sete em cada mil crianças têm paralisia cerebral se você conhece alguém que tem paralisia cerebral e gostaria de encaminhar esse vídeo por favor fique com a gente aqui encaminha esse vídeo para quem você acha que vai gostar desse tema [Música] Olá sou Paula Girotto neuropediatra aqui da Clínica regenerat e hoje a gente vai falar um pouquinho sobre paralisia cerebral é um termo guarda-chuva que a gente chama é um termo que a barca vários tipos de sintoma Então a gente tem vários tipos de paralisia cerebral e por vários motivos diferentes Então a gente tem paralisia cerebrais
leves paralisia cerebrais graves Então a gente tem crianças que ficam acamadas e não conseguem se mover não consegue levantar o pescoço e a gente tem por outro lado crianças que são acometidas também por paralisia cerebral mas que tem um quadro muito leve e que conseguem andar sem apoio nenhum sem ajuda nenhuma e às vezes por exemplo tem alguma dificuldade para correr tropeça um pouco mais do que o habitual e só isso então a gente tem uma série imensa de acometimentos dentro desse grande termo que a paralisia cerebral Então como que acontece a paralisia cerebral a
paralisia cerebral nada mais é do que uma lesão no cérebro de uma criança de um bebê ou seja uma fase do desenvolvimento que o desenvolvimento cerebral é muito rápido e essa lesão dá uma acometimento motor na criança ou seja dá alguma dificuldade motora para criança isso que é paralisia cerebral e o que que acontece no cérebro da Criança para Criança ter esse acometimento motora essa paralisia cerebral bom as lesões elas podem acontecer em três fases principais a primeira fase é a fase da gestação Quando a mãe tá com a criança na barriga pode ter algum
alguns distúrbios nessa gestação que podem levar a paralisia cerebral ou depois que a criança nasce né no parto podem ter algumas coisas que acontecem no parto como falta de oxigênio no cérebro da criança tudo que pode levar a paralisia cerebral e também logo depois do parto naquela criança que por exemplo foi muito prematurinha precisou ficar na UTI não Natal um tempão podem acontecer algumas coisas que podem levar a paralisia cerebral Então vamos começar a destrinchar esse assunto a olhar esse assunto com muito muito detalhe então o que que pode causar a paralisia cerebral na fase
gestacional com a mãe com a criança dentro da barriga da mãe então por exemplo se a mãe tem algum sangramento Muito importante se a criança tem algum avc ou seja um acidente vascular cerebral é aqueles que acontecem com idoso mais acontece também com bebê dentro da barriga da mãe isso pode causar paralisia cerebral se tem alguma infecção né A mãe tem alguma infecção gestacional um citomega vírus uma toxoplasmose isso pode causar paralisia cerebral na criança também e quando a gente fala daquele momento do parto a principal causa ali geralmente é a anoxia Neonatal Ou seja
a falta de oxigênio no momento do parta falta de oxigênio para criança ou por um trabalho de parto extremamente prolongado ou por um trabalho de parto que aconteceu alguma coisa ali que a mãe não tava conseguindo para ir a criança os parâmetros gestacionais aquela cardiotocografia que são que é o exame que a mãe faz para saber se o coração do bebê tá batendo bem durante o parto não não tava legal não tava bom então isso pode também refletir para gente uma falta de oxigênio no momento da do parto ou então no pós-parto por exemplo uma
criança que foi muito prematura então a gente tem crianças prematuras ali de 28 até um pouco menos né 25 26 27 28 semanas 30 31 a 32 são crianças quem não estavam prontas para nascer ainda nasceram vão receber os melhores cuidados possíveis na UTI não Natal mas nada impede que essa criança tenha algum sangramento alguma hemorragia dentro do cérebro a gente chama de hemorragia intraventricular e faça um quadro de paralisia cerebral E aí nos mais diferentes níveis tá então quanto maior for a lesão maior é o grau da paralisia cerebral então maior é o acometimento
