Muito boa noite, meus caros! Sejam bem-vindos ao Lente Católica desta noite, dia 24 de fevereiro de 2025. Toda segunda-feira, sempre às 21:30, nós estamos aqui conversando a respeito de algum tema importante para a nossa fé, para a nossa cultura, para o nosso crescimento enquanto católicos, enquanto filhos da Santa Igreja, que precisam conhecer mais para amar mais.
E, aliás, o Catecismo da Igreja diz que o sentido da vida humana é justamente esse: conhecer e amar a Deus. Então, é justamente isso que a gente procura fazer aqui no Lente Católica. Sejam muito bem-vindos na noite de hoje.
É um prazer tê-los aqui comigo. Já de antemão, eu faço aqui um convite para que você curta esse nosso conteúdo, compartilhe também este conteúdo e, sobretudo, para que você se inscreva aqui no nosso canal. Se você ainda não é inscrito e não conhecia o trabalho do Lente Católica, está conhecendo agora.
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As Cruzadas foram expedições que os cristãos realizaram na Idade Média para o Oriente, saindo da Europa em direção à Terra Santa, para salvaguardar e preservar aqueles lugares que tinham e têm até hoje alguma relação com a Sagrada Escritura ou com a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Então, é a respeito disso que nós vamos conversar nesta noite. Aproveitando aqui o início do nosso programa, eu faço um convite para que você coloque as suas intenções.
Por quais intenções você quer rezar hoje nesta noite, no início desse programa? O que você traz no seu coração? Além de todas essas intenções que vocês trazem, eu gostaria, no Lente Católica de hoje, de propor um pequeno desafio a todos vocês que me acompanham aqui.
Este pequeno desafio fará bem a quem receberá nossa oração, mas fará bem também a nós. Em que consiste esse pequeno desafio que eu quero propor a vocês? Em escolhermos uma oração a mais.
Uma oração, nem que seja uma Ave Maria a mais, uma dezena do Terço a mais, mas que, durante os próximos dias, escolhamos uma oração a mais pelas intenções do Santo Padre, o Papa. Rezemos, sobretudo, pela situação de saúde do Papa Francisco. O Papa já se encontra internado há alguns dias e o quadro dele ainda é muito delicado.
Então, nós, enquanto católicos, devemos rezar pelo Papa. O Papa é o nosso pai na fé, o Papa é o Vigário de Cristo. Então, neste momento, vamos nos unir ao Papa Francisco, oferecendo a Jesus as nossas orações, o nosso pedido.
Quem puder, ofereça também alguma penitência, algum sacrifício: deixar de comer alguma coisa, deixar de beber alguma coisa pelo Papa. E o que eu dizia há pouco, quando fazemos isso? É claro que o Santo Padre receberá as graças dessas nossas orações.
Sem dúvida alguma, as nossas orações serão um benefício para ele, mas rezar pelo Papa é também um benefício para nós mesmos. Nós também somos beneficiados, pois estamos cumprindo o nosso dever de filhos. Às vezes, a gente pensa que o mandamento de Deus de honrar pai e mãe é só para o nosso pai e a nossa mãe biológicos.
Não! O dever de honrar pai e mãe recai sobre todas as pessoas que têm autoridade sobre nós, e o Santo Padre, na Terra, é o Vigário de Cristo. Ele tem autoridade sobre todos nós, que somos católicos e filhos da Igreja, e amamos a Igreja.
Então, vamos cumprir esse nosso dever de honrar pai e mãe. E o Papa, enquanto nosso pai na fé, merece a nossa atenção, as nossas orações, os nossos sacrifícios, se for a vontade de Deus, para que o seu restabelecimento seja breve. Se Deus quiser, um sofrimento um pouco mais prolongado até o restabelecimento completo.
Então peçamos para que Deus dê ao Santo Padre a fortaleza necessária para passar por esse momento. Que todos nós possamos unir nossas orações a Deus, sempre pedindo o que é melhor. Papa Paulo VI, no fim dos anos 60, fez uma locução na paróquia dos Santos Apóstolos em Roma.
Nesta locução, Paulo VI dizia exatamente isso: "Amai o Papa, rezai pelo Papa". E esse clamor feito por Paulo VI se renova hoje. Amai o Papa, rezai pelo Papa!
Façamos isso. Então, no início do Lente Católica da noite de hoje, quero dedicar esta nossa oração a todas as intenções que vocês trazem, mas especialmente pela saúde, pela condição física do Santo Padre. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Pai nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome. Venha a nós o Vosso reino.
Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
O Senhor é todo poderoso, nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal, hoje e sempre. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Muito bem, meus caros! Então, para quem está chegando agora ao Lente Católica de hoje, nós falaremos um pouquinho a respeito das cruzadas. É claro que, num programa aqui que tem um tempo limitado, como é o nosso caso, não é possível explanar tão profundamente.
Tema tão complexo, tão cheio de detalhes e que não é fácil de falar, é interessante. Quando nós falamos de temas históricos, há sempre uma facilidade em distorcer os fatos. Por quê?
Porque fatos históricos envolvem várias dimensões: tempo, espaço, circunstâncias, cultura da época; envolve todo um contexto. Estudar história compreende um esforço de reconstrução do passado. Só que essa reconstrução do passado é sempre passível de correção.
Quando nós falamos em reconstruir o passado, um tempo que já foi, temos que buscar fontes históricas, entender o contexto, buscar. . .
