Liderança 4.0: Acreditar, Praticar, Melhorar, Compartilhar | Adm. Marcio Fernandes #59

você já ouviu falar em liderança 4. 0 esse é o termo que alguns especialistas usam para caracterizar um novo perfil de líder exigido no atual mundo dos negócios para entender mais sobre esse assunto convidamos márcio fernandes líder autor e criador da nova filosofia de gestão tudo bem máximo tudo bem muito obrigado pelo convite ou pra gente começar é esse nosso bate-papo eu gostaria de saber como é que você está vendo essa era digital no ambiente corporativo estamos falando de liderança 4. 0 revolução quarta revolução industrial como é que está esse contexto na sua opinião eu fico muito feliz quando vejo o tamanho da revolução sobretudo industrial com tantas melhorias com conexões com pessoas falando e fazendo tantas coisas conectadas o que me chateia ainda um pouco é que essa revolução neste nível 4.

0 ainda não chegou na gestão ou seja os líderes ainda não são 4. 0 então a gente já tem robozinhos incríveis mas as pessoas ainda precisam evoluir para vocês que forma essa evolução pode chegar os gestores é os gestores durante muitos anos ea diria até décadas seguiram por trilhos trilhos previamente concebidos que prestigiará prestigiavam o modelo de gestão efetivo de pessoas que mandavam e outras que se submetiam só que isso mudou muito as pessoas hoje já se conectam de maneiras diferentes são mais modernas sobretudo muito mais conectadas ea gente ainda não evoluiu na gestão de maneira que a gente possa ter líderes que optem por se conectar com as pessoas e fazendo com que a afetividade também possa fazer parte desse ambiente corporativo então a efetividade obviamente é muito importante nos trouxe até aqui mas essa revolução que vai gerar o líder 4. 0 ainda precisa acontecer fazendo com que líderes que irão se conectar com as pessoas e equilibrem o efetivo com afetiva e não possa mais ser submetido aquela faca frase famigerada do aqui você tá para trabalhar vai ser feliz em casa temos uma outra frase também manda quem pode obedece quem tem juízo para o líder que ainda segue essa premissa como é que ele pode mudar essa imagem 7 a gente está começando feita com as rupturas né eu sempre gosto de falar lembrando do meu pai meu pai um senhor hoje mais de 70 anos ele adorava a previsibilidade a estabilidade ea segurança trabalha numa empresa por 30 ou 40 anos era algo maravilhoso e que deixava ou muito tranqüilo e feliz pela aquilo então esse trilho que eu mencionei antes ele foi muito conveniente por muito tempo para muita gente agora pra mudar isso entendendo que a sociedade evoluiu a gente precisa de modernização então essa formação do líder é uma opção de cada um não é uma ciência incrível maravilhosa que estão assim é é é quase na linha dos robozinhos maravilhosos que estão aí muito presentes nessa revolução 4.

0 da indústria mas em uma opção de vida há uma reconexão com os seus próprios valores fazendo com que você possa de fato se interessar pelas pessoas esse líder mais tradicional que obviamente seguir uma carreira lícita justa correta mas que já não funciona mais ele precisa querer mudar e mudar muito difícil sobretudo se você viveu nas últimas décadas mandando agora estamos num momento de transição ainda tem muita gente que aceita ser mandado mas a maioria já não aceita mais então aí como é que a gente precisa fazer nós precisamos ensinar ou reencenar os líderes a seguir por caminhos que não são trilhos e sem trilhas que ele permite também o contraponto que permite o outro participando do modelo assim como ele também vai participar a óbvia mente não vai deixar de participar mas precisa abrir espaço para outras pessoas que agora também tem opinião e que adora da opinião esse advento da redes sociais com as pessoas se comunicando amplamente com ou sem conteúdo com ou sem profundidade abriu um novo paradigma as pessoas querem falar então não é mais cabível seguir por trilhos nós precisamos das trilhas e os líderes precisam querer se desenvolver e buscar esse soft skills que a gente chama pra conectar com esse mundo novo é exatamente essa seria minha próxima pergunta a gente está falando de empoderar na equipe de compartilhar de uma liderança horizontal na sua opinião quais são as principais habilidades nessa soft skills que esse líder do futuro líder 4. 