da paralisia cerebral e como que a gente vê uma criança com paralisia cerebral como é que a gente sabe que aquela criança tem paralisia cerebral quando a criança mais velha e a gente olha uma criança na rua ou Olha uma nosso parente nossos amigos a gente vê que a criança tem alguma dificuldade de se movimentar ela pode ter um tipo de paralisia cerebral que é tipo espástica que a gente chama que nada mais é do que a musculatura ficar bem rígida então é aquela criança que fica com os bracinhos fletidos assim perto do corpo ou
fica com as perninhas esticadas e tem dificuldade para mexer Tá então os músculos eles ficam tensos essa paralisia cerebral do tipo espastica ela pode ser dos dois lados do corpo ela pode ser de um lado do corpo só ela pode ser só nas pernas geralmente na criança prematura comete Principalmente as pernas é aquela criança que tem muita dificuldade para andar tem criança que tem dificuldade Além disso não só para andar mais para sentar para firmar o tronco firmar o pescoço são aquelas crianças que ficam bem durinhas mesmo existe essa é a maior parte das paralisias
cerebrais são as paralisias cerebrais ex plásticas quase aí 70 75% das paralisias cerebrais São desse tipo existem também por outro lado as paralisia cerebrais de cinéticas que que são as paralisias cerebrais de cinéticas existe uma estrutura dentro do cérebro que chama gânglio da base que ela faz a coordenação dos nossos movimentos involuntários então para a gente esticar o braço por exemplo a gente esticar o braço e pegar um mouse a gente precisa ir direto no mouse quem faz isso é o gânglio da base ele coordena essa movimentação se a gente tem alguma dificuldade ou alguma
lesão nesse gangue da base vai ser difícil para a gente conseguir fazer o movimento de um jeito certo então a gente começa a fazer um movimento que a gente chama de laborioso é um movimento difícil então para pegar o mesmo mouse para eu chegar no mouse eu faço um movimento muito difícil e isso atinge todos os músculos do corpo geralmente e também os músculos da boca né da fala então é aquela criança que tem uma dificuldade de falar muito importante esse tipo de paralisia cerebral geralmente em torno de uns 15% das crianças tem e é
a principal é o principal tipo de paralisia cerebral das crianças que tem anoxia Neonatal ou seja falta de oxigênio no parto a falta de oxigênio leva diretamente os gânglios da base Então a gente tem esse tipo de acometimento a gente pode ter também um outro tipo né o terceiro tipo aí de paralisia cerebral primeiro é estática ou segunda é de cinética que foi isso que eu acabei de falar um terceiro é a táxi aquela criança que tem uma dificuldade Grande para andar porque tem a base mais alargada como se andasse parecendo que tivesse num navio
tem tremor de extremidade assim não consegue na hora de fazer o movimento treme bastante para pegar esse é o mais raro de todos mas a gente pode ter uma combinação entre esses três tipos Então não precisa ser só isolado a espástica só isolada de cinética só isolado essa tática não a gente pode tomar combinação deles dependendo do da lesão que a gente teve da lesão que a criança teve E como que ela se desenvolveu Mas como que eu vou saber se a minha criança tem uma paralisia cerebral ou não Por exemplo eu tive uma criança
prematura ela nasceu a Maria nasceu com 32 semanas na UTI no terceiro dia fizeram ultrassom transfonta nela ultrassom canela é uma ultrassom que vê o cérebro da criança pequenininha né prematura e o ultrassom transforma nela identificou que a Maria teve um sangramento nos ventrículos e esse sangramento era um sangramento grau 3 que a gente chama por exemplo o grau 4 que é um sangramento significativo é um sangramento grande e que geralmente ele causa lesão em volta do ventrículo então a Maria teve esse sangramento ela foi para casa depois de tudo isso passou 30 dias na
UTI 60 dias na UTI consegui ir para casa linda maravilhosa sugando bem se desenvolvendo bem mas quando chegou lá pelos seus quatro ou seis meses a Maria tinha dificuldade de mexer as perninhas as perninhas pareciam que estavam sempre esticadas a mãe da Maria a Juliana tinha dificuldade de trocar a Maria porque com as perninhas sempre esticadas a gente a Juliana não conseguia dobrar perninha para trocar fralda tudo direitinho então Juliana procurou um neuropediatra Pediatra dela na verdade para ver o que que tava acontecendo com a Maria E aí o pediatra examinou a Maria a referência
