[Música] [Música] [Música] Bom dia a todos a todas a todes é um prazer e é um prazer é um desculpa gente um probleminha técnico aqui já resolvido então retomando um bom dia a todos a todas e a todes é um prazer e uma imensa alegria apresentar a 12ª aula do curso história das ideias pedagógicas estudo das pedagogias contra-hegemônicas meu nome é solang zote e eu falo diretamente da cidade de Concórdia Santa Catarina situada no Oeste de Santa Catarina Sou professora do Instituto Federal Catarinense no Campus Concórdia e e do mestrado em educação no Campus Camboriu
e somos parceiro na organização e nas tarefas deste curso tão importante que temos e que já estamos né chegando aí nos eh nas últimas aulas aulas muito produtivas de muita reflexão teórica exatamente para pensarmos a Praxis e contribuirmos com as mudanças que esta nossa sociedade esse mundo necessita eh a aula de hoje tem como tema o MST educação a educação popular freiriana aos pedagogos soviéticos a elaboração da pedagogia do movimento e será mediada pelo brilhante Professor Walter leite que teremos né temos o prazer de estar conosco eh nesse momento eu quero já agradecer de antemão
as equipes de de mídia ao meu colega Professor o professor Márcio que está nos auxiliando hoje também a equipe da uniro que Está contribuindo agradecemos e agradecemos também a toda a equipe da Unicamp que organiza e aos professores que também estão nos assistindo e contribuindo com esta organização nosso muito obrigada nesse momento quero destacar alguns dos nossos eh professores professoras enfim profissionais que estão nos assistindo a Isabela Dias Rufino diz um bom dia a classe trabalhadora Obrigada Isabela pela presença Marilene Vieira da UFV das Minas Gerais também presente muito obrigada luí Fernando boga Pereira um
bom dia do ppge da Universidade Federal do Maranhão do sted BR GT Maranhão bem-vindo Luciana Coelho pedagoga da Unirio de Rio Bonito interior do Rio de Janeiro Obrigada Luciana pela presen nton Pinheiro de Carvalho tambéms assiste de Palmas no tocantin bton Carlos riro de nova chavan Mato Grosso Bom dia cleudiane n espía Chagas também nos assiste de Santa Maria no Rio Grande do Sul a professora Márcia Rodrigues diz Bom dia todas as pessoas p e paz e bem da Márcia Rodrigues de Salvador E também temos do Sul do Brasil de Pelotas a Nívia barragão Bom
dia Nívia e lá do norte do país do nordeste do país né do Ceará temos um bom dia aqui do Francisco Fabiano Cavalcante Mota da Universidade Federal Eh agora me atrapalhei um pouco mas da UFSM da da Santa Maria Pedro Paulo Pereira Reis Bom dia da UFT seja bem-vindo Roberto Leão Bom dia companheirada saudações Bom dia Avante Adilson dos Reis Felipe também nos dá um bom dia meu povo Adilson é doutorando em educação do ppge da faed da Universidade Federal da Grande Dourados bem-vindo Adilson temos também a presença do de Souza daar Campos Sorocaba seja
bem-vindo Iara schmit de Joinville do meu estado Bom dia Iara Obrigada pela presença Janaína Fonseca Carriel fala do Instituto Federal de São Paulo bom dia Janaína Obrigada Jailson bonate doutorando em educação nos fala então da Universidade Federal eh do ppge da URI Rio Grande do Sul durley rebelato pedagoga do Instituto Federal Catarinense minha colega de Campus com irmão aqui de Santa Catarina do campus de Itajaí Damião Oliveira fala de sem estância no Ceará e neste momento agradecer a todos os demais presentes né Eh agradecer mais uma vez os descentes né da pedagogia da uniro que
estão nos ajudando nessa transmissão Muito obrigada josiete que nos deixa um recado eh eu passo então para alguns recados importantes nós convidamos a todos para se associarem ao canal do stead ber no YouTube isso contribui para o fortalecimento do canal a contribuição é de 1 R 1,99 como diz o zeso menos do que um cafezinho por dia bem menos porque a alta do café tá sendo anunciada né notícias dessa semana e um cafezinho pode custar até r$ 1 então é muito menos que um cafezinho e você estará contribuindo para que tenhamos as condições objetivas para
disseminar a produção de um conhecimento comprometido com as transformações da sociedade em prol da maioria da população em prol da classe trabalhadora que é o que defendemos nesta atividade o sted BR tem sido fundamental na discussão da educação para a classe trabalhadora e a sua contribuição será para um canal que produz ciência de forma rigorosa de forma comprometida com os interesses desta classe e que pensa a escola para os filhos da classe trabalhadora pedimos também que compartilhem os links das aulas do curso e do sted BR tanto da página como do canal do YouTube para
que chegue cada vez mais né a mais pessoas e assim também cada um e cada uma estará ajudando a fortalecer o nosso canal então fica o nosso pedido para que todos contribuam nessa tarefa eh temos eh logo logo adiante de 11 a 14 de novembro a importante eh 17ª jornada do sted BR que vai em Fortaleza Ceará e vai discutir o tema desafios históricos para o Plano Nacional da Educação como avançar na formação histórico-crítica na educação brasileira importante evento que marca né o ano de 2024 outro importante evento que vai acontecer de qu a de
eh 6 a 8 de nov Novembro é o 15º colóquio nacional e o séo colóquio internacional no museu pedagógico À Beira do Abismo os caminhos da humanidade diante da ameaça de sua instin então o evento vai acontecer na uesb na Bahia todos convidados também teremos o 10 o sexto encontro de São Paulo da rede as que vai discutir o tema tarefas associativas e sindicais no combate ao neoliberalismo eh Educacional e solidariedade ativa o povo palestino pelo fim Imediato do extermínio humo Na Faixa de Gaza e cordan eh de 11 12 13 de dezembro de 2024
estão todos convidados e nós eh Pedimos que acessem e aproveitem o ebook gratuito que é lançamento deste ano e que eh traz toda a produção do da jornada do stead BR de 2022 com o título ciência educação e luta de classes desafios e perspectivas de resistência o e-book é gratuito e está na Editora navegando e para contribuir muito mais ainda com os debates da pedagogia histórico-crítica nós temos eh a apresentação né Eh a publicação neste ano na revista debates em educação do dossiê do quo aniversário do livro escola e democracia contribuições e novos desafios eh
e está disponível para acesso então Eh feitos os recados pedimos a todos que estão conosco para curtir os vídeos do curso deixe seu comentário eh dê um joinha para a nossa aula de hoje compartilhe com seus companheiros amigos colegas de trabalho né curta os os vídeos para que possamos cada vez mais atingir a todas as pessoas com esta atividade tão importante e eu gostaria de chamar a tela o nosso professor convidado Professor Walter Leite dirigente do Movimento Sem Terra e que eu vou passar a uma apresentação breve bem menos do que a merecida pelo Professor
Walter mas um pedido dele também para que possamos deixar o máximo de tempo possível ao professor e a sua exposição que tem uma discussão fundamental no dia de hoje bom dia Professor Walter seja muito bem-vindo bom dia satisfação Solange então vou passar a uma apresentação do Professor Walter o Professor Walter é mro da Coordenação Nacional do setor de Educação do MST Doutor em educação pela Universidade Estadual de Maringá graduada em pedagogia do campo pela Universidade do oest do Paraná Unioeste especialista em trabalho educação e movimentos sociais pela Escola Politécnica de saúde Joaquim Venâncio e mestre
em educação pela Unioeste a experiência do professor muito Ampla eh mas eu vou falar de algumas destas experiências tem experiência na área de trabalho educação educação do campo movimentos sociais com ênfase em organização do trabalho pedagógico das escolas do campo gestão e políticas educacionais atuou né atua e atuou na coordenação política pedagógica das escolas itinerantes do Paraná desenvolve formação com professores Principalmente nos seguintes temas Educação do campo gestão política educacional prática de ensino avaliação currículo e educação escolar integra o fórum Nacional de Educação do campo fonec a comissão nacional do campo conec e a comissão
pedagógica Nacional do programa nacional de educação da reforma agrária pronera com esta apresentação eu passo a palavra ao nosso convidado e professor da aula de hoje o Professor Walter Leite sinta-se muito à vontade professor e é um prazer tê-lo conosco e estamos ficaremos à sua disposição também aqui na retaguarda da transmissão uma ótima aula para você Tá certo bom dia a todos e todas agradeço Solange pelas considerações iniciais eh bom sou Walter de Jesus leite então do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra eh desde já em nome do nosso movimento agradecer ao grupo de estudo
sted BR né Por esse convite realizado especialmente pelo Professor José Claudine lombarde né o zeso então agradecer carinhosamente e afetuosamente em nome do nosso movimento ao zeso por essa oportunidade de interlocução eh e também parabenizar o sted BR né Eh Por essa grande iniciativa com esse segundo curso que objetiva massificar os fundamentos históricos sociais políticos e pedagógicos das pedagogias que trabalham pela construção de uma hegemonia alternativa sob a condução da classe trabalhadora organizada né então esse feito há de ser muito valorizado então parabenizar aí ao grupo sted BR que tem massificado via os grupos de
estudo né de pesquisa Eh esses fundamentos e colocando na ordem do dia a necessidade de repensarmos a a educação pública brasileira e de trabalharmos pela construção de um projeto que cotidianamente possa construir os embriões da sociedade socialista né Eh bom de antemão quero considerar também que minha fala ela é fruto de um acúmulo de reflexões práticas eh do coletivo de Educação do MST né que ao longo aí dos últimos 40 anos vem se dedicando a conceber a fazer e pensar a a educação escolar ou não no contexto da Luta Pela Terra no contexto da luta
pela reforma agrária popular e logo eh pela construção dos embriões eh da sociedade socialista né pela as mudanças societárias necessárias né então a minha fala vem muito desse acúmulo coletivo né que dentro desse espaço do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra tem sido permitido a nós sujeitos que integramos e participamos eh desse coletivo eh se apropriar pensar conceber refletir elaborar formular de modo a posicionar a escola a serviço dos valores e que desejamos construir e da sociedade que objetivamos construir cotidianamente eh ainda de forma introdutória eh não poderia deixar de falar eh entre outras eh
situações que rasgam e sequestram a nossa humanidade na atualidade mas é dizer da escalada da violência no campo contra os povos do campo das águas e das florestas né seja os acampados e assentados da reforma agrária mas os indígenas os quilombolas e outras comunidades tradicionais que sofrem com a perseguição política a criminalização eh orquestrada pelo Agro mío hidro narco negócio que assola o campo brasileiro e assola a sociedade brasileira eh em especial mais recentemente em Marabá tivemos infelizmente a perda de duas lideranças sem terra que foram assassinadas eh pela Polícia Civil né e entre outras
que foram torturadas e ficaram feridas então é necessário eh considerar isso no Marco da educação que desenvolvemos e assim como eh denunciar eh e trabalhar contra os crimes de guerra cometido pelo o governo sionista israelense que in conluio com imperialismo estadunidense já assassinou mais de 40.000 pessoas entre eles 44% eh são crianças e aproximadamente 25% são mulheres né então que a gente siga trabalhando por uma Palestina livre e Soberana e trabalhando contra os crimes de guerra eh com nossa disposição de luta contra esse grande crime cometido pelo Estado de Israel dito isso eh elementos que
compõem integram as contradições da nossa sociedade e que a a nossa própria atualidade né e que não deix podemos deixar passar eh é importante introdutorias eh dizer que a pedagogia do movimento ela é a forma como a o projeto educativo e o trabalho com educação do MST passou a ser identificada fundamentalmente a partir da década de 90 eh com a sistematização que o setor de Educação do movimento eh vai fazendo E elaborando desde o início da década de 90 e posteriormente é afirmada né Eh com a defesa da tese de doutorado da companheira Roselie Salete
caldar no início dos anos eh 2000 em que a pedagogia do movimento sem terra Então passa a ser reconhecida dentro da sociedade brasileira né mas é inclusive o livro Pedagogia do Movimento Sem Terra ele acabou não entrando eh no referencial bibliográfico eh necessário mas é um clássico eh da construção da pedagogia do movimento e há de ser considerado como uma literatura necessária quando falamos na Pedagogia do movimento eh mas é importante dizer eh que seus embriões eles se encontram nas práticas educativas desenvolvidas pelo MST desde a gestação do MST ainda no início da década de
80 nas primeiras ocupações de terra onde já se preocupava e se tinha como eh objeto de trabalho eh a alfabetização de Jovens e Adultos Assim como eh de tornar compreensível as crianças que participavam das ocupações as determinações que levavam elas a estarem eh num acampamento então mesmo fora de um contexto de educação escolar os embriões da pedagogia do movimento até porque ela não é uma pedagogia eh que se resume ao ambiente escolar né mas ela orienta e organiza o ambiente de práticas tantos escolares como não escolares né então o seu embrião está estão nessas práticas
eh educativas né desenvolvidas ainda no processo de gestação do MST na década de 80 né então a gente vai dizer que a formulação teórica da pedagogia do movimento ela tem como uma base empírica e analítica as próprias práticas educativas do MST né que são eh consideradas por nós herdeiras e continuador do acúmulo prático teórico da Pedagogia do Oprimido né na educação popular e também da pedagogia socialista Soviética né Eh o o percurso então de formulação da pedagogia do movimento nós iremos considerar que é constituído eh por três Fontes principais né Eh fundamentalmente aquelas que são
relacionadas aos caminhos pra gente chegar no que nós eh ainda na década de 90 intitulamos como a escola diferente né Eh o que que nós queríamos dizer com a escola diferente né mas que depois entendemos que se tratava dos caminhos necessários para uma transformação radical da escola na sua forma e conteúdo enquanto instituição eh formatada pela sociedade capitalista então Eh as eh As Três Fontes a qual nos referimos que integra esse arcab bolso teórico prático da formulação eh inicial da pedagogia do movimento ele está ainda no final da década de 80 eh então com uma
