A sexualidade no propósito - Padre José Eduardo (14/01/2023)

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Transcrição do Vídeo:
[Música] Este programa é livre para todos os públicos. Debaixo da vossa proteção, nos colocamos, Santa Mãe de Deus. Não despreze as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos.
Ó Virgem gloriosa e bendita, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. O tema dessa pregação é a sexualidade no propósito, e eu queria começar na palavra.
Vamos abrir as nossas Bíblias em Primeira aos Coríntios, capítulo 6, versículo 12. Primeira aos Coríntios, [Música] capítulo 6, versículo 12. Vamos aí nos acomodando.
[Música] Isso! Parar com esse barulho de cadeira. Vamos focar a nossa atenção na palavra.
Primeira Coríntios 6, versículo 12. Amém? Eu estou lendo a tradução da CNBB: "A mim, tudo é permitido, mas nem tudo me convém.
A mim, tudo é permitido, mas não me deixarei dominar por alguma coisa. Os alimentos são para o estômago, e o estômago, para os alimentos; mas Deus destruirá um e outro. O corpo, porém, não é para a prostituição, ele é para o Senhor, e o Senhor é para o corpo.
E Deus, que ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará também a nós pelo seu poder. Porventura, ignorais que vossos corpos são membros de Cristo? Poderia eu fazer dos membros de Cristo membros de uma prostituta?
De modo algum! Não sabeis que aquele que se une a uma prostituta torna-se com ela um só corpo? Pois está dito: 'Os dois serão uma só carne.
' Mas quem adere ao Senhor torna-se com ele um só espírito. Fugir da devassidão, fugir da imoralidade. Em geral, todo o pecado que uma pessoa venha cometer é exterior ao seu corpo, mas quem pratica imoralidade sexual peca contra seu próprio corpo.
Acaso ignorais que vosso corpo é templo do Espírito Santo, que mora em vós e que recebestes de Deus? Ignorais que não pertencês a vós mesmos? De fato, fostes comprados e por preço muito alto.
Então, glorificai a Deus no vosso corpo. " Esse trecho de São Paulo é realmente muito, muito precioso. Quase tudo aqui, cada versículo, daria uma pregação inteira, porque cada versículo carrega por trás uma riqueza assim impressionante.
Mas, infelizmente, a gente não pode comentar tudo, então eu vou me ater apenas a alguns aspectos que me parecem importantes para que nós possamos aqui entender o propósito da sexualidade nos planos de Deus. Diz São Paulo que os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos, mas Deus destruirá um e outro. O corpo, porém, não é para a prostituição; ele é para o Senhor, e o Senhor para o corpo.
Essa ideia será como um plano de fundo de todo este trecho que nós acabamos de ler, porque é algo que muitas vezes não percebemos. Nós, cristãos, pelo batismo e pela fé, nos tornamos moradas de Deus; nós nos tornamos templo de Deus. No dia em que você foi batizado, o sacerdote pegou o óleo dos catecúmenos e ungiu o seu peito.
O que isso significa? Significa que você foi consagrado a Deus, significa que o seu corpo foi consagrado para o culto divino. Assim como nós consagramos um altar quando o ungimos e aquele altar dedicado se torna um altar reservado exclusivamente para o culto, assim como antigamente nós tomávamos o óleo e ungíamos o cálice e desse modo nós consagramos o cálice para Deus, assim como, por exemplo, em uma organização sacerdotal, hoje, o sacerdote é ungido com óleo do crisma na mão, mas antigamente era o óleo dos catecúmenos, era o óleo do batismo.
Quando você foi batizado, você foi consagrado. São Paulo diz em Romanos, capítulo 12, o seguinte: "Irmãos, eu vos suplico pela misericórdia de Deus que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o vosso culto espiritual.
" Isso significa que esse corpo que nós carregamos aqui, desde o momento em que somos batizados, é santo; ele é o nosso instrumento para servir a Deus. É com esse corpo que eu oro, é com este corpo que eu me prostro no chão, é com este corpo que eu levanto as minhas mãos para adorar o Senhor. É com este corpo que eu faço jejum, que eu me privo de alguma coisa que me agrada, justamente porque eu quero mostrar que o Senhor é mais importante e eu não quero me deixar dominar por nada.
