[Música] boa noite ele disse que já não tem importância se somos brasileiros japoneses alemães pois na realidade e viramos cidadãos do mundo a globalização que não afetou só a economia mudou o comportamento semob de pensar e criou em passes pra grande sociedade civil civil representada pelo mundo atual para discutir essa realidade e suas perspectivas roda viva em entrevista esta noite o professor otávio ianni um dos mais importantes cientistas sociais brasileiros há mais de cinco décadas na vida acadêmica o professor otaviano e faz parte da chamada escola de são paulo como ficou conhecido o grupo de
sociólogo surgido no início dos anos 50 na usp em torno do nome de florestan fernandes e reunindo entre outros o presidente fernando henrique cardoso yane pesquisador da nossa formação histórica e das dificuldades do ingresso do brasil na modernidade capitalista e o professor também é um estudioso da américa latina e do processo de globalização tema de seu último livro enigmas da modernidade mundo um trabalho que analisa e busca entender a sociedade contemporânea entender as consequências culturais sociais da globalização e os processos que estão transformando o mundo e nos transformando também esse livro bem valeu a professora
liane recentemente um prêmio da academia brasileira de letras ele recebeu também o troféu juca pato como intelectual do ano dado pela união brasileira de escritores para entrevistar o sociólogo o cientista social otaviani nós convidamos o sociólogo chico de oliveira professor titular aposentado e coordenador do centro de estudos dos direitos da cidadania da universidade de são paulo usp silvia colômbia diretora adjunta do da sessão ilustrada do jornal folha de são paulo cláudia barcelos do jornal valor econômico reinaldo azevedo diretor de redação da revista república e do site primeira leitura jorge caldeira escritor e jornalista ea professora
maria imaculada lópez livre docente da área de teoria e pesquisa da comunicação na escola de comunicações e artes da usp o roda viva transmitido em rede nacional para todos os estados brasileiros e também para brasília e e para que você participe do programa nosso telefone está aí à disposição 10 operador 11 252 mil e 525 o fato também está na tela é o 3874 3454 eo nosso endereço eletrônico na internet roda viva arroba tv cultura ponto com.br boa noite boa note um dos capítulos do livro do senhor fala justamente sobre isso aqui que nós estamos
vivendo o chamado princípio eletrônico na definição do senhor quer dizer o papel que a televisão desempenha se eu entendi bem no mundo atual não apenas como formador de opinião como veículo de comunicação mas muito mais do que isso como uma espécie de entidade que tem uma presença fundamental e uma força enorme na definição dos caminhos do mundo no lugar saber é dentro desse princípio eletrônico que tipo de papel faz é um programa como o senhor está fazendo hoje embora seja uma provocação duvidosa eu acho que um programa como este precisamente é um protesto contra o
princípio eletrônico porque hoje predomina amplamente no mundo contemporâneo a corporação da mídia a corporação da mídia como sendo uma agência uma instituição que é o bico está presente em todos os lugares do mundo que registra fatos que esquece muitos fatos e que em geral transmitir já com interpretação inclusive com ângulos às vezes extremamente discutíveis e isso significa que a mídia em geral particularmente a mídia eletrônica está presente no mundo todo e reformando a opinião pública mundial numa escala excepcional a ponto de que os partidos vivem evidentemente uma crise e uma parte da crise dos partidos
não é devida à incompetência ou as controvérsias internas dos latidos uma parte importante talvez a mais importante é porque o partidos os partidos perderam a faculdade de formar a opinião pública porque hoje quem forma opinião pública é a mídia e nem sempre a mídia expressa os pontos de vistas dos partidos e muito menos os pontos de vistas dos diferentes setores sociais então vivemos 14 que realmente é novo diferente e problemático e nós que aqui no brasil estamos às vésperas de mais uma eleição presidencial onde o principal candidato de oposição lula é opera vai operar nesta
eleição com o apoio de uma eficiente estrutura de marketing político é a mesma estrutura que já trabalhou para outros candidatos nenhuma nenhuma instituição na sociedade é monolítica e absoluta ea e é claro frestas a espaços ea além das festas além das controversas que eu pato - no âmbito mesmo da própria mídia o que abre a possibilidade de que certas propostas venham se expressar ocorre um outro aspecto que é da maior importância é que as pessoas vivem e padecem os problemas sociais e isso as leva a despeito da seletividade com a qual trabalha a mídia a
despeito da carência ou limitação das informações que passam pela mídia leva as pessoas a buscar informações a se posicionarem ea constatarem que há alternativas e então a políticos a partidos a igrejas a movimentos sociais que conseguem alguma ressonância no âmbito do que seria a opinião pública mas todos devemos estar de acordo de que a mídia no limite tem a capacidade de apagar um problema do dia para noite da noite para o dia todos nós temos experiências desse tipo eu queria embarcar nessa metáfora do príncipe é e pensando no princípio original suponho que lino maquiavel é
havia lhe a busca da unificação de da unidade o poder unificar o poder se tornar hegemônico e de constituir digamos uma chamada que há uma metafísica da verdade era isso que o que o lateral pretendia a mídia hoje tem esse ponto central tem este lugar de onde se tenta é essa hegemonia essa homogeneidade essa totalidade tem o consenso de dizer um grande senso e onde ele está sabendo que esse conceito de príncipe eletrônico difere do com 104 poder seguinte que o príncipe de maquiavel é uma figura um dirigente é uma figura que combina quando tem
talento virtú e fortuna ea inácio está à vista o moderno príncipe de grande é um partido e sabemos que durante muito tempo o partido tem sito ou foi uma figura importante na vida política sendo que o partido sintetize expressa não só as inquietações de certos setores da sociedade que o partido representa mas pode até mesmo representar e expressar as inquietações de outros setores e isso é muito forte no século 19 no século 20 até uma certa época na medida em que a média ganha espaços cada vez maiores e se transforma numa poderosa e avassaladora indústria
transnacional inclusive com as tecnologias eletrônicas ela passou a ocupar os espaços que estavam disponíveis para o príncipe de maquiavel e para o moderno príncipe de grande então o que nós temos hoje é intelectual coletivo que é a mídia eletrônica que livro reúne rel man intelectuais de várias especialidades e que trabalha no registro na interpretação na divulgação na produção de novelas na produção da casa do artista de 60 que influenciam decisivamente uma maneira pela qual as pessoas se situam no mundo e isto apaga ou vindos em grande medida as possibilidades dos partidos daí porque os partidos
de partido vive numa crise agora veja bem e isto é tão forte que no mundo contemporâneo já não há mais está listas não há figuras eminentes como e símbolos da política símbolos da soberania símbolos da hegemonia os presidentes são em geral figuras decorativas burocratas da política que apenas expresso o jogo das forças que representam mas trabalhando de uma maneira decisiva com a mídia é porque o buchicho de repente tem 90% e apoio da opinião pública para fazer uma guerra em loup sinta devido à maneira pela qual a mídia foi operada e evidentemente deixou de colocar
a questão no outro ano depois de se formar com a sua geração com um ano em base idéia de que o trabalho em território é feito em torno de conceitos rigorosos claros partiu agora para um ensaio para um ensaio amplo é que era o objeto contra o qual inicialmente nos anos 50 a sua geração se propunha a geração só se firmou contra os ensaístas que eram impressionistas o que eram menos precisos essa mudança se deve essa volta ao ensaio vamos dizer assim se deve ao fato de globalização só pode ser entendida a gente esquecer os
