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Video Transcript:
[Aplausos] [Música] Olá bem-vindos a mais um bate-papo uma live aqui no Terra a gente hoje discute um tema muito importante cada vez mais adultos têm recebido diagnóstico de autismo ou melhor do transtorno do espectro autista você sabe quais são as principais características Por que que é tão importante o diagn lógico quais os impactos que as questões que cercam o autismo trazem pra vida e pros relacionamentos dessas pessoas recentemente a Letícia sabatel atriz brasileira de 52 anos contou que tem um diagnóstico de autismo eh o ator britânico Anthony Hopkins de 86 também né e e O
Bilionário Elon musk né de 52 anos também teve o diagnóstico de autismo todos eles na vida adulta eh é um tema muito atual e a gente aproveita o Abril azul né o mês de conscientização sobre o autismo né para falar desse assunto e para isso a gente recebe aqui no estúdio hoje a Joana portolese tudo bom Joana tudo bem géo Um prazer estar aqui com vocês muito legal est com a Joana A Joana é psicóloga especialista em neuropsicologia e coordenadora do programa de transtornos do espectro autista eh eh proteia do Instituto de psiquiatria da Universidade
de São Paulo a gente tem também aqui o cantor vor Oi Vitor muito prazer Um prazer estar aqui obrigado pelo convite muito legal você tá aqui com a gente Vitor e a gente recebe a Amanda Ramalho que é jornalista e apresentadora do podcast esquizofrenoias Amanda bem-vinda Obrigada É uma honra est aqui muito legal est com vocês e eu começo né trazendo uma frase que a Letícia sabatela escreveu nas redes sociais dela recentemente e ela disse o seguinte quantas vezes eu perdi a amizade ou as pessoas ficavam magoadas comigo porque eu não conseguia sair de casa
né eu não conseguia ir ao cinema porque é uma experiência sensorial muito forte eh como se eu estivesse tendo um sonho premonitório que iria definir a minha vida de tão sensível Joana pegando essa frase da Letícia né quais seriam Então as principais características eh do transtorno do espectro autista E por que que a gente fala que é um espectro tá então o autismo você tem prejuízos né da comunicação e da interação social e a presença de comportamentos restritos e e estereotipados junto com uma alteração sensorial importante né então o que acontece é que geralmente Existe
sim uma dificuldade da análise ali do ambiente dessa resposta e geralmente com uma carga sensorial importante que isso prejudica né a leitura a percepção a interpretação social e consequentemente as interações isso não significa que não queira interagir né mas alguns estímulos por exemplo como luz som também pode ser muito eh carregado de informações e isso gera por exemplo sintomas de ansiedade e um incômodo de est em locais por exemplo com muitas pessoas Amanda eu te entreviste alguns anos né Na época você veio contar para mim uma alguma questão que envolvia um quadro de depressão né
junto com o psicanalista com Christian dunker Na época você não tinha o diagnóstico de autismo ainda né Não mas eu já estava em vias d eh o na pandemia eu me tornei uma pessoa muito menos estressada eh muito menos eh muito mais as coisas pareciam mais fáceis sabe porque principalmente por causa das interações sociais Isso foi um processo que nem eu percebi eu sentia que eu estava mais leve com menos dores né porque para você ter uma postura social tem que tá aqui né numa performance linda e ereta isso dói eh e foi ventilado pelo
meu terapeuta a possibilidade de eu estar no espectro autista porque ele já me conhecia há mais de 10 anos e ele disse que depois né que a gente conversou sobre isso ele disse que eh ele até trabalhou com com essa possibilidade H há um tempo eh mas ela foi eu não sei o que acontece no mundo dos psicólogos mas mas ela foi me meio colocada deixada de lado e veio então eu lembro que a ao longo das sessões ele pedia para eu assistir certos seriados eh certos filmes E eu achava Nossa nada a ver né
mas eu sentia que ele tava plantando Em algum momento ele fala sobre isso e eu fico eh um pouco reticente né porque tem um estereótipo apesar de de de ser hiper focada em Saúde Mental eu tinha um estereótipo e a gente foi atrás da investigação e eu posso dizer que eu me senti acolhida porque quando eu te conheci a gente falou sobre depressão eu sempre tratei a depressão sempre tratei ansiedade já for eh alguns médicos já ti já falaram sobre a possibilidade de eu ter transtorno bipolar borderline etc muitas dores e eu me eu comecei
a me tratar com psiquiatra com 20 com 16 e na época que eu fui diagnosticada foi com 36 36 você teve o teu diagnóstico de transtorno mas eu acompanho psiquiatra há 20 anos H 20 anos é 22 vor e o teu Diagnóstico como que foi eu eu tava lendo um livro inclusive me fugiu o nome que falava sobre personalidades que tinham transtornos mentais uhum não não não tinha um específico falando de autismo mas eu comecei a a me identificar com algumas coisas por quê Porque durante toda a minha vida eu suspeitei que tinha alguma coisa
estranha ou ou errada eh tô falando de como da perspectiva do que eu acreditava né Uhum e morria de medo de de saber exatamente o que poderia ser de ter alguma coisa uhum eh mas aí lendo esse livro eu pensei assim olha essas características aqui faz com que essas pessoas no caso ali do TDH eh seja mais criativas eu sou muito criativo será e e a partir dali eu comecei investigar ligava para as pessoas perguntavam que que elas fiquei focado nisso e comecei a pesquisar tanto que que eu cheguei na no autismo e quando eu
