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k [Música] Olá gente boa tarde para todas as pessoas aqui presentes eu sou a professora Cristiane lfo Sou professora da Universidade Federal da Bahia e estou vice-presidenta da da associação de linguística aplicada do Brasil estarei aqui hoje mediando essa mesa no encontro anual da sbpc começo fazendo também a minha audiodescrição eu sou uma mulher de 40 e poucos anos e tenho a pele clara e estou usando um batom vermelho amarronzado meus cabelos são lisos estão nos ombros são castanhos com algumas luzes e um pouco molhados Estou vestindo uma blusa colorida com tons amarelados e atrás
de mim tem uma estante na cor de madeira onde também tem uma televisão eu estou acompanhada de Denise Melo que é a pessoa que vai fazer a nossa interpret uma das pessoas que irá fazer a interpretação em Libras a Denise é uma mulher branca de cabelos ruivos que estão presos os olhos verdes e ela está com uma blusa verde clara e um fundo azul essa mesa de hoje ela vai ser composta por três pessoas que irão nos honrar com as suas falas né com as suas apresentações são são presidentes né a Presidenta da associação de
lítico aplicado do Brasil a professora Doris Matos temos também o presidente da abr lind da ampol que irei apresentá-los agora a pouco eles vão debater sobre o papel dessas entidades né dessas associações na construção de caminhos pra gente pensar um futuro inclusivo nas áreas do estudos da linguagem mas especificamente em como as pesquisas realizadas no âmbito nacional podem promover a pluralidade e a diversidade linguística em nosso país né tendo em vista que a gente vive em um país onde há uma grande diversidade linguística a gente pode citar aqui pelo menos 200 línguas né em nosso
território eh Isso demonstra a importância e a necessidade da gente fazer essa discussão no dia de hoje Então a primeira pessoa a nos presentear com a sua apresentação é o Professor Gerson Rodrigues de abuquerque ele é o presidente Nacional de pós--graduação e pesquisa de letras linguísticas da ampol é também também é ensaísta é poeta é militante de movimentos sociais da Amazônia é Doutora em história social pela Pública de São Paulo professor titular da Universidade Federal do Acre líder do grupo de pesquisa história e cultura linguagem identidade de memória ele é também membro do nupo de
estudos das culturas amazônicas e Pan amazônicas coordenou o Fórum de editoras e periódicos da apol nos anos de 2022 2024 é docente perman do programa de pós-graduação em letras linguagem e identidade da Universidade Federal do Amazonas da fac do Acre perdão é sócio da associação de docentes da Universidade Federal do Acre eh Sessão sindical da Andes editor assistente do periódico de mu Muiraquitã da revista de letras e humanidades e como eu disse Logo no início é o Presidente da Associação Nacional de pós-graduação e pesquisa de letras em línguas AOL do mandato de 2023 e 2025
a gente também vai contar com apresentação da nossa querida Doris Cristina Vicente da Silva Matos que é a Presidenta atualmente da associação de linguística aplicada do Brasil é professora da Universidade Federal de Sergipe ela atua na graduação e no programa de pós-graduação em letras é Doutora em língua e cultura pela Universidade Federal da Bahia mestre em letras pela Universidade Federal Fluminense foi especialista em línguas espanhola instrumental para leitura na Universidade Estadual do Rio de Janeiro graduadas em lentra espanhol também pela Universidade Fluminense atualmente está realizando eh estágio pós-doutoral na universidade veracruzana no México de onde
ela vai falar hoje né bolsista pq2 do cpq e a nossa presidenta né Como já disse e foi também Presidenta da Associação Brasileira de hispanistas por fim a Gente terá a fala do professor clé e alv Jataí que é o presidente atualmente da Associação Brasileira de linguística abralin ele possui graduação em letras pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda mestrado doutorado em linguística pela Universidade Federal da Paraíba com estágio sanduíche na Universidade Presbiteriana de maquens na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Mel filho atualmente Ele é professor da graduação e da pós--graduação em letras da
Universidade Federal de Pernambuco tem experiência na área de linguística com ênfase em linguística funcional e histórica atuando Principalmente nos temas como tradição discursiva gramaticalização história de acronia de textos enfim série de coisas é também eh é líder do grupo de estudos da gem Cultura em uso e membro de do grupo de pesquisa tradições discursivas do Ceará então Eh passo a palavra agora para o primeiro palestrante que é o o Professor Gerson Rodrigues tenho certeza que teremos uma tarde de muito debate discussões porque a temática pede isso né almeja várias discussões e agora ficaremos com os
palestrantes bom Boa tarde né a todos e a todas e também bom dia porque aqui a tem Rio brancoa Estamos por volta das 11 horas da manhã e eu queria muito inicialmente eh falar da do quanto Me sinto honrado de poder compartilhar dessa mesa ao lado aqui da Dores do do kleb né dores que tá aí à frente da Lab e o CLB da da bralin tem sido muito importante nesses últimos tempos uma o diálogo e a articulação que temos feito essas associações que conta também com a presença da bralic né e acho que isso
é muito importante paraa Nossa área queria agradecer a Cristiane também as colegas aqui estão nos acompanhando aqui na na como intérprete intérprete eu queria eu eu sou uma pessoa que nasci na Amazônia mor vivo na Amazônia eh hoje bom tem uma uma difícil eh descrição do ponto de vista étnico não não não consigo me encontrar bem nos rótulos mas sou uma pessoa de pele clara e também olhos e cabelos claros e uso hoje uma uma camiseta Azul uma boina que tem sido uma referência para mim de identitária do ponto de vista também da da luta
política algo que eu herdei do meu avô e tô na minha sala de trabalho aqui na universidade que é uma sala que eu gosto muito uma sala incrível com muitas coisas interessantes um lugar que eu geralmente me encontro por 6 7 horas por dia né um pouco isso queria eh falar um pouco começar discutindo um pouco o tema aqui proposto pensando exatamente uma Talvez uma dobra né a proposta de discutir o papel das associações para um futuro inclusive na área do estudos da linguagem eu pensei muito nessa minha fala em fazer um pequeno uma pequena
dobra E e trazer uma perspectiva que é de pensar o papel das associações em um presente inclusivo eu queria fazer esse pequeno ajuste Por uma questão que eu considero importante vou tentar de algum modo aqui e eh eh eh dentro desse tempo que tenho tentar eh justificar tecendo alguns comentários Gerais e trazendo para uma um exemplo mais específico que acho que de algum modo concretiza e dá uma ideia disso que tô falando né De algum modo que a gente tem acumulado em reflexões de uma associação que este ano realiza o seu 38º encontro portanto uma
associação que tem já algumas décadas de presença de luta na sociedade brasileira que é ampol né Essa Associação ela ela ela pauta a sua posição sempre num debate sobre a política de pesquisa e pós-graduação para a área de linguística e letras ou linguística e literatura como hoje está cadastrado junto a Caps então de algum modo essa essa perspectiva ela sempre foca o o debate que tem a ver exatamente com esse enfrentamento que é eh lutar pela política e pela pós-graduação no Brasil né entendendo que vivemos em um país de dimensões continentais entendendo eh que temos
várias assimetrias né na pós-graduação e e e e e tudo isso de algum modo se reflete naquilo que a ampal faz naquilo que a ampul é na forma como ela está organizada a partir de sua diretoria do seu conselho deliberativo dos seus grupos de trabalho e também obviamente do seu conjunto de coordenadores de pós-graduação Então queria situar isso Exatamente porque quando a gente fala de de inclusão de pensar em uma perspectiva inclusiva nós estamos efetivamente falando de política no nosso caso de política de pós--graduação de política de pesquisa eu acho que esse é o enfoque
que que De algum modo a gente a gente privilegia no âmbito do debate que a pau faz e essa é uma luta que tem a ver com as nossas condições reais do tempo presente um presente que já é marcado já é herdeiro de um conjunto de outras lutas que foram travadas aí no Brasil já ao longo das últimas décadas eh lutas que se manifestaram em inúmeros momentos no Brasil Republicano mas que De algum modo a partir da década de 50 60 especialmente a década de 70 elas ganharam mais volume né que são lutas aí travadas
por movimentos diferentes movimentos negros diferentes movimentos indígenas quilombolas eh movimentos feministas movimento de mulheres né de travestis transexuais de deslocados de de inúmeras formas né porque tem esses deslocamentos constantes nesse país marcado pela exclusão social né e evidentemente de outros grupos de refugiados e outros grupos que foram minorizados na sociedade brasileira especialmente eh entendendo a sociedade brasileira como algo monolítico algo que eh sistematicamente exclui as diferenças sistematicamente eh eh se constitui como um um bloco monolítico que não leva em conta a pluralidade e aqui eu queria especificamente falar de uma pluralidade étnica e de uma
pluralidade linguística me parece que essa essas duas dimensões são são são importantes e elas são elas estão presentes na sociedade brasileira desde a sua Fundação né E essa presença é uma uma presença excludente é a presença que é é de uma uma uma constante ausência é uma presença ausente portanto nós temos uma diversidade sempre presente uma multiplicidade sempre presente nessa sociedade mas sempre marcada pela ausência pelo apagamento pela tentativa de todas as formas de exclusão então pouco Esse é um viés político que que a gente precisa situar quando falamos de desse dessa temática da da
da da inclusão né e e e por que do presente Porque nós J um conjunto de lutas e nós já fomos beneficiados por essa por inúmeros co companheiros e companheiras que travaram lutas e muitas vezes foram silenciadas né foram silenciados lutas que muitas vezes foram ignoradas que não foram levadas em conta e acho que de algum modo essas lutas desaguam hoje dentro das nossas instituições e elas desaguam hoje no papel que tem sido realizado Pelas nossas associações eu penso que assim como alá abralin abral Amp vem fazendo uma reflexão muito grande no sentido de trazer
paraas suas discussões trazer paraos seus fóruns trazer paraos seus eventos exatamente essas temáticas que que são pautadas pela pela inclusão né no nosso caso o debate em torno desse desse pluriverso linguístico que é a sociedade brasileira né Eu acho que isso é imprescindível a gente pensar exatamente articulando né Essa dimensão plural linguística com um conjunto a possibilidade eh extraordinária desse conjunto de outras narrativas ou de outros fluxos culturais né aqui adotando uma perspectiva que foi belamente cunhada e trabalhada pela pela professora Ana Pissarro né esses diferentes fluxos fluxos culturais fluxos literários que nos possibilitam ter
uma outra perspectiva inclusive do ponto de vista dos estudos no no campo no campo da da literatura no campo da reflexão crítica dos estudos literários no Brasil então me parece que a gente tem aí um uma uma algo muito significativo e que não pode ser deixado de lado no momento em que a gente está falando de inclusão Exatamente porque é é essa é uma perspectiva na sociedade brasileira então é essa essa pequena dobra que eu faria pensar nesse presente pensar num presente em que estamos exatamente herdeiros dessas lutas travando novas lutas e novos embates no
âmbito das nossas instituições em especial no âmbito da pós--graduação na área de letras linguística ou na área de linguística e literatura Como tem sido e eh é feita por um conjunto de de de de programas e por nossas associações tá Então essa é um esse é uma primeira dimensão que eu queria de modo aqui marcar essa minha fala esse início da minha fala né tentando aqui e eh trabalhar com o tempo que tem né no nosso caso eu acho que é é é é fundamental que a gente pense nessa Perspectiva da inclusão mas numa perspectiva
