Na conversa do respeito e da inclusão, todos somos heróis e vilões | Guilherme Bara | TEDxCampinas

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TEDx Talks
"Não quero garantia de igualdade no ponto de chegada. O que eu quero é o respeito pelas minhas singu...
Video Transcript:
[Música] será que eu sou um coitadinho ou será que eu sou um super herói pra responder essa pergunta eu vou contar pra vocês a história de um colega meu chamado pelo site de contar a história do pedro tem pra vocês que se tem uma vantagem ser cego é você não vê o tempo que falta você falar sobre tudo mas voltando ao pedro o pedro é um amigo meu cego e ele foi contratado para trabalhar numa empresa quando ele chegou nessa empresa os outros colaboradores os outros funcionários achar o máximo para que bacana como a nossa
empresa cuida do social empresa que que sabe né tá super alinhado com essa questão da responsabilidade pessoal achou muito legal essa história da empresa contratar um rapaz sério funcionário chegava em casa e contavam com todo orgulho do seu esposo para a sua marida o meu amor se não sabem empresa que trabalha demais mesmo contrato rapaz ceguinho lameu presa boa esta é que o trabalho é meu bem ma que ele faz não sei direito mas ele está lá em evitá la é muito legal ver o cara 100 mil para cego namoro era cego falar assim mas
e ele com o nome dele nem acho que não perguntei num no almoço se encontra é que às vezes sinto meio longe o tempo passou a limpeza na empresa dom pedro até que teve um dia final de ano o pessoal começou a organizar uns o rascunho para comemorar esses de confraternização no final de ano o pessoal começou a organizar todo mundo empolgado porque era no sítio de um diretor um sítio muito bacana o pessoal já tinha ido algumas pessoas da empresa o pessoal empolgado comentando caramba isso é muito legal né e até que alguém lembrou
pedro chamou pedro bom pedro não chamar apesar que para ele não sei se é muito legal né vou ver o que tem bacana lá no sítio para fazer bom é aquela cachoeira que é muito legal aquela cachoeira tem um monte de pedra com limão imagina a gente leva o pedro na melhor das intenções ele escorrega também quer fazer uma boa ação pode ver uma tragédia é jogar futebol pedro vai jogar futebol também olhar mulherada da firma né ali na piscina desculpa eu gente mas os homens passam esses comentários grosseiros é ele também não vai poder
ver né até que alguém pensou assim bom mas vamos pensar no chão ele sim porque ele fica na beira da piscina molhando o pezinho na água leva uma carne melhor do que ficar em casa ouvindo rádio não ter nada para fazer lá falar com pedro pedro vai ter churrasco aí é é no final de semana vamos com a gente sabia ele é o pedro falou neto sabendo mas pena que neste fim de semana não posso de alguém já pensou josé fabiana programa nada a ver com o tema porque pedro que não pode mais ser tão
legal você fica sentado na piscina estava a caminho de falar assim não é que bem nesse fim de semana eu tenho uma competição e pessoa pedro mas como funciona isso corrida de aventura começa vai lá e faz parte da equipe mas como quero a turma que vai correr passa por você fala estou passando pelo fla vai forças e faz parte da torcida quando o que é mas o pedro explica não é eu faço eu sou atleta da equipe e daí o pedro começa a contar que ele vai na academia todo dia que ele faz bike
naquelas também né a bicicleta para duas pessoas que ele vai naquele barquinho chamado do que aprendi a remar que ele desce o rapel de 50 metros e quando ele conta isso claro que vários personagens só deve ser cego que ele não sabe né [Música] como seu carro além de cega não tivesse nos anos 50 metros é muito na idéia perigoso mas o pessoal começa a achar o máximo ando pedro são pedro continua contando a história mas para sabe que dessa vez é um total empolgado também para essa corrida mas porque pedro animal deve ser muito
legal não é que a minha esposa não vai poder ir comigo cara pensa ali atuam esposa caso quem será que ainda mais que descobrem que ela não tem deficiência quem foi maluca que será que casa com cara cego porque ela não vai poder ir pedro porque lá a gente tem uma filhinha de dois meses daí ela não vai ter que ficar com a nossa filhinha caramba lente casado ele transita tem filho e esse dia todo mundo saiu da empresa o novo herói pessoal chegou em casa aquele rapaz já chegou com a esposa e precisa conhecer
o pedrão pedrão quem é pedro eo pedrão faz rafting rapel ele meu daquele qual é todo dia que era tudo bem mas quem é o pedro você nunca me contou claro que é meu o pedro pedro n modo de ver eu vou trazer meu aniversário o cara tem até filho mas quem é o pedro ken é o seguinte fernando josé sá o ceguinho virou pedro virou pedrão o cara que era visto como um coitadinho agora um super herói na empresa mas o tempo passa o tempo passa e um dia o chefe de um dos funcionários
falou assim profuncionário renato a gente vai ter uma reunião muito importante na sexta feira e você é o responsável pelo relatório vai ser baseado no seu relatório que a gente vai discutir os temas da reunião então favor caprichem no relatório e renato se prepara manda um email pra todo mundo que ele precisava mandar pedindo as informações necessárias ali pro relatório e o pedro era uma das pessoas que ele mandou e mail enfim chegou lá na reunião sexta-feira o renato começa a apresentar depois de algum tempo que estava apresentando o chefe dele e faziam renato acho
