Pr Marcos de Souza Borges / Coty | Raízes Curadas

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Pr Coty
Video Transcript:
Bom dia, gente! Em um espaço em seu coração, família é uma expressão da natureza de Deus. É impressionante como Deus se expressa nessa linguagem da família.
Costumo dizer que Deus é muito mais do que um Deus todo-poderoso; Ele é um pai, pai amoroso. E eu acho muito interessante porque, no pico, quando a gente estuda um pouco sobre a criação, a Bíblia fala assim: "Criou, pois, Deus o homem à sua imagem e semelhança; macho e fêmea os criou. " Isso significa que, não só individualmente, nós somos imagem e semelhança moral de Deus, mas a humanidade, principalmente na revelação da família, é a imagem de Deus.
A família é uma imagem de Deus. O conceito de macho, o conceito de fêmea, o conceito de casamento e de família são inerentes à imagem e à natureza divina. É por isso que, quando Deus fala sobre abençoar a humanidade, Ele usou esse termo com Abraão: "Em ti serão benditas todas as famílias da terra.
" Ou seja, veja bem que a benção de Deus não está associada a um indivíduo, mas está associada à funcionalidade da família, ao sistema familiar. A família é a imagem mais plena da natureza divina. Eu gostaria de compartilhar, então, com você um pouco sobre esse princípio que é tão forte, tão fundamental, porque o sucesso de qualquer sociedade, o sucesso de qualquer nação, depende exatamente disso: da funcionalidade do sistema familiar.
Para a gente falar sobre família, lógico, tem um ingrediente que é muito importante. Esse ingrediente é o amor, expresso na lei áurea. É interessante que Moisés resumiu toda a moral de Deus em dez leis, dez mandamentos de catálogo, mas Jesus foi mais além.
Você sabe que, quanto mais você consegue simplificar a coisa, mais prática ela se torna. Então Jesus resumiu toda a moral de Deus, tudo aquilo que faz os relacionamentos humanos funcionarem, nessas duas leis: "Amar a Deus sobre todas as coisas" e "Amar o nosso próximo como a nós mesmos". Mas muitos de nós temos uma noção um pouco distorcida sobre o amor.
Aliás, no mundo de hoje, esse é um dos conceitos que têm sido mais depravados. Por incrível que pareça, não é o amor que tem sido o campo de ação onde o egoísmo mais tem se desenvolvido. Não é.
Quando se fala em fazer amor, hoje se está falando de sexo, de tocar só o corpo, sem alma; uma coisa totalmente superficial, de auto-satisfação. Hedonismo. Hoje temos essa famosa cultura do hedonismo, que é o prazer pelo prazer.
Nós temos uma aversão ao sacrifício; uma cultura do não-sacrifício. As pessoas não são mais fiéis ao casamento; elas querem ser fiéis ao sentimento. "Ah, eu não sinto mais, então jogo fora.
" Porque eu não sinto mais. Então, é muito importante a gente definir, na verdade, o que é o amor. De uma forma muito simples, nós podemos dizer que o amor não é apenas afeição, com muito romantismo.
Lógico que o amor carrega uma carga de afeição, mas também o amor é limites. Limites. Então, veja bem: não só afeição, como também limites.
Mas a justa medida entre a afeição e os limites. Correção é uma expressão muito importante da paternidade de Deus. Acho que, até na última vez que eu vim aqui, nós falamos um pouco sobre a correção do pai.
Não é? Limites vão produzir disciplina, orientação, segurança moral, afeição, compaixão, solidariedade, fortalecimento emocional. E o equilíbrio entre a afeição e limites é o que define a verdadeira liberdade; aquela liberdade que não se confunde com libertinagem.
A verdadeira liberdade que caracteriza o amor se baseia na aplicação de limites e afeição dosada. Veja bem que a dose pode estabelecer a diferença entre a cura e o veneno. Na verdade, a dose certa cura; a dose errada pode até matar.
O que eu quero dizer é que amor sem limites é libertinagem, e amor sem afeição é legalismo. Tanto a libertinagem quanto legalismo são elementos altamente tóxicos para a funcionalidade dos relacionamentos humanos. Então, é muito importante a gente entender esse conceito de amor.
E eu gostaria de, bem rapidamente, estudar com você um quadro de valores que é legado aos filhos através nos papéis que os pais devem exercer. Quando a gente fala sobre uma cobertura familiar, a cobertura familiar é formada não apenas pelo desempenho do papel do pai, como também pelo desempenho do papel da mãe, mas também pelo desempenho do papel do casamento, do relacionamento entre eles. Então, o casamento também é uma pessoa; é uma pessoa plural, jurídica, mas é uma pessoa que tem consciência, tem identidade, tem propósito — que são os atributos que definem uma pessoa.