E aí vamos tentando montar um panorama do passado do modo mais completo possível. Mas, mesmo assim, sempre alguma coisa pode ser mudada. A descoberta de um documento pode mudar tudo; a descoberta de um argumento, de uma análise conhecida, de uma carta, um achado arqueológico; tudo isso pode mudar a história e pode nos ajudar a compreender ainda mais alguma coisa que a gente eventualmente não saiba.
Pode desmentir alguma coisa que a gente acreditava ou pode simplesmente corroborar, confirmar. Geralmente, dependendo do jeito que você recorta, conta e apresenta os fatos, se você tiver uma boa lógica na argumentação, pode induzir as pessoas a erro, a imaginar que aquele pedacinho, aquela parte, seja o todo. Esse é um grande problema, um grave problema.
Então, quando nós falamos das Cruzadas, do que estamos falando? Das expedições militares feitas por católicos na Terra Santa durante a Idade Média, em geral. Qual é a imagem que as pessoas têm na cabeça das Cruzadas?
As pessoas têm a seguinte imagem: bom, a Igreja Católica tinha muito poder na Idade Média; o que a Igreja Católica dizia era lei. E aí as pessoas começam a acreditar que na Idade Média a coisa era assim: então a Igreja, a grande senhora feudal, toda poderosa, resolveu empreender um combate contra os muçulmanos, invadiu a Terra Santa e foi varrendo o que tinha pela frente para retomar os lugares. Muitos pensam que as Cruzadas foram assim.
E aí muitos se escandalizam porque começam a pensar assim: mas como que pode, né? A Igreja Católica, que prega o evangelho, prega o amor de Deus, prega a salvação; como que a Igreja pode ter autorizado tantos e tantos homens que pegaram em armas, invadiram aqueles territórios, guerrearam, mataram? Eu me lembro que, no meu tempo de escola, né, no meu ensino fundamental, quando eu estudei lá pela antiga sétima série, eu me lembro que a professora de História, ela mesma dizia: "Olha, eu sou católica, mas agora uma coisa eu não posso concordar.
" E ela dizia isso com todas as letras, né? Que não poderia concordar com as Cruzadas, porque as Cruzadas eram católicos pegando em armas, matando as pessoas, sendo que Jesus mandou amar a todos. Então, era inadmissível católicos matando outras pessoas, etc.
e tal. Bom, eu me lembro que, quando eu ouvi esse argumento, eu era ainda um menino, né, um adolescente, e eu não tinha elementos ali para debater ou para pensar diferente. Então, eu comecei a pensar exatamente a partir do raciocínio da minha professora.
E qual era o raciocínio? Ah, eu sou católico, eu amo a Igreja, mas este capítulo. .
. À medida em que eu fui estudando a própria história geral, a história da Igreja, eu fui entendendo o contexto das coisas e fui entendendo as coisas no seu devido lugar. Então, uma primeira coisa que eu fui compreender foi a questão do surgimento e desenvolvimento do islamismo.
O Islã, né? O Islã é uma religião que nasceu no século VI e nasce a partir de um profeta. As pessoas que professam essa fé consideram como sendo o seu maior profeta, que é Maomé.
Maomé era de uma tribo, né, os beduínos, e Maomé fazia comércio. Os beduínos eram comerciantes muito habilidosos, né? E Maomé fazia comércio, então ele, volta e meia, viajava pelas grandes cidades ali do Oriente.
E foi nesse contexto que ele viajou até Jerusalém. Em Jerusalém, Maomé teve contato com cristãos católicos e teve contato também com judeus, e foi aí que ele começou a aprender algo de Cristo e algo dos profetas do Antigo Testamento. E aí, juntando a fé que ele já trazia, que era uma fé ainda politeísta, não era fé no Deus único, mas juntando aquilo que ele trazia com os elementos do judaísmo e do cristianismo, eh, Maomé foi fazendo uma fusão.
E aí, em um dado momento, ele se recolhe numa gruta e afirma que recebia as visitas de um anjo que lhe ditava os versos do livro sagrado do islamismo, que é o Alcorão. Entre várias características do livro, ele tem um dado interessante: a única mulher citada no Alcorão, o único nome citado no Alcorão, é o da Virgem Maria. O nome da mãe de Jesus está citado no Alcorão, está preservado lá.
Então, inclusive, existe uma reverência muito grande, né, deles, por Maria, mãe de Jesus. Existem até algumas mesquitas; as mesquitas recebem nomes e existem mesquitas cujo nome, né, a patrona ali da mesquita é a Virgem Maria. Curioso, né?
Então, Maomé bebeu destas fontes culturais e religiosas, e ele foi para a sua cidade, a cidade de Meca, onde tentou pregar essa nova fé. Os sacerdotes de Meca, que eram sacerdotes pagãos, começaram a persegui-lo e queriam matá-lo. Então, ele foge de Meca para Medina.
A fuga de Meca para Medina é chamada de Hira; isso marca o início do calendário islâmico. Então, para eles é o ano zero, né? A fuga de Maomé de Meca para Medina.
Muito bem. Maomé compôs ali o Alcorão, ensinou esta fé e esta prática, mas, ainda durante a vida de Maomé, a interpretação do Alcorão começou a apresentar algumas dificuldades. E aí, então, muitos líderes religiosos islâmicos.
. . Lembrando que a palavra Islã significa submissão.
