ALEXANDRE, O GRANDE - HERÓIS DA HISTÓRIA | Professor HOC

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Professor HOC
Neste episódio, exploramos a trajetória fascinante de Alexandre, o Grande – de sua formação com Aris...
Video Transcript:
Hoje eu quero falar e aprofundar na vida de Alexandre o Grande, uma das figuras mais icônicas e complexas da história. Continuando aquela série dedicada aos grandes heróis da humanidade, nós não poderíamos deixar de falar sobre o Alexandre, um líder cuja influência moldou não apenas o mundo antigo, mas cujas reverberações são sentidas até os dias de hoje. Ao contrário de personagens mitológicos como aqueles, Alexandre é uma figura histórica, cujas conquistas e ações foram amplamente documentadas.
Isso nos permite uma compreensão mais profunda das suas motivações, personalidade e o impacto. E ele é um exemplo perfeito de como a ambição, a genialidade militar e poder podem transformar o curso da história. Embora frequentemente celebrado como herói, é fundamental também abordar que Alexandre pode ser visto por uma visão crítica e ele foi responsável por feitos extraordinários, mas também por decisões que tiveram consequências devastadoras para milhões de pessoas.
Seu impacto no mundo foi profundo e durador, e a sua vida é um estudo fascinante das complexidades humanas, onde virtudes e falhas se entrelaçam de maneira indissociável. os primeiros anos e a formação de Alexandre. Alexandre, ele nasceu em 356 a de.
Crist em Pela, a capital do reino da Macedônia. Ele era filho do rei Felipe II e da rainha Olímpia. Alexandre foi criado em um ambiente de poder, estratégia e intriga.
Desde muito jovem, ele mostrou sinais de uma inteligência, ambição excepcional. Ele era destemido e determinado. Características que seriam fundamentais na sua vida adulta.
A sua mãe Olímpia, uma mulher de forte caráter e profundamente mística e religiosa, acreditava que Alexandre era descendente direto de Aquiles. E essa convicção foi uma força motriz na formação do Jovem Príncipe. A educação de Alexandre foi cuidadosamente planejada.
Ele foi educado por ninguém menos do que Aristóteles, um dos maiores filósofos da história. Aristóteles ensinou retórica, filosofia, ciência e medicina. e também instilou no Alexandre um profundo amor pelo conhecimento e pela cultura grega.
Através de Aristóteles, Alexandre desenvolveu uma visão de mundo que considerava os gregos culturalmente superiores, uma crença que mais tarde influenciaria sua política de helenização nos territórios conquistados. Além das lições intelectuais, Alexandre foi treinado nas artes de guerra desde cedo. Felipe II transformou a Macedônia em uma potência militar e o Alexandre aprendeu observando seu pai.
Ele acompanhou Felipe em campanhas militares, absorvendo as táticas e estratégias que mais tarde aplicaria com tanto sucesso. Com 16 anos, Alexandre já comandava uma unidade de cavalaria e demonstrou sua capacidade ao reprimir uma revolta na região da Trácia. Outro feito gigante de Alexandre, ainda jovem, foi liderar as forças macedônicas na batalha de Queroneia em 338 a deco ao lado do seu pai.
Nessa batalha, o Alexandre comandou a cavalaria e desempenhou um papel crucial na vitória sobre a coalizão das cidades gregas, estabelecendo seu nome como um líder militar de talento. Ascensão ao poder. Com 20 anos, Alexandre ascendeu ao trono depois do assassinato do seu pai, o Felipe II.
E em 336 a de. Cristo. A sua ascensão foi rápida e marcada por atos decisivos para consolidar o seu poder.
Logo depois de assumir o trono, Alexandre enfrentou desafios internos e externos, reprimiu revoltas dentro da Macedônia e reafirmou o controle sobre as cidades estado gregas que haviam se revoltado após a morte do seu pai. Sua resposta foi rápida e brutal, demonstrando que, apesar da sua juventude, ele era um líder formidável e impiedoso. Com a Grécia unificada sob seu domínio, Alexandre voltou sua atenção pro império persa, o maior e mais poderoso império da época.