O pai vai comunicar, ou deixar de comunicar, três coisas para os filhos: direção, limites e segurança. Por sua vez, a mãe vai comunicar, ou deixar de comunicar, também três coisas para os filhos: vínculos, nutrição e organização. E, por sua vez, o casamento vai proteger, ou de repente desproteger, os filhos em três áreas: a área da sexualidade, da afetividade e do companheirismo, que entra, inclusive, a palavra amor no grego, no original do Novo Testamento.
Esse conceito, o conceito do "eros", é o conceito sexual do amor; o conceito do "ágape" é o amor altruístico, sacrificial, o moral, no nível de mandamento; e também é o "filéu", que é o amor de amizade, companheirismo. São três aspectos fundamentais do casamento. Não é a sexualidade dos pais, a pureza sexual; não é o amor altruístico e a parceria.
Amizade não desempenham um papel fundamental na formação dos filhos, na proteção dos filhos. Estamos começando aqui pelo princípio, ou a função do pai. Veja bem que o desempenho da função do pai tem muito a ver com produzir na vida dos filhos uma noção de missão e liderança.
Liderança. O que é liderar? Não é?
Liderar é isso. É alguém que realmente serve de referencial, dando. .
. A um grupo de pessoas, a direção não é trazendo direção, estabelecendo limites e proteção. Isso é liderar; tem a ver com direção, limites e proteção.
É exatamente o papel do pai. É interessante quando a gente olha isso numa perspectiva do relacionamento de Deus com o seu povo. Agora, a gente vê isso muito claramente na infância da nação de Israel, inclusive quando Deus tira o povo de Israel da escravidão do Egito e os conduz pelo deserto.
Não é ali por um lugar onde não havia caminho; a Bíblia usa essa linguagem dizendo que, como um pai carrega o seu filho nos seus braços, assim Deus conduziu Israel pelo deserto. Então, a primeira coisa que a gente vê é que a direção Deus se manifestava na forma de uma coluna de nuvens durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite. A nuvem andava, o povo andava; a nuvem pairava, o povo parava.
Então, eles estavam sendo dirigidos, os que estavam sendo levados para o seu destino. O bom desempenho do papel do pai leva o filho para o seu destino, ativa esse norte vocacional, não é? Sendo dentro dele uma bússola, um discernimento do propósito, a descoberta do dom.
Porque, na verdade, não somos nós que escolhemos o nosso dom; é o nosso dom que nos escolhe. Não, eu não acredito em uma predestinação para a salvação, mas eu acredito em uma predestinação para a vocação. E é interessante como, realmente, quando o pai cumpre o seu papel, é uma pessoa bem direcionada na vida.
Como isso realmente vai produzir esse referencial que consolida um senso de nortear, momento conduzido, conduzindo a pessoa a estabelecer, cada vez mais, os objetivos certos e alcançá-los. É interessante, em contrapartida, que pessoas que tiveram um pai ausente, talvez um pai que abandonou a família ou um pai que se anulou por causa de alcoolismo, e tantas outras coisas, normalmente essas pessoas se sentem desorientadas em relação às coisas mais importantes da vida, fazem uma série de tentativas vocacionais frustradas. Para muitas delas, parece que a vida vira um labirinto cheio de becos sem saída.
A vida emocional, muitas vezes, é desestabilizada por uma carência afetiva terrível; essa dinâmica, né? Então, essa carência do pai sendo compensada por um crédito de concupiscência, levando muita gente para a perdição. Então, o que, na verdade, a primeira função do pai é nos dar um norte na vida.
Eu acho muito interessante. Ele é como Jacó; ele profetizou o destino dos filhos. Os pais são aqueles que profetizam o destino dos filhos.
Antes de morrer, Jacó chamou todos os filhos, colocou a sua mão na cabeça de cada um, e aí você vê a bênção de Jacó para cada uma das tribos de Israel. E é impressionante como aquela palavra, não é? Dará um norte, um destino, um futuro para os filhos.
Seu primeiro papel como pai é norteá-los, é fazer brotar dentro do seu filho, pelo seu bom testemunho, um senso de orientação e destino. A segunda coisa, uma função do pai, é produzir limites. Limites também são algo muito amplo; a gente poderia dar uma aula só sobre isso.