Né? Que significa submissão a Alá, né? A Deus, né?
Eh, então, muitos começaram a ficar com dúvidas, e aí muitos chefes iam até Maomé e perguntavam, e depois eles anotavam essas conclusões. Eh, esses conselhos que Maomé dava eram todos anotados. Esses conselhos foram compilados numa obra chamada Suna, então é daí que vem o termo sunita.
Os sunitas são muçulmanos que admitem a sacralidade do Alcorão, mas também admitem a validade das sunas. Os xiitas já se restringem única e exclusivamente àquilo que está escrito no Alcorão, né? Já não dando tanta importância a suna, né?
Então, são duas correntes que vão se formar ao longo do tempo. Maomé, eh, morreu. A fuga, né, de Meca para Medina foi em 622.
É quando começa essa nova fé e, de 622 até 632, um período de 10 anos, Maomé fortalece essa fé, essa pregação, enfim, e muito bem. E, no ano 632, ele vem a falecer. Então, tendo morrido Maomé, o Islamismo vai se espalhar rapidamente.
Num prazo de 100 anos, o Islamismo já tinha tomado boa parte do Oriente e praticamente todo o norte da África. Eles foram se expandindo. Uma das estratégias de expansão era a jihad, a guerra santa.
Mas, ao cabo de 100 anos, praticamente todo o Oriente e todo o norte da África, outrora cristão, agora era islâmico. E aí eles começam a passar do continente africano para o continente europeu, através do Estreito de Gibraltar, ali na Espanha, e vão passando e vão entrando. Então, no início do século VI, nós já temos sultanatos, califados na Península Ibérica, onde hoje é Portugal e Espanha.
Aquele local foi recebendo, né, a Península Ibérica, muitos e muitos muçulmanos que começam a chegar e se estabelecer ali. E, inclusive, nem sempre esse convívio com os católicos foi tranquilo. Aliás, na maioria das vezes, foi muito tenso, porque os católicos já estavam ali, já existiam reinos estabelecidos ali.
Eh, um exemplo são os reinos visigóticos na Península Ibérica. Esses reinos eram todos católicos e, de repente, os muçulmanos que vão chegando vão invadindo, vão se estabelecendo, vão, em muitas ocasiões, profanando igrejas, revirando cemitérios, destruindo aquela memória para implantar eh, a sua cultura, o seu modo de ver. Ah, mas todo o grupo islâmico era assim?
Não, nem todos. Alguns tinham um convívio até pacífico com a população que já estava ali e foram se acomodando. Inclusive, foi ocorrendo até muita troca cultural.
Muita coisa que eles traziam, né, os chamados mouros, muita coisa que eles traziam foi sendo incorporada na cultura europeia. Então, muito conhecimento de astronomia, conhecimento culinário. Isso aí foi bom, né?
Essa fusão, mas nem sempre essa relação foi pacífica. Então, na maioria das vezes, tudo isso se dava mediante guerras. Invasões.
E não raras vezes, os católicos eram eh, encurralados, tirados do seu território, perdiam o que tinham. Muitos pais de família foram assassinados, muitas mulheres vendidas como escravas sexuais, muitas crianças usadas como moeda de troca. Então, tudo isso foi uma violência também muito grande.
E esses reinos visigóticos tentavam, o quanto podiam, reagir, mas nem sempre conseguiam. Então, foi quando, no início do século VI, na região das Astúrias, na Espanha, lá no alto, né, região norte da Espanha, foi que um nobre chamado Dom Pelayo resolveu dar combate aos muçulmanos que estavam encurralando ali os católicos, os poucos católicos que restavam ali naquela região. Foi quando ele vai até o bispo e pede ao bispo que venha para abençoar as tropas.
E então o bispo leva e entrega a Dom Pelayo uma relíquia, uma relíquia da cruz de Cristo, a mesma cruz que a Imperatriz Santa Helena havia achado alguns anos antes, que é a cruz onde Cristo foi crucificado, né? Então, os maiores pedaços da cruz de Cristo estavam ali, né? Os maiores pedaços fora de Roma estavam ali, nas Astúrias.
E Dom Pelayo foi com 300 homens, 300 valentes católicos, levando a relíquia da cruz consigo. Eles subiram num grande penhasco, onde eles sabiam que os muçulmanos viriam para destroçar. O que esses 300 católicos fizeram?
Fizeram penitência, fizeram muitas orações e se recomendaram a Nossa Senhora para que ela os salvasse. E Dom Pelayo dizia aos seus homens: "Se for para viver sem poder professar a nossa fé, é melhor morrer. É melhor morrer do que apostatar, do que negar a nossa fé.
" E aí, então, por esse desejo de viver a própria fé, eles se recolheram numa caverna. Daí que vem o nome, a caverna chama-se a caverna de Covadonga. Durante a noite, acampados, dormindo dentro de uma cavidade dessa caverna, Dom Pelayo tem uma visão da Virgem Maria com o Menino Jesus.
E curiosamente, Nossa Senhora se apresenta morena, como os muçulmanos. Olha que interessante! Por que Nossa Senhora se apresenta morena?
Justamente para dizer aos católicos que eles não deveriam combater os muçulmanos por ódio pessoal a eles, mas deveriam combater pelo amor que tinham pela própria fé, a fé católica. Então, Nossa Senhora aparece como os muçulmanos, morena. O Menino Jesus aparece moreno.
