Brics – os desafios para o Brasil | O Assunto

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g1
A ideia apareceu pela primeira vez em 2001: um estudo realizado pelo economista-chefe da Goldman Sac...
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[Música] a primeira vez em que alguém usou a sigla Brick foi em 2001 ela apareceu num estudo sobre países emergentes feito por Jim o'neil então economista chefe do banco Goldman sax naquele momento economista via a força Econômica de um seleto grupo de países Brasil Rússia Índia e China ele previa que os Bricks que a época representavam 8% do PIB mundial passariam a ter 14% da economia mundial em menos de 10 anos e foi justamente com esse espírito que esses países se juntaram em um bloco depois da crise financeira mundial de 2008 os países emergentes querem
uma nova ordem mundial que dê mais espaço às Nações pobres na economia e na política global e a coisa andou rápido na primeira reunião já eram debatidas pautas que ainda hoje aparecem nas cúpulas do grupo uma das medidas que os integrantes do bri discutem é a substituição do dinheiro americano como base para as negociações internacionais andou tão rápido que em 2011 ou seja 2 anos depois da criação do bloco os países já tinham superado a previsão de Jim o'neil e respondiam por quase 20% do PIB mundial foi inclusive naquele ano que a África do Sul
aderiu formalmente e acrescentou a letra s de South Africa aos Bricks e foi assim que os Bricks chegaram a quatro continentes e depois até fundaram um banco para financiar obras de infraestrutura instituição hoje presidida por dilm Rousseff é sem dúvida uma grande oportunidade para fazer mais pelos países Bricks Embora tenha surgido com viés econômico o grupo nunca se organizou num bloco econômico assim formal ou numa Associação de livre comércio e foi mudando muito nos últimos tempos o que liga esses países é nada a não ser o fato de que um economista anos atrás disse que
eles cresceriam muito E na verdade a China cresceu muito a Índia cresceu bastante a Rússia ficou estagnada o Brasil teve momentos de crescimento e momentos de recessão hoje o que se discute é o papel político dos Bricks se seria um contraponto ao G7 formado pelos países mais ricos do mundo ou uma zona de influência da Rússia e da China o fato é que os Bricks continuam crescendo e no ano passado novos integrantes foram anunciados COB AC siril rapossa Presidente da África do Sul anunciar os seis novos integrantes Argentina Egito Etiópia Irã Arábia Saudita Emirados Árabes
Unidos a partir de primeo de Janeiro o brick Vai representar 46% da população do planeta e 35% do PIB mundial a gestão de Javier m por exemplo foi na contramão decidiu retirar a Argentina de lá por outro lado a Arábia Saudita ainda precisa confirmar a Adesão e essa nova configuração que se reúne pela primeira vez nesta semana na Rússia já recebeu inúmeras críticas m de ditaduras dentro desse grupo democracias mesmo tem Brasil índia que tem problemas né e África do Sul é um grupo minoritário é Um Desafio diplomático porque ele era um grupo econômico e
fica cada vez mais um grupo político até pela presença da Rússia ter sido na Rússia esse protagonismo da Rússia agora é um ambiente assim meio antiocidental [Música] da redação do G1 eu sou Natan e o assunto hoje é Bricks Um Desafio pro Brasil por Quais mudanças o grupo passou nos últimos anos e qual deve ser a postura do governo brasileiro que assume a presidência do bloco A partir de 2025 neste Episódio eu converso com Rubens Barbosa Presidente do Instituto de relações internacionais e Comércio Exterior o irien ele foi embaixador do Brasil em Londres entre 1994
e 1999 e em Washington entre 1999 e 2004 quarta-feira 23 de [Música] outubro Embaixador quase 20 anos atrás quando o bloco foi criado ele juntou países economicamente parecidos agora o bloco se reúne com quase o dobro de membros queria muito te pedir uma ajuda para fazer uma Uma Viagem no Tempo dizer como ele foi criado como Brick foi criado quais as circunstâncias e como ele foi mudando ao longo dos anos Olha o Bricks foi criado inicialmente por um economista né do Goldman sax que eh imaginou que poderia né faturar financeiramente se reunisse os quatro principais
