E aí [Música] é o ser humano é um ser em evolução contínua cujo destino desta evolução nós desconhecidos é e eu acho que aqui na logias que me interessa são as tecnologias de linguagem E é porque nessa relação com as tecnologias de linguagem eu já desenvolvi um vínculo põe separabilidade da do humano e as tecnologias Essa é a grande diferença do humano em relação os outros animais o ser humano é inventivo e ele é inventivo por quê Porque ele dispõe da linguagem a linguagem humana evolui e com a evolução da linguagem humana o ser humano
evolui junto com o tempo tecnologia ele é hoje onipresente bom e as pessoas costumam usar essa palavra sem compreender muito Qual é o espectro como ela que como é que essa palavra poderia se definir aliás essa é uma tendência humana começamos a usar as palavras sem levar em consideração a profundidade do seu significado Eu costumo definir a tecnologia como a em relação com a técnica técnica sempre ouvi é um saber fazer o ser humano não seria um homofaber se ele não tivesse absorvido técnicas o modo de fazer a palavra tecnologia ela entrou em voga não
é por acaso a partir da Revolução Industrial a tecnologia Diferentemente da técnica mas sim de morango a técnica ela é o saber-fazer já traduzido científicamente e ele é entronizado este saber dentro de uma máquina 1 e nós humanos na da espécie homo temos uma característica notável nós nascemos muito incompleto ou seja nós somos seres tão sofisticado Demoramos muito tempo para nascer como nascemos nós temos muito incompleto precisamos de um longo tempo pra fora do útero para desenvolver habilidades capacidade que permita que a gente se torne membro Nossa coletividade para comprar um bebezinho chipanzé nasce com
três meses ele é capaz de sozinho se pendurar no pelo da mãe do corpo da mãe e espontaneamente ele busca o seio para mamar e ele controla a cabeça e os olhos e fica explorando o ambiente olhando para o lado pro outro três meses já faz tudo isso agora o bebezinho chipanzé e ele tem uma capacidade limitada de aprender por imitação enquanto nós nascemos muito incompleto uma capacidade quase hei de aprender por imitação o exemplo da língua universalmente não importa onde o bebê esteja ele absorve a partir da imitação para reprodução das localizações dos seus
pais dos seus parentes e quem tiver por perto ele ele se embebe daquela língua e daqui a pouco começa a manejá-la não só ele repetições que ele começa a somar os sons nos com os outros foi uma palavra depois começa não tá palavras coisa daqui a pouco tá escrevendo o ser humano é um ser de linguagem é um ser que fala e para falar ou para qualquer outra linguagem nós dependemos humano depende de um certo tipo de suporte e que a gente pode chamar de tecnologia o ser humano não falaria se não houvesse dentro do
nosso próprio corpo a instalação daquilo que nós chamamos de aparelho fonador o aparelho fonador é uma espécie a tecnologia a linguagem simultaneamente uma ferramenta e a mãe de todas as ferramentas porque ela se combina com um gesto técnico para orientar o gesto teku naquilo que deve fazer para fazer com que aquela história seja história que chegue aquela finalidade vamos falando cada vez mais aderindo cada vez mais palavras e imagens aos objetos do mundo vamos nos cercando disso que nós vamos chamar mais à frente de cultura e agora o nosso mundo é um mundo simultaneamente natureza
corpo biologia e o mundo de Cultura arte e fato palavra ideia imaginação Então essa abertura o que advêm desse inacabamento é uma característica de nós como sabes a gente pode estourar é longo da história e ela que teria permitido um certo tipo de variação comportamental que ao investimento na suplementação das capacidades muito limitadas do corpo através da transformação de materiais do mundo o ser humano fala no entanto a fala ela está no nosso corpo a fonte da fala está no nosso cérebro EA cultura humana depende da transmissão da tradição de uma geração mais velha para
gerações mais novas hora tudo que está no nosso corpo é mortal então era preciso inventar uma nova tecnologia de linguagem o que conseguisse super E a fragilidade da mortalidade da memória humana ora esta memória é frágil a memória escrita por outro lado ela tende a ser ter nizar Como já disse fez perder as palavras são mais eternas do que as mármores e os metais quando ela se tornaram escritas as tecnologias vão evoluindo da escrita nós passamos para um outro grande momento de avanço nas tecnologias que significa também um avanço evolutivo da espécie do Sapiens que
foi a revolução de Gutenberg durante cinco séculos esta revolução tornou o livro Um veículo soberano da cultura e da transmissão do conhecimento humano Gutenberg e mais a fotografia São tecnologias reprodutivas logo Depois vieram as tecnologias eletroeletrônicos que trouxeram o rádio EA televisão e com eles o clímax da comunicação e da cultura de massas fora isso durou até os anos 80 Quando surgiram os Guedes os jovens não conseguem imaginar o que era a nossa vida antes do controle remoto o que era a gente tem que levantar daquela preguiça não é de sentar para ver o programa
de televisão e tem que levantar para ir mudando o canal hoje nós mudamos o canal isso a partir dos anos 80 com uma enorme facilidade não é o que funciona como um grande desafio para a linguagem da televisão porque ela depende da publicidade E aí a tendência que a gente mude de canal quando aparece a publicidade junto com isso vieram as vídeo locadoras os aparelhos de gravação Olha esses aparelhos começaram a nos treinar para a busca da informação que a gente quer e do entretenimento que nós desejamos prepararam Portanto o terreno para o advento da