Nossa Senhora trazia o Menino Jesus no braço, moreno também, querendo dizer que os muçulmanos também são filhos dela e mereciam receber o anúncio do Evangelho. E esses homens, 300 católicos, se viram no dia seguinte cercados por mais ou menos 9. 000 muçulmanos.
Seria um massacre, uma derrota certa, mas na noite anterior a Virgem Maria havia prometido a Dom Pelayo que daria a ele a vitória. Ele combateu e venceu a chamada Batalha de Covadonga, e os seus homens o aclamaram como Rei. Ele foi coroado e restabeleceu um reino católico nas Astúrias.
Era o início da reconquista cristã da Península Ibérica. Essa reconquista começou no século VII e terminou no século XV. Demorou séculos, não foi de uma hora para outra, e, no meio desse caminho, os católicos foram acuados, foram retirados de.
. . Suas terras durante séculos.
Então, no século VI, já havia esse problema da presença islâmica ali na Península Ibérica. Aí, o que vai acontecer? Os muçulmanos vão tentar invadir a França.
Quando eles vão tentar invadir a França, num primeiro momento, eles têm sucesso por conta dos reis chamados de Reis Indolentes. Quem eram os Reis Indolentes? Os reis da França que eram católicos da dinastia merovíngia, da família dos merovíngios, mas que já não defendiam sua fé, não defendiam seu povo.
E o que vai acontecer? Os muçulmanos conseguem entrar, num primeiro momento, dentro da França, mas alguns homens valentes, valorosos, olham para aquilo e falam: "Não, nós não podemos permitir que as nossas igrejas sejam profanadas, que a nossa fé seja impedida de ser exercida livremente. Nós não podemos aceitar.
" E aí insistem. Então, esses homens valorosos vão se reunir em torno de um ministro do rei, um dos ministros do rei da França. Quem reinava sobre a França durante a invasão muçulmana, ali perto do ano de 730?
Quem reinava era o rei Xerico I, um rei indolente, que já não tinha essa atitude de defesa do seu povo, do seu território, da sua fé. Mas ele tinha um ministro chamado Carlos Martel. Carlos Martel, católico, cuidadoso em preservar a fé do seu povo e a sua própria fé, reúne em torno de si militares, homens valorosos, valentes, que queriam lutar pela sua própria liberdade.
E Carlos Martel dá combate aos muçulmanos e vai empurrando os exércitos islâmicos até a região de Poitiers. Em Poitiers, no ano de 732, ocorre a famosíssima Batalha de Poitiers, com uma vitória retumbante, definitiva, das tropas francesas sobre as tropas islâmicas. Durante muito tempo na França, os muçulmanos não tentarão estabelecer colônias, califados ou sultanatos como fizeram na Península Ibérica.
Carlos Martel defendeu a França. O filho de Carlos Martel, Pepino, o Breve, né? O nome é esquisito, mas é o nome dele, Pepino Breve, que era filho de Carlos Martel, irá, com o apoio do Papa, ser aclamado rei dos franceses.
Então, eles depõem a monarquia indolente, a monarquia que já não defendia os seus valores, e aclamam Pepino Breve como rei dos francos. Ele é coroado. Mas quem reformará a Europa será o filho de Pepino, Carlos Magno, o Grande Imperador Carlos Magno.
Então, esse é o quadro. Esses ataques islâmicos eram só ali na Península Ibérica, só ali na Europa? Não.
Os católicos que iam à Terra Santa começaram a ter os seus bens roubados, às vezes eram vendidos como escravos, eram humilhados, eram presos. Mulheres e meninas eram usadas como escravas sexuais, como moeda de troca. E isso começou… quando isso começou?
No século VI. E a Igreja sofreu isso, e os católicos sofreram isso durante séculos. E o que fizeram?
Em um lugar ou outro, houve alguma ação coordenada de defesa, mas, em geral, a Igreja apanhou durante praticamente 400 anos, sem reação alguma de sua parte. Então, aqui nós precisamos situar bem as coisas, porque parece que a Igreja, da noite para o dia, decidiu ir ao Oriente e sair matando gratuitamente as pessoas. Não, a Igreja sofreu 400 anos de perseguições duríssimas, de crimes e violências duríssimas, sem uma reação coordenada, até que, no ano de 1095, ou seja, 400 anos depois, foi que o Papa, o Beato Urbano I, chamou São Bernardo de Claraval e deu a São Bernardo a permissão, a faculdade, de convocar guerreiros pela Europa toda para retomar os lugares Santos ali na Terra Santa e abrir uma rota de passagem para que os peregrinos pudessem ir e vir para os lugares Santos, e também para que as relíquias existentes nos lugares Santos fossem preservadas.
Havia uma preocupação da Igreja com a população católica lá da Terra Santa, para que não fossem oprimidos, sufocados e praticamente dizimados. Então, a Igreja invoca o seu direito de defender a liberdade dos católicos de adorar o seu Deus e de praticar a sua fé, a liberdade sagrada de fazer isso. E a Igreja não foi à Terra Santa movida pelo ódio àqueles que estavam à sua frente, mas a Igreja foi à Terra Santa movida pelo amor àqueles que haviam ficado para trás.
Por amor à própria família, à própria Igreja, à própria fé, é necessário defender para poder preservar. Então, esse foi o espírito da cruzada. O Beato Urbano I, então, mandou convocar cavaleiros, nobres, reis, para que estes colocassem suas tropas, seus exércitos à disposição de um bem comum, de uma causa comum.