que não seja marcada por novas formas de exclusão que eu acho que o grande risco que que temos hoje é exatamente de ao falarmos e ao incorporar um discurso que de certo modo vai sendo oficializado vai sendo cristalizado né acerca da inclusão que a gente não se que não nos damos conta né de algo que vem por trás que vem de certo modo subrepo que são formas sofisticadas de exclusão dentro da inclusão então de algum modo mecanismo de de inclusão que acabam excluindo Então me parece que a gente precisa e precisamos estar atentos para isso
as nossas associações né e nos nossos espaços no novos nos nossos foruns nós precisamos estar atentos para isso né porque me parece que Essa tem sido esse tem sido o incômodo que tem atingido Muitos daqueles que são eh contemplados pelas políticas de inclusão do estado brasileiro e da sociedade brasileira então políticas é preciso dizer resultado de lutas de conquistas mas que uma vez materializadas como políticas e implementadas na prática acabam e eh sendo marcadas por eu diria sofisticadas formas de exclusão sofisticados mecanismos de exclusão ou sofisticados mecanismos de tratar esse diferente esse anormal né como
um normal e minoritário né como esse cidadão entre aspas né como subcidadão esse detentor de direitos entre aspas como com um direito menor né ou seja constituindo uma espécie de infra Humanidade em nosso meio que seríamos Os Normais os detentores da da da da da humanidade possível e daquela que aceita o diferente que aceita o o entre aspas an normal tá eu acho preciso que a gente de algum modo que sejamos atentos para isso e acho que esse é um embate do presente acho que essa é a luta pela inclusão no presente e acho que
que essa luta no presente ela vai definir o nosso amanhã ela vai definir isso que nós chamamos de futuro né isso que De algum modo alguns pensadores chamaram de destino né Para onde nós encaminhamos as coisas para onde nós nos nos dirigimos no dia de amanhã né Eu acho que é imprescindível a gente pensar Nessas questões no presente então queria muito de algum modo situar essa reflexão Inicial pra gente de algum modo e e e trazer algumas questões vejam e eu diria né Eh olhando o que tem sido por exemplo algumas experiências sobre a presença
indígena na universidade por exemplo mas especialmente sobre a presença de de intelectuais professores e professoras indígenas Nos programas de pós-graduação na Universidade Brasileira e Mais especificamente Nos programas de de pós-graduação na área de linguística e de literatura enfim essa essa área essa grande área que que nos Abarca e e e e que dentro dela nós estamos organizados enquanto associações acho que que essa é uma questão fundamental Qual é a condição em que condição nós estamos recebendo as estudantes e os estudantes indígenas em Nossos programas em que condições nós estamos eh eh eh ampliando vagas né
estabelecendo políticas afirmativas né com com com com política de cota ou mesmo com políticas mais amplas né com turmas específicas né como alguns casos ocorrem né de de turmas inteiras formadas por indígenas de mestrandos e doutorandos como por exemplo ocorre hoje no no no ppgl da alfac né mas de que maneira nós recebemos e essa comunidade né esse grupo de que maneira nós recebemos por exemplo eh o ou ou que estamos tentando receber os grupos refugiados as pessoas que por alguma razão algum problema político ou ou ou ambiental que é sempre político também foram obrigados
a a se deslocarem a a vir para essas margens para as nossas fronteiras e adentrar nos nossos espaços de que maneira nós abrimos espaço para elas nos Nossos programas de que maneira Recebemos a as Comunidades Quilombolas os estudantes das estudantes de Comunidades Quilombolas de que maneira estamos travando o debate sobre a inserção desses grupos altamente fragilizados e vulnerabilizados que são os grupos transexuais travestis né De que maneira lidamos por exemplo dentro dos nossos programas com as pessoas surdas né Eh que política efetiva nós temo para que de fato as pessoas surdas se sintam eh eh
em casa nos nossos ambientes me parece que ess é uma discussão política de de de grande porte fundamental para todos nós e ela passa a ser fundamental porque o estado brasileiro por exemplo hoje já não autoriza só para citar um pequeno exemplo a contratação de tradutores de intérpretes de libras hoje por exemplo é uma vaga inexistente se a gente luta reivindica eh interpretes para os nossos programas de pós-graduação de Mestrado doutorado nós temos um uma trava Porque o estado embora H uma lei que que aene dizendo sim uma política dizendo que sim H uma lei
que diga que é preciso receber é preciso abrir a vaga né É preciso ter o intérprete é preciso ter o tradutor há há um impedimento prático de de não se poder fazer concurso para essas áreas Então veja que é esse o embate essa luta do presente que que pode definir o nosso futuro Mas ela precisa ser definida nesse nosso presente e acho que mais do que nunca ela tá colocada para nós que estamos nas associações que somos chamados a debater essa política que S chamados Inclusive a justificar a necessidade da Ampliação dessas políticas enfim esse
o desafio veja de que maneira nós recebemos os nossos ambientes as pessoas autistas as pessoas que necessitam de ter espaços diferenciados ambientes com sonorização diferenciada ambientes com iluminação diferenciada de que maneira nossos espaços nossos ambientes de pós--graduação na área de linguística e literatura estão preparados para isso de que maneira nós estamos preparados para receber diferentes estudantes indígenas falando diferentes línguas de que maneira esses estudantes E essas estudantes se expressam nos Espaços das salas de aula de que maneira esses estudantes E essas estudantes se expressam na apresentação dos seus estudos das suas dissertações das suas teses
dos seus trabalhos de avaliação de disciplinas dos resultados dos seus estágios de que maneira nós estamos eh capacitados a acompanhar esses estudantes E essas estudantes em pesquisas de campo nas suas comunidades de que maneira os Nossos programas se abrem por exemplo para assegurar defesa de dissertação em tese no meio da no seio da comunidade né então são questões dessa natureza que me parece que estão colocadas pra gente quando a gente discute a política inclusiva ou discute o papel da Associação das nossas associações alab abral ampol abr e outras aqui só para citar essas nós temos
outras associações né dentro da nossa área com com intensa atuação de que maneira a gente trava esse debate é um debate que devemos travar de maneira Coesa de maneira unificada de maneira contundente e precisa estabelecendo canais de diálogos com o estado brasileiro para que a gente possa construir essa essa política mais Ampla resultado dessas reflexões desses estudos mas fundamentalmente resultado desses encontros e eh interétnicos diria né desses encontros nos nossos espaços acadêmicos né e multiétnicos multiling multiculturais de que maneira esses espaços são de fato espaços pra gente poder né abrigar Essa essas diferenças né então
seria um pouco por por esse caminho que eu queria de algum modo trazer minha fala para que a gentea pensar isso né e talvez mais do que nunca lutar para que esses grupos incluídos esses grupos minorizados que são incluídos pelas políticas de inclusão eles não se sintam sitiados em nossos ambientes para que que não tenhamos pessoas surdas pessoas indígenas pessoas quilombolas autistas só para citar alguns sitiados em salas absolutamente despreparados para recebê-los Então me parece que esse é um Desafio Eh que que nós somos chamados né que exige de nós um olhar diferenciado mas mais
do que isso que existe de nós uma posição uma postura uma tomada de posição política uma intervenção política no contexto que vivemos nós recentemente aqui para para encaminhar minha fala por encerramento aqui eu e eh eh estabelecemos aqui na nossa universidade uma uma nós temos uma turma de alunos indígena é muito interessante a universidade ela ela abre essas vagas ela recebe né não é o programa é a universidade embora a política seja do programa mas é a universidade que recebe Mas é uma universidade que não tem por exemplo alojamento pras pras indígenas e pros indígenas
é uma universidade que não sabe que uma estudante e um estudante indígena nunca vem só pra universidade né que que que nunca é é um ser sozinho né que esse estudante essa Estudante tem sempre a filha o filho o parente que vem junto né De que maneira nós estamos preparados para receber E e essa essa diferença cultural esse outro cultural essa outra cultural e linguística em nossos ambientes né veja que que que que nem estamos num debate sobre a a dimensão linguística a barreira linguística né porque poucos de nós e poucas de nós estão dispostas
de algum modo eh eh eh dialogar com as línguas indígenas e estudar línguas indígenas e e minimamente eh ter uma meia dúzia de palavras indígenas no nosso vocabulário mas é é é dessa condição mais física infraestrutural né então me parece que que esse esse essa é uma questão Então nós não temos esse ambiente e eu tô falando de uma universidade que que implementou essa política né não tô falando daquelas que ainda não implementaram e que nós somos chamados a implementar porque nós temos um um um uma uma uma multiplicidade de grupos indígenas e de falantes
de de de de sabe de línguas indígenas nesse país né marcado por uma lógica muito monolíngues né então me parece que esse é o enfrentamento importante pra gente então disso que eu tô falando é dessa perspectiva né De que maneira nós nós somos capazes de dar conta disso então vejam não basta ter uma bolsa não basta ter a vaga e ter uma bolsa preciso preciso olhar de maneira mais ampla para o que significa essa inclusão no presente para assegurar que ela seja um um fato consumado no futuro para que ela seja algo trivial cotidiano no
futuro para que não se tenha que falar de política de inclusão ela já seja em si uma sociedade uma em em uma universidade em um mundo em que eh todos todas as diferenças estão contempladas né tenhamos direitos iguais nas nossas diferenças e acho que nisso as nossas associações cumprem um papel de grande importância acho que que que que somos chamados para esse para esse enfrentamento que para nós é é é é uma luta no campo político uma luta no terreno da geopolítica brasileira sabe uma luta que nos obriga por exemplo a entender essa dimensão Continental
que nós vivemos entender inclusive que nós precisamos ser inclusivos até quando realizamos nossos eventos nacionais vejam que que que neste momento nós realizamos um evento importante dentro da sbpc uma live importante mas que inevitavelmente algumas pessoas não TM como acompanhar porque estamos ignorando essa continentalidade essa dimensão geopolítica do país né num coisa mínima o horário né então eu acho que essa é uma reflexão importante para nós de algum modo eu queria trazer aqui como contribuição né E como contribuição a partir de experiências concretas que temos tido com com grupos indígenas em nossa universidade em nosso
programa de pós-graduação com grupos que T se manifestado dentro né nos Espaços que aau tem tem tem propiciado né o último encontro ali no rio na na na no o Enan Paul já já foi possível travar esse debate né e eh com intelectuais indígenas se manifestando em mesa colocando suas questões né Eh nos desafiando a pensar uma política linguística para a pós-graduação no Brasil né são poucas as experiências de política linguística que temos na pós-graduação né e e isso para para nós é é algo fundamental porque estamos falando da área de linguística e literatura necessário
que os nossos programas assumam isso é necessário que as nossas associações incentivem e assumam esse papel de construir né de de impulsionar a produção dessas políticas linguísticas entendendo todas as peculiaridades locais e regionais entendendo os diferentes grupos que estão aí assentados em nossas localidades entendendo essa multiplicidade linguística e e e aí eu me refiro não apenas a essa multiplicidade que envolve o o o as línguas indígenas ou ou os muitos portugueses indígenas mas também todas esse conjunto de outras línguas europeias que estão nas nossas fronteiras que estão nos nossos ambientes né o inglês o francês