conceitos tradicionais ou seja a esse ponto o senhor tá colocando dessa mudança ela vai até as bases da própria vida intelectual também vem no caso do brasil e no caso da américa latina em geral a institucionalização da sociologia da economia da política como disciplinas científicas é um processo muito tardio e que se realiza principalmente nos anos 30 40 50 talvez alguns países um pouco antes e 70 e essas títulos institucionalização naturalmente veio acompanhada de um empenho de um compromisso dos seus autores com um certo rigor conceitual de metodologia de capacidade de pesquisa de distinção entre
pesquisa de reconstrução histórica pesquisa de campo desatenta então isso significou para muitos a lei os um certo mimetismo um certo ou entre aspas academicismo é na verdade era o preço que se devia pagar para constituir essas disciplinas como disciplinas científicas no ambiente brasileiro e latino americano agora a respeito desse compromisso o diálogo desses autores e eu posso mencionar nominalmente seja celso furtado seja florestan fernandes seja antonio candido seja no caso da universidade brasileira de intelectuais que tiveram sempre um diálogo com quem com rui barbosa com euclides da cunha com lima barreto com joaquim nabuco com
o sim saia listas de modo que não é verdade que o academia satanizou ou esqueceu os ensaístas ao contrário há trabalhos que dão continuidade às reflexões dele agora o que acontece no mundo contemporâneo é que começa a haver novos espaços de diálogos e pouco a pouco diferentes e intelectuais em diferentes campos começam a se beneficiar do cinema do romance da poesia para desenvolver um trabalho que é é basicamente científico mas que pode ser reconhecido senão enquanto forma de esclarecimento ao mesmo ao menos como forma de embelezamento da narrativa e profissionais foi preso pela bilionária de
vincular essa beleza como e como foi professora por essa possibilidade na hora de prescrever bonito de poder escrever usando a literatura usando o cinema usando a teoria da linguagem usada antropologia usando extensão de tempo muito grande porque esse ensaio trata de cinco séculos é o senhor que se começou a se sente bem assim o senhor gostou da experiência e podemos ir à vontade acho uma maravilha a possibilidade de combinar o rigor do conceito uma beleza da metáfora é uma glória aliás se nós formos aos aos grandes cientistas por exemplo adam smith de repente nós encontramos
uma metáfora fascinante a mão invisível ou então se vamos a max vê porque de repente encontram uma metáfora fantástica o desencanta mento do mundo então nós descobrimos e acho que devemos aproveitar isto te o rigor do pensamento científico inclusive o rigor da formulação do conceito da interpretação não impede ao contrário se beneficia da habilidade com a qual o autor pode elaborar ou recuperar metáforas figuras que não só em beleza uma frase mas eventualmente colaboram para aprimorar refinar a clarificação sobre aumentar para a floresta favor o destino tenta então agora roda pra cá porque se não
ficar só do lado de lá é mais o princípio eletrônico não conspira contra essa liberdade é claro que há a indústria cultural na qual se insere os meios de comunicação geral e os meios eletrônicos ela tem uma abrangência e uma presença cada vez mais intensa e mais generalizada mas nenhuma organização nenhuma tirania nem mesmo o cárcere foi capaz de apagar a liberdade de grande então existe um fenômeno fascinante é que não há organização não há instituição que consiga pagar isto que vamos é algo essencial do ser humano que é a capacidade de criar de de
exercer a sua liberdade de reinterpretar de questionar aquilo que está sendo passado tanto que nos mesmos estados unidos onde a mídia massivamente inventou que se tratava apenas exclusivamente de um ataque terrorista mesmo nos estados unidos a opinião pública começa a se dar conta e começa a protestar não pode ser verdade há algo de equivocado nisso então as pessoas mobilizam a sua vivência o seu sentido de vida a sua relação com a máquina do mundo e põe em questão aquilo que está sendo passado e os novos meios eletrônicos com os novos meios eletrônicos ajudam nessa busca
é claro que uma diversão e o intercâmbio dos indivíduos e de grupos através de ongs através da internet através dos mais diferentes meios a ajuda a você irá buscar não só informações mais perspectivas eu tenho um choro na internet recebe mantém mesmo era melhor não é criando completar um pouco essa quando você fala da questão das brechas e aí um centralismo que ele também disse a respeito dessa figura do tryp vários estudos hoje estão levantando questões como a da televisão a um novo espaço público e na televisão como um fórum de debates fizer o contrário
então tudo que você estava falando um pouco de uma forma negativa do controle ou da manipulação gostaria de saber se você vê isso na na televisão em geral na televisão brasileira e mais eu queria te dizer que você sabe que o trabalho estudo uma das coisas que estuda a telenovela então eu acho que na telenovela hoje pelo fato da força que ela tem que não pode ser apenas atribuída a questão emocional a questão apenas um nível baixo de escolaridade de público é de certa que gosta desse tipo de narrativa na televisão mas que inclusive e
como estou dizendo que os estudos não só aqui como fora né wen que uma coisa uma espécie quase que um paradoxo está numa narrativa ficcional como essa espécie dessa coisa dessa idéia de fórum de debates onde temas da vida publicação entrelaçado em temas da vida privada o que eu acho que no brasil não é pouco gostaria de ouvir você um pouco a respeito dessa questão fórum de debate no espaço público e até o fato que no brasil esse fórum hoje estaria bastante claramente visto e pesar de toda a gente pode criticando quer dizer dos han
numa no fenômeno como da telenovela como instituição nacional uma dúvida de que a mídia está vamos e disputando espaço está criando propostas frequentemente claro seja termos de novela seja anos de debate seja em termos de programas de auditório e essa atividade unidade plural múltipla que tem algumas vos e novidades algumas inovações e que podem contribuir para desafiar a audiência no sentido de elevar a audiência a pensar ou se posicionar em face da vida e 77 mas o que predomina não é a pluralidade de perspectivas e nem o enriquecimento das informações das pessoas o que predomina
é uma mescla extremamente problemática de informação com entretenimento ora é muito difícil comprovar que essa combinação têm efeitos altamente positivos na formação da opinião pública é claro que a mescla de informação com entretenimento ou seja a mescla de informação com interpretação a pretexto de entretenimento envolve a difusão de uma visão da vida da realidade e esse é um problema sério então que está em causa é como democratizar a mídia e democratizar não sentido só da pluralidade dos meios mas democratizar no sentido em que a mídia expresse a riqueza ea pluralidade dos acontecimentos no país e
no continente e no mundo e todos sabemos que quando lemos um jornal no caso brasileiro temos umas poucas informações sobre a américa latina nada sobre a áfrica algumas coisas sobre o afeganistão então algo de equivocado nisso o alvo de malicioso é evidente que isso é um problema sério de como a a mídia pode expressar mais amplamente e não simplesmente a pluralidade dos órgãos mas a multiplicidade dos acontecer professor resolveu são jornais excepcionais porque porque são plurais e são universais agora quais são os jornais que são como le monde eo new york times alguma vez não
foi assim que funciona a minha pergunta é é segundo nome é dindi ideal é um queria ligar uma pergunta você me perdoa queria porque há o que eu queria perguntar o senhor está extremamente ligado que o senhor venha vinha falando há um nó principal da imprensa que aliás nunca é pródiga de falar de si mesma é o fato dela ser desempenhar uma função pública e seja ele de um modo privado né é que eu acho que é basicamente o que o senhor tá tá explicando que queria que o choro dissesse para nós qual seria o
papel do estado nesse momento porque a gente está tentando discutir uma nova lei de comunicação de massas para o país essa discussão está sendo inclusive de certo modo não devidamente coberta pela mídia eu queria que eu falasse um pouco então sobre esse papel regulador do estado que é sempre confundido com a questão da censura grupos como tv o enfim grupos que lutam pra ver justamente mais pluralidade de certo modo talvez a palavra não é exato mas algum tipo de controle sobre a mídia eu eu não sou especialista nessa problemática eu sou um leitor de jornais