que eu tinha deixado claro o quanto importante era o seu relatório completo porque eu tô vendo que o relatório está incompleto faltando informação é como quem vai fazer uma discussão aqui de qualidade e daí o renato falou eu sei que está faltando mas é que as informações que eu pedi por pedro não chegaram e o pedro estava na reunião e fossem como assim não fosse não me pediu nada senão pedir te mandei meio nós enfim essa hora o renato ficou bravo e ficou com raiva do pedro depois eles descobriram que o e mail foi preencher
eletrônica enfim ou voltou ele se entender passou mais um tempo um dia estava renato pedro no bar mundo comentando sobre a vida outro dia estava ali se abraçando quando o brasil fez gol o dia estava chorando junto com o brasil foi desclassificado o tempo mostrou que o renato e produz funcionários dessa empresa que o pedro não era aquele coitadinho que eles imaginavam no começo e normalmente é isso que a gente pensa na da pessoa com deficiência essas são as nossas primeiras impressões o que ela não pode fazer a dificuldade é tão difícil imaginar que a
gente tente e tenente não consegue nem se aproximar muitas vezes a gente evita o contato com medo de errar enfim mas depois como a gente espera um pouco dessa pessoa tudo que vem surpreende surpreende muita gente começa a achar um super herói e o tempo faz esse pêndulo equilibrar o tempo nos mostra que uma pessoa com deficiência pode sim né é ser uma pessoa útil ou não para uma vaga ela pode ou não se há de ser agradável com a situação social como qualquer outra pessoa que ela tem uma característica importante que a gente não
pode negar que é a deficiência mas que é muito mais do que isso para continuar essa conversa do pedro eu vou contar pra vocês três coisas a gente fechar essa conversa a primeira que tinham coloquei o nome de pedro nesse personagem só para facilitar a minha narrativa mas o nome desse personagem é guilherme a segunda coisa sobre respeitar é esses funcionários tiveram sim a oportunidade de viver todo esse tempo né tiver um tempo pra fazer esse pêndulo equilibrar mas muitas vezes a gente não vai ter esse tempo a gente não vai ter a oportunidade de
conviver a minha filha que tem sete anos ela está acostumada a conviver com uma pessoa cega que desde que ela nasceu o pai dela é sério só que por mais que eu queira que a gente queira ninguém aqui vai ter condição de conviver com todas as possibilidades humanas relação né as pessoas são únicas o nosso desafio é esse é fácil a gente respeitar aquilo que a gente conhece aquilo que a gente concorda o nosso desafio é respeitar aquilo que a gente não conhece aquilo que a gente não concorda eu gosto de dar o exemplo por
exemplo indo para um tema que eu trabalho bastante nas empresas que o tema lgbt às vezes a gente fala de pessoas trans algum sinal mas pra mim pessoa sttrans essa coisa de pessoas trans não entra na minha cabeça como assim era homem ou mulher isso pra mim não precisa entender aliás não está nem concordar só respeita esse é o ponto de partida para uma relação de qualidade e o terceiro tema que eu quero falar com vocês a terceira coisa pra fechar essa conversa sobre incluir a gente só inclui alguém de fato quando a gente consegue
ter por ela todos os sentimentos da raiva a paixão quando a gente se sente à vontade para ficar bravo com ela quando ele se sente à vontade para sorrir para dividir mas sobretudo quando a gente se sente à vontade pra errar hoje em dia eu percebo nessa conversa da diversidade que as pessoas têm muita dificuldade às vezes com esse tema ou se aproximar desses temas com medo de errar porque toda hora que se abre à internet que você vê uma palestra é a pessoa fala 'você tá sendo errado se está usando o termo errado se
está agindo errado isso é aquilo se a smo não sei do que enfim as pessoas acabam se afastando e também por causa dessa experiência nessa conversa da diversidade eu quero dizer para vocês que eu conheço muitos militantes por exemplo no tema lgbt que coloca um monte de situações regras e esses mesmos militantes têm enormes dificuldades na hora que eles se deparam com uma pessoa cega ou com a pessoa na cadeira de rodas eles não sabem nem cumprimentar assim como eu conheço pessoas cegas também super militantes que gostam de dita regras que fazem piadas homofóbicas o
tempo inteiro mulheres feministas empoderadas que tem uma dificuldade enorme com a questão racial assim como eu conheço militantes dessa questão da eqüidade racial que fazem piadas machistas vira e mexe o que eu quero dizer com isso gente é que nessa conversa do respeito da inclusão todos nós somos heróis e vilões e é só a gente se desarmando a gente ficando à vontade com esses temas ficando à vontade pra errar que a gente passa a ter uma relação de igual para igual a gente não precisa de um coitado para chamar de nosso o que a gente
precisa é e entender que a outra pessoa tá de igual para igual e só quer respeito nem eu nem ninguém que é igual ao da garantia de igualdade no ponto de chegada o que eu quero é o respeito pelas minhas singularidades ao longo do caminho porque daí eu chego onde eu posso chegar e é só quando a gente percebe né é a pessoa nem coitadinha em super herói que a gente fique à vontade pra e rápido a gente não era com o coitadinho quente tem dó ea gente num não arrisca errar com um super herói
que a gente vê nessa pessoa então gente pra fechar eu queria concluir e responder àquela pergunta que eu fiz lá no começo eu não sou nenhum coitadinho nem o super herói eu sou o guilherme muito obrigado
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