mercados eh em desenvolvimento a China a Índia a Rússia e o Brasil mais tarde em 2006 a Rússia e o Brasil resolveram formalizar esse grupo do do Brick inicialmente e depois algum tempo depois um ano depois entrou a África do Sul para incluir alguém da África né E aí desde 2007 até o ano passado o Bricks eram cinco países era cinco países né agora eh na última reunião de Joanesburgo foram incluídos mais cinco países no ano passado foram aprovados como membros plenos Etiópia Egito Emirados Árabes Unidos Irã e Arábia Saudita mas Arábia Saudita ainda Precisa
aceitar oficialmente o convite e na reunião que começa hoje lá na Rússia em cã aparentemente vão ser incluídos mais 10 ou 12 países como parceiros que é uma etapa anterior que vai ser criada a a ao membro pleno entendeu E o principal assunto que se vai discutir na cúpula dos Bricks amanhã é a entrada dos chamados países parceiros cerca de 30 pediram para entrar no bloco e agora eles vão definir critérios a serem usados para escolha desses países como eu disse 30 pediram para entrar mas já Tá circulando nos Bastidores uma lista meio que preliminar
de 12 países que vão conseguir provavelmente entrar no bloco não é uma decisão final é uma decisão preliminar ainda mas entre eles estão Cuba Bolívia Indonésia e Malásia usbequistão Cazaquistão Tailândia Indonésia Nigéria Uganda Turquia e Belarus portanto esses países entrariam como países parceiros ficando de Fora países importantes como Nicarágua e Venezuela que eh não conseguiram consenso dos países inclusive do Brasil para conseguir entrar no bloco dos Bricks o grupo que vai se formar a partir dessa reunião da Rússia não tem nada que ver com o grupo Originalmente constituído de quatro países ou cinco países que
eram grandes economias e naquela época já havia né a China já estava bem adiantada economicamente em relação à Índia a Rússia e e o Brasil e também a África do Sul mas hoje a disparidade é muito grande né você tem só a China e a índia como grandes países com grande crescimento econômico e a Rússia com um problema agora da guerra com crescimento menor e o Brasil com um crescimento médio aí de 3% bem abaixo da Índia e da e da China e como é que o mundo via o brick daquela época e como é
que o mundo vê o brix agora olha inicialmente o mundo ignorou o brick né porque o brix não é uma instituição com o secretariado com uma sede é um conjunto de países que se reúnem a nível presidencial ministerial com uma grande variedade de grupos para vocês terem uma ideia nesses últimos 10 15 anos o grupo original os cinco países se reuniam mais de 100 vezes por ano ninguém prestou atenção nisso né mas gradualmente esse grupo começou a fazer uma agenda de coordenação nos organismos multilaterais na ONU no Banco Mundial no no no fundo monetário na
OMC na Organização Mundial de comércio mas e e e Mas apesar disso era ignorado porque ninguém Achava que esse grupo ia ter um peso político para influir nos acontecimentos internacionais e aconteceu isso porque como eu disse não há uma instituição e não há uma agenda comum a única agenda comum é essa nos organismos multilaterais hoje não eu acho que depois desse aumento de 5 para 10 e sobretudo a partir de agora com esse dobro de de participantes E especialmente pela notícia de que 35 países querem se juntar ao Bricks o brick passou a ser olhado
de outra maneira inclusive como uma ameaça ao movimento ao grupo não é ocidental liderado pelos Estados Unidos pela Europa pelo Japão pela Ásia a Austrália e então mudou muito a natureza do grupo e a maneira como ele é visto pelo mundo e desenvolvido eu quero Até entrar mais adiante nesse nesse ponto da ameaça mas antes eu queria entender melhor o que que hoje une esse grupo Coração de Mãe porque virou um coração de mãe né agora tem tem tem muito mais gente como como o senhor nos explicava quais são os pontos ali de intercessão entre
os países que hoje estão no nos Bricks olha inicialmente havia o interesse do Peso político dos cinco países terem uma voz coordenada Como eu disse nos organismos multilaterais mas gradualmente com a rivalidade Estados Unidos e China com a guerra da Rússia na Ucrânia ah os interesses do grupo passaram a ser mais influenciados pela China e então começou a ver essa essa agenda de mudança da governança internacional da do da substituição do dólar pelo pelo por moedas locais ou pelo iuan chinês enfim começou a ha ver uma variedade de agenda mas não há uma uma uma