para um neuropediatra neuropediatra examinou a Maria e viu que tinha uma espasticidade nos membros inferiores Então prematuridade mas essa espasticidade nos membros inferiores a principal suspeita e a que tenha realmente uma paralisia cerebral neuropediatra resolveu investigar um pouquinho mais tudo pedir uma tomografia uma ressonância e viu que tinha lesão em volta do ventrículo que a área da perna mesmo a área da motricidade da perna então aí ficou fechado o diagnóstico da Maria com paralisia cerebral esse caso da Maria é muito comum tá então o mais comum é a gente perceber a paralisia cerebral logo nos
primeiros meses da criança ela começa a desenvolver um pouco mais lento do que as outras crianças na parte motora por isso que sempre que a gente tem uma criança com menos de um ano que tá atrasada dos Marcos motores não tá ficando o pescoço no tempo certo não tá sentando no tempo certo não tá engatinhando no tempo certo não tá rolando no tempo certo ou andando no tempo certo a gente precisa entender se essa criança não tem nenhum tipo de paralisia cerebral se não teve história de paralisia cerebral e é por isso que a gente
insiste os neuropediatras insistem tanto em avaliar o desenvolvimento motor no primeiro ano de vida é essencial então a maior parte dos diagnósticos de paralisia cerebral eles são feitos dentro do primeiro ano de vida com exceção daquelas crianças com paralisia cerebral muito leve que você só consegue ver um pouquinho mais para frente quando a criança começa a andar ela tem preferência para andar na ponta dos pés quando ela vai engatinhar no triciclo ela tem um pouquinho de coordenação não não consegue na hora de subir os degraus também tem um pouquinho mais de coordenação do que as
outras crianças e aí nesses casos essas crianças são diagnosticadas um pouco mais tarde mesmo mas porque o quadro é bem leve é bem mais leve do que os outros né então no primeiro ano de vida a gente geralmente já nota que a criança não tá desenvolvendo da parte motora de um jeito adequado Tá mas toda criança com paralisia cerebral vai ficar de cama porque é isso que a gente imagina é isso que que as pessoas imaginam quando a gente fala em paralisia cerebral que é só aquelas crianças que ficam acamadas e não consegue levantar e
não conseguem viver uma vida independente e não é isso né então paralisia cerebral tem vários graus desde aquela criança sim que é a camada mas a gente tem também outros gatos crianças que precisam de bastante apoio né então precisam da cadeira específica precisam estar acompanhadas de alguém que não tenha que seja você já saudável para conseguir andar na rua etc tem crianças que por exemplo se tem uma cadeira de rodas conseguem andar na rua se for uma rua adaptada tudo e tem crianças que nem isso precisam né então não conseguem andar tranquilamente e correr às
vezes com um pouco de dificuldade às vezes correm bem só tropeçam um pouco tá Então nada mais a gente pensar que criança com paralisia cerebral são só aquelas que ficam acamadas existem que ficam as que ficam acamadas mas existem todo uma série de crianças que tem paralisia cerebral e que não não fica tá então eu vou responder as questões no final da Live se você quiser mandar comentários Se quiser mandar sugestões e quiser mandar perguntas pode fazer aqui nos comentários tá bom vamos continuar um pouquinho na nossa na nossa Live da paralisia cerebral e a
gente precisa entender também um pouquinho as causas da paralisia cerebral eu citei algumas delas quando eu falei das fases Em que fase que acontecia cada coisa então pré gestacional ou durante o parto ou pós-parto mas acho que eu quero explicar um pouquinho mais isso né então a principal né as duas principais causas de paralisia cerebral no Brasil e no mundo são duas principais né então a prematuridade então crianças que nasceram prematuras tem uma chance maior de ter uma paralisia cerebral e crianças que tiveram uma falta de oxigênio no parto também tem mais chance de ter
paralisia cerebral esse mês de setembro é um mês Verde esperança que é um mês conscientização da noxia Neonatal então da falta de oxigênio no parto esse mês vocês podem ver aqui em São Paulo pelo menos nos relógios que a gente tem na rua a tarde né do Setembro Verde esperança é um projeto muito muito legal e que eu apoio bastante é do Instituto salvando cérebros para a gente se conscientizar um pouquinho mesmo sobre paralisia cerebral tá bom muito bem prematuridade o porquê da paralisia cerebral na prematuridade como eu falei para vocês a prematuridade ela vem