em várias línguas e vejo claro programas diversos diferentes canais de televisão e me sinto um tanto quanto eu posso dentro dos acontecimentos na medida em que estou interessado em me situar nisto que é o cenário contemporâneo não só brasileiro mas mundial agora se você fala do estado mas o que é o estado é o fernando henrique é o congresso é o o olímpico z e e os proíbe os projetos que chegam ao congresso são projetos originários das inquietudes de diferentes setores da sociedade observa jovens haveria que qualificar um pouco esse problema para nós chegarmos a
alguma coisa alguma conclusão vejam bem agora está sendo discutido o problema da entrada de capitais estrangeiros na imprensa na mídia brasileira é um problema extremamente importante agora esse problema está sendo levada ao público ampla e abertamente não sei professor que não seja bem concreta é um problema da maior importância porque não se trata de democratizar abrindo as empresas as organizações para todos os os espaços nacionais e internacionais trata-se de descobrir como informar e como evitar que as informações já venham com o contrabando da interpretação que é um problema delicado eu sei que é delicada possui
mas há sempre um contrato mas eu ainda tô dia e no outro dia estava falando com uma pessoa que praticamente não lê jornal apenas ver o noticiário da televisão e ele me disse assim que coisa estranha porque vivem falando da guerra e vivem apresentando a guerra contra um país que a gente nem sabe onde está no entanto as fotografias que nós vemos desmentem totalmente a guerra porque aquela gente me dizia essa pessoa não pode ser inimigo dos estados unidos então mas a informação que ela mesma ainda que há uma manipulação mas essa informação da mesma
maneira e eu vamos mas é a mesma mídia o que eu pergunto é eu vou fazer aqui um pouco naquela de economia do porto é como fazer o papel de integrado que só pra gente debater um pouquinho é o quanto a gente pega a questão concreta agora do da guerra dos estados unidos quanto o afeganistão se a gente for analisar a mídia brasileira não vou dizer nomes mas quem acompanha sabe a revista mais guerreira assim a tv mais guerreira e o jornal mais guerreiro né mais afinado com a visão do estabelecimento americano é de capital
nacional governada por band lida por brasileiros o que eu quero dizer é essa dependência mental ela é uma obra de nativos de algum modo a a eventual abertura especial as agências de publicidade que tem uma presença decisiva na maneira pela qual a mídia registrou que eu queria voltar à questão do das brechas e dois bronzes não voltar um pouquinho grande senhor acha que há espaço sobretudo na internet por exemplo nas tvs comunitárias nas rádios é pra que uma outra visão apareça será que é a própria fotografia distribuída pela mesma agência que quando se diz lá
que os afegãos que os afegãos são terroristas ed 70 e se coloca lá uma figura esquálida é de uma figura dos 77 sendo bombardeada por um avião do século 21 que desmente a coisa desmente isso e não há alguma beleza uma riqueza e não é porque eu fico pensando é onde o estado tomou conta da informação foi um desastre a gente tem essa experiência histórica [Música] se trata de uma provocação ele disse perguntaram a ela não trata do estado produzia notícia ela tá segundo interpreta e acho que é melhor o sergipe na verdade na sociedade
mecanismos de controle mas acho que a simplificação é uma provocação estilística e todos oca foi o outro jorge eu só queria pedir o tempo a gente fazer um rápido intervalo nós voltamos a [Música] voltamos com roda viva esta noite entrevistando o professor otaviano para você participar do programa o nosso telefone a 0 o treinador 11 252 6 525 aos fatos é o 3874 3454 endereço eletrônico do programa roda viva rouba tv cultura ponto com.br professor otaviano um outro tema que o senhor aborda no no seu ensaio no seu livro é a questão é da das
relações entre oriente e ocidente também a questão da transcon culturação que na expressão de choro e matheus da silva de lima de ribeirão preto que a estudante de medicina e pergunta o que é que o senhor acha do uso de uma língua nacional como em glee como a inglesa nas relações internacionais e ainda acrescento significa senhor acha da língua esperando sem entender o esperando porque não é uma matéria com isso já li sobre isso eu acho o seguinte a transnacionalização que está em marcha numa nova novo ciclo evidentemente a transformando algumas línguas em línguas mundiais
por enquanto evidentemente o inglês é a língua mundial por excelência não só porque ele é adotada como meio de comunicação entre vários povos diferentes continentes mas porque grande parte da produção intelectual e literária científica filosófica de diferentes níveis está sendo publicado em inglês mas isso não impede que o espanhol seja uma língua relativamente mundial que o alemão na europa central continue a ser uma língua importante como o meio de comunicação sem esquecer que a língua e que são de povos que são de milhões então essas as línguas são tem uma importância excepcional em termos da
presença da participação mas o ensaio do senhor menciona ou pelo menos afirma que o que ali mesmo já não é mais aquela digamos assim não é mais a mesma e que tudo isso saia do senhor bem ele ele afirma ele morde assopra ele afirma apoio à ideia a ideia pra mim é muito clara é que o inglês não é mais a língua do imperialismo britânico o inglês não é mais a língua do imperialismo norte americano existe ainda ainda evidentemente o imperialismo norte americano nós estamos vendo a olho nu não precisa nem pesquisar mas o inglês
que foi a própria funciona que funciona como meio de comunicação independente dos estados unidos independente da inglaterra seguramente o inglês que é falado na índia e é falado na índia porque o índio que a língua nacional nem sempre a língua principal é o inglês que foi o que restou da colonização mas já não tenho significado inglês do imperialismo britânico é uma língua que foi adotado e que foi inclusive recriado inclusive a elaboração muito próprias dos hindus a propósito também do inglês é provável que os hindus se comuniquem com chineses por japoneses em inglês e isso
significa que é uma língua franca como foi lá tem uma certa época como foi o grego numa certa época então se trata de um fenômeno cultural extremamente freqüente e não há porque deixar de reconhecer que a existência de meios de comunicação a presentes que permitem o diálogo plural entre diferentes culturas e civilizações significam possibilidades novas em desenvolvimento do que eu chamo no livro de transculturação isto é o intercâmbio entre diferentes formas culturais valores ideais criações que é o que tem acontecido na história do mundo professor essa essa transformação isso é esses contatos civilizatórios consumindo baseia
no livro a metáfora base que a metáfora da viagem do contato entre pessoas do que se aprende do que passa de um para o outro mesmo através de relações de dominação é isso dá uma riqueza para leitura um livro muito grande porque chorar enfim tá pegando os contatos civilizatórios em cinco séculos agora dá uma tremenda impressão de que a globalização é um fenômeno altamente enriquecedora do ponto de vista cultural mas nem a dúvida bom aí eu queria uma prorrogação vida o seu livro me convencia a leitura de seu livro me deu a seguinte impressão estamos
de fato frente uma nova renascido como dizem deixar eles e maglore isso então foi aí que repitamos que sermos paraguaios o brasileiro seu comício fim do mundo nenhum equívoco mesmo porque a nação é um processo histórico extremamente problemático pois é minha que participa da nação brasileira urânio os brasileiros mas que brasileiros os índios os negros mas agora o show que eu fiz um carro uma nação é extremamente problemática e isso seria isso queria dizer sim e aí tem um problema de conseqüências políticas dessa afirmação do senhor fez seriam duas primeira é bom se o fenômeno
é tão bom assim em termos tanto arranhada e iremos preparar a nação brasileira para nos integrarmos cada vez mais esse processo de globalização seria vamos é um corolário natural dessa afirmativa o senhor falou que é boa coisa o mas não a segunda reação precisamos defender da globalização porque ela nos destrói e esta é aparentemente a postura que está no livro do senhor quando for falar que no caso brasileiro mas eu distingo eu distingo nós estamos vivendo uma globalização que a globalização de cima para baixo que é das grandes corporações dos grandes negócios dos grandes mercados