o alemão o italiano japonês enfim um conjunto de outras línguas que também estão nessa sociedade e que se olharmos o que é o Brasil das Fronteiras que é gigantesco a gente vai ter uma dimensão linguística extraordinária e vai ver o quanto é imprescindível e é pensar na inclusão a partir de um suporte de uma clara política linguística então seria um pouco por esse caminho e a partir de uma experiência concreta porque nós adotamos criamos esse Esse instrumento esse Marco eu diria um Marco Zero aqui na nossa instituição de um documento com uma política linguística pensando
nos grupos que vivem no espaço das fronteiras do Brasil mas também nessa outra fronteira que que que vai daqui até o surinam daqui até a Guiana que vai da Bolívia até até o surinam ou seja uma fronteira gigantesca de de de de um mundo que abrange eh eh olhando o que é o Brasil olhando o que que é a geopolítica do Brasil o mundo amazônico abrange 60% desse terr desse território como uma fronteira extraordinária Então me parece que a gente é esse esse esse o debate sobre a inclusão que para nós é imprescindível então ele
ele tem diversas nuances ele tem diversas possibilidades e E essas possibilidades são pra gente encarar como luta como como causa Nossa das nossas associações dos nossos progamas de predação para travar o embate a boa luta para construir uma política que de fato seja inclusiva nesse país inclusiva no presente uma inclusão que de fato inclua e não uma inclusão que exclua né para que a gente possa de fato assegurar esse futuro que que almejamos então seria algo assim que eu queria de alguma maneira eh eh eh propor aqui eh eh eh eu creio que já encerrou
meu tempo eu não sei Cristian quanto tempo ainda tenho mas de algum modo era isso e e e me colocar pro debate tá aberto para o debate porque eu penso que o diálogo o debate das questões assim algo super imprescindível e e evidentemente aqui para ouvir a a dores e o kleb a gente poder fazer essa conversa com aquelas pessoas que nos acompanham tá muito obrigado é isso então gente boa tarde novamente a gente volta aqui na nossa nosso encontro na 76ª reunião anual da sociedade brasileira para o progresso da ci cujo tema é exatamente
ciência para um futuro sustentável e inclusivo e a gente tá aqui discutindo exatamente o papel das associações para um futuro inclusivo na área dos estudos da linguagem G muito obrigada inclusive por me lembrar que eu dei boa tarde Logo no início mas para outras regiões acho que ainda tem no finalzinho de um bom dia então bom dia novamente para as pessoas a gente mudou de intérprete a gente tá agora com a jos que é uma mulher negra de cabelos cacheados solto soltos usando uma faixa vermelha no cabelo ela está com uma blusa branca na cor
creme mais ou menos né e um fundo um pouco bege eu diria eh gess nos presenteou com com uma fala muito importante evidenciou a importância da eclusão que gera política e que consequentemente pode nos possibilitar a promoção da justiça social ressaltou também a pluralidade étnica e consequentemente a pluralidade linguística demonstrando uma coisa que eu considero muito importante que seja entendido e ele falou isso muito bem que é o resultado de lutas né a política é o resultado de lutas né E essas lutas também passam perpassam eh as nossas discussões as nossas reflexões a construção da
coletividade que que é o que nós estamos fazendo aqui de alguma forma né E a nossa responsabilização enquanto associações foi muito importante a discussão feita por Jess porque ele trouxe nos fez pensar né se as nossas políticas afirmativas elas estão levando em consideração as línguas dos povos indígenas das pessoas refugiadas das pessoas surdas e de tantos outros grupos da nossa sociedade que necessitam de um espaços diferenciados como ele bem mencionou o caso das pessoas autistas enfim eu eu antes de passar a palavra para Professor Cléber eu deixo aqui algumas indagações né referente ao que nos
foi falado pelo Professor Gerson que é se nós estamos realmente né as nossas universidades Estão realmente Preparadas para toda essa diversidade para toda essa pluralidade acho que ele já adiantou algumas coisas e será que nós estamos realmente contemplando todas as diferenças né Gerson acho que essa discussão é extremamente importante então agora eu vou passar a palavra para o professor Cléber aves Jataí que é o presidente da Associação Brasileira de linguística abralin que irá então nos presentear eh com a sua fala n e final de manhã hosit em algumas regiões com você Cléber eh Boa tarde
então a todas e todos e todes né eu gostaria aqui de começar a a minha fala com minha autodescrição eh eu sou eh Professor Cléber trabalho na Universidade Federal de Pernambuco e atualmente eu sou Presidente da abralin Associação Brasileira de linguística eh sou um homem Pardo de 40 anos eh cabelo curto eh com óculos e estou com uma camisa azul de Botão eh encontro-me no meu ambiente de trabalho particular na minha residência ao fundo desse ambiente está uma parede branca com alguns quadros né Eh Então feito isso quero aqui então agradecer eh imensamente essa oportunidade
de conversar com os colegas com a Doris e com o jesson sobre o papel da associação né das associações científicas para um futuro inclusivo né E aí eu gostaria de parabenizar então a iniciativa da professora dores eh que propôs né Essa articulação essa mesa esse encontro para que esse debate eh acontecesse então Eh esse encontro é importante porque a gente enquanto uma associação científica permite a gente refletir sobre como a inclusão né ela pode estar atrelada às Nossas ações enquanto eh gestor de uma associação científica né enquanto eh professores que articulam que pensam a pesquisa
a produção científica no país na área estudos da linguagem então eh gostaria de agradecer e dizer que eu estou bastante contente por esse momento né Eh justamente acontecer também na Live no canal eh da Lap eh bom então para começar a minha fala eu vou aqui ah tentar eh mostrar o quanto a abralin tem atuado na articulação da inclusão né ou na verdade eh apontar essa temática dentro das suas ações então Eh eu vou aqui escolher tratar de alguns eh de algumas ações que a bralin tem promovido né E como esse tema tem tem entrado
na nossa eh na nossa gestão eu eu eu sei que é um tema eh quando a gente fala de inclusão é um tema bastante eh é é um tema de várias camadas né de significação e de várias discussões mas aqui eu vou escolher eh falar sobre na verdade as ações que envolvem a bralin né então desde a sua criação e e mostrar assim o quanto a bralin sempre esteve atenta a essa temática né e e ela sempre teve eh eh ela sempre teve eh num protagonismo de muitas ações que envolveram a implementação da cultura científica
do país E aí eu vou escolhir tentar eh trazer algumas temáticas que ao ao longo desses 55 anos da abalim eh promoveu e provocou a sua comunidade acadêmica para discutir sobre políticas linguísticas por exemplo políticas de formação de professores e linguistas né e políticas para divulgação Científica então aqui eu vou trazer algumas temáticas né algumas ações na verdade que revelam o quanto essa esse tema da inclusão sempre esteve presente desde da criação eh eh da bral então a gente pode dizer que na verdade a partir daí a né a partir desse pequeno levantamento que eu
fiz eu posso considerar que a bralin tem sido uma força motriz na promoção da inclusão dentro dos estudos linguísticos no Brasil não só a bralin mas também a laab por exemplo e várias outras associações científicas da área de estudo da linguagem então aqui nesse momento eu vou tentar apresentar essas ações e projetos da associação que ao longo dessa trajetória de 55 anos essas ações foram contribuindo para se pensar um futuro inclusivo no campo do estudos da linguagem e aí para para fazer isso eu decidi na verdade fazer algumas algumas escolhas de fontes de onde é
que eu poderia eh buscar esses relatos de onde buscar essas Fontes em que revelassem para mim o quanto a bralin eh desenvolveu ações né de inclusão ao longo da sua eh das suas gestões né acam nesses 55 anos e para eh eh resgatar né dessas vivências e essas experiências eu recorri a alguns testemunhos que são atados eh em Fontes importantes como por exemplo essa obra que que festejou os 40 anos já bralin né e que dentro dessa obra há testemunhos importantes que ajudam a gente a pensar Eh esses testemunhos como fonte de historiografia né para
que a gente possa entender como essa história vai além do registro dos fatos então Eh esse esse trabalho desenvolvido na época da gestão do professor dermeval como presidente nos diz o quanto a associação eh sempre eh esteve aí na verdade eh eh atrelada ao tema da inclusão as ações que envolvem né Toda a produção eh eh acadêmica da abralin eh estiveram aí como pano de fundo a inclusão e um outro testemunho que eu também considerei para falar aqui para organizar esse momento de conversa foi os testemunhos dados justamente no eh neste livro né que também
comemora 50 anos da bral em 2019 que foi organizado pelo professor eh pelo professor Miguel n na sua gestão em 2019 abrel fez 50 anos e aqui nesse livro eh a gente tem vários relatos dos presidentes que revelam o quanto né os testemunhos estão revelando assim para Nossa geração como os temas foram selecionados hierarquizados né como eles registraram na sua época essas ações então eh eh tudo que eu vou tratar aqui na verdade eh São relatos testemunhos que revelam quanto as gerações anteriores à minha eh registraram essas ações e marcaram eh os eventos da bral
e E aí para começar eu eu trago aqui essas ações que envolvem as políticas públicas né então o que que o que seria na verdade isso então são ações que garantiram ou garantem a participação de de de grupos por exemplo sobre representado no estudos da linguagem e o reconhecimento da pluralidade diversidade linguística então isso sempre foi né Eh eh uma preocupação das gestões da bralin então e aí eu eu relembro um fato que eu aconteceu em 84 quando a bralin se manifestou contrário né a um convênio assinado a Funai com um instituto eh dos Estados
Unidos eh que seria responsável pela elaboração de de de estudos e descrição de línguas indígenas que isso não acontecia por exemplo pelo Pelas universidades brasileiras então AB manifestou contrária à assinatura desse acordo exigindo que fosse o dever do Estado e das universidades brasileiras elaborar e executar um plano estavel de documentação e descrição das línguas indígenas Porque até então isso não era de responsabilidade eh do estado e nem das Universidades e isso marcou Então a primeira ação da bralin praticamente que a gente pode pensar numa ideia de que é um um uma ação que envolve políticas
públicas né E que estar aí eh envolvida a inclusão sobre a possibilidade da eh do próprio estado brasileiro e dos pesquisadores brasileiros serem responsáveis pela descrição e documentação das línguas indígenas e línguas indígenas certo e isso eh eh foi eh criando Na verdade uma cultura de Formação né de linguistas preocupados na descrição das línguas indígenas isso em 84 mais recentemente a gente saindo do passado e vindo para o o um passado mais presente né em 2022 eh a abralin assina junto com as outras entidades representativas aqui né Eh dos povos indígenas a carta de Belém
e nessa carta de Belém há uma reivindicação da criação do departamento de políticas linguísticas dentro do Ministério dos povos indígenas para a promoção das línguas indígenas eh e do Fundo Nacional para a promoção das línguas então e isso mostra o quanto né as ações da abralin estão sempre eh eh voltadas muitas das ações AB São voltadas para essas políticas de reconhecimento né da garantia do dever do Estado em em eh eh preservar né e valorizar essas línguas indígenas que constituem eh Na verdade o caráter mul linguístico do nosso país Então abralin teve eh teve essa
iniciativa e coordenou essa ação justamente dentro do do do evento eh chamado viva língua viva que é um evento que reúne pesquisadores na área de línguas indígenas e que acontecem a cada dois anos e eu vou falar um pouquinho mais sobre isso então é uma ação foi uma ação importante e que isso marca o quanto a balen sempre está envolvida com essas ações que eh envolvem as políticas públicas né Eh pensando nessa ação ainda ou nessas políticas que envolvem né a questão linguística no país eh recentemente por exemplo nós da bralin E aí eu vou