com uma fragilidade em um lugar específico do cérebro que é um lugar dentro dos ventrículos aonde é fabricado o líquido tá Então nesse lugar no prematuro é um lugar muito frágil e é um lugar que tem vascularização então quando a criança nasce e ela é exposta ao mundo ela não tá mais naquele ambiente controlado da barriga da mãe essa exposição ao mundo pode causar alguns estresses metabólicos principalmente com uso de oxigênio tudo pode causar alguns estresses metabólicos e essa região que é cheia de vasinhos ela Pode sangrar para dentro do ventrículo sangrando para dentro do
ventrículo tem vários graus de sangramento mas quando a gente tem esse sangramento dentro do ventrículo o que tá em volta do ventrículo Às vezes sofre um pouco tecido cerebral que está em volta do ventrículo Às vezes sofre um pouco e qual que é esse tecido cerebral é o tecido da parte da motricidade da perna então pé e perna se a gente tem um sangramento muito grande aí pega um pouco mais já paga pega a parte motora dos bracinhos das mãozinhas da do tronco mas geralmente a gente tem esse primeiro ponto ali ao da perna então
é por isso que as crianças que têm uma prima tiveram uma prematuridade e que tiveram sangramento não são todas que tem esse sangramento mas e que tiveram esse sangramento podem ter mais acometimento nas pernas do que nos braços quando acometimento é muito grave ou acometimento também é no braço tá e a segunda causa é a falta de oxigênio no parto a falta de oxigênio no parto ela leva uma região específica que são os gânglios da base lesa outras regiões também mas essa região é uma das primeiras a ser lesadas leve essa região específica e a
gente tem uma dificuldade na coordenação do movimento e o que que a gente tem junto com a paralisia cerebral né porque quando a gente fala dessas lesões a gente imagina que são lesões muito maiores do que a parte motora parte motora é o que dá o nome a doença que dá um nome a condição mas junto da parte motora a gente tem uma diversidade de acometimentos e eles variam desde acometimentos oculares até acometimentos de epilepsia de deficiência intelectual Então quais que são os principais né O que que a gente investiga numa criança que tem uma
paralisia cerebral e o que que a gente tem que melhorar numa criança que tem paralisa cerebral para que ela se desenvolva da melhor maneira possível então uma das primeiras coisas que a gente observa é ver se a criança não teve a área cerebral da Visão lesada às vezes não é não é lesão ocular né na maioria das vezes na verdade não é uma lesão no olho é uma lesão na parte cerebral que cuida da Visão qual que é essa parte cerebral essa parte que fica aqui atrás que chama Lobo occipital então quando a gente tem
uma nossa Natal ou uma prematuridade a gente pode ter lesão nessa fase da Visão cerebral E ali a gente pode ter acometimentos que deixam a criança com uma baixa visão ou seja do olho ela tá enxergando bem mas quando você vai processar essa parte visual lá no cérebro ela não consegue processar de uma maneira adequada a visão é um dos principais sentidos que a criança tem para conseguir se virar no mundo né para conseguir aprender para conseguir se desenvolver se a gente lembrar que a parte motora está lesada e que agora a gente tem uma
possibilidade de lesão da parte ocular a parte da Visão é difícil a gente entender como que essa criança vai ter um desenvolvimento ideal porque ela perde essa possibilidade de aprender pelo tato e ela diminui essa possibilidade de aprender pela visão então é uma coisa que tem que ser investigada porque porque a gente pode fazer terapias de reabilitação para ajudar nesse desenvolvimento da Visão então a gente pode fazer uma reabilitação com terapia ocupacional por exemplo uma terapia ocupacional de reabilitação visual isso é muito importante numa criança a recém-nascida que teve uma suspeita de paralisia cerebral em