agenda formal eh decidida aprovada a os comunicados dos países dos Bricks são muito longos se tornaram muito próximos da as nações unidas então a até aqui pelo menos o o brick Não Quer substituir as organizações governamentais internacionais por outras eles querem uma mudança na governança né uma voz maior dos países em desenvolvimento no fundo monetário no Banco Mundial querem uma voz maior dos países em desenvolv movimento na nas Nações Unidas sobretudo no Conselho de Segurança lá da ONU o Brasil tá insistindo na reforma da governança global e aí quando a gente fala disso É principalmente
também a ampliação do Conselho de Segurança da un Esse é um tema histórico do Brasil e outras questões estão sendo colocadas por exemplo o comércio entre países com moedas nacionais ou seja fora do dólar e E isso não é algo simples mas que é defendido por esse bloco e como essa essa ideia que o Senhor nos traz agora se encaixa na outra ideia que o senhor escreveu no seu artigo publicado hoje na terça-feira que é o dia em que a gente grava no Estado de São Paulo quando o senhor diz que esse bloco pode está
se tornando ou está se tornando uma espécie de embrião antiocidental eu digo isso por causa do aumento da composição do grupo quer dizer com cinco países ele não tinha essa característica entendeu defendia esses temas que Eu mencionei mas não tinha uma característica uma uma uma tendência antiocidental mas aí quando aumentou de 5 para 10 entrou o Irã entraram Emirados Árabes a Etiópia que são países claramente contra os Estados Unidos contra o que os Estados Unidos representa como líder do do bloco ocidental tem tanta divergência sobre o que que é exatamente esse grupo que e o
ministro o ex-ministro né agora assessor direto internacional do presidente Lula Celson amm falou que era para fazer contraponto ao G7 e depois o o próprio presidente Lula disse que não é para fazer contraponto a ninguém é para unir o sul Global a gente não está colocando a questão ideológica dentro dos Bricks a gente tá colocando a importância geopolítica de cada estado os Bricks é uma realidade inexorável vai ter problemas vai vai ter gente que vai gostar mais ou menos vai mas isso é da política com essa nova composição de 20 países é que eu disse
que a tendência esse grupo se caracterizar como um um embrião de um movimento anti occidental porque eu acho que o mundo está se dividindo entre países ocidentais e países anti ocidentais eu acho que a proposta dos Estados Unidos de dividir o mundo entre ditaduras e eh países Democráticos não prevaleceu porque quando você fala em países autoritários você não inclui a Arábia Saudita e outros países que claramente não são Democráticos entendeu então essa essa classificação não pegou essa classificação de ocidente e antid antiocidental não é uma questão bélica ninguém não não tão falando de atrito militar
entre o ocidente e o antiocidental de restri Então é isso que é que eu que eu vejo como um movimento antiocidental é um movimento que não reza pela cartilha dos Estados Unidos da Europa e do Japão que estão mudando também você deve estar acompanhando você sabe os Estados Unidos sempre foram contra políticas industriais restrições comerciais alta de tarifa é tudo que eles estão fazendo agora e a a Europa bem tá fazendo a mesma coisa então ficamos nós agora defendendo o livre comércio defendendo a as práticas que eles sempre defenderam e condenaram que nós países em
desenvolvimento não fazíamos Então tá mudando justamente o mundo mudou isso a gente não tá conversando aqui mas o mundo mudou a economia Mudou as relações políticas mudaram na cabeça dos países em desenvolvimento sejam eles ditaduras autocracia ou democracias porque você tem a Índia é uma democracia Brasil é democracia eh ninguém tá questionando isso mas a a agenda em relação ao ocidente hoje é outra entendeu não é democracia ou ou ou ou ah ah autoritarismo é comércio liberdade de comércio evitar essas sanções econômicas que estão sendo colocadas unilateralmente pelos Estados Unidos pela Europa com contra todos
os países entendeu é diferente a natureza da divisão hoje no mundo e como é que é pro Brasil já que o que o bloco passa a ser visto dessa maneira isso pode tornar mais arosa a relação por exemplo Brasil é um importante membro membro do do brigs com os Estados Unidos se o senhor fosse chanceler hoje o que que o senhor recomendaria pro Presidente da República olha eh não faz sentido não estar nesse nesse grupo mas faz sentido uma distância regulamentar não faz o pula de cabeça Qual o conselho o senhor daria em qualquer decisão