0 precisa agora parao o momento ela não precisa seguir essa trilha a gente começou a falar de algumas mas na sua opinião quais são as principais ações você bairrista não tem jeito não podia ser tão exemplo assim eu vou falar das que eu sigo a minha filosofia que eu tento usar que foi o que modernizou a minha gestão e que hoje eu aplico maciçamente desenvolvendo líderes e companhias para essa nova cultura tem apenas quatro pilares você precisa acreditar em você mesmo e nos outros se você acreditar em você mesmo você faz por que você quer não porque tem alguém mandando então é mais leve e gera conexão se você acredita em você mesmo faz porque quer você melhora por convicção então eu acredito e prático e melhor mas é melhor porque eu acredito faço porque eu quero ea última é compartilhar eu compartilho porque faz sentido pra mim e faz sentido para os outros ea gente queria muito menos barreiras e muito mais fluidez do modelo de gestão assim as empresas padecem por perda de produtividade perdas de todos os gêneros custos crescentes e sobretudo porque as pessoas que trabalham e não se conectam com a empresa a propósito muitas delas odeiam empresa que trabalha então ao invés de pedir para ser feliz em casa a gente queria quatro pequenos pontos que são pilares dessa nova filosofia que vai fazer com que as pessoas queiram sobretudo porque elas acreditam nelas mesmas e melhoram porque é uma convicção própria aí quando a gente institui esses quatro pilares do acreditar praticar melhorar e compartilhar as pessoas começam a encontrar um pouco mais de possibilidade de convergência da sua razão com razão da empresa e aí fui muito melhor então seja um líder ou um futuro líder uma ideia que quer se reciclar ele precisa dar alguns passos atrás de pensar não acredito de verdade e eu aceitei demais seguir por esses trilhos que já estavam concebidos e teoria minha vida chata pra valer e acho isso normal bom se você está conhecendo o máximo agora vou falar um pouquinho mais sobre a carreira dele como executivo em 2014 e corrige se estiver errada ele foi escolhido pela revista você s/a como o líder mais admirado do país mais admirada do brasil a empresa que ele liderava por 5 vezes foi escolhido o melhor lugar para se trabalhar no brasil e por duas vezes na américa latina esses quatro pilares que você mencionou agora vocês seguia desde esse período de 2014 agora você ainda está liderando como está a sua vida executiva eu trabalhei durante 30 anos no mundo corporativo comecei bem jovem a minha carreira foi uma carreira bastante legal eu me formei em administração obviamente e conseguir crescer bastante e habilmente cresci muito depois que eu comecei a praticar essa filosofia com 25 anos de idade dos 12 aos 25 negócio tava bem para cadu depois que eu comecei a deixar a coisa mais leve seria um pouco mais do meu coração a andou bem dos 25 aos 30 e eu saí de assistente cs o supervisor e aos 30 anos eu já era diretor de um grande grupo com 35 para 36 e me tornei presidente deste grande grupo e deixe por opção essa empresa é tendo x quase 10 do faturamento dela de cinco para quase 50 bilhões de faturamento no ano de 2017 uma opção minha para seguir uma carreira um pouco mais aberta e conectando com mais empresas muita gente me procurava me perguntava me pedir ajuda e como executivo a gente tem pouco tempo para fazer esse tipo de coisa então eu decidi largar tudo e mergulhar nesse novo mundo então hoje eu tenho feito trabalhos para a construção e rejuvenescimento de culturas organizacionais formando líderes trabalhando com planejamento estratégico governança corporativa e frequenta alguns conselhos de administração também com você aos 36 anos se tornou se ou a gente tem outros líderes muitos jovens também entrevistamos agora pouco o senhor da oracle também na faixa dos menos de 40 anos é uma tendência as grandes organizações a escolherem pessoas mais jovens né com esse perfil mais jovem para liberar até por conta dessa facilidade é de mais de mudar mais sete de se adaptar às novas estruturas eu acho que o mundo está mudando de um jeito que não tem mais espaço pra mim me sabe aquela coisa agora pra você seu executivo você tem que ter 50 anos pra você o presidente tem que ter mais de 50 anos acho que o que está acontecendo agora é que com grande abertura não apenas das comunicações mas dos modelos de gestões que estão buscando novos caminhos as pessoas têm menos tempo para ficar colocando barreiras então eu olho sempre para projetos e processos de cultura que uma pessoa só pode ser promovido a cada dois anos é um perigo porque aos méritos são dados em março foi meu deus mas o que tem em março além das águas de março assim porque março porque o mérito não é dado quando ele acontece porque uma pessoa não é tornada se ou quando ela de fato está preparada ou quando ela de fato se sente preparada talvez preparado totalmente ninguém esteja nunca eu não estava mas encarei o desafio então como quem definiu essas regras disse que tem que ser com mais idade que tem que ser homem por que então eu acho que nós estamos num momento de questionamento de marcos históricos que já não funcionam mais agora eu não considero isso uma tendência eu considero isso uma uma conseqüência do modelo social que a gente está vivendo mudança da cultura organizacional impactada por essa mudança social eu gosto de pensar que sim é eu tava fazendo um bate papo ontem com uma grande indústria executivos dela ea