me referir à comissão de políticas públicas eh coordenada pelo professor shoan da federal de eh do Fluminense e junto com a professora Jael de Pelotas e professor da UFMG eh recentemente tivemos uma uma uma produção de uma nota técnica em que a gente eh Tenta aí estudar por exemplo eh eh eh essa portaria a portaria 623 que ela estabelece né normas de eh eh De proficiência normas que indicam ou na verdade comprovação de da comunicação em português pelos imigrantes e essa nota e essa portaria ela tem ela ela tem alguns problemas né E essa comissão
eh identificou esses problemas né E E então produzi uma nota técnica eh que define ou pelo menos repensa né pelo menos o artigo 5to dessa dessa nota e eh eh e essa nota propõe eh alguns ah algumas alguns mecanismos né Eh de comprovação sem ser por exemplo a aplicação do exame do CEP Braz ou então de cursos eh específicos eh que vão determinar né a a a proficiência desse Imigrante na língua portuguê então a bralin diante eh desse estudo né dessa portaria eh 623/2022 2020 conseguiu a partir de um grupo de trabalho eh propor uma
minuta eh em que altera né essa esse artigo 5to eh e dispõe sobre o documento aceitos para a fim de comprovação de proficientes português e procedimentos de naturalização ordinária e especial eh essa essa essa minuta ela foi apresentada no dia 26 ao Ministério da Justiça e segurança e a gente por exemplo vai eh para uma audiência pública apresentar uma proposta eh de reformulação dessa portaria além de estabelecer eh um curso de português como língua de acolhimento para os imigrantes justamente com a parceria com esse Ministério o Ministério da Justiça então e é uma ação importante
é uma ação que revela o quanto a bralin né está ou pelo menos seus os seus associados né os seus pesquisadores estão aqui envolvidos em ações que promovam aí eh a repensar as políticas públicas do do estado e além disso a bralin também tem desenvolvido ações de divulga de apoio e divulgações de Pesquisas né então apoio de projetos de pesquisas que abordam questões da diversidade linguística e inclusão e aqui eu vou eh retomar eu vou apresentar para vocês por exemplo dois grandes projetos ou pelo menos um grande projeto já foi desenvolvido e é um outro
que está e em em elaboração então um projeto eh de apoio que envolve o tema da diversidade linguística da popularidade e da inclusão envolve aí esse inventário Nacional eh da diversidade linguística que foi elaborado a a partir da parceria com ifan Então a partir de várias ações eh na gestão por exemplo de 2019 2000 8 2009 a a abralin conseguiu eh desenvolver junto com pesquisadores do Nordeste né Eh esse inventário um levantamento linguístico das variantes usadas nas comunidades de sdo de uma pessoa em Recife esse material foi publicado e ficou à disposição desse Nacional da
diversidade linguística então é um projeto que foi uma iniciativa da bralin em parceria com o ifan é um projeto também importante que a bralin Tem cada vez mais se inteirado cada vez mais eh incentivado eh são projetos de revitalizações e retomadas das línguas indígenas então Eh são projetos em andamento eh e tem acontecido um diálogo constante da comissão de línguas indígenas da abalim e que a gente tem envolvido trazer os professores para para debater eh pensar em estratégias que possam justamente eh eh valorizar as línguas indígenas e pensar em projeto de retomada das línguas aí
que estão eh em em em processo de desaparecimento né então a gente pode pensar que isso é um projeto que envolve aqui apoios a projetos de pesquisa e a divulgação também das ideias que eh a abralin promove ah Além disso né a abra ali em 2017 estabeleceu no rol das áreas temáticas E aí eu posso dizer que eh eh talvez tenha sido um grande efeito da bralin porque isso eh tem configurado ou configurou a partir daí um um um cenário uma fotografia diferente por exemplo na área dos estudos de línguas de sinais ou das línguas
sinalizadas em 2017 a bralin estabeleceu no rol das áreas temáticas eh que são as áreas né que são eh apresentadas em congressos que recebem propostas de simpósios por exemplo a área de línguas indígenas não por longa data por exemplo as pesquisas as pesquisas que envolvem as que envolveram as línguas finalizadas eram colocadas na área de educação especial ou evento específico isolar dos estudos linguísticos em 2017 a abralin decidiu eh estabelecer uma área né Eh uma área temática aí em eh que pudesse estudar e debater as pesquisas na área das línguas izadas e culminou em 2016
eh abra ali em cena libras que aconteceu na cidade de Maceó e foi um evento importante em que congregou pesquisadores que se envolveram com as línguas sinalizadas são eram pesquisadores surdos e ouvintes então isso mostrou o quanto né a bralin eh eh tentou trazer para o debate científico dentro da sua responsabilidade eh as línguas eh sinalizadas e eh o que demonstra que AB bral sempre teve essa preocupação de tentar trazer para o protagonismo eh eh os grupos que durante muito tempo foram sub representados ou ainda são sub representados né como por exemplo os pesquisadores que
trabalham com as línguas sinalizadas eh dentro também desse eh dessas ações que envolvem eh e é o apoio e a divulgação de Pesquisas a gente também tem que que falar de uma ação importante né que é a criação em 2019 do seminário internacional língua viva língua e o objetivo desse grande evento eh era justamente reunir membros da comunidades indígenas docentes decentes pesquisadores para discutir intercambiar e fomentar desenvolvimento e ações de preservação revitalização e retomadas de línguas indígenas e minoritárias e esse é evento o primeiro aconteceu em parceria com o museu eh o museu no Rio
de Janeiro ah o Museu Nacional e ah a federal do a federal do Rio de Janeiro também aconteceu em 2019 primeira vez em 2022 aconteceu em Belém né e agora estamos na terceira edição que vai acontecer em Boa Vista E aí esse evento eh consegue eh assim como foi o evento eh eh da abali ensina libras eh congregar né pesquisadores eh indígenas Ah que possam falar sobre as suas descobertas os seus projetos né e intercambiar e fomentar ações de preservação e revitalização dessas línguas então é uma ação importante que a gente considera como uma ação
que inclui né esses pesquisadores esses esses grupos sub representados na cena na divulgação das pesquisas eh em linguística Então essas ações também marcam o quanto a bralin esteve né nesse nessa trajetória de 55 anos eh envolvida aí nessa temática além disso a gente também pode quando a gente tá falando de inclusão a gente tem que falar necessariamente de democratização do conhecimento e E aí eu lembro de mais uma ação da bralin que aconteceu em 2008 de descentralizar as ações e promover discussões das Universidades distantes dos tradicionais centros de pesquisa né então abral instituiu abralin cena
um evento que antecede o grande Congresso Internacional e que a saal em Sena eh pelo menos até então ocorreu eh em em cidades né Eh ou em centros de Pesquisas afastados dos centros dos grandes centros urbanos das capitais de centros urbanos então eh eh então a gente teve a bral cena eh em Rondônia né em Manaus no Araguai eh eh em Tocantins ah eh então no Piauí também então são cidades que essas ações né dificilmente chegaria por conta da dificuldade de deslocamento né da dificuldade de acesso a a a outros pesquisadores né a a a
produção científica de outros pesquisadores Enfim então a abalen cena permitiu e vem permitindo que eh o o o o os avanços né apontados nas ciências linguísticas sejam também apresentados nos nos lugares que geralmente a gente não tinha uma tradição né de grandes eventos então a a abalim permitiu e tem permitido eh se acessa ao conhecimento né quando leva eh os pesquisadores os cursos forma ações para esses centros que são descentralizados e eh pensando nessa ideia de democratização então recentemente por exemplo a abral instituiu a escola ja abralin que a gente tem chamado de abra e
essa ação também descentraliza e promove cursos em diversas regiões do país em parceria com diferentes universidades então durante 2024 nós teremos várias ações né em que envolveram várias cidades eh E essas ações elas vão acontecer na região do Norte na região centro-oeste Nordeste do Sul isso do país eh em levar ações que promovam a formação né de novos pesquisadores eh que dê informação para os alunos que estão atuando eh chegando no mestrado e no doutorado e isso mostra o quanto a gente tem pensado em dar acesso ao conhecimento e as Ciências produzidas de pon nos
grandes centros e que se deslocam também para os centros não tão valorizados assim isso mostra o quanto o o tema de inclusão está também atrelado à democratização de acesso ao conhecimento produzido nos grandes centros de pesquisa e aí essa a ação da abal vai acontecer justamente em 24 em várias regiões então nós temos um site que divulga asações das escolas ja abralin eh e dentro dessas escolas para Alin a gente pode pensar a gente pensou em dois grandes cursos que eh Talvez assim eh eh de alguma forma eh demonstram o quanto essa temática da inclusão
eh está eh associada Às nossas eh As Nossas ações de administrativas né institucionais de alguma forma e aqui em Recife teremos um curso né ministrado por um professor convidado que vai tratar justamente da revitalização eh linguística e línguas do nordeste em que receberemos eh comunidades linguísticas comunidades indígenas em que eh São alunos do curso de licenciatura eh intercultural da UFPE eh que H estão pensando em projetos para revitalizar as línguas das suas comunidades então ah há haverá uma reunião em que a gente vai conseguir congregar alguns desses pesquisadores para pensar em projetos futuros e eh
o curso também eh de Formação inicial de docentes eh do português como língua de acolhimento em diferentes contextos e aí esse curso ele é uma ação direta justamente uma consequência da discussão da portaria 623/2021 que institui lá o os dispositivos né Eh que marcam a proficiência dos Imigrantes em língua portuguesa Então esse curso é pensado xamento para esses imigrantes e esse curso Possivelmente ele será eh realizado em parceria com o Ministério da Justiça e outras instituições né que estão em diálogo com a gente então vejam que essas ações elas garantem informação para os nossos Associados
para os nossos estudantes e também fazem com que eh a gente consiga entender eh a relação entre inclusão e democratização do conhecimento linguístico bom e o o que que eh essas ações TM gerado Impacto né como a gente pode pensar o impacto dessas ações para uma transformação dessa paisagem acadêmica então a gente precisa eh entender que a bralin tem muito a dizer nesses né seus efeitos acadêmico científico nesses 55 anos e que todas essas ações ou pelo menos algumas que a gente tem relatado e várias outras que que eu poderia relatar aqui mas essas ações
Elas têm transformado né a paisagem acadêmica Então essas iniciativas que algumas que eu demonstrei aqui outras que a gente eh vocês podem ter acesso a ao vasto material que a gente tem publicado nas redes sociais no site da bralin elas são iniciativas que podem promover mudanças significativas na formação de novos professores e pesquisadores na área principalmente dos grupos sub representados né E aí eu vou citar eh os pesquisadores na área de de línguas indígenas e em línguas sinalizadas Então isso é uma iniciativa importante tanto que a partir do momento em que a bralin deu vez
e Voz A esses pesquisadores e a essas temáticas a gente tem um protagonismo maior desses professores né e agora a gente precisa pensar de outra maneira então a gente precisa agora pensar quantos são esses professores e pesquisadores surdos e indígenas que atuam na área onde esses pesquisadores estão e como e quais são as condições atuais de trabalho deles e eu acho que esse é um levantamento que a gente agora precisa fazer já que eh eh essas ações da bralin Já faz um certo tempo há políticas públicas também de incentivo ao protagonismo desses grupos sub representados