cheguei no autismo Eu também tinha a menor noção do que que era o autismo eu era detentor de uma ignorância pro profunda do tema e muita gente não não tem nada a ver E aí eu também comecei a perceber que essas pessoas também eram ignorantemente assim não conheciam sobre e fui investigar fui atrás de de testes aí eu entrei em um em um período bem long de testes até que que se confirmou que era isso mesmo e aí eu aí tudo faz sentido e eu Nossa então então eu tenho alguma coisa não é não é
que eu sou todos os adjetivos que eu que eu vim acumulando Durante a minha vida porque existe essa especif mental eu não sabia que eu estava dentro dela uhum a partir daí eu começo a a perceber que as coisas TM mais sentido e posso Porque existe uma literatura estudar entender os porquês de eu ser como sou e isso me faz consequentemente mais feliz você tinha que idade Vitor quando você recebe o diagnóstico final de de transtorno do espectro autista tinha 25 25 É eh uma uma namorada minha H Anos Antes tinha indicado uma série chamada
a typical ah foi indicado para mim também só que eu não entendi que era uma indireta Hum e depois que eu tava investigando me passou na cabeça assim eu tenho uma lista de coisas que as pessoas Me Passam Assiste esse filme eu claro coloco na minha lista e às vezes leva alguns anos né até que chegou o o tempo daquela série passaram-se alguns anos e eu vi que era de um autista E aí eu será que isso foi uma indireta Será que ela queria me dizer alguma coisa não disse porque ela falou que era para
prestar atenção no no mocinho que eu poderia me identificar com ele aí eu perguntei para ela ela falou que era Exatamente isso foi a única pessoa que que suspeitou que era alguma algum transtorno mental e não um adjetivo pejorativo qualquer Joana Vittor com 25 Amanda com 36 né Amanda e por que que é tão difícil fazer o diagnóstico de autismo mesmo nos dias de hoje por que a gente tá tendo tantos diagnósticos em adultos né Eh e como que a gente faz né assim eh conversando com alguns psiquiatras eh de adultos né eles têm dificuldade
os próprios psiquiatras às vezes de fazer o diagnóstico os próprios neurologistas de fazer o diagnóstico eh Por que que essa situação e o que que a gente pode fazer esse respeito sim então o o autismo a gente ele é muito recente né Ele é descrito eh de poucos anos para cá e o diagnóstico sempre muito mais feito em crianças né e o para um diagnóstico até né pros profissionais é mais claro quando a gente tem uma história do neurodesenvolvimento né para que a gente possa ver esses prejuízos aí de uma maneira também de uma maneira
funcional uhum nos adultos o que que nos de uma maneira geral nos atrapalha ou acaba vindo Primeiro as comorbidades né então assim muito hoje aproximadamente grande parte aí das mulheres aproximadamente 47% das mulheres e 27 por dos homens aos 18 anos quando recebem um diagnóstico de autismo tiveram outros diagnósticos e frequentemente né como o Vítor e a Amanda disseram Eh esses diagnósticos ou de um transtorno de ansiedade depressão transtorno de personalidade enfim isso acaba sendo muito mais frequente e quando eh esse diagnóstico ele acaba vindo né do autismo quanto isso é Libertador e e também
gera uma identificação como o Vittor falou né um muitos Falando assim até sobre uma uma libertação né em relação a um autoconhecimento mesmo agora esses esses desafios assim pensando no adulto no diagnóstico eh a gente tem uma questão também da capacitação né então na psiquiatria na formação enfim né dos dos médicos neuropediatras neurologistas os psiquiatras mesmo na residência você tem há pouco tempo né a formação para um diagnóstico de autismo então ainda mais falando também né desde a psiquiatria da Infância e adolescência Mas mesmo os especialistas em adulto em termos de capacitação isso acaba sendo
muito recente Então e e depende muito da história clínica então também Qual que é o impacto pra funcionalidade o impacto Enfim no mercado de trabalho então é muito comum né até a gente e e esse diagnóstico muitas vezes ele tem que fazer sentido né pra família pro paciente e e nós mesmo às vezes demora um pouco como a manda falou Demora mesmo um processo diagnóstico porque a gente não tem biomarcador né então não é um teste que nós vamos fazer e olha deu positivo negativo não até porque a gente fala né de um de um
espectro e esse espectro a gente tem né autistas com deficiência intelectual não verbais com comorbidades comportamentos alto e hétero agressivos enfim a gente tem os sindrômicos então Eh para muitas vezes para para que a gente Caracterize até pensando nos objetivos da intervenção na orientação para as famílias é um processo e principalmente quando a gente a gente fala dos adultos né hoje a gente vem aprendendo mesmo né também cada vez mais a experiência Clínica esse contato com as famílias é é fundamental né Essa conversa assim com eles e com com os familiares com os os maridos
né os parceiros enfim isso é fundamental pra gente também Vitor eh eu tava vendo um pouco a a o teu Instagram que aliás é ótimo tem Obrigado altamente recomendado o no Instagram do vor el não tem tem tem muitas é um artista né um cantor tem muita coisa legal e o Vitor tava falando uma coisa que eu achei importante assim que eh as pessoas tendem a classificar em autismo grave autismo leve que para você não tem isso não tem autismo leve você quer explicar um pouquinho isso pra gente sim é eh quando quando caracteriza que
