[Música] 5 segundos Olá sejam bem-vindos sejam bem-vindas a mais um encontro dos saberes uma produção em parceria com a pró-reitoria de graduação da UEG como parte integrante do programa de formação continuada para professores e professoras aqui da nossa universidade esse encontro de hoje também integra as atividades de formação do pibid aqui na oeg Com patrocínio da Caps bom inscreva-se no nosso canal do YouTube acompanha as nossas redes sociais para você não perder nenhum dos nossos conteúdos ao final do nosso encontro de hoje nossa produção vai compartilhar um link para essa certificação então se você quiser
receber o certificado do nosso encontro de hoje Fique atento e não deixe de se inscrever bom eh a tecnologia ela tem transformado o nosso dia a dia em diferentes áreas e na educação não é diferente as mudanças acontecem em ritmo acelerado e os profissionais de educação tem que se desdobrar para acompanhar o ritmo eh do avanço tecnológico no entanto segundo os dados da Unesco apenas 40% dos professores e professoras sentem-se preparados para usar tecnologia efetivamente em sala de aula mas para nos ajudar a entender melhor essa transição e descobrir como utilizar as tecnologias de forma
criativa no ambiente escolar nós Recebemos hoje aqui no crialab o professor Marcos Roberto da Silva Olá professor Marcos seja muito bem-vindo aos saberes e ao egtv Olá Marcelo para mim é um prazer poder contribuir com vocês bom o professor Marcos ele é docente adjunto aqui da Universidade Estadual de Goiás ele atua no curso de licenciatura em matemática do campo Sudoeste com sede em Quirinópolis e também no programa de pós-graduação em ensino de ciências da UEG que fica no Campus Central na cidade de Anápolis ele realizou pós-doutorado em educação processos formativos e desigualdades sociais pela Universidade
do Estado do Rio de Janeiro ele é doutor em educação pela Universidade Federal de Uberlândia e fez mestrado em educação para ciências e matemática eh no do Instituto Federal de Goiás o IFG e além de ser especialista em matemática e e estatística pela Universidade de Rio Verde ele graduou-se em ciências eh licenciatura plena em matemática atuou por 22 anos como professor de matemática na rede básica de educação e ele atua na formação de professores desde 2011 é pesquisador do núcleo de pesquisa em mídias na educação nas linhas de robótica educacional e educação matemática eh também
ele atua eh no TDI IC no segu nos saberes e práticas do ensino de ciências e matemática é coordenador do projeto de extensão matemática como com robótica interfaces entre a UEG e a educação básica e também coordena o projeto de pesquisa matemática aplicada à robótica e à ciências é autor do livro Educação matem Ática inventiva eh pela Editora da nossa universidade aqui da editora UEG e de vários materiais didáticos com o uso da robótica Educacional Professor eh Marcos eh falar de de tecnologia educação devia ser uma coisa assim muito natural né mas enfim a gente
ainda enfrenta muitos desafios nós que somos dos Campo do campo da educação em relação à à presença né da tecnologia de de forma mais efetiva eh na sua opinião tecnologia ela tem sido mais uma aliada ou uma vilã eh nessa trajetória dos nossos professores e das nossas professoras aí no dia a dia em sala de aula bom Marcelo eh primeiramente né mais uma vez agradecer pelo convite o que já pela segunda vez né tô aqui no saberes da outra vez foi uma transmissão direta lá do do campus parceria lá com a professora mir também e
tô muito feliz de estar aqui com vocês Ah que bom a gente também e em relação ao uso da tecnologia a gente realmente tem visto isso né muitas vezes tem funcionado aí como uma faca ali de dois gumes né e a gente percebe né o fato da tecnologia ela de alguma forma trazer alguns atrativos para os alunos em sala de a vamos vamos vamos pensar assim então e por muitos como você trouxe alguns dados aí não ter a segurança de como utilizar essa tecnologia o fato é que realmente a escola muitas vezes tem funcionado ali
como um casulo no sentido de proteger esses alunos para que não fiquem aí vagueando né Por alguns sites alguns lugares então em sala de aula realmente os professores têm esse cuidado geralmente a a gestão escolar tem tido esse cuidado e também existem até algumas leis que vem aí proibindo por exemplo o uso do celular em ambiente escolar a quem conhece inclusive já é proibido a mais de 10 anos né isso Exatamente exatamente e nós sabemos que a tecnologia também ela pode potencializar o processo de aprendizado e esse é o nosso nosso objetivo quando a gente
