com as paredes Então tá gravando boa noite para todo mundo vamos começar e a gente decidiu daquela nossa ação democrática que a gente avançar com o EDP então nós começamos falando sobre o épo a princípio do épo propriamente dito da de onde Freud bebeu na fonte né de onde que ele afogou banhou não sei qual metáfora é a melhor Oi Maria Carolina quanto tempo eh ali em relação a a mitologia né a ao teatro grego mas agora a gente vai voltar mais próximo da psicanálise e vamos começar inclusive daquilo que é mais próximo ainda da
sexualidade feminina que é pré história do épo Então veja se a gente chama de pré-história do Édipo é porque a gente tá dizendo que o Édipo é referente né o Lacan inclusive vai chamar de primeiro tempo de do édico segundo tempo do éo terceiro tempo do éo depois a gente vai voltar lac vamos primeiro ser freudiano depois a gente volta relendo com o Lacan porque algumas coisas se modificam aí no modo que o Lacan lê e acho interessante a gente ir para primeiro Freud depois voltar no lacão eh e e aí essa questão do do
Pré épo Por que que o pré épo e chama pré épo Ó quem tiver com com microfone eu vou só desligar para não dar um o retorno porque eu sei que às vezes craquela para um outro tá Por que que o prpo chama pré épo porque a gente só tem notícias dele por retroação inclusive um conceito muito importante na psicanálise a de antecipação e retroação retroação inclusive é nagl que a gente já trabalhou em outros encontros lembram então a gente não tem como a gente não tem como ter notícias do préo durante o predico a
gente tem notí do Pré Édipo depois que ele passa e por retroação a gente olha e fala oh era pré Édipo entende a gente só tem como ter notícias depois agora como que a gente tem notícias eh dele num certo durante digamos assim durante esse percurso A gente tem uma notícia na verdade daquilo que vai acontecendo Então vamos pegar lá do início eh como é que é o o início da da coisa primeiro no desenvolvimento dos meninos e das meninas eu até coloquei uma postagen Zinha eh lá no no Instagram sobre isso no início do
desenvolvimento dos meninos e das meninas não tem uma distinção da perspectiva dos meninos e das meninas T falando da lógica binária porque se a gente for começar pela lógica não binária a gente vai dar um nó na cabeça miserável aqui então a gente vai pensar numa lógica binária não dizendo que a única possibilidade de pensar o humano mas é que a gente tem que partir de algum ponto Tá certo se a gente não partir de um ponto a gente acaba se perdendo então não estou dizendo que este ponto dividir o mundo binariamente Entre Meninos e
Meninas é a única possibilidade de pensar o mundo eu estou partindo de uma proposta inicial para a gente poder depois pensar as demais possibilidades tudo bem temos partida então nessa lógica eh de um mundo binário a gente vai pensar e do mundo binário e de um mundo binário imado ao anatômico Tudo bem por estou dizendo que é o único modo de pensar o gênero não se alguém disser isso Pega a gravação de volta volta e diga veja que eu não falei isso e a questão é que a gente tem que ter um ponto de partida
então neste ponto de partida o Freud tomou a questão de gênero próxima a questão anatômica Então nós vamos tomar o gênero próximo a questão anatômica como um ponto de partida para esse tudo do desenvolvimento psicossexual depois lá na frente a gente vai pensando nas outras possibilidades que não essa lógica Cis que que é uma lógica sis uma anatomia e um gênero que se aproximam pela lógica anatômica como base tudo bem mas esse foi o ponto de partida do Freud Então esse é o ponto de partida que a gente vai colocar agora um ponto muito importante
da Perspectiva da própria criança do próprio bebê que nasce não há distinção anatômica Isso significa que você coloca um laço na cabeça do da menina ou você veste Azul meninos e rosa As meninas você tá fazendo isso para você paraa criança mesmo é indiferente a criança não tem qualquer notícia da distinção anatômica ela só vai ter notícias disso por retroação tudo bem então a anatomia a o o o Freud ele vai dizer que a anatomia é um destino Olha que interessante ele não vai dizer que a anatomia é origem ela vai dizer que a anatomia
é o destino Olha que que provocativo que o Freud tá dizendo por que que é o destino porque a anatomia não tá no início ela vem depois não é interessante isso eh ela vem depois no sentido inclusive da anatomia o destino porque eu só tenho como saber sobre anatomia por retroação só quando da distinção anatômica dos fxos que por retroação eu posso saber com qual anatomia eu nasci por exemplo e qual nomeação que a cultura dá para essa Anatomia da qual eu nasci então o Freud parte dessa lógica binária em Freud Sônia eh de fato
ele não avança para Além Da Lógica binária lembre-se que o Freud nasceu na década de 50 do século XIX né 1857 ou 58 né Eh então na teoria do Lacan a gente já começa a pensar numa outra lógica não só binária mas em Freud ainda não tá eh cada autor por mais que o Freud ele estava fora do seu tempo para algumas coisas e outras ele estava dentro do seu tempo ele era um homem do seu tempo eh eh e dentro desse tempo essa esse é o ponto de partida que a gente tem então vamos
lá então tanto o desenvolvimento da menina quanto do menino começam da mesma forma então só faço uma ressalva estou falando de menino e menina aqui gênero colado ao anatômico como ponto de partida não porque Considero que a única possibilidade de pensar humano mas é como um ponto de partida para depois a gente complexificar em outras direções tudo bem Então nesse ponto os meninos e as meninas começam o percurso de desenvolvimento exatamente do mesmo modo nada distingue psicologicamente os dois né a mãe então é o primeiro objeto de amor o pai é apenas um rival incômodo
né Eh ambos têm Então como objetivo amoroso voltado pro lado ativo amar a mãe olha que coisa curiosa eh a gente tem uma eh eh sensação a antes de Freud de que o bebê é passivo e o Freud vai dizer não o bebê não é passivo o bebê é ativo a gente tem uma certa ideia eh na lógica ah comum do termo de que o bebê então ele seria uma espécie de eh eh a objeto ali passivo com no qual se aplicam né sobre ele determinadas atividades o Freud Vai dizer que não que o Freud