gente estava falando sobre isso e aí eu exemplifiquei pra eles mais ou menos assim eu acredito que a nossa geração a minha dos meus pais a gente trouxe até essa margem do rio ea gente seguiu pelos trilhos e chegamos aqui agora cabe a nós sobretudo pessoas mais jovens que eu e alguns da minha idade talvez alguns até de uma idade um pouco superior à minha construir a ponte nós temos certeza absoluta que essa margem do rio do lado esquerdo ela já deixou de existir nós agora pessoas de diversas gerações vamos construir essa ponte para um novo mundo a gente não sabe exatamente como é que vai ser esse novo mundo mas ele já está sendo criado então nós não temos ainda precisão dos dados e critérios e modelos que vão reger essa nova cultura mas ela vai mudar com certeza absoluta porque a gente já sabe eu faço o teste olhando pros meus filhos eu tenho três crianças o menino de 10 uma menina de 8 uma menininha de serys e aí eu penso assim eles vão aceitar isso que às vezes eu tenho que aceitar e que meu pai estava sempre não eles precisam de um novo ambiente é isso que eles buscam eles precisam concordar eles querem entender eles precisam participar então são coisas muito diferentes e agora nesse momento cabe construir essas pontes para que depois eles possam ter fluidez o nosso objetivo como administradores em exercício da função é fazer com que essa ponte fique bem feita que a gente possa entregar o bastão nas mãos dessa próxima geração porque a gente já desperdiçou um bônus demográfico um ambiente em que a maioria da população brasileira estava economicamente ativa trabalhando plenamente então a gente não conseguiu colher bons frutos desse momento que acabou dura de 20 a 30 anos mas já passou então nós precisamos fazer com que essa transição para essa liderança que eu chamo de 4. 0 que ela aconteça e faça com que os próximos passos que serão dados muito provavelmente por outras gerações o melhor dado do que os que a gente tem dado até então vou aproveitando essa sua resposta nessa última fala do márcio vamos falar agora da nova filosofia de gestão se acabou de lançar o livro com esse tema e os seus dois outros livros a felicidade dá lucro e o fim do círculo vicioso são temas são títulos que abordam também quebras de paradigmas queria que você falasse um pouco sobre o seu mais recente livro e sobre esses dois últimos não é porque é ficar em torno dessa temática você acredita de fato em que é importante o executivo como você abordar isso até pra disseminar nesse assunto entre outros executivos entre outros hits eu tô acreditando profundamente que a mim cabe participar dessa construção dessa nova ponte a coligação essa ligação entre os dois mundos é torcendo para dar tempo de viver um pouquinho do outro também mas eu tenho me empenhado muito nisso nunca imaginei que pudesse escrever um livro quanto mais três então como executivo eu achava que eu fazer um bom papel trabalhei muito tempo na área financeira depois eu girei por várias áreas e tive a oportunidade de ver coisas com as quais eu concordava pouco e gostava menos ainda então eu falei poxa mas eu preciso fazer alguma coisa ea forma que eu encontrei foi até atendendo um convite da companhia das letras da editora penguin para fazer o livro eu pensei porque lucro tem que ser um negócio tão chato um ferrenho então julgado pela sociedade porque a gente não pode gerar felicidade ao mesmo tempo que a gente constrói lucro e isso foi a minha primeira bandeira mostrar para as pessoas que sim é totalmente possível fazer altíssima performance não é com o paternalismo ou com autoritarismo é com justiça mas fazendo do jeito certo todo dia e é possível e aí eu fiz o livro livro que eu tive que contar um pouco de mim pra mostrar para a sociedade que iria consumir esse conteúdo quem era eu e eu fiz questão de mostrar toda a simplicidade que sempre região a minha vida mostrando para as pessoas que eu era um menino como um fim uma empregada doméstica de um operário metalúrgico e que de repente eu achei que eu podia acreditar mais em mim comecei a transformar minha vida e é possível então esse livro teve esse propósito depois do segundo livro muitos amigos disseram pra mim é legal pra caramba fica muito jóia mas como é que começa o começo tem que ser uma quebra de um círculo vicioso porque o modelo que a gente ainda vive que trouxe a gente essa margem do do lado do rio né ele ainda funciona então tem um monte de empresas ainda naquela teoria do comando e controle e se eu for colocar dinheiro em comando controle e na felicidade das pessoas e isso é um grande erro porque só afeta a produtividade a vontade da pessoa de tallin então não faz mais produtos bons serviços maravilhosos por opção ela faz que está sendo coordenada o que está vinculada com uma algema de ouro que é o pagamento do bônus que é o quanto ela vai ganhar pela retenção então são coisas ridículas que já não