fala em utilização da tecnologia mas essas questões nos T tensionado muito eh em minhas pesquisas Desde o ano de 2017 usando robótica na formação docente em específico dos professores de matemática e sempre viajando pro doutorado e nos encontros e então isso me tonou muito né isso tonou muito a minha formação em nível acadêmico Como utilizar essa tecnologia uhum né de forma a potencializar o aprendizado dos Estudantes e e as nossas pesquisas têm mostrado alguns caminhos que que para mim são novidades no sentido que eu não conhecia antes por exemplo de começar ali no mestrado doutorado
e pós-doutorado Então eu imagino e eu defendo inclusive um uso de uma tecnologia no sentido sempre de potencializar o aprendizado do aluno Mas como que isso pode acontecer né a gente precisa separar alguns Campos pra gente entrar nesse diálogo por exemplo tecnologia não é só de última geração né Isso também a gente tem que entrar aqui em um acordo que tecnologia até o giz ali no quadro é uma tecnologia tá então eu posso utilizar essa tecnologia numa perspectiva que foi muito defendida até a primeira metade do século passado que é numa Perspectiva da representação que
que seria isso eu vou usar uma tecnologia para capturar o que tá à minha volta e nessa perspectiva a gente tem eh viemos de uma formação em que tá muito ligado a uma perspectiva Faça como eu então o professor vai na frente o professor explica o professor fala o professor utiliza alguma tecnologia e o aluno é aquele que só observa que só anota que só copia então isso aí é uma perspectiva que eu chamo no livro na Minha tese de representação Então essa é uma perspectiva quando eu trabalho com tecnologia é isso deixa muito a
desejar isso não é a melhor Performance em termos de aprendizagem Então se a gente olhasse num contexto histórico nós vamos perceber que na segunda metade do segund do do último século ali a partir de 1950 você vai ver tanto filósofos psicólogos e trabalhando tentando ali naquelas teorias cognitivistas pensar o uso do computador por exemplo aí entra o cená entra em cena já o computador uhum né A partir dessa segunda metade do século anterior e aí você continua ainda usando a tecnologia tentando ali meio que copiar a mente humana como um um sistema de entrada e
saída Então você já é um avanço mas imagine só você usar uma calculadora quem tá fazendo o trabalho é a calculadora Uhum Então isso pode estabilizar e eu posso nem aprender Talvez uma tabuada que é uma coisa simples Então muitos educadores que vão trabalhar nessas duas perspectivas vão contra tecnologia falar não tecnologia porque quando eu eu realizo um trabalho aquele trabalho também trabalha em mim eu me transformo e eu aprendo se a tecnologia faz o trabalho eu não vou aprender então o pessoal vai vai falar isso e vai falar olha né vamos vamos com calma
vamos proibir o uso do celular por exemplo mas aí e aí eu sempre com isso engasgado porque eu sempre defendi o uso de tecnologias né E aí as minhas pesquisas mostraram uma outra perspectiva uma terceira porque essas duas repare que o celular a a tecnologia o computador tá muito ligado tá muito ligado apenas a resolução de problemas aí a representação de um mundo dado Tá certo para capturar ali o mundo n fazer um control ctrl v uma foto que seja copiar e tal terceira perspectiva então que é que eu defendo é o uso da tecnologia
como uma ferramenta de produção de subjetividade ou seja numa perspectiva que eu vou deixar de ser apenas usuário e você Usina numa perspectiva que não é Faça como eu mas é façamos juntos que é uma perspectiva inventiva Ou seja eu vou trabalhar com a linguagem seja ela matemática seja a música seja eh qualquer conhecimento científico vou trabalhar com essa linguagem vou trabalhar com o objeto técnico que é a tecnologia E aí pode ser desde um lápis até um computador de última geração até um um robô de última geração numa perspectiva sempre de produção de algo
diferente esse é algo diferente depende de cada campo no campo da comunicação do inter eh do eh das mídias como um todo eu posso até usar para fazer um filme uma animação gráfica eu posso utilizar também na matemática no nosso caso para produzir materiais didático essa semana Inclusive a gente trabalhou semana passada com alguns materiais didáticos que nós produzimos e trabalhamos numa perspectiva assim façamos juntos E aí o o o objeto técnico ele vai ser como um dispositivo que delus vai chamar de máquinas de fazer ver e falar então nós usamos a robótica por exemplo