e agora a gente precisa tentar mapear onde eles estão quanto eles são justamente Quais são as contribuições que eles têm dado né acho que talvez seja a tarefa eh das associações na área do estudos do estudos da linguagem eh avanços na inclusão e diversidade Então como eh pensar como as pesquisas no âmbito da pluralidade e diversidade podem contribuir para futuras ações que envolvam as políticas voltadas para a inclusão E aí a pergunta que a gente precisa fazer é como ampliar a formação orientada para as demandas do Mundo do Trabalho no contexto de uma sociedade sustentável
diversa e equitativa E equitativa então a gente precisa pensar como a gente tá avançando e o que a gente avançou ampliar ainda mais né essa formação para que a possa garantir uma formação mais adequada né e eh garantir e a importância contínua dessa visão inclusiva eh para que a gente consiga eh eh perceber né Eh o quanto a gente já avançou e o quanto a gente precisa repensar algumas práticas então eh e aí isso vai fazer com que a gente consiga continuar e liderar iniciativas que promovam a pluralidade e a diversidade linguística a inclusão e
a Inovação dos estudos da linguagem e projetar os próximos passos né eh pensar no futuro como é a proposta justamente eh dessa mesa então a gente precisa pensar no futuro projetar esse futuro para popularizar a ciência linguística através de práticas que D acesso às Comunidades sociais e economicamente excluídas no conhecimento básico sobre a ciência e sobre seu funcionamento porque acho que a gente uma questão que a gente precisa pensar enquanto Associação e enquanto instituição é que eh o nosso fazer científico ainda é desconhecido por muitos então a gente corre o grande risco de não saber
comunicar aquilo que a gente faz e por isso que popularizar a ciência linguística é uma forma da gente democratizar a ciência e permitir que eh a gente consiga dar acesso às Comunidades sociais economicamente excluídas para que elas consigam pensar a ciência como Alternativa de uma melhoria de vida né Eh permanecer vigilante também em relação às ações políticas que impedem o fazer científico adequado para o tema da inclusão eh porque a gente precisa pensar que o fazer científico adequado precisa ser instituído Então não é de qualquer maneira que a gente faz né ciência então isso precisa
ser eh constantemente eh fiscalizado então a gente precisa saber como fazer isso né então a gente tem que permanecer vigilante em relação a essas ações polí que impede esse fazer eh científico adequado além disso a gente precisa pensar em ações de conscientização da comunidade acerca da importância das associações na área então tô falando da comunidade acadêmica mesmo porque aí a gente não pode achar que a lá abra al abra al que sejam uma associação que representa a área e que a gente só eh a gente só precisa pensar nelas quando a gente vai participar de
algum congresso então eh conscientizar a nossa própria comunidade acerca da importância da associação porque só assim a gente consegue fortalecer a a relação das associações científicas com órgão público com órgãos públicos a fim de marcar o nosso lugar político que eu acho que talvez isso seja A grande questão né Nós enquanto Associação Por que que eh a gente não tem representação não tem vez e voz não é consultado por exemplo eh para as políticas linguísticas que são implementadas pelo Estado e E aí talvez eh isso seja um reflexo de da não conscientização da nossa comunidade
né da nossa importância e como a gente pode contribuir para eh essas políticas públicas então a gente precisa fortalecer essa relação da associação com algun públicos e marcar o nosso lugar né então vejam que existe uma eh existe uma série de de questões que a gente precisa repensar reavaliar né e refazer para que a gente possa entender o papel da associação para não só a inclusão mas para inovação paraa renovação da nossa área e para pensar de maneira inclusiva e democrática eh o conhecimento linguístico Então eu acho que tenho não tenho mais mais tempo mas
é mais ou menos isso que eu queria eh trazer para essa mesa esse debate essa discussão então agradeço mais uma vez a audiência e espero o debate paraa gente conversar mais um pouco obrigado obrigada tambémé por suas palavras pelo histórico que você nos trouxe e eu aproveito também a partir da sua fala convido todas as pessoas a fazerem perguntas a fazerem comentários a contribuirem com as nossas discussões né com que tá sendo realizado aqui nessa tarde você eh eh construiu a sua fala pensando na Tríade né de políticas linguísticas formação docente a divulgação do trabalho
científico e a responsabilização da própria abralin diante de todo esse trabalho né pensando o futuro construindo o presente né trouxe as informações que talvez não seja de conhecimento de todas as pessoas como a contribuição de vocês né da bralin paraa carta de Belém para para sugestões e alterações feitas né na portaria 623/2022 pensando enso de plaque né de português como língua de acolhimento e consequentemente pensando o futuro né Eh foi muito bom saber sobre os cursos né que a obral pretende oferecer incluindo né a a as línguas indígenas do Nordeste reconhecendo E promovendo essas línguas
e também pensando nessa nesse português como língua de acolhimento sobretudo dentro de uma formação docente que é tão importante que tenhamos professoras e professores Preparadas e preparados para lidar com público que necessita da língua por diferentes razões né então agradeço Cléber suas palavras e agora eu vou chamar a professora Doris Matos que é a Presidenta da Lab né que está acolhendo a mesa de hoje que irá também fazer as suas contribuições agora é com você amiga passo a palavra para você olá Obrigada Cris Bom dia e eu sou ent dores né Presidenta da Lab como
Cristiane já me me apresentou vou fazer a minha audiodescrição uma mulher de pele clara óleos castanhos cabelo com luzes liso estou com óculos preto e visto uma camisa preta com um casaquinho jeans por cima bom então é com muita satisfação e alegria né que eu Saúdo Cristiane Saúdo Cléber Saúdo Gerson as nossas intérpretes também em nome da Denise que está aqui a ao me lado nesse momento então ah em nome da Lab nãoé então vou fazer aqui a minha fala pensando Qual que é o papel né das associações para um futuro inclusivo nos estudos da
linguagem Então se a gente for pensar não é que a que a linguagem ela atravessa as nossas vidas como que as nossas vidas elas não vão atravessar as nossas pesquisas né então eh tanto o kéber né como o Gerson que me antecederam e também a conferência que a gente teve mais cedo da Professora Tânia Rezende acabaram de alguma maneira tocando nesse nesse viés né Desse atravessamento de vidas então mais do que a pesquisa em si quem são esses sujeitos essas sujeitas essas pessoas né Essas pessoas que estão aí trabalhando em pró da ciência seja no
nosso país na América Latina onde for então enquanto Associação eu entendo que a gente tem que pensar em agenda de divulgação Científica né E também praxes que sejam comprometidas com a diversidade que é justamente que tá propondo tanto o evento né da sbpc quanto a nossa mesa dentro desse evento Então como que é a diversidade étnica eh racial de gênero etária enfim de todos os tipos né Elas vão poder atravessar justamente essas pesquisas e esses sujeitos eh ah Glenda né Glenda Melo ela colocou que por exemplo a questão racial na linguística aplicada ela é recente
então Digamos que é um é um at que vem aí de alguns anos algumas décadas né e pensando isso a nossa história é sim recente e aí a gente coloca também a questão de gênero sexualidade enfim todas as as interseccionalidades que a gente pode trazer dentro do debate então pensando que é algo recente é algo urgente não é então não é só um futuro inclusivo é também um presente Como disse o Gerson ali no início e e trazendo as palavras de neg bispo né Pando a confluência ou uma Cosmo percepção nãoé E também o envolvimento
que krenak nos coloca como confluencias isso como uma forma de potência né de potência como como ciência então a ciência e essas essas questões elas estão vindo muitas vezes com com o modelo positivista é um modelo que não leva em consideração justamente o que a gente tá colocando aqui então esse sujeito ele muitas vezes ele é apagado ele é distanciado quem que é essa pessoa que pesquisa quem que é essa pessoa pesquisada né O que que elas t em o o masculino genérico que também indica os problemas né e as questões de gênero sexualidade Então
quais são os lugares de fala os lugares principalmente de escuta né que a gente tem que partir porque voz todos T né Mas será que são escutados então fazer uma ciência comprometida com a justiça social e a justiça epistêmica é também um desafio para as associações para ilustrar o que eu tô falando né para trazer como exemplo eu e Cristiane também a professora Elan da UFS e o professor abr da UnB realizamos uma pesquisa há uns cerca de dois ou TR anos pensando as tendências contemporâneas nas pesquisas nacionais e internacionais em linguística aplicada né no
eixo temporal de 2007 a 2021 que é um eixo seguin é um é um trecho né digamos assim seguinte é uma pesquisa anterior feita pela professora Vera benzes então a gente levantou diversos periódicos aí dos nacionais né que foi a pesquisa que eu e Cristiane nós a temos a gente pensou a algumas revistas como a trabalhos em linguística aplicada Delta especialist revista brasileira de linguística aplicada linguagem ensino então algumas das revistas né então foram mais de 3.000 artigos internacionais e por volta de 2000 artigos nacionais analisando aí esses resumos então a gente pensou em mapear
essas tendências contemporâneas né Então quais são as tendências dessas pesquisas nacionais e internacionais na área de linguística aplicada O que que está nos interessando o que que nos caracteriza como aa e a gente foi levantar por exemplo os temas das pesquisas eh os métodos né as teorias as línguas e aqui como recorte pro pro que eu tô apresentando para vocês vou trazer um um exemplo no resultado né relacionado às línguas então a língua mais apontada por exemplo dentro do do dos estudos né foram os estudos voltados pro inglês né ela foi a a dominante E
aí eu tô fazendo um recorte da revista rbla né a brasileira de linguística aplicada então era a língua dominante né com cerca de 27 dos resumos depois seguia do português né na língua materna nesse caso com 18% dos estudos seguida do espanhol com 27 por perdão com 5% dos artigos aí depois vem outras línguas que eu tô colocando aqui é que vou me ater por exemplo libras alemão línguas indígenas italiano francês e diversas outras línguas vistas como minoritárias né dentro desse estudo por quê Porque a gente viu né o resultado em relação a número de
pesquisas e aí por que que eu tô querendo trazer então alguns exemplos de pesquisas em linguística aplicada voltadas para a área de libras né então a gente tem um exemplo o valor da interação na aquisição de uma língua de sinais o corpo texto ou um texto corpo né apontamento sobre a Literatura e a performance na cont ação de histórias e língua de sinais sonoridade Visual na literatura em língua brasileira de sinais alguns exemplos né como não eram muitos né como eu coloquei então a gente fez esse levantamento então exemplos de pesquisas em línguas indígenas educação
bilíngues língua cultura indígenas o caso de apiau tapirapé línguas em conflito em curso de licenciatura intercultural indígena o nativo ablan ismo na investigação das línguas indígenas o caso do mapudungun no Chile então esses são alguns né alguns dos exemplos ã de Pesquisas relacionadas Então se a gente pensar que hoje em dia né Muito se fala ah em uma linguística aplicada indisciplinar transgressiva dores da preses visagem linguística aplicada soleada de resistência implicada transviada Então a gente tem diversos né adjetivos aí para trazer pensando o que se entende como linguística aplicada hoje né contemporânea mas quando a
gente tá dizendo isso a gente tá falando de qu não é de que a gente tá falando quando eu falo linguística aplicada transviada por exemplo o que que eu tô querendo incluir aí né então e aí falando inclusão incluo né a partir da fala da Professora Tânia agora mais cedo na conferência né que ela falou sobre uma linguística aplicada na perspectiva cosmol ambiental como que a linguística aplicada ela vai poder promover isso né pensando o o trabalho com as línguas e e as linguagens como espaço também de transformação social então eu entendo nesse sentido que
