático dele pior vai ser a síntese da Albumina E aí temos tendo hipo albuminemia nós podemos ter um edema periférico e ainda podemos ter a dor abdominal pelo aumento do órgão né Pat megalia eh os testes laboratoriais que normalmente são dosados no laboratório eles são erroneamente denominados de testes de função hepática nós temos poucos testes que são realmente para avaliar a função hepática a maioria dos Testes avalia então o dano celular que é causado numa doença hepática então testes de função hepática ou marcadores de
função hepática Quem são a Albumina as bilirrubinas e o tempo de protrombina Por quê a função do fígado então na síntese dessas moléculas como Albumina e protrombina podem ser detectadas e a secreção que também é uma função do fígado secreção de bilirrubina a gente também pode avaliar Ainda temos outros marcadores hepáticos um marcador bastante conhecido para dano celular são as transaminases são marcadores de dano celular E também temos marcadores de obstrução ou também denominado de colestase esses marcadores bastante conhecidos são as enzimas fosfatas alcalina e Gama GT a albumina é a proteína plasmática mais abundante
que nós temos e ela é sintetizada no fígado então num quadro de hipoalbuminemia com hipo albuminúria ou seja Albumina está baixa tanto no sangue quanto na urina nós temos um indicativo muito forte de problema na síntese dessa proteína então nós temos um indicativo muito forte de redução na função hepática a Albumina a dosagem da albumina é bastante útil então na avaliação de doenças hepáticas crônicas Por que não tão eh não é tão eficiente nas doenças agudas como hepatites agudas e colestasis porque nessas situações ela vai se encontrar normal a gente tem uma diminuição bem significativa
depois de um tempo de uma doença crônica onde a síntese Então vai estar prejudicada e a concentração plasmática vai estar reduzida Aqui nós temos um valor de referência bem usual de Albumina plasmática outro marcador então de função hepática é a bilirrubina ou as dosagens de bilirrubinas a bilirrubina to total e suas frações na bilirrubina eh o que que nós vamos avaliar nós vamos avaliar a capacidade do fígado em secretar este produto a bilirrubina é um produto de degradação do M da hemoglobina ele é um pigmento Amarelo então a rubina formada no baço ela vai circular
no sangue ela vai chegar ao fígado onde ela vai ser conjugada ou processada e vai ser eliminada pela bile nós temos a bilirrubina direta e a bilirrubina indireta a bilirrubina Total nada mais é então do que a soma dessas duas frações a bilirrubina direta é aquela bilirrubina que foi conjugada no fígado então a bilirrubina conjugada é a direta e a bilirrubina do baço aquela que não é conjugada ela é denominada então de bilirrubina indireta bilirrubina indireta ou bilirrubina não conjugada a bilirrubina direta tem a característica de ser solúvel e sendo solúvel ela pode aparecer na
urina na urina e os seus metabólitos Então vão estar presentes na urina e depois a gente também vai ter uma parte dela sendo eh aparecendo nas feses como eu citei anteriormente então a gente pode dosar eh bilirrubina também na urina E se ela estiver presente na urina e o urobilinogênio ausente na urina fala muito a favor de uma icterícia obstrutiva Agora se a gente tem presente tanto a bilirrubina quanto o urobilinogênio na urina isso fala muito a favor de uma hequiterícia hemolítica temos aqui um valor de referência prop posto que gira em torno de 02
a 1,2 por dcil de bilirubina no plasma e um outro teste que pode ser feito para valar a função hepática é o teste de tempo de protrombina é um teste de coagulação esse teste vai avaliar quanto tempo leva para se formar um coágulo no sangue ele vai avaliar então a ação dos fatores de coagulação vitamina K dependentes que são o fator 2 o fator 7 o fator 9 e o fator 10 se esses fatores são então sintetizados pelo fígado e eu tenho um problema hepático é possível que eu tenho ausência desses fatores nesse caso o