Mas é algo que a gente observa também no relacionamento de Deus com seu povo, como Deus foi dando para Israel, revelando para Israel leis, mandamentos, estatutos, explicando para o seu povo as leis que governam o mundo moral e que, quando são obedecidas, você vai experimentar a vida no seu potencial máximo. A grande chave de uma vida bem-sucedida é o discernimento dessas leis que governam o mundo moral. Sabe que, inclusive, o ministério profético tem, na verdade, esse fundamento.
Não é que um profeta já sabe o futuro; não, ele conhece as regras do jogo, ele conhece as leis que governam o mundo moral. Pelas escolhas que uma pessoa está fazendo aqui e agora, a gente pode saber o destino delas. Então, Deus estava dando para o seu povo esse discernimento sobre os limites, também corrigindo o seu povo.
Quando a gente fala sobre limites, é a importância de aprendermos a ouvir um não, não é? Aprendermos também a controlar os nossos desejos, os nossos sentimentos. Isso tem a ver com todas as áreas da vida, não só a área moral, mas também a área sexual.
Eu costumo dizer que quem afirma a sexualidade dos filhos é o pai. Quem estabelece os limites, às vezes a gente pensa assim, que o pai afirma a masculinidade do filho e a mãe a feminilidade da filha. Não, é o pai que afirma tanto a masculinidade do filho quanto a feminilidade da filha, o pai, pelo exemplo dele, pela pureza dele.
Principalmente quem é mulher sabe disso. Uma coisa é receber um elogio de uma outra mulher; outra coisa é receber um elogio de um homem que te ama com pureza. Minha filha, quando era criança, ainda estava lá sem boné, olhando no espelho, e eu olhava para ela e falava: “Você é uma princesa.
” Quando ela ouviu um elogio, puxa vida! Assim, a feminilidade aflora. A homossexualidade tem a ver com a carência e a rejeição materna, e a disfunção da paternidade.
Então, quem estabelece limites para os filhos é o pai. E quando falo em estabelecer limites, a gente não está impondo regras, mas sim através de um exemplo que fala alto, de uma vida coerente. Jesus explicou isso muito bem na Grande Comissão.
Quando ele nos ordena pregar o evangelho, ele fala: “Ensinando as nações a guardarem todas as coisas que eu vos ordenei. ” Veja bem que a Grande Comissão é você ensinar os mandamentos de Deus. Ensinar os mandamentos de Deus é você ensinar a guardar os mandamentos de Deus.
Uma coisa é ensinar mandamentos, outra coisa é ensinar a obedecer. Você só ensina obediência obedecendo com a sua coerência. Jesus, ele falava assim: “Eu me santifiquei a mim mesmo para que vós.
. . ” Já estão identificados.
Na verdade, Jesus não tinha um sermão sobre a santidade; ele era o seu irmão. Ele é o exemplo. É assim que nós acendemos uma lâmpada no coração dos nossos filhos, que ninguém pode apagar.
Por isso que a Bíblia fala: "Ensina o seu filho no caminho que ele deve andar; quando ele crescer, não se desviará dele. " Limites. E a terceira coisa é ser o papel do pai: proteção.
O senso de segurança e confiança que constrói a autoestima vem pelo perfil do pai. O seu posicionamento, o seu espírito de presença, iniciativa, provisão vão comunicar segurança e descanso. Por isso que o principal papel do homem não é tanto, vamos dizer assim, a presença dele no lar, mas o que ele significa para o filho.
O homem é o caçador, é aquele que sai em busca do sustento. Não é a presença dele, mas é o que ele significa. [Música] Então, quando ele é um homem responsável que provê, a filha chega em casa e eles estão preocupados: "Vai ter comida?
Não vai ter comida? " Não, eles sabem que existe um pai responsável e provedor. Eu já ouvi muitas histórias que imaginam, de repente, o pai que deveria trazer o sustento para casa, mas o cara simplesmente "perdeu o gol" no boteco.
Em vez de comprar o que a família precisava, o dinheiro foi para o bar, com álcool e mulheres. Certo? A família começa a passar necessidade; isso vai produzir angústia, ansiedade.
Os filhos, ainda pequenos. . .
Eu lembro uma vez que estive em outro continente, ministrando, mas ao mesmo tempo visitando uma equipe missionária. Comecei com essa moça; ela me procurou, tarde. Ela desabou no Gmail; era uma missionária transcultural.