possibilidades normalização é um fato irreversível e danoso gravemente danoso para todo mundo estamos vendo mas eu agora me sinto por dia sempre um fato irreversível o que nos cabe é reconhecer que é um fato irreversível e batalhar para que haja uma globalização de baixo para cima para que os povos os grupos as sociedades as nações possam entrar nisso a taxa estável eu vejo um problema nisso porque o teu príncipe eletrônico é um príncipe da memória e do esquecimento é um san-são conceitos sanção liberdades que que você toma e tomar cuco com grande categoria ora nesse
na parte do esquecimento a esquecidos que sequer podem processar a nova língua franca então como fica a transculturação temos a áfrica que é um tema que aliassem o eu estava preparando pra te pedir a opinião que é um tema pelo qual você iniciou sua presença no no mundo acadêmico da universidade para fora metamorfose do escravo livro com que você canta isso começou essa longa viagem precisamente é como ficam os esquecidos esses que o príncipe eletrônico oculta todo o tempo que acesso eles podem ter essa cidadania global sem desconhecer que o meio eu como bahuan o
rapid df é dispensável a despeito das instituições que predomine a despeito dos governos das corporações o povo os grupos sociais as classes sociais vivem a vida batalhão trabalham padece realizam-se e isto fertiliza não só a vida das pessoas mas a vida da sociedade e isto já está se expressando até mesmo um nível mais transnacional não há dúvida de que há uma inquietação provocada pela globalização de cima para baixo que está levando muitos setores em diferentes países diferentes continentes a se mobilizarem independentemente de estarem não mais ou menos inseridos nisto que a sociedade de mercado ou
as tecnologias eletrônicas e o que nós vemos é um crescente protesto um crescente mal estar que se traduz em vários momentos em manifestações como as que se até o génova fórum social mundial de porto alegre e muitas outras manifestações diante quero exagerar mas não há dúvida que há várias lutas vários conflitos que estão ocorrendo no mundo contemporâneo que correm por fora da internet que corre por fora da mídia e que são expressivos do mal estar que grassa pelo mundo afora mas eu sei se esse material é essa inquietação ela está fertilizando está revelando que nós
todos somos parte da humanidade afinal a humanidade é uma realidade ela não é uma medalha dos nossos sonhos ao menos não é dos meus sonhos mas é um patamar um cenário uma base para eliminar a partir da qual nós vamos caminhar no sentido do que de uma participação mais plena democracia na alta condenada completamente o que eu quero dizer o processo convencional não uma manifestante nacionalismo há 40 anos atrás não tem mais nenhuma possibilidade é melhor nos prepararmos pra isso bom nesse sentido aconteceu um fenômeno aqui no brasil que curiosamente fora do brasil a posição
nacionalista uma posição de extrema direita é a posição da frente nacional foi nacional francês da liga lombarda ex-alemanha dos partidos dão nas vistas e nacionalista na áustria extrema direita eo no brasil nacionalismo tem sido agora uma panacéia esquerda por que o senhor acha que leva por exemplo uma coisa um evento tipo lula fazer uma declaração a favor do protecionismo que é igual a declaração do le pen na praia a extrema-direita e eficaz e vai o mc vai à onu e faz uma loucura absolutamente problema é o brasil nisso como é que fica neste blog vejam
bem posso explicar o seguinte primeiro o brasil ensaiou um projeto nacional projeto de capitalismo nacional que não é dos meus sonhos nos anos 30 64 os militares começaram a destroçar esse processo esse projeto eo governo fernando henrique está completando o processo de desmonte desse projeto só que o discurso nacionalista continua sendo um dado da realidade muitos têm uma experiência política que é pretérita que é nostálgica mas este país não é mais um país soberano é simplesmente uma província do capitalismo mundial quem quem monitoriza as decisões cruciais da economia das finanças no país não é o
governo brasileiro é o irmão da professora somos um exemplo foi o avaí joga falar vale igualmente a alemanha nas cadeias e alemanha para poder concluir sozinho disse que queria pedir um favor a vocês em nome dos telespectadores quando três pessoas falam mesmo tempo o príncipe eletrônico pode mandar o que ele quiser que casa nenhum do sul desenvolve na tua então por favor um de cada vez e vamos lá joão isso que o senhor falou que o brasil vai igualmente por exemplo a frança quer um estado milenar não no sentido no dia seguinte para fazer parte
da comunidade européia a frança teve que abrir mão da sua moeda da direcção da sua política econômica e ele tem que transformar a política econômica em administração que o mal que sorriu imprimiu à sua soberania o país e se o país não definiu seu soberania apagou a sua soberania bom mas perdeu a capacidade de decidir sobre o seu destino mas qual é o país lindão o fernando vai à onu e faz um discurso progressista mas é pura retórica vazia professor que não respalda o senhor a confusão aconteceu ao mesmo tempo expressa a soberania porque ele
não está expressando a sua projeção nacional e à globalização inevitável da une que é possível fundar um discurso soberania nacional o senhor mesmo diz 'vamos cidadãos do mundo vou dar um outro exemplo do seu próprio texto amazônia hoje um problema mundial bom como é que vamos afundar a discussão disso como o problema mundial em função da ecologia que é uma questão mundial se a não há mais um espaço para a soberania nacional que independe da vontade do presidente fernando henrique de quem quer que seja o grande problema é recriar a nação no âmbito da sociedade
mundial porque aquela nação do nacionalismo aquela nação do projeto de capitalismo e socialismo nacional dançou todos os projetos nacionais de capitalismo nacional e de socialismo nacional dançavam recolheu o projeto utópico por que então nós devemos reconhecer que estamos vivendo numa sociedade que é mundial onde por enquanto os mercados as corporações têm uma presença decisiva e batalhar para que a sociedade civil nacional e mundial venha a abrir espaços nesse cenário e reconstruirmos a idéia de nação de indivíduo de local e nacional e regional mas reconhecendo que esse cenário agora é necessária irreversivelmente mundial essa realidade meu
darão o feudalismo demorou séculos para acabar porque depois do federalismo veio o nacionalismo a criação das nações mas o feudalismo perdurou por dentro das nações século 17 18 19 inclusive em alguns países até o século 20 remanescentes feudais o declínio do feudalismo foi longo a agonia do feminismo foi longa agonia do nacionalismo vai ser longa também escolheu o problema é um espetáculo fantástico nós estamos passando a viver num outro cenário no outro quadro sylvia colombo e e ea soberania de fato está praticamente anulada em grande parte das nações hoje eu vejo assim que lá eu
gostaria de votar o tema do príncipe eletrônico no que diz respeito à indústria cultural sem acionar rapidamente à casa dos artistas é como é que o senhor explica esse fenômeno de audiência que são esses programas de reality show ea casa dos artistas especificamente é uma pena mostra que o o espectador é indefeso pode-se passar pra para o espectador qualquer coisa você acredita que a melhor coisa é o mesmo público que é a sinal nast marvel de que o público esteja 100 tão indefeso a ponto de considerar que esse programa é a glória isso significa que
a população está totalmente na defensiva e como fazer essa média capital diz uma pessoa como se fosse uma espécie de resistência como se agora a globo está se dando mal porque afinal de contas é o poder hegemônico e está nascendo um novo poder e isso é um aspecto totalmente secundário você sabe isso eu acho uma polêmica disputa entre a globo e silvio santos com um barulho claudia basso foi professor você estava falando agora em resposta ao jorge jornalismo demorou séculos para acabar é o nacionalismo pode acabar com o que o senhor falasse um pouco sobre