o nosso papel enquanto associações científicas para esse futuro para esse presente né presente principalmente futuro pensando numa prospecção né inclusiva seja justamente pautar essas onto epistemologias Então para que os estudantes os pesquisadores enfim não sejam mais excluídos desse desse ambiente que é justamente o ambiente escolar o ambiente universitar o ambiente da da pesquisa e da ciência em si já que eles Como disse patana eles não desistem na verdade eles são excluído então a gente vê aí um racismo epistêmico né A academia ela acaba não abraçando né não não legitimando na verdade outros saberes quando está
aí voltada para uma política pensada no modelo positivista então se a linguagem ela é vista né como um espaço político um espaço de transformação social ela vai ser justamente uma construção coletiva E aí entra justamente o papel nosso papel né papel das associações também não é então quando a gente pensa em eventos em políticas públicas políticas linguísticas Professor eh Cléber por exemplo trouxe vários exemplos né da abralin nesses 55 anos a laab um pouquinho mais jovem né Lab completou aí no mês passado 34 anos mas a gente de alguma maneira trabalha né trabalha bastante em
prol dessa diversidade Já que é uma construção coletiva A professora disse nem todos eu anotei aqui tem a letra c mas tem a palavra emancipatória E aí quando isso foi dito na conferência né de mais cedo eh me lembrou a oportunidade que eu tive né em janeiro de ir Justamente a a Universidade Federal do Acre em convite do Professor Gerson né participar do representando a Lab do congresso linguagens e identidades amazônicas né em que todos os palestrantes né eram os palestrantes indígenas da turma né que eles têm de professores e estudantes indígenas do mestrado e
do doutorado eu estava lá para poder representar a associação então Eh o professor né Professor Gilson tapirapé Ele disse que a naquele momento que a escrita ela não consegue ensinar o cocar né como que você vai ensinar um saber ancestral né a partir da escrita então diversas linguagens né a gente tem que pensar em diferentes linguagens e modos políticos de pensar a linguagem para que todos possam ser entendidos né então a escrita ela não vai por exemplo ensinar um canto ancestral também então isso não não a essa Cosmo percepção ela não é vista né Então
nesse sentido o nosso papel nosso papel para essa inclusão E aí ampliando um pouquinho né e trazendo para minha área específica já que eu estou dentro da linguística aplicada e também sou eh professora de espanhol eh se a gente for pensar o caso do espanhol né nessa pluralidade linguística pluralidade na escola então tem todo um movimento das associações não é e também eh de professores de pesquisadores pensando essa essa pluralidade linguística né como como ampliar já que hoje a gente tem aí esse monolinguismo instituído né da da língua inglesa e aí essa semana teve aí
uma uma um turbilhão né Se a gente for pensar em relação a isso já que foi votada votado né lá na Câmara dos Deputados o PL 5030 de 2023 que tem tentava né de alguma maneira corrigir os diversos problemas né causados justamente pela reforma do ensino médio então a gente teve aí no senado né algum avanço em relação a isso no texto né ampliando esse ensino de línguas na escola incluindo né o inglês e o espanhol como obrigatórios e possibilitando a oferta de outras línguas então pensando essas comunidades de Fronteira Como já foram ditas nas
nas falas anteriores principalmente do Gerson não é então ampliando do que a comunidade escolar pudesse sim ofertar essas línguas ã quando está dentro dessas dessas características mais individuais né mas aí simplesmente na terça-feira na Câmara dos Deputados a gente tem de novo né esse pêndulo né de retrocesso de retrocesso e mantendo aí o o inglês unicamente como como obrigatório então um dos das justificativas e por isso eu tô trazendo era o justificativa do rel autor né Mendonça fil o imperativo da universalização com qualidade do ensino da língua inglesa né então a gente não precisa né
falar da importância da relevância do inglês no mundo mas das outras línguas a gente precisa precisa o tempo inteiro estar seja enquanto indivíduo seja enquanto Associação e como um coletivo está né dizendo como perpassou as falas anteriores a importância das outras línguas e dessa outras linguagens que são geralmente muit das vezes excluídas né então eu trago uma pergunta como ser inclusivo inclusiva excluindo possibilidad de ser e estar no mundo através justamente dessas diferentes línguas dessas diferentes linguagens se a gente pensar que o canto e o cocar é uma linguagem né mas que muitas vezes é
excluída também então justamente as organizações privadas elas sabem o valor disso né sabem o valor do inglês por exemplo frente a toda essa diversidade que a gente tá pautando aqui e claro todas as questões políticas que estão aí por trás Então se a gente for pensar nessa diversidade nessa pluralidade linguística na América Latina não tem como a gente não olhar pro sul né Sul Global pensando aí diab iala Então qual que é qual que é a questão né que é colocada essa inclusão infelizmente cada vez menos a gente vê não é como que a gente
vai atuar então eu trouxe aí o projetar também acho que o eh foi dito né Antes também pelo kéber E aí eu amplio pro planejar então planejar e projetar o presente e o futuro levando em consideração a democratização da ciência nas linguagens de uma maneira inclusiva e sustentável como propõe essa mesa como propõe o evento promover essa uma justiça social e epistêmica nas nossas representações enquanto aação né como a gente tá vendo isso internamente Será que o que se entende como inclusão como representação representatividade enfim está de alguma maneira realmente espelhando né O que se
entende como diversidade então vozes nós temos né precisamos na verdade ser ouvidos como uma categoria também nas políticas públicas e na ciência de uma maneira geral então Eh agradeço pela escuta e essa é a minha contribuição aqui paraa nossa mesa e o debate estou aqui atenta pra gente poder debater um pouquinho mais com as perguntas e os comentários Então vamos voltando devagarinho aqui falta entrada do gest do professor Cléber também para que a gente possa fazer as nossas discussões reflexões aguardar as perguntas do público os comentários das perguntas né agradecer a contribuição dos dois presidentes
da presidenta d a gente teve uma T muita Reflex ressaltando a importância a necessidade da gente pensar de fato a pluralidade linguística e consequentemente a pluralidade én do nossos povos né dos povos brasileiros as pessoas brasileiras da América Latina eh enfim para que a gente possa sair também desse desse mito do monolinguismo né que que que está no Imaginário coletivo da da população brasileira e que infelizmente pauta né muitas das políticas públicas linguísticas e educacionais do nosso país né seja pelo pelo mito do monolinguismo seja pelo mito de que o mundo só precisa falar língua
inglesa né então Eh eu aproveito não sei quantas perguntas a gente vai ter por agora eu vou fazer a minha primeira pergunta Na verdade eu vou retomar com essa pergunta algumas questões que já foram ditas e defendidas por vocês mas para que a gente possa né Eh eh unir essas três falas e pensar na na na materialização delas né como como política futura das nossas associações né das associações que nós estamos representando no momento então a gente sabe que a ideia de modernização gerou estado su supostamente né a gente tem né ressaltar isso monl entendendo
que o goma da colonização no nosso caso a língua portuguesa em outros casos a língua inglesa a língua espanhola enfim eh eh costuma ocupar esse lugar privilegiado né em tudo aquilo que diz respeito à administração do Estado o que a gente já demonstrou e que foi demonstrado na fala de vocês que contraria e violenta a realidade diversa e plurilingue na qual nós vivemos né então o que eu queria pensar juntamente com vocês e juntamente com o público que nos assiste o que que de fato as associações podem fazer para mudarmos essa situação né porque a
gente publica a gente estuda a gente vocês demonstraram aqui diferentes formas de pensar essa pluralidade de de incluir a pluralidade de sermos sensíveis a tudo isso eh mas na prática como é que a gente pode de fato eh eh entrar nas brechas do poder público né pautar as políticas linguísticos contribuir com essas pautas e agir de fato materializar todas essas teorias todas as discussões que nós realizamos já que a gente tá aqui de alguma forma construindo um coletivo né importante ressaltar importância dessas três associações historicamente e que estamos aqui juntas né então eu queria que
você dissesse assim algum encaminhamento O que que a gente pode pensar olhando para o futuro né pensando o presente mas olhando para o futuro dentro de tudo que já foi dito por vocês obviamente E aí fica à vontade quem quiser começar fala eu eu vou pedir para falar logo porque eu eu vou ter um problema daqui a pouco eu tenho que me deslocar e talvez eu fique com oscilação eh eu acho eh em primeiro lugar eu queria algo que eu esqueci e queria agradecer muito a Dores pela iniciativa eu acho que a possibilidade desse diálogo
aí aberta aqui nesse espaço desse BPC e e toda o esforço da DS na articulação foi super importante eu acho isso já é um passo grande daquilo que a gente pode fazer e deve deve deve fazer e deve continuar fazendo que é exatamente juntar os nossos esforços no sentido daquilo que a gente tem feito e acho que tem sido feito muito bem no âmbito de cada Associação com todo o trabalho especialmente o trabalho num trabalho Zeloso né eu diria eh eh no sentido de de uma formação acadêmica de uma de uma verticalização de um debate
mais acadêmico e de transformar isso em intervenções políticas eu acho que esse saludo é muito importante porque isso diz daquilo que a gente tem feito do ponto de vista e eh eh profissional né como a grande maioria eh servidores públicos né que somos temos uma grande maioria que estamos dentro das universidades federais e diretamente viabilizados com com com dinheiro público eu acho que essa é uma essa é uma questão importante pra gente e as associações tem tem tem sido o canal pra gente poder trazer né e refletir e de algum modo fazer essa conexão né
com o que a gente tem feito em diferentes localidades do Brasil e a partir de diferentes experiências e transformar isso em política em emem transformar isso intervenção política acho que Fal fala do CL primorosa no sentido de que e essa vi tem sido uma preocupação que temos tido do ponto de vista do trabalho que a gente precisa fazer de maneira mais sistemática da Amp é que essa política de difusão sabe essa política de de de de transformar tudo que a gente faz a gente tem feito e acho que tem feito muito bem no nosso trabalho
mas é Transform e nos ambientes das nossas associações mas transformar-se numa linguagem que atinge esse grande público sabe de buscar esses mecanismos de alcançar esse grande público não para dar resposta resposta para governantes e cretinos que sempre desqualificam o que a gente faz e e não é e e não desqualificam Porque nós deixamos de fazer o que a gente fizer vão desqualificar porque só se sustentam com essa desqualificação tendo visto que o que a gente faz desmonta a imoralidade que tem sido o trabalho de de de muitas muito desses políticos e e de algumas políticas
implementar nesse país de sabotagem de sucateamento de desmonte da coisa pública de desmonte da pós-graduação desmonte da educação pública e acho que isso que tá ocorrendo hoje sabe a a exclusão do espanhol para mim é é é é de uma violência sabe é é é é é Apagar definitivamente essa condição da nossa brasilidade a condição da nossa brasilidade é ser América Latina e nós não temos como ser América Latina sem o espanhol e não tô me referindo a a uma língua europeia tô me referindo a a a a essa essa multiplicidade a essa riqueza que