teste de tempo de protombina ele vai estar prolongado maior do que o valor de referência proposto pelo kit isso então avalia se o paciente tem ou não uma doença hepática Principalmente as paren mais agora nós temos marcadores de dano C eu não vou avaliar basicamente a função do rim do do fígado perdão eu vou avaliar o quanto as células os hepatócitos estão danificados então uma enzima bastante utilizada para isso é a nossa conhecida aste aspartato aminotransferase também e denominada como TGO ou transaminase glutâmico oxalacética as ou TGO então a as é uma enzima que não
é específica do fígado porque ela é encontrada em várias células como células cardíacas Mas ela é bastante encontrada nas células hepáticas e é por isso que a gente pode utilizar então para avaliar o dano hepatocelular onde é que a as está presente dentro do hepatócito ela está presente tanto no citoplasma do hepatócito quanto na mitocôndria dos hepatócitos aqui eu coloquei um valor de referência sugeria um valor de referência Isso muda um pouco dependendo do kit mas em torno de 10 a 40 unidades por litro essa é a nossa enzima as e temos a Alt que
é uma outra transferase aminotransferase bastante utilizada para marcador de dano celular a Alt ela também é conhecida como TGP transaminase glutâmico pirúvica e ela é encontrada em várias células então ela não é específica do fígado mas ela é muito encontrada dentro do des hepatócitos comparando com a aste a Alt ela é mais específica pro fígado ela está lá no citoplasma dos hepatócitos então uma lesão mais Severa a gente tem um aumento muito grande eh de á de Alt perdão nos no na dosagem sanguínea o tempo de meia vida da Alt também é muito maior do
que a da aste e isso o torna um marcador um pouco mais específico para dano seu cular hepático aqui também temos um valor de referência muito parecido com o da AST muda pouca coisa nós nunca avaliamos essas enzimas de forma isolada porque a gente pode ter situações Onde tem um aumento da enzima mas esse aumento ele não necessariamente fala a favor de um dano hepático se a gente pensar no valor de referência máximo vamos usar aqui o valor de 40 unidades por litro e eu tiver um aumento menor do que três vezes esse valor máximo
ou seja valores até 120 ou 150 unidades por litro eu posso pensar em lesão mas em outro órgão né Lembrando que elas não são específicas do fígado agora valores acima de três vezes o valor de referência máximo dessas enzimas falam muito a favor de um comprometimento ou de um dano hepático aqui eu coloquei algumas análises né alguns raciocínios se nós tivemos um valor de referência acima de 20 vezes o valor de referência máximo dessas enzimas é muito possível que eu tenha um comprometimento hepático por causa viral ou toxinas então um exemplo muito clássico aqui são
as hepatites virais normalmente elas eh quando nós fazemos a dosagem desses marcadores as al em pacientes com Hepatite viral O valor está acima de 1000 ou 2000 unidades e por litro eh se nós fazemos a dosagem dessas enzimas e elas ficam em torno de 500 a 1000 unidades por lro eu já não penso mais num comprometimento viral eu penso numa situação de obstrução ou colestase certo o aumento aconteceu o dano celular aconteceu em virtude de uma obstrução biliar em situações que nós temos o valor acima de 150 mas não superior a 300 unidades por litro
eu devo pensar então em quadros de hepatite alcoólica em quadros crônicos né que esse aumento não é tão exacerbado quanto no quadro nos quadros Agudos uma obstrução também pode acontecer isso e em quadros de cirrose inclusive em alguns pacientes com cirrose os valores podem estar próximos do normal uma outra coisa que nós podemos avaliar também em relação a esses dois marcadores é fazer uma relação as out essa relação nas pessoas pessas normais ela gira em torno de 0,8 então se nós dos as duas enzimas e a relação tá acima de dois e cada uma delas
tá menor do que 300 unidades por litro isso fala muito a favor de uma cirrose hepática ou até de uma hepatite alcoólica mas se cada uma dessas a relação estiver acima de dois mas cada uma dessas estiver acima de 500 aí eu penso que não é né Eu excluo provavelmente não seja um quadro e alcoólico uma hepatite alcoólica outros marcadores hepáticos que eu posso dosar são marcadores de obstrução ou de colestase e Aqui nós temos basicamente duas enzimas que são muito dosadas a fosfatas alcalina e a Gama GT a fosfatas alcalina ela é uma enzima
