Guerrilha do Araguaia - Parte 5

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TV Brasil
Caminhos da Reportagem, Guerrilha do Araguaia parte 5, reportagem: Emerson Pena e Paula Simas, ediçã...
Video Transcript:
[Música] se examinada da perspectiva de hoje a ideia dos guerrilheiros de tomar o poder a partir daqui do Araguaia parece ingênua mas eles pensavam contar com um efeito multiplicador grupos do país inteiro poderiam seguir o exemplo deles O Sonho Terminou no fim de 1974 Diga seu último desejo disse Implacável carasco ele tremeu seus olhos estavam inchados suava tinha medo da morte agora que ela lhe estava tão perto quero ver as estrelas balbuciou então era como se fosse assim um uma Premonição a maori o Paulo Roberto Pereira Marques fora da Guerrilha era um rapaz como tantos
outros no fim dos anos 60 aos 16 anos escrevia poemas libertários num caderno que a irmã salvou de uma batida em sua casa em Bel Horizonte de Agentes da Polícia Civil de Minas Gerais a serviço da ditadura 27 de outubro de 1966 ele tinha ele tinha 3 anos depois ele saiu a 19 ele tinha 16 anos quando a família se mudou do interior para a capital mineira Paulo foi trabalhar como bancário logo se aproximou do sindicato e ajudou a organizar greves foi demitido cada vez mais se envolvia com a política até mesmo em casa eu
comecei a notar que entravam pessoas lá de de noite assim no fim do dia ou de tarde ele sempre chegava com um companheiro na casa de Laura dois irmãos e uma irmã foram para a Amazônia tomar parte na Guerrilha Maria Lúcia Lúcio Jaime que era estudante de Engenharia e presidente do diretório Acadêmico da escola foi preso na histórica reunião da Uni em 1968 em Ibiúna São Paulo ele tinha casado nesse mesmo ano de 68 e a mulher dele percebeu que tinha um gipe do Exército na porta da casa e e que perguntaram por ele e
daí foi o momento que ele não voltou mais para casa não voltou mais pra faculdade e partiu pra vida clandestina a minha mãe às vezes tenta dizer como você deixou a Maria Lúcia ir se você sabia tá então de repente É lógico a gente mãe nenhuma quer que o filho vá pra morte eu até entendo porque a minha mãe diga [Música] isso mas também é muito difícil dizer PR minha mãe não fui eu que matei a minha irmã foi a ditadura ende Baixo [Música] Araguaia 73 a Guerrilha depois das duas primeiras ofensivas do exército experimentava
um sentimento de Vitória o tempo mostraria que era só ilusão naqueles dias começava a terceira e última operação militar contra os Rebeldes desta vez sem recrutas nem militares pouco experientes só profissionais participariam então na terceira campanha eh não mais de forma ingênua como como foram anteriormente mas já de forma preparada e com uma quantidade de soldados eh menor primeira coisa que tem que se fazer é conhecer o seu inimigo então desencadeou-se a operação de de de informação né houve no início de 73 a a a infiltração na região de Agentes eh disfarçados de diversas maneiras
né serviço de informação ele deram pra gente um álbum com foto de todos eles com o nome completo tudo ele já tinha feito o levantamento da área todinha inclusive o pessoal da cidade também pessoal importante farmacete comerciante também já tava tudo envolvido do lado deles então isso fez com que a a ação nesse momento fosse uma ação que dificultou em muito o trabalho dos Guerreiros Inclusive a própria mobilidade deles dentro da Mata lá na região era a caça a riro certo e mapear a região entendeu ise foi a a região foi fotografar a região né
e eu eu tive o trabalho de mapear as clareiras como chamavam né o exército abriu estradas na mata essas vias ficaram conhecidas como Ops estradas operacionais além de facilitar o acesso rápido das tropas de uma parte a outra da região dificultavam a movimentação dos guer eu cheguei a ver tratores imensos e arrancando a as ár fores e tal para poder eh desenvolver a terceira campanha eles após terem aberto essas essa essas três estradas né a op1 a op2 e a op3 eles vão isolar tirar Todas aquelas pessoas que tinham roças na na na próximo a
mata ou até mesmo dentro da Mata as plantações elas eram destruídas porque o exército tinha informações de que eram essas pessoas que davam Guarida que alimentavam que davam mantimentos para os guerrilheiros tudo foi ficando mais e mais difícil para os guerrilheiros cada vez que nós víamos uma uma fumaça Então era o que restava da comissão militar eh propôs a retirada eh do pessoal que não dava mais para permanecer ali como eles não haviam também preparado uma alternativa de saída da região né pelo outro lado Eles terminaram ficando cercados guerrilheiros presos eram obrigados a escrever panfletos
aos colegas que resistiam tentando persuadi-los a se renderem a partir de determinado momento era os guerreiros tentando de todas as formas buscar maneiras de se alimentar eh e e e encontrar formas de escapar do do do Cerco e de outro lado tropas Preparadas para sair daquela região quando eliminasse o último homem em outubro de 73 um acirramento da operação 250 militares treinados para a guerra na selva chegam ao Araguaia andavam na floresta guiados por mateiros nós transportável as as as Patrulhas né E colocávamos essas Patrulhas eh em pontos da selva que que haviam sido previamente
estudados né pela pessoal de de que traçava as linhas táticas né de do combate e recolhíamos esse esse esse essas Patrulhas né de tempos em tempos a população local pagou um preço alto gente simples dos vilarejos do Araguaia foi subjugada presa espancada judiado demais morreu muitos que não merecia que prendia aqui levava lá pra Base que era lá na aeroporto e lá resava muito como prenderam seu finado noleta que era um um grande fazendeiro aqui que era trabal no tira Catinga prenderam um companheiro mor ali perto que eu t esquecido o nome dele aqui perto
do do do do onde hoje é o mercado municipal e esse H apareceu morto enforcado dentro da prefeitura eu tinha uns 12 anos na época Meu Pai sumiu aí desapareceu depois eu vi falar que ele já tava aqui na P tin trazido ele para baixo tinam colocado ele num buraco né acho que uma pessoa sendo vivo mas ele dá uma notícia né por longe que ele esteja mas nunca apareceu pelo menos 17 moradores dali morreram durante os pouco mais de 2 anos de campanha e centenas apanharam e foram humilhados pelos militares da época porque praticamente
todos eram suspeitos de de uma forma ou de outra a colaborarem com os guerrilheiros e muitos dessas pessoas passaram 1 2 3 meses ou mais né na na na prisão e eram prisões assim eh tipo buracos né onde era usado para para fazer o terrorismo psicológico digga uma co você conhece esse pessoal assim assim assim assim eu digo conheço aqui todo mundo conhece aí eles falaram disse é isso que nós quer saber o homem tem que ser assim não negar o que faz não negar o que diz aí foi maneira B para mim foi um
que nunca apanhei
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