Ela falou assim: "Olha, pastor, eu preciso confessar que às vezes eu tenho dificuldade até de acreditar em Deus. Eu tenho uma sensação muito forte de que Deus não existe. " Eu falei: "Qual?
" Puxa vida! Fui conversando com ela, ouvi a história e, de repente, ela começou a me contar como foi a infância. Ela começou a explicar que o pai dela era um cara assim, na cana, mas quando estava sóbrio.
. . Dificilmente ele estava sóbrio.
E quando ele bebia, realmente ele se tornava uma pessoa extremamente violenta. Então fui me encontrando com alguns episódios que realmente marcaram ela, porque ela falava assim: "Até hoje eu me lembro do barulho do portão de casa abrindo. " Ela falava que sabia quando era meu pai que estava chegando e se ele estava bêbado ou não.
Então, quando ela já sabia que o pai estava bêbado, ela entrava debaixo da cama e ficava sozinha, encolhida, sofrendo fobias, com barulho, briga, gritaria, toda aquela confusão. Ela falava assim: "Puxa vida! Nem sempre as coisas faltando em casa, as brigas, é porque o pai gastava tudo.
" Então eles passavam necessidades. Ela fala: "Não consigo acreditar que Deus pode suprir a minha necessidade. " Comecei a observar o estrago, como isso cavou fundo na sua alma.
Segurança. Cada vez que o pai chegava embriagado, aquilo foi inoculado em segurança na vida dela. Uma vez também ouvi uma história interessante.
Esse pastor, um muito amigo meu, ele morou muito tempo na América. Nessa época, ele não era crente, trabalhava lá de pintor. Ele contou que chegou, estava trabalhando na casa, pintando as coisas, e chegou um menino pequeno.
O menino começou a brincar, se meter nas tintas dele, ele era meio assim. . .
botão. Ele chegou e o menino falou assim: "Alex, ainda que se não te dar um cascudo. .
. " Olhou para ele e falou assim: "Chama meu pai para você, foi embora, né? " Triste.
No fim da tarde ele estava vendo o menino passar na frente, e quando ele olhou, era porque estava de mão dada com o pai. E o pai era baixinho, pequenininho. Ele pensou assim: "Rapaz, se realmente fosse a malpa, o pai dele ia tomar uma surra.
" Mas na cabeça daquela criança, o pai era o Superman. Se entende o que é o referencial? A segurança que ele tinha: "Vou chamar meu pai.
" Esse é o princípio do pai. Isso vai construir uma noção de missão de Deus. O princípio, a função da mãe vão trazer uma noção de submissão e apoio.
É interessante porque a mãe é a preparação para o nosso relacionamento com o Espírito Santo. Veja bem que a mulher é imagem e semelhança moral de Deus. Por isso, gente, o homem não é superior à mulher; a mulher não é superior ao homem.
Ambos, macho e fêmea, são imagem e semelhança de Deus. Tem uma questão: função. A questão aqui é a função, não o valor.
A função, mas a mãe é essa preparação para o nosso relacionamento com o Espírito Santo. A figura da mãe comunica descanso, dependência do Espírito Santo. Normalmente é assim: todo esse carisma, né?
As pessoas mais carismáticas que eu conheço, elas tiveram realmente um referencial muito bom em relação à mãe. Não é como que a mãe é intuitiva, carismática, né? Quando nós estamos em perigo, sua mãe percebe; intui a situação.
Não é? Quando, de repente, está sentado, desacreditado, a sua mãe apostando em você, fazendo uma picareta mesmo, ela não evitou um dinheiro emprestado. Então, o modelo de autoridade materno é responsável em relação aos filhos pelos elementos que fundamentam uma capacidade administrativa.
Nós vamos ver que liderança e administração são coisas muito diferentes. Mas o que é uma boa administração? [Música] Administrar tem a ver com a capacidade de estabelecer vínculos, relacionamentos, a capacidade de nutrir esses relacionamentos e também sistemas e organização.
Organizar as coisas, as devidas coisas, as devidas pessoas nos devidos lugares. Então, administração tem a ver com vínculos, nutrição e organização. É por isso assim que, na verdade, muitas empresas acabaram descobrindo as mulheres.
Que eu vou te falar: a paz, a capacidade que as mulheres têm para administrar. . .
Um dia, Irene, iria liderar uma empresa, mas administrar uma. A empresa dá de dez a zero. Os homens, muitas vezes, não são a primeira coisa.
