The Best Açaí: de uma loja a conglomerado com fábrica própria

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Do Zero ao Topo
Enquanto cursava engenharia, Sérgio Kendy foi visitar o pai e a dupla acabou em uma loja de açaí. Ke...
Video Transcript:
A gente montou uma loja que era, qual que era o diferencial? Pô, produto, self service, modelo, tudo mais. E também o design da loja também era um diferencial. Acho que a gente, talvez por ser jovem e ser engenheiro, não arquiteto, mas engenheiro, então a gente queria fazer algo um pouquinho diferente. A gente falou: "Meu, a gente tem que criar algo que foge do padrão". O primeiro ano nosso, a gente tinha uma unidade, mas a gente fechou 2024 agora com 500 em operação e vendidas 900 lojas. Agora a gente tá com 937 lojas vendidas e com
640 em operação. A nossa história é forjada assim, informada por vários momentos difíceis, porque a gente cresce muita franqueadora e tem que dar um jeito, né? Porque assim, imagina, você tem uma empresa que ela tem 100 pessoas, aí você tem que dobrar para 200 pessoas em um ano. Como é que você faz com que novas 100 pessoas agora conheçam os processos, entenda a cultura, entenda como é que funciona o negócio e tipo em um ano? Você com certeza já viu alguém transformando fruta em suco, em doce, em torta, mas há quem transforme fruta em ouro.
O mercado de açaí, que antes movimentava apenas o setor de academias e praias, agora já fatura bilhões de reais no Brasil e no mundo. E três amigos de Londrina viram nessa fruta uma oportunidade de negócios. Os três amigos Sérgio Kendy, Mateus Bragato e Mateus Queirozaram as economias e com R$ 15.000 fundaram a The Best Açaí em Londrina, no Paraná, sem saber que muitos anos depois eles estariam à frente de um negócio com faturamento bilionário. Quem veio contar a história da empresa e de todos os seus desafios foi o Sérgio Kendy. Eu sou a Mária Amaro,
roteirista e apresentadora. E este aqui é o do Zero ao Topo, o programa que conta as histórias e os desafios dos homens e mulheres por trás das grandes empresas do Brasil. Se você tá assistindo a gente pelo YouTube, se inscreve no nosso canal se ainda não for inscrito. Se você tiver ouvindo a gente no seu agregador de podcasts favorito, você também pode seguir a gente por aí. Agora vamos pra história de hoje. Você já percebeu que a energia é a base da sua rotina? Energia não é só mais uma conta no fim do mês, é
uma oportunidade diária e o novo pilar estratégico de todas as grandes empresas do país. Prazer, nós somos a Matrix Energia. Há 10 anos fazendo a energia trabalhar a seu favor e do seu negócio. Somos uma plataforma completa com soluções de energia para todos. Diminuir o custo com energia é mais do que uma possibilidade. É o jeito mais fácil de fazer seu dinheiro render. Já geramos mais de 1.hão600 milhões de reais de economia para nossos mais de 10.000 consumidores que ganham novas possibilidades a cada mês que economizam com a gente. E queremos que você também pague
menos pela energia que você já consome, mais economia para dar luz aos seus planos. Essa é a nossa energia e queremos ser a sua melhor escolha. Expandimos nossa energia para potencializar a sua Matrix, a energia que te [Música] movimenta. Obrigada, Sérgio, por ter aceitado o convite para vir aqui hoje no Zerotopo para contar um pouco da sua história, um pouco da história da empresa que você fundou. Obrigado. Eu sou super fã do programa, já escutei vários podcasts já e pra gente, para mim é uma honra estar aqui falar um pouquinho da nossa história, um pouquinho
da marca. Que bacana. Mas antes de começar a história da empresa, eu quero saber um pouco da sua história, porque eu, pela pesquisa que eu fiz, eu soube que você não nasceu no Brasil, você nasceu no Japão e veio para cá ainda criança, certo? Como que foi isso? Como que isso aconteceu? Sim. Eh, meu, a minha mãe, né, ela é japonesa, né? Então, a minha família da minha parte materna são do Japão e meu pai é brasileiro. E minha mãe, quando acho que ela tinha 20 anos, ela foi pro Japão para tentar construir a vida
dela lá, né? Trabalhar, como várias pessoas fizeram isso, brasileiras foram pro Japão naquela época de ã 90, né? Enfim. E eu nasci lá em 93, nasci em Hiroshima. E aí quando eu tinha 4 anos, eu vim pro Brasil porque meus pais precisavam juntar mais dinheiro e aí deixaram eu com os avós. Aí eu vim tinha 4 anos de idade e aí eu fui criado com a avó até uns 10 anos de idade. E veio só você? Então seus pais não vieram? Não, eles ficaram lá. E aí depois hoje meus pais são separados, depois eles separaram
no meio da minha infância também. Então tive uma infância meio conturbada assim. Eh, e eu morei com com a minha avó paterna até, acho que uns 8 anos. Depois eu morei com a minha avó materna até uns 12. Aí depois meu pai voltou do Japão e eu comecei a morar com ele, fiquei com ele até uns 17. Foi bem conturbado esse momento, realmente. Como que foi para você essa adaptação toda? Ah, eu acho que eu acabei me acostumando assim. Acho que eu tenho algumas ah algumas sequelas, né, vamos dizer assim, dessa história minha, mas eu
ah, eu lembro assim que minha mãe, ela vinha pro pro Brasil a cada 4 anos e aí ela vinha, ela ficava tipo duas semanas, três semanas no Brasil para ficar junto comigo. Ficava um mês assim, dependendo da época. E eu lembro que ela tinha que ir embora até sem me avisar, porque se ela falasse para mim quando que ela ia embora, tipo, eu ficava chorando muito e ficava doente pro hospital. Então, foi uma infância, mas assim, hoje tá tudo bem, mas eu lembro que era era difícil, mas eu tinha alguns benefícios também, né? Então assim,
como eu minha mãe morava no Japão, então tudo que tinha de videogame possível eu tinha quando era criança. Então, sei lá, eu tinha 10 videogames, né? Aquelas cartas de Pokémon, Yugi-Oho, tinha um monte de carta porque eu ganhava do do meu tio, ganhava da minha mãe, enfim. Então, sempre eu tinha tudo que tinha do mais moderno possível, eh, porque era do Japão, e mandava para mim. É o lado positivo dessa dessa infância cheia de de traumas também, mas quem não tem uma infância traumática, não é a minha também. Isso a me ajudou, talvez a construir
assim, acho que eu sempre fui muito independente, talvez por acostumar a ficar longe dos pais, né? ficar mudando, morando. Acho que tanto que eu saí de casa, tipo assim, fui paraa Londrina com 17 anos e meu super me virei sozinho, sem sei lá, sem passar perto, tem gente que vai embora da casa dos pais e quer voltar, né? Eu não, sempre quis ser independente o quanto antes, assim. Então, acho que ah, ajudou um pouco a formar um pouquinho, né, do do que eu sou hoje, né? Acho que eu tive sorte no meio do caminho também,
boas companhias, mas acho que não vejo como lado negativo. Acho que faz parte do processo. É, todas as coisas que a gente viveu acabam levando a gente pro caminho que a gente tá hoje. Então não tem muito como voltar atrás também para fazer diferente. Mas esse toda essa esse processo que você viveu até os 17 anos até ir pra Londrina foi um processo cheio de transformações para você e e de que forma que isso te ajudou na sua jornada empreendedora? Olha, eh, eu não sabia que eu sou empreendedor, tá? Eu não eu não tinha essa
essa história que a galera fala assim, ó, desde os 8 anos de idade eu já vendia biscoito na escola e já fazia isso. Eu não tinha isso quando era criança, assim. Eh, mas e eu tive muito uma coisa de, pô, se eu não fazer as coisas por mim mesmo, ninguém vai fazer. Então, meu pai sempre me cobrava do tipo, pô, você pode fazer o que você quiser, mas você tem que fazer e tem que ser o melhor naquilo que você faz, assim, sabe? Então, acho que ele me trouxe muito disso. Ahã. Mas acho que que
a a grande lição principal assim que eu trago da minha infância é que quando, porque assim, eu era muito ruim, assim, eu passei numa faculdade pública que é engenharia civil, né? E eu era muito ruim assim na escola porque eu não dava foco, né? Eu não queria estudar e tudo mais, então era bem largado assim da das piores maneiras possíveis. E no segundo colegial eu fiz uma prova lá que era um eu estudava escola pública, né? né? Então, sempre fui de escola pública e aí no segundo coligal eu fiz uma prova que ganhava uma bolsa,