o capitalismo que hoje é praticamente todo mundo acredita que vai ter fim ou pelo menos essa idéia propagada e eu sei que o senhor continua de certo modo acreditando sendo fiel alguns ideais do socialismo que o senhor falasse neste momento de tanta hegemonia dos estados unidos que a gente tem que pensar a respeito essa inteligência realmente formidável isto é se nós fossemos mapear os os modos de produção que se criaram no mundo mas encontraremos muitos modos de produção e o capitalismo está revelando uma tenacidade e uma criatividade excepcionais uma dúvida a capacidade de se recriar
do capitalismo é realmente surpreendente não é porque ele atende a uma necessidade do homem que é de crescer e ganhar mais do que o outro do homem geral em absoluto entendemos entender melhor as necessidades da sociedade que detém o controle do poder econômico político é esse o grande problema então veja bem o mesmo capitalismo que tem sete fôlegos que tem uma energia excepcional de recriar se tem uma capacidade incrível de fabricar problemas que é claro que não foi só eu que os problemas na minha pergunta se eu concluí então eu fico pasmo de ver que
os governantes dos estados unidos não em nenhum momento dez de 11 de setembro 10 a mão na cabeça e se perguntaram mas acontece o que está acontecendo no mundo o que está acontecendo porque fomos vítimas deste ataque precisa ficar porque fizemos o que pode ter sido responsável por esse ataque nenhum deles se coloca isso é claro que alguns autores alguns setores sociais norte-americano se colocam e se colocam corajosamente mas é curioso que aqueles que detêm o poder do homem em geral não alguns setores que controlam o poder político econômico militar não querem saber não se
apresentar os resultados do motor não seria por isso isso transforma o capitalismo numa em low que sinta fábrica de problemas como não estamos mais em 32 anos de problemas soluções alguém imaginaria que fosse o busca agora é por mais que se conteste que tenha um certo nível eliziane mesmo em curso a verdade que existe o governo republicano foi lá tirar da gaveta a intervenção do estado na economia para salvar sua economia não tirou da gaveta nunca deixou de viver nelsinho declarou brown não não podemos até não eu não estou dizendo que o estado que tirou
da gaveta não eu não to apoio na gaveta cheia não fazendo você nem o instrumento central da do estado moderno é a moeda logo nos olhos nos olhos não ela não acorda até outro dia até o time of neutro de até outro dia eu não entendo os entrevistados respondeu rápido até outro dia o as empresas privadas estamos cuidando do dos aeroportos agora quem está cuidando efetivamente é o estado que volta cuidar sim aí o estado americano está injetando dinheiro na economia um pacote de quase 100 bilhões que não estava jantando antes está injetando agora eu
não estou querendo dizendo que isso é bom nem mau eu não to conseguindo se isso não é eu tô dizendo se não é a nação precisa se o se há sobreviventes capitalismo não decorre da sua extraordinária capacidade de se reinventar porque senão é afinal de contas o socialismo estava aí ele não foi derrubado eles se derrubou ele foi derrubado não foi derrubado foi derrubado é um pouco pela socialismo pelos seus erros socialismo foi satanizado desde o primeiro instante to o estudante sérgio foi um dos líderes do primeiro exército internacional contra a revolução soviética iii e
os americanos sábios europeu sabe que a corrida armamentista foi uma operação deliberada para deformar as potencialidades do regime socialista soviético é claro isso é sabido os economistas analisaram isto não é verdade que o regime soviético caiu devido apenas aos erros ou erros é claro inclusive está nem mesmo foi uma deformação que poderia ter sido evitada aliás estava se preocupar ando superar isto o gorbachov não surge da estratosfera a gorbachov surge da mesma dinâmica da sociedade soviética que caminhava no sentido da democratização de modo que vale a pena lembrar que o socialismo soviético veio abaixo não
só pelos erros internos mas pelo bloqueio e pelas atualização ininterrupta desde o primeiro dia da revolução como acontece com cuba a atualização para quem como como acontece com nicarágua mas a atualização público ocidental assim então você satanizar o capitalismo se trata de um outro modo de produção de um outro processo civilizatório é outro é outra forma de vida é outra maneira de ser e não nos iludamos o socialismo é um processo histórico que não morreu ao contrário mas não teve uma fiança de us navy experiência e continua sendo uma potencialidade do mesmo capitalismo que aliás
e tem dificuldades para resolver as desavenças hora nesse quadro a china que agora está no mc a china que abriu 49 por cento do capital que alguns setores capital externo né no seu país que rejeita a democracia que mantém o partido único que negocia com bush autorização para 111 para esmagar a revolta islâmica em uma parte do país é como é que o senhor vê a china neste medo de acordo com essa visão foi aquela expressão o socialismo resistir ali o aquilo é alguma coisa e trocar vendendo 11 uma época crítica mas o regime socialista
está institucionalizado em termos de organização da sociedade em termos de busca de recursos básicos para emprego alimentação educação e claro tentando acomodar se as injunções do mercado internacional e os as alianças eventuais com corporações vai ser em ativos ou negativo não é é uma proposta evidentemente por enquanto ainda é muito ativa eo grande o grande desafio dos chineses é como conciliar a inserção no âmbito da globalização ea preservação de um projeto nacional na cama de gato é um brunch lamentava o nosso que é habitado por ditadura por exemplo não haver uma eleição em que se
respeitem as podemos caracterizar de outras maneiras também pode ser tentadora coleção como teve no principal exemplo do méxico é verdade agora ali que eu saiba é uma ditadura só acho que não vou perguntando não tô seguinte é uma proposta de de realização de um novo tipo de sociedade que existe que formulou mecanismos internos sociedade e isso requer projeto não tem outro jeito adeus brasileiros não somos porto para renovar seus quadros tanto que mao tsé tung já não está mais tanto que tem já não está mais tanto que de repente já está outro quiser a mecanismos
de de sucessão de negociação houve abertura política de sempre que estão em marcha que nós eu não conheço o suficiente os detalhes da pré para dizer se é simplesmente uma ditadura ou uma forma de organização do poder estatal em combinação com partido e em convenção com o metabolismo da sociedade essa condição espiritual mas como o fato não com definição conceitual mas como o fato também vai pergunta mesmo tempo de provocação um país que esmaga o movimento para esmagar na praça da paz celestial como fizera no momento desarmado é que sofreu aquele tipo de repressão nasceu
na vila e isso é claro é que isso caracteriza uma lista é ajudado pelo menos proteger uma dentadura como a matança de tratar louco que foi ordenada pelos americanos em 68 na mesma categoria o inpp fazer uma pergunta é a seguinte para tentar jogar para frente essa questão aí não é tanto o problema do capitalismo mas da democracia na globalização a democracia é um valor fundamental para o futuro só fala por exemplo em criar se eles são os cidadãos do mundo mas não existe nenhum mecanismo democrático de cidadania mundial ele isso é uma coisa ser
criada a democracia é importante para o futuro ué uma forma o que é importante é uma economia mundial ea reforma política vamos não queria veja bem a onu foi criada como uma proposta democrática com uma carta dos direitos universais do homem da mulher e da criança portanto já temos uma constituição mundial democrática o grande problema o cidadão não está representado e hussein diretamente pelos representantes dos seus grande problema é que a onu não dispõe de recursos para implementar esses dispositivos legais e ao mesmo tempo as nações mais poderosas não estão interessadas em conformar-se com esses
princípios que são democráticos que são universais mas os dois voltam com muito potencial da sociedade civil mundial mas aos quais faltou um pouco falta uma coisa que me parece fundamental que é a representação da vontade popular e à possibilidade de alterar e claro não por vontade popular é esse na falta desses cinco desses mecanismos é tudo bem a onu a onu representa alguns valores universais mas é em si não é uma instituição democrática menina que você não altera em aqui não é regido pelas normas do sistema democrático o ideal é que ela é pudesse vamos