Fizemos lá um cenário produzimos algo diferente o robô se movimenta a gente filma a gente faz ali um um vídeo interessante aí a gente problematiza aquela situação no meu caso dentro da temática E aí nós produzimos um livro didático que é o que a gente fez e a gente leva pra escola e aí quando chega lá na escola Esse é um jeito diferente de trabalhar o aluno vai pegar aquele material e quando ele vê a pergunta ali por exemplo ele falta algo ele precisa acessar um vídeo aí entra tecnologia Pode ser pelo celular pode ser
um por um data show todos ali eh trabalhando juntos e aí esse aluno consegue então buscar informações que não são dadas mas que ele consegue produzir em um outro ambiente por exemplo que é o vídeo então em suma eh existem formas diferentes de trabalhar com a tecnologia as duas primeiras que eu trouxe é são perspectivas muito combatidas no meio educacional por quê Porque o aluno só representa só copia e às vezes o ele não interage né ele não interage agora essa terceira é quando a gente usa a tecnologia como um dispositivo para produzir coisas novas
e esse trabalho O professor vai junto com o aluno E aí a gente rompe algumas barreiras por exemplo eu posso falar de uma educação como eu disse já no início Faça como eu tradicional sim né eu posso falar de uma faça por si mesmo né na primeira o professor é o quê ele é o protagonista Faça como eu é só o professor que tá falando gesticulando e tal o aluno tá ali como agente passivo na segunda eh que seria faça por si mesmo a gente gente vê aí a educação Maker o próprio construcionismo de paper
tá muito ali numa relação em que o professor é o mediador do conhecimento que já é um avanço Vamos pensar assim Eu gosto de trabalhar numa terceira ainda que é nem Faça como eu e nem faça por si mesmo mas façamos juntos e nesse façamos juntos é que eu tenho percebido e tenho constatado a produção de muito material diferente muita coisa diferente e aí quando eu faço algo diferente quando eu produzo com meu aluno algo diferente eu também tô me produzindo o aluno também tá se inventando então Imagine só você uma tela sim imagine um
pincel e aí eu não vou só copiar o mundo dado à minha volta que seria a primeira perspectiva lá eu vou inventar um mundo diferente eu vou fazer um desenho diferente eu vou fazer algo diferente durante esse processo não só a tela e efeito dessa prática Eu também bem sou feito então teoria e prática não são pensadas como polos separados e muito menos o sujeito e o objeto técnico ou tecnológico a gente vai junto a gente vai caminhando junto e e também produzindo em coletivo É como se eu usasse por exemplo um eu gosto de
tocar violoncel eu tô aprendendo então Imagine só se eu vou tocar uma música que já existe eu tô usando o objeto técnico para fazer uma reprodução do que já existe mas se eu usar a linguagem musical e o objeto técnico para compor uma música diferente aí é a perspectiva que eu quero chegar muito bom professor Marcos a gente vai pro intervalo e voltamos daqui a pouco pra gente conversar um pouco mais com o professor Marcos sobre eh essa ideia de fazer juntos né que me parece ser muito potente e muito interessante Então continue com a
gente daqui a daqu a pouquinho a gente volta para continuar o nosso papo sobre educação tecnologias [Música] digitais entrevistas cashes programas e muito conteúdo educativo tudo isso você acompanha no canal da UEG TV clique para inscrever-se e Ative o Sininho para ficar por dentro de tudo que acontece por aqui [Música] de volta com saberes eg hoje falando sobre cultura digital e tecnologia na educação com o professor Marcos Roberto da Silva professor Marcos eh no bloco anterior você falava sobre essa ideia né do uso da tecnologia a partir do de um princípio que é de construir
juntos eu acho que isso é muito interessante mas eu gostaria que você eh me respondesse uma uma questão que me parece ainda muito forte no nosso dia a dia enquanto professores eh essa ideia do professor né da do que ocupa a cadeira do professor catedrático que é o professor que tem que saber de tudo eh ainda é muito presente eu acho que na nossa formação acadêmica na formação de professores e sobretudo na sala de aula quando você propõe essa ideia aqui para mim é muito interessante que eu de construir juntos isso interfere acho que um