Essa campanha seria o evento que definiria a sua vida e colocaria no panteão dos maiores conquistadores da história. Em 334 a de. Cristo, Alexandre iniciou sua campanha contra o Império Persa, atravessando o estreito da Turquia com um exército de cerca de 40.
000 homens. Esse movimento marcou o início de uma série de batalhas épicas que veriam Alexandre derrotar sucessivamente os exércitos persas, muitas vezes em desvantagem numérica, mas compensando com táticas superiores e uma liderança inspiradora. A primeira grande batalha ocorreu no rio Granico, onde Alexandre, ignorando o conselho dos seus generais, liderou pessoalmente a cavalaria em um ataque frontal contra as forças persas.
A vitória no Granico abriu o caminho paraa conquista de toda a Ásia Menor. Na sequência, Alexandre enfrentou Darilo, rei persa, na batalha de Issos em 333 a de. Cristo.
Embora o Daril tivesse um exército muito maior, a superioridade tática do Alexandre trouxe a vitória. Daril fugiu do campo de batalha, deixando para trás a sua família e um vasto tesouro. Essa vitória não apenas consolidou a reputação do Alexandre como um gênio militar, mas também ele deu o controle de uma vasta quantidade de riquezas e a oportunidade de se apresentar como o novo rei legítimo da Ásia.
Depois disso, Alexandre marchou pro Egito, onde foi recebido como libertador. No Egito, ele fundou a cidade de Alexandria, que tornaria uma das cidades mais importantes do mundo antigo em um centro de aprendizado e cultura. Alexandre foi proclamado faraó e considerado uma divindade, reforçando a sua imagem como um líder invencível e divinamente inspirado.
A fundação de Alexandria foi uma das várias cidades que ele estabeleceu ao longo das suas conquistas, servindo como postos avançados de cultura grega e centros administrativos. Seguimos paraa batalha de Galgamela e a queda do Império Persa. Em 331 a de.
Crist, Alexandre enfrentou novamente o Daril na batalha de Galgamela, uma das mais decisivas da sua carreira. Daril escolheu o campo de batalha, uma vasta planícia onde esperava usar sua superioridade numérica e os seus carros de guerra para derrotar o Alexandre. No entanto, a brilhante estratégia de Alexandre, que envolveu uma carga rápida e decisiva contra o centro da linha persa, mais uma vez garantiu a vitória.
Daril fugiu, mas foi capturado e morto pelos seus próprios homens pouco tempo depois. Com a morte do Daril, Alexandre foi reconhecido como governante do vasto império persa, que se estendia da Grécia até o rio Indo. Com a conquista da Persia, Alexandre passou a governar sobre um dos maiores impérios da história.
Ele adotou muitas das práticas e costumes persas, o que gerou um desconforto entre os seus soldados macedônicos, que temiam que ele tivesse se afastando das suas raízes gregas. O Alexandre tentou unificar os seus domínios. ao encorajar casamentos entre seus soldados e as mulheres persas.
E ele próprio se casou com Roxana, uma princesa bactriana. No entanto, essas tentativas de integrar as culturas macedônica e persa criaram tensões dentro do seu exército e entre os seus generais. Partimos pra expansão para o Oriente, pra Índia e além.
Depois da conquista da Pérsia, o Alexandre não tava satisfeito e ele continuou a expandir o seu império, dirigindo-se ao leste para as regiões que hoje correspondem ao Afeganistão e o Paquistão. Suas campanhas nessa região foram notoriamente difíceis, enfrentando resistência feroz das tribos locais e uma dura topografia no terreno. Uma das batalhas mais notáveis dessa fase foi a batalha de Idaspes em 326 an.
Crist, onde Alexandre enfreitou o rei Poro, que comandava um exército que incluíam elefantes de guerra. Apesar das dificuldades, o Alexandre saiu vitorioso, mas a batalha foi extremamente desgastante pro seu exército. Depois da batalha, o exército do Alexandre, exausto e ansioso para voltar para casa, começou a se revoltar.