Qual era a causa? Abrir o caminho, a rota de passagem para a Terra Santa e garantir a proteção dos lugares Santos e a livre circulação de cristãos católicos sem o risco de perseguição. Então, esse foi o grande objetivo.
O próprio Papa Urbano I lança uma bênção quando convoca a cruzada, mas ele já lança uma maldição dizendo que, se em algum momento a Igreja, os membros da Igreja, os filhos da Igreja, traissem aqueles propósitos, ele rogava a Deus que essa convocatória minguasse, que ela por si só se desfizesse, diluísse, porque já não estaria mais cumprindo seus objetivos. E assim foi. Então, o Papa mandou pregar a cruzada.
Os pregadores autorizados pelo Papa iam até as cidades convocando nobres, convocando gente do povo para que pudessem se dirigir à Terra Santa para lutar, para garantir a posse dos lugares Santos, né? E para que os católicos tivessem essa liberdade garantida. Então, de fato, muitos homens, muitas pessoas, começaram a se alistar para a cruzada.
E o que acontece? O Papa associou a cruzada com uma indulgência. Como que funciona isso?
Isso até hoje é assim: a Igreja tem o poder das chaves. Jesus disse lá no Evangelho de Mateus, capítulo 16, versículo 18 e seguintes: "Tudo o que ligares na terra será ligado no céu. " "Céu, tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.
Então, o Papa detém o poder das chaves de ligar e desligar, e o Papa pode conceder a indulgência. O que é indulgência? É outra coisa que a gente aprende de maneira muito errada, equivocada, na escola, né?
Se você perguntar aí para qualquer aluno ou até professor, né? Ah, o que é indulgência? Não, indulgência a igreja vendia o perdão dos pecados.
Mentira, tá errado, né? Indulgência não é isso, né? E está duplamente errado.
Primeiro, porque a igreja não vendia; segundo, porque indulgência não é o perdão do pecado, porque isso aí causa confusão na cabeça das pessoas. As pessoas começam a pensar: 'Ué, mas o perdão dos pecados não vem pela confissão? ' Então, a igreja vendia o perdão dos.
. . Mas como assim?
E aí, pronto, você já instalou a confusão. E aí as pessoas ensinam errado, falam errado, falam besteira, e a gente lê uma porção de material cheio de mentira, cheio de inverdade, cheio de besteira. O perdão do pecado vem, em primeiro lugar, pelo batismo.
O batismo apaga o pecado original. Mas, depois que somos batizados, nós pecamos, cometemos o nosso pecado atual, né? Aí o que acontece?
Esses pecados que nós cometemos depois do batismo nós os apagamos pela confissão. Confessou? Pronto, já não existe mais o pecado.
Então, como que a indulgência é algo que a igreja vendia para pagar o pecado? Então, tem alguma coisa errada aí. Por quê?
Porque a indulgência não, não é isso. A confissão perdoa o pecado; a indulgência apaga a pena temporal causada pelo pecado. É outra coisa.
O que que acontece? Eu cometo um pecado. O pecado é sempre um não, uma recusa a Deus.
Isso é o pecado. Mas eu me arrependi e me confessei. Muito bem: o pecado já não existe.
Deus pegou esse pecado e jogou fora. Ele não existe. Mas o que existe em mim?
A marca do pecado, a tendência para o mal que o pecado deixou em mim. Isso ficou. Ah, mas eu me confessei?
Sim, você se confessou e tirou o pecado, mas a pena, o dano, a má tendência para tornar a pecar, isso continua em você e você precisa reparar. Como que a gente repara essa marca que o pecado deixou em nós? Eu posso reparar pela penitência, pela oração, pelas obras de caridade, mas eu posso reparar pela indulgência.
É um poder que a igreja tem. E, geralmente, o que que a igreja faz para conceder a indulgência? Você tem que estar confessado, tem que comungar dentro de um prazo aí de 8 dias antes ou depois de ter feito ato para ganhar a indulgência.
Não pode ter apego ao pecado, tem que rezar pelas intenções do Santo Padre, o Papa, e tem que realizar a obra que a igreja manda. Então, o que que o Papa Urbano I fez? Ele concedeu a indulgência àqueles que fossem lutar.
O que que isso significa? Que todo mundo que fosse para a cruzada deveria se confessar, deveria comungar, estar em estado de graça. E se a pessoa fosse combater na cruz para retomar os lugares santos, essa pessoa receberia o quê?
A indulgência, o apagamento da pena temporal. E aí tem um aspecto até muito bonito que é totalmente negligenciado quando a gente fala da cruzada. Que aspecto é esse?
A cruzada atraiu muitos homens que já haviam pecado, muitos pecadores públicos. Alguns eram ladrões, eram assassinos. Esses homens quiseram ir para a cruzada em busca de redenção.
Esses homens se confessavam, se alistavam nos exércitos cruzados e iam para apagar as penas temporais dos muitos pecados que tinham cometido. Então, a cruzada tinha um caráter penitencial. Esse era o espírito que animava os cruzados.
Ah, mas todos eram assim? Claro que não, né? Claro que não!
Infelizmente, onde tem ser humano, vai ter o mistério da iniquidade. Então, é claro que muitos dos que iam para a cruzada iam pensando em glória humana, em voltar e receber um título de cavaleiro, em ganhar um título de nobreza, em crescer, em ter honras, em ser reverenciado. É claro, tinha gente que ia com esse pensamento.