que o autismo é leve se pressupõe que ele seja leve e e não é leve né ele pode ter um um um nível mas ele não é leve porque tem tem várias várias várias questões das quais eu preciso me ater para poder viver minimamente eh de uma forma como que eu posso dizer é muito comum a as as crises ocorrerem porque eu não sei como lidar com um determinado aspecto de alguma coisa e aqui as coisas que eu consigo detectar antes eu começo a trabalhar com com estratégias só começando daí de eu ter que me
preocupar eh como que eu vou viver socialmente sem ser um transtorno para mim e pro outro já Já toma bastante da minha energia e e da minha vida e é necessário uhum porque eh eu preciso viver em sociedade o fato de ser o nível um e e passar digamos batido causa também vários prejuízos sociais dos quais as pessoas não conseguem se ater porque é é mais seria mais fácil Se ater a uma característica a uma necessidade do outro se aquilo estivesse estampado na cara dele ou tivesse de uma forma que você consegue ver que a
pessoa ela precisa de algum auxílio de alguma ajuda quando isso não está ali exposto é é muito complicado agora mesmo eu tava explicando para uma pessoa próxima e claro que eu vou fazer isso com uma pessoa próxima para ela tentar evitar fazer coment ários porque eu tenho a ecol al é um é um sistema de de você repetir o que o outro fala mas também tem a ecolalia mental né que é o que mais me me caracteriza Então por qu para para para eu não ficar repetindo esse comentário de uma perspectiva que me canse e
e possa me fazer não conseguir fazer outras coisas agora quando eu explico isso com uma pessoa próxima é porque ela é próxima e vai evitar de fazer isso eu consigo controlar mas eu não não não posso explicar isso para todas as pessoas que vão estar né tô dando um exemplo que vão estar na minha vida né olha agora você vai falar comigo então eu vou te dar um protocolo aqui de como você vai conseguir não se colocar em perigo e nem a mim não é possível então no final do dia eu vou acabar por mais
que eu criei todas as estratégias vou acabar exausto vou acabar muitas vezes tendo alguma crise tendo que que que ter o meu tempo para para para me recuperar Uhum Então se eu trago um só exemplo que já mostra que é bastante complexo porque não está visível imagina se eu trouxesse a minha lista Então não é não é um pouco leve Amanda eh é um espectro né Você demorou para ter se diagnóstico a Joana falou uma coisa que eu acho que o Vittor já tinha colocado no discurso dele o quanto é Libertador Às vezes o diagnóstico
Porque você acha um lugar né Eh eh e essa coisa que o Vitor Colocou também né Eh Às vezes você fica tendo uma leitura muito depreciativa de você ou os outros T uma leitura depreciativa de você por conta de algumas características suas E aí a hora que você entende o diagnóstico isso te deixa mais mais tranquilo é mais Libertador né Eh das características né Eh eh do transtorno do espectro autista o que que você acha né Eh na Amanda que é mais fácil li dar e o que que é mais difícil Nossa mais fácil a
a ele falou da ecolalia eu acho que no meu caso se torna uma coisa engraçada porque eu passo a vida repetindo frases que eu acho graça sabe então acho que é mais fácil explicar mas e também não é uma coisa que prejudique a minha convivência Uhum mas eu acho que eh você falou da da Letícia sabatela isso do do como como manter amigos sabe eh eh eu acho que isso se torna mais difícil paraas pessoas porque eh é aquilo você não pode eh sentar e falar todas as suas limitações porque são limitações Eu não posso
eu não posso fazer eh eu não consigo fazer determinadas coisas ou até consigo mais com com muito mais custo que as outras pessoas e eu acho que no meu caso se torna cansativo sabe você tem que explicar e e exigir que que as pessoas entendam porque elas não conseguem entender que se é alguma coisa que eu vou eu vou ser prolixa ou vou continuar falando sobre um assunto horas e horas ou eu se em alguma situação social eu não me interessar pelo pelo assunto da roda eu não eu não vou fingir E então e a
gente precisa desse desse desse mascaramento que eles falam e eu passei a minha vida inteira né mascarando mascarando eu vi em algum lugar que alguém traduziu isso como fingimento mas não é fingimento é uma outra palavra porque masking que eles falam mas não não não seria a tradução correta porque camuflagem talvez é uma camuflagem mas imagina você passa a vida inteira camuflando então eu eu venho no elevador eu falo Nossa D jar eu tenho que falar alguma coisa que eu tenho em comum com ele para a gente tem uma intersecção de interesses então eu planejo
eu achava que todas as pessoas faziam isso sabe que tinham mapas pras coisas Sabe dá pra gente hackear as nossas características e e e e conseguir chegar nos objetivos que as pessoas eh esa os neurotípicos eh a gente consegue mas eh requer muita eh muito da nossa energia eu eu passo horas em silêncio eu preciso e e como que explica isso paraas outras pessoas não não eu posso Desligar minha cabeça não prestar atenção em nada aqui e eu posso e eu me sinto muito satisfeita com isso e parece que não ela não tá se interessando
Mas por que que eu tenho que me interessar por tudo sabe eu acho que essas Convenções sociais esse pacto né que eh não contaram pra gente né Eh e a gente precisava porque se se tivesse eh contado pra gente eu acho que você até você consegue fazer se alguém fala é assim que se vive eu vou saber eu sei eh eh interpretar mas as pessoas elas não não precisam desse manual Então como é que você fala então gente enquanto você tá aí pensando sei lá só falando eu tô aqui pensando ah na lua eu preciso