uma bicicleta e o notebook e tudo mais. Eu fiz uma prova e nunca tinha estudado e tirei uma nota super boa na prova. E aí aquilo meio que me reforçou positivamente. Meu pai falou assim, ó, tá vendo? Se você estudasse, você já você ganha, porque eu queria ser jogador de futebol quando era criança, né? Toda criança tem esse sonho. Aí ele falou: "Você teria muito mais sucesso do que tentando na parte do futebol. Então, meu, você deveria se dedicar nisso. E aí eu comecei a estudar, comecei a fazer cursinho, fiz cum, fiz um monte de
coisa, virai depois professor de matemática no comon com 17 anos. E aí eu comecei a me desenvolver e comecei a perceber que tudo que eu queria, se eu me dedicasse bastante, eu conseguiria. E aí eu passei numa faculdade pública que era super difícil, super concorrida e tudo mais, enfim. Então acho que minha infância ela me mostrou isso assim, sabe? Eu aprendi rápido que as coisas que a gente quer na vida, a gente batalhar bastante, com vontade mesmo, com perseverança, acontece. Então isso me moldou total no começo. E na faculdade você acabou conhecendo os seus dois
sócios. Sim. Como foi esse processo para vocês se identificarem, ficarem amigos na faculdade e decidirem criar um negócio que não tinha muita relação com o curso que vocês estavam fazendo? Sim. Bom, eh, o Mateus Queiroz e o Mateus Bragato, né? É, a gente sempre foi da da mesma sala, só que a gente era do mesmo grupo, então a gente tava tinha algumas coincidências assim, né? Então, ah, primeiro eu sou de Maria, São Paulo, e o Mateus Bragata é de Garça, São Paulo. São cidades bem próximas, é tipo 20 km. Se a gente morava em Londrina,
que é 200 km, então a gente já tinha já essa proximidade, eu e ele, por est de uma região próxima, né, em outra cidade, não conhecer e tudo mais. E o Mateus Queiroz, ele era do mesmo grupo nosso. Então, assim, as pessoas falam: "Meu, como é que é a relação de vocês? vocês brigam muito e falo meu tudo que a gente tinha para brigar, a gente acho que brigou durante a faculdade, porque a gente fazia trabalho em conjunto, né? Então imagina na faculdade sempre tem aquelas historinhas de que um faz mais que o outro, outro
faz menos, que tal pessoal sempre atrasa tal tarefa e tudo mais. Então a gente tinha a essa convivência já na faculdade e a gente e isso tinha uma, a gente já sabe já, pô, eu sei o que que eu falo pro Queroz que cutuca ele, que incomoda, o que que ele me fala, ele sabe também e assim por diante. Então a gente se dá muito bem. Eu acho que a gente aprendeu a se complementar, acho que a gente não era complementar no começo, mas acho que a gente olhou um para cada um depois ao longo
do caminho, falou: "Meu, eh, você é melhor nisso, esse aqui é melhor nisso daqui e eu sou melhor nisso." Então, vamos dividir assim e a gente acha que tem uma uma boa comunicação. E é é a história é legal, né? Porque assim, eles não foram ah escolhidos a princípio assim, não, vou fazer um negócio e eu vou montar com esses dois. Não foi assim a história, né? A história foi que eu estava em Marília no final de semana e e aí eu fui visitar na o meu pai no final de semana, foi almoçar na casa
dele, passei numa loja de açaí antes de ir pra casa dele. Quando eu cheguei na na loja, eu vi que era um modelo self service, que era rápido, que era prático de montar. Falei: "Nossa, cara, que negócio legal". e fui lá na casa do meu pai almoçar e contei para ele a a loja que eu visitei. Ele falou assim: "Meu, eu conheço pessoal que montou a loja, eh, eles querem franquear, por que que você não monta uma franquia deles em Londrina, né?" Só que assim, eu não tinha dinheiro, né? Tava na no último ano de
faculdade e o pai falou isso para mim assim, mas só que quando eu fui na loja, eu olhei que o freezer, assim, eu vi as caixas de açaí, não era da marca da loja deles, era uma outra marca. E aí eu falei assim: "Pai, eh, mas por que que eu vou comprar a franquia deles?" Porque eu achei a loja não tão bonita assim, eu só achei modelo de negócio legal. Eh, achei a loja meio feia assim, não gostei do modelo e eles não, eles nem tem o produto, eles compram e revendem, né? Vou fazer o
que com a franquia deles? Aí, tipo, meio que provocando ele assim, ele meio que falou assim: "É, já que você é o bonzão, consegue fazer, então então vai lá e faz o seu, né?" E falou assim, na brincadeira. E aí eu voltei de María, com esse Navar um monte de amigo porque, tipo, não tinha eh dinheiro, né? Então, e e na época eu falei assim que antes de ligar para um monte de amigo, eu liguei pra minha mãe, falei assim, porque minha mãe morava no Japão ainda, né? Hoje ela hoje ela tá no Brasil, mas
eu morava no Japão. Falei assim: "Mãe, eh, tive uma ideia, quero montar um negócio de açaí assim, assim, assado aqui em Londrina. E a minha mãe naquela época o meu curso era integral, então eu estudava tipo das 7:30 da manhã até às vezes 10 horas, 10:30 da noite na na e aí ela me ajudava pagando meu aluguel. E ela falou assim, eu falei assim: "Mãe, preciso, quero montar, preciso de dinheiro, preciso de R$ 20.000". Falei para ela. Ela falou assim: "Meu, você tá de brincadeira comigo. Você tá no último ano de faculdade de engenharia civil,
faculdade pública. Eu tô aqui te ajudando você pagar a faculdade, tudo mais." Mas era pública, mas ava com as despesas todas, né? Com as despesas. E agora como não gosto de açair, né? Aí eu falei assim: "Mãe, então que eu tive a ideia agora e tudo mais?" Ela falou: "Meu, você tá de brincadeira comigo. Eu não vou te dar R$ 1, até porque eu não tenho, mas assim, se você quiser mesmo, é melhor". Ela me falou isso, assim, isso me ficou muito na cabeça. É melhor você dividir com quatro, cinco pessoas que seja e você
ter um negócio do que você ficar com a ideia sozinha e não acontecer. E aí nisso eu comecei a ligar para um monte de amigo e aí uns ah não quero, não tô no momento agora, tô no último ano faculdade, vou entrar em tal empresa e não sei que e tudo mais. E aí sobrou, né? Meio que os dois se interessaram por idas e vindas ali. E aí juntamos os três e montamos a a primeira loja ali. Então tipo, não foi assim, eh, meu, a gente vai ser sócio desde o começo, não. Foi uma uma
um acaso, né? Aí acabou depois dando muito certo ali no ao longo da história. E como que vocês dividiram nesse começo? Vocês juntaram as economias de cada um, colocaram ali, fizeram um plano de negócios. Como foram essas primeiras etapas até a abertura da loja em Londrina? Isso então essa história é é super emblemática, a gente sempre conta ela porque assim, hoje é um negócio super relevante, mas a gente começou a empresa com R$ 15.000, né? Então R$ 15.000 no total. Tem gente que acha que era R$ 15.000 de cada um, não foi R$ 15.000 no
total. Então eu tinha na época eu tinha uns R$ 4.000 e pouquinhos e da onde que era meu esse meu dinheiro? Na faculdade eu tentava empreender de algumas maneiras assim porque a partir do terceiro ano eu começava a vender relógio na faculdade e enfim. E aí depois eu comecei, eu montei meio que uma empresa de passe de amendoim. Então eu comprava pão em Marília, que era um polo grande de alimentação, tudo mais, e levava até Londrina e vendia nas academias, as as vendia, sei lá, nos barzinhos assim, vendia dentro da sala de aula. Então fazia
uns post de página diminuirin e vendia pro pessoal e também vendia paçoca junto porque a mesma fábrica que faz a pasta faz a paçoca. E aí eu vendia nos pontos ali de venda ali. Então era meu capital de giro que eu tinha que tinha juntado, que era minha renda extra ali. E aí eu tinha uns R$ 4.000 e pouquinhos. Aí o Mateus Queiroz ele não tinha nada. Mas ele tinha uma tia. Aí a tia emprestou para ele R$ 5.000. E o Mateus Bragato, assim, ele era o mais assim de desprovido financeiramente, vamos dizer assim, né,