cultura digital quando a gente fala do presente há duas tendências que eu considero bastante negativas por isso que quando eu falo de tecnologia eu volto lá para o passado para mostrar que as tecnologias não nascerão hoje então uma tendência nefasta é aquilo o presenteísmo a gente só vê o presente e todas as tecnologias que nos rodeiam como se elas tivessem caído de paraquedas não há todo um processo evolutivo que é preciso levar em consideração esse processo evolutivo produz consequências que nós só podemos avaliar as consequências presentes quando nós voltamos para o passado e vamos considerando
Quais foram as tendências que vingaram e que levaram as condições atuais agora a cultura abrange a natureza a cultura uma vez mais numa caverninha no cantinho da natureza a imensa da Via não agora a cultura recobre a natureza e as ação foi potencializada pela nossa compreensão crescente dos arranjos de matéria das formas da fim da matéria o sujar gramas de informação que direciona as atividades para dar finalidade para elas esse conhecimento crescente que permitiu que nós alcançássemos esse papel hoje Global planetário O que significa que nossa espécie está em vias de amadurecimento então não há
domínio mais do planeta que não escape da ação humana a proposta é chamar dizer que não estamos numa Nova Era uma era no qual novo a gente Global entrou em cena a humanidade estamos então na época dos humanos o antropoceno esse meu estudo dessa evolução tecnológica me levou muito cedo a prestar atenção aquilo que os artistas Estavam estavam colocando em evidência e que lhe chamavam de posso mano a realidade pós biológica humana como fruto dessa verdadeira torrente tecnológica que começou a tomar conta das sociedades humanas a partir dos anos 80 90 no fim dos anos
90 eu comecei a desenvolver essa ideia de do corpo B e aqui no lógico e essa ideia de uma cultura pós-humana a palavra pós-humano de certa forma produz um certo temor como se a história humana tivesse no caminho do seu desaparecimento pós não é que a palavra após pode levar a gente a compreender não ao contrário posso mano é o índice mais Cabal de que o ser humano é um ser em transformação a ideia do pós-humano ela já surgia com muita força junto com a ideia do cyborg as complementações do corpo humano com as tecnologias
cyborg então todas essas ideias e vão brotando nos anos 80 já e principalmente nos anos 90 no trabalho de artistas e críticos e teóricos da arte que estavam preocupados com as transformações que as tecnologias estavam trazendo para tentei na época dedicar uma grande atenção a esse tema porque ele caracterizava a necessidade de abandonar uma visão essencialista do humano e também a necessidade de nós abandonar mos o velho humanismo com todas as contradições que ele trazia então o pós-humano significava na realidade a necessidade de repensar uma e E aí [Música] E aí e hoje conhecemos não
só os elementos químicos conhecendo a forma como ele se compõe somos capazes de intervir em cada um deles somos capazes de combinar os maneiras inéditas em relação ao a própria a própria natureza e os uma somos hoje mestres do mundo quântico do mundo microscópio então Vivemos um mundo da precisão nada a localização precisa da ocasião especificado como nunca uma viagem somos capazes de mapear tudo isso e somos portanto capaz de mapear as arquiteturas as composições os diagramas de todo tipo e sorte material em particular e todos os episódios de ser vivo em particular de todos
os eu penso arte de nós mesmos agora nós somos capazes de modificar de intervir de modificar de desenhar de programar os componentes do nosso próprio ser orgânico do nosso próprio aparato cognitivo e não se trata mais de próteses para agir sobre a exterioridade facas e pedras lanças é laços cestos agir para fora não agora temos capacidade de agir internamente todas essas camadas que eu fui a lutando né que eu fui mostrando de transformações da relação do humano com tecnologias elas nenhuma delas morreu nós continuamos falando nós continuamos escrevendo publicando livros os livros estão não apenas
no papel mas hoje estão em meios digitais por aí dá para a gente perceber o quanto nós somos inseparáveis desta existência tecnológica então maneira que hoje começo da nossa época século 20 e nós olhamos para o mundo e constatamos que o conjunto da nossa atividade toda atividade dos 7 6 bilhões de pessoas hoje afeta o mundo natural de uma forma extremamente significativo Oi hoje todos nós dependemos para viver de que é o sistema não caia né a gente tinha antigamente queria derrubar o sistema agora por favor sistema não cai porque o sistema caiu o hospital
para é o ônibus para Cidade para tudo para não é uma dependência é um vínculo indissolúvel entre a sensibilidade humana vida humana a inteligência humana e esses prolongamentos que o ser humano vai criando e que vão e dilatando a sua presença na biosfera em cada vez mais nós temos esses e o fosse anos a nossa volta e nós não somos capazes com a cognição desarmada de tocar som da agir sobre esse nível concreto de realidade que hoje é constitutivo nosso pendência de mundo o que importa é não há mais humano ali pré-definido né a que
não possa ter a sua natureza é transformado a decisão sujeito-objeto cada vez mais o mundo enriquecido de seres com os quais nós somos capazes de dialogar e o no horizonte próximo e próximo eu quero dizer 10 20 anos eventualmente vão surgir inteligências artificiais dispositivos do Otávio de uma razão sintética capaz de dialogar conosco de igual para igual ou quem sabe nos ensinar alguma coisa eu tento a partir desta Nova Era que nós estamos já enfrentando que a era da Inteligência Artificial do Big deitar da internet das coisas nós já estamos entrando numa segunda era o
que eu chamo de Neo mano do pós-humano ao Nelma a necessidade que esta Nova Era da Inteligência Artificial está colocando para nós de repensar novamente e continuar mente aquilo que nós chamamos de uma e E aí [Música] E aí [Música] E aí