Certo, do mesmo jeito que tinha gente que ia para a cruzada com o pensamento de, de repente, se enriquecer. Quantos e quantos cruzados, ao chegar na Terra Santa, não começaram já a se articular para começar a negociar temperos e tecidos, tapetes? Então, já começaram a pensar nisso, nas vantagens que eles poderiam tirar disso.
Aí, por quê? Porque é uma história que envolve muitos seres humanos, muitas pessoas. Seria muito bonito se fosse tudo linear, tudo bonito, tudo certinho, mas não, não foi.
Então, existiam aqueles que iam com espírito de penitência e existiam aqueles outros tantos que iam atrás de glória humana. Mas, seja como for, qual era a ideia? Conquistar aqueles territórios, garantir uma circulação dos cristãos, dos católicos, na Terra Santa, estabelecer um reino cristão em Jerusalém.
Esse reino chegou a ser estabelecido e garantir os direitos dos católicos, dos cristãos, de preservar os lugares ligados a Jesus, sobretudo os lugares ligados a Jesus. Então, as cruzadas foram várias expedições. A maioria dos historiadores fala em nove expedições, mas tem um pouco mais.
Mas nove delas foram as principais. Nós podemos dizer com toda a certeza que as quatro primeiras expedições da cruzada mantiveram seu caráter religioso, seu caráter de preservação da vida das pessoas, da dignidade das pessoas. Mas, a partir da quinta cruzada, nós já vemos, de fato, uma entrada de ideais muito mundanos, de interesses de algumas famílias na Europa, de interesses de banqueiros europeus que começam a investir dinheiro na cruzada, querendo retorno financeiro.
Isso, né? Vai acontecer de tudo. Aí, a partir da quinta cruzada, nós já vemos alguns sinais de corrupção do propósito.
" Vai chegar num ponto em que as cruzadas irão falir, irão acabar. Saladino, o grande líder muçulmano, vai tomar Jerusalém. É curioso que parecia que estava tudo perdido, mas aqueles lugares ligados a Jesus foram, em certa medida, preservados pelos muçulmanos que aceitaram a pena de quem ali na Terra Santa dos franciscanos.
Isso é muito curioso. Durante a cruzada, o jovem Francisco de Assis quis ser cavaleiro. São Francisco chegou a comprar todos os arreios para ser cavaleiro e foi para a Terra Santa.
No caminho para a Terra Santa, numa determinada noite, ele teve um sonho em que ouvia uma voz misteriosa que depois ele vai identificar bem quem era. São Francisco ouviu claramente uma voz que dizia para ele: "A quem você quer servir, ao servo ou ao Senhor? " E aí São Francisco entendeu que aquele questionamento era a respeito da vocação dele, ou seja, ele estava querendo servir a um senhor humano na expectativa de virar cavaleiro e de ter uma certa projeção na sociedade, mas o sonho questionava: "Você está servindo ao servo, achando que está servindo ao Senhor?
" E aí São Francisco vai dar meia volta, voltar para Assis, abandonar e largar tudo isso. Ele vai começar a sua grande obra, vai abraçar de fato a sua vocação e vai fundar ali o grupo dos Frades Menores. Então, ele queria ser cavaleiro, mas depois, já como frade, ele vai até o Egito para tentar negociar a paz entre os católicos e os muçulmanos.
São Francisco foi recebido pelo Sultão, fez amizade com o Sultão e ganhou até um chifre de presente, um chifre todo enfeitado que servia até como comunicação naquela época. Quem vai a Assis hoje em dia, na Basílica de São Francisco de Assis, vê lá o chifre todo enfeitado com prata batida que foi dado por um líder muçulmano. É interessante que quando São Francisco chega diante desse líder muçulmano, esse líder, que não conhecia a doutrina católica, olha para São Francisco e entende mais ou menos o que era a vida dele.
Ele falou: "Ah, o senhor é um sufi. " Os sufis são monges muçulmanos, e o Sultão identificou São Francisco como um sufi, um sufi católico. E aí é interessante que ele tratou muito bem São Francisco.
São Francisco tentou negociar a paz entre os católicos e os muçulmanos. O Sultão estava disposto a negociar; estava tudo feito. Mas aí entraram os interesses e a ganância de alguns senhores europeus católicos, cegos pelas suas visões políticas e militares, e a negociação não aconteceu.
Mas São Francisco saiu dali vitorioso, respeitadíssimo pelos muçulmanos. Depois, Saladino, mais tarde, vai tomar Jerusalém e os franciscanos, mesmo assim, tentarão cuidar das coisas da Terra Santa, e os muçulmanos aceitarão a presença dos franciscanos. Tanto é que é dessa época que data a fundação da Custódia da Terra Santa, que está na mão dos franciscanos até hoje, que têm uma boa relação com os muçulmanos e com os judeus até hoje, e com os ortodoxos, hoje em dia também.
Porque depois da divisão e do cisma do Oriente, quando a Igreja Ortodoxa se separa da Igreja de Roma, a Igreja, através dos franciscanos, vai ter que dialogar ali com os ortodoxos. E é curioso que até hoje os franciscanos mantêm um trabalho de preservação e cuidado dos principais lugares da Terra Santa. Os franciscanos têm, até hoje, alguns privilégios.