fazer ressoar as inquietações não só dos governantes mas também dos movimentos sociais que como eu ele teremos mais ela começa a expressar isso porque a conferência de pequim sobre a mulher que foi da onu assim como eco 92 também combinou movimentos sociais a atividade da onu que nós temos já indícios intencionava weiss não só de uma sociedade civil mundial que está em processo de formação mais de uma proposta democrática nesse sentido em que eu acho que há uma potencialidade o que o questiona de porque nós ficarmos prisioneiros da nação acreditando que a nação é a
solução quando nós estamos vendo que os projectos nacionais foram destroçados por uma maior pureza relação publicada em o livro felizes então cabe sermos realistas e reconhecer que se o projeto nacional brasileiro foi destroçado argentino foi o o nicaragüense foi o da guatemala foi o da indonésia sukarno a uma série de exemplos que demonstram que os projectos nacionais sem esquecer os projetos daí da europa do bloco soviético que foram destroçadas se assim vamos trabalhar com a hipótese de que temos um potencial à vista ainda que complicado que é uma sociedade civil mundial que na medida em
que ela se mobiliza que ela constitui que ela se irrita é se ela pode realizar uma globalização de baixo pra cima uma colaboração mais democratas têm um ator mais natural que o ator social pra fazer isso com que marco de economia política pois aqui as pessoas vão pro porto é claro não entendo mesmo se isso implica outra organização da economia porque porque que a corporação transnacional é o ator por excelência no mundo contemporâneo e todo mundo acha que isso é natural porque é natural que as grandes a oitava posição e se construa administrem o mundo
não é historicamente construído natural não é pois é não é natural e por que não podemos questionar a a o predomínio da corporação é claro que podemos e devemos e devemos imaginar que a riqueza que está monopolizado pela corporação pode ser subdividida pode ser socializada pode ser destruído cuida de outra maneira porque nós temos no mundo uma completa uma uma quantidade de problemas gravíssimos criados precisamente pela maneira pela qual as corporações estão funcionando o que o desemprego estrutural que existe hoje no mundo é o resultado da maneira pela qual está funcionando o mercado mundial no
qual as corporações são os atores por excelência porque que vamos admitir que as corporações devem continuar como os únicos exclusivos atores inclusive subordinando governos você se lembra que aconteceu outro dia com a fábrica da forma o governo do rio grande do sul resolveu questionar com o novo governo as concessões feitas o governo brasileiro correu tomando providências junto com acm para que a fábrica não vai embora isso quer dizer que a corporação de fato poderosa a ponto de dobrar um estado que deveria ser soberano professor nenê nós vamos fazer mais um rápido intervalo a gente volta
já [Música] nós estamos de volta com roda viva esta noite entrevistando o professor otaviano professor é o livro do senhor eu já mencionei isso aqui me surpreendeu pelo pelo usar uma expressão obra pelo vaivém do raciocínio antigamente tinha uma expressão que a dialética mas hoje em dia talvez vaivém seja mais é é compatível com a pós modernidade sei que ele é que existes mas de qualquer modo é em muitas questões do senhor é apresenta uma faceta grave séria ruim e negativa de uma questão e imediatamente é procura enxergar o que é que aquilo ali tem
difícil é esse ano no chamado raciocínio dialética que não contêm nessa aula eu tive poucas ele tinha essa é esse jogo mas sim a tal da superação no momento em que por uma determinada circunstância se conseguia dar com a volta por cima também para usar um outro outros jogam simplista do assim no fim do livro do senhor nas últimas sim as últimas frases o senhor é esse o na biblioteca de babel como se fosse uma espécie de conjunto de todas as as criações os textos né mistura de presente passado e futuro né o texto impresso
falado sonoro colorido lírico dramático e épico em seu disco disso tudo né acabaria se elucidando o caos se eu lhe corretamente o texto senhor em nenhum momento eu vi esse momento de ruptura e de superação que antigamente na no raciocínio dito dialético existia eu penso que combinando o que está escrito nesse texto e combinando outras leituras em pesquisas que eu tenho feito diálogos inclusive contribuições de muitos outros eu acho que o que cabe é reconhecer que nós entramos um outro ciclo da história pode ser só uma hipótese pode ser até uma idéia equivocada mas eu
prefiro trabalhar com a idéia é mesmo que equivocada de que nós entramos num outro ciclo da história do que continuar acreditando que nós vivemos do ciclo do nacionalismo do imperialismo e do colônia mesmo eu acho que é pouco não tem graça um tem beleza tá tudo evidente já é sabido o brincando com a ideia mas na verdade eu vejo assim então eu acho extremamente fascinante nos colocarmos de antibes afinal somos humanidade somos parte da humanidade não é humanidade dos nossos sonhos ela estava sofrendo muito mas já somos irmãos daqueles que vivem nota estão já somos
irmãos daqueles que são hindus já somos contemporâneos e estamos no intercâmbio muito intenso com eles eu acho isso uma glória acho fascinante isso significa que a nação que o indivíduo se redefinir nesse cenário é claro que esse cenário por enquanto está dominado por interesses que predominam tais como os estados unidos a união européia japão tem uma importância grande concentra e isso continua ser problema porque eles em lugar de encaminharem soluções eles buscam preservar as suas posições de mando de controle então cabe nos a nós questionarmos por isso que eu tenho uma interpretação totalmente teodoro ex
a do atentado do dia 11 de setembro com esta pessoa é é aparentemente um ataque terrorista de fato é um ato político a reação não só dos governantes dos estados unidos mas dos governantes da europa ea formação da coalizão que a declaração de uma guerra lo que cida mundial contra uma nação paupérrima transformou aquele acontecimento num ato político excepcional marcar 5 mil pessoas não é isso acabou isso já é um dado na tv com os seus objetivos trata se de um fato que deflagrou uma série de providências e então as providências que foram adotadas transformaram
aquele contrato mesmo não acha que esse fato foi fato olímpico excepcional os professores o anúncio não tem nada na sua concepção de que a ação de quem praticou esse ato tinha clara o que acontecer isso eu vou com a aci com as intenções dos autores mesmo porque não sabemos quais são os autores não se iluda com as intenções porque as intenções no definem a historicidade do acontecimento o que define a questão necessidade acontecimento ea dinâmica das das atividades que se desenvolvem só mandou ir lá e promete uma chuva de aviões não acho que ele é
subir o governo americano declarou guerra e construiu uma aliança portanto se trata de um fato político neste sentido apela a maior influência mais do que evidente neste sentido o que parece que a tua capacidade com acuidade de perceber a transformação acho que de novo ela se revela eu já assisti há 40 anos atrás a previsão sua que poucos meses depois se confirmou mas eu quero puxar esse assunto do seguinte neste ciclo também o que está se acabando e que este ato político do dadá foi o fim do liberalismo foi um choque tremendo nisto que é
de deix desdobrar eu prometo que vou ser breve aparentemente um ato terrorista um ataque terrorista aliás é de facto um ataque terrorista inclusive o custo de milhares de vidas inocentes quanto a isso não é as intenções dos seus atores podem ser exclusivamente terroristas mas isso não esgota o acontecimento o acontecimento ganhou outros significados pela reação do governo à american pela reação dos governos europeus pela maneira pela qual tony blair saiu pelo mundo fazendo a propaganda da guerra é um capítulo que não deve ser menosprezado tentando legitimar uma guerra em low que se dá porque não
se apelou à onu por que não se atenuou a onu afinal santos unidos são membros da onu porque não saber longa a a onu ou a outras organizações transnacionais que poderiam ajudar a clarificar antes que se tivesse clareza sobre o o quais foram os responsáveis declarou a guerra e todos sabemos inclusive as revistas americanas informa que o comprou foi montado na alemanha não foi no taliban não foi na quinta estão e ainda não está claro que o bin laden esteja comprometido com o atentado os próprios americanos ainda não deixaram claro ou então eles têm uma