você tem que colocar nesse mundo novo de hoje tudo que tá acontecendo tem que colocar os interesses do país em primeiro lugar entendeu o interesse Nacional em primeiro lugar então é do interesse do Brasil hoje participar dos Bricks Eu não eu não nego isso Por quê porque hoje ninguém nega que o Brasil é um país ocidental pelos valores pelos princípios pela democracia por tudo que a gente sabe ninguém nega isso que os Estados Unidos é um grande parceiro do Brasil agora ninguém nega também que a Ásia se tornou O Nosso principal mercado 50% das exportações
brasileiras vão pra Ásia 37% das exportações agrícolas brasileiras vão para um único país que é a China então você não pode brigar nem com os Estados Unidos nem com a China você tem que ter uma política que isso que eu digo no artigo respondendo a tua pergunta eu acho que você pode continuar nos Bricks Mas você tem que demonstrar claramente através de uma de uma política anunciada claramente que o Brasil vai manter uma equidistância dos blocos e dos países e vai defender o seu interesse que às vezes coincide com os Estados Unidos às vezes coincide
com a China ou com outro país dos dos Bricks A exemplo do que faz a Índia isso não é novidade o que eu tô falando aqui não é novidade a Índia faz Exatamente isso a Índia tá em guerra com a China na fronteira e participa de todo vários dos Bricks e de outros grupos ao lado da China entendeu então pro Brasil não tem saída eu acho que a gente deve ficar eu sou a favor inclusive que o Brasil entre pra roda da rota da seda Porque isso pode beneficiar a integração física aqui na região é
um projeto monumental grandioso de restauração da antiga rota da seda que da ancestral rota da seda que lá na antiguidade da idade média ligava por uma série de eh por uma teia de corredores e Comércio a China à Europa isso significa investimentos da ordem de 100 20 bilhões de dólares anuais ao longo de vários anos podendo chegar a 1 trilhão de Dólares eh na forma de financiamentos da china para a as dezenas de países que se envolveriam eh no projeto de construção de infraestruturas como ferrovias oleodutos gasodutos rodovias e logística portuária tem que manter o
seu interesse no caso dos Bricks Independência das decisões que foram tomadas a gente não ficar alinhado automaticamente como aconteceu com bolsonaro e o trump entendeu Não é possível o Brasil ficar alinhado com os Estados Unidos com a China com quem quer que seja porque nós somos um país Continental com 210 milhões de habitantes que tem que defender o seu interesse entendeu esse que é o ponto nós hoje não estamos com uma visão na minha visão não estamos com uma percepção Clara disso da Defesa do interesse brasileiro acima de interesses ideológicos e interesses partidários Espera um
pouquinho que eu já volto para continuar minha conversa com Rubens [Música] Barbosa agora Embaixador olhando pro anfitrião dessa dessa reunião que é o Vladimir Putin na Rússia olhando também uma uma possibilidade de discussão da Venezuela como an parceira e integrante integrante do do Bricks pro Brasil não estar com o presidente presente nessa reunião é algo positivo ou negativo eu pergunto isso porque eu vi muitas análises dando conta do seguinte de que o Lula não deveria ter ido não deveria ir antes né não deveria ir mas que não ir acabou sendo positivo para ele Qual é
a sua avaliação bom você tem duas três perguntas aí emb vou começar por essa última eu acho que eh foi do ponto de vista da política interna brasileira foi muito bom o o Lula não ir por quê Porque ele ia tirar fotografia ao lado do Putin ao lado do presidente da Irã ah irá ao lado de enfim de todos esses líderes que são autoritários ditaduras então ele não I foi foi bom entendeu eh do ponto de vista da política interna e também foi bom porque evitou que ele falasse coisas lá né o Lula tá ele
fala na área de de política interna Como você sabe e mas sobretudo na área da política externa ele não entendeu ainda que a palavra do presidente conta e ele fica falando essas coisas que contradiz Justamente a política do Itamarati de não interferência de equidistância de ter uma posição independente o presidente Lula vai participar de forma virtual com a ausência dele o Ministro das relações exteriores lidera a delegação brasileira em cazan o chanceler brasileiro reforçou o grande objetivo desse encontro o brick com a com a expansão é um processo informação e os chefes de estado vão