no termo técnico bonito. Eh, porque ele não tinha nenhum real, não tinha nada. E ele não não poderia falar para ninguém que ele ia que ele ia empreender, porque assim, ele ia ser pai depois de 4 meses. Então o hoje o Dudu, né, Dudu tava para nascer tipo 4 meses depois que a loja inaugura e assim o pai dele já tava já não tava tão contente com a situação, porque ele tava no último ano de faculdade e já ser pai e não tava com a vida ainda meio que nos caminhos ainda, né? E aí o
E também não tinha uma tia como o outro Mateus, né? É. E ele acho que assim, o pai também tem uma uma história super uma família humilde também. É, o pai dele sempre foi, é, trabalhava com transporte escolar e tudo mais. E aí ele pegou, que dele é o mais louco ainda, que ele pegou um cartão de crédito do Nubank do amigo que morava junto com ele emprestado. Ele emprestou R$ 2800, aí ele pegou mais R$ 1.000 no banco e deu lá a parte dele e comprou o freezer usado, LX. Então a gente começou um
negócio assim com R$ 15.000 assim meio que juntando as migalhas que tinha ali. E a gente comprou um freezerzinho do OLX usado, comprou uma geladeira de R$ 300, tinha 4 meses de madeira. A decoração da loja era, sabe aqueles caixotes de madeira de fruta que a gente pegou no CAS, aquele caixote lixou, pintou e pendurou nas paredes ali. Então era a decoração da loja, tudo simples, né? Tinha quatro mesinhas, um freezerzinho e 20 caixas de açaí. E assim a gente começou. A divisão na época, assim, não existia divisão, né? É, faz o que tem que
fazer. Então, a gente trabalhava na operação, assim, tipo, a gente ficou na operação na loja trabalhando por 3 anos, né? Então, hoje é uma outra estrutura, hoje a empresa já tem mais de 500 colaboradores e vem outro tamanho de negócio, mas quando a gente começou isso faz 7 anos, né? Eh, é, foi rápido, né? Eu sei que foi rápido, mas e a gente fazia tudo, cortava morango, atendia cliente, enfim. E aí depois foi evoluindo os processos e hoje a gente ia ter uma boa divisão de como que é cada um faz cada atividade diferente da
outra, tudo mais, mas no começo é faz o que tem que fazer, né? Acho que a gente tinha a visão de vamos economizar o máximo possível com mão de obra, porque a mão de obra a gente consegue fazer, então vamos trabalhar o máximo que dá. A gente não tinha salário, tudo que sobrava do nosso dinheiro ali, a gente colocava a mais para revestir. Então a gente comprava mais mesa, comprava mais cadeira, comprava mais estoque, né? E o nosso plano de negócio, né? que você perguntou? Eu acho isso super uma pergunta super inteligente, porque às vezes
as pessoas elas começam um negócio, eu vejo que o erro tá ali, que ela começa um negócio sem ela ter um plano de negócio, né? E às vezes um plano de negócio não precisa ser, pô, uma um Excel, uma planilha gigantesca com várias informações para quem sabe vender. Não precisa disso, né? Acho que ela precisa saber assim, pô, quanto que eu tenho que vender por dia? Quanto que é os meus custos para a empresa empatar? Quanto que para mim gerar de lucro, né? É o que acontece com esses, é uma planilinha bem simples, né, que
às vezes pode ser até um caderno ali, você pode fazer, né? E acho que a gente, por ser engenheiro, a gente sempre foi muito racional. Então, a gente tinha já nosso plano de negócio era nós precisamos de 20 clientes por dia gastando R$ 20 na loja. Se gastarem R$ 20 com 20 clientes por dia, a gente paga as contas. Tudo que vem a mais vai ser o lucro nosso. Então, a gente não tinha uma pretensão, não era para ser uma uma rede, uma marca grande. Então, a gente só tinha um modelo de negócio que era
para empatar. Então, a gente tinha esse ah esse luxo de não precisar gerar tanto lucro no começo, né? Eh, então a gente tinha esse esse modelo de negócio, a gente tinha um ponto que ficava perto da faculdade, então passava muito estudante, a gente falou: "Meu, é impossível não vender aqui 20 a sair por dia de R$ 20". E aí a gente começou assim e aí foi tracionando a gente de pouquinho em pouquinho. Aí depois a gente foi aprendendo, foi estruturando e foi virando a franquadoura, né? Uhum. Mas quando vocês montaram o negócio de vocês, já
existia bastante loja vendendo a sair da mesma forma, do mesmo formato que vocês. Qual foi o diferencial competitivo que vocês tiveram que fez essa diferença para vocês chegarem onde vocês estão hoje? Legal. Então, quando a gente começou 2017, eu lembro que assim, quando eu fui apresentar a proposta pro Mateus Queiroz da ideia do açaí, eh, ele falou: "Meu, açaí 2017, né? Açaí, açaí já foi, cara. A saí, porque o boom aconteceu em 2012, 2013, né? Aí ele falou: "Meu, aí já foi, que hoje em dia já não é mais novidade, isso aí agora já virou
carne de vaca, já todo lugar tem gosto de açaí e meu, sei lá, eu não quero não, tudo mais". Eu falei assim: "Calma, calma que eu vou te falar porque é bom o negócio". E o que que tinha na época, né? Existia o modelo tradicional de açaí, que é o quê? Você vai numa loja, uma loja geralmente que é roxo e verde, você pega um cardápio, aí você escolhe lá: "Ah, eu quero um copo de açaí com banana". morango, leite em pó e tudo mais. Custa um copo, sei lá, às vezes R$ 25 de 500
ml. Demora pra gente entregar o copo às vezes em 40 minutos. Aí entrega para você um copo e aí, sei lá, você fala: "Pô, veio menos banana do que eu queria ou veio muita ou veio faltando tal coisa ou demorou". Enfim, um processo totalmente que não tem eficiência, que eu acho que não não traz uma acessibilidade pro público ali porque demora. Então, negócio que ou era na tigela, que você pega aquelas tigelas, a galera entrega na mesa, enfim. Eu falei, bom, o diferencial do Thebest tá que ele é self service, então isso não existia na
época, né? Hoje em dia tem algumas marcas que copiaram, mas eh a gente tinha uma infinidade de sabores de açaí, então começava por ali, porque açaí é um sabor só, é uma fruta, né? Mas a gente tinha combinações de açaí. Então a gente tem o açaí tradicional, o açaí zero açúcar, aí tem um açaí com banana, tem o açaí com morango, aí tem um açaí com chocolate branco, com chocolate preto, aí tem tipo açaí com pistache, né, que eu trouxe depois para vocês provarem. Enfim, então a gente tem infinidades de sabores de açaí que a
pessoa pode montar e depois ela coloca os toppings e ela pode pegar, sei lá, cinco bolas de açí, ela pode pegar uma tigela grande, pode pegar um pouquinho e ela pesa no final. Então é um processo que é muito rápido e e a pessoa chega na balança, pesa um preço super acessível. Então na época, qual que era o diferencial? Pô, esse monte de sabor de açaí, uma loja que é self service e um preço na balança, tipo, muito mais barato do que eu ir numa loja e pegar um copinho. Então isso fazia o grande diferencial
ali da própria marca. Tanto que a gente não tinha plano de mídia para divulgar marca, não era o próprio boca a boca ali que as pessoas iam comendo. Nossa, é muito bom, é barato, tudo mais, que começava a gerar o comércio ali na em volta da faculdade e começou a ficar famoso. Uhum. Mas como que sendo mais barato vocês conseguiam crescer? Então, qual que era a diferença que vocês faziam? Qual foi a conta que vocês fizeram que fez com que vocês pudessem servir um produto que fosse mais barato realmente, mas que acabasse gerando um lucro
para vocês? Então, aí qual que onde? Porque assim, tudo é matemática, né? Quando a gente olha para um negócio de sair desse modelo que é o copinho montado, ah, geralmente ele trabalha com custo de pessoas ali em torno de 25% sobre o faturamento. Então, sei lá, se uma loja fatura R$ 100.000, R$ 25.000 R seria a folha dela. Quando a gente olha pro nosso negócio, o nosso negócio fica em torno de 12 a 15%. Então, se a loja fatura R$ 100.000, a gente trabalha às vezes com 12 a R$ 15.000 de folha de pagamento, porque
a gente trabalha com menos pessoas, porque a operação da loja ela fica mais simples, né? Então a gente tem que só reabastecer, né? Ah, tanto os açaí, os sorvetes, os toppings e manter a loja organizada. Então a gente vende mais barato, mas a gente consegue ter eficiência operacional e ele a gente consegue focar realmente no que importa, que pô, na verdade o que a galera quer, não é que tem um copo montado, ela quer que tem um produto muito bom, prea acessível, um ambiente super legal, limpo, agradável, que seja moderno, seja, sei lá, instagramável, né?