Relutantemente, o Alexandre decidiu retornar, mas em vez de seguir a rota mais fácil, ele escolheu uma travessia desafiadora através do deserto de Gedróia, no atual sul do Paquistão. A travessia foi devastadura e muitos soldados morreram de fome, sede exaustão. Esse episódio marca um dos momentos mais críticos da campanha de Alexandre e simboliza tanto a sua determinação quanto a sua ambição implacável.
Como vocês podem ver, não foi só o império britânico, soviético e americano que sucumbiram as montanhas do Afeganistão. Pura geopolítica aqui, gente. Bom, o declínio e a morte do Alexandre, quando ele retornou à Babilônia, marcou o início do declínio do seu reinado.
Ele começou a planejar novas campanhas, incluindo uma invasão a Arábia, mas seu estado de saúde começou a se deteriorar. Em 323, Alexandre adoeceu na Babilônia e, apesar dos esforços dos melhores médicos da época, ele morreu aos 32 anos de idade. A causa da sua morte ainda é objeto de debate, com teorias variando desde envenenamento até malária ou febre Freud.
A morte de Alexandre deixou um vazio de poder imenso. Ele não deixou um herdeiro claro e seu império vasto e multicultural rapidamente se fragmentou em uma série de reinos governados por seus generais, conhecido como os diocos. Esse período de guerra civil e divisão marcou o fim do império unificado de Alexandre, mas também o início de uma nova era de influência grega no Oriente Médio e na Ásia, conhecida como o período helenístico, o legado e o impacto durador.
Alexandre o grande deixou um legado que moldou profundamente o curso da história. Embora o seu império tenha se fragmentado depois da sua morte, a influência cultural e política das suas conquistas perdurou por séculos. A disseminação da cultura grega ou helenística em territórios que iam do Egito à Índia foi um dos maiores legados.
Essa helenização resultou na fusão de culturas orientais e ocidentais, gerando avanços significativos nas artes, na ciência, na filosofia e na arquitetura. A cidade de Alexandria, no Egito, é talvez o exemplo mais duradouro da sua influência. Fundada por Alexandre, como eu disse, a cidade tornou-se um centro vital de aprendizado e cultura, o lar da famosa biblioteca de Alexandria e do Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Além disso, o idioma grego tornou-se a língua franca da região, facilitando o comércio, a administração e a difusão do conhecimento em todo o mundo helenístico. A imagem do Alexandre como um líder invencível e quase divino também inspirou gerações de líderes militares e imperadores de Júlio César a Napoleão Bonaparte, que admiravam as suas conquistas e buscavam emular a grandeza do Alexandre. No entanto, a visão sobre o Alexandre, como eu disse, não é unânime.
Alguns o vem como um visionário que tentou unir o mundo sobre uma única cultura. Outros criticam a sua brutalidade e as consequências destrutivas das suas campanhas. As tentativas de Alexandre de integrar culturas diferentes através de casamentos, mistos e da adoção de costumes persas mostraram um líder que entendia a necessidade de coesão em um império multicultural.
No entanto, esses esforços muitas vezes encontraram resistência, tanto dos seus compatriotas macedônicos, quanto das populações conquistadas, refletindo as dificuldades de governar um vasto império com diversas identidades culturais. Concluindo, Alexandre Grande é uma figura que transcende o tempo e permanece como um dos líderes mais emblemáticos da história mundial. Sua vida foi marcada por conquistas espetaculares, uma ambição implacável e, inevitavelmente uma tragédia pessoal.
Embora muitas vezes celebrado como um dos maiores conquistadores de todos os tempos, é importante lembrar que as suas conquistas vieram a um custo humano imenso. A história de Alexandre nos ensina sobre os limites da ambição e o impacto duradouro que uma única pessoa pode ter no curso da história. Suas campanhas e decisões não apenas moldaram o mundo antigo, mas também deixaram um legado que ainda ressoa na cultura e na política global até os dias de hoje.
Alexandre foi sem dúvida um gigante da história cujo nome continua a ser sinônimo de poder, conquista e, paradoxalmente, por que não, fragilidade humana.
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