vai dizer que o bebê tem um objetivo amoroso voltado para amar a mãe e é uma posição ativa isso já dá uma certa diferença em relação ao que se pensa cotidianamente que se tinha ali até a época do Freud Então esse é o primeiro ponto de diferença bom que a mãe é primeiro objeto de amor e aí veja quem tá como objeto não é a criança é a mãe já perceberam a inversão Então não é A então a mãe é o primeiro objeto de amor da criança eh e a criança tem um investimento amoroso do
lado ativo amar a mãe Aonde que tá o pai o pai não tá ainda né o Freud inclusive nessa época vai dizer que o pai é um mero rival incômodo eh lembrando também outra ressalva muito importante que a gente já fez em outros encontros e vamos fazer de novo mãe aqui é quem ocupar-se de cuidar da criança certo o pai aqui é quem se ocupar depois de intervir numa certa relação fusional que a criança tenta ter com a mãe e vez por outra a mãe autoriza essa fusão então a mãe é quem se oculpa dos
primeiros cuidados pela criança e o pai vai ser aquele que intervém nessa Cola que mãe e bebê parecem estar fazendo então é possível que eh pessoas que não tenham ligações biológicas com a criança ocupem essa função é possível é possível inclusive num outro gênero tá então faça essas ressalvas que mãe e pai são aqui funções tá eh maricela coloca avó pode fazer a função materna também e o pai pode ser Inclusive a mãe biológica digamos assim quando a avó faz a função materna vai saber depende dos arranjos então observem o arranjo de que modo ele
vai se dar então a escolha da mãe como primeiro objeto de amor da criança acontece por quê muito simples por causa dos cuidados maternos então a criança ela precisa ser cuidada ela está numa posição de desamparo lembram desse conceito importante que a gente já estudou ela está numa posição de desamparo Isso significa que ela vai amar ativamente quem cuidar dela Olha que interessante Então a o objetivo amoroso da Criança é amar amar aquela que lhe dedicar os seus primeiros cuidados e aquela que lhe dedicar os seus primeiros cuidados a gente vai chamar de cuidados maternos
a gente vai chamar de mãe essa pessoa que dedicar esses cuidados essas primeiras relações então da criança com a mãe segundo Freud não são passivas e são responsáveis por satisfações e é interessante a gente pensar sobre o que que a criança faz diante dessas satisfações né então a criança mesmo desfrutando dessas satisfações né que ela recebe do cuidado ela não se contenta em só receber Ela precisa transformá-las em atividade porque tem o o Freud vai dizer que é uma revolta inequívoca e essa revolta é importante paraa Constituição do sujeito em termos lacanianos há uma revolta
inequívoca da criança contra a passividade nessa revolta revolta da criança cont para passividade mesmo ela recebendo eh dos cuidados com a mãe uma certa cota de satisfação ela se revolta contra essa posição passiva e busca retornar de modo ativo Inclusive a meline Klein vai falar da da criança devorando e enfim mas vamos para outros teóricos que não Freud por enquanto o pai onde que o pai fica o pai ele vai ser durante muito tempo um estranho paraa criança ele é um estranho porque a criança tá completamente devotada a amar aquela que cuida então a mãe
está ali devotada ao cuidar e a criança devotada em amar quem cuida e as duas dessa relação parecem se bassar percebe é como se por um certo momento eh bastasse a criança a mãe e bastasse a mãe a criança parece haver uma relação uma possibilidade de uma relação a dois uma relação a dois é perigosíssima como a gente bem sabe ela corre o risco de virar uma relação fusional né el a relação deixa de ser fusional quando não é a dois mas ali há uma ilusão durante um certo momento que é possível que essa relação
seja fusional que é possível que essa relação seja uma relação só a dois é possível então que essa relação seja exclusiva né Eh essa relação exclusiva que a criança quer ter com a mãe e que vez por outra a mãe autoriza e o pai também autoriza é interessante a gente perceber que todo mundo meio que autoriza Por exemplo quando alguém diz a criança só para de chorar no teu colo por exemplo pra mãe então toda vez que a criança precisa de alguma coisa tem uma uma dor de barriga uma fome ou qualquer coisa entrega a
criança pra mãe não estão todos ao redor eh confirmando essa teoria de que a criança e a mãe tem uma relação exclusiva Então observa que o redor todo tá corroborando com essa a teoria o redor todo está dizendo que só a mãe dá conta dessa criança e a criança quer só a mãe inclusive vocês nunca ouviram essa frase Ah não adianta eu pegar porque ele quer só a mãe é melhor você voltar antes dele acordar porque ele só aceita o teu colo só dorme com você ou seja ao redor todos contribuem para essa teoria de
que é possível uma relação de exclusividade bom Por que que essa relação de exclusividade não dura para sempre porque ela seria insuportável eu acho que ambas as partes morreriam diga de passagem mas essa relação de exclusividade não dura para sempre isso é bom em termos lacanianos a gente já conversou sobre isso sobre a questão da falta a mãe que vai e a mãe que vem a gente vai voltar sobre isso depois mas mesmo antes da gente entrar em termos lacanianos essa relação de exclusividade ela vai se tornando insuportável porque essa mãe também tem laços por
exemplo pegando essa triangulação pai mãe criança com o próprio pai pode ser que em algum momento olha só que interessante eh este terceiro fique enmado de estado do lado de fora já pararam para pensar nisso que este terceiro comece a se sentir incomodado por não ter uma cota dessa dedicação por parte da criança ou por parte da mãe e esse incômodo por assistir uma relação né uma relação maravilhosa da qual ele não participa pode ser por exemplo os motivos pelos quais ele entra se vocês pegam tem uma coleção muito boa que chama história das mulheres
ela vai da antiguidade até o século XX eh na história das mulheres tem um eu eu ia até pegar a parte exata deixa eu pegar aqui só um segundo deixa pegar só um trecho Peguei só o volume só o século XX o século XIX o século XX tá é um volumão desse por século tá então assim é uma pequena coleção sobre a história das mulheres no por séculos e tem um ponto interessante quando você pega a a questão do do lugar das mulheres eu queria pegar um trechinho aqui especificamente se eu não achar rapidamente eu