Enfim, então a gente meio que só rebalanceou, né? O custo do produto para custo operacional de loja mais eficiente. Legal. E com isso vocês conseguiram crescer muito até o momento atual que vocês estão com faturamento milionário já de olho no primeiro bilhão, inclusive. Qual que é o tamanho atual da rede? Qual o panorama? Tá. Eh, deixa eu voltar um pouquinho pr pra galera saber, porque assim, não foi rápido assim, tá? Uhum. Tudo bem que a gente tem 7 anos, embora tenha sido apenas 7 anos. É, mas assim, para mim parece que foram uns 20 assim,
sabe? Eu sei que foi bem intenso esses 7 anos, mas assim, o primeiro ano nosso a gente tinha uma unidade, no segundo a gente foi aqui, na verdade, primeiro que a gente começou 2017, 2018 a gente tava com três unidades, então depois de um ano a gente tinha três. Aí depois 2000 19 a gente estava com 19 unidades. Já eram franquias. Já eram franquias. A partir da terceira loja começou a ser franquia. Ah, e aí depois foi 70. Aí depois começou a crescer rápido, foi 150, tudo mais. Aí, ah, depois foi 230, 221 e agora
que não vou lembrar os últimos anos agora exato o número cravado, mas a gente fechou 2024 agora com 500 lojas vendidas. Ah, aliás, 500 em operação e vendidas 900 lojas. Agora a gente tá com 937 lojas vendidas e com 640 em operação. Então a gente tem muita loja para implementar esse ano, né? E o faturamento nosso do ano passado, a gente deu o nome para ele de que a gente tinha uma meta no começo do ano que era o plano 777, né? que era faturar 777 milhões em um ano. Aí esse ano a gente vai
eh estourar a casa do umbi ali, provavelmente em outubro, em novembro ali. Aí a nossa projeção é chegar a umas 1200 lojas vendidas também. Então hoje virou uma empresa super grande com hoje de franquat a gente tem em torno de uns 350 franquatos, então cresceu muito rápido, né? Mas a nossa ideia não era quando a gente começou o Thebest, não era para ser uma franquia, né? Eh, foi foi acontecendo. A gente montou uma loja que era, qual que era o diferencial? Pô, produto, self service, modelo, tudo mais. E também o design da loja também era
um diferencial. Acho que a gente, talvez por ser jovem e ser engenheiro, não arquiteto, mas engenheiro, então a gente queria fazer algo um pouquinho diferente. A gente falou: "Meu, a gente tem que criar algo que foge do padrão". Porque você vai numa loja de açaí, geralmente é roxo, verde, você entra num lugar que é sair correndo, porque você fala: "Meu, não é um lugar que quero ficar". Então a gente queria criar algo que fosse mais moderno, que tivesse 2017 era novo esse termo, né? Instagramável. Hoje em dia é clichê, né? Mas a gente queria criar
algo diferente e tudo mais. E a gente foi lá e fez uma lógica que a fachada era preta, tinha uma parede tijolinho atrás, então tinha todo um design diferente da loja ali. E com isso a gente idealizou o modelo e as pessoas chegavam assim: "Pô, é franquia, né? Tipo, é franquia". A gente falava: "Não, não é loja própria". E aí começava a parecer a gente: "Pô, vocês estão pensando em franquear?" a gente falava, não, não era então a gente queria, no começo, a ideia nossa era ter cinco best e a gente ser engenheiro e ser
uma renda extra. Só começou a aparecer muita gente pedindo franquia, a gente falou: "Meu, vamos atrás e vamos entender que que é uma franquia, que que tem que ter." Aí a gente fez um trabalho, a gente não contratou consultoria de franquia, não contratou nada, a gente foi lá, nós mesmos formatamos a nossa franquia, entendemos o que que precisava ter numa franquia, qual que eram os diferenciais, porque eu acho que a gente tem um diferencial muito grande como negócio, eh, como modelo de negócio pro cliente final, mas também tem um diferencial muito grande também para um
franqueado, né? Que acho que isso que foi a gente vendeu 200 lojas sem divulgar nada para ninguém, era só no boca a boca, só as pessoas às vezes parava motorista. na estrada, meu, eu quero o telefone deles, eu quero comprar uma franquia, não consigo falar com ninguém. Então, motorista da estrada, às vezes vendia franquia. Então, a gente chegou 200 lojas assim, foi em 3 anos só no boca a boca ali, mas porque a gente criou uma franquia que geralmente uma franqueadora você fatura, sei lá, R$ 100.000, R você paga de royal em torno de 5%.
Então você paga R$ 5.000 de royals. Aí você paga mais fundo de propaganda, algo entre 2 a 3%. Então você paga às vezes tipo R$ 8.000 por mês entre royalts e fundo de propaganda. A gente falou assim: "Bom, ah, as franquias são mal vistas às vezes no mercado porque a galera fala o seguinte: "Ah, franquia só ganha dinheiro franqueador, que o franqueado vira um um funcionário de luxo do do franqueador e não sei quê". a gente falou: "Meu, a gente precisa criar algo que realmente o franqueado ganha muito dinheiro, porque se ele ganhar dinheiro, ele
vai montar mais lojas e aí a rede vai crescer mais rápido, né? Então vamos pensar em algo assim. E a gente foi lá e inventou um modelo que é um modelo que o Rits é fixo. Então a pessoa paga hoje R$ 1040 por mês, se faturar 100.000, 50.000, 150.000, então ela paga o mesmo valor fixo e fundo de propaganda também. Só que é onde a gente ganha dinheiro porque tem que ter alguma arrecadação pra franqueadora. A gente criou por trás uma indústria que ela fabrica todos os produtos da marca e distribui também as coisas que
ela não fabrica e a gente ganha dinheiro com a indústria por trás. Então, na verdade, hoje o nosso negócio ele é muito mais uma indústria onde de arrecadação de dinheiro do que necessariamente uma franqueadora. Só que diferente de uma indústria que ela precisa de, ah, sei lá, conseguir clientes, distribuidores, a gente é a própria distribuidora, a gente é a própria geração de demanda, né? Então a gente faz as lojas venderem bem e aí ela compra na indústria e aí vira um grande flywheel ali de vendas ali fácil pra gente. Então a gente que determina quanto
que a empresa vai crescer, né? Tipo assim, conforme a gente vai abrir o número de unidades, a gente sabe quanto que vai crescer a a indústria que é Madele, né? Enfim. Então são duas coisas que se retroalimentam, né? Mas voltando então um pouco, eh, Sérgio, a Debest açaí foi criada por três amigos, foi fundada por três amigos que queriam vender açaí. você, na verdade, queria mais comer, eu acho, mas queriam vender o açaí lá e vocês foram crescendo, se desenvolvendo até o momento que construíram uma indústria e fizeram, de certa forma, uma transição de um
comércio para uma indústria. Como que foi a construção dessa indústria? De onde veio a inspiração para isso também? E como vocês conseguiram investir numa indústria? Porque são valores completamente diferentes do que abrir um comércio. Sim. É quando a gente começou, lembra que a gente tinha R$ 15.000 e a gente não teve investimento de de mais ninguém, só teve a detia do Queiroz, R$ 5.000, né? Não teve nenhum banco que foi a primeira investidora anjo de vocês, a tia do Queiroz. É. E a gente e assim, por a gente ser três jovens, sei lá, de na
época a gente tinha 25, 26 anos, não tinha família com dinheiro, então a gente não tinha um, maneira de conseguir financiamento, né? Então a gente tudo que a gente fazia era sempre assim, o lucro que sobrava ali um pouquinho, a gente ia lá e montava uma outra loja e comprava. Lembra que a gente comprou o nosso primeiro transporte que foi uma Fiorino, que ela custava tipo R$ 17.000 R e ela foi pagar vista em dinheiro, tudo que a gente pegou da loja ali, um monte de nota de 20, chegou num comprador, falou: "Ó, tá aqui
uma sacola de dinheiro para pagar o Fiorin". Então foi tudo muito assim que não tinha recurso, né? E e aí quando a gente tava, acho que na quarta, na quinta loja, porque antes a gente comprava o açaí e revendia ele para para nossas lojas, né? Só que a gente tinha um problema muito grande que era a padronização. Então tinha horas que o açaí vinha bom, tinha horas que o açaí não vinha bom, então vinha às vezes sem sabor, enfim. Aí teve um dia que eu liguei pro pro dono da indústria, falei: "Ó, cara, chegou um