pouco nessa ideia nesse ideário né de professor de professora que é construída assim ao longo de séculos eh e me parece que às vezes muitos professores ficam assim eh um pouco eh temerosos né de dotar por exemplo uma uma uma possibilidade metodológica como essa que você propõe que é muito Progressista como uma forma como um risco né de ele abrir um espaço maior e ele perder ali o controle eh do espaço da sala de aula bom essa é uma impressão muito pessoal você acha que de fato essa ideia ainda tá presente eh na na nas
na nos nossos colegas né Não só da Universidade mas da Educação Básica também e se sim como é que a gente pode eh romper né com esse pensamento que me parece ser pouco adequado pro mundo que a gente vive sobretudo na relação entre Educação e Tecnologia digital eh no meio Educacional Marcelo eh as coisas são um tanto quanto lentas né assim demora mudança a acontecer mas eu penso que é por cuidado mesmo né a gente precisa ter um um cuidado maior tudo que é científico exige um cuidado nosso muito grande Uhum E eu sempre defendo
que o professor ele ele precisa sabe eh saber o momento certo de cada coisa né ele precisa identificar ali os alunos né identificar a turma então existem momentos né façamos juntos vamos usar uma tecnologia vamos produzir um livro vamos produzir um material didático a universidade é lugar da produção de conhecimento sim e maturana e e Varela vão falar e eu gosto muito do que eles dizem uso isso no meu livro que todo conhecimento produz um mundo então assim usar a tecnologia para produzir algo diferente um conhecimento diferente a gente tá produzindo mundos o nosso mundo
né e tudo os professores que trabalham nessa linha né que o professor talvez mais como protagonista ali na frente eh não tem nada de errado com isso na minha visão Principalmente quando ele percebe que o que ele tá falando o que ele tá desenvolvendo ali a ideia eh de alguma maneira possui uma carga de novidade pros alunos então a gente também não pode jogar isso fora eu na na na minha visão há momentos que isso é interessante também porque traz uma carga de novidade para os estudantes agora vai chegar um momento que essa carga de
conhecimento novo de novidade ela se esgota ela se esgota Então o que nós vamos fazer com esse conhecimento com essa linguagem que foi produzida ali que já tá pronta historicamente pronta né que vem aí de passando de geração para geração E aí até a ideia da cibercultura tá muito ligada a isso porque todo o conhecimento que veio passando de geração em geração hoje tá lá na internet tá no espaço virtual tá no cyber espaço e tá ali esse conhecimento tá então quando eu já tenho esse conhecimento que eu na minha área então repare o conhecimento
do agrônomo vai gerar o mundo do agrônomo conhecimento produz mundos né conhecimento do matemático vai produzir o mundo do matemático e assim sucessivamente do do biólogo o mundo da biologia né então Imagine só quando eu já me apropriei desse conhecimento e aí na universidade eu acho um lugar interessante para isso tá na Educação Básica também a gente consegue eu já consegi com algumas turmas que é usar esse conhecimento aliado aos recursos tecnológicos e dar o espaço vamos produzir algo diferente Aí é outra perspectiva por quê Porque aí vai aparecer coisas e já apareceu em várias
pesquisas minhas totalmente imprevisíveis que aí o Professor tem que ter mesmo a humildade de saber que muitas vezes ele vai aprender com o estudante que o estudante nessa tecnologia E aí existem eu já tive alunos na Educação Básica que eles nessa aula que o professor era protagonista ele ficava lá dormindo não tinha espaço mas quando a gente vem com uma proposta dessa eles eles inventam coisas vem com coisas muito interessantes que o às vezes fala Professor eu quero patentear isso aqui sabe e aí aquela ideia ali no ensino médio você fica assim será né O
que que tá acontecendo e e que muitas vezes Marcelo eu até defendo que deveria ter alguma alguma forma de um aluno mesmo na Educação Básica que produz algo diferente produz algo assim inovador que possa contribuir com a sociedade Na minha opinião a própria Universidade que é Locos da produção de conhecimento não reconhece isso como por exemplo uma forma de acesso à própria Universidade né então hoje o que acontece é que os meios de ingresso na universidade estão muito pautados nessas perspectivas aí de representação de resolução de problemas e que muitas vezes inventar um problema também