encontrada em diversas células notem que todas essas enzimas elas não são específicas do fígado mas nós temos bastante no fígado e nos ductos biliares é por isso que ela é um bom marcador de obstrução biliar e também nós temos bastante fosfatas alcalina em ossos sendo assim nós temos que entender que o valor de referência para um adulto é diferente de um valor de referência para criança criança tem valor de fatas alcalina maior do que de adulto e gestantes também porque existem isoformas ósseas e isoformas placentar áreas que estão aumentado nessas duas situações que são fisiológicas
né na criança e no adolescente nós temos fosfatase aumentada e na gestante também agora num adulto normal que não seja uma um adulto que não seja uma mulher gestante por exemplo se você tiver um aumento do valor de referência que eu coloquei aqui um valor proposto também tem duas situações ou essa pessoa pode ter uma doença hepática obstrutiva ou essa pessoa pode ter algum comprometimento Ócio então é o marcador que pode auxiliar nesse raciocínio e a Gama GT ou ggt ou Gama glutamil transferase como a gente denomina essa enzima ela é uma enzima encontrada em
diversas células também como pâncreas rins mas é encontrada no fígado e nas vias biliares isso torna ela um bom marcador então de obstrução ou colestase ela vai tá aumentada em situações como as anteriores né em doenças hepáticas obstrutivas e aqui a gente pode utilizar a Gama GT também para verificar quadros de hepatite alcoólica então a gente fala que a Gama GT é uma enzima marcadora de etilismo crônico ela é induzida pela pelo álcool o álcool eh estimula a síntese de Gama GT mas existem Outras Drogas inclusive fármacos bastante utilizados pela população em geral que também
estimulam a secreção de Gama GT como é o caso do par mol Então deve ser avaliado isoladamente ela um pouco aumentada ela tem que ser avaliada de uma maneira bem eh bem criteriosa aqui eu coloquei alguns valores de referência propostos depende da metodologia o valor pode mudar química seca o valor de referência é mais alto química líquida o valor de referência é um pouquinho mais baixo existe ainda uma outra enzima que não é tão frequentemente dosada no laboratório mas ela tem a mesma utilidade clínica da fosfatase alcalina e da Gama GT ela é a cinco
nucleotidase essa enzima aqui é uma enzima ligada à membrana de diversas células Inclusive das células da árvore biliar e ela o raciocínio clínico é o mesmo que a gente tem em relação a fosfatase alcalina e a Gama GT ela é um marcador de obstrução e ela vai est aumentada então em doenças hepáticas obstrutivas a vantagem dela sobre a Gama GT seria o fato dela não sofrer indução por fármacos como o paracetamol que é um fármaco bastante utilizado muito bem nós falamos então que eí é esse amarelamento da pele dos Olhos em virtude do acúmulo da
bilirrubina então a eí ela pode ter várias causas uma delas é o aumento na produção da bilirrubina eu tenho a bilirubina acumulando Porque a produção está aumentada então o exemplo clássico são as icterícias hemolíticas doenças hemolíticas que fazem com que a imá se rompa E você tem então mais disponível o m para produzir bilirubina em casos de reabsorção de hematomas extensos é a mesma situação você vai ter muito disponível eh o a matéria prima para produzir a bilirubina eu posso ter uma equiter devido a um problema na conjugação da bilirrubina lembrando que a bilirrubina conjugada
direta a bilirrubina não conjugada é a indireta aquela que vem do Basso o que que causa isso essas essa esse essa conjugação prejudicada vários defeitos genéticos já foram descritos E no caso da hequiterícia Neonatal pela imaturidade do hepatócito do recém-nato pode acontecer então quadros de icterícia bastante intensos e uma outra causa de icterícia é são prejudicada então aqui eu não tenho problema nem na produção nem na conjugação mas na hora de excretar a bilirubina através daqueles canalículos mostrados lá nas primeiras imagens eu tenho um problema e essa excreção então é prejudicada normalmente acontece isso em
quadros de obstrução biliar ou por cálculo biliar ou por um tumor essa tabela aqui então resume de uma forma muito simples eh a de que forma eu vou encontrar os meus marcadores bioquímicos laboratoriais frente a diferentes tipos de icterícia Então vamos começar aqui com a primeira coluna icterícia hemolítica então o problema é pré-hepática problema na produção da bilirrubina o que que eu encontro de bilirrubina sérica uma bilirrubina aumentada as custas da bilirrubina indireta certo na urina essa bilirrubina não vai aparecer porque se eu tenho aumento da bilirrubina que não é solúvel ela não aparece na