Eu sou os vínculos; esse é o primeiro papel da mãe: não é despertar em nós essa capacidade de estabelecer novos relacionamentos? Não é a nossa saúde emocional, nosso equilíbrio temperamental? Não é essa capacidade não só de iniciar os relacionamentos, mas relacionamentos que se tornam sustentáveis.
Isso tem muito a ver com o papel da mãe. Em contrapartida, pessoas que tiveram uma mãe ausente ou a mãe ferida, no momento, desenvolvem problemas crônicos e bloqueios de relacionamento. O que eu observo é que, normalmente, pessoas extremamente tímidas ou extremamente críticas são, respectivamente, o subproduto de um relacionamento ausente ou quebrado com a mãe.
Às vezes, é comum em mulheres que sofrem muito no casamento, são traídas, às vezes sofrem violência, e muitas vezes não se auto-resignam. E, de repente, elas começam a descarregar tudo isso na criação dos filhos. Não é produzido exatamente problemas de relacionamentos fortes?
Aquela famosa parábola do Dj, uma parábola do espinheiro. Porque um filho que sempre foi tratado de uma maneira muito ríspida, muito crítica, de repente se torna assim, sem perceber; o comportamento dela fica engessado, mesmo, mesmo padrão de relacionamento. Não é mais o perfil da mãe que seu estado de presença?
Vão determinar a liberdade ou o aprisionamento temperamental na vida dos filhos. Domingos também entra o papel da mãe: a nutrição. Veja bem que isso, nessas coisas, está na natureza da mulher.
O que diferencia fisicamente a mulher do homem é isso: a mulher tem útero, ela tem seios. Não é? Ela é uma gestora por natureza, ela é uma amamentadora por natureza, e isso está na configuração da mulher.
E nutrição, não veja bem, não é só orgânica, mas emocional, moral, espiritual. Não é? Nutrição pode ser definida como essa atenção à cidade, essa capacidade de exercer cuidado, apoio, uma noção de solidariedade, amor.
Isso depende do perfil da mãe. A mulher, naturalmente, é mais sentimental, mais intuitiva, mais solidária que o homem. Não é?
E é impressionante como isso acabou moldando os filhos e aumentando o potencial deles em termos não só de sensibilidade emocional, como discernimento espiritual. Estava falando com o pastor, fazendo algumas vezes, eu estou fazendo um treinamento, atendendo alguém junto com a minha esposa. A paz, ela percebe uma coisa: tínhamos intuições, uns discernimentos, uma das revelações que eu falo assim: "Rapaz, acha que eu sou um que ia perceber isso?
Nunca. " Então, é interessante como a mulher tem uma sensibilidade. Quando sua esposa fala um negócio, eu te aconselho a prestar atenção: ela está observando algo que você não está conseguindo observar.
Os melhores pastores, no sentido funcional do dom, que eu conheço são pastores que tiveram uma mãe muito presente, muito funcional, não é? Que nutriu esse filho com seu estilo de vida sensível, intuitivo, solidário e talentoso. E também o terceiro papel da mãe é organização.
Enquanto o pai governa, a mãe edifica. Acho ela é a organizadora da casa, promovendo esse ambiente de ordem, ao mesmo tempo aconchegante. Então, o princípio da mãe ensina que ela não apenas deve produzir um ambiente físico aconchegante.
E olha, impressionante como as mulheres têm um dom para isso. Eu não sei se alguma vez você já foi assim, numa casa, num lugar onde o amor ao homem parece uma confusão. Se acha cueca dentro do bolo de café.
Após, acaba com isso, é como um furacão. Quando uma mulher chega a um lugar desse em dois dias, está tudo arrumado! É impressionante a capacidade que a mulher tem de organizar.
É um dom. Ela é uma adjunta idônea. Nessa palavra, adjunta idônea, isso: ela é administradora, gestora e idônea.
Literalmente, é aquela que olha nos olhos de igual para igual, não inferior, capaz de realmente fazer a diferença. Por isso que eu sempre falo à paz: uma mulher, quando quer levantar um homem, não tem ninguém como ela. Mas também, quando quer destruir, coitado, nem bairro.
A paz é um negócio terrível, né? Então, o princípio da mãe ensina que ela deve produzir não só o ambiente físico aconchegante, mas um ambiente emocional que congrega a família. Honestamente, é aqui que às vezes muitas mulheres começam a perder o marido.
Não é? A Bíblia faz sérias advertências sobre isso. Não é que a mulher começa a reclamar?