vai tensionar e vai exigir uma carga de conhecimento muito maior porque quem problematiza tensiona quem problematiza dá as regras do jogo direciona o caminho então eu defendo isso né uma perspectiva de usar a tecnologia também como forma de problematizar de tensionar né de produzir algo diferente e nesse caminho eu vou me inventando eu vou professor Marcos e eh nessas situações né você tem bastante experiência com projeto de extensão projeto de pesquisa com produção robótica eh nessa perspectiva né de participação ativa do aluno e que que situações ou que projetos Que ações que você já acompanhou
em sala de aula seja na universidade seja na na Educação Básica eh que essa relação aí de produção ativa entre professor e aluno foi exitosa teve assim eu não vou nem citar uma tecnologia muito avançada vamos falar assim coisa elementar e com tecnologias como robótica tem vários exemplos mas eu sei que tem gente que tá assistindo que são de de várias áreas né e eu acho o que tem que ter sempre é uma abertura E aí eu vou te dar um exemplo quando eu estava no início da carreira como professor ali na frente falando nesse
método me espaço como eu uma turma de sétimo ano Educação Básica e ministrando uma aula de geometria e forma geométrica aqui forma geométrica ali De repente um aluno me problematizou levantou o dedo lá no fundinho da sala e ele só falou o seguinte professor Marcos Será que para mim fazer uma pipa Eu uso esse conhecimento aí da matemática e aí eu desde criança eu gosto muito de pipa fazer pipa e sempre brinquei muito e aí eu falei para ele no hotel vou citar o nome dele é Antônio Lino eu falei Antônio Lino tudo aqui que
eu tô falando de matemática tá numa pipa vamos descobrir isso junto falou vamos professor e nós desenvolvemos um projeto fruto da pergunta dele que ele me problematizou chamado na época nas asas da geometria e eu era só professor na Educação Básica ali que é muitíssimo importante né e eu quero falar isso porque até os professores da oeg na época se interessaram também de estar com a gente nesse projeto e auxiliaram nós E aí nós produzimos usamos o conhecimento mas matemático usamos tecnologia um tesouro um papel para fazer as pipas e ali tinha premiações por exemplo
a pipa mais inventiva mais criativa a pipa mais diferente a pipa que tivesse A melhor performance voasse mais alto a prefeitura entrou com a gente nesse eh projeto o comércio local apoiou E aí no dia dos pais foi uma sugestão dos alunos que queriam também se ter ass um um laço familiar melhor aí a gente no Dia dos Pais nós íamos pro lago salpoente todo ano fazer o concurso de pipa então a gente usou a matemática o espaço da sala de aula íamos em contraturno os alunos se envolveram tanto que iam em contraturno envolvemos todas
as escolas da cidade eh a rádio anunciou o comércio apoiou e a gente fazia ali um evento foi algo que ficou marcado até hoje alguns alunos dessa época deve ter deve ter já aproximadamente quase 20 anos Marcel is Mas eles eles se envolvem então a experiência Marcelo ela é transformativa ela nos transforma e isso é muito bonito isso é isso a gente vai deixando um legado que a gente não tem assim noção de onde chega é muito bonito a gente viver essas coisas assim essas perspectivas diferentes que a gente faz junto em coletivo e a
experiência ela gera a construção de um tipo de conhecimento que é diferente eh de um conhecimento gerado só a partir da teoria ou às vezes de um de um outro tipo de experiência talvez menos intensa do que uma vivência dessa né que envolve não só a o uso do conhecimento matemático Mas também de uma vivência social cultural que certamente marcou não só a sua vida como você tá contando pra gente aqui enfim né pela sua própria expressão eh já demonstra a relevância dessa experiência mas tem certeza que pros alunos também verdade isso é isso isso
é muito bacana na universidade não é diferente eu me lembro que no doutorado a pesquisa aconteceu nós usando robótica E aí chegou um ponto Marcelo que a gente já tinha ali aprendido a programar tinha aprendido a montar os robôs E aí essa carga de novidade né se se se esgotou até ali nós fomos com os métodos E aí eles são muito muito importantes né a gente não pode desconsiderar essa educação por representação que é quando eu uso mesmo ali uma receita para fazer um bolo né então ela é eficaz ela acontece aqui acontece em qualquer