lote pra gente aqui que não tá legal, tá ruim, tá sem sabor e ele me respondeu assim: "Meu, é açaí é uma fruta e tem safra." E aí, às vezes a fruta tá boa, às vezes a fruta tá ruim. Então, o que tem é isso. Se você quiser ficar, tudo bem. Se não quiser, você pode me devolver. E aí eu quando eu vi aquilo, eu fiquei, mas assim, da cara, eu falei: "Meu, eles tem que dar um jeito de garantir, pô, você tem safra, então compra só no pico da safra, então, né? Onde a fruta
tá realmente na melhor no auge dela de sabor, de textura, de coloração e tudo mais, enfim. E eu falei: "Isso tem que dar um jeito, não posso ficar refém porque uma hora cliente vem aqui, fal: "Nossa, é muito bom, outro dia vem não é bom, né? Não dá". E aí a gente falou: "Bom, a gente precisa achar alguma maneira da gente conseguir ah sair disso". E aí a gente foi uma vez para Arapongas, que é uma cidade próxima de Londrina, e visitou um uma sorveteria que ela tinha uma fábrica, assim, era um sobrado, era uma
casa, na frente era uma loja e no fundo era uma indústria de sorvete. Só que era uma indústria assim, ah, devia ter lá seus 60 m², pequenininha assim, área de produção, só que ela fabricava muito sorvete naquele espacinho. E aí quando a gente entrou para conhecer, eu falei: "Cara, não é tão difícil fazer sorvete". Só que a gente não fazia ideia porque a gente era engenheiro civil, tem nada a ver com alimentação. Então a gente não sabia nem que sabia que, pô, vai o açaí, vai o leite em pó, mas não sabia os ingredientes que
vai, né? E e nem as máquinas que utilizavam. Então a gente entrou ali, estudou aqui, falou: "Nossa, caramba, isso aqui é genial, pequenininho e fabrica muita coisa". Vamos tentar fazer algo parecido? Aí a gente começou a ligar para um monte de fornecedor, de máquina, tudo mais. ligamos para fornecedores de de insumos, estudamos para caramba. A gente fez, sei lá, mais de porque a gente tinha um açaí que não era nosso, a gente queria fazer um que fosse especial. Falou assim: "Pô, esse aqui realmente é o The best, é o melhor". Então, a gente, na época
que a gente tava formulando as receitas, eu lembro que só do aceita tradicional a gente fez 47 receitas. Então a gente ficou por 2 meses e meio testando um monte de receita, trocando o açúcar e coloca aí um aroma diferente de guaraná, troca polpe, troca proporção, enfim, a gente fez várias receitas e achou um modelo ali de de receita. E a fábrica, a gente tinha uma fábrica que não era uma fábrica, ela teve investimento inicial na época tipo de R$ 25.000, R$ 30.000. Então era era uma máquina que ela fabricava, tipo, no dia inteiro 20
caixas de açaí. Então, a gente começava 7 horas da manhã, parava às vezes 10 horas da noite e fabricava 20 caixas de 10 L. Então, era uma caixa cada 50 minutos. Então, você pegava um balde assim, na verdade, imagina que tinha um liificador grande de inox, chegava os ingredientes lá dentro, a triturava, pegava num balde, jogava numa máquina, ficava batendo ali por 50 minutos, aí ela tirava uma caixa de açaí, aí depois jogava de novo nela e ficava batendo por mais 50 minutos. Então, era uma fábrica, uma mini fábrica, tipo, muito artesanal. Só que essa
fábrica, a nossa previsão ela ficar com ela assim por uns, pelo menos uns se meses. Ela durou tipo um mês e meio. Aí porque começou a crescer muita rede, começou a vender muito, a gente teve que trocar de lugar, aí comprar uma outra máquina e conseguiu um parcelamento com o fornecedor. Então foi assim muito no, foi crescendo a rede e foi tentando a de adaptar. Só que o nosso problema era que a gente nunca conseguia construir algo grande, porque a gente só tinha dinheiro para, tipo, construir aquilo ali, ó, para atender, tipo, 20 lojas, não
para atender 100 lojas. Então era sempre sofrido assim, sabe? sempre tipo, tentando colocar tipo o que sobrava para comprar uma máquina diferente, comprar um negocinho diferente. Então, mas foi construindo ali ao longo ao longo do tempo. E aí, desse passo de ir construindo com a máquina ali a cada 50 minutos para a Amadell, que é a fábrica que vocês têm hoje, qual que foi esse salto na história? Ah, então é surreal, né? Porque assim, a gente fazer uma caixa cada 50 minutos, hoje a gente faz uma caixa cada 5 segundos. Então, tipo, a gente fabricava
no dia 20 caixas, hoje a gente fabrica no dia algo em torno de quase 6000 caixas de açaí sorvete. Então, a gente foi aprendendo. Eu acho que uma coisa que a gente muito sempre fez desde o começo, ah, é visitar, né, os concorrentes, né, mas assim, sempre na boa intenção de trocar experiência mesmo, né? Então, a gente fazer bem mark, né? É, fazia market. Então a gente, meu, rodava muita fábrica de sorvete sair para aprender, porque a gente não tinha esse background de indústria, nem de sorvete, porque geralmente as pessoas assim, ah, meu pai fabricava
sorvete faz não sei quanto tempo da família, aí eu comecei a montar uma fabricazinha, aí ficou grande. Agora a gente não tinha nenhum tipo de background, só que ao mesmo tempo era bom porque a gente enxergava o mercado com assim e meio que fora da caixa, né? Todo mundo fazia de uma maneira e falando por quê, né? se assim é mais eficiente, assim é mais barato, assim que nem todo mundo fabrica picolé, só que tipo picolé é a indústria que é mais cara, que dá mais trabalho e onde pra loja quando a gente olha dá
menos margem porque é um ticket médio muito mais baixo. Então a gente consegue ter uma indústria hoje gigantesca, só que ela fabrica, tipo, no espaço que às vezes uma fábrica de picolé fabricaria 1/3 que a gente faz ali, porque começa só caixas de açaí, ela é muito eficiente, né, em quantidade, em volume e tudo mais. Então, hoje a gente eh foi aprendendo ao longo do caminho, né? Mas a gente conseguiu uma eficiência, talvez por esse lugar analítico, né? Enfim, acho que aia traz um pouquinho disso pra gente, né? Então, Sérgio, mas vocês têm hoje a
Amadelli, mas vocês também abriram outras frentes de negócio, certo? Quais são essas outras frentes? Vocês viraram uma holding também? Sim. É, hoje a gente dá o nome de grupo de Best porque vem da franquia do The Best, né? Mas a a nossa ideia o que que era? falou: "Bom, vamos construir algo que ele meio que circula em torno do que o Debes precisa, né? Então imagina, a gente tem hoje operando 640 lojas, tudo que a gente faz vezes 100 já é muita coisa". Então vamos falar assim, ó, uma loja consome, sei lá, de colher por
mês 15 caixas, vezes 100 já dá 1500 caixas, né? Ou dá 150 caixas. Aí você faz isso vezes 600, né? tipo, já dá um número muito relevante. Então, tudo que a gente consome hoje dentro do grupo é é um negócio assim absurdo assim. Geralmente as empresas param para atender só o debesch porque eh sei lá, geralmente as empresas que atendem a gente 40% 50% é the best. Então a gente começou a olhar tudo que ah a gente consegue criar um diferencial atrás que não é uma commodity, né? Então que nem a gente já teve já
lá atrás em 2020 a gente pensou em em fabricar as embalagens. Então, a gente comprou máquina da China importada de para fabricar embalagem, mas ah, não deu muito certo porque era um outro ramo, era super complexo e tudo mais. E depois a gente viu que era uma commodity que todo mundo tinha, então a gente não conseguia agregar diferencial e a gente ia ficar mais para ter do que geralmente para gerar um valor agregado pra marca. Então a gente falou: "Bom, vamos criar coisa onde a gente consegue gerar um valor diferencial". Então, pô, os nossos sorvetes,
a nossas saís, por que que são bons? Porque tá dentro de casa, né? Então, a gente conseguiu criar tipo uma receita exclusiva eh para sair, consegue lançar sabores exclusivos pra gente, consegue lançar sorvetes, a gente faz coisas que, tipo, ném faz, porque a gente foi premorando o processo ali. E aí depois a gente falou: "Bom, vamos agora criar uma distribuidora que agora tudo que a gente não não vende ou não fabrica, a gente vai vender pros franqueados comprando em atacado e revendendo pras lojas ali." Aí criamos a distribuidora que é faz parte da Madel também.