relação ali com os fundamentos da pedagogia socialista Soviética né Eh naquele período ali do início da década de 80 fundamentalmente com o acesso a à Obra do pistrak que era o que tinha acesso na língua portuguesa eh naquele momento né que era o livro fundamentos da escola do trabalho eh que naquele período havia uma tradução da editora Brasiliense que era acessível a aos educadores e educadoras do movimento que desempenhavam o trabalho educativo e posteriormente vai sendo qualificado o acesso e a correlação com com essa fonte a partir de alguns escritos eh da Nadia kup Sky
ainda em espanhol posteriormente em língua portuguesa eh e qualificado a partir eh dos anos 2000 com uma nova com a a nova edição do fundamentos da escola do trabalho pela Editora expressão Popular posteriormente em 2009 com a tradução da escola comuna né Eh que foi fundamental para poder avançarmos no repensar da forma e do conteúdo eh da escola né fundamentalmente tendo essa conexão entre trabalho atualidade conhecimento e auto-organização dos Estudantes e uma segunda fonte é a pedagogia do oprimido é a educação popular freiriana em que eh nos possibilitou também eh conceber a necessidade de ter
a indissociabilidade entre o político e o pedagógico ao pensar a educação de conceber desde dos embriões da Educação do MST a não neutralidade na na educação a não ingenuidade a sua o seu caráter histórico a sua vinculação com o projeto de desenvolvimento nacional e popular e Aposta que a educação popular e a pedagogia do oprimido faz eh na organização popular como Campo eh de atuação necessário para poder eh trabalhar pelas transformações da estrutura da sociedade né e e também aqui eh é válido destacar da Pedagogia do Oprimido nessa fonte eh o quanto que os temas
geradores nos possibilitou e nos possibilita conceber eh de com uma certa sistemática o ensino do dos conteúdos vinculado às contradições da realidade né então eh a pedagogia do oprimido ao longo do tempo tem nos oferecidos desdobramentos ensinamentos coletivos aprendizados eh eh olhando para essas dimensões em que estou aqui destacando né e uma terceira fonte a ser considerada eh já mencionada anteriormente é a própria prática política e pedagógica eh do MST Então essa prática política pedagógica em correlação com essas outras duas fontes foi possibilitando o o MST concebeu o sentido amplo da educação que se forja
eh nas lutas do MST e ao conceber esse sentido amplo da educação que se forja na luta na organização dos assentamentos e acampamentos de conceder a sua articulação com a forma escolar então isso foi nos permitindo eh incorporar ao longo do tempo eh da pedagogia socialista Soviética e da pedagogia do do Oprimido fazer um processo de incorporação por superação conforme nos elucida e nos ensina o método o método materialista histórico dialético então não se trata eh em momento algum quando se fala na Pedagogia do Oprimido ou na própria no acúmulo da pedagogia socialista Soviética eh
de conceber uma transposição didática né seja no âmbito da educação escolar ou não né mas o o que sempre esteve em questão eh para o movimento sem terra e como objeto de preocupação do coletivo de Educação do MST foi de constituir processos eh de estudo em que permitisse realizarmos eh um processo de incorporação por por superação né então traduzindo por nós pro nosso tempo considerando os nossos desafios políticos organizativos e educativos fundamentalmente eh na atualidade para se conceber eh a elaboração eh de uma pedagogia que Oriente o trabalho educativo do MST desde a educação infantil
a educação superior e também no trabalho de base eh com as comunidades acampadas e assentadas e outros ambientes formativos e educativos que o MST conduz que não necessariamente estão no campo mas que estão nas periferias que estão em outros espaços da sociedade mas em que a pedagogia do movimento eh orienta eh permanentemente a essa prática a política pedagógica né então é importante dizer que a a a pedagogia do movimento se constitui dessas Fontes primárias que é a pedagogia do oprimida e a pedagogia socialista alimentando esse processo de incorporação e recriação por superação na confluência com
os desafios formativos em cada tempo histórico e Nas condições proporcionadas pelas experiências educativas conduzidas eh e pelo MST né Eh então é importante afirmarmos e ainda nessa fase introdutória do do da nossa aula de hoje que a relação do MST com a educação ela é uma relação de origem né então a própria história do MST é a história de uma grande obra educativa né que passa a conceber o MST como um sujeito pedagógico que aglutina coloca as pessoas em relação para um processo de luta em que extrai elementos que são fundamentalmente educativos e formadores dos
sujeitos sociais que participam dela e e é interessante que quanto mais claro ao longo da história foi ficando definido o projeto histórico do MST mais importância foi atribuída a nós sem terra à educação e a educação foi ocupando também então Eh nesses 40 anos da agenda política do MST embora o MST não seja um movimento organizado especificamente em torno da educação mas a educação passa a assumir uma centralidade na nossa agenda política e no trabalho eh com as áreas de reforma agrária Brasil afora né esse entendimento então da relação de origem entre projeto histórico e
educação no MST ele vai possibilitando eh nos espaços de educação escolar uma formulação coletiva sobre a educação né considerando essa essas Três Fontes que mencionei anteriormente eh mas isso tendo por referência não os objetivos meramente eh escolares mas as finalidades políticas e sociais que esse projeto histórico que o MST eh trabalha pela sua construção remetiam para um olhar necessariamente para além da escola ou seja eh o trabalho com educação do MST desde a sua origem ele vai sendo orientado pelas finalidades formativas e sociais da educação eh está diretamente vinculado a um grande objetivo que eh
firmamos que é a a de formar seres humanos crianças jovens J adultos e idosos que se reconheçam e adquiram a condição de qualificar a sua formação enquanto lutadores do presente e construtores do Futuro que no seu cotidiano eles passem a conceber diariamente a construção de valores no caminho com os embriões e no caminho da construção da sociedade socialista né então não como um um jargão quando se fala em transformação social mas sim como uma prática política teórica efetiva que deve ocorrer no cotidiano eh das áreas de reforma agrária nos acampamentos e assentamentos e nos diferentes
espaços da sociedade no campo e na cidade onde nós eh do Movimento Sem Terra nos encontramos Então essa finalidade formativa e social ela vai ocupando a centralidade da Educação do MST e e e e para isso eh a Roseli caldart no seu livro eh a pedagogia do movimento sem terra que mencionei anteriormente eh de forma metodológica vai apresentar como que a partir do acum dessa reflexão coletiva que ela sistematiza e teoriza ela vai dizer olha a a pedagogia do movimento a partir então das finalidades formativas e sociais passa inicialmente a sua formulação enquanto Pedagogia do
movimento pela identificação das vivências educativas que são centrais na formação desse ser social sem terra Então quais são as vivências educativas que o sujeito Sem Terra as crianças jovens e adultos sem terra desde a ocupação da terra mas na organização do Acampamento eh tem enquanto vivência que são centrais na e paulatinamente vai formando esse sujeito então a identificação dessas vivências na ocupação da terra na vivência no acampamento na organização do assentamento eh na Musicalidade na Mística na organicidade nas ações massivas de ocupação de prédios públicos no fato de ocupar a escola a luta política e
a construção pedagógica da escola vão sendo identificado como vivências que permite e extraindo eh elementos para conceber a pedagogia do movimento então um num segundo momento estas vivências então é compreendidas como educadoras e formadoras de um determinado modo de ser humano né que nos identificamos enquanto esse ser social sem terra né e isso vai destacando então uma concepção de formação humana uma concepção de Matriz de formação do ser humana de base materialista histórica e dialética né Essas vivências educativas enquanto materialização do processo pedagógico básico que são consolidados e consolidadas posteriormente como matrizes formadoras do ser
humano e podemos dizer então eh e afirmamos e e como matrizes pedagógicas também que possibilitam oferecer uma intencionalidade pedagógica na forma de Educar e de ensinar eh E logo na própria organização do ambiente educativo da escola então o o o o MST ele é esse sujeito pedagógico que possibil ao longo do tempo e aglutinando colocando em relação o sujeito sem terra em luta e destacando algumas contribuições paraa teoria pedagógica brasileira que até então não estava eh Concebida e considerada pelas formulações teóricas pedagógicas que é essa Matriz eh formativa eh constituidora do ser humano que destaca
algumas matrizes formadoras que é a matriz formadora do trabalho da luta social da organização coletiva da cultura e da história né Então essas matrizes formadoras do ser humano elas nos oferecem condição nos ambientes seja escolar ou não a oferecer uma intencionalidade então pedagógica educativa para os processos eh educacionais para o trabalho educativo né Elas são então concebidas como matrizes pedagógicas e organizadoras do ambiente educativo e fundamentalmente como chave de ligação da da escola com os processos educativos que estão eh na vida assim como outros processos formativos que estão eh na luta na organização da sociedade
com as lutas sindicais com as lutas pela educação pública entre outras lutas mais estruturais eh na sociedade então nós nós vamos compreender que a formação do ser humano necessariamente ela se dá na relação natureza e sociedade pela mediação do trabalho como atividade humana criadora né então afirmamos Eh esse aprendizado coletivo que foi sendo permitido eh de ser assimilado apropriado incorporado E recriado desde uma materialismo histórico dialético né Então a nossa perspectiva de desenvolvimento humano logo objetiva garantir intencionalidades que estejam relacionadas ao conjunto articulado das dimensões da vida humana então educação para nós é um processo
de intencionalização da formação humana a partir dessas matrizes que eu irei desdobrar um pouco mais logo a seguir E e essa intencionalização da formação humana ela tem que estar necessariamente na direção dos objetivos e confrontando as contradições societárias da na atualidade né então necessariamente o trabalho educativo seja na escola ou ou em outros ambientes escolares ou não tem que tá na direção dessa construção eh dos embriões cotidianamente dos valores da sociedade socialista né Eh entendemos também que a formação humana ela necessariamente é mais do que educação e que a própria educação é mais do que
escola né A escola é esse lugar de da intencionalidade ao ato de Educar de oferecer a intencionalidade eh no desenvolvimento humano eh mas também não atribuímos apenas a escola o papel eh da formação política e pedagógica embora eh seria um equívoco Não posicionarmos essa instituição que é a escola a serviço eh Dos objetivos de construção do projeto socialista de construção da reforma agrária popular da Luta Pela Terra e da luta da classe trabalhadora no campo da da cidade né embora não atribuímos todos esses objetivos políticos organizativos à escola mas passa por ela uma centralidade a
partir do seu objetivo de tornar acessível eh o conhecimento científico eh combinado e a essa intencionalidade do desenvolvimento humano pleno eh e do ato de Educar né por meio do trabalho educativo então Eh destacando alguns elementos rapidamente dessas cinco matrizes formadoras eh pela centralidade que ela ocupa eh na organização eh do ambiente educativo da escola ou de outros essos que ocorrem desde a educação infantil à educação superior eh sobre a condução eh do movimento e que também a pedagogia do movimento eh ela se torna pro conjunto nosso da Educação do campo um um um um
um uma apropriação eh por outras entidades eh sociais e sindicais que trabalham com a educação do campo então também é importante afirmar isso e que também vão imprimindo o seu processo de recriação a partir dos seus desafios políticos pedagógicos próprio nos processos em que conduzem mas é importante também enfatizar que a pedagogia do movimento eh desde os idos da década de 90 eh ou do início dos anos 2000 melhor dizendo é a ela deixa de ser uma referência eh de política e pedagógica eh eh do Movimento Sem Terra apenas embora a sua origem esteja no
movimento sem terra nas práticas educativas do MST e e e também passa a ser eh apropriada utilizada os seus fundamentos eh históricos pedagógicos na condução de outros processos educativos trabalhos educativos desenvolvidos por outros movimentos populares sociais e sindicais eh do Campo né que trabalham com a educação do campo indo pro destaque de alguns elementos das cinco matrizes eh formadoras e pedagógicas eh que são contribuições eh para a teoria pedagógica brasileira eh desde a pedagogia do movimento então da luta social a matriz pedagógica da luta social a gente vai eh compreender nós compreendemos eh que nós
trabalhadores sem terra e trabalhadoras sem terra eh nos desenvolvemos no movimento da Conquista que a luta oferece no desenvolvimento da Luta então nós iremos destacar que a luta educa as pessoas ela forma a manutenção dos Trabalhadores em estado de luta permanente é uma uma estratégia política pedagógica e formadora e contundentemente afirmada pelo movimento sem terra então at traços do ser humano que se formam necessariamente na inserção das lutas sociais né na na inserção das lutas pela transformação do atual estado de coisas né E a escola fundamentalmente pode ajudar a cultivar eh essa inserção nas lutas