ficar assim não sei o qu e não porque a gente tá aparecendo Mas é porque eu penso nisso o tempo todo são faixas né sabe se você tá editando alguma coisa são faixas e e a gente tem que ticar as faixas e as pessoas ela só abre uma música e ela tá lá sabe então acho que o jeito não sei se vai fazer sentido mas jeito que a gente toca a música É diferente tem muitas camadas e as pessoas elas estão com as camadas todas misturadas inveja ou as e pegando gancho só numa coisa que
você contou né e uma uma das características muito comentadas né discutidas da questão do do transtorno de espectro autista é a questão do apego a um a uma rotina né é importante uma rotina esse esse passo a passo que você tá contando essa decupagem né Eh como se a vida te as decisões exigissem né assim Passos né Eh que é é é uma questão que que muitos autistas contam pra gente que enfrentam né e e o imprevisível às vezes é é é complicado né um Pou assustador né devastador né E E aí muitas vezes você
é vista ou você é lida como uma pessoa inflexível Ah porque tem chata mimada como que é isso como que você ah eu poss a minha vida sendo chata mimada e inflexível e fresca que eu eu eu trabalhei muito tempo com humor e uma das características que do meu personagem era que eu não ria de nada mas eu não hoje eu entendo que eu não ria porque eu não entendia porque eu falava Será que eu não PR atenção o suficiente depois de um tempo eu descobri que tem uma Musicalidade da piada que você dá risada
Então eu penso como matemática não como interpretação de texto Uhum mas e eu não consegui entender Por que todo mundo dá risada e quando eu não acho graça eu tenho que dar risada também sendo que eu não achei engraçado e daí você passa eh nem sei porque que eu falei isso mas você passa a vida inteira é meio que tentando saber o que você é e o que as outras pessoas são se elas prestam atenção mas na verdade eu acho que ninguém presta atenção na gente eles só acham a gente mimado mesmo eu eu até
compus uma música de sobre esse tema de frescura porque se chama freshness é a primeira música do meu álbum Pan paná e porque porque é é o começo da minha transformação né P panel coletivo de borboletas e eu tô falando de de um de um bando de borboletas que se encontram se transforma esse ser que que dá lagarta que rasteja e se transforma nesse ser assim que que levita tem tudo a ver porque sempre me falaram Ah para de frescura eh você é fresco para e entendo que por conta da literalidade nesse caso eu considero
uma benção porque eu pensei assim para de frescura que que é frescura e fui lá no dicionário frescura aquilo que é fresco aquilo que tem frescor hã Então tá falando para eu parar de frescura para eu parar de de daquilo que que é fresco aquilo que tem frescor mas o que é fresco o que tem frescor é bom então tá falando para par ser bom calma eu vou analisar o que que que que ele tá se referindo como frescura Ah é que eu eu tô fazendo dieta e eu não quero comer essa torta aí eu
tô agradecendo falando que não vou comer mas agradecendo ah a gente fez com tanto carinho não não vou porque eu tô no meu objetivo Ah para de frescura ué se eu parasse de frescura nesse caso eu iria comer a O que foi me oferecido e iria ficar depois culpado iria ficar chateado e isso é o contrário daquilo que é bom daquilo que é fresco daquilo que tem frescor então quando ele me pede para parar de frescura ele me pede para ser o contrário de frescura ser estragado e é literalmente isso e quando eu percebi isso
comece a analisar todos os momentos que me falam para parar de frescura e entendo onde vai dar e sempre é num lugar estragado então não tem o menor sentido parar de frescura então eu não paro de frescura Eu continuo sendo fresco e quero amigos frescos eu quero água fresca eu quero comida fresca Porque o contrário disso não é o que eu quero não é né Joano e na clínica né no atendimento né Eh eu queria trazer algumas questões que que Amanda e Vittor falaram assim o que que o mais comum dos dos dos dos adultos
que chegam para vocês né Eh quais são as as questões que mais impactam né O que que Qual qual é a maior dificuldade deles e aproveitar algumas curiosidades É verdade que que transtorno do specto autista é um diagnóstico mais frequente em homens do que em mulheres é uma é uma uma coisa que que que né a literatura traz E você acha que a pandemia de alguma forma eh como a Amanda contou né Eh aumentou o o talvez tenha tornado a questão do diagnóstico mais Evidente sim então vamos lá acho que eh a Amanda tem um
Eu gosto bastante né do do trabalho da Amanda enfim já conheço há um tempo e Amanda fala muito da das Árvores né que se encontram e e assim ao longo do tempo né Respondendo a sua primeira pergunta quando esses adultos chegam no consultório eles chegam trazendo o quê assim dificuldades né em relação ou com outros diagnósticos mas uma dificuldade muito grande eh de como o Vitor falou de compreender o o o que é assim o a intenção dos outros compreendendo muitas vezes de uma maneira mais literal e com uma dificuldade grande nas interações e isso
