Viver é reinventar-se | Maria Homem | TEDxPUCMinas

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TEDx Talks
Maria Homem é graduada em Psicologia pela USP, Mestre em Psychanalyse et Esthétique - Collège Intern...
Video Transcript:
E aí a reinvenção né esse esse é um tema muito interessante muito instigante e talvez se eu ousaria dizer é um tema que pode ser enganador porque é isso que eu queria desenvolver aqui hoje é Primeira ideia é a seguinte a vida é reinvenção a vida é reinvenção contínua e mais que a vida a natureza inteira Toda Toda natureza toda vida não tem a criação até do Cosmos né até daquilo que a gente imaginaria que não vida que é poeira que é explosão é assim você tem a história né do mundo a história de tudo
um explosão estrela Neve poeira cósmica E vai um o hidrogênio nitrogênio velocidade calor vai se condensando a matéria por um milagre por uma milagre Laico por uma virada incrível suja vida vai indo toda a vida que deriva da vida vai surgir a consciência são os grandes mistérios né A Explosão origem do universo a origem da vida origem da consciência no interior da vida que a gente diz que é mais dos humanos a origem da pesquisa sobre toda essa história que somos nós a gente faz ciência a gente se pergunta tudo isso é invenção tudo isso
é profundamente novo é desenrolar de tudo né é construção de outras coisas E como diria dar Vem que a gente descobriu né século 19 não 13.8 Bilu e não quatro milhões de anos da terra não 200 mil anos do homo sapiens mas assim o século retrasado a gente descobriu que a origem de uma espécie é uma outra espécie Então como é que isso é possível pelo profundo conceito de reinvenção é você a partir de uma uma vida que se ordena dessa maneira né que seja um uma ameba ela vai fazer um seu dó podia ela
vai fazer um seu do pé um podus e vai alongar para cá que a longa para cá aqui enfim a gente cria uma multiplicidade maravilhosa incrível e que tá aí só que outro conceito Central tudo isso é muita repetição então a gente também a máquina é uma estrutura maquínica altamente repetitiva inclusive e psiquicamente a nossa mente né como diria Freud ela é porção de vida ela Eros ela é criação e ela é repetição ela é pulsão de morte thanatos E se o jogo da vida essa grande dança a gente poder usar poder seguir para um
outro lugar poder chegar no novo chegar num desejo que é inédito e repetir fazer fazer fazer esse descobrir onde No mesmo lugar e seu sintoma e seu sintoma e seu gozo é a repetição Nossa de cada dia e seu desejo obsessivo de ordem né Isso é angústia diante do Caos isso é você tá numa pandemia você tá numa vivence né eu te buscar o novo normal você re normatizar você buscar a norma o enquadre a categorização e ciência também isso é buscar padrões de repetição vai fazer modelos matemáticos algoritmos altamente sofisticados para buscar repetição e
construir a partir disso previsibilidade e controle para fazer o outro fazer algo no lugar em que você deseja previsão porque porque a coisa se repete por que a coisa se repete igual e porque na sua vida você dá volta volta e vai fazer igual e vai fazer igual o pai igual avô que faz igual bisavô não é isso afiliação ciclicamente a gente vai se e observando em lugares altamente previsiveis a ativos pouco criativos porque em que que é que acontece E aí acho que a gente pode dar um passa e chegar para uma ideia muito
interessante que a seguinte como é que a gente se reinventa o se inventa propriamente dentro desse grande jogo dessa dialética reinvenção repetição só com a morte é só com o luto só com o permitir se deixar morrer alguma coisa que insiste no mesmo lugar você tem que fazer um jogo vamos dizer assim uma jogada estratégica fundamental no tabuleiro da vida que a matar tantos quer se desapegar a esse hábitos a essa pulsão repetitiva então é permitir matar aquilo que mata como é isso luto luto não tem como você usar a criação sem deixar morrer alguma
