Oi turma tudo bem Hoje a gente vai falar da unidade 11 contestação de um regime racializado de representação eh a discussão vai ser sobre as das páginas 211 a 222 do livro do que a gente tá usando Então nesse regime de contestação importante a gente entender que como que é possível haver uma contestação como é que esse regime racializado de representação pode ser modificado né Eh existem contra-estratégias para eh começar a mudar esse processo de representação Quais são as formas negativas de representação que podem ser revertidas por uma estratégia positiva Essas estratég são eficazes eh
Quais são os fundamentos teóricos Quais são as críticas a essas a gente vai passar por algumas delas agora ah importante então a gente perceber que existem contos estratégias porque o significado ele nunca pode ser fixado né se ele eh pudesse ser fixado não seria possível a haver mudança eh como há essa abertura para mudança né então há estratégias de transcodificação que o né então a tomada de um significado existente né e a colagem em um novo significado né um um dos exemplos que ele dá é black is beautiful Ok quando é que essas estratégias começaram
a partir da década de 60 e as questões de representação e de poder adquiriram uma centralidade maior na política eh contra o racismo e nos movimentos sociais e a gente vai então pelas três estratégias que o hol aborda no livro dele tá a a primeira então estratégia de transcodificação é inversão dos estereótipos como é que se faz isso né Eh você então Eh entender que antes nos exemplos que ele deu antes né Eh da dos negros conseguirem entrar pro mainstream né ou no a partir dos filmes ele ele faz essa discussão como giram né então
nos anos 50 foi uma estratégia eh Considerada integracionista no cinema norte-americano isso fez com que eles entrassem no mainstream do do do eh do cinema norte-americano mas eles tiveram que adaptar a imagem deles a que o ao que os brancos tinham né sobre eles e assimilar os estilos aparência o comportamento para de alguma maneira ser integrado a esse cinema né com os movimentos eh com o movimento dos direitos civis nas décad de 60 e 70 a afirmação da identidade cultural Negra vai ser muito mais forte Tá e vai buscar uma atitude mais positiva mas daí
vai sair desse viés integracionista e buscar né Eh a diferença Ok mas valorizando essa diferença numa atitude positiva eh Então essa inversão né Eh de estereótipos Então esse que a gente tá vendo aqui a inversão do estereótipos que é a primeira estratégia né ela vai ser eh um dos frutos né do que ele chama dessa contrarrevolução eh é uma série de filmes que vai valorizar positivamente todas as características que normalmente são vistas como estereótipos negativos Então a gente vai ter personagens principais negros durões caras durões né bess Como ele como ele diz aí que se
davam bem no final dos filmes eh e muito sobre os branquelos né Então tinha essa discussão de que eh eh você na verdade não muda o estereótipo Mas você inverte essa avaliação né E foi uma estratégia eh ti como de Sucesso de Bilheteria certamente e identificação da audiência Mas não era só não teve uma eh o sucesso somente na audiência Negra né da população negra assim os brancos também eh eh gostaram desses filmes porque tinam enfim todos os eh eh estava nos moldes daquilo que era esperado né do cinema então eh uma das CR né
algumas críticas foram levantadas eh a ao se analizar ess essa estratégia né Eh alguns enxergam então esses filmes como exploração do negro eh outros apontam que de fato esse quadro ele foi uma melhora né mas não sai dessas contradições da estrutura binária tá de estereotipagem racial então eh não consegue sair dessa lógica eh a crítica feminista Negra mostrou aí que eh eh a a continua enfatizando né esse estilo exagerado de masculinidade do homem negro Então essa agressividade sexual dos líderes negros em relação às mulheres negras e isso não não foi modificado Ok ah uma segunda