até pro trabalho né até nos casamentos no no nas dinâmicas familiares eh reconhecendo sim uma dificuldade seja porque foi apontado pelos outros ou mesmo incômodo de si em relação a algumas questões um ponto importante né que a Amanda traz eh sobre essa questão da camuflagem porque a gente tem um um um funcionamento cognitivo aí no caso bem bem relatado no autismo que é esse mascaramento que ele vem de uma questão assim eu não vou ser tão autista eu vou tentar me enquadrar então para isso eu tenho que ser eh bom o suficiente então eu treino
isso como se fosse uma peça de teatro mas espera aí quem eu sou eu tô enganando o outro né então é como se o normal fosse ser o suficiente mas o que que é esse normal né E isso de uma maneira geral traz uma exaustão mental e uma ameaça a autopercepção E então isso acaba vindo numa questão assim de sintomas de ansiedade mas de um cansaço mental muito grande então acho que como o Vittor falou desse momento de ter que me regular né Eh E essas interações né que são questões que aparecem na clínica e
claro Cada história cada um tem tem a sua história e também Cabe a gente identificar e perceber que em alguns momentos tem algo de uma dificuldade mesmo de uma interpretação mas que muitas vezes essa dificuldade acho que é isso nossa quando o Vitor relata essa questão né do frescor da frescura enfim como a a gente aprende muito também essa maneira né E que isso pode ser positivo né e e e enfim positivo nas relações e tal agora na clínica quando a gente consegue identificar trazendo assim mostrando também pro paciente mesmo pra família uma uma paciente
outro dia falou uma coisa que a Amanda trouxe assim nossa mas ninguém pensava assim ninguém fazia esse esforço enorme eu achei que todo mundo dividisse dessa angústia ou desse esforço comigo não eu descobri que pode ser mais fácil então muitas vezes né o diagnóstico e até a intervenção pode ajudar nesse processo né cognitivo e a gente então na clínica muitas vezes vem aí essas histórias individuais mas com outras outros sintomas mais um prejuízo nas interações e no bem-estar na qualidade de vida no desempenho do trabalho né e buscando entender uhum a gente hoje né na
literatura a gente tem uma um um relato aí né assim do uma maior frequência né do diagnóstico nos no nos homens né Eh pensando aí a gente tem uma proporção de três homens para uma mulher uhum no diagnóstico mais ou menos essa proporção menos essa proporção a gente sabe porquê tem algumas questões alguns estudos genético e também da do alguns estudos também do do neurodesenvolvimento que algum alguns algumas associações e tal muito mais que acontecem no sexo masculino bom a d Joana falou uma coisa que eu achei muito interessante né dos impactos nos relacionamentos e
eu queria começar a perguntar para vocês o seguinte como que foi a vida afetiva de vocês vamos falar um pouco de namoro e depois vamos falar de casamento né os dois estão casados mas os dois já namoraram Com certeza como que eram nos namoros o Vittor já contou um pouco a história eh da namorada que deu essa dica para ele que né depois ele ele né ele entendeu eh e aí eh começar com a Amanda Amanda como que era Amanda nos namoros Como que foi a decisão desse casamento e como é lidar né Com todas
essas questões relacionais no casamento bom Amanda nos namoros péssima não sabia eh não não sabia o que tinha que ser feito e então eu desenvolvi ferramentas né se que alguém piser apesar de um curso eu eu tinha uma técnica e eh normalmente eu só eh tive relacionamentos com eh amigos meus não não porque até você atingir uma nova uma pessoa desconhecida E e ter uma relação profunda com ela para mim parecia muito difícil então já eh já tinha um meio caminho andado e eu me Casei Porque eu percebi que era a pessoa que não se
importava sabe porque eh por mais que as pessoas que se relacionam com a gente falam falem que não se importam elas se importam sim elas sempre vão olhar falam mas por você tomou tanta medicação eh porque você não não cede certas coisas e etc claro que eu cedo mas eh tem algumas coisas que eu nem sabia que que era era tão que que eu entendia em relações que na verdade eu teria que acabar mudando um pouco e e tentava mudar por um tempo mas eh a gente não segura o personagem e também não é uma
coisa Eh sei lá não deixa a gente feliz então eu percebi que eu podia ser 100% eu então acho que se meio que no meu caso você conhece uma pessoa que que que entenda assim e uma coisa interessante é que na pandemia eu tava fazendo terapia e daí nesse dia que meio entendi o que o meu terapeuta falava sobre esse assunto eu saí da terapia e falei Vinícius o doutor diz que eu chamo ele de o doutor o doutor disse que eu posso ser autista daí ele tava trabalhando Continua trabalhando falei você não vai falar
nada ele falou Amanda Vamos combinar que né Você nunca foi como as outras pessoas tudo bem n ah T falando mas não tem problema daí ele falou não eu falei Ah então tá bom isso aí sabe porque sei lá eu eu não me tornei autista né A partir do momento que o doutor disse ou quando eu recebi avaliação eh eu sempre fui né então eu achei muito bonito como ele interpretou porque muitas pessoas da minha vida Acabaram acabavam acabaram por me tratar assim tipo meio com com mais sabe com mais cautela mas eu não mudei
sabe eu sempre fui estranha Então acho é que eu não gosto da palavra estranha mas acho que é é eu gosto do eu não gostava né mas hoje eu gosto do espontânea as pessoas não são espontâneas então sempre foi uma das principais minhas características então falei ah tá bom né então sou espontânea fal que triste para essas para todo mundo que elas não tem que ser elas para ser alguém e eu sempre fui lá sabe sem sem muitas sem muito muitas concessões mas eu acho que é isso eu não me tornei eu já era e