E agora a gente foi lá e lançou também, tá lançando, né, uma fábrica nossa de recheios. Então todos os toppings que vai no açaí, que nem o creme de avelã, creme de pistachea, a gente tem um creme de leitinho que, tipo, é tipo um chocolate branco com leite em pó, enfim, é bem gostoso. Então, a gente consome muito. A gente falou, bom, vamos colocar para dentro de casa também, porque a gente consegue criar diferencial também, ter mais controle sobre a cadeia, né, enfim. Então também lançamos também uma uma marca de recheios. É paralela a isso,
pô, a gente tem uma indústria, uma uma empresa de software dentro do grupo de BESTH. Então, por quê? Porque lá atrás, então tudo que a gente não conseguia ter, a gente foi fazendo da nossa maneira. Então, o sistema da loja tinha que ser rápido, porque assim, a gente atende num domingo em torno aí de e às vezes 700 clientes, uma loja normal, uma loja que às vezes vende muito, atende às vezes 2.000 clientes num dia. Então, tipo, é um cliente cada 30 segundos. É, é muita gente assim, sabe? aquelas filas que, tipo assim, vira quarteirão,
dá a galera na fila aí para tomar um açaí. E o sistema era lento que tinha na época e era caro também pra gente, porque a gente nosso de franquia sempre foi uma franquia que a gente tinha custos baixos. A gente falou: "Meu, é caro e é lento, então vamos construir o nosso". Aí o Mateus Queiroz, que a gente fala que é o nosso Steve Jobs, foi lá, não sabia programação, aprendeu, montou um time de tecnologia, enfim. Então hoje todo o sistema da franqueadora ele é feito pela gente. Então do PDV até o RP lá
que a gente comanda tudo que vai pras lojas, os pedidos. Então franqueada entra no celular, compra tudo que ele quer, chega na porta da loja, enfim. Então a logística também não não tinha empresa que entregavam a nível nacional a sair sorvete congelado. Então a gente teve que ir lá e construir a nossa própria empresa de logística. Então a gente construiu dentro da Madita uma empresa que tem mais de 50 caminhões que entregam no Brasil inteiro, né? Então, a gente foi permeando tudo que tá em volta do do best para construir outros negócios, né, ao ponto
de a loja virar um negócio eh lógico importante dentro do ecossistema, mas não é mais o principal negócio. É, na verdade assim, eh, é o principal negócio, né? Porque tudo gira em torno dele, é tudo, tudo, tudo traciona pelo Thebest, né? Mas aonde dá mais receita pra gente hoje não é a franqueadora em si, né? Porque a franqueadora ela recebe royaltanquia e tudo mais, mas é algo que a gente não não não olha com uma receita, né? A gente olha como receita realmente tudo que a Madell vende pras lojas, né? Então a Madeli, as lojas
traz vendas e a Madelia fornece, né? E onde tá o grande gerador de receita, tá na Madellia, na indústria. Uhum. E a Madelia hoje é responsável por qual percentual do do faturamento de vocês? Ah, hoje do desse projetado que eu falei de um bi e pouquinho vai dar em torno de uns 35%. Cresceu muito, né? De quando ela foi criada ali, 200%. Ah, não, muito mais, né? Porque se a gente pegar, sei lá, a ela tinha quando tinha 20 lojas que faturava algo em torno de 40.000 por mês, 50.000 por mês nessa época, a indústria,
né? Hoje a gente fatura mês em torno de 28 milhões, né? Então não dá nem para falar, acho que não tem nem esse número porque acho que prefiro olhar contra, mas nos últimos anos, né? Eh, acho que todos os anos, assim, a gente foi, a não ser do do primeiro pro segundo que a gente foi de uma para 20 lojas. Depois a gente foi de 20 para 70, mais que dobrou, mas depois a gente foi sempre dobrando o número da rede. Então dobrar de 70 para 140 já é difícil, né? Aí depois a gente foi
para 300, aí depois a gente foi para 500, né? Então todo ano a gente vem dobrando. Então a madeira nos últimos dois anos consecutivos ela dobrou o faturamento ali dela também, porque a rede dobrou, então ela dobra em conjunto, né? E vocês já estão com um pezinho em expansão internacional também? Já a gente começou ano passado, nossa primeira loja internacional, a gente começou no Paraguai, né? Então hoje a gente tá com seis unidades operando lá e tá indo super bem. Acho que é um é um país que ah talvez o o brasileiro não conhece tanto
assim, mas às vezes acho que conhece, né? Porque mais eu que sou do Paraná e tem um, a galera tem um costume de ir pra Foz e ir lá pra pra cidade de leste ali para comprar as luamas ali, os eletrônicos, tudo mais, né? Então a gente, a gente tem a referência que o Paraguai é aquilo ali, né? Mas o Paraguai é um país que tem um um poder, é aquisitivo de compra, né? Então a galera come muito fora de casa e meu e aceitaram muito bem o nosso produto. Então as lojas estão vendendo mais
até no Brasil, assim, a média, né? Então tudo bem que tem poucas lojas ainda, mas tá indo super bem e pra gente é um é um grande case assim de de expansão internacional nosso e tá dando certo. E como que vocês se dividem hoje internamente? você e os dois, Mateus. Aham. Eh, então, antes era assim, cada um fazia um pouquinho de cada coisa, né? Hoje a gente começou a olhar assim, o que que cada um é melhor no que faz, né? E vamos dividir a empresa ali para cuidar. Então, o Mateus Queiroz, que a gente
fala que é o nosso Steve Jobs, né? ele, mas tem muito mais a ver com a parte de tecnologia que a gente brinca nesse aspecto. Eh, mas ele cuida da parte que é tudo que é make office ali. Então, pô, financeiro fica sobre a gestão dele, né? Lógico, tem os RS de cada área, mas a gente chama de VIP, que é os diretores de de cada área. Então, assim, quem dá a resposta final daquela área, no caso, seria ele. Então, financeiro fica com ele, RH fica com ele, ã, tecnologia fica com ele, né? Então tudo
que é área mais backfice fica com ele ali. O Bragato, ele cuida talvez acho que do principal, do mais desafiador que a indústria, né? Então a indústria tem PCP, que é o programa de de planejamento nosso de produção, tem a compra da indústria, tem a distribuidora que entrega pras lojas que é Madele, tem a logística que é os caminhões, enfim. Então Bragado tem as obras também que acontec na indústria, porque hoje você vai visitar a fábrica, ela permanece em obras, já faz, sei lá, uns 4 anos já que ela não sai de obras, porque tem
que estar sempre expandindo, porque senão não dá conta de acompanhar a rede. E eu fico com a com a parte mais comercial, né? Então eu sou o que mais coloca a cara, né? O que mais fala com com os franqueados, né? Então eu cuido da parte de expansão de novas unidades, cuido da parte da franqueadora, cuido da parte de novos produtos e cuido da parte do marketing também. Então fica sobre pra minha ala. Então a gente dividiu os três ali, mas assim, no dia a dia eu dou pitaco no financeiro, é o Bragada Pitaco no
marketing, só que a gente lógico que se respeita tipo a até onde é o Pitaco, né? O Pitaco fica só entre nós três, né? Mas quem toma as decisões é cada um no seu quadradinho ali, porque senão realmente fica, porque a gente tem pelo menos umas quatro empresas dentro do mesmo negócio, né? Então é muita gente, né? Só de líderes hoje, de hats, a gente tem hoje 17, né? Então a gente tem 17 grandes áreas que tem líderes ali responsáveis que cuidam de um time às vezes de 20, de 30, de 50 pessoas. Tem time
até de 200 pessoas, né? Tipo da logística é um time gigantesco e enfim com o Bragato também. Então a gente foi dividindo assim para para focar mais no que importa ali dentro de cada área, né? E voltando na história lá atrás, vocês chegaram a terminar a faculdade ou o negócio deu tão certo que acabaram abandonando ali pro desespero dos pais? Se eu não terminasse a faculdade, minha mãe acho que ela ia sair do Japão e ia me puxar pelos cabelos assim, né? Você vai acabar a faculdade? Sim. Mas a gente terminou, a gente tava no
TCC, né? E ainda a minha mãe na época que eu não contei o detalhe, mas assim foi bem emblemático. Eu sempre conto isso. Ela fala toda vez você fica falando essa história pros outros, né? Ela fica e vai falar de novo aqui. É, e eu vou falar de novo porque assim, quando quando liguei para ela para falar da ideia, ela ficou muito brava, né? Eu falei, né? Ficou muito brava e ela ficou sem falar comigo por três meses que ela ficou tipo muito pé da vida assim, sabe? E aí hoje ela tem três lojas, né?