É com este corpo que nós servimos a Deus, e este corpo é o nosso instrumento de culto. O corpo que você e eu temos não foi feito para ser um instrumento de prazer e ostentação. Hoje, nós temos uma inversão disso; temos um culto ao corpo.
E as pessoas fazem todo tipo de recurso para se tornarem belas, e às vezes ficam até mais feias, inclusive. Hoje está na moda, né? Harmonização facial, essas coisas todas.
As pessoas gastam horas, horas e horas numa academia, o que é bom porque a gente precisa de saúde física, força, etc. , mas às vezes exageram nisso não porque precisam de saúde, mas porque querem ostentar. Querem, como se diz por aí, ter um "corpão".
Querem, por assim dizer, usar o seu corpo como ferramenta de ostentação. Mas também há muitas pessoas, e eu diria que boa parte das pessoas do nosso tempo, que utilizam o seu corpo como uma ferramenta para obter prazer, como uma ferramenta para obter satisfação. Portanto, a finalidade da vida dessas pessoas é o quê?
É ter o que o inglês chama de 'wellness', que é uma qualidade de vida agradável, uma qualidade de vida confortável. Então, todo mundo quer, o tempo todo, o melhor e do modo mais glamourizado possível. Querem ter o conforto mais especial que se possa ter, querem vestir, calçar algo que vai lhes trazer satisfação, que vai lhes trazer agrado.
Querem isso, e querem todo tipo de sensação. Boa! E, dentre todas as sensações boas, a sensação sexual é a maior de todas, do ponto de vista físico.
Deus fez isso assim porque, se não existisse um intenso prazer sexual, a humanidade não se propagaria. Nós vemos claramente no livro do Gênesis quando Deus manda que o homem e a mulher se multipliquem. Por que o homem e a mulher precisam se multiplicar?
Porque eles são continuadores da obra da criação. E, exatamente por isso, Deus colocou um impulso, que é um impulso sexual, que é o mais intenso de todos os impulsos. Ora, se não existe esse impulso sexual, o prazer sexual, ninguém praticaria o ato conjugal.
Que, inclusive, até digo a vocês, mesmo com esse prazer intenso, tem muita gente que não pratica, mesmo estando casado. Dá preguiça, dá trabalho, exige uma logística, exige um tipo de organização. Não é tão simples assim como as pessoas acham.
Quando você é jovem, quando você é novinho, você entende que aquilo é a melhor coisa do mundo. Aí, quando você faz 40 anos, você já não dá tanta importância para isso, daí porque você percebe que isso demanda um certo esforço e, às vezes, é melhor dormir. Portanto, se não existisse esse prazer, a humanidade não se propagaria, mas o prazer existe em função da reprodução, do mesmo jeito que o prazer gastronômico existe para que a gente coma.
Porque, se a gente não comer, a gente vai morrer. Então, São Paulo diz aqui: "O estômago é feito por alimento". Então, o fato de que a gente tem fome e que existe o prazer gastronômico, que todo mundo concorda que comer é um negócio que dá prazer.
Eu que o diga! Então, a gente come. Se não comer fosse uma coisa desagradável, se comer fosse uma coisa que trouxesse incômodo, ninguém comeria.
Porque comer, gente, dá trabalho! Pensa: que esforço você precisa fazer para preparar uma comida? E assim a gente não presta atenção nisso, mas você vai ao supermercado, você pega fila, você paga, você traz, você tira, você prepara.
Aí, para você preparar, você suja uma quantidade imensa de louça, aí você lava a louça da preparação. Aí, depois, você vai comer, aí comeu, aí você vai lavar a louça depois de comer. Aí, depois, você tem que fazer isso, depois tem que fazer aquilo.
. . Aí você fala: "Meu Deus, que escravidão é essa?
". Por que isso? Por que a gente se submete a esse trabalho todo?
Todo esse trabalho porque a gente precisa viver! E o prazer gastronômico existe em função disso. Então, esses dois prazeres, o prazer gastronômico e o prazer sexual, existem porque o prazer gastronômico é para a manutenção da minha vida pessoal e o prazer sexual é para a manutenção da vida da espécie.