mudou a palavra porque eh por mais ter passado por alguns diagnósticos e ter cuidado das eh das minhas comorbidades ao longo de mais de 20 anos eh eu precisei entender o o que tava mais profundo né porque eh eu não não que eu nunca eh eu tive algumas depressões ao longo da vida algumas muito pesadas eh passei por por eh períodos de estresse e e de problemas mais pontuais e e o o autismo não anulou eh eu eu continuo tratando das minhas comorbidades né Eh mas eu eu me sinto mais confortável para entender que elas
não são não surgiram do nada né Porque para mim era muito difícil entender falando Tá mas e essa depressão aqui sabe de novo de novo de novo é Talvez eu passe por algumas depressões ao longo da vida tudo bem Vittor você você namorou muito na adolescência era fácil era difícil E como foi a decisão do Casamento né como como que essa coisa toda mexeu com você Vou organizar um pouco começar pelo namoros pelos namoros uhum hum eu tenho muita curiosidade de saber de quem namorou comigo como que como que era isso porque eu eu posso
considerar normal até porque eu não tinha muita referência não ficava muito olhando o relacionamento dos outros para comparar mas entendo que sempre foi sempre fui uma pessoa que que as pessoas sabiam que era muito muito sensível e tinha que era que era diferente eu acho que é isso que que eu consigo me lembrar que me relatavam e no casamento também no caso uma parte do meu casamento eu não eu não sabia do do diagnóstico e eu entendo assim que como que eu posso dizer acaba sendo um relacionamento atípico e e acho que é Acho que
é não sei classificar se por exemplo em termologia se se é uma coisa mais Eh claro que não é não é já meu relacionamento já não é não é normal da perspectiva do que se classifica de uma forma geral já começa por aí eu sou uma pessoa atípica também acho que que o Leandro ele não é uma pessoa tão óbvia tão né ele tem um uma memória inacreditável ele não me parece uma pessoa próxima daquelas que eu conheci Durante a minha vida me parece também também atípico então acho o relacionamento ele ele tem as suas
atipicidades e e algumas concessões ele ele busca me entender entender o que que o que que de fato pode ele pode fazer para para que uma uma determinada crise não não ocorra e também busca entender o que que de fato é uma crise porque às vezes eu tô em crise e ninguém consegue perceber e e vamos construindo uhum né um relacionamento muito bonito uhum de mútua admiração e cada um pela sua especificidade uhum o seu jeito uhum né entendo que ele de alguma forma se vê em mim e eu de alguma forma me vejo nele
e isso também ajuda muito muitas muitas muitos problemas que eu que eu vou tendo ele já passou por eles e e me aconselha e outros que eu que eu também já passei e ele não então a gente troca muito e busca agora se eu não tivesse tido o diagnóstico eh creio que eu que eu não estaria casado ou vivo porque eu tava muito próximo de de de pensamentos complexos e e tem essa questão social é realmente um problema e talvez seja um problema não posso falar posso falar só de mim né Mas PR mim assim
é um super problema porque não existe nada no no no meu rosto que indique que que eu tenho alguma especificidade no jeito Talvez um pouco e como eu ao longo da vida estudi muito eu fui muito hiper focado em pessoas eu estudei muito como que as pessoas funcionam como que são as expressões Como como que eu tenho que me portar como que eu tenho que reagir agora mesmo tava rindo tava pensando assim eu vou rir também porque eu preciso espelhar porque o espelhamento ele não é uma coisa tão não sei se em todos mas é
é mais é uma coisa mais complexa no no no no autismo Então eu preciso entender como fazer as coisas e e a questão da da da Amizade ela sempre foi uma uma dificuldade não de necessariamente fazer o amigo mas de manter de conseguir manter né e e consequentemente eu via que as pess que eu ia perdendo as pessoas conseguia manter as relações e eu sempre me apegava a a algum amigo ou algum relacionamento que a pessoa ela tinha de alguma forma me aceitado e que eu não ia perder essa pessoa e ela acabava indo então
eu tava num num momento já que as pessoas iam Uhum E eu pensava assim nossa mas eu eu estudo tanto eu tento tanto entender como que funciona o outro para eu conseguir me adaptar e e mas não tem jeito e e foi um momento bastante decisivo esse diagnóstico eu tava próximo de eh um suicídio Joana Vitor Amanda contar um pouco aí a questão dos relacionamentos afetivos amorosos os casamentos a importância do diagnóstico nos casamentos eh casamento não é uma coisa para principiantes né é difícil a gente tem o tempo inteiro que fazer concessões CD trocar
entender o outro o outro tem que entender a gente é difícil tem uma coisinha comp AD nessa vida né E são relacionamentos humanos e ainda mais esse relacionamento afetivo mais mais profundo que a gente tem eh os os adultos com diagnóstico de autismo Quais são os principais impactos né juntando um pouco o que Amanda diz que Vittor diz que que você acaba vendo na clínica assim dessa dessas questões o relacionamento Geralmente as histórias e é acaba sendo tendo uma vulnerabilidade muito grande então o que a gente acaba tendo né como comentários e queixas enfim rel