eh desde as lutas mais imediatas que diz respeito às melhorias pela qualidade de vida no acampamento no assentamento né pelo processo de desapropriação das áreas mas também nas lutas pela infraestrutura social básica necessária políticas públicas que permitam ter o acesso à saúde à educação e e a outros elementos da infraestrutura social básica eh que deve se ter na comunidade então a escola pode ajudar a cultivar esses traços é como uma visão de mundo e como uma postura cotidiana eh das Crianças jovens e adultos tornando assimilável o entendimento como diz o poeta que nada é impossível
de mudar e também que há parâmetros coletivos que orientam ações de mudança que necessariamente é humano projetar o futuro sonhar coletivamente que é humano indignar-se eh com as injustiças que é preciso aprender a tomar decisões posições sobre o que se fazer a partir eh da análise da realidade local e Global né e isso a luta a seja desde o processo de abstração né e de teorização pela apropriação eh do acúmulo eh produzido pela humanid sobre as lutas da classe trabalhadora mas também no desenvolvimento prático da Luta então nós iremos compreender que essa indissociabilidade se faz
necessária né de o o ter o o o estudo como um objeto Central eh no desenvolvimento humano mas efetivamente combinado também a participação aos processos de lutas sociais e a escola deve ajudar posicionar eh desde o seu planejamento eh pedagógico de forma eh intencional pedagogicamente a construir essa inserção provocando e trabalhando com a participação de estudantes educadores e educadoras nas lutas sociais concretas a partir do seu vínculo com os movimentos sociais sindicais entre outras organizações de trabalhadores e trabalhadoras e da própria Juventude então Eh sobre a matriz pedagógica da organização coletiva nós iremos compreender no
movimento eh de organização da luta que o MST é uma grande escola uma por isso que nós chamamos como uma grande obra educativa é um sujeito pedagógico que possibilita a organização ou a coletividade produzida pelo os sujeitos sociais sem terra em luta as pessoas se educam na medida que se organizam para a luta que trabalham coletivamente estudam coletivamente e se educam por tomar parte de uma organização com objetivos bem definidos bem delimitados E unificados então essa organização que lhes é anterior enquanto pessoas ou família específica passa a tomar uma grande identidade coletiva no MST a
partir da organização coletiva a gente nós iremos entender que a formação então Eh de lutadores e construtores Exige uma condição superior eh de organização para poder participar enquanto coletivo né o modo de vida coletivo ele vai nos oferecer a condição de agir unificador né e o trabalho associado também como condição de de ser apreendido desenvolvido numa uma relação necessária entre trabalho e luta social A intencionalidade então da escola e daí dessa Matriz eh que está desde os embriões da pedagogia do movimento e do nosso trabalho escolar e que fundamentalmente é tomado como referência desde os
acúmulos eh dos pedagogos e pedagogas dos Pioneiros da educação eh da revolução eh Soviética em 1917 que é essa categoria na escola da auto-organização dos Estudantes então a auto-organização dos estudantes na escola enquanto uma categoria pedagógica para atuação na escola e fora dela ela é fundamental eh do ponto de vista de tornar uma gestão cada vez mais coletiva com a participação dos Estudantes com o seu envolvimento sistemático e organizado né Para Além da acepção do grêmio estudantil né mas incorporando os propósitos e objetivos do grêmio estudantil mas tomando a a auto-organização eh como um processo
que permite tanto participar da gestão coletiva e democrática da escola mas também a auto-organização como eh um elemento Central pro estudo coletivo né eh para o desenvolvimento do Trabalho em diferentes áreas que são definidas pelas as escolas como prioridades necessárias de trabalho a ser desenvolvido eh e também então a aut a organização coletiva e auto-organização como um objeto eh necessário de estudo da escola na formação de coletividade de organização para o trabalho então a auto-organização ela necessariamente perpassa esses três grandes elementos a gestão o estudo e o desenvolvimento do trabalho eh seja a nível de
autosserviço no interior da escola ou do trabalho eh social socialmente necessário que ocorre para além da escola produzindo bens necessários para a comunidade e sempre perder de vista a intencionalidade pedagógica e o a condição física de fazer esforço das diferentes idades eh na escola né Eh a Matriz do trabalho então indo para terceira Matriz eh formadora e pedagógica quando se orienta o trabalho e o ambiente educativo da escola e que essa Matriz que é trabalho eh talvez talvez não ela é a matriz eh históricamente eh podemos dizer mais antiga por estar desde a origem dos
embriões da pedagogia do movimento né colocando em movimento a formação eh do sujeito sem terra ela oferece uma condição de correlacionar então o cultivo do ser humano com o cultivo da Terra com o trabalho e a produção a terra eh que cultiva também a terra que educa quem nela trabalha ela vai partir então inicialmente dessa compreensão né a terra que educa é a Terra e a terra que é cultivada é a terra que educa também né Então é pelo trabalho que nós vamos indo também a necessariamente a nossas condições materiais basilares de existência que nos
educa também desde posicionado Este trabalho eh a partir de determinados objetivos formativos a partir de determinadas finalidades eh educativas eh e sociais né então a gente vai entender que a inserção eh no trabalho em diferentes formas de trabalho social eh considerando a característica de cada idade ela é uma prática necessária na nossa pedagogia né seja desde a relação com o trabalho agrícola eh de perspectiva agroecológica né o trabalho camponês eh tendo em vista a natureza eh do ambiente eh educativo que as nossas escolas estão posicionada que é trabalhar eh por um um um outro projeto
de campo em que tenha a a sua matriz eh eh Central A agric olia em que a vida esteja na centralidade então necessariamente o trabalho com a perspectiva agrícola agroecológica eh ela se faz parte eh do eh da nossa do nosso caminho de vínculo com o o trabalho e apropriação dos fundamentos científicos que esse trabalho oferece né Então seja desde experimentações de práticas agroecológicas seja desde a inserção dos Estudantes de mais idade em processos produtivos agroindustriais eh na Perspectiva da Educação Politécnica seja no vínculo com o trabalho também desde a Perspectiva da Educação Politécnica no
trabalho eh com uma agrofloresta com viveiro de mudas com uma recuperação de nascentes com o plantil de árvores eh com o trabalho em outras áreas na saúde na comunicação conforme muitas escolas eh em áreas de reforma agrária desenvolve Então nós vamos entender que esse vínculo entre Estudo e trabalho eh processualmente elevando o nível desse vínculo De acordo à idade eh é é é é também condição para apropriação da ciência e da tecnologia contida nas diferentes formas de trabalho é um exercício de criação e recriação e de organização também coletiva eh para o trabalho pelo trabalho
para a cooperação e pela cooperação é importante desde já dizer e e acredito que ao tratar dessas três matrizes que as matrizes eh na prática pedagógica elas não se eh eh elas não orientam o trabalho educativo isoladamente essa divisão didática que estou fazendo aqui é meramente eh metodológica para entender a a contribuição e como imprime um caráter formativo educativo eh cada uma das matrizes mas eh nós eh eh afirmamos inclusive cotidianamente no nosso trabalho educativo que o trabalho educativo mais enriquecido do ponto de vista do desenvolvimento eh das diferentes dimensões humanas são é aquele trabalho
educativo que movimenta eh a maior parte das matrizes pedagógicas né então necessariamente no fazer metodológico né no desenvolvimento metodológico do trabalho educativo essa essas matrizes elas adquirem uma confluência eh eh nos diferentes momentos do do trabalho escolar né indo para uma quarta Matriz pedagógica que é a cultura né eh nós compreendemos então que nós sem terra a partir desse sujeito social coletivo pedagógico que é o MST eh nos educando cultivando um determinado modo de vida né um determinado modo de vida que inclusive eh coloca em marcha em andamento em influência a essas diferentes matrizes pedagógicas
que estou aqui eh tratando né Eh e esse modo de vida então necessariamente a luta tá na centralidade a organização coletiva tá na centralidade o trabalho o conhecimento né o acesso à Ciência estão na centralidade mas também nós vamos entender desde a matriz pedagógica da cultura que a experiência humana de em processos de trabalho de luta de organização coletiva vai constituindo esse modo de vida essa essa forma de ser esse jeito de ser humano né das pessoas que se aglutinam e se organizam em torno do MST e e logo isso Imprime uma determinada concepção de
conhecimento de visão de mundo né Uma herança que é compartilhada de valores objetos ciência arte tecnologias então a cultura que ela vai sendo entendida também como o essa intencionalidade pedagógica de eh olhar paraa memória coletiva como objeto de estudo ter a Mística a simbologia os traços da identidade social dos sujeitos eh com como objeto de estudo também e de desenvolvimento da da vida do modo de vida camponês mas olhar pro o modo de vida camponês desde a perspectiva da cultura mas num enraizamento crítico desse modo de vida camponês porque há valores e posturas que estão
no modo de vida camponês que nós não queremos reproduzi-los né que tá muito alicerçado eh no patriarcado e que deve ser objeto de de combate e luta nossa constante né então é é essa Matriz formadora e pedagógica da Cultura vai destacar eh a necessidade desse enraizamento crítico para projetar valores uma postura hábitos eh numa referência de relações sociais e de convivência coletiva desde o projeto de sociedade eh socialista que objetivamos construir mas também a cultura vai destacar a importância do desenvolvimento da afetividade da criatividade da educação artística estética do desenvolvimento corporal a intencionalidade pedagógica com
essa Matriz também inclui o trabalho necessariamente com a ciência com o conhecimento né Ou seja a apropriação das bases da das ciências da tecnologia e das Artes produzidas historicamente pela humanidade está na centralidade né Eh e indo então paraa Nossa Quinta Matriz pedagógica e e e formadora e Essa ordem que utilizei aqui eh eh eh para poder expor e apresentar eh foi estabelecida por mim e e e não tem necessariamente uma importância metodológica na ordem estabelecida né Tá mas eh eh considerando aquilo que falei que é é meramente um exercício didático que a gente desenvolve
no no setor de Educação do MST eh Mas o que importa é a gente também olhar para elas na sua totalidade pedagógica que elas constituem na orientação do trabalho político e pedagógico no trabalho educativo da escola ou ou de outros processos né E então indo paraa Matriz pedagógica da história né Nós vamos compreender que eh nós sem terra nos educamos cultivando a memória zelando e sendo Guardiões da memória da classe trabalhadora né e compreendendo necessariamente o movimento da história ou seja a história como a Roselie vai destacar ela se faz como fazemos a história como
a realidade se transforma né Então essa é é uma afirmação destacada por essa eh eh desde o entendimento e da apropriação dos fundamentos do materialismo histórico dialético mas que desde considerando como parte da teoria pedagógica da pedagogia do movimento então destacamos e afirmamos eh essa Matriz pedagógica desde esse entendimento ou seja o ser humano se forma transformando-se no movimento de transformar a realidade nós iremos afirmar que eh talvez aquela máxima né da primeira tese do Marx sobre Ferb que ele vai dizer né os filósofos já se ocuparam muito eh de entender a realidade o que
nos interessa além de entender a realidade é transformá-la então nessa Perspectiva da história na confluência com as outras matrizes nós vamos entender que escola Deve sim eh se apropriar necessariamente dos instrumentos eh científicos e tecnológicos para poder analisar e pesquisar a realidade mas essa pesquisa deve estar comprometida com processos também que vão concebendo e transformando essa realidade seja desde o trabalho desde a luta então posicionamos eh eh eh a escola nessa perspectiva pesquisar para transformar né necessariamente e e e olhar paraa história pro movimento eh das lutas sociais eh da classe trabalhadora munda fora se
faz necessário assim como outros processos eh na história Então ela tem essa essa Matriz tem essa intencionalidade pedagógica e uma relação entre memória e história necessariamente né nesse enraizamento projetivo que nós a afirmamos desse vínculo entre passado presente e futuro é necessariamente então uma exercitação da análise do movimento da realidade e das contradições da vida para se compreender o desenvolvimento histórico da sociedade do ser humano né tendo as contradições como esse motor né da da das transformações das lutas e do próprio desenvolvimento da sociedade do ser humano né e a história também vai nos destacar
então eh a convicção e e e e do cultivo de valores né Eh Ou melhor dizendo o a o cultivo de valores e de convicções de costumes popularmente dito entre nós eh que estão no movimento do movimento sem terra né então Eh Isso vai nos trazer também uma determinada discussão e afirmação eh e e e e clareza né não necessariamente o melhor termo aqui para elucidar né mas ou ou melhor então Eh na medida que vai se evidenciando isso essa essa relação entre passado presente e futuro isso também vai nos oferecendo maior evidência eh e
das convicções sobre o nosso projeto de sociedade o projeto de campo e o projeto de vida do ponto de vista das transformações que objetivamos construir então a história natural e humana é ela é colocada como uma ciência fundamental de estudo eh na escola mas não só na escola mas em outros processos eh formadores dentro do movimento né Eh Então essas matrizes pedagógicas eh destacadas pela eh eh Pedagogia do movimento elas vão sendo compreendidas como elementos materiais das dimensões do agir humano que são essencialmente formadoras ou até mesmo conformadoras do ser humano no sentido de constituir