urina o urobilinogênio nesse caso vai estar aumentado e a e as minhas enzimas a al que são marcadores de dano celular vão estar normais eu não tenho problema no hepatócito o meu problema é pré-hepática e a fotas alcalina também normal eu não tenho obstrução aqui nessa outra coluna onde a gente tem tem icterícia obstrutiva eu tenho um problema que é pós hepático depois do hepatócito Então vamos pensar naquelas situações um tumor hepático né e uma obstrução coledocolitíase nesses casos aqui o meu problema é depois do hepatócito a bilirrubina que vai estar aumentada no sangue dentre
a bilirrubina direta e a indireta é a bilirubina direta porque conjugou mas ela não consegue ser secretada então a aqui a gente tem aumento da bile direta na urina ela vai estar presente porque ela é solúvel o urub bilinogenio vai estar normal Lembrando que a tira detecta só quantidades aumentadas e não diminuídas então aqui nós teremos uma quantificação normal de urub bilinogenio e as minhas enzimas de dano celular podem estar um pouquinho aumentadas mas com certeza as enzimas marcadoras de obstrução estarão aumentadas fosfatas alcalina Gama GT estarão aumentadas na última coluna que nós temos a
eí hepática o problema é intra hepático né dentro dos hepatócitos aí eu posso ter aumento das duas bilirrubinas tanto a direta quanto a indireta tendo bilirrubina direta bastante aumentada ela vai aparecer na urina a dosagem do do urobilinogênio aqui pode ser normal diminuída eventualmente aumentada Mas normalmente ela é normal o dano é no fígado Então os marcadores de dano celulares estarão aumentados como a AST e a Alt e a fosfatas alcalina também vai estar aumentada essas imagens então Eh resumem as situações fisiopatológicas onde ocorre hiperbilirubinemia e por consequência icterícia só para relembrar que a icterícia
ela é visível clinicamente detectável quando o paciente tem uma e rubina Total acima de 2 2,5 ou 3 MG por decil aí é visível os olhos ficam bem amarelados a pele fica amarelada isso fica mais visível bilirrubinas levemente aumentadas acabam não causando A eí então nessa primeira imagem aqui nós vemos uma produção normal de bilirubina vejam a produção está identificada aqui né esse é um hepatócito aqui um canalículo biliar como nós mostramos numa imagem interior a bilirrubina entra no hepatócito Porque a produção é normal ela conjuga normalmente dentro do hepatócito essa conjugação acontece normalmente e
a bilirrubina conjugada que é direta ela é secretada normalmente nós não temos problemas nem na produção nem na conjugação e nem na secreção da bilirrubina ao lado Já notem que vocês têm uma produção exagerada de bilirubina representada várias setas quando acontece isso nós já comentamos nas doenças hemolíticas quando tem hemólise a produção de bilirrubina ela aumenta e a gente tem então um hepatos que não consegue conjugar toda aquela bilirubina e essa bilirrubina indireta que é não conjugada ela está bastante aumentada no sangue essa outra imagem aqui mostra uma doença Genética é uma doença comum relativamente
comum que é denominada de síndrome de Gilbert um exemplo que eu que eu decidi colocar aqui na síndrome de Gilbert a gente tem um defeito genético são vários descritos várias mutações já descritas e a gente não consegue transportar a bilirubina que foi produzida para ser conjugada Então a gente tem um acúmulo de bilirubina indireta nesse paciente e ela é intermitente Esse aumento de bilirubina nesses pacientes é intermitente normalmente a dosagem dessas bilirrubinas não é muito alta ele pode ter lá uma mão amarelada e dosas bilirrubinas totais em torno de três discretamente aumentadas e a bilirubina
indireta é a que mais estará aumentada as custas dessa bilirubina que a Total vai aumentar então aqui a gente tem um problema no transporte da bilirubina para ser conjugada aqui do lado nós temos o um exemplo de uma outra síndrome krigler na jarn nesse caso aqui o meu problema é na conjugação da bilirrubina certo eu tenho vários defeitos genéticos descritos onde tem a conjugação prejudicada e aumenta a bilirubina indireta o problema é na conjugação a icterícia do do do recém-nato a gente também tem problema na conjugação né icterícia neonatal porque os hepatócitos estão imaturos e