atos de relacionamentos abusivos né de uma dificuldade muito grande de entender e perceber a intenção do outro né então assim essa questão também dos abusos de uma maneira geral assim a vulnerabilidade diante desses relacionamentos e mesmo casamentos também abusivos e E aí até um momento onde não não me sinto seguro também para ter um relacionamento né Como que eu posso isso um pouco do que o Vitor trouxe assim é uma construção né vai sendo uma construção onde né um vai percebendo o outro vai tendo um respeito um entendimento de como o outro funciona E aí
o o o diagnóstico ele acaba sendo um momento importante porque pro parceiro também uhum até porque né tem assim os parceiros muitas vezes trazendo mas eu espero isso dele né Eu espero que ela faça isso eu espero esse retorno E isso também não vem às vezes eu posso ficar num vazio ou não eu vejo que tem algo de diferente que eu acho interessante eu queria ajudar D queria complementar ainda mais então como e e assim eh e dos Pais também em relação aos seus filhos enfim os irmãos né eh e e e é muito interessante
porque quando a gente consegue entender e e como funciona e muitas vezes Claro a gente nunca vai saber na totalidade como funciona eles são são excêntricos assim são individuais a gente aprende demais com eles mas essa orientação muitas vezes é ajuda bastante nesse né nessas trocas né Eh do relacion Vítor e Amanda a gente vai falar de uma coisa agora que eu acho interessante e eh a questão da exposição né Eh a gente sabe que quem né Tem um transor especto autista tem uma uma certa dificuldade de interações sociais eh muitas vezes né Essa questão
da avaliação do julgamento do outro tem um peso importante né Amanda apresenta um programa né que fala de saúde mental ela tá se expondo o tempo todo o Vitor é um cantor né tá ali postando e produzindo música postando né as suas as suas músicas as suas Produções no Instagram e o carnal é um cara muito exposto também né E o Vitor tá casado com carnal essa exposição toda ajuda atrapalha incomoda faz bem Como que funciona para vocês essa relação com a exposição nas mídias quem quer começar já começar vamos eh eu acho que eu
exponho até onde eu aguento né Eh eu sei que eu deveria me expor mais mas não eu não vou conseguir aguentar sabe eh eu acho que quando você envolve outras pessoas né se eu decidi né ser uma pessoa que aparece eh Nem sempre a pessoa que tá com você decidiu ser a pessoa que aparece Então acho que eh eu acabo vendo e pesando o que o que eu vou aguentar Lar sabe eh É claro que eu me comparo com as outras pessoas com os os relacionamentos que não deveria logicamente Mas eu sou humana eh e
eu percebo que eh assim como eh a gente estuda né a a como as pessoas se portam a gente também vê como as pessoas se portam nas redes sociais Então você f Ah eu acho que há um um um déficit da minha parte eh mas eu acho que eh para mim Eh eu eu sei o que eu não gosto sabe pode até eu posso ser uma pessoa indecisa sobre o que eu gosto etc mas eu sei o meu limite então Eh eu eu tento não ultrapassar porque eu sei que eu não vou aguentar porque e
já já tive uma exposição maior e tive que lidar com muitos comentários que me deixa me adoeceram por muitas vezes eh e e e daí a minha a todas toda a minha vida é afetada né porque sei lá su a depressão aumenta e eu tenho dores pelo corpo todo eh eu já já sei o que me faz mal pelo menos nesse tipo de Exposição então eu evito eh mas por mim mesmo assim não sei se eu respondi sim deu tempo não não deu que é que a Joana fale antes Olha pode ser Joana como que
fica isso né Por um lado né A gente a gente tem percebido cada vez mais Pessoas com Transtorno de espectro autista eh indo pra mídia indo paraas redes sociais falar e isso por um lado é importante que talvez Facilite o diagnóstico eh ajude outras pessoas que estão enfrentando uma situação parecida eh por outro risco por outro lado a gente tem o risco de banalização e e e o e os riscos da exposição mesmo né exposição em rede social pode ser cruel né para todo mundo né Eh como que como que você tem visto esse movimento
Como que você tem percebido Não assim tem até há uns anos atrás né a ciência falava muito isso assim das questões dos pesquisadores dos clínicos mas também da participação das famílias e deles né para esse paraa construção desse conhecimento eh eu acho de um lado interessante agora claro respeitando né assim eu exatamente a gente vê essa questão por exemplo hoje né nos congressos enfim nesses esses eventos mesmo de Pesquisas clínicas a gente vê cada vez mais a participação dos autistas e tem um um um movimento que eu acho muito interessante porque ou assim quando nós
vamos também escutá-los entender nos ajuda também em outra perspectiva porque muitas vezes a gente falando só dessa parte né clínica da pesquisa e como que é a vida né real essa participação Então acho que é uma construção muito interessante acho que isso para todos os lados mas claro eu acho que eh assim esse respeito né esse limite como como a Amanda falou Eu acho que isso é fundamental inclusive paraas famílias também é muito comum a gente a gente Verê assim as famílias muito ativas né a gente fala assim que quando a gente vai falar de
criança né assim os pais eles são os agentes de mudança né e os autistas também são esse esse essa eh o autismo ele tem um um movimento muito forte né isso a gente também vê a repercussão nas políticas públicas então certamente assim essa participação deles né aqui eh enfim nos congressos enfim nas nas informações né sociais na mídia é é muito importante para esse conhecimento aí de uma maneira né clínica pesquisa e com eles também mas esse respeito né deles dos Pais também do limite Vitor vou te ajudar é o seguinte eu vi teu Instagram