coisa A começar por um luto de um ideal de eu não ideal que seria você o que deveria ter sido você ou que deveria ser é-o Dever Ser a expressão que a gente inventou é o dever ser que a cultura desenha para gente quê que é uma mulher que que é um homem o que seria a virilidade O que é uma infância feliz o que é a alegria essa alegria levemente histérica O que é o entretenimento O que é usufruir as coisas O que é o dinheiro o que a circulação de todas as mercadorias estão
a gente vive numa cultura que vai desenhando né caixinhas de felicidade caixinhas de alegrias de imagens a gente tem até filtros olha só a gente tem até cenas a gente tem até cenários que fundo né a gente tem até um background aqui a gente tem até formas que desenham para você como você deve ser como você deve viver e você já tem né as fotos clássicas então a vida instagramável e ela já tem a foto na torre tem uma torre famosa que é mais ou menos assim que em Paris tem outra torre que assim quem
pisa tem um gramado tem um jardim tem o barco tem a praia tem a piscina tem o jogo tem a turma tem a coca-cola né Eu tô brincando um pouco eu tô carica por Ana mas a gente tem arquétipos onde o corpo subjetividade o outro o gozo tá altamente desenhado repetidamente milhões de vezes a exaustão você vai desempenhar o papel você vai como que fazer um jeito de viver de acordo com aquilo que esperam que você faça isso é o ideal de eu isso são os ideais superegoicas os imperativos mais ou menos categóricos né como
diria a cam a Maria ontem lá que numa subversão do cante que vão nos de chá a nossa forma de viver a nossa forma de sentir e a nossa forma de falar a linguagem o corpo o gozo tá tudo ordenado por esses grandes ideais super egóicos que fazem repetição é o luto de tudo isso para realmente a ver uma reinvenção possível única singular propriamente reinvenção tem que ter o luto desses ideais não é sem dor não é sem dor não é sem dilaceramento não é sem tristeza sem melancolia em algo que rasga e eu vou
te falar um processo analítico que lida com tudo isso né É como se esse esse grande esse grande trabalho o motivo né fosse um grande fruto de um trabalho analítico propriamente é como se fossem né sobreposições é um trabalho que dura um bom tempo não são décadas mas são anos e custa bem custa dinheiro custa tempo custa libido custa sua energia custa o seu ser e vai doer não tem como porque sair de lugares imaginários idealizados fetichizados por você mesmo pelos teus pela tua cultura isso dói é desfetichização tirar o feitiço disso para estar em
um outro lugar talvez é inesperado só que aí se você tem a coragem disso se a gente consegue dar esse salto aí a gente vai entrar em contato com o desejo isso o radical do desejo né É antígona É o desejo puro é aquilo pelo qual você mata e morre sem precisar matar e morrer aquilo pelo qual você se se dou aí é aquilo que te que te anima né ânimo ânimo é aquilo que é o sopro é o sopro de vida é o desejo é a pulsão é aquilo que é visceral em você que
faz você poder ser uma outra pessoa é você criar isso é criação aí é o radical da criação da criatividade isso se Reinventar Oi e para fechar aqui ressaca essa panorâmica de hoje eu queria deixar assim um convite um desafio ao mesmo tempo porque a reinvenção ela pode ser durmo sem dúvida e ela já é muito área é muito interessante rica e conflitante vai e volta não é só uma curva se não é uma linha não é uma curva tranquila ascendente equação de segundo grau ela é mais complexa mas o mais interessante é talvez a
gente poder fazer isso junto é a gente poder como coletivo como enfim eventualmente país eu ousaria dizer ainda mais esse momento decisão né de polarização polos o e de muita energia e muita energia de violência eu acho que a gente poderia talvez deixar um convite para essa energia Incrível essa violência que é força que é potência que a destruição para destruir o que precisa ser destruído e pegar alguma força e fazer uma real criação não repetição de um passado ou daquilo que a gente teria que fazer um grande luto né de estruturas arcaicas ou pré-modernas
que estão a insistindo no nosso triste trópico no nosso triste país talvez usar a potência destrutiva necessária para fazer o luto e separação e vencer a repetição e quem sabe engendrar uma real e viva reinvenção E ai
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