segundo lugar a gente precisa avaliar a audição né então na maior parte das Crianças com paralisia cerebral a audição está preservada mas existem algumas crianças que têm uma dificuldade de audição então primeiro exame é aquelas emissões auto-acústicas que são feitas na maternidade mesmo mas só aquele exame geralmente não fala para a gente 100% que a audição da criança tá boa então geralmente a gente repete esse exame ou pede outros exames complementares para avaliar a audição da criança Porque se ela tem uma dificuldade motora se ela tem uma dificuldade visual de aprender a gente fica dependendo
muito da audição para ela aprender as coisas e começar a se desenvolver tá então precisa ser também avaliada se a audição dessa criança tá boa além disso a gente precisa entender se essa criança está engolindo a comida e engolindo água de um jeito adequado porque toda vez que a gente tem uma criança que tem uma dificuldade motora a gente tem que lembrar que a parte da motricidade da boca da língua e da coordenação da deglutição é toda feita por músculos músculos e nervados pelo cérebro se alguma parte dessa via tá lesada então se alguma parte
desse sistema atualizado a gente pode ter aquelas crianças que têm dificuldade de engolir líquidos por exemplo que engasgam com líquidos e aí quando uma criança começa a engasgar um líquidos a gente pode ter uma predisposição muito maior até uma pneumonia até infecções e que podem levar a risco de vida naquela criança microspirações então uma fonoaudióloga deveria avaliar essa parte da deglutição da criança ou pediatra orientar uma deglutição com mais pastosa dependendo da criança Às vezes o que é mais pastoso é mais fácil ou mesmo chegar ao ponto de ter que colocar uma gastrostomia que é
aquela via alternativa de alimentação que a criança não precisa usar o da boca e não precisa engolir para não ter microspiração e para não ter dificuldades no sentido de muitas infecções pulmonares e dificuldades para respirar tá então a gente avalia visão a gente avalia audição e a gente avalia a deglutição para ver se eu não tenho uma disfagia Além disso crianças com paralisia cerebral tem mais chance de ter epilepsia que que é uma epilepsia a probabilidade da criança ter crises epilépticas por conta de uma lesão então é uma probabilidade aumentada que ao longo do tempo
essa criança pode ter crises epilépticas crises epiléticas geralmente são são vistas numa criança um pouquinho maior e a gente trata essas crises epiléticas com medicações anti-piléticas medicações anti crise e alguns outros tratamentos Então isso é uma coisa que a gente tem que ficar também alerta mas que não é tão difícil a gente perceber assim uma criança mais velha além da epilepsia as crianças com paralisia cerebral elas são mais predispostas a ter deficiência intelectual não é que elas vão ter mas elas são mais predispostas até deficiência intelectual e elas estão mais predispostas a ter autismo também
não só autismo como outros distúrbios de comportamento então uma criança que vai crescendo que vai precisando ser avaliada e sempre a gente procurando se não tem nenhuma dessas questões porque isso também dificulta bastante a parte do aprendizado e da Independência tem algumas coisas mais que a gente entende que na paralisia cerebral são mais prevalentes e aí para crianças mais velhas quando a gente tem uma paralisia cerebral não só mais velhas mas costuma acontecer com um pouquinho mais de frequência crianças um pouco mais velhas quando a gente tem uma paralisia cerebral se a gente pensar que
os músculos eles ficam rígidos Como se você tivesse fazendo academia um tempo inteiro o que que a gente pode ter a gente pode ter dor Principalmente quando a gente mobiliza então o músculo ele fica rígido o tendão ele fica rígido então quando a gente precisa mobilizar Às vezes o paciente pode sentir dor então dor é uma coisa muito importante uma paralisa cerebral que precisa ser tratada para a gente garantir qualidade de vida para criança não só dor mas a parte músculo esquelética são crianças que têm mais probabilidade de ter escoliose aquele desvio de coluna de