lhe com determinados traços que não existiriam esses traços sem uma atuação dessas matrizes sem uma atuação dessa forma de agir portanto é importante reafirmar que o trabalho sobressai-se entre as matrizes enquanto atividade humana criadora enquanto princípio educativo que permite a compreensão dessas cinco matrizes né então eh a a Poderíamos dizer que a matriz mãe é o trabalho enquanto atividade humana criadora que possibilita então conceber eh e colocar na centralidade da nossa teoria pedagógica eh essas matrizes pedagógicas da luta da organização coletiva e do trabalho da história e da Cultura como basilares na Constituição do ser
humano como seres sociais histórico e como sujeitos da Praxis a partir da intencionalidade pedagógica que a escola pode e deve eh oferecer no seu trabalho educativo né eh e daí é importante destacar que a partir então da pedagogia do movimento e dessas matrizes pedagógicas eh nós iremos então pensar a escola eh como uma totalidade pedagógica como relações sociais e conteúdos eh formativos que se realizam em diferentes tempos e espaço cada qual com sua intencionalidade educativa com seu planejamento específico mas que tomam eh como referência organizadora do ambiente educativo essas matrizes e isso vai imprimindo então
eh uma lógica de organização curricular que para nós necessariamente deve garantir o ensino do conteúdo a apropriação das bases da ciência e das Artes na relação com o estudo da realidade na relação com a a atualidade com as contradições societárias eh do nosso tempo histórico né no âmbito da natureza e da sociedade então pensar a intencionalidade educativa em perspectiva e no vínculo com processos formativos que acontecem fora da escola então essa a a concepção de escola destacada pela Pedagogia do movimento ela necessariamente vai colocar a necessidade da gente conceber a sala de aula com a
sua centralidade no processo de abstração e de apropriação da ciência mas colocando a sala de aula em superação em perspectiva e não como único espaçoo escolar mas como um espaço tempo escolar que se relaciona com outros processos formativos que estão em outros ambientes da escola ou até mesmo no entorno da escola e e e da comunidade em que essa escola está inserida né então Eh isso ocorre de forma eh sistemática sem perder a centralidade do trabalho com com o conhecimento desde um instrumento que nós eh temos acumulado coletivamente a partir eh da apropriação por superação
da pedagogia socialista Soviética e que passamos a intitular Esse instrumento como o inventário da realidade então o inventário da realidade é um processo de pesquisa do meio social e natural considerando seu desenvolvimento histórico daquele espaço eh geográfico eh em que permite educadores educadoras estudantes mergulharem na realidade para desenvolver a sua pesquisa e destacar elementos que são centrais para poder compor eh o planejamento do trabalho educativo dessa escola então isso vai colocando a escola seja desde abstração mas também desde o trabalho e da pesquisa a a Campo né Eh por meio dos processos aut organizados colocando
a escola em relação com o seu entorno né então superando eh a sala de aula como um espaço tempo eh único de desenvolvimento da intencionalidade pedagógica eh da escola né então o sentido do estudo aqui ele é compreendido e deve ser compreendido ao longo do processo pelos estudantes eh e o próprio E durante o próprio ensino e não só depois de seu término né Eh mas é nesse sentido da compreensão das contradições então atuais do modo que as da escola e seus tempos educativos vai considerando essa interação com o meio social e natural que a
circunda né compreendendo a escola como um centro cultural e de pesquisa do seu meio né então isso faz parte do nosso conceber a escola como uma totalidade pedagógica e que precisa romper eh o limite que isola a escola das contradições societárias da vida e do trabalho social e dos Desafios de construção da reforma agrária popular na relação com a produção de alimentos com a matriz tecnológica da agroecologia e tendo a agroecologia como essa lógica de desenvolvimento também das forças produtivas que respeita o ser humano e a natureza então a escola ela por meio do inventário
da realidade do trabalho do estudo eh da auto-organização e dessa categoria pedagógica que é a atualidade permite se vincular de forma planejada a esses outros processos que estão além da escola e daí para isso olhando paraa escola enquanto totalidade pedagógica nós iremos conceber então a organização dos tempos escolares e daí Claro eh eh não disse inicialmente gostaria de de afirmar isso agora também eh que a pedagogia do movimento eh embora possua uma unidade no território nacional e na orientação desde os seus fundamentos e desde eh eh eh a as contribuições destacada eh pelas matrizes pedagógicas
que eh integram a pedagogia do movimento né embora exista essa unidade eh no em todo o território nacional Mas a forma de materializar isso a depender da região a depender das determinações geográficas sociais e naturais de uma um determinado território ou região isso vai alterando eh os vínculos eh do trabalho educativo mas também vai alterando os próprios tempos educativos né então a a a autonomia do coletivo de educadores e educadoras de cada escola em definir os tempos educativos a partir das daquilo que considera eh necessário mas primando pelos objetivos eh formativos e e de ensino
da escola né primando da finalidade social e política dessa escola vinculado a a ao projeto de campo de sociedade e e e a concepção de desenvolvimento humano eh que orienta a nossa prática mas vai adquirindo eh suas especificidades peculiaridades a partir das determinações em que essa escola está eh localizada né então Eh ao pensar a escola como totalidade pedagógica nós vamos então olhar os tempos educativos então organizar os tempos da escola em tempos educativos que permita e que é orientado por essas matrizes pedagógicas para poder movimentar eh diferentes em diferentes momentos com planejamentos específicos eh
as diferentes dimensões do ser humano então entre os tempos a gente pode dizer ah o tempo formatura eh o tempo Mística como é chamado também em algumas regiões ou tempo formatura o tempo trabalho o tempo leitura né Para Além da Leitura realizada pelas disciplinas na sala de aula ou orientada pelas disciplinas o tempo cultura o tempo aula que adquire essa centralidade que mencionava anteriormente mas nessa perspectiva eh de colocar ela eh eh para além da sala de aula O Tempo estudo O Tempo Oficina o tempo da organização e da gestão o tempo dos educadores e
educadoras pro planejamento e pesquisa né que é um grande desafio eh nesses tempos eh de reforma Empresarial da educação que padroniza e sequestra o tempo do trabalho vivo e criativo nós enquanto educador e educador então é um processo também eh de resistência e e de construção de alternativas permanentemente para poder eh se sobressair a a a padronização e os parâmetros curriculares que a reforma Empresarial da educação imprime hoje na educação pública brasileira né Eh então também há de considerar eh eh a confluência com esses desafios desse tempo histórico que a política educacional eh eh imprime
na escola uma uma um um um um um determinado sequestro do trabalho vivo e criativo né Enfim então é pensar eh nessa totalidade daí a gente vai nessa totalidade pedagógica do do ambiente educativo escolar né Eh que não se resume ao interior da escola mas inclui esses diferentes vínculos que eu mencionava anteriormente né Eh e daí eh a gente vai entender que algumas sínteses né a a aqui para mim poder entrar eh na parte final da exposição eh sobre as tarefas educativas da escola na atualidade que é uma das problematizações eh colocadas pelo o sted
BR pra gente poder pensar aqui eh eh esse dia de hoje e as outras 11 aulas que tivemos a oportunidade de ter via esse essa organização e o o acesso que o sted BR eh vem fazendo né Mas algumas sínteses então eh eh que as relações sociais eh intencionalização eh de processualmente elevar a condição pessoal e coletiva com níveis mais avançados organizativos e que isso é caro para luta social né Eh paraa condução eh de qualquer processo de reivindicação para condição para qualquer processo de organização territorial é condição para poder qualquer processo de convivência coletiva
ter níveis elevados eh de organização pessoal e coletiva né então eh eh essa é uma afirmação importante que eh mas também a participação e formas coletivas de gestão com esse intuito de criar os traços fundamentais do perfil de ser humano que nós objetivamos construir com os traços de lutador e com Construtor como mencionei anteriormente na perspectiva de novas relações sociais fundadas no nosso projeto societário que é está no nosso Horizonte e deve estar na nossa prática cotidiana na construção dos embriões do socialismo n né então atingir processualmente os níveis elevados de organização de autonomia de
conhecimento e formação política eh é também uma condição para superar a centralização do poder que está colocada na forma escolar clássica né então a gente vai entender que a horizontalização das relações e das tomadas de decisão ela é muito cara e necessária pra gente formar o perfil de ser humano que nós queremos eh que nossas crianças jovens se para se reconhecerem como parte da classe trabalhadora enquanto lutador do presente e construtor de um futuro sem exploração do trabalho a gente vai entender também afirmar que necessariamente a escola deve est organizada num coletivo de educadores e
educadoras né [Música] enquanto coletivo de educadores e educadoras não é só a presença física mas é ter os espaços de gestão entre educadores é ter espaços de estudo entre educadores e educadoras é ter espaço de desenvolver o e e e conceber o plano de ação da escola é ter o espaço de decisões que são estruturais também paraa escola eh de conceber a interdisciplinaridade no processo eh do trabalho educativo eh como condição para elevar a a a condição de visão de mundo dos Estudantes e de análise da realidade e de apropriação dos fundamentos da ciência né
então eh eh essa célula organizativa na escola do coletivo de educadores e educadoras ela é Central para poder eh posicionar a escola e criar as resistências necessárias diante da política educacional eh e da reforma Empresarial que tá colocada eh no Brasil e no mundo né mas olhando aqui paraa nossa realidade específica né Eh e logo ao pensar a horizontalização das tomadas de decisão a a a inserção daquilo que mencionei anteriormente da auto-organização dos Estudantes nessa combinação entre estudo trabalho eh atualidade e auto-organização né nós iremos eh afirmar e acreditamos também que os caminhos de transformação
da escola e a transformação da escola Elas serão tanto mais radicais eh quanto seja o vínculo da escola com os processos de luta de organização e construção que visam Superar as relações sociais que eh sua forma na atualidade então Eh essa compreensão eh e afirmação ela eh eh se faz necessária como e e e é um aprendizado coletivo que temos afirmado ao longo do tempo desde a pedagogia do movimento né E desde a nossa concepção de educação e concepção de escola e de desenvolvimento humano que tá fundamentalmente estruturado também aí na teoria histórico-cultural eh eu
agora nesses últimos minutos da exposição eh recentemente a a professora e companheira Educadora lutadora Roselie Salete caldar ela atualizou uma síntese nesse livro aqui que sobre as tarefas educativas da escola e da atualidade é um um livro que tá disponível acesso pela Editora expressão Popular eh e e nesse livro que inclusive tá no na referência básica aí no referencial bibliográfico básico e necessário eh do nosso estudo de hoje eh ela vai sacar eh nesse livro que eu Nós consideramos já coletivamente como um um um uma grande síntese na atualidade eh daquilo que a pedagogia do
movimento vai considerando como Central no desenvolvimento do trabalho educativo da escola ela destaca sete tarefas educativas E essas sete tarefas educativas eh elas a no nosso entendimento elas não estão colocada apenas eh para as escolas das áreas de reforma agrária não estão colocadas apenas pela condição eh que está disponível essa produção eh também não só para as escolas do campo das águas e das florestas mas sim eh pro campo e pra cidade como um todo como uma elaboração eh teórica pedagógica prática eh possível desde as reflexões eh das práticas educativas em que o movimento está
inserido eh mas que tem uma contribuição pro conjunto junto da teoria pedagógica brasileira e pro conjunto das escolas eh públicas do campo e e da cidade né eh e e que talvez essas sete tarefas educativas não sejam possíveis em determinadas realidades escolares serem consideradas e implementadas eh na sua íntegra ou eh eh até mesmo uma delas ou as sete tarefas educativas na íntegra Mas permite as escolas construírem caminhos ensaios para qualificar o reposicionamento da escola a serviço do projeto societário que queremos construir enquanto classe trabalhadora desde o papel educativo da escola desde eh o papel
que a escola deve exercer no acesso ao conhecimento científico e no desenvolvimento humano eh integral né nas suas diferentes eh dimensões Então embora não seja reservado então para escolas do campo nem muito menos para as escolas das áreas de reforma agrária mas eh gostaria de considerar que em determinadas realidades eh é possível construir ensaios fecundos parciais mas que caminham para um uma concepção e um desenvolvimento de um trabalho educativo eh a partir eh do acúmulo eh de uma concepção de educação e de escola que tem por base eh e de ser humano que tem por
base o materialismo histórico dialético e rapidamente anunciando aqui alguma essas sete tarefas e mais aqui aguçando e e chamando a atenção pro livro também que é uma essa grande síntese para uma leitura mais contudente e eh então vou passar brevemente aqui por eh essas tarefas educativas que são destacadas a partir da pedagogia do movimento nesse livro intitulado as tarefas da escola na atualidade Então a primeira tarefa que a Roselie destaca no livro é a necessidade de acolher o ser humano em formação né ela vai afirmar que essa é uma tarefa óbvia mas que se não
estivéssemos em um tempo em que a desumanização encontra-se galopante eh nós não precisaríamos reafirmar o óbvio né então mediante o processo de desumanização em curso de padronização curricular de sequestro do trabalho vivo de colocar a escola a serviço dos parâmetros eh e instrumentos de avaliação externa é necessário a gente conceber enquanto escola como acolher o ser humano em informação né então não há como educar sem acolher a rosel Então a gente vai entender essa tarefa educativa eh a partir de determinadas perguntas a Roseli vai afirmar que o que é acolher o ser humano que adentra