falo de cabeça de cabeça não vai ficar tão bom né Mas vamos lá eh vou falar de cabeça que eu não vou achar tão rápido não mas enfim tem uma co Uma algo interessante quando a no século X final do século X começa século XIX não vou achar de Agora não vou falar de cabeça mesmo tem um ponto interessante quando por exemplo começaram a a as com a ideia de casamento e das relações amorosas começou-se a ter uma ideia de que as crianças os filhos que nasciam atrapalhavam as relações entre os os os casais Então
os bebês ao nascer eram entregues a instituições para que eles pudessem ser cuidados até o ponto em que eles pudessem voltar sem grande perturbação ou seja adulto praticamente né ou seja eles eram entregues ainda bebês para alguém cuidar para amas depois já iam pros eh eh internatos e já voltavam praticamente na adolescência paraa frente não sei acho que vocês já devem ter ouvido falar sobre isso então é curioso porque essa coisa da das mulheres eh cuidarem das Crianças isso é recente isso não é tão antigo depois Pois eu acho eu acho e mando para vocês
no grupo e agora vou tempo os volumes São enormes eu acho mando para vocês no grupo então é algo razoavelmente recente essa posição sabendo que é algo recente é essa relação da mãe com a criança não é alo que existe ao longo dos séculos por toda a história do ocidente eh e causa um certo incômodo um certo malestar em quem a assiste por n motivos ela não dura para sempre eh E à medida que não dura para Sempre vem alguém um terceiro e um terceiro pode ser o cansaço um terceiro pode ser o pai um
terceiro pode ser a licença da Maternidade que acabou o terceiro pode ser tem alguma coisa que acontece que há um terceiro que intervém nessa relação de exclusividade entende pode ser inclusive o próprio adoecimento da mãe tá uma depressão pós-parto pode ser o terceiro que intervém nessa relação percebem eh então há um terceiro que de repente intervém nessa relação exclusividade e ali aonde haviam um dois passam a haver três esse terceiro que intervém o Freud vai nomeá-lo como pai né nesse momento a gente diz que o pai então ele pode começar a existir Mas voltando então
para antes disso nessa fase pré-doença por retroação quando lá no edpo eu olho para trás e falo ahó pera aí você entrou no edpo agora o que que era para trás Ah era pré-história do épo Vamos entendê-la então a gente só entende a pré-história do Édipo depois do Édipo aqui didaticamente a gente vai estudar primeiro pré hisória e depois o épo mas nos acontecimentos subjetivos né na na lógica da própria criança ela só seria só teria registros dela depois então nessa fase prépa não há o reconhecimento da diferença anatômica entre os sexos a gente já
falou a gente tem aqui a descoberta das primeiras satisfações através das zonas erógenas isso é importante eh as zonas erógenas elas seguem uma sequência incum entre os meninos e as meninas a sequência não é diferenciada porque se não tem distinção anatômica porque elas aconteceriam de um modo diferente elas dão a mesma sequência começam pela boca de de passagem equivalente aos dois e vão seguindo na mesma sequência bom eh em relação à masturbação eh nós temos masturbação já nesse perío e esse é um dos motivos pelos quais em 1905 quiseram matar o Freud quando ele falou
que tinha masturbação na primeira infância a questão é como essa masturbação acontece é uma masturbação que acontece de forma autoerótica ou seja não é uma masturbação em que há uma ligação a catexias objetais do complexo di édico ou seja não há um investimento a um objeto externo ao corpo é uma masturbação cujo investimento retorna ao próprio corpo não há uma fantasia que liga a objetos externos não é ligada ao fantasiar não é ligada a esse fantasiar é uma satisfação al erótica ligada à própria satisfação do corpo conhecimento do corpo extensão de um certo saber sobre
o corpo investigação do corpo a partir das zonas erógenas veja as zonas erógenas estão lá mas eu preciso fazer alguma coisa com elas é necessário investigar o mundo através delas nesse investigar o mundo através delas Ora que outro modo se investigaria senão pela satisfação que advém das zas erógenas consegue entender onde entra a coisa da masturbação Ou seja a boca suga a si mesma né Eh há uma certa satisfação em cada um dos investimentos eh as zonas erógenas Então para que elas tenham alguma chance de preparar essa criança pro mundo é necessário então que a
criança se permita exercer a satisfação que a de vem delas essa primeira satisfação autoerótica através da exploração das zonas erógenas a gente também chama de masturbação gostem ou não da palavra eu sei que tem gente que não gosta então essa masturbação ela vai se encontrar eh essa essa satisfação nas zonas erógenas vai chegar finalmente a determinadas partes do corpo bem específicas e a gente vai conversar um pouquinho sobre essas partes do corpo eu vou vou projetar aqui só pra gente ter um ponto em comum depois desse preâmbulo ã acho que é esse aqui Então veja
deixa eu só tirar essa partezinha aqui tá muito pequenininho ou tá dando para ver muito pequeno não pequeno melhorou Melhorou melhorou né né Então veja eu vou começar por aqui olha do desenvolvimento psicossexual de meninos e meninas essa sequência essa sequência bem simples né Deixa eu colocar aqui que eu consigo eh nessa sequência do desenvolvimento veja no caso das meninas no caso dos meninos perceba que elas dão de forma igual no início a fase oral para os meninos e para as meninas como a primeira fase do desenvolvimento psicossexual Por que que o Freud chama olvimento
psicossexual sexual aqui não é de sexo no sentido de penetração genital sexual tem a ver com a Sexualidade no sentido do corpo de experimentação do corpo Então as zonas erógenas todas fazem parte desse desenvolvimento psicossexual incluindo a boca né ah só para as crianças não óbvio não né os adultos também buscam satisfação e outras partes do corpo incluindo a boca de passagem né sejamos cri criativos nem PR você ter muito criatividade então a fase oral a primeira fase do desenvolvimento psicossexual nos dá notícia p da a primeira forma de satisfação que é a forma oral
de satisfação Então a primeira zona erógena é a boca ora a zona erógena é a boca até porque a boca vai ser o primeiro contato da criança com o mundo no sentido da primeira necessidade E aí vem um ponto de diferença entre Freud e lacant a gente já conversou sobre isso em outros encontros eh o Freide foca muito como ponto de partida a necessidade lembram disso ele vai colocar que a o desenvolvimento psicossexual ele parte a necessidade que vai sendo modificada a primeira necessidade do bebê ao nascer é de se alimentar então a a zona