ter o quadril luxado então o quadril fora do lugar né então a criança vai crescendo os músculos eles vão fazendo tensão e às vezes eles fazem tanta atenção que o quadril ele pode luxar isso pode dar bastante dor na criança e pode dificultar limpar a criança tudo então sempre pedir um raio de quadril um raio-x de coluna são crianças que precisam ser sempre investigadas e poderão se acompanhadas por ortopedistas para se precisar chegar no ponto de cirurgia tem algumas outras coisas também que são importantes a gente falar da reabilitação então quando a gente fala uma
criança com paralisia cerebral a gente fala dos sintomas tudo isso que eu falei para vocês foram sintomas de paralisia cerebral que pode acontecer na paralisia cerebral e como que a gente vai tratar paralisia cerebral acho que isso que é o mais importante hoje em dia a gente tem muita possibilidade de tratamento a paralisia cerebral ela não tem cura mas ela tem controle ela tem controle de sintomas não é uma doença que piora ao longo do tempo não ela é uma doença estática aconteceu ela no período na natal e ficou no período Neonatal então ela não
progride ela não piora mas a gente precisa tratar para criança para o paciente não ter todos esses acometimentos que eu comentei com vocês que prejudicam a vida e prejudicam a independência da criança Então se vocês tiverem algum comentário alguma pergunta sobre isso pode deixar nos comentários abaixo no final eu vou ver os comentários e responder tá então vou falar um pouquinho de tratamento agora como que a gente trata com uma criança com paralisia cerebral primeira coisa ela tem que ter um acompanhamento multidisciplinar E por que dá importância desse acompanhamento multidisciplinares essa equipe multidisciplinar ela é
composta por vários profissionais médicos e não médicos que vão olhar a criança como um todo e tentar entender o que que aquela criança precisa naquele momento por exemplo João é um paciente é uma criança que nasceu bem Nasceu termo 40 semanas tava ótimo mas na hora do parto Teve alguma intercorrência que não conseguiu nascer foi para uma cesária de emergência porque o exame da cardiotocografia tava ruim e ele nasceu com uma nossa Neonatal falta de oxigênio no parto O João ele passou 30 dias na UTI ele não tava conseguindo engolir direito então ele precisou de
uma gastrostomia mas ele estava respirando ele estava bem e foi para casa bem com a gastrostomia João não conseguiu sustentar o bolo cefálico ele não conseguia sustentar o pescocinho João não conseguia sentar João não conseguia João conseguia apenas movimentar os braços de uma maneira um pouco mais difícil então o que que João precisa essa criança ela precisa ser vista por alguns profissionais primeiro oftalmologista para ver se tem algum acometimento visual que impeça João de fazer de ver as coisas em volta dele porque já que ele não senta já que ele não está ponto ainda para
andar etc ele precisa pelo menos ver o que tá em volta dele para conseguir desenvolver um pouco de habilidades né então avaliação oftalmológica avaliação auditiva para ver se João tá conseguindo ouvir o que os pais dele falam se tá conseguindo receber esse estímulos auditivos uma avaliação fonoaudiológica tá disfagia para ver se João uma hora vai ter condição de realmente se alimentar por boca ou se ainda não é hora porque ele tá com a gastrostomia Será que João consegue ele tá conseguindo treinar para se alimentar por boca Será que a fonoaudióloga não pode ajudar ele a
treinar isso então A fonoaudióloga geralmente treina essa parte da disfagia depois que a parte da disfagia está resolvida ou o máximo que esteja vai para parte da fala tentar treinar fala mesmo né João precisa ser acompanhado por um neurologista um neurologista infantil que vai coordenar todo mundo e vai tentar entender o porquê que autó oxigênio no cérebro Quais que são aqueles acometimentos se João Precisa de algum tipo de medicação para conseguir mexer os músculos de uma forma um pouquinho melhor ou para não sentir dor João precisa também de um acompanhamento com o ortopedista porque o
neuropediatra viu que o João estava com uma luxação de quadril então João vai precisar acompanhar com o ortopedista João vai precisar de fisioterapia motora de terapia ocupacional então é uma série de profissionais que trabalham em conjunto para fazer com que João tenha a melhor vida possível o melhor desenvolvimento possível para ele existem muitas formas de não deixar a criança restrita na cama então a gente tem aparelhos órteses que a gente chama que tentam deixar a criança um pouco menos rígida que tentam deixar a criança numa posição melhor carrinhos para pode um Então são aparelhos que