aumenta então bilirrubina indireta Lembrando que valor de referência para bilirrubina em recém-nato é muito maior mesmo nos recém-natos normais né que sem problemas é maior vai diminuindo conforme vão passando os dias até chegar no valor igual de um adulto essa outra Imagem mostra o exemplo da síndrome de dubing Johnson e rotor onde há um defeito na secreção da bilirubina que foi conjugada então aqui eu não tenho problema de conjugação mas eu tenho um problema na secreção o hepatócito não consegue secretar adequadamente aquela bilirrubina direta e aí essa bilirrubina acaba acumulando no sangue então notem que
nessa situação a bilirrubina Total está aumentada as custas da bilirrubina conjugada por problema de secreção E isso também pode acontecer esse problema na secreção da bilirubina conjugada quando nós temos tumores hepáticos ou coo eh coledocolitíase né que são os cal ulos ou pedras na visícula então aqui a gente tem a conjugação normal mas não consegue secretar aquela bilirrubina conjugada que acumula no plasma é a bilirrubina direta a responsável pela aumento da bilirrubina Total também vale a pena a gente comentar sobre algumas hepatopatias metabólicas como eu comentei são várias doenças hepáticas né várias hepatopatias eu citei
algumas situações e mais comuns mas não vale a pena a gente relembrar que existem hepatopatias metabólicas importantes que o envolvimento do fígado ali é muito importante como a hemocromatose hereditária a doença de Wilson e a deficiência da alfa1 antitripsina foi as três foram as três que eu selecionei pra gente comentar agora a hemocromatose hereditária Então como diz é uma doença e causada por uma alteração genética que vai fazer com que o intestino absorva muito mais Ferro do que o usual e esse ferro então que é super reabsorvido no intestino ele é depositado nos tecidos então
laboratorialmente o que que eu encontro dosagem de Ferro sérico aumentada ainda a gente pode fazer dosagem de outros marcadores bioquímicos como Ferritina a Ferritina nesse caso também vai estar aumentada a gente pode verificar a saturação porcentagem de saturação do ferro ela vai estar aumentada e a transfer Ina nesse caso tá diminuída e a capacidade de ligação do ferro também tá diminuída então na hemocromatose é isso que acontece são doenças extremamente complicadas né uma outra doença uma outra hepatopatia metabólica então é a doença de Wilson que é um erro inato do metabolismo eh nesse erro inato
do metabolismo vai haver uma alteração no transporte do cobre o problema aqui é a proteína transportadora do cobre cobre que é a ceruloplasmina nos pacientes com essa alteração genética 90% deles tem ceruloplasmina diminuída né então se eu ten um problema de transporte do cobre ele acaba se acumulando ele se acumula no fígado ele se acumula no cérebro ele se acumula na córnea Como é o exemplo aqui um dos sinais bem importantes da doença de Wilson é a presença desse anel denominado de anel de Kaiser flasher e esse anel aqui então por depósito de de cobre
na córnea do paciente no laboratório O que que a gente pode ter Alterado as enzimas hepáticas elas podem estar alteradas transaminases Gama GT a ceruloplasmina vai estar reduzida na maioria dos casos o cobre sérico Total vai tá diminuído e o cobre perdão aqui é acúmulo do do cobre mas não no plasma né e o cobre urinário ele pode ser dosado para avaliar H ele é útil então no acompanhamento do tratamento desse paciente para verificar se o paciente aderiu ao tratamento e se o tratamento tá sendo eficaz e a outra doença metabólica hepatopatia metabólica que eu
selecionei foi a deficiência da ala 1 antitripsina a alfa1 antitripsina é uma proteína inibidora de proteases ela é principal inibidora de proteases extremamente importante o que que acontece nessa doença metabólica aqui é uma doença causada por uma alteração genética Acontece uma mutação Existem várias formas as mutações causam eh comprometimentos diferentes no quadro do paciente mas eh a mutação acaba formando uma alfa1 antitripsina Mutante e essa alfa1 antitripsina mutante ou alterada ela fica em parte retida dentro do hepatócito ao invés de ser secretada a síntese dela é hepática e ela acaba ficando dentro do hepatócito e