discutir todos os temas que estão na agenda que são os novos parceiros as modalidades com relação à Rússia se realizar essa reunião lá aqui no ocidente há uma continua mentalidade de guerra fria contra a Rússia agora de outra forma com relação à China e todo mundo minimizava a posição da Rússia porque as sanções iam impedir o crescimento ia acabar com a guerra e tal ao contrário a a Rússia se tá crescendo 5% esse ano e 23 chefes de estado estão lá na Rússia entendeu segundo os organizadores 36 países decidiram enviar delegações aqui para casan 22
vão ser representados por chefes de estado o presidente russo Vladimir Putin se esforça para tentar mostrar ao mundo que o ocidente não conseguiu isolar a Rússia então tem o outro lado que como eu falei para vocês então o outro lado aceita o a Rússia aceita a China entendeu por outra razões que não ideológicas E tem também os interesses da China porque a China quer usar o brix e essa ampliação do grupo também para demonstrar força e aumentar a sua área de influência nessa disputa comercial que tem com os estados unidos nessa disputa que tem geopolítica
com os americanos pro Putin essa reunião mostra que ele não está isolado que ele tem apoio e que torna mais difícil ainda a análise Por parte dos países ocidentais em relação a Venezuela Eu acho que o o Lula cometeu mais uma armadilha contra ele mesmo entendeu como vocês acompanharam durante a eleição o Brasil foi quem defendeu a a a o pleito lá na na na Venezuela cobrou as atas mas não cobrou democracia não cobrou direitos humanos e ficou do lado da da da Venezuela agora e por isso ele a justificativa do governo é que com
isso seriam mantidos os canais de comunicação abertos e tal SS amorm diretamente lá com com maduro acontece que agora o Brasil ficou contra a entrada da Venezuela lá na Rússia os membros do brix fizeram uma reunião fecharam uma lista dos países que podem ser os parceiros do grupo então durante esse fechamento da lista houve uma decisão de que a Venezuela e a Nicarágua não vão entrar nessa lista é uma decisão que coincide com o desejo do Brasil não houve um veto formal por parte do Brasil mas os russos sabem que há um desgaste na relação
entre o Brasil e a Venezuela em relação ao presidente Lula e ao presidente Nicolás maduro depois do processo eleitoral na Venezuela se a Venezuela não entrar pelo veto do Brasil tudo que o Brasil construiu até agora vai cair por terra porque o o o maduro vai atribuir a não inclusão da da Venezuela nos Bricks por por culpa do Brasil quer dizer foi mais uma armadilha que o que o que o Lula armou para ele mesmo olhando agora para essa para essa estrutura quase informal né do do do Bloco do do Bricks apesar de ser mais
um um um grupo de países que lá no passado se assemelhava economicamente agora não fica tão claro assim Quais são os pontos em comum des dessas Nações o fato é que o o Bricks tem um banco para chamar de seu um banco de desenvolvimento que hoje é presidido pela ex-presidente brasileira Dilma Dilma Roussef e tem se falado muito aliás Isso é uma ideia antiquíssima desde que eu me conheço e que eu passei a cobrir Brasília e e tamarati que se fala em negociar fazer negociações com moeda local não depender do dólar dá para pensar no
num cenário assim em que essas potências podem fazer as suas trocas comerciais apesar do dólar sem incluir o o dólar nessa nessa conta você sabe que eu trabalhei no Mercosul né eu fui coordenador Nacional do Mercosul durante 3 4 anos e o Brasil aqui na região tinha um acordo que Acabou agora a gente devia até retomar isso se chamava acordos de de de créditos recíprocos os bancos centrais faziam o balanço a a o ajuste de contas entre importação e exportação que eram pagas em moeda local entendeu não era pago em dólar era pago na moeda
dos países então a ideia de você fazer isso por exemplo com a Argentina faz sentido entendeu a Argentina não tem dólar então importa do Brasil e paga na em peso entendeu E o Brasil que compra trigo da Argentina paga em peso pra Argentina quer dizer a ideia não é má agora como está sendo colocada não vai funcionar porque ninguém vai substituir o dólar hoje eh 90% do Comércio Global Talvez um pouco menos por causa do volume da China mas enfim 80% do Comércio global é feito em dólar como é que você vai substituir o dólar