erógena da boca tem a ver com a satisfação dessa primeira necessidade de sobrevivência que é se alimentar eh então o Freud ele faz uma ligação muito próxima das zonas erógenas com a necessidade OK assim como ele faz uma ligação muito próxima com a anatomia Ok é uma característica da da da teoria do Freud bom nada distingo então o menino e a menina nesse primeiro momento ambos estão neste mesmo Ponto Renato qual o período da primeira infância você fala em idade cronológica sim mas pode terminar aí então tranquilo aqui é quando nasce Renato e E aí
a é interessante a gente pensar o seguinte tem uma briga danada com esse negócio da idade cronológica viu É aqui dá pano pra manga porque a meline Klein desz umidade a Ana Freud di outra idade o Freud di outra idade o lac joga fora todas as idades então no final das contas eu vou até apontar que a possibilidade da gente pensar algo da Ordem da idade mas já sabendo que isso não é um consenso Isso é motivo de briga briga até de família ali entre Freud Ana Freud melan Klein isso Deu briga ali na asso
né mundial de psicanálise mas a fase oral é a primeira fase do desenvolvimento Ou seja é logo que o bebê nasce e a gente tem notícias de que ela dura até o ponto do controle dos esfíncteres que é a fase anal Então como que a gente tem notícia de que a criança entrou na fase anal quando ela começa a aprender e soltar o intestino né aprender e soltar as fezes as a urina e as feses como modo inclusive de oferecer ou de recusar oferecer algo a quem cuida percebe Então você percebe ali na relação de
quem cuida algo que acontece diferente que que é essa diferença em termos lacanianos já puxando a sardinha pro lado do Lacan eh o Lacan vai dizer que num primeiro momento do do desenvolvimento o Lacan nem fala de desenvolvimento Freud que fala de desenvolvimento também é outra briga tá eh o Freud usa a palavra desenvolvimento Lacan não usa o Lacan vai usar tempos e o Freud vai falar fases de desenvolvimento também tem um conflito aí mas no primeiro momento a a criança ela diz sim para tudo que é oferecido essa posição de dizer sim para tudo
que é oferecido Renata a gente diz que é a primeira fase do desenvolvimento psicossexual que é a fase oral marcada por essa coisa de dizer sim a tudo que você oferece Então você oferece o peito e ela suga você oferece o bico e ela suga suga você oferece o cabelo a orelha qualquer coisa e ela suga ela diz sim é o que é oferecido uma marca da fase anal é que ela não diz mais sim a tudo que é oferecido inclusive o Freud vai dizer que aqui está a origem do sado masoquismo em que mesmo
ela se prejudicando dizendo não ela diz ela tá com dor de barriga ela quer ir no banheiro ela quer fazer cocô e ela prende o cocô percebe ela prende o cocô Mesmo que isso a prejudique ela prende o cocô para ter o cocô para não dar esse cocô então aqui a gente tem a origem inclusive do sado masoquismo que também é a origem do primeiro não então se a gente pensar em idade cronológica Quando que a criança começa a oferecer este primeiro não né quando ela consegue por exemplo eh consegue pela primeira vez tirar a
fralda agora aí vem um problema as pessoas estão tirando as fraldas cada vez mais tarde você tem criança usando frala até 9 10 anos de idade e não tô falando de nada específico estamos falando de crianças de modo geral a as fraudas na farmácia elas já tão indo de pp a ggg XXX a perder de vista de tamanho né Eu brinco que a a fralde infantil e a p geriátrica já se encontraram ali porque eh não não tá tendo uma passagem uma interrupção nesse sentido Veja a a a fase anal a qu que a a
gente recomendaria e aí tem um assunto muito interessante até tem uma pastinha pessoal que faz supervisão de bebê eu até manda Sempre essa pastinha que é sobre desfraude o tema do desfraude ele é interessantíssimo paraa psicanálise porque o o desfraude ele nos dá notícia de muita coisa no funcionamento ali da relação da criança com quem cuida por exemplo em relação ao desfraude Quando que a gente recomenda que o desfraude comece a acontecer o quanto antes por exemplo a criança já senta um bebê de 8 meses ele já dá conta de sentar você já pode sentá-lo
no piniquinho e ficar ali brincando com ele contando histórias enquanto ele tá no piniquinho ele não tem consciência de que é um pinico ou o que ele vai fazer ali entretanto você já pode fazer esse esse jogo essa brincadeira dele ceder ainda sem saber o que ele tá cedendo e para o que ele está cedendo E aí quando você finalmente pegar nesse período de recusa ele vai ser muito mais fácil de liar no entanto se eu deixo ultrapassar as fases do desenvolvimento para então mexer com o desfraude eu vou tendo mais dificuldade ainda de fazer
isso antes de passar para você el que veja agora que que é o o período aqui que a gente tá chamando de pré-história do edpon Como eu disse para vocês fase oral fase anal e início da fase fálica a fase fálica ela compreende desde a descoberta da diferença na até antes do período de latência fazer fal que é razoavelmente grande nada tão grande quanto a latência nos meninos olha desde a descoberta da diferença anatômica até a saída do Édipo eh compreendida pela fase fálica A pré-história do épo ela pega a fase anal oral a fase
anal e o início da fase fálica ela pega o início da fase fálica a mesma coisa fase oral fase anal e o início da fase fálica Por que o início da fase fálica porque o que demarca eh a passagem da pré-história do Édipo para o Édipo ou da pré-história do Édipo para a castração no caso das meninas primeiro é a castração é a descoberta da diferença anatômica então a pré-história do Édipo ela vai do Nascimento à descoberta da distinção anatômica Em qual idade que a gente poderia pensar eh que a gente consegue perceber que a
distinção anatômica foi descoberta aí vocês podem pegar pela diferença de postura em relação ao mundo por exemplo vá numa pré-escola eh numa educação infantil que você tem ali desde creche 4 meses de idade até o o início da alfabetização e pergunte de modo geral para para quem cuida ali das Crianças regularmente são professoras são mulheres na nossa cultura temos esse hábito né eh pergunte ali regularmente Quem dá mais trabalho os meninos as meninas você vai perceber que até um ponto é um tanto quanto indiferente os bebês meninos ou meninas dão mais ou menos o mesmo