essa língua sabe e o que ela nos possibilita de intercâmbios de de de diálogos sabe nesses trânsitos né Né Sabe eu diria mesmo nesse conflito que é porque a convivência de diferentes línguas é sempre um conflito mas a diferença a convivência de qualquer ser humano em que envolve mais de un é sempre conflito né e ainda bem que é porque são diferentes né então é estúpida essa esse essa tentativa de apagamento e acho que nós já estamos reagindo né e acho que imediatamente Tá circulando as nossas intervenções eu acho que é fundamental isso então me
parece que as nossas associações têm esse papel de de de de de transformar isso que a gente faz num num num num debate que alcance o público de de sabe de de traduzir nessas ling linguagens que a gente possa atingir diferentes públicos é fundamental isso pensar na difusão pensar sabe em sair um pouco da da da do do de certo modo das nossas redomas né muitas vezes das nossas bolhas acho que alcançar outros ambientes é é fundamental eu diria isso né eu diria talvez a acumular toda essa experiência e transformar esse tem sido um enfoque
a gente tem dado e e a Paul tem um fórum né de de editores o for vem discutindo isso mais do que pensar os nossos periódicos pensar mesmo as a a forma de de produção da sabe desse da pesquisa de divulgação da pesquisa em em redes e enfim de levar esse público eu acho que esse seria um caminho importante o outro de alguma maneira eu só para para para tentar sintetizar vejam eu eu fiquei pensando a partir da fala da Dores e da sua também clé e e de toda a preocupação que temos tido Vejam
a a possibilidade de alcançarmos de de produzirmos eh de de de transformarmos o que fazemos em políticas públicas evidentemente não depende só de nós mas eu penso que isso de algum modo a gente tem acumulado essa reflexão eu acho que que sistematicamente né promover e eu e quando eu falo promover eu digo transformar isso em Atividade institucionalizada eu acho que promover no âmbito das nossas instituições eu acho que talvez as nossas associações possam juntar esforço nessa direção é de promover de incentivar de intervir diretamente para que as nossas instituições com a autonomia que elas têm
Eu me refiro às instituições universitárias possam formular políticas linguísticas porque vejam acho que a gente consegue atingir micro e macro espaços pensando no micro no local da de cada de cada instituição mas no macro das regiões que a gente atinge sabe se a gente olhar o que que é os nossos programas na Amazônia nós temos aqui cerca de 13 programas de pós-graduação né se a gente consegue nessas instituições aqui a gente formular uma política linguística que dê conta desse universo P amazônico nós damos uma grande contribuição para uma mudança de chave sabe essa coisa que
é ainda disso que Cristiano muito bem lembra desse desse mito monolingues que embase essa essa lógica burra né do do do do do desmonte do espanhol é em benefício de uma língua Franca né porque evidentemente em benefício do mercado não estão falando da língua inglesa estão falando do mercado é é é é o Mero mercado que tá em questão né porque o o o inglês assim não tá sendo valorizado absolutamente nada então é é isso né É é é a gente precisa romper é enfrentar essa mercantilização de da nossa existência né e acho que talvez
pensar numa sistemática intervenção Nossa na na na direção de de pensar uma política lingu sabe que que dê vazão paraas práticas da linguagem em uma perspectiva por líos sabe que dê vazão para essas existências e resistências socioculturais plurais né desse país sabe entendendo os nossos locais a intervenção nos nossos locais como uma intervenção no global no nacional no global porque nós somos desse país sabe de que dev vazão a essa possibilidade da gente intervir de maneira concreta na formação continuada em línguas adicionais sabe de trabalhar de intervir na na na promoção de de políticas que
reflita o o o o impacto social que pode ser essa valorização dessa diversidade linguística do ensino e da aprendizagem dessa diversidade linguística sabe eh eh essa intervenção como uma ação conjunta da produção científica mas conectada com grupos que não estão na universidade sabe eu acho que as associações indígenas sabe os movimentos sociais no campo e na cidade como um todo são grandes parceiros nossos parceiros potenciais abertos para esse diálogo sabe a gente rompe esses muros que a universidade muitas vezes não se fecha nesses muros eu acho que esse seria um caminho de algum modo Cristian
aqui para tentar a aí responder a tua questão estão e já articulando a a aqui com o o que os meus dois colegas aqui a doras e e o e o e o o Cléber trouxeram eu penso nessa direção sabe acho que a gente já tem algumas referências as boas experiências dentro da abr linha as boas experiências no âmbito da da do que a Lab vem fazendo a preocupação que dos tá tendo agora de trazer de de fortalecer a presença indígena na alab eu acho isso extraordinário sabe essa abertura é fabulosa entendendo Inclusive a as
dificuldades que essas diferentes com T de ter acesso às associações é importante que a gente seja capaz que sejamos capazes de abrirmos as nossas associações para essa diversidade sabe e a a a ampol é é um pouco mais complexa porque a ampol ela ela é Ela é um conjunto de programas de pós--graduação e de grupos de trabalho ela associa programas né mas a gente intervém nesses programas diret eu acho que que é esse o nosso desafio eu eu eu eu penso que é isso o que tá colocado para nós no hoje no hoje construindo esse
futuro que a gente quer agora intervindo agora e essa esse debate é eminentemente político ele não é um debate pra gente ficar discutindo o valor acadêmico do que a gente faz não ele é de uma intervenção política e nós fazemos política todos os dias seria um pouco isso Cristiano não sei se eu te respondo Cris tá sem som não para dizer que responde muito e que a palavra de ordem exatamente essa intervenção política né seja no plano macro quanto no plano micro né para que a gente possa fortalecer as nossas instituições e para que as
pessoas também entendam a importância de fortalecer as associações né porque nós estamos aqui representando um conjunto um coletivo de pessoas né e lutando para que as as os nossos as nossas questões né aquilo que a gente considera importante para a sociedade seja de fato Ou vida né porque Como disse o bores a gente tem voz mas a gente tá precisando cada vez de mais escuta seja do poder público mas também de manter o diálogo com a comunidade em geral né E aí tem a ver com o que disse Jess a gente sai um pouco do
muro da Universidade sair dessa torre né de marfim e poder conversar com a população com as populações ribeirinhas com as Comunidades Quilombolas com as pessoas em geral para que a gente possa de fato construir eh eh essa reconhecer construir né difundir respeitar toda essa diversidade que existe em nosso país e na América Latina mas aí eu vou deixar a professora dores e o professor Cléber complimentar porque tem ainda algumas uma pergunta e alguns comentários que foram feitos aqui no chat no chat tá Cris eu só queria eh complementar concordo em tudo né com tudo que
Jerson colocou e trazer uma uma questão que muitos não sabem né então nosso as nossas três associações e diversas outras né fazem parte por exemplo do do grupo do fixar fala que é o Fórum de ciências humanas sociais sociais aplicadas letras linguísticas e artes Então se a gente pensar que às vezes uma ação né uma ação isolada da Lab da abalim da ampol ou qualquer uma outra né possa não surgir Não é esse esse efeito necessário para essa transformação seja do do ponto que seja né quando a gente está em coletivo a gente consegue nãoé
ter uma força muito maior então eu vejo como um ponto muito positivo as nossas associações participarem desse fórum e como o Gerson colocou a luta é diária e é diária literalmente porque dentro do grupo do fórum é quase né gente quase diariamente se você piscar e não olhar o grupo você perde uma Moção né perde um um abaixo assinado perde uma Então a gente tem que tá ali porque todo tempo vem um um embate né um embate aí pensando nesse poder público contra alguma área então por exemplo dentro do fórum a gente eh Pensa a
questão da hoje em dia né a gente tá bem focado messo na questão da ética em pesquisa dos comitês de de ética então é um dos pontos né então diariamente tem algum ponto a ser debatido e eu entendo que dentro dessa coletividade a gente consegue sim pautar né pautar as questões então se a Lab traz uma questão a debate eu posso ir e conseguir o apoio né o apoio dessas associações e também reverter às vezes algum algum quadro que que apareça que Nossa Associação não esteja incluída então o último que aconteceu da semana passada foi
sobre as indicações pro CNE né Conselho Nacional de Educação então a Lab não não estava nessa lista a ampol Abre ali não tenho certeza mas acreditando que não mas Cléber pode confirmar não é então a gente foi agiu em cima disso enviando para o ministério né de educação e essa solicitação de inclusão das nossas associações que é muito importante né a importância da indicação para essa esses comitês né nacionais aí que vão de alguma maneira definir né esse futuro né futuro dessas pautas políticas então conseguimos essa vitória na semana passada Então com muita correria fomos
incluídos e conseguimos fazer as nossas indicações dentro desse coletivo então eh eh coloco aí adicionando essa essa questão nossa né dentro desse fórum que ganha parte de uma sai de uma força individual para uma força coletiva eh eu queria complementar eh dores e Gerson eu acho que a fala de vocês assim fui muito muito feliz né em relação a isso que é é na verdade são ações coletivas que né a gente vai conseguir pautar alguma coisa e E aí eu queria talvez reforçar o fato de que eh esse esse o que a gente conseguiu por
exemplo que a bralin a Lab a ampol participasse dessas indicações para o Conselho Nacional de Educação foi uma ação articulada né e o que a gente fez a gente exigiu nosso nosso lugar político enquanto Associação Então eu acho que falta ainda pelo menos assim É como eu compreendo né é que falta ainda na em muitos da associação saber desse papel político que essa associações têm então às vezes a gente fica na discussão individual como o Jerson falou assim na da importância das nosso fazer científico mas a gente precisa pensar enquanto Associação é uma representação institucional
que pode ajudar a pautar né algumas políticas e que a gente pode pautar alguns encaminhamentos e eu acho que falta a compreensão de muitos colegas eh e pensar as associações como um lugar político não é só um lugar para que a gente possa apresentar nossos produtos né que foram construídos na pós-graduação na verdade é uma representação e a gente tem que cada vez mais buscar essa representação fora dos nossos muros né da da nossa Associação da nossa universidade então a gente buscar Esse reconhecimento político é fazer com que aliás eu acho que a gente primeiro
eh internamente na nossa comunidade precisa eh pensar que as nossas associações eh são lugares políticos e aí a partir do momento que a gente tem essa compreensão a gente pode justamente buscar essas representações e essa articulação com com o estado né com as prefeituras né enfim o lugar político a gente precisa compreender que é a associação e a gente precisa eh eh conquistar né e parece como se a gente não tivesse muito crédito né enquanto eh representação E aí quando se se faz por exemplo um uma portaria como essa que institui a eh a proficiência
dos Imigrantes então não se há um um convite para um pesquisador uma um pesquisador um linguista né está aí atuando justamente também nessa elaboração enfim num projeto de lei por exemplo que institui a linguagem simples nas instituções públicas então eh a gente não tem ocupado esses lugares e a gente precisa ocupar esses lugares e eu acho que a gente tem conquistado a assim a passos lentos esse lugar e e é cada vez mais a gente precisa se articular então uma ação como essa de a gente aqui se conhecer e conhecer outras associações a gente vai
