Unknown

0 views2110 WordsCopy TextShare
Unknown
Video Transcript:
Um bom dia a todos, meus caros! Sejam muito bem-vindos à nossa meditação do dia de hoje. Peçamos a Deus a sua bênção sobre nós: em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Amém. Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra.
Oremos: ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua Consolação, por Cristo, Senhor nosso. Amém. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.
Bendita sois vós, dentre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
Senhor Todo-Poderoso, nos abençoe, nos guarde e nos livre de todo mal. Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Muito bem, então vamos hoje entrar no Capítulo 18 do livro "Caminho de Perfeição". O Capítulo 18 tem como título "Continua a tratar do mesmo assunto, mostrando que os sofrimentos dos contemplativos são maiores do que os dos ativos". Traz muitas consolações.
Começa aqui Santa Teresa: "Pois eu vos digo, filhas, a quem Deus não leva por esse caminho, que, pelo que vi e compreendi acerca dos que vão por ele, a cruz que levam não é mais leve, e vos espantaria ao saber os caminhos e maneiras pelos quais Deus lhes dá essa cruz. Conheço uns e outros. " Aqui ela está falando de ativos e contemplativos, e sei claramente que são intoleráveis os sofrimentos que Deus dá aos contemplativos.
Eles são de tal sorte que, se não lhes fosse dado aquele manjar de consolações, não os poderiam suportar. Sem dúvida, já que aqueles a quem muito Deus quer leva por caminhos de padecimentos, e quanto mais os ama, maiores são estes. Não há razão para crer que Ele desdenhe os contemplativos, porque por sua boca os louva e tem por amigos.
É absurdo crer que o Senhor admita como amigos íntimos pessoas comodas e que não sofrem. Tenho plena certeza de que Deus dá sofrimentos muito maiores aos contemplativos. Ele os leva por caminhos mais ásperos, cheios de irregularidades, fazendo-os, por vezes, pensar que se perdem e que devem começar de novo e percorrer os trechos já percorridos.
Sendo por isso necessário que Sua Majestade lhes dê mantimentos, não água, mas vinho, para que, embriagados, não percebam aquilo por que passam e possam suportá-lo. Assim, são poucos os verdadeiros contemplativos que eu não veja animados e determinados a sofrer, porque a primeira coisa que Deus faz por eles, se forem fracos, é incutir ânimo, tirar-lhes o medo de padecer. Creio que os da Vida Ativa pensam, quando vem uma minúscula consolação nos contemplativos, que a vida destes é sempre assim, pois afirmo que talvez não pudessem suportar um único dia do que eles passam.
Por isso, o Senhor, sabendo a que estão destinados todos, dá a cada um o seu ofício, aquele que mais convém à sua alma, ao próprio Senhor e ao bem do próximo, desde que não deixeis de vos dispor a servi-lo. Não temais que o vosso trabalho se perca. Repito aqui essa frase dela: é importantíssima, não é?
Desde que não deixeis de vos dispor a servi-lo, não temais que o vosso trabalho se perca. Atentai! Digo que todas procuremos a contemplação, pois não estamos aqui para outra coisa, e não um só ano, nem dois, nem mesmo dez, para não darmos a impressão de ter desistido por covardia.
Pois é bom que o Senhor entenda que não é culpa nossa não ser contemplativas. Sejamos como soldados que, embora tendo servido muito, sempre estão à ordem do Capitão para que Ele os envie a realizar a tarefa que quiser, pois há de lhes pagar o soldo; e quão melhor do que os reis da terra paga o nosso Rei dos Céus! O Senhor, vendo-vos como soldados dispostos a servir, e tendo já compreendido para que serve cada uma, divide as tarefas de acordo com as forças que vêm em nós.
Se não estivésseis presentes, Ele não vos daria nada, nem vos mandaria servi-lo em alguma coisa. Assim, irmãs, praticai a oração mental; quem não puder, faça a oração vocal, leituras e coloque-se com Deus, como depois direi. Não abandoneis as horas de oração comum.