trabalho dá um determinado ponto esse trabalho se modifica esse trabalho se modifica e os comportamentos começam a soar um pouco diferentes vocês começam a perceber por exemplo as meninas um pouco mais fácil de cuidar É ISO que culturalmente as pessoas falam e os meninos um pouco mais difícil os meninos um pouco mais custosos aqui em Gu cham de Custoso o menino um pouco mais Custoso e as meninas um pouco mais tranquilas as meninas querendo eh agradarem alguns pontos tia Deixa eu fazer tal coisa posso ajudar com tal coisa e os meninos eh querendo rivalizar querendo
desafiar um pouco quando você percebe uma certa diferença no comportamento dos meninos e das meninas de um modo mais geral mesmo que eu tô falando você percebe que essa diferença marca a descoberta de uma diferença que aí no caso a diferença anatômica E aí a gente tem uma notícia então da entrada da fase fálica então a entrada da fase fálica tem a ver com a descoberta da diferença e a gente consegue percebê-la pela diferença de postura de comportamento de funcionamento dessa criança no mundo você fala Renata eh a que a origem quer dizer a possibilidade
a origem né do sal do masoquismo ser na fase anal aprender soltar aprender e soltar eu fico pensando naquelas crianças ou até já viem na minha própria família ai a criança fez xixi ou então a criança fez cocô que fosse fora da fralda alguma coisa assim tá no desfraude toma um tapão da mãe Tom um tapão ah fez xixi fez cocô que que que que a carreira a a reta isso né aonde vai dar isso depois então eu esperava que ninguém leve um tapão em nenhuma época da vida tá Eu também não mas eu já
vi tá por isso que eu tô falando inclusive professora bater em criança que faz xixi ou cocô no chão Então não é para acontecer mas sim veja e eh é como se de algum modo Quem tá lá dando tapão e que não deveria dar de modo algum mas é como se estivesse dizendo que há uma intencionalidade nisso né el é como estivesse dizendo que a criança fez de propó né Você fez de propósito esse xixi aqui você fez de propósito cocô Justo na hora que era para sair É como se você tivesse apontando uma intencionalidade
da criança tirando a parte do tapão que para acontecer essa intencionalidade nos dá notícia de que as a relação entre quem cuida e a criança começa a ficar mais desafiadora esse mais desafiador nos dá notícia do que o Freud vai dizer que é origem do sado masoquismo uhum entende então o Freud vai dizer que a fase anal é é a origem não não todo o desenvolvimento mas a origem ou seja de algo Que Eu recuso mesmo que o prejuízo seja para mim sim sim Eu recuso dar ao outro mesmo que isso implique um prejuízo para
mim mesmo né Então veja o que que eu queria apontar aqui para vocês com essa com essa comparação entre as duas é que nessa fase predd Piana então não tem o reconhecimento da distinção anatômica porque a diferença anatômica ela só vai ser percebida pera aí pera aí que o mouse travou aqui pronto a diferença anatômica só vai ser percebida no início da fase fálica e quando ela é percebida o préo acaba Deu para entender então a pré-história do ético é a pré-história do desconhecimento da diferença anatômica descobriu a diferença anatômica a gente tem o fim
da préo e as consequências então no caso das meninas a descoberta anatômica leva a descober descoberta da diferença anatômica leva à castração ao Complexo de castração no caso dos meninos a descoberta da diferença anatômica leva ao complexo de Édipo e não é a mesma sequência E aí sim a gente tem uma distinção Clara Entre Meninos e Meninas então uma das características do Pré épo é que não há essa distinção não há essa distinção porque não há o reconhecimento da diferença anatômica Então como que meninos e meninas perceberiam a diferença de gênero se não reconhecem a
diferença anatômica e da perspectiva de Freud gênero e gênero e anatomia estão ali próximos então voltando eh aonde que a gente percebe aí a a a descoberta então da masturbação quando da descoberta da diferença anatômica a primeira coisa que se faz é descobrir a masturbação e tentar exercer Só que no caso das meninas por pouco tempo no caso dos meninos por mais tempo eh tentar ser eh isso que advém inclusive dessa diferença uma satisfação possível dessa nova fase fálica dessa zona erógena que é o falo qual a zona erógena desse período agora vamos paraa Nossa
outra tabelinha veja se a gente pega na a primeira aqui na pré-história do complexo de épo e na segunda no épo propriamente dito então aquilo que a gente falou o objeto amoroso é a mãe tanto para o menino quanto para a menina o objetivo ativo amar eh o órgão da primeira atividade sexual ali na entrada da fase fálica clitores para meninas pênis para os meninos é visível isso explicitamente sim as meninas elas braço do sofá brincar de cavalinho enfim É muito visível o modo que essa masturbação clitorid Diana acontece né coceirinha ali eh e o
pai para ambos o Mero rival incômodo então tem uma certa diferença entre meninos e meninas aqui não que eles percebam os meninos e as meninas nesse momento não percebem que o clitoris e a vag o clitoris e o pênis tem de fato uma diferença uma desvantagem isso vai aparecer só posteriormente quando essa diferença for marcada como mais e com o menos que inclui lembrando o mais e o menos não é de bom e ruim é a cultura a gente falou isso dois encontros atrás é a cultura que vai dizer que é uma desvantagem o clitores
e uma vantagem o pênis a anatomia não disse isso tá a anatomia não disse nada disso é a cultura que vai dizer eh eu tava na reunião de departamento agora à tarde e aí eh eh até tinha Unos representantes do do do ca que elas e eram todas meninas elas até brincaram falar Ei patriarcado que não cessa num determinado momento um um docente né a o um professor falou que queria entregar uma disciplina um virou pro outro e falou assim fica com a [ __ ] que a [ __ ] é sua gente é horrível
falar isso numa reunião de docentes mas é é o Tom que às vezes as reuniões chegam Mas é interessante veja o que que é interessante disso eh expressões que as pessoas utilizam até circunstâncias de trabalho né eu coloco o pau na mesa fica com a [ __ ] que a [ __ ] é sua Vocês já viram mulheres usando referências anatômicas para se vangloriar no trabalho juro eu nunca vi nunca vi isso é algo especificamente masculino por quê De algum modo Vai Dando uma notícia de que na cultura eh parece uma vantagem exibir este órgão