tentam deixar a criança numa posição melhor para ela conseguir se desenvolver melhor e conseguir participar da vida da família de uma forma mais integral além disso a gente tem outras coisas que a gente pode fazer por João se ele tiver dor a gente pode medicar para dor Se ele tiver os músculos muito rígidos ou alguma de sinesia né alguma dificuldade de movimento a gente pode tentar me indicar para essa dificuldade de movimento João pode usar toxina botulínica famoso botox né para tentar ficar um pouco menos espaço é um tipo de tratamento muito válido principalmente para
aquelas crianças que tiveram uma prematuridade uma paralisia cerebral por maturidade e ter acometimento de membros inferiores a gente consegue resolver muito bem com a toxina botulínica é um tratamento temporário mais ajudar muito ajuda muito na fisioterapia também e tem alguns casos que a gente precisa encaminhar realmente para cirurgia de correções ortopédicas que são são importantes tá então ninguém faz cirurgia à toa são cirurgias grandes mas são cirurgias importantes Então eu acho que eu consegui dar um Panorama geral aqui da do que é uma paralisia cerebral da doença paralisia cerebral como ela acontece quais que são
os profissionais que estão envolvidos no quadro o que o que a pessoa precisa fazer e quais são os tratamentos principais agora eu vou parar para responder algumas perguntas de vocês uma perguntinha lá atrás o processo esse processo da Visão pode trazer dificuldade na aprendizagem na leitura pode tá então o que que acontece é todo a gente tem duas áreas responsáveis pela parte visual o olho vou colocar de uma forma bem simples o olho e a parte cortical né a parte cerebral da Visão então e a gente tem a ligação entre essas duas áreas também qualquer
ponto que esteja deficitário nessa nesse sistema visual a criança pode ter uma baixa visão uma visão abaixo da Média quando a gente tem uma visão abaixo da Média a gente tem muita dificuldade no aprendizado porque porque a maior parte do nosso aprendizado escolar acadêmico é feito com leituras né Além disso O mundo é feito com imagens a gente não tem como é claro a gente tem pessoas cegas com baixa visão e que realmente não não tem esse sentido mais Elas têm outros sentidos mais aguçados como a audição o tato aqui a gente tá falando de
uma criança que Possivelmente tenha acometimento nos outros sentidos também então se a gente não tem a visão a gente tem bem mais dificuldade no desenvolvimento e no aprendizado qual expectativa de vida de uma criança com paralisia cerebral hoje a gente não fala mais em expectativa de vida porque porque o os recursos que a gente tem para cuidar de uma pessoa mesmo que a camada mesmo que dependente de aparelhos dependente de aparelho para respiração Independente de gastrostomia para comer o que a gente tem de aparelhos e de reabilitação garantem para pessoa uma vida mais prolongada o
que muitas vezes acontece uma criança por exemplo que tem um paralisia cerebral grave né nível 5 que a gente chama e que faz microspirações faz broncospirações ela engasga com saliva ela aspira saliva Já tentaram fazer algumas coisas para diminuir essa salivação também tem tratamento essa hiper salivação mas não deram muito certo essa criança pegou uma pneumonia E aí foi difícil de tratar essa pneumonia então aí sim a gente tem riscos né risco de morte mas num geral a gente tem crianças e adultos e idosos com paralisia cerebral e não tem um ponto final ali o
quanto que tem esses Quanto que é essa expectativa de vida hoje em dia uma criança com paralisia cerebral tem dificuldade de aprendizagem Então depende depende do grau da paralisia cerebral isso vai depender bastante do quanto de lesão que a criança tem então por exemplo se foi a Maria que foi a primeira paciente que a gente comentou que foi uma prematura que teve um sangramento vamos supor aí pequeno e ficou com acometimento só na perninha a Maria Pode não ter dificuldade escolar a Maria pode ter só uma dificuldade motora mesmo eu tenho pacientes assim mas por