eh pensar coletivamente né e com e buscar esse lugar político é assim que eu penso clle Doris falar uma coisa muito importante que foi a conquista né da indicação para o CNE e que é importante que as pessoas saibam né que muitas vezes nosso trabalho é por detrás das câmeras e ele tá acontecendo e é um trabalho árduo e e e a luta é exatamente essa como o Cléber demonstrou foi uma articulação coletiva por isso que também foi possível porque ganhamos força né e uma articulação visando a ocupar esses espaços políticos né e sem associações
sem a força das associações fica mais difícil ocupar esses espaços políticos né E aí eu vou aproveitar e vou ressaltar aqui o o o comentário de Raquel né Eh ela fez dois comentários mas ela falou que nesse momento histórico é importante exatamente o papel das associações porque tem sido um papel corajoso né porque a gente está enfrentando exatamente a estrutura Colonial né E ela também pede que a gente de alguma forma eh enquanto Associação que a gente possa encaminhar o MEC uma carta para que se possa imediatamente autorizar vagas de concurso para intérpretes e tradutores
de libras Eu acho que isso é uma luta nossa mesmo a gente tem trabalhado muito para essa inclusão acho que todo mundo aqui tem alguns problemas na própria instituição porque falta intérpretes né porque a gente não consegue incluir pessoas eh para trabalhar e para poder a tornar a linguagem acessível E aí eu não vou falar somente de Libras a gente tem que pensar em outras línguas como Braile né a gente esquece né eu tenho alunos cegos e que precisam que que o material didático seja adaptado e a gente precisa de pessoas pessoas que possam adaptar
esse material porque não é tão simples quanto parece então a gente tem que atentar também para esse público né paraas diferentes diferenças Como disse Cléber no início da sua fala e também tem uma pergunta aqui pra gente poder nos encaminhar para a conclusão da nossa Live que é da Ravel e que ela diz pensando na necessidade de quebrar o monolinguismo pergunto se H trabalhos acadêmicos produzidos nas línguas originárias eu acho tem né mas eu não vou responder por eles né Eu acho que eu passo momento PR CL que trabalha lá no Acre que tem vários
orientando os indígenas né pelo que eu sei ele vai me corrigir se eu esver equivocada mas eu vou passar agora a palavra para depois para quem tiver interesse responder isso perdão o esforço que nós temos tido e acho que a tua pergunta é muito interessante eh no sentido de estabelecer um espaço em que os nossos programas reconheçam as línguas indígenas como línguas a serem em que os os trabalhos da da dos Estudantes das estudantes e dos Estudantes indígenas sejam apresentados então vejam aqui no fac o que nós fizemos nós construímos junto com uma ampla parcela
da Comunidade acadêmica envolvendo também as professoras e os professores indígenas que não são professores da universidade é importante lembrar a universidade ainda não se abriu para esse grupo né são professores que atuam nas escolas do estado ou escolas de educação indígena mas que são alunos e alunas nossos e construímos uma proposta de uma política linguística o princípio dela é reconhecer que tanto para trabalho acadêmico quant para dissertação em tese eles ficam à vontade para apresentar em suas línguas inclusive bus mecanismos outros tá de romper de essa ideia da forma escrita como única forma de um
trabalho de conclusão de curso Então é foi isso que foi essa abertura que a gente conseguiu fazer de que maneira a universidade vai lidar com isso de que maneira o programa vai avaliar esses estudos Esse é um problema que o programa tem que enfrentar ele tem que assumir é essa que é a questão se a gente quiser fazer inclusão nós precisamos mudar as estruturas das nossas instituições mudar as nossas formas de avaliação mudar os mecanismos que são tradicionais mas que não são imutáveis de avaliação de reconhecimento de títulos acadêmicos então é essa abertura que a
gente fez então concretamente o que temos hoje é a possibilidade de as estudantes e os estudantes indígenas falantes de suas línguas que dominam muito bem as suas línguas e que tem uma ampla dificuldade com a língua portuguesa que possam apresentar os seus estudos em suas respectivas línguas maternas isso vale para as nossas estâncias indígenas os estâncias indígenas mas também para um conjunto de outros estudantes que recebemos aqui dos países vizinhos tá já temos claramente assumido que o espanhol é a língua legítima de apresentação desses trabalhos e desses estudos Então acho que essa tem sido uma
posição que nós temos at tomado e sei que no no no país todo nós já temos riquíssimas experiências por exemplo com a língua de sinais né algo que nós aqui também estamos começando e tá na nossa proposta de política linguística de que a universidade possa se abrir para esses estudos apresentados em língua de sinais e de maneira muito clara a gente possa estar abertos para a pluralidade linguística desse país eu acho que esse é o caminho concreto e concretamente o que o que eu posso pela nossa experiência dizer nesse programa que Naf que D conheceu
a gente tá com essa abertura óbvio que há um há um embate né veja que interessante muitas das professoras e professores indígenas que vem à universidade que vê ao maestá de doutorado eles querem também apresentar em português existe um embate aí com a língua portuguesa que é uma questão interessante né para muitas dessas Comunidades a legitimidade está em vir aqui em dominar o português porque também é uma questão política que a gente não pode esquecer vou dar um exemplo nós temos um grupo de de de de indígenas que está na alfaque hoje que na área
na terra indígena dele tá na terra indígena passa um linhão as a energia de a a transmissão de energia elétrica ela ela passa no meio da terra indígena veja que interessante o Nós temos dois indígenas que vem dessa comunidade que são da linha de frente do enfrentamento contra a intervenção em suas terras e que fazem questão de dizer pra gente a gente quer escrever em português a gente quer dominar bem em português porque a gente tá no enfrentamento político com quem tenta nos enganar exatamente com esse domínio da língua porque também tá essa questão política
Então veja a gente a a mesma mão que abre para essa possibilidade também a gente precisa estar abertos e nós estamos dialogando com isso para reconhecer também essa busca dessa legitimidade de dominar essa outra língua e de até possibilitar um estudo bilíngue que eu acho que esse seria extraordinário né em uma versão em português uma versão em em em em racun por exemplo né que é uma língua do do uma das mais faladas né dos povos indí da Amazônia crianç Então acho que esse é um debate importante que a gente precisa eh eh concretizar em
em em em em em em políticas linguísticas institucionalizadas que possibilitem essa abertura e que a gente com isso possa ampliar esse espaço da produção acadêmica e do reconhecimento na produção acadêmica da diversidade linguística que que nós que que que que Estamos envolvidos nesse país né que respiramos nesse país um pouco isso que eu que eu que eu acho que que é um caminho né e um caminho que a gente por experiência própria tá adotando de que maneira que resultados teremos no futuro não temos como saber mas a porta tá aberta e acho que algumas experiências
aí individuais localizadas no Brasil nos aponta que essa porta é interessante esse é é um caminho interessante talvez Cléber tenha algo a Dores não sei se quer acresentar mas acho que queria complementar porque você tá tá trazendo a questão das línguas né a legitimidade da apresentação dos seus trabalhos científicos na língua que eles escolherem seja portuguesa seja espanhol seja suas línguas originárias né poderia ampliar também para esse essa porta né que essa porta se abra não só para as línguas como também para o contexto Então vou dar dois exemplos eu tenho estudante que de doutorado
que trabalha com Comunidades a questão da linguagem dentro da de comunidade de terreiro então ele trabalha dentro da sua comunidade ele já me perguntou se ele poderia fazer a defesa na sua comunidade na sua casa de terrero e um outro estudante de Mestrado que acabou de iniciar que está Ah trabalhando com Comunidades Quilombolas então ensino de inglês dentro da comunidade que ele pertence né e ele já demonstrou esse interesse também eu gostaria muito que a minha defesa fosse na minha comunidade de quilombola na minha escola e aí eu já falei essa é uma trazendo a
porta né uma porta aí que a gente vai ter que ir com pé né ter que empurrar porque não é algo comum né se você trazer outras línguas não é comum e aí eu parabenizo né a a essa iniciativa importantíssima das políticas linguísticas feitas a na Universidade Federal do o Acre eh também pensar nesses outros locais não é então que a universidade esteja aberta também a que outros espaços sejam considerados como espaços legítimos tanto da construção desse saber que tá sendo feito a partir dessa ciência na universidade mas que esse lugar também possa ser o
lugar em que esse estudante não só elabora e trabalha dentro da sua pesquisa em que ele está mergulhado Literalmente com o seu corpo mas que ele possa levar para esse lugar os resultados né pensando aí numa transformação social da sua eh da sua comunidade seja ela quilombola indígena comunidade de terreira seja seja o que fori realmente a universidade não está preparada a gente precisa ir com pé né praticamente empurrar aí essa porta ou entrar pela janela literalmente eh exato eh dores e nesse sentido assim eu acho que AB BR a gente não tem um famento
mas eu acho que com o a criação por exemplo do Viva língua viva em que o evento né que discute as questões da língua das línguas indígenas enfim e há pesquisadores indígenas eh a gente tem feito uma um um levantamento né desses trabalhos são produzidos eh mas a maioria ainda é trabalhos em língua portuguesa e não pelo menos não há esse levantamento específico né mas eu acho que eu posso acho que é uma uma ação importante pra gente pensar n fazer esse levantamento para ver o quanto nos anais né do nossos congressos E aí eu
vou pensar assim mais recente Porque isso é uma discussão recente eh o quanto de trabalhos né acadêmicos são produzidos em línguas originárias agora eh a única experiência que eu posso relatar e que eu sei da existência dela eh é por exemplo essa quebra né do monolinguismo na na UFAL em que eh os alunos os candidatos ao mestrado e doutorado eles podem ser avaliados as provas são realizadas eh em Libras por exemplo né para quem é candidato para as vagas de libras Enfim então uma experiência exitosa né que a universidade tem adotado e que eu acho
que é que é uma é uma experiência que a gente precisa justamente tomar como um parâmetro né para as pós-graduação por exemplo que o quanto desses nossos alunos o quanto desses alunos que entram na pós-graduação eles se abdicam da sua da sua língua né Eh para poder produzir um trabalho acadêmico e para ser reconhecido o seu título então é preciso a gente repensar isso e eu acho que a pós-graduação ela tem um urgência Néa Tem ela precisa fazer isso urgentemente porque a gente tem deixado de lado né Essas vivências multiculturais né muling tal eu passaria
a tarde inteira aqui conversando com vocês o papo é maravilhoso o tema é importantíssimo necessário ouvi-los também né as colocações que são feitas aqui são essenciais primordiais mas aqui é o começo né É É mais um um um iniciativa de diálogo para um começo não uma continuidade de tantas coisas que já vê sendo realizadas em parceria e ou não né Mas que que nos ajuda e que contribui para essa construção da diversidade da pluralidade do reconhecimento da diferença e então gente eu agradeço a professora dores ao professor Cléber ao Professor Gerson às associações pelo trabalho
né pelo pela Ness a tentativa dessa construção coletiva e a todas as pessoas aqui presentes né de todos os lugares do país do Norte do Sul do Nordeste né do centrooeste que a gente respeite esse Brasil de diversidade de amplitude Continental com horários diversos então pra gente a gente tá na metade da tarde para alguns de vocês no início da tarde né mas é isso então a lá agradece mais uma vez a participação uma contribuição e continuamos com a nossa jornada abrindo portas e janelas e escancarando o mundo para quem precisa [Música]
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