Porque, se não houvesse o prazer sexual, homem e mulher não se acoplariam, não copulariam, e a humanidade iria acabar. Então Deus, que é sábio, criou esses prazeres como um meio para que o ser humano possa subsistir individualmente e subsistir enquanto espécie. Só que, aqui, eu queria simplesmente dar um princípio rápido, mas que é muito profundo: se nós não entendemos isso, nós não entendemos nada sobre sexualidade.
Porque o sexo não é uma espécie de experiência lúdica, de brincadeira, em que eu vou simplesmente obter um pouco de prazer. O sexo não é isso! Eu preciso entender que a finalidade do ato sexual é a procriação.
E, justamente porque a finalidade do ato sexual é a procriação, como os filhos têm direito de ser educados pelos seus pais, o ato sexual só é lícito dentro do matrimônio. Ponto final! Esta é a pedra fundamental de toda a moral sexual cristã.
Vou até repetir: como a finalidade do ato conjugal é a procriação, você não pode excluir essa finalidade do ato sexual. Por isso, a contracepção e essas coisas todas são reprovadas pela Igreja. Como a finalidade do ato conjugal é a procriação, e os filhos têm direito de ser educados pelos pais, o ato sexual só é lícito dentro do matrimônio.
Fora disso, todo ato sexual ou todo tipo de forma de obtenção do prazer sexual é ilícito, não é correto. Um cristão não pode buscar isso. A maior parte das pessoas não entende os princípios que estão por trás das normas morais.
Por quê? Você é jovem, tem bastante jovem aqui, e muitos jovens se perguntam: "Por que isso é pecado? Eu não estou fazendo mal a ninguém, eu não estou prejudicando ninguém!
Por que isso é pecado? ". Parece que Deus, na cabeça dessas pessoas, teria criado alguns mandamentos com a finalidade de nos torturar.
Então, Ele disse: "Olha, isso aqui não pode! ". Eu já vi até alguém falar assim: "Tudo que é bom e gostoso é pecado, engorda", dando a impressão de que Deus instituiu, por assim dizer, um pecado, um caso pecado contra a castidade, como uma maneira de nos torturar, de nos controlar, de autoritariamente, ditatorialmente, nos privar de algo que é bom, que é gostoso.
Só que a nossa vida, meus irmãos, a nossa vida humana, ela tem que ter sentido, ela tem que ser racional. Você olha para os animais: os animais têm período fértil e, no período fértil, eles acasalam; e no período não fértil, eles não acasalam. Por que os animais são assim?
Porque eles não têm razão! Deus nos deu uma razão e Ele nos deu uma razão para quê? Para que nós tenhamos uma vida ordenada, para que nós possamos fazer com que a nossa vida caminha para um fim.
Ora, exatamente por isso, o objetivo de um cristão qual é? Ser realmente quem quer constituir uma família é ter um matrimônio sólido, construído sobre bases relacionais muito firmes. O objetivo do cristão não é simplesmente ficar curtindo aqui, ter um prazerzinho ali, ter uma satisfação aqui, ter algum tipo de compensação.
Emocional, ali entrando no caminho contínuo de defraudação e também de desvalorização de si mesmo, não um cristão, ele tem que fazer uma escolha: para nós, existem dois caminhos: ou o caminho do celibato, em que eu vou me dedicar inteiramente a Deus, ou o caminho do matrimônio, em que eu vou me dedicar inteiramente a Deus com outra pessoa, com a minha esposa. Como eu disse, na igreja não existe propriamente um solteiro; solteiro significa solto. Ninguém está solto; ou você é chamado por Deus a uma entrega total a Ele, ou você é chamado por Deus a uma outra entrega total a Ele com alguém ao lado, com alguém.
E tudo isso para quê? Para a glória d’Ele, porque a finalidade da nossa existência é dar glória ao Senhor. Nós somos seres cuja existência deve ser um contínuo culto a Ele.
É aqui que nós entendemos a função da castidade, porque se eu não entendo a castidade como um benefício, eu vou entender somente como uma privação. E é assim que a maior parte das pessoas entende: "Aí tenho que fazer a castidade para que? Não, me seguro que Deus proibiu; é pecado, então não pode".
Aí a pessoa vai, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, não consegui, não deu. Aí confessa de novo, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta, aguenta; não deu certo de novo, confessou. E aí vai.