Ah, olha só, parece que o jogo virou, né? Exatamente, o jogo virou. É, ela saiu do Japão, ela veio para cuidar de uma loja que a gente montou para ela, depois ela montou mais duas lojas, enfim, hoje ela é super empreendedora, tem as lojas dela, enfim. Então, e é legal, né, assim, a família inteira acabou tendo loja porque a gente encontrou uma maneira que as pessoas, porque acho que o grande diferencial do best assim, lógico, tá nos produtos, tá na na marca que a gente foi construindo, mas com o modelo de negócio é que ele
é um negócio que ele é fácil de operar. Então, quando a gente compara, sei lá, com uma hamburgueria, né? A hamburgueria trabalha com às vezes com oito, nove pessoas dentro da hamburgueria, né? Tem eh profissões dentro da hamburgueria que às vezes é muito difícil de encontrar, tipo o cara que fica na chapa, né? O chapeiro. Às vezes tem que preparar muita coisa dentro da loja também, tem que preparar as maioneses, os molhos, enfim, fazer a carne, é um negócio que é muito mais difícil do que uma, porque na verdade a gente chama aí que uma
sorveteria, né, que trabalha com açaí. Então o nosso vem tudo congelado, vem pronto pro franqueado, né? Então as caixas vem congeladas, vem todos os toppings prontos também da indústria também. E o franqueado, ele só vai abrir, colocar na frente para fazer reposição, vai fazer um bom atendimento na ponta e fazer a gestão da loja ali. E como a gente que faz o marketing, porque assim, um diferencial nosso, geralmente as franqueadoras elas deixam cada franqueado ir lá fazer o seu próprio marketing. Só que eu vejo que isso é um é uma é um erro. Por quê?
Ah, o franqueado geralmente ele não tem noção de que que é fazer um bom marketing. Ele não sabe. E ele não é obrigado a saber que nem minha mãe, ela não sabe o Instagram e ela não precisa para ser uma boa franqueada a nossa porque toda geração de demanda quem faz é a gente com marca, como franqueadora, como com os lançamentos. Então a gente faz todo o marketing local de cada loja lá no nosso nosso time de marketing interno lá. E aí a minha mãe, ela tem que fazer só o quê? Ela tem que só
ter uma boa gestão das pessoas que trabalham junto com ela, ter um controle ali dos produtos ali e tudo mais. e o financeiro dela, ela organizar minimamente ali. Só que até o financeiro ele acaba sendo meio que organizado pela gente, porque quem vende os produto pra loja é a gente. Então a gente vende no preço que a loja tem que pagar. Então a gente controla o preço de venda e o preço de compra para que a margem sobre exatamente aquilo que a gente fala, né? Então a gente escolhe o ponto pro franqueado. Ó, esse ponto
aqui é para você montar nessa região aqui vai dar certo que a previsão nossa de faturamento é isso. Então monta aqui. Então a gente meio que protege muito, dá muita informação, né? E vai aprendendo, vai melhorando conforme o caminho. Então vira um negócio que se torna muito simples, né? Então ele é muito escalável, né? Então é eh é bem comum assim o franqueado, ele entra, sei lá, em 2025, vai chegar em 2026, ele vai estar com três unidades, né? A gente tem franqueados que, tipo, em dois anos chegou a duas unidades, né? Então assim, tem
vários cases legais assim, porque é um negócio que é fácil, é escalável, é simples e tipo dá um bom retorno financeiro. Tem um payback de negócio muito rápido. Geralmente uma franquia trabalha com payback de 36, 48 meses. Então, geralmente em três a 4 anos a franquia se paga. O nosso negócio, a gente vende com um payback de 18 meses, então seria um ano, um ano e meio, só que na prática acaba acontecendo às vezes payback de 10 meses, 12 meses, então é muito rápido. Então geralmente a pessoa tá no sexto mês, já tá pensando montar
a próxima loja já, já ter um próximo ponto, enfim. Então é super escalável e tudo mais. E Sérgio a gente já tá chegando aqui no no na reta final da nossa conversa, mas antes de ir pro terceiro bloco, que é um bloco que eu faço perguntas um pouco mais rápidas, eu queria que você voltasse um pouquinho na sua história, lembrasse se teve algum momento ali que vocês pensaram que esse negócio não vai dar certo, vamos desistir, deixa para lá, vai cada um tocar sua vida e é isso aí. Olha, acho que a gente passou por
várias vezes ess todos os negócios, né? Tem esses momentos, esses momentos assim. Ah, mas eu acho que no começo, né, a gente passa pro, acho que todo empreendedor passa por uma fase que a gente fala que é a zona de arrebentação, né, onde fica quebrando as ondas o mar ali no comecinho, né? Então acho que no começo, nos nossos primeiros seis meses ali, nosso primeiro inverno, a gente não sabia muito bem o que que como é que era o mercado de sorvete, se depois do inverno volta a vender mesmo, né, quanto que cai. Então a
gente tinha vários medos ali e a gente achava que nosso negócio, porque assim, a nossa ideia não era ser a maior rede de franquia de açaí do Brasil, né? Ter 1000 lojas, enfim, não tinha essa pretensão, né? A gente queria só ter cinco unidades e ter um negócio a mais ali. Ã, mas no começo acho que a gente ficou com muita assim, pô, será que esse negócio porque antes ele funcionava porque a gente trabalhava de graça na operação. A gente falou, será que se colocar aqui para trabalhar funcionário vai funcionar tão bem? né? Vai dar
certo também. Então, acho que o primeiro seis meses ali foi um momento que a gente tinha dúvidas, né? Mas que a gente tem dificuldade. A gente tem dificuldade na quase sempre, né? Ainda mais acho que a nossa história ela é forjada assim, formada por vários momentos difíceis, porque a gente cresce muito a franqueadora e a a franquia, a a loja e tem que dar um jeito, né? Porque assim, imagina você tem uma empresa que ela tem 100 pessoas, aí você tem que dobrar para 200 pessoas em um ano. Como é que você faz com que
novas 100 pessoas agora conheçam os processos, entenda a cultura, entenda como é que funciona o negócio e tipo em um ano? Não dá para deixar a gente preparado em um ano, né? Pessoas geralmente são as maiores dores dos negócios. Aí depois chega em 200, aí você fala assim: "Nossa, agora o time tá bem montado, agora, agora foi." Aí você dobra de novo, aí chega a mais 200 pessoas. Aí você fala: "Nossa, e agora como é que eu faço?" Né? Aí de novo, 200 pessoas agora, porque agora é mais gente, né? É mais um trabalho, é
muito difícil de conseguir treinar as pessoas e ajustar. Aí depois dobra de novo, né? Então a gente teve, a gente começou o ano, a gente em dezembro a gente tava com 400 pessoas no no quadro. Quando foi final de janeiro, a gente estava com 550 pessoas, então em um mês entrou 150 novas pessoas dentro da empresa. Então isso é muito desafiador, né? como é que você consegue, tipo, que tantas pessoas assim aprendam os processos e cuidem do como se aquilo fosse dele mesmo, do da empresa, né? Enfim. Então, ah, eu acho que esse crescimento acelerado
nosso deixa várias sequelas no meio do caminho ali, né? Então, e como franqueados também, né? Porque é comum o franqueado quando ele entra também, quando ele vai comprar uma franquia, às vezes ele não acreditar, porque ele fala assim: "Meu, quando ele vem falar, fazer uma reunião às vezes com o time de vendas de expansão, ele vem por uma história que a nossa franquia fatura eh 90.000 por mês." Só que o mercado de sorvete ele fatura tipo em torno de R$ 30 a R$ 40.000 por mês. Então uma loja quando vende muito sorvete, ela fatura uns
40.000, 50.000 por mês. Quando a gente fala que é 80, a pessoa fala assim: "Meu, é mentira", né? Uma vez é uma matéria nossa. Aí eu vi as pessoas eh comentando assim na na que mentira que eu nunca vi sair de tudo isso, que fatora R$ 80.000 aqui nem ferrando que não sei quê. Aí tinha os franqueados lá na matéria comentando na resposta. É verdade, sim. Fatura tudo isso, fatura até mais. Guerra da internet. É, e ficava um monte de comentário porque a galera às vezes não acredita, né? Porque eu entendo isso mesmo. Hoje a
nossa média de faturamento assim é do ano passado foi de R$ 104.000 por loja. Então é um faturamento para vender sorvete a R$ 20, né? Então a galera às vezes não não confia, né? Não acredita que esse dado é verdade, né? Então a pessoa entra, monta uma loja, aí depois ela fala: "Nossa, é verdade, fatura tudo isso mesmo, não gosto de dar certo, é fácil de operar". Então é sempre novas pessoas, né? Então uma rede que cresce muito, ela tem um desafio de sempre tá convencendo de novo novas pessoas, vendendo o sonho de novo para
novas pessoas, né? E as pessoas vão comprando, vão acreditando e vai construindo algo grande, né? Mas ah, acho que a o diferencial também de uma uma rede, uma franquia, quando ela sabe usar isso bem a ao seu favor, né, que você constrói eh vários franqueados que, tipo assim, que realmente amam a marca, né, que, pô, que trabalham em prol da marca. Então, não é tipo só o Sérgio, o Bragato e o Queroz, né? São 400 franqueados que estão lá nas suas lojas cuidando do seu time, cuidando da sua loja, cuidando do seu comércio local ali
e que faz um negócio muito grande, né? Então é um monte de gente que trabalha em prol de uma mesma marca, né? Então isso que eu acho que é um diferencial grande para uma rede, né? Do que ter uma pessoa só. Legal. Sérgio. Encaminhando aqui pro nosso final, eu gosto sempre de fazer algumas perguntas um pouco mais rápidas pros nossos convidados. Ah, essa primeira pergunta eu já tenho uma noção de qual é a resposta, mas eu queria ver ouvir você falando. O que você faz quando você não tá trabalhando? É, a gente tá no momento
agora bem desafiador, mas a gente começou a fazer o processo para fazer um Iron Man, os três, né? Quando a gente chegou em 2024, a gente falou: "Meu, a gente precisa de um desafio grande agora nosso não que já não tinha nem na empresa, mas vamos fazer uma coisa aqui. A gente vai se desafiar o extremo." Aí a gente eventou de fazer um Iron Man. Então, os três juntos. Os três juntos. A gente já fez já o o meio Iron Man, que é o 70.3. E agora a gente vai fazer agora primeiro de junho, então
a gente tá meio que na fase final. Então tô com dor em tudo quanto é canto do corpo, na perna, canela, enfim. A gente treina às vezes no domingo às vezes 7, 8 horas, né, de treino intenso de e são três esportes, né, são natação, eh, bicicleta e corrida, né? Então, o Iron Man, para quem não sabe, é 3800 m nadando, né? Então, isso são mais de 80 piscinas daquelas de condomínio, né? Então, é piscina para caramba para você nadar. Aí você sai da piscina do mar, que na verdade você no mar, né? Aí você
pedala por 130 km de bike, então dá mais ou menos umas 6 horas de pedal. Aí depois que você acaba o pedal às 6 horas você vai correr uma maratona. Então é um esporte extremamente desafiador que lava o corpo no extremo. Então hoje minhas horas vagas tá muito nisso daí, né? E mas eu também gosto bastante de ler, né? Tipo, escuto podcast para caramba, né? Assisto filme, séries, enfim. você já tinha dado essa dica mais ou menos do Iron Man e também dos podcasts que você gosta de ouvir, inclusive aqui do do Zero ao Topo.