Por exemplo, eles podem, ainda hoje, oferecer às pessoas, aos fiéis, mediante uma contribuição, e essa contribuição é para ajudar a manter os lugares da Terra Santa. Os franciscanos podem conceder, por exemplo, os terços, as cruzes. O que é um terço indulgenciado?
A Irmandade da Terra Santa, que é uma irmandade leiga, mas que é gerida pelos franciscanos, fornece esses terços. Então, você vai lá e dá, sei lá, uma contribuição de 50 reais pelo terço. Esses 50 reais vão para ajudar a manter a presença católica na Terra Santa, que é muito difícil.
Assim, a Irmandade da Terra Santa te manda o terço; você contribui e este terço, essas cruzes que a Irmandade da Terra Santa comercializa — entre aspas, porque é mais uma manutenção — não é uma venda; vender coisas sagradas é pecado. Mas eles não estão vendendo; é uma contribuição, uma maneira de os católicos contribuírem para manter a presença católica na Terra Santa. E aí, esses terços, por exemplo, são indulgenciados, ou seja, eles são abençoados.
E você, simplesmente pelo fato de rezar — e isso é uma concessão papal —, ao rezar num terço desses da Custódia da Terra Santa, já ganha indulgência plenária, se você estiver em estado de graça, comungar e rezar nas intenções do Papa, sem estar apegado ao pecado. Só de rezar num terço desse, só de beijar um crucifixo desse, você ganha indulgência. Ou seja, a Igreja concedeu indulgência e a concede até hoje àqueles que contribuem com a manutenção da presença católica lá na Terra Santa.
Então, do mesmo jeito que o cruzado ganhava a indulgência ao ir, ao lutar, ao preservar aqueles lugares, hoje em dia também aqueles que contribuem com essa obra da Terra Santa podem ganhar a indulgência. Isso é muito curioso. Eu carrego aqui comigo, por exemplo, um desses terços que é da Terra Santa, feito com madeira de oliveira.
No entremeio do terço aqui, tem a terra mesmo, a terra do chão lá de Jerusalém. É um terço muito simples, mas ele é indulgenciado, por quê? Porque é da Terra Santa.
É uma maneira. . .
De preservar, então, ao comprar um Tero, eu estou contribuindo ali, e muita gente contribui diretamente com a custódia da Terra Santa. São muitos católicos do mundo inteiro que, até hoje, sustentam as obras da Igreja na Terra Santa. Existem colégios, existem hospitais, existem asilos, existem orfanatos na Terra Santa, e atendem não só católicos; atendem católicos, atendem muçulmanos, atendem judeus.
Essas obras da Igreja atendem qualquer pessoa que chegar até elas. Então, a Cruzada, a partir desse momento em que São Francisco tenta negociar e não consegue, já começa a dar sinais de desgaste. E, no fim das contas, ela vai se diluir.
Ah, mas então na Cruzada não teve nenhum crime? Teve. Lógico que teve.
Eu não estou dizendo aqui que não teve, pelo contrário. Na Cruzada tem, assim como em qualquer momento e qualquer época da história, existem erros, pecados, e na Cruzada também existiram excessos, é claro que existiram. Agora, nós precisamos entender uma coisa: não existe a Guerra Santa; é uma guerra por religião, que a gente chama de guerra santa, mas existe a guerra justa.
Então, quando os católicos chegam lá, eles chegam para garantir a posse daqueles lugares que são caros para nós e para garantir a liberdade dos católicos de circular. Então, pelo menos no início, quando os católicos chegavam, eles não chegavam para matar, mas chegavam para garantir isso. Agora, se os exércitos se armavam e vinham contra, era uma questão de legítima defesa; eles se defendiam e iam marcando posição.
Então, quando você tem uma guerra justa, é legítima defesa. Ah, mas legítima defesa não é só pessoal? Não existe a legítima defesa dos povos, das nações, do direito daquelas pessoas que estão sendo feridas e elas estão lutando pela garantia desse direito, pela manutenção desse direito, certo?
Então, e isso é importante recordar. Agora, é claro que, infelizmente, algumas ações dos filhos da Igreja não são ações da Igreja. Veja bem, a Igreja nunca mandou ir e matar as pessoas; a Igreja não deu um mandato para a barbárie, isso não existe.
Basta olhar os documentos papais, basta olhar a bula de convocação da Cruzada do Beato Urbano I; não é uma autorização papal para matar as pessoas, isso não existe. Agora, é claro que, quando os cristãos eram atacados, estavam tentando garantir ali a posse, eles reagiam. Isso é uma coisa.
Agora, no meio desse caminho também, muitos católicos, movidos pelo desejo de se apossar de algumas regiões, de se apossar de riquezas locais, guerrearam de maneira injusta, desnecessária, mataram em nome dessas desordens, de querer o que não lhes cabia. Isso aconteceu. Agora, isso não me dá o direito de dizer que a Igreja Católica endossava isso.
Uma coisa é o que a Igreja ensina, enquanto mãe mestra, ao transmitir o depósito da fé; outra coisa bem diferente é como os católicos respondem a isso. Infelizmente, muitos católicos desobedecem à Igreja até hoje. Então, se eu pegar os católicos que desobedecem à Igreja hoje e tomar por base, achando que eles representam a totalidade da Igreja, estou cometendo uma generalização apressada.