sexual como se ele fosse eh um lugar de poder também inclusive se eu não me engano tem até uma medalha de em broch e e se e se não me engano o o eu tô tô doida ou ten um presidente que Tom uma modala de de broch tável porque assim eu eu eu tem horas que eu vejo umas coisas que eu penso deve ter sido um pesadelo né Eh E você tem por exemplo essa ideia então de que eh a virilidade masculina é uma prova de poder percebem Então não é a anatomia que diz que
o corpo feminino é marcado por um menos ou uma fragilidade mas a cultura que vai dando not então a reação da menina de se recolher na diferença anatômica não é biológica tá não é orgânica a posição da menina de recolher o seu comportamento diante da diferença anatômica e do menino de expor o seu comportamento na diferença anatômica é por uma marca que atravessa as Crianças mesmo que elas não percebam mas atravessam e a gente percebe nas manifestações delas não sei se ficou confuso Alexandra oi não porque você tava falando aí dessa desse desse modo de
falar né dos seus colegas eu fiquei pensando em lacam porque o lacam vai vai colocar nas fórmulas da sexuação né o o o gozo fal quer dizer o masculino aí ali do lado do falo mesmo né enfim embora o Lacan quando vai pro seminário 20 ele vai colocar que o o gozo né por Excelência tem o gozo fálico e tem o outro gozo gozo com maiúscula né sim que que aí no caso a a mulher estaria desse lado né Tanto do do gozo fálico quanto do gozo outro mas eu fiquei pensando do do lado masculino
mesmo né quer dizer esse linguajar essa posição né de de se sustentar nisso aí S que que evidentemente não não se trata do gênero trata-se tanto que alguém colocou aqui que já ouviu mulher falar isso também né quer dizer não se trata do do do gênero mas do da posição masculina exato Então essa posição é boa observação não é uma questão só de gênero mas uma posição né como se fosse uma uma vantagem e aí lembrando tem uma uma frase excelente do Bruce fink que ele fala assim a psicanálise ela não eh prescreve ela descreve
Olha que interessante isso quando a gente aponta para essa prevalência do falo a gente está falando da de uma descrição de como os significantes operam de como a sociedade se organiza e não fazendo uma prescrição de como ela deveria ser nós estamos prescrevendo estamos descrevendo na quando você passa você observa a sociedade você observa que há uma prevalência uma uma um certo lugar dado ao masculino dado ao falo dado ao patriarcado inclusive ganhou até um nome mais específico né Renato você disse que a manifestação e a contração da expressão do menino e da menina é
uma determinação cultural é isso a manifestação diante da diferença isso que você perguntou é eh no no na sua última fala aí você não sabia se era sobre a diferença ou não entendeu não consegui perceber falou assim ó pode ser uma uma determinação cultural aí eu não sei se era com relação a isso que você tava falando Não entendi olha só é interessante a gente observar Deixa eu só desligar seu som porque tava retornando para mim Eh interessante a gente observar o seguinte Renato a gente consegue perceber que entrou na fase fálica pela descoberta da
masturbação clitoriana PR as meninas e peniana pros meninos Então a gente tem uma notícia que entrou na fase fálica nessa entrada da fase fálica ou seja Dessa descoberta da zona erógena ainda estamos na pré-história do complexo de édico ainda estamos na pré-história tanto que a gente tá colocando aqui ó o órgão da primeira atividade sexual então você teve a fase oral prevalência da zona erógena boca fase anal prevalência da zona heróica Eh erógena desculpa do anos o controle dos esfíncteres né origem ali do Estado masoquismo e você tem finalmente aqui na fase fálica né A
descoberta dessa satisfação sexual que advém do clitores pros pras meninas e do pênis pros meninos nesse ponto da descoberta desta satisfação ainda não é a descoberta da diferença anatômica percebe Renato eh as meninas vão estar lá se masturbando os meninos vão estar lá se masturbando felizes em algum ponto essa felicidade se rompe entende e é e e é interessante a gente observar veja vou até colocar aqui essa outra de novo em algum ponto essa descoberta se rompe e essa descoberta se rompe porque a menina se percebe marcada por uma falta ou seja na diferença ela
percebe um menos uma falta e na diferença anatômica o menino se percebe como o mais a diferença entre o menos e o mais a gente consegue perceber não mais na masturbação na masturbação eles estav masturbando ali e até então estavam se masturbando felizes sem grandes problemas com isso aonde que a gente consegue perceber que não se trata mais só de entrada na fase fálica mas se trata da descoberta da distinção anatômica quando a gente percebe que as meninas recuam em relação a essa masturbação e os meninos avançam em relação a essa mesma masturbação e além
da masturbação isso aparece em outros comportamentos os meninos começam então a fazer xixi a distância e disputar a atenção dos coleguinhas na sala de aula por exemplo e as meninas começam a a tentar se comportar mais eh ficar um pouco mais quietinhas ou seja você começa a perceber uma certa diferença e é cultural essa diferença entre o comportamento dos meninos e das meninas nessa diferença e aí nos chama muita atenção por que é tão ente que nessa diferença e é só você numa escola e perguntar pros professores né Eh quem são os alunos mais difíceis
é muito comum que estatisticamente diga os meninos Quais são os alunos eh mais tranquilos né os melhores alunos é estatisticamente mais comum que se diga as meninas inclusive costuma-se dizer que o caderno das meninas a letra das meninas a mochila das meninas a a Organização das meninas as meninas começam a ser elogiadas por este comportamento mas este Bom Comportamento parece nos D notícia Renato de uma marca de uma falta como se então diante dessa falta houvesse uma tentativa de suplência dessa falta pela via de um bom comportamento pela via de um uma uma certa posição