Por quê? Porque a pessoa entende a castidade apenas no sentido negativo, ou seja, como uma privação: eu estou me privando de algo que é bom, eu estou me privando de algo que é extremamente satisfatório. Então, geralmente, as tentações chegam assim, né?
Porque, com uma pessoa que tem dificuldade de viver a castidade, como é que a tentação vem? Geralmente, ela é antecedida por uma pequena crise, ou de ansiedade ou depressiva. Aí a pessoa fica carente, necessitada de uma compensação.
Então a tentação começa a escalar, e é como se o diabo começasse a falar com você: "Vai lá, faz. Amanhã você confessa. Vai lá, não tem problema.
Você é fraco mesmo, mas uma vez, não é a primeira nem a última". E o que acontece? Você começa a encarar não pecar como uma privação; parece que se não fizer aquilo, você está em déficit, você se sente deficitário.
E essa sensação de se sentir deficitário, de se sentir como alguém que está perdendo alguma coisa, como alguém que está em desvantagem, ela vai aumentando. Vai aumentando: "Ai, meu Deus, me perdoa, mas eu não aguento". E aí, para se sentir preenchido, você sucumbe à tentação, comete o pecado.
E o que acontece depois? A tentação se torna acusação. Então, aquela depressão inicial, aquela pequena depressão inicial, ela aumenta; depois você se sente vazio, defraudado.
Isso não é porque, digamos assim, é uma culpa imposta pela moral da igreja; não é isso. A própria natureza humana foi feita assim. Existe uma sexualidade ordenada por Deus para um propósito, e quando ela malogra nessa direção, ela gera frustração.
É algo completamente diferente de uma relação conjugal entre marido e mulher, porque marido e mulher, primeiro, além de serem uma só carne, o amor conjugal deles é um amor de tipo teologal. O que eu quero dizer com isso? O casamento não é só uma benção que se recebe de Deus; o casamento não é somente, assim, uma autorização para viver junto, uma formalidade dada pela Igreja; não.
O casamento é um verdadeiro sacramento de Jesus Cristo. E o que significa dizer que o casamento é um verdadeiro sacramento de Jesus Cristo? Significa dizer que um cônjuge é para o outro a representação de Cristo.
Então, quando você ama o seu cônjuge, você está amando Cristo nele, está amando Deus nele. Então, um ato conjugal entre marido e mulher é santo. A Carta aos Hebreus chega a dizer: "Não maculem o leito santo de vocês.
Não tragam para este altar, que é o leito conjugal, aquilo que é profano, porque ele é santo". Ou seja, quando o marido e a mulher se unem pelo ato conjugal, obviamente sem usarem meios que deformam esse ato, como a contracepção, por exemplo, e outras coisas, aquele ato é um ato legal. Você está amando Deus naquele ato; você está crescendo em caridade; você está cultuando o Senhor.
Então, nada disso que as pessoas dizem: "Não, a Igreja Católica tem uma visão negativa sobre a sexualidade". Negativa? Não, a Igreja Católica tem uma visão da sexualidade que é a mais positiva de todas.
Porque qual é a religião que diz que, quando você se une ao seu cônjuge pelo ato sexual, você está fazendo um ato de amor sobrenatural que decai em Deus mesmo? Só a Igreja Católica; só a Igreja Católica. Então, nenhuma religião tem uma visão mais positiva sobre a sexualidade humana do que a Igreja, só que dentro do matrimônio.
Porque o matrimônio em si é um ato de culto. Mas eu dizia antes: a gente encara a castidade como uma perda, como um déficit, como uma desvantagem. Aí você pode fazer uma pergunta: "Mas padre, qual que é a vantagem de viver a castidade?
O que é que eu ganho vivendo a castidade? O que eu perco se não a viver? " Essa pergunta é fundamental, porque senão eu não vou conseguir viver a castidade de uma maneira correta.
Ora, para o homem natural – e São Paulo diz na primeira carta aos Coríntios que o homem natural, o homem psíquico, não entende as coisas que são do Espírito; para ele, parecem loucura – mas o homem espiritual julga todas as coisas e não é julgado por ninguém e conclui: "Nós temos a mente de Cristo". O que ele está querendo dizer? Para o homem natural, de fato, o prazer sexual é o máximo; o prazer sexual é como que um Everest, é o topo de tudo aquilo de mais maravilhoso que uma pessoa pode sentir.