lugar do mundo mas chega um momento que você quer algo diferente e eu me lembro que na pesquisa de doutorado isso aconteceu e meu orientador ele me perguntou ele me tonou falou como que você vai usar robótica na educação na formação de profess professores e é óbvio que eu não tinha essa resposta né Isso foi durante muita pesquisa a gente lendo leituras e nós começamos a fazer E aí falou faz lá um projeto piloto e vamos ver o que que acontece aí nós Montamos Os Robôs programamos E aí chegou o momento de ter que trabalhar
com isso em sala de aula e aí foi onde a gente começou a falar vamos ter que produzir materiais didáticos E aí nós produzimos os robôs produzimos alguns cenários eu me lembro que tinha um que era um parque um parque a menina depois os alunos inclusive da escola colocaram o nome de carp jein e tinha um boneco né que nós produzimos que andava numa cadeira de roda que era robótica a cadeira de roda e o boneco com o nome de jer tamb usalos escolher Então tudo feito em comum se Marcos eu vou te interromper um
minutinho a gente vai precisar pro intervalo mas daqui a pouco a gente continua e com essa história que você tá nos contando e você que tá conosco Continue com a gente daqui a pouquinho a gente volta e professor vai continuar contando pra gente como é que foi essa experiência do uso de robótica a partir da do projeto de pesquisa que ele desenvolveu com seus estudantes em sala de aula até já [Música] TV e na rdio a Universidade Estadual de Goiás vai sempre além hisas que insiram informação com precisão conhecimento motivado pelo futuro da Juventude 4
anos da UEG TV 5 anos da rdio UEG educativa a toda hora comprometidos com o coletivo UEG por mais e mais anos conectada a você entrevistas videocasts programas e muito conteúdo educativo tudo isso você acompanha no canal da UEG TV clique para inscrever-se e Ative o Sininho para ficar por dentro de tudo que acontece por aqui [Música] nós Voltamos a apresentar os saberes UEG E hoje nós conversamos sobre a cultura digital e a tecnologia na educação está com a gente para falar sobre esse assunto professor Marcos Roberto da Silva que é eh lá do nosso
campus da UEG de Quirinópolis professor Marcos no bloco anterior você nos contava sobre a sua experiência com robótica eh a partir da sua do seu projeto de pesquisa eh no doutorado enfim continua contando pra gente como é que foi o andamento e e o resultado tá Vou vou procurar ser breve mas a ideia ali então é usar robó de uma forma diferente então a gente precisava produzir materiais didáticos então nós fizemos cenário e problematizamos né o que que tinha de matemática aqu ali fizemos algumas perguntas e levamos essas maquetes com os robôs para as salas
de aula lá na Educação Básica e os alunos para responderem as perguntas de matemática eles precisavam explorar o ambiente então entava ali uma investigação muito grande e também eles tinham a oportunidade de também inventar alguns problemas e aí a gente precisa daquele trabalho que eu falei façamos juntos e aí o professor que estava lá como estagiário na época né que ajudou a gente a produz esse material ele acompanhava o processo e tencionava esse aprendizado então o robô funcionava como um dispositivo passeava pelo cenário os alunos com as perguntas tinham que responder alguns desafios e tinham
que explorar aquele ambiente e também inventar outras perguntas isso que era para ser um projeto piloto acabou sendo mesmo a pesquisa de doutorado E durante as pesquisas as entrevistas apareceu muito a palavra Marcelo assim nós inventamos isso nós inventamos esse problema nós inventamos esse cenário nós inventamos e esse recurso didático ninguém fez isso antes eu nunca vi isso em lugar nenhum e aparecia muito isso foi onde eu comecei a pesquisar sobre esse tema da inventividade E aí eu encontrei o maturano Varela encontrei deles guatarri eu encontrei a Virgínia castru no campo da Psicologia os dois
que eu falei primeiro biólogos né o matur Varela o deeus filósofo guatarri e encontrei a Virgin Caçu trabalhando nessa perspectiva no campo da Psicologia ela que é lá da eh Universidade Federal do Rio de Janeiro e uma orientanda dela que a dias a rosem Oliveira Dias trabalhando essa ideia na formação de professores e aí ela veio PR minha banca e depois me convidou pro pós doutorado lá na werge com ela foi Da onde saiu o livro Educação matemática inventiva e mas as ideias como um todo a gente pode trabalhar em qualquer campo né então eu