Não sabeis quando o Esposo vos chamará. Que não vos aconteça como às virgens loucas, nem se vos quererá dar mais sofrimentos compensados por consolos. Se Ele não vos der, percebei que não sois destinadas a isso e que vos convém aquilo.
Aqui importa muito alcançar o merecimento mediante a humildade, crendo que não servis sequer para o pouco que fazeis. Andai alegres, servindo no que vos é mandado, como eu disse. E se vossa humildade for verdadeira, felizes de vós que servis na vida ativa, pois não murmurares, murmureis senão de vós mesmas.
Deixai as outras com a sua guerra, que não é pequena, porque embora nas batalhas o alferes não peleje, nem por isso ele deixa de correr grande perigo, e no seu íntimo deve lutar mais do que todos, já que, portando o estandarte, não se pode defender. E mesmo que o façam, o façam em pedaços, não pode soltá-lo. Assim, os contemplativos devem levar erguida a bandeira da humildade e sofrer todos os golpes sem dar nenhum, porque o seu ofício é padecer como Cristo.
Levantar bem alto a cruz, não a deixar sair das mãos por mais perigos em que se vejam. Não devem eles dar mostras de fraqueza, pois para suportá-lo receberam esse honroso ofício. Eles devem ver o que fazem, porque se largam a bandeira, perdida está a batalha.
Logo, creio ser muito prejudicial para os que não estão tão adiantados ver que naqueles por eles já considerados capitães e amigos. De Deus, que as obras não correspondem ao ofício que se desincumbem, então paramos aqui no quinto parágrafo da meditação de Santa Teresa, no capítulo 18, e amanhã lemos do sexto parágrafo em diante. Então, aqui, Santa Teresa novamente retoma a temática da vida contemplativa e da vida ativa, Marta e Maria.
Então, de um lado, nós vemos aqueles que estão buscando a vida contemplativa, mas ainda estão na vida ativa; e, por outro lado, vemos aqueles que têm um chamado para a vida contemplativa. E veja bem que é interessante isso aqui: Santa Teresa está falando para monjas que vivem dentro de um mosteiro de clausura, né? Talvez na nossa cabeça a gente pense assim: "Não, todas elas têm uma vocação contemplativa.
" Sim, todas têm uma vocação a viver ali naquela casa, mas pode ser que Deus não as conduza a uma oração contemplativa. Olha que coisa, né? Então, o chamado de vida é aquela vida reclusa, na clausura, trabalhando e rezando muito, mas pode ser que Deus não conduza aquela alma a um modo de oração contemplativa.
E, do mesmo modo, pode ser que um de nós que estamos aqui no mundo tenhamos esse chamado para a oração contemplativa e sejamos conduzidos para ela. E aí, Santa Teresa ensina isso: todos devem mirar na oração contemplativa, mas Deus não dará para todos. Então, para alguns, será mais fácil a oração vocal; para outros, a oração vocal e a oração mental.
Esse é o ponto onde a maioria das pessoas chega, e alguns chegarão à oração contemplativa. Mas aqui, Santa Teresa coloca uma coisa importante, que eu até li duas vezes: é o centro da nossa meditação de hoje. Para Deus, não importam os resultados; para Deus, importa o nosso esforço.
Para Deus, importa a nossa colaboração com a sua graça. Para Deus, importa saber que nós estamos, constantemente, apesar das nossas quedas e pecados, nos levantando e nos colocando a caminho. Então, Deus não está se importando se vamos alcançar um bom resultado ou não; Deus está preocupado em saber se estamos lutando, né?
Essa é a nossa missão: lutar. E, quando eu digo lutar, é lutar no campo da oração. O campo da oração é um dos campos de batalha mais complicados.
Nós estamos num mundo onde há muita correria, um mundo materialista. Você vai falar: "Nossa, mas Rafael, né? Isso aí é um assunto tão batido, falar que o mundo é materialista.
" Não, mas vamos lá. Quando eu digo que o mundo é materialista, é porque nós estamos tão imersos nas nossas preocupações, nas coisas deste mundo, desta vida, né? Do nosso dia a dia, que, pouco a pouco, nós vamos perdendo a sensibilidade espiritual.