na relação ali com quem tem diga Renato é eu já dei aula na no ensino fundamental dois no ensino médio e no EJA e o comportamento das meninas é esse na escola do ensino público Se você dá aula numa escola de classe média alta digamos aí o comportamento já é um pouco mais igual eh dilui um pouquinho não é interessante e é interessante até a gente pensar isso eh Por que que em determinados atravessamentos socioeconômicos a gente já tem essa diferença mais minimizada né menor e em diferenças socioeconômicas maiores aa diferença fica mais gritante isso
que você tá apontando é muito importante o que significa que é cultural não é biológico percebe o que significa então que se educar de um modo diferente para o reconhecimento da diferença anatômica talvez a gente consiga por exemplo você quer ver quando a gente pega a estatística dos manuais o no dcm Tod transtorno desafiador de oposição né você vai encontrar eh a cada 10 casos sete são meninos só três são meninas Por que que é tão comum tão mais comum a gente ter um transtorno de comportamento né de desafiar as leis de arrumar encrenca na
sala eh tão mais comum em meninos do que meninas Ora vamos supor que não seja genético que não esteja no DNA dos meninos vamos supor que é mais provável que esteja numa certa diferença no trato com a cultura né da Perspectiva da psicanálise a gente vai para essa suposição diga Rosane É eu tô ouvindo ele falando é é o Renato que ele da deu aula né da num escola pública e na outra escola era diferente o comportamento das meninas né aí eu achei interessante que eu ontem eu estive no consultório de uma médica e ela
tinha uma uma vagina em cima da ela a filha dela tava de férias tem 5 anos e essa vagina de borracha estava em cima da mesa dela para mostrar o trabalho que que ela faz né pequenos grandes lábios e tal aí a menininha Agarrada Em Mim brincando comigo aí ela mexendo assim eu falei o que que é isso aí ela falou você não sabe o que que é isso aqui tranquilona Isso aqui é uma pepeca Ué você não sabe que isso aqui é uma pepeca eu falei não porque olhando daqui do lado não dá para
ver o que que tem na parte de dentro ela virou para mim falou olha aqui ó direitinho é uma pepeca totalmente desinibida e e quando se fala né sobre poder aquisitivo a forma como é tratada realmente de fato ele tem um pouco de Porque existe essa conversa mais aberta dependendo até da profissão dos Pais né Sim essa é a diferença então Eh De que modo esse corpo vai ser apresentado pra criança lembre-se que por exemplo o Freud ele relata várias vezes isso também Anderson você pergunta sobre a questão o Freud Ele estudou criança ele analisou
criança ele não atendeu criança com exceção de uma sessão que ele fez com o rans o rans foi atendido pelo Freud numa única são inclusive o o han sai da sessão vira pro pai e fala assim é aquele homem conversa com Deus hein Porque o Freud fala uma coisa que o o hanan supõe que deve ter vindo vindo de outro lugar ele fica meio surpreso com a intervenção eh ele agora os estudos das fases do desenvolvimento Anderson ele começou a estudar por retroação Ou seja quando os adultos vinham ao consultório eh e falam dos seus
afetos atuais você percebe sabe que seus afetos atuais eh eles são herdeiros de afetos anteriores Inclusive tem um texto muito legal do Freud sobre eh chama sobre os colegiais Ah qual o título exato daqui a pouco eu pego tá no livro do tótem Tabu de 1913 sobre alguma coisa colegial psicologia do colégio enfim pouco importa o nome eh o o Freud ele vai visitar um ex-pr professor ele tá com 60 anos de idade e ele reencontra um professor da época dele de colégio que ele não via os quase 50 anos pensa que legal né o
Freud já era o Freud né já tinha fundado a psicanálise tava com 60 anos de idade ele reencontra um professor de colégio eh e ele tava emocionadíssima por encontrar esse professor do Colégio eu fico pensando que era o professor de colégio que devia também tá muito emocionado porque o Freud já era Freud Freud estava com 60 anos e nesse encontro do Freud Com esse professor de colégio ele começa a pensar na reação que ele tava emocionado por encontrar esse professor de colégio do colégio e pensando né de onde que vem e eh esse afeto essa
emoção E aí ele começa então a a a pensar De que modo eh esse essa deferência que ele tinha aos professores vinham de primeiro de uma relação que ele tinha ao pai por exemplo como se os professores fossem um herdeiro eh desse lugar que antes foi ocupado pelos pais então a princípio quando você é criança Seu pai é um lugar que ocupa um lugar de enorme saber mas depois de um determinado ponto seu pai não ocupa mais esse lugar Talvez um mestre ocupe esse lugar e ele também faz uma relação e é bonito essa relação
que ele faz com o amigos e aí ele vai fazer uma comparação entre os nossos afetos ali nas nossas primeiras relações amorosas por exemplo com os nossos irmãos os herdeiros seriam os nossos amigos e nas nossas relações amorosas com os nossos pais Os Herdeiros seriam os nossos professores e assim por diante E aí perceba Anderson o que ele está dizendo é quando você fala dos seus afetos hoje de onde eles vieram eh o o a ideia do Freud é que os seus afetos de hoje são modificações eh de afetos que já estavam lá antes por
isso a gente estuda o edpo eh é o edpo então ele não determina como você vai amar mas eles provavelmente a relação edípica ou seja a relação com os pais a relação com os irmãos as relações afetivas da infância vão dar notícia de um certo modelo que você pode modificar que vai servir de referência que não determina mas certamente você também não anula ou não apaga Então os seus amores e investimentos libidinais da infância te dão notícia da sua relação com o corpo e com as pessoas e com as outras referências da vida adulta por
isso Anderson ele volta pra infância ele volta pra infância porque nós voltamos pra infância quando a gente vai falar dos nossos afetos na vida adulta a gente fala de onde será que veio isso da onde será que veio essa mania de querer tal coisa da onde será que veio e o seu próprio discurso na análise vai voltar paraa infância então Freud estudou a infância a partir dos adultos que retornavam paraa infância discurso e depois voltou lá para estudar a infância propriamente dito inclusive ele pedia paraos seus discípulos né pros estudantes observarem as crianças ao redor