tô falando aqui mas pense alguém lá da língua portuguesa usando um computador para inventar uma história né então um livro produzir um livro ali um uma alguém da pedagogia uma fábula né então eu você usar a tecnologia para produzir algo diferente e isso de forma coletiva acredito que o grande desafio é que não deixemos ninguém para trás que todos possamos caminhar juntos então eu não posso falar que eu produzi esse material didático não não foi o professor Marcos fomos todos nós juntos ele tem muitas mãos muitas cabeças pensando E aí a gente vai eh como
uma inteligência coletiva lá do Pier Levi Vamos pensar assim a gente trabalha nessa nessa linha vamos produzir aí o computador como uma máquina de produção de subjetividade né que a gente pode usar para produzir mundos produzir coisas diferentes nesse caminho a gente vai se inventando profor Marcos eh na educação privada né nas instituições escolares privada a robótica já é uma coisa muito recorrente eh Quais são os desafios que a gente tem pra Educação Básica pública para a gente ter uma presença de experimentos né de enfim exercícios tão potentes como esse que você tá nos narrando
eh de forma mais e disseminada pela Rede Pública como um todo em todas as escolas então algumas escolas públicas já estão tendo alguns kits aqui no Estado de Goiás Isso é uma realidade vários Várias escolas já possuem alguns kits de robótica eh isso tem acontecido estão participando de campeonatos torneios eh eu acredito que o grande desafio mesmo Marcelo além de todas as escolas terem que muitas ainda não não possuem esses equipamentos eh O grande desafio é nós pensarmos um educação enquanto processo de socialização de humanização e de singularização numa perspectiva aberta à produção de novidade
que aí vai entrar essa questão da problematização da invenção de de si e invenção de mundos eh a forma o formato que a escola atua não favorece isso a não ser em alguns projetos já existem algumas aberturas em projetos de vida alguns projetos que os professores fazem ali por fora mas na grade curricular esse tipo de experiência ele não acontecem aulas de 50 minutos aulas fragmentadas você não vai conseguir isso exige o tempo e o coletivo então em alguns projetos separados acontece eu já vi acontecer e eh eu eu sou prova viva de que a
gente consegue mas essas aulas formatadas de 50 minutos é muito difícil E aí eh eh muitas vezes já vem tudo pronto a a a a receita tá pronta é cumpra-se então entrega-se pro professor Ó tem que trabalhar esse conteúdo aqui porque vai vir uma avaliação assim e vai ter o Enem que vai cobrar isso tem as diretrizes que são essas aí então a gente não encontra a abertura fica difícil então fazer esse deslocamento da aula convencional não que ela não seja importante tá porque pro aluno tem uma carga de novidade a gente não pode desconsiderar
mas o grande desafio é fazer esse deslocamento da relação dos conhecimentos da relação com os objetos técnicos dessa aula convencional para uma aula que seja carregada de novidade uma aula que rompe essa questão individual e que abre espaço pro coletivo entend Então esse é o maior desafio é no como fazer no como trabalhar E aí a gente eu tive que descobrir isso no doutorado nas pesquisas sabe e aí eu fui chegando nessas ideias que eu estou compartilhando com com você que também não são melhores e nem piores que outras a gente tem que ter essa
noção também a gente precisa achar uma forma de caminhar junto de forma que principalmente na universidade possamos produzir algo diferente bolsas do pibid por exemplo temos temos que dar um retorno pra sociedade então vamos usar a tecnologia vamos usar os materiais didático vamos usar o conhecimento que a gente vai eh adquirindo durante o curso e vamos pensar em coisas diferentes porque o pessoal da Educação Básica tá carente disso e a universidade é locos disso Tô orientando duas acadêmicas no mestrado que a ideia é justamente Essa é usar a tecnologia usar os conhecimentos matemáticos íos na
produção de produtos educacionais que vão chegar no chão da sala de aula e que vão contribuir com o processo de ensino aprendizagem professor Marcos sobre o sobre o pibid você enfim tá ingressando no pibid a partir desse ano com projetos mas também já atuou na residência pedagógica eh conta pra gente um pouco sobre Quais são as perspectivas né do que já foi produzido na residência e agora e o que que você espera de produzir com seus com seus orientandos e orientandas no no residência pedagógica nós fomos muito tensionados porque nós pegamos aquele período de pandemia