Só que, para um homem espiritual, não é assim. O homem espiritual, ele, através da. .
. Oração e, através da recepção fervorosa do Sacramento, ele percebe que existe um mundo superior, que é o mundo da Graça: a própria vida da Graça que está em nós e que não há nada melhor neste mundo do que estar em comunhão com Deus. É o prazer da oração, é o prazer de ter uma oração elevada, é o prazer de ter uma sintonia com o Senhor que te faz amá-lo de uma maneira divina.
Esse prazer, que não é físico, que é um prazer espiritual, é inacessível para alguém que é escravo dos seus prazeres corporais. Por quê? Porque os prazeres corporais excitam de tal modo os nossos sentidos que nós ficamos como que inclinados a tudo aquilo que é exterior.
Então, veja: a nossa alma é mais ou menos assim; ela não é neutra. A nossa alma é uma espécie de balança que ou tende para o corpo ou pende para o espírito. Não há meio termo, ou seja, se você se superexcita externamente, o que vai acontecer com você?
A sua alma vai ficar, digamos assim, entre aspas, para fora. Se você retira esses estímulos exteriores, você acalma a sua alma e ela começa a subir para a parte superior do espírito, que é onde Deus se comunica conosco. Então, veja o que acontece com uma pessoa que é muito reincidente em pecado contra a castidade: ela não consegue provar o que é de melhor em Deus.
Não consegue! Ela sempre vai rezar como quem está falando com alguém do lado de fora, tipo assim: “Deus está ali, eu estou aqui e vou falando assim”, meio sem saber se Ele me escuta. A graça não vai entrar na alma dela e vai florescer; a graça sempre vai morrer.
Lembra da parábola do semeador? Que parte da semente caiu no meio do caminho? Aí vêm as aves e levam embora.
Jesus explica que as aves são os demônios e que outra parte cai em cima das pedras, germina um pouquinho, mas morre por causa do sol. A outra parte cai no meio dos espinhos. As pessoas que não praticam a castidade não chegam a desenvolver a vida da Graça de maneira profunda, então elas não conseguem rezar direito.
Elas rezam de uma maneira muito externa, muito superficial. Portanto, o que eu estou querendo dizer é o seguinte: no primeiro lugar, se eu não praticar a oração, eu jamais vou conseguir entender o porquê da castidade. Queridos, não tem coisa melhor do que você chegar na presença de Deus.
Sabe, você está com o Wi-Fi ligado, você capta o Senhor, você capta a presença de Deus. Não tem nada melhor do que isso! Agora, uma pessoa que não vive a castidade é como se estivesse com o Wi-Fi desligado: fala que quer conectar, mas não consegue.
Tudo a chama, tudo a solicita, ela está sendo assediada o tempo todo porque não pratica a castidade. Aí você me pergunta: "Mas, Padre, como é que eu faço? " Pois é, no mundo de hoje, a castidade é um estilo de vida.
Ou seja, você tem que selecionar o que você escuta, você tem que selecionar o que você assiste, você tem que selecionar aquilo que tem acesso a você. Nós temos que parar com essa agitação! Gente, somos invadidos por uma avalanche de informações o tempo todo.
Não há paz que a pessoa possa ter, porque notificações, notificações, notificações, notificações. . .
é gente que fala, gente que chama. Isso já tem uma síndrome, né? Essa síndrome que os americanos falam: medo de não se informar, medo de não saber, medo de se privar de uma informação.
E o que acontece? Nós ficamos tão exteriorizados que a nossa alma não tem paz. O Salmo 130 diz: "Fiz calar e sossegar a minha alma".
Ela está em grande paz dentro de mim, com uma criança bem tranquila, amamentada ao regaço acolhedor de sua mãe. Então, eu preciso calar e sossegar a minha alma. Isso significa ter um estilo de vida de oração, um estilo de vida cultual, um estilo de vida em que o meu objetivo é dar glória a Deus com a minha existência, é glorificar a Deus com o meu corpo.