de uma hora para outra não vai acontecer Entendeu o presidente brasileiro reforçou a ideia de criar uma moeda paraas negociações entre os países do brix para diminuir a dependência do dólar tenho defendido a ideia de adoção de uma unidade de conta de referência para o comércio que não substituirá nossas moedas nacionais não vai acontecer e depois você viu que já houve reação dos Estados Unidos né se o trump ganhar o trump diz que vai colocar 100% de tarifa sobre os países que aderirem a essa substituição do dólar por moeda chinesa ou moeda local quer dizer
como é que fica o Brasil nisso entendeu vai perder o mercado americano para para não pagar em dólar quer dizer por isso que eu digo você tem que ver caso a caso talvez em relação à China como nós temos um grande superavit você possa fazer isso e usar a moeda da China para comprar outras coisas em outros países Entendeu agora o resto dos países da Europa e tal não faz sentido você substituir e esse comércio por outra moeda pela moeda da China a a Dilma Rousseff tá propondo isso porque ela acha que o banco o
novo banco de desenvolvimento o banco dos Bricks pode ser pode ter uma plataforma que Organize isso entendeu agora na minha visão Isso é uma um sonho de muitos anos lá na na frente se conseguir fazer por último Embaixador o Brasil assume em 2025 a presidência do bloco e o que que a gente pode esperar dessa dessa presidência é um momento claramente por tudo que o senhor disse bem mais desafiador e no mundo muito mais complexo do que era 20 anos atrás quando o bloco foi criado que que dá pra gente esperar para esse 2025 Olha
eu acho que esse vai ser o maior desafio da política externa nesses os últimos 4 anos do presidente Lula Vi vai ser o maior desafio porque se a gente não fizer essa declaração de independência de equidistância de não definição partidária ideológica você vai ter uma crítica interna aqui brutal o ano que vem que é a véspera da eleição né o ano anterior à eleição você vai ter uma crítica da sociedade contra os Bricks contra a posição do Brasil que eu acho que vai ser muito grande eu acho que vai ser um grande desafio pro Brasil
cada país quando você tem quando você tem faz a presidência você sugere alguns temas mas esses temas que Eu mencionei a questão do dólar a questão ah da das sanções econômicas todos esses temas da governança vão estar lá entendeu o e o Brasil vai ter uma posição antiocidental se inventarem alguma outra coisa porque dessa reunião de hoje vai sair a da da na sexta-feira sair um comunicado dependendo do comunicado que sair nessa reunião vai ficar ainda mais complicado pro Brasil a presidência o ano que vem porque o Brasil vai ter que coordenar essa reunião o
Putin já disse que não virá mas os outros líderes todos virão virar aí uma série de ditadores de autocratas e tal que vai ter uma bruta reação aqui dentro você pode guardar tempo teu aí para explicar isso para pro pessoal porque realmente é o grande desafio e eu acho que não tem saída o Brasil teria que fazer uma declaração se se se colocando equidistante e não não tendo alinhamento automático nem com os Bricks nem com a os Estados Unidos nem com a China nem com a Rússia tem uma posição de Defesa do interesse do Brasil
indep emente de viés político e ideológico Embaixador foi um prazer enorme ouvi-lo de novo aqui no assunto O senhor é muito mas muito bem-vindo e acho que a gente vai ter que se falar logo em breve porque as confusões me parece que vão aumentar muito obrigada obrigado obrigado você obrigado pelo interesse aí de vocês para você que eu vi episódio até aqui eu vou te fazer um convite participar do canal do G1 no WhatsApp por lá você pode ativar as notificações receber as principais notícias do dia direto no seu celular Este foi o assunto podcast
diário disponível no G1 no YouTube ou na sua plataforma de áudio preferida comigo na equipe do assunto estão Mica mariot Amanda Polato Sara Rezende Lu Felipe Silva Tho kos e Gabriel de Campos neste Episódio colaborou também Rane Macedo eu sou Natan e fico por aqui até o próximo assunto h
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