E aí eu tinha acabado o doutorado ali essas ideias estavam fresquinhas a minha defesa foi no ano 2020 foi a última antes de começar a pandemia ali naquele período foi em fevereiro 12 de Fevereiro logo já fechou tudo ali dia 30 de fevereiro já praticamente fechou tudo por conta da pandemia E aí era aquele desafio né como como trabalhar e aí a pandemia ela desestabilizou todo mundo todo mundo teve que ser inventivo E aí nós fomos criar esses materiais didáticos eh e Nós criamos seis materiais didáticos nessa perspectiva usando a robótica inventamos alguns problemas e
isso a gente compartilhava com os estudantes da Educação Básica por meio de tecnologia porque se não tivesse tecnologia ali as salas do Meet Google Meet né então se a gente não tivesse essa mediação da tecnologia teria sido pior do que o que foi né E aí retornando a gente nesse período de pandemia nós conseguimos fazer três materiais didáticos depois da pandemia nós fizemos mais três materiais didáticos nessa perspectiva e a ideia é essa a gente fazer algo diferente sem deixar ninguém para trás todo mundo caminhar junto que é o que eu defendo e eu acredito
que é o caminho a se trilhar principalmente no ensino superior o pessoal que tá ingressando agora no pibid vamos vamos aprender vamos dominar esse conhecimento seja você da de qual área que for e vamos usar esse conhecimento na produção de coisas novas de coisas diferentes e isso aplica-se a qualquer Campo se você pensar por exemplo até vamos pegar um campo aqui que talvez o pessoal tá pensando como como que eu vou fazer isso Pega educação física por exemplo até uma coreografia que você faz pode ser uma representação de algo que já existe ou você fazer
algo diferente uma bola de futebol se você pensa ela como um objeto técnico Se for tudo só jogadinha ensaiada Nós estamos vendo aí nós que viemos de outros tempos a gente sabia que a pessoa pegava a bola ali inventava uma coisa diferente o Ronaldinho quando pegava a bola era extremamente inventivo ninguém sabia o que que ia acontecer aí se a barreira pulasse jogava por baixo se fizer de um jeito eu fazia de outro então ele ele ele era uma pessoa isso é natural dele er natural depois vinam outros tentando copiar é o que o delus
e guari fala de diferença e repetição então quando alguém faz algo diferente e isso fica bacana claro que várias pessoas vão repetir Depois indústria de carro quando sai um carro bacana aquele carro fica em série ali 10 anos depois vem um Fael muda uma coisa então diferença e repetição a gente não pode desconsiderar a repetição também porque ela é fruto de tudo aquilo que a gente faz que é diferente então isso vai ganhando força por um período depois para ter uma atualização na educação precisamos ter essa atualização os pibidianos que estão entrando precisamos ter essa
atualização veja bem Marcelo os professores hoje da Educação Básica a maioria já viveram aí quatro décadas viveram em dois séculos diferentes viveram em dois milênios diferentes né então são cabeças diferentes nós somos e nós somos assim Imigrantes nessa tecnologia quem tá vindo agora os pibidianos que nasceram aí de 2000 para cá eles são nativos Então esse pessoal quando começar a chegar no chão da sala de aula eu acredito que vai ter muita coisa diferente vai ter muita coisa produtiva Eles já são mais abertos a novas tecnologias então eu espero que tenhamos que possamos prosseguir com
uma educação mais aberta a invenção de si a invenção de mundos a produção de subjetividades a produção de algo diferente e que tudo possamos fazer juntos Esse é o grande desafio que bom que bom professor Marcos desejamos assim muito sucesso no seu trabalho com seus estudantes seu projeto pibid e Agradecemos muito muito mesmo a sua vinda aqui ter se deslocado de Quirinópolis até Goiânia pra gente poder fazer fazer esse episódio do saberes UEG muito grato pela sua participação prazer foi todo meu e eu fico feliz por contribuir Marcelo sempre que precisarem pode contar comigo Claro
seja sempre bem-vindo aqui na na TV da nossa universidade bom nós agradecemos a presença de todos vocês que estão conosco nesse nosso saberes de hoje eh se você eh quer a certificação do nosso encontro eh Fique atento a nossa produção Vai disponibilizar um link para você se inscrever eh para para que você possa receber a certificação desse encontro que faz parte do programa de formação de professores e professores aqui da UEG mas também das ações de formação do pibid aqui da nossa universidade até semana que vem um grande abraço [Música] k [Música] ST n