observarem eh os seus próprios filhos sobrinhos ele próprio tem vários textos de observação sobre os netos do for dá por exemplo também é uma observação que ele fez eh do Neto né diga Rosane não eu não bati não eu tava só batendo palma desculpa Renata não eh mas euu para entender essa coisa da diferença Então veja o que o Renato tá colocando eh e o que você colocou do exemplo aí da da vagina de de borracha na mesa é interessante isso será que então Eh dependendo do modo que a gente eh transmite às crianças eh
a relação com o corpo e um saber sobre o corpo e a nomeação do corpo a gente dá uma outra notícia até quando você chamou por exemplo de pepeca eh a gente eu faço com os alunos Às vezes a gente vai em algumas escolas fazer essa questão da educação sexual em escolas e aí a gente faz uma brincadeira a gente coloca um corpo né masculino feminino na no quadro e pergunta para as crianças crianças pequena Ensino Fundamental um a gente pergunta qual que é o nome disso daqui aqui aí todas as crianças cabeça e morrem
de ri que a gente vai perguntando uma coisa estúpida né Qual o nome disso daqui cotovelo aí a gente vai escrevendo e vai escrevendo todas as partes do corpo e vai deixando os genitais pro final quando chega nos genitais então para cada parte do corpo só tem um nome quando chega nos genitais a gente pergunta como é que chama isso daqui cada criança da sala tem um nome diferente um é bilá o outro é ppu outra é pingolinho outra é não sei o queê você já viram a quantidade de nomes que tem E aí a
gente vai enchendo o quadro com os nomes as crianças riem riem e a gente come aí a gente vai por que que é cabeça chama só cabeça e esta parte do corpo tem tantos nomes por que que a cabeça que é tão importante né dela vem nossos pensamentos as nossas ideias os olhos que vê os ouvidos estão tudo aqui na cabeça e ela merece só um nome por que que essa outra parte do corpo merece tantos nomes porque que cada família e cada região tem um nome diferente para essa parte do corpo eh e isso
é Então veja Por que que a gente educa as crianças para reconhecer anatomicamente todas as partes do corpo pelo seu nome correto mas não as educa para nomear a vagina e o pênis pelo nome que efetivamente eles têm isso nos dá uma notícia de um certo uma certa proibição do corpo e isso nos dá uma notícia então das consequências da descoberta anatômica E aí no encontro que vem a gente vai justamente partir desse ponto veja tem um um texto do Freud um texto extremamente importante que chama eh o título exato que é um texto que
a gente vai usar de base paraa semana que vem Pera aí Ah o título é enorme eu vou pegar aqui para eu não falar errado Eh esse aqui ó ele é de 1900 e algumas consequências psíquicas das distinções anatômicas entre os sexos de 1925 Então esse texto do Freud 1925 algumas distinções anatômicas é é e Renata pudor em relação ao nome do corpo Claro pudor Mas por que pudor justo com o pênis e a vagina né Porque é necessário um pudor eh para essa parte do corpo e não para outras não para o pescoço não
para o cotovelo inclusive cotovelo eu acho uma palavra horrível dig as passagem acho feia né culto velo Mas enfim eh então na quarta que vem se vocês puderem Leiam esse texto do Freud algumas consequências psíquicas das distinção anatômicas entre os sexos então que ponto que a gente chega veja nós viemos até esse ponto sem distinção entre meninos e meninas então a a a pré-história do épo ele é marcado por esse mundo eh gostoso em que não há diferença entre meninos e meninas Olha só em que ah não há Inclusive essa questão de heterossexualidade e homossexualidade
porque a menina é uma menina e ama a mãe e o menino é um menino e ama a mãe os dois dois amam independente do gênero de quem ama e de quem é amado não é mesmo então a gente tá numa época em que não há uma distinção anatômica tamp pouco uma distinção do meu investimento amoroso eu posso investir amorosamente em uma outra mulher se eu sou menina pelo simples fato de que eu amo aquela que cuida de mim e não há um problema nesse destino amoroso percebem então a gente sai desta fase da pré
do em que não havia uma marca da diferença e não havia portanto as consequências psíquicas o sofrimento emocional advindo dessa diferença por isso o texto de 1925 do Freud chama Exatamente esse algumas consequências psíquicas da distinção anatômicas entre os sexos o que que o está dizendo o sofrimento começa aí o sofrimento começa da distinção anatômica é daí que vai vir tá é daí que vão se localizar os Sofrimentos Quais são as consequências psíquicas Quais são as consequências emocionais da descoberta da diferença anatômica o Freud não deu esse título à toa então se vocês puderem retomem
esse texto 925 e quarta-feira que vem a gente entra na diferença anatômica lembrando se a gente entra na diferença não significa então que a gente vai entrar exatamente no épo ou na castração a gente vai entrar na diferença Qual que é a consequência da diferença anatômica para as meninas castração Qual a diferen a consequência da distinção anatômica para os meninos édico entende então vamos primeiro falar das consequências das distinções anatômicas E aí a gente começa a chegar perto né Daniel da sexualidade masculina e feminina Porque até então sem a diferença anatômica não temos por falar
de dessa diferença da feminilidade ou da masculinidade diga Lena não sei se dá tempo de trazer de fazer essa intersecção com o livro da Rita né estruturas elementares eh da violência que ela faz essa distinção Justamente que de acordo com o patriarcado foi é o nascimento da violência é o nascimento desse momento em que a Rita Segato isso da Rita Segato algum momento a gente poderia fazer essa essa relação né pode e deve inclusive Rita minha professora fui aluna dela eh a a disciplina dela só S parenteses rápido ela fazia uma coisa muito traumática a
gente entrava na disciplina a gente tinha que fazer um diário pessoal né contar a a a história e de ser mulher né antes e depois a gente percorrendo os textos dela e escrevendo um diário sobre De que modo aquele texto que a gente Lia impactava essa posição de ser mulher a disciplina dela era divertida foi aluna dela 200.000 anos atrás mas sim eh isso que ela tá dizendo Então veja o sofrimento advém da descoberta da distinção anatômica a descoberta anatômica vai acontecer De qualquer modo Por que que ela tem que acarretar sofrimento ficam em provocações
Leiam o texto do Freud e a gente volta nesse ponto tudo bem Beijo gente obrigada obrigada obrigada obri obada obrigada obrigada