formação que é secreta que deve estar numa das cavernas o professor deixa bem só para desdobrar 5 mil vítimas e dano colateral nesse caso político não não tô falando foram estudar e cuidar dos males dúvida que foi um ataque terrorista mas o ataque terrorista não esgota o fato - vejam bem a queda da bastilha não é um problema de arquitetura sem problema de história além disso mas na queda do muro de berlim não é um problema de tudo eu sou querendo discutir métodos políticos na globalização que desejar que não é uma democracia formal é uma
espécie de vale-tudo político que ele quais são os métodos a possíveis de atuação política na globalização kelvin presta atenção em 54 a cia ea united fruit destroçar o governo jacob ardente na guatemala em 65 a cia derrubou o governo se chocar no na indonésia em 73 precisamente no dia 11 de setembro de 73 a cia e com atuação ostensiva de robô o governo ali e como não choveu nos roubos verão na bahia tcheco nós temos uma história de terrorismo lançado assim mais bela para descrever ponto seguinte e não tomando a crise ou de terrorismo está
que existe terrorismo de estado é lá que disse não está em discussão mas a minha pergunta é a operação condor a minha pergunta não é essa a minha pergunta é é como é que se cria pra frente uma política que tenha e valorize sorvete bom na globalização ou seja o contato do inter é de bongha a atender o senhor imagina que o caminho é o caminho o leão e coréia na onu mas a união europeia por exemplo nessa guerra agora ela foi induzida por ter sido o homem querendo receber um evento dramático que nem um
pouco mais uma pergunta é qual é o método política qual é o tupi a política a ser criada pela frente certamente teoria não me parece uma posição gesto desesperado mas me parece um caminho que tenha um futuro bonito do colégio terrorismo é uma solução eu acho que devemos analisar com frieza com objetividade o que aconteceu no dia 11 então vejam bem um ataque terrorista que ganha significado eu vou mais adiante que ganhou significado de um ato político pela reação que se adotou agora quando nós recuperamos o que a história da preta o predomínio da hegemonia
norte americana num o mundo desde 46 nos damos conta de que foi destroçada experiência de árvores na guatemala foi destroçada experiência de sukarno na indonésia foi destroçada experiência de allende no chile etc etc entra então em equipe em que mundo nós estamos nós estamos num mundo em que haja política norte-americana sataniza impiedosamente uma série de experimentos sociais perfeitamente legítimos mas perfeitamente válido se você está respondendo pelo passado uma pergunta pro futuro que o senhor está dizendo é que a hegemonia americana será o marco político dos próximos tempo isso não ela começou a ser posta em
causa no dia 11 de setembro de 2001 sabe por quê porque nesse dia em que também se reforça agora aliás sidiclei prazer isso não significa que ela não está posta em causa veja só que acontecendo o ideal nacionalista nos estados unidos pergunta sidiclei prazeres que mandar sua pergunta pela internet após os ataques de 11 de setembro não cresceu vertiginosamente não há uma contradição entre isso ea criança organização o ideal nacionalista nos estados unidos que cresce mas nacionalismo não se apaga ninguém pra outra não há dúvida que cresce mas são estertores são nostalgia que são reminiscências
arqueológicas entendimento e eu acrescento o que aconteceu no dia 11 foi o seguinte o as elites norte americanas descobriram que os estados unidos são vulneráveis isso é um fato político da maior importância na história do mundo e mais de 11 de setembro o mundo descobriu que soberania norte americana no mundo é vulnerar porque o neco hora mas isso é política não funciona eu não preciso mais experiente agora cobra isso é o fato que mais falhou e econômicos acontece professora há alguma alguma mudança econômica importante alguma mudança material importante na sociedade quer dizer é eu eu
até fico bastante eu gostaria que fosse assim eu gostaria de ter essa sua convicção ou gostaria de ter essas toda sua formação e informação para achar exatamente isso agora não consigo enxergar e como é que isso se dá materialmente o que eu vejo é o presidente do bc é o 12 berg tendo que ver o que o cristóvão fazer a economia americana e como é que se comporta o consumidor americano para saber o que ele faz com a política de juros dele e isso na verdade é concorre para a primeira parte da sua tese concorre
a crescer nesse mundo universalizado mas segundo os interesses que parece coisa que eu não vejo a constituição de mano o núcleo uma nova hegemonia por novo não consigo enxergar assim ainda é cedo mas não vamos ser ingênuos são coleção que é soberania norte americana perobinha não nos iludamos o a-ha a soberania holandesa declinou a soberania da alemanha declinou a soberania do estado os arysta declinou a soberania do estudo dos estados unidos vai declinar isso é um dado da história tudo é histórico então não há porque nós nos impressionarmos com o fato de que de repente
um maluco resolveu mostrar que os estados unidos são condenáveis isso não tem nada demais num dado da história em que caiu a a a bastilha caiu o muro de berlim caíram as torres gêmeas do world trade center caio blat a mala por essa lógica é a mesma e caiu o governo da guatemala eu queria colocar uma questão aí nem tudo isso você fala em vários que desde o começo da década de 90 quando você começa a trabalhar a questão da globalização seus vários livros aí vem essa coisa você diz que a globalização é um duplo
paradigma novo 11 em termos históricos então se falar em termos estado de coisa nova que traz então ele provou ter razão ao dizer da questão que nós podemos falar de coisas passadas mas você mesmo se surpreende ao falar que exige o quê o mobo e outro que é um novo paradigma é teórico e aí também a questão então que você junta que é de pensar uma coisa nova muitas categorias de análise que antes às ciências sociais davam agora se revelam às vezes quer dizer tem de superadas ou então têm que ser definidas a própria idéia
de nadi nação nacionalismo nacionalidade umas coisas aqui também eu acho importante que aqui nessa discussão no entanto e apesar de nós temos falado um pouco do trio eletrônico são todas as questões culturais há a questão do tipo de pensamento a questão do nove novas formas de vida o que traz de novo e você fala muito disso a fragmentação a incerteza a o que as tecnologias de tv fala mulher nova base mas é só falar dessa tecnologia e essa surpresa que foi com os americanos que diante de uma proposta tal do escudo na do escudo nuclear
de grande nomes tecnologias o que é uma tecnologia absolutamente fragmentada e até alguns dias se disseram muito até primitiva coloca em xeque isso acho que esse dado novo e naquilo que eu posso entender do seu trabalho e da grande importância como o chico está falando esta sua ousadia em trazer uma coisa que é nova e ao mesmo tempo ter a humildade de dizer qual coisas que continuam valendo mais coisas que ainda não estão claramente definidas claramente é percebidas e portanto você trabalhar aquilo que marun disse parece que você trabalha com uma dialética preferia para muito
mais ambivalente você fala global e local de coisa centralizada e fragmentada você vai falar de globalização de cima globalização deva e aí que está aqui hoje que a grande contribuição e o fato de você estar trazendo isto eu vejo essas categorias que você acha que eu vejo o seguinte num quero tomar muito tempo mas o que se ouve no mundo moderno algumas rupturas históricas notáveis evidentes então o descobrimento do novo mundo que vem acompanhado da renascença de uma revolução cultural excepcional é meu maquiavel bacon x cervantes camões então uma ruptura fantástica nos anos do fim
do século 18 como e século 20 19 com a revolução industrial inglesa a revolução francesa as guerras napoleônicas o iluminismo kant rio voltar grosso guetti beethoven e sete nós temos uma outra fantástica revolução cultural e ao mesmo tempo ruptura histórica então a história do mundo moderno nos revela quem teme tivemos várias rupturas históricas impressionantes acompanhada de dá pra dizer e ruptura epistemológica isto é revoluções culturais excepcionais no fim do século 19 como e século 20 houve uma outra explosão mahler ninguém está em brust b.bice curso beber rímel é uma glória tantas tico que houve então