Não sei se você já percebeu isso: quanto mais você reclama, quanto mais você se torna religiosa, não é? Quanto mais reclama do seu marido - ele faz o que você queria. Quantos já perceberam que essa não é a estratégia certa?
Porque quanto mais se reclama, ele faz. . .
E no dia nós falamos aqui: qual é o grande ponto fraco do homem? Não se sentir respeitado. Qual é o grande ponto fraco da mulher?
Não se sentir segura. Então, quando a mulher começa a se sentir insegura, ela tem uma tentação muito forte de desrespeitar o marido. Quanto mais ela desrespeita, nem às vezes o marido chegou em casa, ela começa a reclamar, reclamar, reclamar, reclamar.
Não é? Esse cara vai se sentindo desrespeitado a tal ponto que ele começa a evitar o lar. E quando ele começa a evitar o lar, nós falamos também, sugere um vácuo emocional.
E daqui a pouco, alguém vai ocupar esse espaço emocionalmente na vida dele. Aquela velha história, né? E uma.
. . uma Gesa, e eu vou te falar: a Gesa sabe fazer o papel da esposa perfeita!
Mas é a Gesa. . .
[Música] Daqui a pouco, é mais um casamento que foi destruído. Mulher sábia edifica, fisicamente e emocionalmente, o lar, proporcionando um ambiente de conforto e liberdade, polariza a família. Um homem não via a hora de voltar pra casa; os filhos se sentem seguros, valorizam a família acima de qualquer coisa.
Então, esse é o papel da mulher: vínculos, nutrição e organização. E, para a gente fechar aqui, o papel, a função do casal. É interessante que, quando a gente pensa aqui no papel do casal, a gente pode ilustrar isso explicando alguns casais de palavras que não subsistem isoladamente, porque nós falamos que a natureza de Deus é plural.
O DNA de Deus é relacionamento; Deus é essencialmente relacional. Não é? Então, quando Paulo fala lá, "as mulheres se submetem aos maridos e os maridos amam as mulheres como também Cristo amou a igreja", veja bem que essas coisas só funcionam juntas.
Não existe submissão sem amor e não existe amor sem submissão. Netão, são coisas que a gente tem que vencer. É um bar importante de palavras, como a gente tem falado aqui: liderança e administração.
Nós falamos que, basicamente, a mulher tem uma natureza administrativa e o homem, uma natureza de liderança. Por exemplo: o homem planta um espermatozoide no útero da mulher; depois de nove meses, a mulher devolve para ele um bebê prontinho. Como a gente viu aqui, ela pegou aquela semente e, com a ajuda de Deus, não é?
Ela é gestora de um ser humano. Ela tem uma natureza administrativa; o homem tem uma natureza de liderança. Em qualquer curso que você faz de liderança, você aprende que administração e liderança têm muito a ver com um objetivo: você chegar aonde você quer chegar.
O senso de destino que nós falamos, a teleologia, tem uma ciência que estuda isso chamada teologia: de onde você veio, para onde você vai. Todos nós temos essa necessidade intrínseca de ter um senso de destino. A liderança é liderar; você visualizar o alvo certo.
Administrar é o processo diário de planejamento em função do alvo estabelecido. Na verdade, a administração começa a fazer sentido a partir do momento que você tem uma boa liderança; você tem a visão certa, o senso de estilo ajustado. Alguém já disse que, por exemplo, ter uma excelente administração sem liderança é como ajeitar as cadeiras no convés do Titanic: o navio afunda, e diante dessas cadeiras com tudo arrumadinho.
. . Não!
Se o navio afundar! Pela ilustração da escada do sucesso, o cara coloca a escada na parede e vai subir, degrau por degrau, passo a passo, fazendo tudo certinho. Quando ele chega lá em cima, ele fala assim: "Puxa vida!
Coloquei a escada na parede errada. Não era aqui que eu queria chegar! " Com maior honra, ele fala: "A morte não é a maior tragédia; a maior tragédia é uma vida sem propósito, sem liderança, sem visão.
" Você ter vivido a vida inteira, eleito, tocado o seu destino eterno. Nós precisamos da liderança, precisamos também da administração. Se você tem liderança, mas não tem administração, você pode correr o risco de se transformar em um mero sonhador.
Já viu aquela pessoa? "Um dia eu vou fazer isso, um dia eu vou fazer aquilo", mas ele não tem um plano que permita que realmente aquilo se concretize na sua realidade. Um outro casal de palavras importante: missão e submissão.