estratégia de transcodificação é a partir eh de imagens positivas e negativas né então a gente tentar constituir imagens negativas por eh outras positivas né Eh e aqui a gente tá falando então imagens positivas de pessoas negras de sua vida e cultura sustentar a aceitação e a celebração da diferença tá eh para tá por trás dessa estratégia a gente então inverte essa posição eh binária né então eh a gente vai ler o que tava sendo visto como negativo de maneira positiva como a gente citou já Black is beautiful e a tentativa de construir uma identificação positiva
eh para aquilo que é visto como negativo né então vai expandir bastante as representações artificiais né do que que significa ser negro então isso vai contra o que o estereótipo como a gente viu Eh faz né de reducionismo eh essencialismo né eh que é o movimento próprio dos estereótipos eu coloquei aqui uma campanha da qual eu participei era um projeto eh eu eu fazia parte de uma um chamada PR mundo e eu acho que é interessante mostrar esse making off para vocês e o clipe porque a gente usou essa estratégia né Eh os jovens eh
que vivem na favela então resolveram que por conta de todo o preconceito que eles vivem que eles sofrem por viverem na favela eh eh eh a a campanha deveria ter esse foco né de valorização Então acho que vale a pena a gente dar eh uma olhada no making off e daí o clip que é bem rápido vamos lá O que é favela para você Ah não tem como explicar favela é o Rio de Janeiro inteiro um lugar muito ruim de se viver favela Nossa pergunta difícil favela é um problema não é solução por é o
meio de moradia dos mais necessitado C [Música] [Música] quando a gente começou a elaborar a campanha a gente Pou entender um pouco de símbolos e marcas e tal para ver a força que o símbolo da de cada produto de cada campanha tem sobre alguma coisa pra gente poder fazer uma boa campanha a gente precisa ter Claro o objetivo e desenhar uma estratégia Então eu queria que vocês contassem para mim o que vocês querem fazer para que eu possa dirigir bem a minha conversa para ajudar vocês mas nós vamos fazer isso de um jeito diferente que
se chama diálogo e como é que vai ser a conversa você vai dizer para ela qual é o seu sonho de campanha e ela vai dizer para você Qual é seu sonho de campanha o objetivo dela é é ter uma campanha não só para essa geração mas para outras gerações e que sim seria uma campanha que chamasse bastante atenção efic não como só um comercial que passa um mês e e acaba e ninguém lembra uma coisa marcante chamativa que serve de exemplo para vários várias gerações então ele queria mostrar aqui na fabela não só tem
bandido porque tem Tem morador que é cozinheiro tem outros que fazem outros tipo de trabalho então mostrar para as outras pessoas que elas precisam da gente de alguma [Música] forma e onde é que você mora só uma pergunta eu moro no Complexo da Maré S aonde Complexo da Maré Hum e onde você mora eu moro em Copacabana Copacabana Então tá eu vou vir aqui mas o emprego Acho que seu [Música] [Música] a gente vê que a sociedade não conhece na favela nada praticamente nada na favela v o o que a mídia mostra a Mia só
most lado negativo da favela [Música] a a [Música] [Música] k [Música] eu eu sou daqui a minha cidade é a mesma que a sua meus planos são os mesmos que os seus as minhas necessidades são as mesmas que as suas os meus direitos são os mesmos que os seus no rio existe aproximadamente 1.00 mil jovens e mais de 300.000 moram em favela e são Discriminados por isso é hora de rever seus conceitos favela eu sou [Música] daqui anha né a gente não tá per para continuar com ela por muito tempo mas saiu bastante na mídia
até enfim ã Mas acabou ficando localizada porque depende dia né de de Patrocínio de de de fundo eh procurei também outras campanhas relacionadas então tem essa campanha nas mídias sociais do stop favela né #stop favela estigma eh que Visa também eh então sair desse desse olhar negativo né paraa favela e mostrar o positivo eu que trabalho eh trabalhei bastante né com psicologia na área social na área né Pens tamb psicologia comunitária A ideia é sempre que a gente eh mude essa Perspectiva da da falta né paraa potência que existe eh nos lugares Então você não