porque vamos ter ter medo da história porque não vamos acreditar que nós temos a glória de estar vivendo uma outra ruptura histórica com a abertura de outros horizontes porque nos apegarmos aquilo que está estabelecido como se aquilo fosse simplesmente a única solução essa esse meu estado de espírito nesse sentido que eu acho que nós temos a sorte de viver nesse mundo contemporâneo e é provável me permitam a a provocação é provável que o que houve no dia 11 de setembro seja um fato muito mais relevante do que parece pelas suas implicações os posteriores e pelas
suas raízes porque não nos iludamos se aconteceu o que aconteceu é porque há algo muito grave estava acontecendo no mundo não se trata apenas da loucura de um indivíduo se trata de processos e impasses de problemas extremamente graça novo e se não reconhecimento só pegar provocação inicial do campo fernando henrique chegou a falar do longa sobre um novo renascimento é essa modalidade de conceitos essa essa história nova que surge isso não está surgindo justamente na por conta do tal princípio eletrônicos então modo a idéia das festas é e eu só falo muito grande disse hoje
querer eu fico imaginando que uma prefiguração e tola mas talvez só você entender como é que o grêmio deveria esse mundo hoje e quais são as festas através das quais é tentar entrar ou a sua teoria tentar entrar para alargá las para tentar fazer então é desta globalização que está aí dominada por corporações alguma coisa que realmente tenha expressão popular e tenha porque a gente citou aqui de passagem eu queria reiterar isso que considero muito importante é o lula que é de um partido de esquerda de matriz inequivocamente popular eu acho que ninguém com isso
em questão ele foi à frança e fez um elogio à o protecionismo francês e é um protecionismo francês que justamente entre outros é vítima a agricultura brasileira também não vai poder contar o brasileiro passar mal quando o professor francês mas também interfere na balança comercial foi um monte de coisas aí vai o fernando henrique que aqui dentro aliado de um partido de direita que é o pfl e e que pertence a um outro hoje caracterizado eu sou meio antigos como de centro direita na minha opinião que o psdb não é e faz um discurso na
assembléia francês na própria assembleia francesa e depois vai ao mc etc e faz um discurso bastante progressista não é dizer ao mundo o nem louco aí que os sinais de algum modo estão trocados e uma lotaria o rio grande que você mencionou investimentos e grandes shows nas por aqui no século 21 m que escreveu sobre a imprensa escreveu coisas muito lúcidas ainda que fragmentárias diria a tava vendo as conquistas da eletrônica podem transformar a mídia num poderoso agente pedagógico ea hegemonia ou futura a construção de novas e gemma jones onde passa por aí claro que
passa só que tem que democratizar a mídia senhora gente o povo sunita deixe aberta os movimentos sociais o que é deixar de ser monopólio de alguns imagine três pessoas no país monopolizam a mídia é um absurdo agora o seu livro não fala nada sobre a democracia política para o futuro que dizia tem muita coisa econômica e pouca consideração a respeito da democracia como valor universal para a gente usar o próprio grande senhor acha que está em risco o homi pergunta por que o seu livro que trata de tanto o assunto não toca nesse eu acho
que o o o tema democracia assim como cidadania ele está difuso nas minhas pesquisas na música os sons e quando eu falo de emancipação eu tô falando democracia só que eu tô falando uma canção sentindo um pouco mais radical que a democracia política mas também social é claro que essa incômoda e também porque explica em repartir a riqueza nesta sociedade repartições a grande discussão professora grande discussão nas últimas décadas do século passado inteiro não foi justamente como é que se chega é essa a essa democracia mais radical porque trata se do seguinte se supostamente foi
eleito um presidente da república no brasil que queira se o senhor fosse eleito presidente da república e não seria o primeiro cientista social se lê você lê agora terei de professor o senhor o senhor teoricamente poderia aplicar suas idéias e mudar o país teoricamente na prática não é bem assim não na prática é um pouco mais complicado o problema é o seguinte que o país este país construir um projeto de capitalismo nacional poderoso e construiu um incipiente mais evidente estado do bem estar social e esses dois ângulos do mesmo projeto eram bases de novas conquistas
sociais inclusive o governo de jango nos anos 60 e 2 64 estava comprometido com o movimento no sentido de ampliar e avançar na democratização inclusive propondo a reforma agrária de 47 agora os interesses oligárquicos nacionais ligados ao imperialismo decidiram dar um basta nesse processo então a sociedade com tinha o potencial de democratização muito mais amplos o que houve foi uma frustração de um projeto de democratização mas nem por isso dá pra dizer que a sociedade incapaz da democracia o que há é uma manipulação dos meios dos instrumentos de poder que têm bloqueado a gente queria
jogar quando o senhor diz que é necessário democratizar a mídia que três pessoas ou três famílias não podem dominar os meios de comunicação para mudar essa realidade hoje não basta eleger um presidente da república que mesmo diferente o problema de democratizar no sentido próprio do termo através de uma revolução de 1 legislação que abra que abra espaços e legislação essa que vai ressoar as inquietações sociais note por exemplo o seguinte você acha que a coletividade negra faz parte da sociedade brasileira politicamente não faz não é verdade a participação da coletividade negra na sociedade brasileira é
muito limitada a bloqueios a preconceitos há barreiras de todo tipo na sociedade só porque a globo não vê com muito bons olhos a abertura da media capital estrangeiro claro que a minha pergunta é né não tem que ter uma base material branco é captar o primeiro que os donos da mídia você falou que não vai abrir mão de ser o que for então ontem um movimento importante na sociedade que falar de algum modo tomar via congresso mudança de legislação o poder que está nas mãos delas dessas famílias ou a uma revolução de natureza social você
chega lá e se toma de assalto ou a uma mudança importante na base material na estrutura da constituição destas empresas que por exemplo a abertura da mídia ao capital estrangeiro de maneira que se possa garantir a diversidade é foi não vê assim acho que tive é se ele continuaria a privilegiar as 314 família porque não globalizar e também e se esse é um problema que está em aberto por suposto o capital estrangeiro já vem com as corporações transnacionais da mídia então esse é o problema ela não é democrática não é verdade que a mídia transnacional
é democrática ela pode noticiar um pouco fatos e diferentes partes do mundo mas há muitos fatos que ocorre que se amplie simplesmente não não são registrados então a formação da opinião pública fica é insuficiente fica precária ficar limitada e tão grande problema é como mudar o crat zara não somente às organizações as instituições as corporações mas levar a mídia a ser mais perceptiva e mais aberta ao que acontece no mundo professor porque o lei abra um jornal e vejo aquela fotografia sobre o afeganistão abro o jornal e ver uma mesma fotografia e abre o terceiro
jornal para falar dos jornais brasileiros e vejo a mesma fotografia alguma coisa está errada vão várias ou várias professoras taviani muito obrigado pela sua entrevista eu queria aqui fazer uma propaganda explícita já que esse programa é um programa da televisão pública aqui não vive de propaganda este é o livro do professor otávio ianni tudo aquilo que a gente discutiu aqui é um pequeno pedaço que está na obra do professor estava e como o brasil tem muito mais farmácia vou mostrar pra cá livro da editora civilização brasileira está nas melhores livrarias como o brasil tem muito
mais é farmacêutico do que livrarias recomendo a todos que têm uma passadinha na mais próxima delas comprei um livro do professor otaviano não puder comprar certamente pressione a biblioteca mais próxima para que tem em seu acervo possa acompanhar e aprofundar essa discussão que certamente não se resolve em uma hora e meia de abertura do chamado princípio eletrônico uma boa noite a todos e até segunda feira [Música]