Portanto, eu me acordo cedo, eu vou rezar, eu vou entrar em comunhão com Deus. Eu não vou ficar escutando inutilidades, eu não vou ficar o tempo todo atendendo as chamadas externas, porque eu estou à disposição do Senhor. Nós vivemos em um mundo podre, num mundo erotizado.
Praticar a castidade e ter vida de oração. . .
e eu estou explicando aqui que as duas coisas se requerem mutuamente. Vivendo completamente disperso, você acorda de manhã, já coloca um iPod no ouvido e vai tum-tum-tum-tum-tum o tempo todo. Como é que você vai conseguir ter paz na sua alma?
É joguinho, é não sei o que, é não sei o que mais. . .
É brilho! Não tem jeito. A sua alma vai ser inquieta e, se a sua alma estiver inquieta, você não vai conseguir provar o que é de melhor em Deus e, consequentemente, você jamais vai entender por que a castidade é tão gratificante.
Porque é bom estar em sintonia com o Senhor. É isso que a Bíblia chama de Pureza: é a pureza simultânea do corpo, que é a castidade, e da alma, que é a fé. E, acerca disso, Jesus diz, no Sermão da Montanha: "Bem-aventurados, felizes são aqueles que são puros, porque estes verão a Deus".
Puros quer dizer aqueles que não estão com a alma invadida por todo tipo de demônio, de feras desse mundo. Aqueles que estão puros, ou seja, com a alma não contaminada, são espirituais. Esses são felizes porque eles vêm a Deus, porque eles contemplam a Deus.
Portanto, você, hoje aqui, você que está nos assistindo em casa, entenda esses princípios e comece a praticar a castidade de verdade. De verdade, começa a ter propósitos. .
. às vezes não. .
. peraí. Não vou mais ser imbecil.
O diabo está querendo, o tempo todo, me distrair. Ele me disse para agir de Deus; ele está querendo, o tempo todo, que eu volte meu olhar para outras coisas. Então, eu não vou mais.
Não vou mais me deixar enganar, e eu vou investir na minha vida de oração, na minha vida sacramental. Eu vou ler a Palavra, eu vou meditar a Palavra, eu vou rezar com intensidade o terço, contemplando os mistérios da vida de Cristo, comungando os mistérios da vida de Cristo. Eu vou orar no Espírito, e desse modo, eu vou entender por que a pureza traz felicidade e por que aqueles que vivem a castidade são como estrelas.
São Paulo diz: "Vós sois; vós brilhais como astros no meio deste mundo corrompido e depravado. " Coloca a mão no seu coração, pai. Todos nós somos fracos, todos nós somos extremamente vacilantes, e nós não conseguimos; nós caímos tantas vezes, nós nos arrependemos.
Pai, porque a tua Palavra diz: "Fugi da imoralidade. O corpo não é para imoralidade, mas é para ti, é para o teu culto. " Nós te pedimos, hoje, um espírito de pureza.
[Música] Sobre a nossa geração, nós somos assediados por todos os lados para ataques gerotismo que tentam roubar a nossa alma das tuas mãos. [Música] Ensina-nos, Senhor, a viver a castidade. Jesus, Tu és a nossa pureza, Tu és a nossa castidade.
Em nós mesmos, nós não somos capazes, mas nós olhamos para tua cruz e aceitamos o fato de que o Senhor é a nossa santidade. Nós bebemos da tua castidade, nós bebemos da tua pureza, nós comungamos, neste dia, da tua santidade, Jesus. [Música] Enche-nos de Ti, faz com que o nosso coração queime de amor por Ti e que, por isso, perca o atrativo a tudo aquilo que é baixo.
Nós nos submetemos inteiramente a Ti, hoje, e te pedimos, Jesus, dai-nos espíritos de santidade, dai-nos espíritos de pureza. Realinha o nosso coração, refaz pelo Espírito Santo os nossos sentimentos, os nossos afetos, querido Espírito Santo, reconstrói. [Música] Conceda-nos recomeçar o nosso caminho de busca por Ti.
Pai, muito obrigado pela oportunidade de escutar a tua Palavra [Música] e de podermos estar à disposição do teu Filho e do teu Espírito. Faz-nos praticá-la com amor, com devoção, com docilidade e com obediência. Em nome de Jesus, amém.
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