Mas sobre livro, tem algum livro que você indica para quem tá assistindo a gente? Olha, eh, tem um livro que eu que eu gosto muito assim, que é porque acho que tem vários livros, acho que o livro vai muito de quando tá na jornada do empreendedor ali, né? Mas acho que um livro que eu sempre lembro, que eu eu não releio o livro assim, tá? É bem raro assim, só até hoje eu li dois livros, só que eu reli ele assim, né? Mas um que eu lembro sempre assim dos conceitos e fico tentando buscar porque
acho que te direciona, né, porque você tem que fazer, é um livro do Jean Collins que chama Feitas para vencer. Então acho que tá sempre por aqui, sempre muito indicado esse livro. Sim, é, acho que é um livro assim sobre gestão de empresas, é um livro. Legal. E tem algum conselho que você daria para o jovem Sérgio? Tem tem vários, né? Mas acho que pro começo lá do Sérgio 2017, acho que eu falaria para ele pensar muito grande, para ele não ficar pensando, porque às vezes pensar e assim, pensar grande não é sonhar grande, né?
Eu acho que assim é planejar grande, sabe? Acho que tem uma diferença de você ficar falando assim: "Ah, não, eu quero ter uma empresa muito grande, né? Eu quero, sei lá, fazer um IPO, eu quero, sei lá, fazer eh uma empresa bilionária, né? Eu acho que tem uma diferença de você falar que você quer é uma coisa de planejar grande, né? Então acho que faltou a gente planejar grande no começo já teu, já o que que era os passos a os passos passo a passo que a gente deveria fazer. E também assim, meu, procure o
mais rápido possível ficar próximo de pessoas que estão lá onde você quer tá. Dá uma maneira de chegar mais próximo possível para você realmente abrir um pouco a cabeça ali e já ganhar velocidade, né? Eu não ia fazer essa pergunta, mas já que você abriu essa porta de IPO e vocês pretendem fazer um IPO, pensam em buscar fundos de investimento? Eu acho que eh o IPO depende de vários fatores, né? Não é assim, a gente vou fazer um IPO, a gente tem que esperar a janela do mercado, enfim. Mas a a gente acha isso legal,
a gente não vê isso com maus olhos. Acho que eh a empresa sempre tem, vai ter três caminhos, né? Ou ela vai ser herdada, né? ou ela vai ser quebrada ou ela vai ser vendida, né? Então acho que eh vou fazer um IPO, acho que é um marco bem relevante para um empreendedor de, enfim, de tá lá com seu tickerzinho na bolsa. Acho que a gente acha isso super legal, não tá nos planos de curto prazo, mas pode ser que no futuro, se tiver uma oportunidade, a gente faça assim. E de onde veio o nome
The Bestai? É uma resposta pro seu pai? Não, na verdade assim, começou do slogan porque a gente pensou pensou no tinha um slogan antes que a gente usa esse slogan na loja ainda, mas hoje não é tão mais forte, mas que começa self service, então a gente falou: "Bom, é o melhor açaí é o seu jeito, é o jeito da Mariana, que ela vai lá e vai montar o açaí do jeito que ela quer." Fala assim: "Eu quero com menos chocolate, não, quero só granola e mel ou quero só açaí puro". Então, o melhor açaí
sempre é o do seu jeito. Então, o nosso slogão é porque o melhor açaí é o do seu jeito. E aí, como veio o melhor açaí, pensamos o nome the best açí. E aí a gente lincou, entendeu? Veio do slogan, depois foi pro nome. E você gosta de açaí, que você já falou, né? Putz, eu sou acho que o fã número um assim da nossa marca. Toda semana eu vou pelo menos umas três vezes. Domingo, ainda mais agora que a gente faz um triatlon, assim, é um esporte que num domingo a gente chega a gastar
em torno de 7.000 calorias. Então assim, é muito, para quem sabe um pouquinho de caloria, sabe que é muita caloria, então precisa repor bastante. Então cheg pego no domingo, eu vou lá com 1, K de açaí, sabe? Tipo, do tanto que eu gosto. 1, K de açaí. É tipo, pega não de uma vez, pego uns três potes assim e vou comendo assim, sabe? Então, tipo, você como à tarde, como à noite, enfim. Então, e assim, e tem sabores que a gente lança que às vezes eu tiar a vontade de mim. Então, tipo, a gente tem
um sabor que é é um sabor com amendoim, caramelo e chocolate, né? Ele lembra aquele chocolate charge, né? E a gente lançou aquele sabor porque falou: "Meu, quero, eu gosto muito de amuin, então vamos lançar um sabor que eu gosto e hoje é um campeão de vendas assim". Então, várias coisas geralmente vem assim dos dos meus gostos também, né? Pô, isso aqui eu não gosto, não tem, então isso aqui eu gosto, vai pra loja, né? Lógico que a gente vai pegando tendência também e tudo mais, mas vem muito do nossos gostos particulares ali também. Você
é o seu maior cliente, provavelmente. Ah, sou como muito na lógica. E a gente tem um um aplicativo que é o Clube the Best. Então quando você vai na loja, você gasta R$ 5, você ganha um ponto e aí, tipo, você junta os pontos, depois troca por açaí de novo. Então um aplicativo super legal que foi a gente que desenvolveu, né? Aí tem as recompensas, você pode trocar depois por tem bolsas exclusivas, enfim, mas geralmente a galera troca mais por açaí. Então você vê um aplicativo lá, sei lá, tô sempre com 200 pontos, 150 pontos,
né? Tanto que eu consumo na loja que eu vou lá, pago e vou ganhando meu meus pontos de cashback ali de volta ali. Legal, Sérgio, muito obrigada pela conversa, viu? Obrigado, foi um prazer aqui falar pro pessoal. Acho que tem muita história para contar, foi um pedacinho. E é isso. Se você não conhece o Thebest, tem que ir até lá numa loja nossa, procura que vai ter hoje. A gente tá mais de três estados aí no Brasil, então vai ter um debes próximo de você. Consumo depois fala para mim no meu Instagram se você gostou
mesmo, se é realmente o the best. Tá certo? Muito obrigada. Obrigado. Essa história fica por aqui. O do Zero ao Topo é uma produção do Infomoney. E você também pode participar enviando críticas, sugestões, elogios ou a sua história para zero@infomany.com.br. Eu sou a Mariam Maro, roteirista e apresentadora. A captação de vídeo e de som desse episódio foram feitas pelo Fábio Teixeira e pelo Anderson Oliveira. A edição é da Camila Moura. Até a próxima história. [Música]
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