exemplo se foi João que teve um acometimento um pouco mais maior João provavelmente vai ter uma dificuldade de aprendizagem muito importante e aí uma deficiência intelectual Então a gente tem desde crianças com paralisia cerebral paralisia cerebral leve que não tem nenhuma acometimento de inteligência como em crianças com paralisia cerebral mais grave que tenha acometimento de inteligência então não dá para precisar Se todas vão ter uma dificuldade escolar ou uma dificuldade de aprendizado o que muitas têm uma dificuldade Inicial na fala é maior tendência a ter um autismo maior tendência ter uma agitação uma desatenção isso
a gente pode falar tá e maior tendência tem uma deficiência intelectual e aí depende do tamanho da lesão que a criança tem para quem tem miastenia graves é possível a pessoa ter uma paralisia cerebral não não a gente tem que lembrar que a paralisia cerebral ela acontece quando a criança tá naquela fase crítica do desenvolvimento cerebral então gestação parto e período Neonatal Então logo ali que nasceu depois que nasceu uma pessoa come a fêmea graves ela é uma pessoa geralmente um pouco mais velha lá para os seus 20 e Poucos 40 e poucos 60 e
poucos então pela minha graves não vai ter uma acometimento do tipo da paralisia cerebral porque a paralisia cerebral é época da paralisia cerebral já foi Além disso se for uma criança por exemplo com uma miastenia congênita também não é o esperado esperado é ter só a minha senha congênita sem uma acometimento encefálico porque é uma doença da junção né da placa de junção dos músculos músculo com nervon e a periférico tá então a gente está falando e acometimento do cérebro cerebral a miastenia não entra aí minhas telinha entra na parte do da ligação do nervo
com o músculo bem bem periférico paralisia provoca zumbido no ouvido paralisia cerebral Olha pode provocar Mas é difícil a criança saber referir isso tá então é difícil porque a gente tá falando crianças Muito pequenas a gente não tá falando de adultos que sabem falar que tem um zumbido no ouvido a gente tá falando em criança recém-nascidos primeiro infância elas não vão saber referir isso a paralisia pode Celebrar pode acontecer muitos meses ou anos após o nascimento depende vou colocar depende então assim é o clássico da paralisia cerebral é gestação parto e logo após o parto
existem crianças por exemplo que tem uma meningite grave no primeiro ano de vida e aí evolui em paralisia cerebral porque porque aquele primeiro ano de vida ainda é um momento crítico de desenvolvimento cerebral e foi uma infecção Foi uma infecção grave tá então ou uma criança de dois anos por exemplo que ainda é um período crítico que teve um AVC um acidente vascular encefálico ou um trauma mesmo bateu o carro que a criança tava bateu e lesou muito o cérebro da Criança pode ser nesse sentido mais velho do que isso é um pouco mais difícil
porque aquele período crítico do desenvolvimento já tá melhorando então depois dos cinco anos é muito difícil antes disso tem que levar muito em consideração o que aconteceu precisa ser algo muito muito grave na gestação no parto e logo eu não posso parto às vezes não é nenhuma coisa tão grave e pode levar quadros grávidas de paralisia cerebral então quando é um pouco mais velho do que isso quadro Tem que ser bem mais importante e ainda tem que ser dentro do período crítico de desenvolvimento cerebral muito bem muito bem eu acho que é isso a gente
pode ficar por aqui existem a gente tem que lembrar de novo do Setembro Verde esperança que é uma ocasião para gente lembrar e para a gente se conscientizar sobre asfixia Neonatal a falta de oxigênio no parto e o que que a gente pode fazer para prevenir cada vez mais esse Insulto com uma boa gestação com um acompanhamento gestacional adequado com exames adequados um parto adequado né no local adequado uma equipe que esteja pronta para responder pediatra dentro da sala de parto num período pós Natal logo após o parto para uma criança que precisar de uma
utina na Palma tem né Natal que seja eu perguntei bem equipada com bons profissionais isso já ajuda muito na prevenção da asfixia na natal e também dos acometimentos da própria prematuridade que levam a paralisia cerebral Tá bom então fiquem bem e a gente encerra por aqui tchau tchau