ao ambiente educativo da escola e pelos conhecimentos específicos sobre cada dimensão a serem incluídos no trabalho né de de estudo e de análise dessa da realidade né no trabalho educativo da escola A quem cabe a tarefa educativa de acolher como se acolhe os os estudantes os educandos e educandas com a finalidade de acompanhar a sua formação humana em direção a uma formação humanizadora e emancipadora né esse é o grande papel da da pedagogia do movimento colocar a escola nessa direção do trabalho educativo que seja humanizador e Emancipador então a Roselie vai destacar que nessa síntese
que a noção do ambiente educativo desde Esse princípio freiriano do Diálogo eh se faz necessário considerar no acolhimento nessa tarefa educativa do acolher para educar o ser humano né uma segunda tarefa educativa então que vai de ser destacada e que embora já apareceu nas matrizes mas aqui eh partindo dessa sínteses que a Roselie faz que é organizar as vivências do trabalho socialmente necessário né ela vai dizer que tem duas questões principais que orientam nossa elaboração coletiva até aqui né o por defendemos O vínculo prático de nossas crianças e jovens com processos vivos de trabalho né
Então essa é uma pergunta e e porque não nos basta eh apenas o estudo teórico do trabalho sendo Esse estudo tão fundamental né e e quais as intencionalidades formativas que precisamos garantir nesse vínculo desde as finalidades sociais e formativas que temos então a a categoria pedagógica eh principal está no próprio trabalho socialmente necessário né como uma possibilidade de organização eh das vivências E desde a incorporação dessa categoria pedagógica fundamentalmente eh destacada na pedagogia socialista Soviética pela elaboração do Victor chungu né que tivemos a oportunidade em 2013 eh de ter acesso à obra rumo ao politecnico
em que ela o chungu destaca e que nós incorporamos como uma categoria pedagógica na Nossa elaboração com as variáveis da nossa realidade eh eh na Pedagogia do movimento e na prática das nossas escolas né Então essa categoria eh de análise marxista do trabalho humano nas relações capitais de produção ela passa a ser entendida também como uma categoria pedagógica né para chegar às nossas I práticas e revisitando os aportes básicos da economia política crítica né ela vai dizer que sem a compreensão disso eh a tarefa da escola não tem como ser realizada então desde nossas finalidades
sociais e formativas então tá aí a Organização das vivências de trabalho socialmente necessária como uma uma uma tarefa educativa necessária na atualidade a terceira tarefa educativa é a exercitação da auto-organização como parte de uma cultura política emancipatória embora eu já tenha falado muito sobre ela até aqui mas eu quero destacar eh aspectos fundamentais eh que no Livro é colocado primeiramente trata--se de trabalhar por habilidades e hábitos organizacionais pessoais e coletivos em consideração e relação com determinados parâmetros de sociabilidade humana e de relações sociais a serem afirmados por nós desde o nosso projeto histórico segundo o
aprendizado da auto-organização ele se vincula a uma forma de pensar a participação política na sociedade como um todo a uma visão de democracia ser firmada como um modo de vida social pela prática e a reflexão sobre ela né então essa horizontalização eh da das tomadas de decisão eh do e de desenvolvimento do próprio planejamento e e superando a tão propagada eh concepção de gestão democrática que hoje nos projetos políticos pedagógicos das da das escolas Eh virou apenas uma letra morta em sua maioria e embora saibamos que essa é uma defesa no âmbito da educação pública
brasileira que temos que fazer eh profundamente com muita firmeza teórica política a a defesa e a materialidade da gestão democrática né Eh para não ser só um um um um um instrumental eh morto nos projetos políticos pedagógicos então a a auto-organização dos Estudantes força a a a a uma ideia de gestão democrática uma concepção de gestão democrática em que assegure uma sistemática de participação dos Estudantes aí horizontalizado eh o poder e as tomadas de decisão como um elemento também Central eh no desenvolvimento humano essa formação é é então é entendida como process processual e de
longo período de longo tempo porque tem relação com com valores com visão de mundo com a cultura com a consciência política com o modo de abordar as questões da vida cotidiana e daí por isso a importância eh da auto-organização ser Concebida desde a menoridade desde a infância desde os coletivos infantis como a teoria histórico-cultural nos destaca eh Uma quarta tarefa então é a de desenvolvimento de uma uma cultura corporal multilateral saudável a Roselie vai destacar que essa categoria teórica cultura corporal eh que vem da área da Educação Física e busca interligar relacionar correlacionar diferentes dimensões
do que hoje podemos compreender como uma cultura corporal multilateral e que deve eh ser orientada pela escola né essa orientação a ser feita pela realização das atividades práticas e do trabalho educativo e por meio do ambiente educativo da escola e pelos conhecimentos específicos sobre cada dimensão a serem incluídas incluídas no plano de estudo e e necessariamente desenvolvendo então ações culturais eh com o seu entorno né com as cooperativas com as famílias com as comunidades com o sindicato Então essa cultura corporal eh sendo integral eh também ser Concebida nessa relação com o seu entorno e daí
a a vai ser destacada cinco dimensões basilares né que está colocada eh desde eh uma determinada concepção da educação física e que afirmada aqui eh nessa tarefa educativa que é o os exercícios físicos eh os jogos brincadeiras lutas corporais os esportes coletivos né participativos as danças e práticas teatrais hábitos e escolhas alimentares a dimensão da sexualidade e da diversidade sexual e Relações raciais E de gênero né como objeto necessariamente de estudo e e e de integrar esse desenvolvimento eh eh da cultura corporal e e para se fazer presente nas relações sociais e daí também o
uso adequado das tecnologias digitais de comunicação que hoje também nos nos coloca num desafio aí do ponto de vista do seu uso de forma saudável e que vem também eh determinando determinados comportamentos das nossas crianças e jovens e que tem se apresentado como um desafio aí no conjunto eh da educação pública né eh Uma quinta tarefa educativa então que é afirmada eh como síntese e necessária na atualidade é a realização das atividades que garantam então a apropriação das bases da criação artística na direção de uma cultura comum a Roseli vai destacar que a pergunta que
orientou essa síntese é a seguinte quais são as bases do modo de conhecer a realidade que é específico da artística e como se garante a apropriação dessas Bases na Educação Básica e daí ela vai desenvolver e apresentar quatro balizas de compreensão para poder fazer um enfrentamento a essa pergunta né Que deve orientar Então essa tarefa educativa eh Então ela ela vai eh também propor posteriormente três tipos de atividade que a escola pode realizar com os antes nesta direção dessa apropriação das bases da criação artística desde as finalidades sociais e educativas né Então tá colocado as
atividades de apropriação cultural eh de experiências sociais vividas as atividades de experimentação artística eh utilizando e usufruindo de diferentes linguagens os estudos e exercícios específicos de análise das produções culturais e artística né indo paraa sexta tarefa educativa necessária é a organização de um modo de estudar que Garanta a apropriação então das bases das ciências né então aqui eu vou elencar sobre essa dimensão eh algumas perguntas principais que organizaram essa síntese eh que é o que caracteriza a especificidade da forma científica do conhecimento e quais são as bases constitutivas da ciência que modo de estudar permite
a compreensão da realidade e a apropriação dos meios de produção da ciência e suas bases porque a construção da pedagogia socialista afirma o trabalho como base central do estudo científico da realidade viva Então essas três questões organiz uma síntese e o aprofundamento aí sobre eh essa tarefa educativa f o convite a leitura eh dos educadores educadoras professores e professoras eh aqui presente que também assistirão essa transmissão posteriormente né Eh uma sétima tarefa educativa que é colocada Então como síntese é a né E essa é uma uma afirmação cara que a gente vem realizando ao longo
do tempo eh desde a pedagogia do movimento que é a necessidade de Reconstruir a forma escolar pelo conteúdo das tarefas educativas né E essa tarefa educativa da escola eh é é o que permitiu segundo essa elaboração da ali eh permitiu distinguir no todo do trabalho educativo eh modulado e e e orientado pelas exigências da atualidade e e que e eh a e a questão que orientou é que é necessário mudar no funcionamento da escola a sua organização superar sua forma escolar clássica para Que ela possa realizar as outr as tarefas educativas em melhores condições né
então fora de uma reconstrução da forma escolar a partir do conteúdo das tarefas educativas ou seja repensar a organização curricular da escola repensar e reconstruir a forma escolar na sua totalidade eh sem dúvidas impede o ensaio eh dessas tarefas educativas embora quero afirmar aqui novamente que o exercício e o ensaio eh de uma ou mais tarefas educativas aqui colocadas é o caminho também para poder reconstruir a forma escolar por isso que a rosel vai afirmar que a forma escolar deve ser reconstruída pelo conteúdo das tarefas educativas né e isso vai oferecer as melhores condições pra
gente transgredir a forma escolar e clássica né então Eh é essa formulação então também em em em outros termos a gente poderia perguntar da seguinte forma para orientar o nosso pensar e o nosso que fazer eh qual a forma escolar que os conteúdos dessas tarefas educativas vão produzir ou vão produzindo vão exigir vão exigindo a medida que se realiza né o que que vai forçando tensionando no ambiente escolar e que vai permitindo construir esses esse caminho de transformação eh da escola eh alcançando a concepção de Educação de escola e e de ser humano e de
desenvolvimento e aprendizagem que eh defendemos desde a pedagogia do movimento e desde essa Matriz eh de formação humana materialista histórica dialética né bom então fica aí o convite a leitura eh dessa obra né que reúne aí as tarefas essas sete tarefas educativas a partir das formulações elaborações e reflexões desde a prática pedagógica desde o trabalho educativo da pedagogia do movimento e que afirma categorias pedagógicas que vai afirmando e ajudando a gente a conceber a pensar e fazer os caminhos de transformação da escola então nesse momento Solange eu devolvo a palavra para você para coordenação paraa
gente seguir aqui no nosso eh na nossa metodologia da da aula né Professor Walter eu agradeço sua exposição que fôlego professor e fantástica muitos elementos para refletirmos Então nesse momento vamos passar por para alguns eh recados e posteriormente já voltamos dando um tempinho para o professor também respirar e depois voltamos em seguida né no máximo em 10 minutinhos para as perguntas Tá bom então nesse momento eu gostaria de relembrar a todos da importância eh de curtir o nosso canal de curtir a página do sted BR inclusive acessar né para os seus estudos para as leituras
para releituras de textos né que estão todos disponíveis em relação à aula de hoje mas em relação a todos eh a todos os eh as aulas que já aconteceram em nosso curso das pedagogias eh contra-hegemônicas né então peço que vocês acessem os nossos canais também solicitamos né a contribuição de cada um para se associar no canal uma contribuição mínima de 1,99 centavos então é uma contribuição pequena para uma luta que se agiganta a cada dia né Por uma educação uma sociedade de fato justa solidária a caminho né de uma transformação social e de uma sociedade
para além do capitalismo de uma construção socialista de sociedade eh nesse momento nós queremos destacar as obras que o professor Walter também trouxe a síntese convidar a todos a leitura né então a obra sobre as tarefas educativas da escola na atualidade eh é uma uma obra então organizada pela eh escrita né pela Roselie caldar e que nos traz eh importantes contribuições né para pensar as tarefas educativas básicas da escola frente aos desafios postos para a formação das crianças e jovens na atualidade como bem destacou o Professor Walter esta obra não é apenas referência ao movimento
do sem terra a pedagogia do MST Mas é uma obra que pode nos ajudar a pensar na escola pública como um todo e a ideia de entendermos a partir dela o que podemos fazer o que podemos implementar O que podemos discutir em nossas escolas é muito importante né para ser a luta por uma educação de fato pública inclusiva de qualidade transformadora o livro ele tem importantes contribuições para as bases da educação geral e uma formação multilateral que Visa o desenvolvimento livre das capacidades humanas a inserção crítica e criativa das novas gerações na vida social como
um todo e o quanto estamos né Eh carentes de uma escola que retome seu fundamento Central que retome a centralidade do conhecimento científico do conhecimento artístico filosófico e sua relação com a realidade e sua transformação né então muitas questões são tratadas nessa obra e guardam muitos fundamentos que podem orientar o todo da educação escolar e também a formação humana que se encontra né Central neste processo educativo né na educação escolar então eu convido a todos para acessarem a obra e aproveitarem todos os ensinamentos que o professor Walter trouxe aqui algumas uma síntese né das sete
tarefas centrais da escola na atualidade a outra obra muito importante clásica né Que que foi mencionada hoje e que também pode nos trazer e muitos elementos para pensar a escola na atualidade para pensar a partir da pedagogia do Movimento Sem Terra a escola como um todo a escola pública de cada canto desse país né então a Roselie caldar vai chamar atenção nessa obra pro papel formativo dos processos sociais muito bem destacado né pelo Professor Walter e destacando o movimento né como um princípio educativo e resgatando a história e o processo de formação deste novo sujeito