isso é muito novel para hepatócito acaba acontecendo Então a destruição dos hepatócitos né Por autofagia acaba acontecendo um dano mitocondrial e a gente tem um comprometimento hepático aqui importante o laboratório de que forma ele pode auxiliar ele faz os marcadores hepáticos do perfil hepático eh asti al fosfatas alcalina Gama GT provavelmente todos aumentados eu vou dosar a Alfa 1 anti tripsina sérica ela estará diminuída porque ela fica parte retida dentro do hepatócito e eu ainda posso fazer uma eletroforese de proteínas séricas onde eu vou encontrar a fração alfa1 aquela que vem imediatamente após a Albumina
a Alfa 1 ela vai estar reduzida porque cerca de 80% da Porção ou da fração ou zona ala 1 é e composta por ala 1 antitripsina ela é principal proteína dessa região alfa1 da eletroforese de proteínas de maneira geral essa aula foi um resumo eh sintetizado de algumas patologias hepáticas e das principais dosagens que são realizadas então no laboratório com ênfase na bioquímica para auxilar o Clínico então no diagnóstico no acompanhamento dessas doenças essas condições que foram citadas obrigada [Música]
Related Videos
Marcadores bioquímicos da função hepática
51:43
Marcadores bioquímicos da função hepática
Lícia Biotec
5,937 views
PALESTRA CRF-PR: "Coagulograma"
45:21
PALESTRA CRF-PR: "Coagulograma"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
37,783 views
MARCADORES LABORATORIAIS DA FUNÇÃO HEPÁTICA
58:10
MARCADORES LABORATORIAIS DA FUNÇÃO HEPÁTICA
Bioquímica Clínica Fácil
67,573 views
PALESTRA CRF-PR: "Espermograma"
46:08
PALESTRA CRF-PR: "Espermograma"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
34,162 views
Bioquímica Clínica: Avaliação laboratorial da função renal
38:03
Bioquímica Clínica: Avaliação laboratorial...
Posologia By Sérgio Araújo
89,451 views
Vera Viel, esposa de Rodrigo Faro, fala pela primeira vez sobre a luta contra o câncer
18:02
Vera Viel, esposa de Rodrigo Faro, fala pe...
Domingo Espetacular
1,267,742 views
Palestra - "Hemocultura"
27:12
Palestra - "Hemocultura"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
32,598 views
PALESTRA CRF-PR: "Urinálise"
46:37
PALESTRA CRF-PR: "Urinálise"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
63,159 views
8) Bioquímica: Marcadores Renais - Preparatório Biomédico Para Concursos Públicos
1:25:54
8) Bioquímica: Marcadores Renais - Prepara...
IBAP Cursos
1,346 views
MARCADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL
1:05:46
MARCADORES BIOQUÍMICOS DA FUNÇÃO RENAL
Bioquímica Clínica Fácil
44,121 views
PALESTRA CRF-PR: "Eritrograma e VHS"
59:32
PALESTRA CRF-PR: "Eritrograma e VHS"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
37,181 views
Palestra - "Parcial de Urina"
46:46
Palestra - "Parcial de Urina"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
25,866 views
Dr. Thomas Seyfried: Cancer as a Mitochondrial Metabolic Disease
54:22
Dr. Thomas Seyfried: Cancer as a Mitochond...
CrossFit
138,897 views
Palestra - "Micologia: Diagnóstico Laboratorial de Micoses Superficiais e Cutâneas"
55:42
Palestra - "Micologia: Diagnóstico Laborat...
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
37,586 views
Funções dos RINS! Sistema Urinário
13:18
Funções dos RINS! Sistema Urinário
Anatomia e etc. com Natalia Reinecke
45,331 views
PALESTRA CRF-PR: "Diabetes Mellitus"
1:08:04
PALESTRA CRF-PR: "Diabetes Mellitus"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
23,005 views
Função Renal   - Aula de Bioquímica Clínica- Parte 1
23:11
Função Renal - Aula de Bioquímica Clínic...
Adriano Moraes
23,501 views
Palestra - "Urocultura"
39:27
Palestra - "Urocultura"
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná
37,551 views
Telessaúde Goiás - Mini Curso (Interpretação do hemograma)
1:07:29
Telessaúde Goiás - Mini Curso (Interpretaç...
Telessaúde Goiás
933,397 views
Bioquímica Clínica: Avaliação laboratorial da função hepática
24:53
Bioquímica Clínica: Avaliação laboratorial...
Posologia By Sérgio Araújo
115,552 views
Copyright © 2024. Made with ♥ in London by YTScribe.com