Eu sei que submissão também é um conceito muito desgastado, às vezes, em alguns círculos evangélicos. Quando você fala em submissão, as irmãzinhas têm colete na cadeira. Mas o conceito de submissão, como originalmente estava em Gênesis, tem a ver com cooperação; ele não tem a ver com uma escala de valor.
Não é? Mas é. .
. Muita gente usa essa teologia de forma abusiva. Então, submissão tem a ver com você desempenhar a missão, cooperar com a missão de alguém.
Isso, independentemente se você é homem ou mulher. Todos nós vamos ter que aprender a cooperar com a missão de outros. Não é isso?
Isso é submissão. Principalmente para as mulheres, eu sempre falo, né? E quando você vai entrar num casamento, antes de você se casar com aquela pessoa, é muito importante você se casar com a missão dela, porque quando você se casa com a missão dela, ou seja, a sua missão vai dar sentido à missão do seu marido, e a missão do seu marido vai dar sentido à sua missão.
Isso é sinérgico, é poderoso. Então, se você não pode se casar com a missão daquele cara, tenha uma frieza, no bom sentido, de não casar com esse cara aqui, né? Você vai casar com o homem lá e ver que esse cara não tem missão nenhuma.
Normalmente, quem está fazendo nada na vida quer alguém para não fazer nada junto, né? Bom, assim, você precisa abrir os seus olhos. A mulher foi retirada do lado do homem, não é isso?
Não é atrás de um homem de Deus que tem uma mulher de Deus. É ao lado! A mulher tem que andar ao lado.
Mas eu falei brincando, mas é sério. Se você anda atrás, desculpa dizer, mas é como muçulmano. Essa dá uma ideologia bem distorcida!
Se você anda na frente, Isabel, está atropelando tudo. Você vai ter que aprender a lidar com as suas inseguranças. Netão, ande ao lado.
Veja bem: o casamento é fundamental. Porque hoje a gente tem uma nova geração tão desajustada. Gente, por que essa nova geração tem sido literalmente o subproduto da morte do casamento?
Hoje é difícil encontrar uma pessoa realmente ajustada, assim, de um casamento. Você fala ajustado, né? Mas a primeira função do casamento é trazer uma proteção sobre a sexualidade.
É impressionante como a imoralidade dos pais diz que protege a vida sexual dos filhos. Se você coloca o seu filho nos altares de espíritos de rios, olha, estou te falando aqui. Não é uma teoria que eu tomei de brolanga aqui, não.
Isso é impedir que se identifique; isso é observação, são centenas de aconselhamentos que a gente faz, inclusive. . .
Por que? Abuso sexual na infância cresceu tanto. Uma das pesquisas informais que eu faço é essa: uma pessoa está tratando da situação; a pessoa sofreu abuso sexual na infância.
Se faz qualquer pergunta-chave, como "Como era o casamento de seus pais? ", "Os pais estavam se separando? ", "Estava traindo pra cá?
", "A esposa estava traindo pra lá? ". É impressionante!
O abuso sexual tem causas e está ligado com o casamento dos pais, principalmente. [Música] Principalmente, o que protege a vida sexual dos filhos é o casamento. Nós explicamos aqui, até outro dia, o conceito de "babás tardias", da legitimidade espiritual.
Uma pessoa, quando fala que tem legitimidade espiritual, não é que não é bastarda. A palavra "bastarda" é ilegítima, desprotegida. Com a Bíblia, uma pessoa desprotegida é aquela que foi concebida fora da aliança do casamento.
Tudo o que é gerado dentro da aliança está protegido. Também, tudo abortado, tudo que é concebido fora da aliança do casamento, tem um tema de proteção. Precisa-se abrir uma reconciliação entre pais e filhos: pais se convertendo, filhos se convertendo aos pais.
Hoje, a gente vê tantos problemas no campo da sexualidade, latejando tão precocemente. Quer dizer, os sinais estão soando, denunciando disfunção do sistema familiar. Então, a primeira coisa: o primeiro papel do casamento é proteger a vida sexual dos filhos.
O segundo papel é a afetividade: proteger a capacidade afetiva. E aqui é onde nós falamos sobre o amor ágape. Esse é o amor substancial de Deus.
E Deus não colocou o amor como um sentimento mais comum. Você pode até não gostar de uma pessoa; ainda assim, a mala. O que determina a carga sentimental é a nossa escolha de honrar aquela aliança.