educativo então nesta obra autora nos mostra que o campo brasileiro está vivo com uma dinâmica social e cultural própria e que o MST surge não só questionando as estruturas sociais e a cultura que as legitima mas também questiona a estrutura escolar as concepções póg correspondentes e a educação no MST é um movimento que surge de dentro da dinâmica social do campo coloca como foco de sua pedagogia formação humana em relação com a dinâmica da luta social e especificamente com a luta da reforma agrária Então essa obra também tem muito o que nos ensinar tem muito
o que nos fazer refletir para pensar né a educação desse país e aprender né com a pedagogia do MST tão cara tão importante construída de fato na Praxis eh pedagógica na Praxis social então dito isto eu quero também destacar aqui a presença né do professor Ant Carlos de Souza um bom dia ele farara fala do eh programa eh de Educação de Jacarezinho no Paraná a Ivana Silva de Oliveira que que fala que nos assiste diretamente da Amazônia da Universidade Federal do Pará que eu já tive a oportunidade de conhecer e de visitar de participar de
eventos uma belíssima Universidade uma belíssima um belíssimo estado e um país né a UFPA Celso Luiz Borelli Bom dia Celso fala diretamente de Sombrio Santa Catarina prazer tlo conosco muito obrigada Gilberto aqu também é estudante da UFMG da licenciatura intercultural eh e em nome do Gilberto aqui quero destacar que o IFC Concórdia eh o IFC o Instituto Federal Catarinense tem um eh o primeiro Campus de institutos federais construído eh no assentamento da reforma agrária em Abelar do luz é um Campus que muito nos orgulha e que também Gilberto estamos Eh iniciamos agora em agosto a
licenciatura intercultural indígena naquele Campus um grande desafio então um Campus que congrega a discussão da Educação do campo da educação indígena e eh da educação eh técnica profissional no campo também da Agro agroecologia então um prazer tê-lo conosco e dizer que o que o Campos Abelardo Luz tem né seus pés eh no movimento sem terra e inclusive nasce das ações deste movimento que reivindicam o espaço educativo é um Campus muito legal para se conhecer é um é um local que congrega todas as redes de ensino uma ao lado da da outra e há uma integração
muito eh relevante destas redes tanto Municipal como Estadual como Federal neste mesmo local no eh assentamento né onde nós temos dois assentamentos então é é um orgulho termos esse esse Campus que faz toda a diferença eu quero destacar também a a presença da Ana Cristina Gomes de Jesus que fala do IF Goiás muito obrigada pela presença pela presença né jos Dalva Farias dos Santos eh que fala do ppge da eh de Goiás a UEG e temos a presença aqui da minha colega querida amiga Mariland Ribeiro de Melo que fala né que está assistindo o curso
do ppge e FC muito obrigada Mariland por nos prestigiar José Dalva Faria dos Santos destaca né que uma educação no campo emancipatória Libertadora é possível viva nosso MST concordo muito com você jos temos muito aprender né todos os ensinamentos eh do MST e também da pedagogia do MST professora Bruna Raiol é extencionista pelo IFC e professora do ifs Tubarão Santa Catarina obrigada Bruna pela presença Mônica de Souza Trevisan do Instituto Federal Farropilha de Panambi Rio Grande do Sul os institutos federais marcando presença forte né não só neste curso mas no Brasil como um todo e
fazendo também toda a diferença junto com as Universidades públicas na educação desse país ros Rodrigues Bom dia da Universidade Federal de São Paulo do programa de pós-graduação educação e saúde Obrigada pela presença Estamos também né com eh pedindo né a todos que curtam a nossa página que aproveitem os materiais eh que não deixem de contribuir né de associarem-se ao canal para que a gente possa fortalecer a presença também do Paulo Lucas da Silva agradecendo né pelo pelo livro pelas dicas que aqui foram repassadas it Jaci Machado educação para o desenvolvimento humano desenvolver o ser ético
político precisando muito né dessa construção com certeza em nossas escolas roseline Ribeiro da Costa ter bindo manhã Muito proveitosa obrigado rosel com certeza aprendemos muito né com a fala do professor Valter e com todas as aulas até aqui eh construídas trabalhadas discutidas muito bem planejadas por todos os nossos eh professores Francisco Carlos de Matos os filósofos apenas interpretaram o mundo de diferentes maneiras o que importa é transformá-lo é verdade né Francisco tese 11 né e com certeza essa é a nossa tarefa e a a nossa tarefa também está vinculada a toda essa discussão teórico-prática que
os cursos promovidos pelo sted BR por mais 14 instituições que congregam centenas de participantes né milhares pelo Brasil a for dos mais diferentes espaços dos mais diferentes estados das cidades menores as maiores e é por esse caminho que precisamos cada vez mais trazer né Toda essa discussão que de fato faz pensar numa educação que repense esta lógica eh opressora da sociedade capitalista que repense essa educação conservadora que se coloca em muitos espaços e a presença de tantos professores pesquisadores estudantes nesse curso Curso mostra que estamos trilhando um caminho que vai ser concretizado nesta construção coletiva
como muito bem frisou muitas vezes o Professor Walter né ressaltando sempre essa palavra me chamou atenção professor Walter né Desse termo que você usou o tempo todo coletividade e organização né E essa luta é nesse processo coletivo e organizado Então nesse momento eu vou passar as questões e dizer um pouco da dinâmica de como vai acontecer nós vamos fazer bloco de três questões o Professor Walter vai expor as três questões depois a gente retoma mais três questões para isso e para facilitar a quem estiver assistindo eu vou fazer a leitura destas questões e em seguida
o Professor Walter Então faz a resposta de acordo com o seu tempo tentaremos atender a todas as questões foram muitas diversas que vieram né dentro do tempo programado Tá ok então Então a primeira questão que temos na tela qual foi o impacto Professor das críticas ao pragmatismo nas décadas de 20 e 30 nas formulações educacionais soviéticas a seg a seguinte questão quais são os impactos práticos da adoção das pedagogias soviéticas no desenvolvimento de escolas nos do MST e a terceira questão deste bloco considerando a educação Rural versus a educação do campo essa segunda sur nos
anos 90 quais os atores fatores e aspectos sociais econômicos e políticos Olá Solange tá me ouvindo bem É porque distanciou em algum momento a sua fala e eu não sei se é a qualidade da minha internet me ouve bem ouvimos muito bem Professor ah Ótimo então e tentando agrupar né Eh a interlocução interação com as questões que eram eh eu eu diria assim dos impactos práticos pelas avaliações reflexões coletivas que temos desenvolvido desde diferentes estados e e processos de elaboração curricular porque nós também desde a pedagogia do movimento eh aquilo que eu disse vai adquirindo
eh em diferentes estados desde essa desses fundamentos da orientação pedagógica eh política e dos fundamentos da pedagogia do movimento eh constituindo ensaios distintos eh que tão Unificado numa concepção de educação numa concepção de escola e de de ser humano né Eh mas olhando de tentando generalizar e categorizar impactos práticos eh eu eu diria assim ó que a nossa maior aproximação eh com a pedagogia Soviética eh esse processo de incorporação por superação ele possibilitou a gente qualificar uma sistemática Da ampliação do vínculo entre ensino trabalho e realidade né de modo a resguardar o papel também da
escola no âmbito de tornar acessível o conhecimento da realidade Então esse essa é uma dimensão cara para nós e que perseguimos eh permanentemente e que desde a pedagogia socialista Soviética foi possível e reafirmando esse aprendizado coletivo Então esse é um impacto prático que nos movim ent cotidianamente um uma outra questão que até mencionei eh eh sobre o inventário da realidade sobre Esse instrumento que ele vai ter origem a gente sempre trabalhou nas escolas desde início das da década de de 80 e e e se aperfeiçoando ali no final da década de 80 desde as primeiras
ações Nossa do Movimento Sem Terra eh está a a a relação entre o conhecimento científico e a realidade como elemento eh Central no papel da escola mas com alguns ensaios experimentações curriculares que a gente desenvolveu eh e vou citar aqui o exemplo eh no estado do Paraná com as escolas itinerantes e com algumas escolas de assentamento eh foi possível ao longo eh de 3 anos de estudo coletivo de trabalho coletivo de elaboração coletiva contando com especialistas de diferentes áreas muitos professores e professoras do MST eh que estão na Educação Básica que coordenam as escolas mas
também que são do MST e estão na educação superior ao longo de 3 anos num processo de interpretação e apropriação da da pedagogia socialista Soviética naquilo que eh acumularam metodologicamente no âmbito dos complexos de estudo permitiu a gente chegar nesse instrumento chamado inventário da realidade e o inventário da realidade embora a gente já fazia pesquisa da realidade de outras formas o o o impacto dele nas escolas que estavam diretamente envolvido eh no experimento e outras que depois Brasil a fora passaram a incorporar tanto nas escolas do MST mas como escolas eh do campo como um
todo ampliou a densidade e A sistemática do vínculo entre o ensino o a realidade e o trabalho e isso de de uma forma eh programada planejada desde Esse instrumento que a gente intitula como inventário da realidade então isso permitiu conhecer mais a realidade a saída mais organizada planejada desde esse acúmulo eh em diálogo com a pedagogia Soviética né e possibilitou para nós também qualificar a nossa relação com com o trabalho Agrícola de perspectiva agroecológica né então aquilo que nós inauguramos a partir de 2013 do ponto de vista de colocar a escola na sua relação com
o trabalho e a massificação dos fundamentos da da agroecologia trabalhar pela sua territorialização eh elevou o o o patamar elevou o patamar do ponto de vista do estudo e da apropriação são eh dos fundamentos científicos e e e de e e de ampliação de uma sistemática né Eh então Eh essa essa essa problemática que outras experiências curriculares que outras práticas curriculares ao longo da história da teoria pedagógica brasileira ou até mesmo ao longo da história da teoria pedagógica mundial de incorrer num risco eh ao se aproximar da realidade para com o ensino eh diminuir a
densidade do conhecimento com essa aproximação Nossa e formulação a partir da pedagogia Soviética nós estamos entendendo que tá vacinado esse processo e que o risco dessa dessa possível negligência que é colocada eh ela é é superada quando C dada e construída as condições dos espaços tempos eh de planejamento e de desenvolvimento do trabalho educativo então eu eu tô para dizer que esse e é é um dos impactos práticos mais centrais eh nesse acúmulo e daí em decorrência deles eh eh deste eh eh teria outro por ex outros que ao longo do tempo a gente dos
40 anos exercitamos mas que por exemplo é a questão do planejamento coletivo dos educadores e educadoras a qualificação dos processos de auto-organização e a forma de conceber a auto-organização dos Estudantes antes a própria forma de conceber os tempos educativos então isso foi adquirindo qualidade eh com essa maior aproximação com a pedagogia Soviética e e com a própria Pedagogia do Oprimido tá então às vezes nos perguntam mas olha Eh com essa eh guinada e aproximação maior no início dos anos 2000 do movimento com a pedagogia socialista Soviética onde fica eh a pedagogia do oprimido é aquele
exercício constante que digo eh que anunciei inicialmente de incorporação por superação Então tá presente nos nossos fundamentos nos nossos alicerces e segue orientando o nosso que fazer eh a a partir dos ensinamentos do materialismo histórico dialético né então eh a a a a os impactos eh e sem dúvidas potencializou eh essa interação entre a escola e o entorno as fontes educativas E ajudando a romper com o limite estabelecido pela sala de aula e com o o o a sua redução eh apenas aos processos de abstração que ocorre na sala de aula eh de forma livresca
mas colocando em perspectiva com a a a realidade né Eh sobre essa questão da educação Rural eh eu eu eu diria para ser objetivo que a grande distinção influência eh em relação a à educação do campo está justamente eh na origem eh da Educação do Campo né porque a a origem da Educação do campo ela se coloca firmada eh num projeto de campo e de sociedade que entra em conflito cotidiano com o projeto de agricultura capitalista intitulado como agronegócio nos dias de hoje então há um um um um um um diferencial de origem uma incompatibilidade
de origem né do do do ponto de vista econômico social Cultural e Educacional né então a a a tomar como referência o projeto histórico nosso eh de sociedade de agricultura de campo e de desenvolvimento humano eh eh é o que nos é o divisor e que coloca esses dois projetos educação Rural e a educação do campo numa incompatibilidade num conflito de lógica permanentemente firmado no Polo do trabalho né O que tá em questão aqui é a perspectiva de conceber as relações sociais a a a a a o modo de vida e essa forma de organizar
o trabalho eh no campo e e na sociedade a a educação Rural ela ao longo do tempo e é importante enfatizar isso também nessa questão e hoje inclusive há uma apropriação inadequada criminosa de entidades vinculadas ao agronegócio como a própria Souza Cruz ou a própria centa né Eh ou outras entidades que também são vinculadas ao sistema S e que utilizam inadequadamente alterando o conteúdo da Concepção da escola do campo com projetos Auto intitulado como escola do campo ou educação do campo eh então então a Perspectiva da Educação Rural eh de catequizar colonizar o sujeitos do
Campo fazendo uma transposição de uma visão urbanocaminhões [Música] na origem do projeto de campo e de agricultura e de sociedade eh e na lógica de de organizar o trabalho eh do Campo né Então introdutorias aí com as questões para não me alongar muito eh eh seria isso Solange Então vamos seguir aqui na mais um bloco né de três questões Então a primeira questão do segundo bloco qual seria a diferença entre Educação do campo voltada para a agroecologia e Agricultura Familiar para a educação Rural que predominou ao longo dos séculos incentivando a monocultura do agronegócio a