eu achei sensacional porque assim tem primeiro que você já você pelo menos os desse mês né você que você tá trazendo questões do autismo você fala umas coisas bem interessantes acha que você tá com teu com o teu câmer mano a pessoa que grava junto com você que você fala assim que quando ele começa a fazer você fala assim meu rit é lento bem lento e você fala isso você brinca né eh e aí você você usa um pouco de humor também para falar dessa dessas questões eu achei muito criativo o trabalho que que você
né tá fazendo nas redes sociais assim Imagino que deve dar um trabalhão né um desgaste também muito grande tal eh e aí como que é quando você começa a ser reconhecido na rua quando você tá no espaço público as pessoas conhecem o Vítor conhecem o cantor conhecem a pessoa pessoa que tá produzindo esses conteúdos eh eh muitos deles brilhantes né nas redes sociais como que é como que é lidar com tudo isso olha eu eu vou ser bem sincero eu adoro eu desconfiava é claro que que que tem tudo tem o seu o seu outro
lado e eu sou eu não sei se eu sou tímido ou se eu sou reservado Uhum mas nunca ainda não consegui me decidir tem fórmula para para saber eu não bom E então tem algumas questões ali que [Música] eu mas mas de uma forma geral eu gosto porque eu sempre fui artista e eu sempre sempre adorei eh aparecer da perspectiva daquilo que é o meu trabalho Uhum Então quando eu tô por exemplo tomando um café com uma amiga como aconteceu recentemente em Buenos Aires e alguém vem pedir uma foto eu penso Nossa aqui não esperava
isso eu claro é um prazer né e e também isso me dá uma uma uma dimensão de de troca com com com fãs pessoas que que tão ali apoiando e acredita em você acredita no seu trabalho no meu caso são os vitoriosos que vem de Vítor eu tô com a Vitória aqui também eolas é essa aqui é a Vitória Uhum que ela já passou por muitas vitórias e eu tento isso que que Amanda falou tomar cuidado com as pessoas também que estão comigo para que elas também não sejam expostas Porque existe um preço a a
se pagar né e e muitas coisas a a se pensar mas de uma forma geral eu eu eu não tenho tido grandes problemas eu busco eu busco também me me blindar bastante das coisas de uma forma geral e isso ajuda ajuda muito gente o programa foi lindo vocês são incríveis a gente tá chegando nos minutos finais e eu queria um recadinho de cada um de vocês né Eh que que é importante que que vocês acham que é legal deixar de recado pro pro público que tá assistindo a gente eh o Vitor tem uma frase que
eu pesquei de uma um de um dos posts lá do Instagram que você fala eh acho que de uma frase do Marcos mon na verdade né que tem um filho né que que tem ção espectro autista e o Mion fala da importância da inclusão para validar né eh não sei se eu se eu construí direitinho essa essa essa essa questão mas eu queria que você começasse com um recado final pode começar com você Você prefere é é essa frase é da Fátima de kanan Uhum que inclusive eu mando um super beijo é uma pessoa incrível
que entende muito da causa autista e colabora muito e se eu não me engano a frase e é assim quando você inclui você coloca você reconhece você valida a vida de alguém uhum e está em palavras muito melhor melhores ditas do que isso mas é eu acho que a questão da inclusão de o que eu tenho para dizer para para que vejam além do do do que tá aparente né da perspectiva de no meu caso de de ser autista investir um pouco mais e meu caso eu quero ter muitos amigos mas eu gostaria que as
pessoas entendessem que eu tenho um tempo e que que não que é o meu jeito eu as amo mas que que elas precisam ter um pouco mais de de paciência comigo perfeito ótimo recado final Joana eu sempre penso nessa questão de manter o respeito né sem perder o apoio né um pouco como o Vitor trouxe dessa questão que tem o impacto né do leve que muitas vezes não é tão leve assim e quando a gente tenta assim não só não falo dos autistas mas também enfim das crianças dos Adolescentes dos adultos com algumas questões que
a gente inicialmente possa achar que ah tem alguma coisa diferente mas vamos tentar entender um pouco mais de empati se colocar no lugar do outro né seguir um pouco o ritmo do outro tentar entender ajudando apoiando ótimo obrigado obg você e Amanda faço encerramento dou no seu recado final ativem o Sininho Me sigam nas redes sociais Eu acho que o meu recado é que como é um espectro não há uma maneira definitiva né de de eu gostaria muito que existisse um manual da Amanda do Vitor ou o manual Geral do autista né o grande manual
mas eu acredito que eh tem a ver mais com a escuta né a gente tem que escutar o outro ouvir e e e e tentar não julgar é claro que a gente sempre vai julgar porque a gente conhece só a nossa perspectiva mas e ouvi e e às vezes eh a gente gosta gosto de ficar em silêncio Então até ficar em silêncio junto é uma boa dica isso somos todos diferentes né né e acho que respeitar essa diferença entender a diferença de cada um é muito importante pessoal a Live acabou espero que vocês tenham curtido
tenham gostado eu curti muito Vittor Amanda Joana super obrigado pela participação de vocês Foi incrível e você que tá aí do outro lado da telinha Espero que tenha gostado e se gostou volte porque logo logo a gente tem mais novidade para vocês valeu [Aplausos] [Música]
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