Então, o que nós observamos hoje é que, sim, há muita violência, que começa a entrar exatamente por causa disso: a falta de afetividade. Isso vai destruir o relacionamento conjugal, e os filhos são os que mais sofrem. Às vezes, no calor de uma contenda, palavras frívolas e irresponsáveis vão destruindo a confiança e a segurança do casal.
Muitas vezes, a gente vê crianças que começam a praticar sedas de violência. Fala-se: "Puxa vida, o que está acontecendo? Com quem que a criança aprendeu isso?
" Papai e mamãe não amar é um verbo; hoje está muito na moda essa desculpa: "Ah, eu não amo mais o meu marido", "Eu não amo mais a minha esposa". Olha, o amor é uma escolha. Se você não ama, então ame!
Negue-se a isso mesmo! Honre a aliança que você fez, ame e você vai recuperar o sentimento que você perdeu. Funciona assim.
Você sabe que uma das coisas que me impactou muito é um Nepal, porque lá os casamentos são arranjados pelos pais. Puxa vida! Sou muito estranho na nossa cultura ocidental.
Pois aí, conversando lá com o pessoal, e principalmente as mulheres, estavam administrando lá as irmãzinhas, a menina dos olhos de Deus, né? Elas estavam mostrando assim: "Não passa, olha: nosso pai sabe melhor do que a gente quem é a pessoa que vai dar mais certo". Elas foram usando tantos argumentos que eu falei: "Caramba, que negócio impressionante!
" E quando você vê os casamentos lá, os casamentos aqui são muito mais certos do que os casamentos aqui. E é impressionante como o amor, um aspecto sentimental, pode ser cultivado quando vem de um princípio de honra e compromisso. Como isso pode ser cultivado?
E realmente funciona! O terceiro ponto aqui é o companheirismo. O amor filéute, o companheirismo proporciona parceria, capacidade não só de liderar, mas de apoiar.
O entrosamento físico, emocional, profissional, ministerial, financeiro, não é? E, acima de tudo, o entrosamento espiritual do casal. Isso vai estabelecer um referencial básico que constrói, na vida dos filhos, a capacidade de estabelecer acordos e trabalhar em equipe.
Então, aquela pessoa que precisa apoiar alguém em sua visão vai se ver numa crise de identidade. Aprendeu a apoiar com a mãe. Se ele precisa assumir a liderança e realmente estabelecer um destino para um grupo de pessoas, ele também não vai se sentir aquém, porque aprendeu isso com o pai.
Pessoas que vêm desse sistema que reflete a natureza de Deus — pai, mãe, casamento funcional — é impressionante como essas pessoas fazem a diferença na sociedade. Então, veja bem: são nove valores. O valor do princípio do pai, o princípio da mãe, o princípio do casal.
Quando nós entendemos essa estrutura que Deus estabeleceu, nós começamos a quebrar o espírito da orfandade. Os nossos filhos, como salmistas, serão como plantas bem desenvolvidas; eles vão encontrar o seu destino em Deus. Quando eu coloco isso tudo.
. . aliás, essa aula foi uma coisa que eu fui entrando exatamente porque são tantas situações com as quais a gente lida.
Que às vezes, você está conversando com a pessoa, mas você fala para ela assim: "Né, teoricamente, uma verdade? Olha, Deus é pai, Deus te ama. " Mas essa pessoa não teve um pai; ela carrega um buraco existencial.
Ela fala assim: "Pastor, mas eu não sei o que é isso, isso não faz sentido pra mim. Deus é pai, eu não tenho um pai! Não tem nenhum sobrenome do meu pai na minha certidão de nascimento.
Não sei quem esse cara é. " A gente atende às situações mais traumáticas. Ainda tem regiões aqui do Brasil onde os índices de incesto são altíssimos.
Uma menininha que foi tocada sexualmente por um pai. . .
olha, é difícil dimensionar o estrago que isso faz na vida dessa menina. Então, quando você fala que Deus é pai, sendo que a lente que ela teria para enxergar Deus é a do pai que a machucou, a situação fica difícil para algumas pessoas. Quando você fala: "Deus é pai", isso é um trauma para ela.
Eu não quero que Deus seja pai. Por isso, muita gente gosta muito de Jesus como um amigo. "Não é meu amigo, Jesus é meu amigo.
" Não pode falar que ele é pai, mas por mais traumático que esse caminho seja, Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. " A gente só de enfrentar esses traumas, e essa é a grande chave para restaurarmos uma sociedade, para aplainarmos o caminho do avivamento em pessoa, os pais se convertendo, os surdos, os filhos se convertendo aos pais.
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