segunda questão podemos definir que o agronegócio monocultura e o uso de agrotóxicos estão relacionados à educação ural e a agric olia Agricultura Familiar está mais relacionada à educação do campo quais seriam as diferenças e a terceira questão deste bloco Quais as principais contradições entre os complexos de estudos os conteúdos temas e a forma da escola convencional tá acredito que essa terceira questão do bloco eu enfatizei bastante durante a exposição né eu vou me deter aqui a essas duas questões que também tem relação com a terceira questão do bloco anterior eh eu acredito que todas e
todos aqui conheceram a figura do Je tatu né do Monteiro Lobato eu embora Monteiro Lobato seja um clássico a ser considerado lido pelo conjunto dos brasileiros e brasileiras mas ele exerceu um grande desserviço e sob a orientação das oligarquias rurais e né No No No No início eh da da tão propagada e chamada revolução né e o je tatu foi um elemento Cultural e Educacional que a gente pode pegar aqui como referência para a interação e diálogo eh com essas duas questões e aquela terceira do bloco anterior porque o que que o jek tatu anunciava
pr pra sociedade para poder vender o pacote eh tecnológico que a Revolução Verde queria a sociedade a sua adesão era que Oat pejorativamente criminosamente taxou o sujeito do campo como atrasado preguiçoso como quem não trabal como quem não Possi conhecimento Então tá grande grande dier é de a a educação Rural ela fez eh para o povo Rural e criminosamente assolando e usurpando os sujeitos do campo das águas e das florestas né sequestrando a sua condição de vida a educação Rural foi Esse instrumento da burguesia rural brasileira e segue sendo eh com outras roupagens nos dias
de hoje mas foi Esse instrumento da burguesia Rural brasileira eh e das grandes empresas eh que trabalham com a indústria eh dos agrotóxicos as as grandes empresas nacionais e transnacionais de usurpar o sujeito do campo do direito ao seu território né desvalorizando a a a a a sua condição cultural o seu saber desenvolvido a sua forma de se relacionar com a terra Então tudo isso a serviço de uma modernização atrasada e criminosa e a educação Rural foi Esse instrumento e a figura do jec tatu Para mim é a máxima do de uma ilustração da educação
Rural que objetivou uniformizar os povos do campo de forma pejorativa e reduzindo o campo nessa concepção da educação Rural a produção de matéria prima Lia mão de obra com conhecimento técnico para o trabalho na Perspectiva do projeto de agricultura eh deles né Eh da burguesia Rural então Eh Essa é a grande distinção por outro lado nós temos a educação do campo que vem já no seu anunciado na su no seu enunciado afirmar a a na origem da Educação no campo o no e do campo é no campo porque ocorre esse trabalho educativo com os sujeitos
que são do campo das águas e das florestas mas é do campo porque nós sujeitos do campo a partir da nossa apropriação cultural a partir de nosso trabalho a partir de nossa prática também desenvolvemos ciência e conhecimento e acumulamos suficientemente para poder conceber a educação do campo por isso que eh muitas vezes eh a gente desconsiderar essas esse simples eh eh afirmação do campo ela pode estar vinculada ou em conluio com essa visão urbanc eh de colonização e de escamoteamento das contradições sociais que ocorrem no campo brasileiro então a educação do campo vem para poder
dar tratamento e enfrentar diretamente o o o confronto entre as lógicas de agricultura eh que se materializa no campo brasileiro reconhecendo a diversidade dos povos do campo das águas e das florestas fortalecendo a perspectiva de construir um projeto popular para o Brasil né sob o o o uma outra hegemonia né sobre uma hegemonia alternativa e e conduzida pela classe trabalhadora do campo e da cidade de evidenciar a a a a as reais contradições eh que ocorrem no campo e e e e e não alimentando a cisão Camp e cidade mas entendendo como continuidade né como
uma continuidade dialética que possuem especificidades inclusive na forma de materializar a exploração do trabalho que deve ser considerada e que devemos eh desde a educação do campo problematizar enfrentar e lutar contra então Eh para não me alongar e daí a gente poderia entrar eh eh para lém desses elementos mais Gerais em elementos que mais pedagógicos e de e e didáticos né também eh mas eu eu primo aqui por trazer eh tendo a a a a a natureza e e e a formulação dessas três questões em em em me resguardar em afirmar esses aspectos que permite
que permite eh desde a educação do campo e desde da dos movimentos sociais populares eh sociais e sindicais populares do campo das águas e das florestas a gente afirmar que o campo é um lugar que se produz cultura que tem vida que tem produção tem moradia tem educação tem o cuidado com a natureza né e desenvolve relações humanas e e e que superam a visão atrasada do agronegócio de conceber o campo apenas como produção de mercadoria e e de matériaprima paraa exportação né então o que tá em questão aqui entre os dois projetos é que
nós objetivamos construiu a nossa soberania alimentar e Popular enquanto sociedade brasileira Então essa é a grande afirmação Nossa desde a formulação da reforma agrária Popular né Muito obrigada Professor pela pelas respostas Claras e precisas e sigamos aqui mais um bloco de questões eh explique um pouco mais sobre o tema da auto-organização dos Estudantes como funciona nas escolas do MST Quais as dificuldades encontradas e como buscaram superá-las Quais as diferenças entre os temas geradores de Freire e os complexos de estudo e a terceira questão aconteceram muitas tensões entre a forma e o conteúdo nesse processo de
organização escolar tá excelentes questões eh bom sobre a a a auto-organização né ela embora a a a matriz a nossa concepção que anunciei aqui ao longo da exposição eh e também tem essa unidade nos fundamentos né e em todo o territ território nacional mas ela vai se figurar e materializar de formas distintas né a a dentro do tempo escolar né então eu eu vou pegar um exemplo que inclusive eu tenho maior proximidade pela minha origem e por seu espaço onde me constituir enquanto educador Educadora desde os acampamentos e assentamentos do MST no Paraná né Eh
lá no no nosso projeto político pedagógico na na nossa proposta Educacional eh organizadas em ciclos de formação humana com os complexos de estudo o lugar central da auto-organização é Numa célula organizativa em que intitulamos ela como núcleo setorial Então existe o núcleo setorial claro vai ser distinto de uma escola para outra o núcleo setorial da comunicação o núcleo setorial da saúde e bem-estar o núcleo setorial da produção agrícola eh do embelezamento e da Jardinagem Então a partir do daquilo que o coletivo da escola delimita como Central M se ter como núcleo setorial a partir da
análise coletiva se define e e esses estudantes eh das diferentes faixas etárias né a depender do turno escolar do do eh constitui esse ambiente do núcleo setorial que é multid num tempo específico da escola em que diante das dificuldades de do tempo escolar acolher e reconhecer efetivamente essa essa nossa proposta embora é reconhecido oficialmente pela Secretaria de Estado da Educação e pela e por secretarias municipais de Educação no Paraná mas eh ainda existe um limite eh de ampliação do tempo escolar de modo que permita ele ocorrer de forma mais inal e com tempo e com
maior dedicação Então vai ter escola que faz duas vezes por semana tem escola que faz três tem escola que faz uma vez né então isso é muito diverso é muito diverso eh e daí o núcleo setorial é esse espaço que a partir do objeto de trabalho em que aglutina esses estudantes de diferentes idades e anos escolar Eles tomam como objeto de trabalho aquilo que é da área dele né Por exemplo da comunicação né então eu já vi experiências do núcleo setorial de comunicação em que esses estudantes eles avançaram eh na elaboração e na apropriação de
conhecimentos que estão além do ano escolar que eles estudam para poder organizar um editorial um jornal presso e a partir desse jornal anunciar aquilo que tá se definindo como prioridade desde a escola mas tem uma experiência em Ortigueira no Paraná que ocorreu durante muito tempo que os estudantes do núcleo setorial organizou um cinema paraa comunidade dentro de um barracão inclusive com direito a um um um acentos eh de forma e eh gradualmente elevada como é no cinema tudo de madeira artesanal e com divulgação semanal do que seria exibido né Eh pelos estudantes para a comunidade
e daí tem experiências eh que existiram com rádios eh enfim isso no núcleo setorial da comunicação então eu poderia trazer eh exemplos nas diferentes áreas Então nesse ambiente do núcleo setorial os Estudantes têm um tempo em que eles vão se dedicar se apropriar de elementos eh e de fundamentos que ajudam eles a desenvolver o trabalho naquela área né como o exemplo dado aqui da comunicação mas poderia ser um exemplo a seid dar no âmbito da saúde e bem-estar de se apropriar do da das ações eh e reações químicas eh no com os Caldos que são
utilizados num processo de produção agrecol nóg ou os fertilizantes alternativos que são produzidos né Eh desde a perspectiva da agrec olia eh ou até mesmo o o o o do ponto de vista eh dos fundamentos que justificam a ação química da das ervas medicinais Então tudo isso é objeto de estudo e de trabalho e daí um terceiro espaço que é criado nessa experiência com os núcleos setoriais é um tempo deles de se reunir a coordenação dos núcleos setoriais Então tem um um um um um um educando e uma educanda que passam a compor uma coordenação
da escola onde se encontra com eh a a a a direção da escola a coordenação pedagógica e também com a representação dos educadores educadoras e trabal e trabalhadoras de apoio da escola e os estudantes vão para esse espaço para poder levar os seus anseios e daí aqui se dá então o espaço da gestão claro que eh como a pergunta trouxe isso é feito não de forma harmoniosa às vezes nem entre educadores nem entre estudantes porque veja só é uma questão de ir trabalhando progressivamente paulatinamente aquilo que uma das tarefas educativas eh trouxe é é a
gente é uma é um trabalho de longo tempo porque envolve a gente trabalhar a consciência também de participação dos Estudantes então isso também é Um Desafio e é é Um Desafio trabalhar inclusive sobre a concepção de participação e de entender o estudante como tomador de decisão com o professor que às vezes não aceita a participação ativa do do Estudante então é é é mexer com a consciência tanto do Estudante quanto do do educador e da educadora que deve aderir e ir se tornando parte dessa concepção de escola então e e outros problemas são de ordem
estrutural mesmo de ordem da política educacional que dificulta né em tempos de padronização com a base Nacional comum curricular ou tempo de uma ampliação do tempo escolar sobre a égide do tempo integral em que eh amplia o tempo escolar oferecendo Mais do Mesmo mas não reconhece um um um um um projeto educativo eh e oferecendo as determinadas condições para sua implementação Então esse esse conflito é constante entre as condições que a política educacional oferece e aquilo que o coletivo de escola acredita e que busca perseguir Então essas práticas elas também oscilam oscilam em termos de
tempos mais eh frutíferos fecundos e tempos que eh eh sofrem impactos e recuos em razão eh eh dos instrumentos de controle que vem sendo instituído na educação pública brasileira então é Um Desafio permanente e o grande ensinamento e aprendizado nosso é estar organizado nos coletivos de educadores e educadoras Para poder seguir defendendo na unha esse projeto educativo o desenvolvimento da auto-organização e de tudo aquilo que envolve eh Nossa concepção de escola né eh e e porque é isso fora da organização coletiva e de um trabalho de consci de de elevação do nível de consciência dos
pais mães e responsáveis a escola fica suscetível a qualquer prática neoliberal que sucumbe o papel da escola então a organização coletiva entre escola e comunidade eh é fundamental e Central eh para nós da Educação do campo e acredito que temos experiências muito frutíferas também nesse sentido eh no meio urbano né Por Eh que que vem também acumulando nesse sentido né da vinculação eh e organização entre escola e comunidade do ponto de vista da defesa de um projeto educativo né Eh bom do ponto de vista da dos complexos de estudo e os temas geradores eh eu
eu diria eu eu durante muito tempo enquanto eh educador eh em escolas de acampamento trabalhei com tema gerador eh eu vou trazer um um um elementos que não necessariamente traduz a realidade do que é essa distinção eh com experiências que nós temos em alguns estados brasileiros que até hoje tomam como referência metodológica para poder fazer o vínculo entre ensino realidade e trabalho os temas geradores então nós temos eh muitas experiências e e e e e e aqui para vaser jus nós temos experiências muito ricas no Espírito Santo nesse sentido eh poderia citar outros estados Mas
vou ficar aqui no Espírito Santo em que tem acumulado significativamente no trabalho educativo eh desde a pedagogia do movimento e tendo o tema gerador como esse caminho metodológico de conceber a pesquisa da realidade eh o ensino a auto-organização e gerar mudanças na real né porque o tema gerador também coloca isso né embora a sua origem está na na educação de jovens e adultos mas nós fizemos uma incorporação eh com os determinados ajustes metodológicos trazendo pra escola eu tive experiências com o tema gerador eh no e essa é uma reflexão Nossa no Paraná em que a
gente se perdia às vezes do ponto de vista do acesso gradativo aos conhecimentos que são necessários para um determinado ano e a gente ia sempre refletindo sobre isso e e e e e com os complexos de estudo e isso não quer dizer que ocorrem outras experiências tá com os temas eh geradores então Eh e com os complexos de estudo a densidade dessa articulação desde a das da categoria do conhecimento da atualidade eh da auto-organização e do trabalho socialmente necessário isso adquiriu uma confluência eh no planejamento escolar que assegura e resguarda eh o o o trabalho