Estou imputando à instituição inteira aquilo que é pecado de alguns dos seus filhos; isso é injusto, isso é mentiroso. E, do mesmo jeito, quando eu olho para a época das Cruzadas, eu devo pensar a mesma coisa. Quer dizer, uma coisa é o que a Igreja manda, outra coisa, às vezes, é o que as pessoas estão fazendo.
E aí é que está o problema. Certo, meus caros? Então hoje eu quis trazer aqui essa apresentação geral, esse panorama geral.
Vamos caminhando aqui para o fim. Enquanto vocês mandam as perguntas, eu vou responder bem rapidinho algumas perguntas, mas fica aqui o meu convite para que você conheça a Academia Católica. O que é Academia Católica?
É uma plataforma completa da Comunidade Católica Pantocrator, oferecendo diversos cursos para o seu aprofundamento na fé. Então, se você está procurando um curso de espiritualidade ou de Bíblia, você vai encontrar tudo isso dentro da Academia Católica. Então basta acessar o endereço da Academia Católica, conhecer o plano de assinatura, que é um plano válido por um ano; você pode assinar, pode adquirir essa assinatura.
Está aí no GC para vocês: academiacatolica. com. E, se você ainda não conhece, fica aí a minha proposta, o meu convite para que você conheça e assine.
Tá bom? Se você ainda não me segue nas minhas redes sociais, também fica aqui o meu convite para que você me siga lá: @rafaelponon é a minha conta no Instagram. E eu tenho também o meu canal pessoal do YouTube.
Lá no meu canal pessoal do YouTube, que é Rafael Tonom, também faço todos os dias de manhã as meditações de Santa Teresa d'Ávila. E, para quem quiser estudar mais história comigo, estou com um curso de história completo sobre a história do Brasil, que é o curso Raízes Católicas do Brasil. Se você entrar lá no meu Instagram, na bio do Instagram, tem o link do curso Raízes Católicas do Brasil.
Entre, assine lá o meu curso e venha estudar comigo. Então, eu tenho lá o meu curso, tem também outros cursos bônus dentro da mesma assinatura, e para cada aula tem o material, o PDF de cada aula minha. Fica aí o convite, tá bom?
Muito bem. Também a nossa campanha de evangelização digital já atingiu 61%. Viu?
Se você contribuiu, Deus lhe pague! Se ainda não contribuiu e quiser contribuir, os meios para você contribuir estão aí na tela para vocês. Tá bom?
Muito bem. Vamos chegar aqui nas perguntas. O Robson perguntando aqui: "Boa noite, professor e comunidade Pantocrator.
Estamos felizes, pois o teremos em nossa paróquia em Itapira novamente. Obrigado, Jesus, professor e comunidade. Espero que o senhor leia o meu superchat.
" Pronto, está lido, Robson. Grande abraço! E realmente tem já agendado, né, uma data para que eu esteja aí na Paróquia São Judas de Itapira.
Eu irei, sim, com todo prazer. Welton Grazioli, obrigado pelos seus ensinamentos. Poderia considerar fazer um programa falando sobre a participação dos membros da igreja, tais como jesuítas, na compra e venda de escravos negros no Brasil?
Isso aí eu falo lá no meu curso, né? No meu curso, lá, o "Raízes Católicas do Brasil", eu faço um panorama bem mais profundo; são quase 50 aulas só sobre história da igreja no Brasil. Aí eu falo disso, que é um tema também que não é coisa muito fácil de se falar em uma hora.
Por isso que eu gravei o curso lá e me aprofundei bem mais. Fica aí, eh, o meu convite, né, para que você conheça e assine, né, o "Raízes Católicas do Brasil". É um curso; ele não é da comunidade, ele é meu mesmo, né, pessoal.
Aí você pode acessar; né, é só jogar, se você jogar no Google "curso Raízes Católicas do Brasil", já vai cair na página de vendas lá do curso. E pode parcelar em 12 vezes, né? Dá menos de uma pizza por mês; né, é R$ 69,56 mensais, eh, assinatura do curso, 12 vezes, né?
Então é um, e é um curso que tá bem completo, tem umas aulas extras também, muito bacanas, vale a pena. Tomás Viana, eh, ah não, a Maria de Fátima Domingues, perdão. Professor, boa noite!
Quando terminou as cruzadas, eh, que vieram depois os templários? Não, os templários, eles são da época da cruzada, né? A ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomão, né, chamada de templários, é uma ordem de cavalaria, uma ordem religiosa.
Eles tinham votos de castidade, pobreza, obediência e devoção; era o quarto voto que eles faziam. Eles surgiram dentro desse contexto das cruzadas e justamente para ajudar, né, os peregrinos a fazer esse caminho até a Terra Santa. Então, os templários são contemporâneos, né, das cruzadas.
Tomás Viana, professor, boa noite! A academia tem curso de catequese? A academia católica tem um curso de doutrina católica?
Tem, sim! É lá dentro que você consegue encontrar. Tá bom, meus caros, a hora já vai avançada.
Vamos chegando ao fim do nosso programa. Eu agradeço a presença, a participação de vocês. Permaneçam aqui, e vocês já serão redirecionados aí para a nossa live da semana que vem, né?
Você já consegue entrar lá, deixar sua curtida e também encaminhar já para os seus contatos o nosso tema da semana que vem. Tá jóia? Deus abençoe cada um de vocês.
Até a semana que vem, se Deus quiser!