Nós vamos nos esquecendo das coisas de Deus. Então, formalmente, na nossa cabeça, nós dizemos: "Não, Deus existe. Eu vou à missa, eu rezo, tal, Deus existe.
" Formalmente. Mas, materialmente, na prática do dia a dia, nós vamos vivendo como se Deus não existisse. Nós vamos resolvendo as coisas como se tudo dependesse única e exclusivamente de nós.
Não pedimos a Deus discernimento para tomar as decisões, não rezamos no decorrer do nosso dia e, assim, as coisas vão se atropelando. Nós vamos vivendo como se Deus não tivesse espaço dentro do nosso dia. Então, este é o grande problema.
Nós devemos colocar as coisas no seu devido lugar; devemos rezar no início do nosso dia, fazer uma meditação, né? Nós temos aqui essa meditação de Santa Teresa já com o livro espiritual que nos ajuda. Devemos pensar nas coisas de Deus; devemos fazer uma oração, mesmo que breve, né?
Falando ali um minutinho com Deus, oferecendo o dia. No fim do dia, fazer exame de consciência, pensar nos nossos pecados daquele dia, pedir perdão a Deus, pedir a Deus o que precisamos, agradecer a Deus por aquilo que recebemos. Nós precisamos.
Então, Deus está olhando para isso, para o nosso esforço, e é um campo de batalha, porque o mais fácil é ser levado, é ser arrastado por essas coisas que vão acontecendo no nosso dia. Então, que possamos olhar para Deus, que possamos nos esforçar para rezar. Quem tiver mais dificuldade de se concentrar, comece com a oração vocal.
Pegue um livro de orações, um devocionário. Leia algumas orações, pense naquilo que está sendo rezado. Né?
Se for muito difícil parar para falar com Deus, vamos começar na oração vocal. Reze um terço em voz alta. Coloque um aplicativo aí no celular, um vídeo no YouTube com um terço, e vá rezando.
Porque, às vezes, é difícil. Cada um vai ter a sua dificuldade, cada um vai ter a sua luta no campo da oração. Então, comece assim e vá repetindo, repetindo, repetindo, até que isso se torne um hábito.
Venceu esse primeiro estágio, então vamos ao segundo: oração mental. Parar, pelo menos no mínimo, 15 minutos. Santa Teresa fala que quem não reza pelo menos 15 minutos não tem como progredir na vida espiritual.
Então, 15 minutos é difícil? Eu não tenho hábito? Muito bem!
Então que eu vá adquirindo, construindo este hábito ao longo do tempo. Pelo menos 15 minutos, parado, falando com Deus. Nós dizemos que amamos tanto a Deus, que gostamos tanto de Deus, e, às vezes, não conseguimos ficar 15 minutos.
Se for muito difícil esses 15 minutos, que eu fique cinco, depois mais cinco, depois mais cinco, né? Que eu vá avançando. E, se esse tempo de falar com Deus parece que não passa, eu falo: "Meu Deus, né?
Eu já pedi tudo que eu precisava, agradeci tudo que eu precisava. O que que eu vou falar agora? " Então, busque um livro espiritual, a vida de um santo, alguma coisa valendo, e falando com Deus, a partir daquilo que você está.
E, depois, com o tempo, você vai conseguindo rezar, né, sem esse apoio do livro. Então, que possamos avançar nisso. E é o que Santa Teresa diz: se vocês tiverem humildade de verdade.
. . Desapego das coisas deste mundo, de verdade.
O resto, Deus vai dando. Que Nossa Senhora, nossa Mãe, nos ajude nesse caminho. A vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos.
Ó Virgem Gloriosa e Bendita, Amém. O Senhor nos abençoe e nos guarde, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Meus caros, hoje à noite temos a nossa conversa às 21 horas. Hoje falaremos sobre São João Bosco, o Santo Educador da Juventude. É dia de São João Bosco; que São João Bosco rogue a Deus por nós, olhe por nós e nos abençoe.
Fiquem com Deus e até mais tarde, se Deus quiser.
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com