vai chegar lá achando o que você sabe você não vai chegar lá achando que então vou procurar o que falta aqui né Eh eh a gente chega para trabalhar Querendo entender eh O que que é ah forte o que que é potente na comunidade E claro também né Qual é a demanda em relação às mudanças mas é um olhar que diferencia o que normalmente se tem né Eh é a gente é um fazer precisa desse olhar diferente tá desse olhar pro positivo até para ser pro positivo e aqui ele se né R cita a eh
a campanha da beneton Essa é uma das campanhas da beneton eh e uma das críticas é essas campanhas por exemplo elas seiam da diferença transformam em espetáculo para vender né ou seja para beneficiar a própria marca ou elas de fato são uma declaração política né dessa eh necessidade de vivermos mais tranquilamente num num mundo que é plural diversificado culturalmente eh até que ponto é apropriação ou não né Eh uma uma outra crítica em relação a essa estratégia é que eh os os binários não foram deslocados então o significado continua ser enquadrado por eles né A
Estratégia vai desafiar esse eh essa visão binária mas não vai prejudicar então sim ao mostrar homens rastafaris pacíficos que tomam conta das crianças né Eh que estão interagindo com as mulheres de uma maneira Eh boa ainda assim pode no dia seguinte eh sair né notícia de eh um homem negro exótico e violento então assim acaba por não eh destruir a outra né Eh eh esse esse outro estereótipo Ok eh hã Então esse Imaginário né Eh tem essa essa problematização da identidade facial que é complexa né Eh mas um dos perigos também é que se homogeneíza
de tudo que não é eh branco é o outro né então todas as culturas brancas são a o outro né sem entender que há eh uma diversidade imensa de culturas eh povos e pessoas A a última estratégia que pela qual eh R passa né é de deificação é através do Olhar da representação e essa estratégia vai entender que eh essa ambivalência da representação é né Essa complexidade ambivalência existe e ela vai vai contestar a partir daí tá ela não tá tão preocupada em introduzir um novo conteúdo como anterior né Eh mas com as formas de
representação racial ela também entende que como a gente não consegue fixar significado né Eh Não Há uma possibilidade de construir apenas de uma imagem e ficar com ela né ter uma vitória final e ficar com essa eh imagem né com esse significado então o o o corpo do homem negro vai ser tomado como principal local das estratégias representacionais eh e a ideia é que eh fazer com que os próprios estereótipos né Eh operem contra eles mesmos Então vai deliberadamente contestar As definições sexuais de gêneros dominantes né da diferença racial em relação à sexualidade dos negros
essa estratégia Vai jogar com o olhar né da gente e tentar tornar estranho eh esse olhar por meio da própria atenção então ela vai tentar des familiarizar e tornar explícito o que está escondido especialmente em relação às dimensões eróticas e daí a gente vê que a foto ah aí deixa claro isso né Eh um dos uma das críticas né Aos fotógrafos eh gays eh que por exemplo esses dois exemplos né que rol coloca eh São fotógrafos gays e eles são acusados daí de feismo eh e de fragmentar o corpo negro para se apropriar dele simb
simbolicamente para o seu próprio prazer Mas isso não é consenso como todas as críticas que foram levantadas aqui dessas estratégias né nada é consenso né as estratégias eh São postas são eh colocadas né para acontecer e ah as críticas vê mas não se chega a um consenso né Eh sobre elas eh daí só pra gente fechar então e para entender essa leitura sobre feticismo ou não se de fato acontece esse feticismo racial né Eh esse autor né Eh coloca que é necessário inverter essa leitura não como uma repetição das Fantasias racistas mas como uma estratégia
desconstrutiva que começa a desnudar as relações sociais e psíquicas de ambivalência que estão em jogo nas representações culturais de raça e sexualidade então é um pouco eh esse discur sinar né Eh do que já existe aí de ambivalente e eh de complexo né na representação espero que vocês tenham aproveitado a aula e até a próxima