com o conhecimento nos diferentes anos escolares né então Eh nas nossas experiências tanto com os temas geradores quanto com os complexos de estudo embora há uma uma diferença da ida ao campo né a forma do de fazer o diagnóstico da realidade o inventário da realidade mas em nossas experiências escolares com os temas e os os temas geradores e os complexos Ambas estão comprometidas em se apropriar do conhecimento pesquisar a realidade vincular o ensino com a realidade tem a auto-organização e tem o trabalho como condição de gerar mudanças nessa realidade local né então [Música] Eh eu
eu ficaria por aqui eh do ponto de vista dessa relação e e diferenças aí entre os complexos de estudo e os temas geradores né E daí eu eu eu indico a leitura eh tem um livro disponível eh Pela expressão Popular que é o ensaios da escola do trabalho na luta pela terra embora ele esteja demarcado em razão da comemoração e celebração da Conquista de ter o direito a ter escola dentro de uma área de conflito em disputa nos acampamentos eh eh que são o o o Marco dos 15 anos ali da escola Itinerante eh em
2019 ele tem uma sessão em que vai tratar eh sobre Esse aspecto dos temas geradores aos complexos de estudo então fica o convite à leitura do livro e dessa sessão aí que pode trazer elementos muito mais eh metodologicamente apresentado e de didaticamente a partir disso que eu falei aqui né Obrigada Professor obrigada pelas respostas e nós vamos então ao último bloco de questões eh para depois finalizarmos amanhã Então nesse último bloco temos a primeira questão quais as dificuldades enfrentadas na implementação dessa proposta de escola dada a formação dos educadores que nelas trabalham como caminharam para
a sua superação a próxima pergunta como a pedagogia do MST Analisa eh da conjuntura brasileira em seu interior a educação e a terceira Qual a proposta pedagógica para a educação pública brasileira que a pedagogia do movimento tem para as crianças e jovens como entende a proposta como uma pedagogia transformadora ou contra hegemônica bom eu acredito que também assim eh muitas destas questões o conteúdo eh foi sendo tratado ao longo da exposição Mas vamos lá eh bom do ponto das dificuldades enfrentadas né eu falei um pouco aqui agora eh no último bloco mas eh as dificuldades
fundamentalmente elas estão presente nas limitações estruturais da política educacional nos dias de hoje né Eh e essa limitação eh presente que são oriundas de uma negação do estado brasileiro e da política educacional eh a gente acredita que elas são superadas com luta política com luta social com organização popular e sindical né com a nossa articulação eh enquanto classe enquanto categoria eh nas lutas mais estruturais mas fundamentalmente na luta e defesa de uma educação pública eh gratuita laica e de qualidade socialmente referenciada num projeto Popular para o Brasil porque hoje também a a a a qualidade
social é muito questionável né mas que qualidade social estamos falando né então é de uma qualidade socialmente referenciada em nosso projeto histórico naquilo que nós queremos construir enquanto sociedade brasileira então a superação ela el é é é é ao meu ver é nessa nossa ampliação da qualidade dos espaços de unidade né de interlocução de conceber as as pautas estratégicas eh do nosso tempo histórico para poder Superar as limitações oriundas da negação do estado e da política educacional que ainda eh Imprime uma grande precarização eh nos tempos de hoje há sinais né Eh de melhorias de
avanço mas ainda insuficientes do ponto de vista daquilo que nós entendemos como educação pública né E daí a a a a as os limites os problemas e os desafios que e eh imprime eh perpassa desde as condições de trabalho dos educadores e educadoras não só do campo né mas também eh no meio urbano mas no campo isso se acirre e se aprofunda essa precarização porque veja só eh com não conceber num município ou num estado numa rede Municipal numa rede estadual uma política de difícil provimento de deslocamento de auxílio a transporte para os educadores e
educadoras do campo que às vezes percorrem 80 km diariamente ou que seja 40 ou que seja 20 ou 30 Então essa ausência de incentivo de uma política que seja estruturada para poder valorizar o professor e a professora o educador e Educadora do campo ela trabalha com uma ela trabalha e Imprime uma desmotivação e uma descontinuidade dessa escola do campo das águas e das florestas porque Imprime uma rotatividade de educadores anualmente ou seja isso implica e impacta numa descontinuidade eh do planejamento e e dos patamares que a gente vai alcançando com a formação continuada então todo
ano a formação continuada É um Recomeço a gente vai preservando eh em muitas escolas brasileiras do campo das águas e das florestas um corpo docente mínimo e que isso também tá relacionado à ausência de concurso público para os educadores e educadoras do campo das águas e das florestas né Eh nós somos sucumbidos eh por um um uma política eh de concurso que às vezes nem conhece a especificidade da formação dos nossos egressos eh dos cursos de licenciatura e de pedagogia do Campo né então esses são elementos assim caros e que ocasionam um um grande Impacto
naquilo que se materializa enquanto escola do campo das águas e das florestas né Então traz limitações para essa concepção de educação e que coloca nós numa permanente disputa numa permanente eh necessidade organizativa disputa replanejamento resistência para poder resguardar os as finalidades eh sociais e e e educacionais da das nossas escolas e do nosso projeto educativo né E daí a gente poderia entrar em outras limitações né Eh que tem a ver des desde ausência eh de prédio escolar de Laboratórios Né desde a ausência de estrada Então essa ainda também é a realidade eh da Educação do
campo das águas e das florestas e que adquire maior e eh problemática quando a gente olha pra região Amazônica em que a gente depende também do uso eh do do transporte via a os rios né então ou regiões litorâneas também eh eh em outras regiões do Brasil né Eh então isso tudo eh nós entendemos que em meio a esse cenário isso não nos coloca enquanto Educação do campo das águas e das florestas e Mais especificamente quanto Educação do MST em seguir construindo os embriões da da dessa escola que nós estamos tratando aqui a partir da
pedagogia do movimento e isso também enriquece contraditoriamente a nossa atuação enquanto coletivo de educadores e educadores enquanto setor de Educação do MST de converter essas limitações oriundas da negação do Estado em luta política em luta social e inclusive com a participação das crianças jovens que fazem parte dessas escolas entendendo eles como sujeitos da da história e entendendo Quanto isso imprime um aspecto formativo importante para traçar o perfil de ser humano eh que objetivamos eh formar né Eh bom do ponto de vista da da conjuntura brasileira e e e a partir do interior da educação acho
que Arranhei algumas questões aqui mas eu acho que é necessário reafirmar o o o entendimento né que a gente ainda sofre uma investida uma investida muito grande deum ia ainda negacionista anti projeto de nação e que opera ainda de forma violenta contra os próprios discursos de em torno dos direitos sociais Então a gente tem ainda no âmbito eh da política educacional brasileira a a algumas feições que são mais ou menos institucionalizadas como essa coisa do ensino religioso eh essa questão do combate a ideologia de gênero que tem vínculo com aquela aquele programa escola sem partido
que foi difundido em todo o território nacional que embora não eh sofrer a derrota do ponto de vista institucional de ser reconhecido e aprovado mas que tá na prática inclusive de professores e professores né de facilmente denunciar o pensamento crítico né Eh essa essa questão da militarização das escolas públicas também e home schooling que ainda assombra a a a a educação pública brasileira né então esses são enfrentamentos ainda necessários ao nosso ver desde a nossa avaliação e análise da política educacional dentro do setor de Educação do MST são enfrentamentos a serem feitos cotidianamente né a
partir das nossas escolas e da nossa pauta política da nossa agenda então H ainda de tensionar tensionar o terceiro governo Lula para dar respostas mais efetivas para essas feições que cotidianamente a assombra a educação pública brasileira e buscam descaracterizar o o caráter público da escola descaracterizar o caráter público da escola quando se atende a interesses eh de determinados grupos religiosos ou até mesmo do agronegócio ou até mesmo de determinados grupos políticos que objetivam tomar de assalto a escola convertendo ela num espaço de promoção ideológica do seu interesse particular enquanto grupo social em detrimento ao interesse
coletivo e Universal eh com caráter público da escola eh de possibilitar as crianças jovens e adultos de entender a realidade nua e crua como ela é e a partir do conhecimento científico e construir instrumentos de agir sobre essa realidade né então a gente tem um enfrentamento ainda na política educacional e e e e e do ponto e e fundamentalmente também do ponto de vista curricular dentro da política educacional que necessariamente tem que enfrentar essas Vertentes e feições que se fazem presentes nos municípios e nos estados brasileiros né Inclusive incitando a violência Professor eh muito obrig
OB ada pela pelas suas respostas nós nesse momento encerramos as questões mas antes de fazer o encerramento Eu Gostaria de retornar a palavra a você já agradecendo também a sua participação que foi Brilhante de um fôlego invejável um conhecimento invejável no sentido de que nos trouxe muita coisa importante para né a educação na lógica contra hegemônica então nosso Muito obrigado pela sua participação pela sua disposição né por compartilhar todo esse conhecimento conosco então eu retorno a palavra a você para que faça suas considerações finais naquilo que julgar importante né E a sua despedida então com
o nosso público é mais uma vez em nome do nosso movimento eh agradecer imensamente Solange o Ribamar o Márcio né todo apoio e e pelo convite fundamentalmente agradecer aí o o zeso né que tem sido um companheiro um parceiro de outros projetos e ações do ponto de vista da gente avançar coletivamente aí na eh nas elaborações teórico prática né Eh então nosso agradecimento imenso em nome do MST ao sted BR eh pela oportunidade dessa interlocução e e também agradecer a cada Educadora Educadora professor e professora que esteve aqui presente eh na transmissão ao vivo e
que vem a assistir eh essa transmissão posteriormente para que a gente Siga hermanado e ombreados e ombreados em torno de um um projeto Educacional eh que efetivamente vem a construir nos territórios nos municípios nos Estados uma prática a serviço da classe trabalhadora a serviço das mudanças sociais a serviço da humanização a serviço eh de uma construção da hegemonia alternativa da classe trabalhadora aquilo que tá sendo chamada aqui de contra-hegemônico né então que a gente possa seguir irmanado eh nessa luta política nessa perseguição permanente eh à pesquisa ao conhecimento e que a gente possa né vou
repetir aqui mais uma vez seguir construind ind na nossa prática cotidiana os embriões da sociedade socialista e isso a gente não faz sem educar as novas gerações e reeducar os adultos como diria a Nádia crups e mergulhados nas contradições das condições e das determinações da sociedade capitalista na atualidade né então educar e e agir nas contradições né então Aqueles e aquelas que atuam em prol da humanidade eh e que objetivam a justiça social e trabalham com a educação eu acredito que nós temos muito a seguir aprendendo com as pedagogias contem com as diferentes eh acúmulos
coletivos teóricos práticos que a classe trabalhadora produziu eh mundialmente mas eu gostaria de enfatizar o quanto que está na ordem do dia a a gente seguindo uma sistemática de estudo dos clássicos da experiência da Revolução Russa em torno da educação paraa gente seguir acumulando coletivamente e construindo uma um trabalho educativo comprometido com a humanização com a justiça social e com a construção cotidiana da sociedade socialista e para encerrar eu gostaria de eh recorrer à máxima eh do gramich quando ele diz instruí-vos porque teremos necessidade de toda a vossa inteligência agitai vos porque teremos necessidade de
todo o vosso entusiasmo educadores e educadoras organizai vos porque teremos necessidade de toda a vossa força sigamos em luta eh pelas mudanças necessárias ombreados e ombreados nos diferentes rincões aí Brasil afora né que a gente possa estrategicamente seguir fazendo a luta e fortalecendo os nossos espaços e instrumentos de luta pela educação pública Brasil afora mais uma vez Professor Walter muito obrigada pelas suas palavras por pela aula né maravilhosa que nos proporcionou por todos por todas essas reflexões né E fica o convite para o acesso à aula de hoje e a gente agradece então imensamente né
a sua participação em nome do sted BR do coletivo de instituições que organizam este curso também as disciplinas de pós-graduação e dizer que eh Será bem-vindo né para as discussões que estão postas e e grandes desafios nos aguardam né para a educação e para a construção do nosso país também então muito obrigada Professor saudações agradecemos Solange muito eu passo agora então para rapidamente alguns eh recados finais eh à noite Já teremos disponível o vídeo da aula 13 fundamentos marxistas da pedagogia histórico-crítica do professor que será ministrada pelo professor Marcos Francisco Martins então solicitamos né a
todos os cursistas que assistam este vídeo preliminar que ele será base para a aula da próxima semana que será então na próxima quinta-feira 31 de agosto eh nós Eh vamos solicitar então a colocação do na na tela da da lista de presença então da nossa aula de hoje e com isso gostaria de agradecer mais uma vez a toda a equipe que acompanhou essa transmissão ao Márcio a equipe de estudantes e professores da Unirio nosso muito obrigada por todo o apoio para que esta aula fosse possível e nós agradecemos em especial né a todas as pessoas
que participaram conosco desta importante aula desejamos que aproveitem que revejam o vídeo desta aula e outros vídeos que estão disponível no site do stead Desejamos a todos uma ótima semana e nos encontramos na próxima aula né Na próxima quinta-feira então dia 31 de outubro para a nossa 13ª aula Um bom dia a todos e o nosso muito obrigada pela participação de todos [Música] C [Música] [Música] C n [Música]