existe mais tipo reter pessoas em 2020 não existe ea gente ainda vê cursos de retenção de pessoas é um absurdo completo então eu fiz uma abordagem bastante é dura para tentar ser convincente de que essa quebra desse círculo vicioso sim é possível e necessária olha eu diria que ela já está quase chegando no inevitável sabe tem gente que ainda tenta evitar infelizmente muitas empresas já mergulha nisso e e querem muito e eu fico muito feliz quando vejo empresas que não precisam ainda porque ainda são muito bem sucedidas mas já querem isso é legal que a gente chama quer mudar por amor e tem mudar pela dor mesmo que tá uma merda danada que vai mudar porque já não tem opção então a gente tem os dois e aí eu pensei poxa eu preciso fazer um baba eu preciso fazer um passo-a-passo pegando os principais pontos e construindo de uma forma organizada o que seria essa nova cultura ea representação que eu uso no terceiro livro uma árvore então o comércio lá da rocha do lençol freático nas raízes e construiu essa árvore montando o que seria uma cultura promissora auto sustentável com pessoas engajadas inspiradas que estão ali por opção e vem conexão com aquilo então se o seu negócio não conecta com as pessoas tá na hora de mudar seguir pela aquelas visão missão isso é muito chato muito adequado e muito pragmático as pessoas precisam de coisas que as conecta em e aí você pensa os exames não é ruim não é ruim usado é chato pavor agora valor e sim a gente usa eles como base e cria o propósito da nossa empresa a razão de existir se a nossa empresa acaba amanhã quem vai sentir falta meia dúzia de clientes que vai ligar a falar vocês mandaram esse mês aqui o relatório não mandar o produto só isso e depois outro direciona o outro fornecedor e está tudo bem sua empresa tem que ser fundamental e ela só consegue ser fundamental quando ela se conecta com as pessoas sejam elas colaboradores ou clientes na ásia o que você acha que pode acontecer com as organizações que ainda mantém ou não pensam em mudar a tradicional forma de gerir quando eu faço eu tenho algumas palestras que eu costumo fazer e e também falam muito disso nos conselhos que eu freqüento eu digo o seguinte para as pessoas que essa transformação é necessária já é quase inevitável mas tem a um ponto crucial que ainda atrapalha o bom andamento que é o ego então o ego sobretudo de executivos e de pessoas que se acham super poderosas e talvez queiram manter um pouco mais esse modelo porque o modelo novo parte de um compartilhar dividir para multiplicar então é muito mais difícil abrir mão de todas as suas conquistas de todas as suas glórias de todo o seu poder muitos deles já não precisa mais de dinheiro mas adoram o poder então é muito complicado fazer essa transição neste ambiente agora algumas empresas que já perceberam isso começam a tratar porque porque não vão sobreviver não dá pra viver de um castelo encantado que o único e exclusivo ambiente que faz sentido é o olimpo uma empresa digna e conectada ela tem que chegar a vários da a vários ângulos da sociedade entregando produtos que fazem sentido preços que sejam acessíveis coisas de qualidade criando é sentido para as pessoas que consomem que compra ou seja não dá mais pra ficar pensando em estruturas de ego e de poder infelizmente as empresas familiares estão mudando rápido porque o dono ele montou aquela empresa porque ele tinha alguns valores e vontades e sonhos que ele queria realizar então por muito tempo ele também seguia pelos trilhos mas ele se reconecta rápido ele entende falar um choque legal eu consigo fazer muito mais produtividade muito mais lucro do jeito certo isso tem a ver com o que eu penso é por isso que eu criei esse negócio legal então de mergulho rápido às empresas públicas incrivelmente estão mergulhando rápido porque elas buscam desesperadamente um caminho então tem muita gente boa ea gente tem um caminho sim e as pessoas boas querem se reconectar e fazer isso rápido cooperativas muitas cooperativas mergulhando rapidamente e para a minha grande felicidade multinacionais de todos os tamanhos brasileiros e de fora do brasil se conectando com isso nós estamos começando o nosso primeiro projeto fora do brasil para fazer cultura organizacional no ambiente que não necessariamente têm a nossa cultura seja você está muito otimista eu tô otimista infelizmente não é tanto por amor é muito pela dor mas eu acredito que isso vai despertar muita gente que pode caminhar pelo amor também então eu sou um eterno otimista bom estamos chegando à final do nosso programa mas antes da gente terminar quero deixar um recado pra você administrador e estudante registrado na cna são paulo o tema liderança 4.

0 não fica só que a gente fez uma matéria especial inclusive o márcio é um dos entrevistados onde a gente vai se aprofundar mais sobre esse assunto não se você quer ficar sabendo mais sobre liderança 4.