a transição energética global é um dos temas mais críticos do nosso tempo Muito se fala da tentativa de abandono dos combustíveis fósseis para a transição de energias verdes Apesar de que essa discussão deveria focar na energia nuclear é justamente o oposto que ocorre Evita-se falar dela na maioria das vezes mas mesmo assim ainda se fala de energia verde sobretudo conforme vemos a ascensão de veículos elétricos Porém o lado pouco comentado dessa transição energética envolve diretamente a geopolítica e a competição visceral por entre as nações sobretudo pelo que está debaixo das nações Mas antes de vermos
isso não se esqueça de se inscrever no canal e de compartilhar o vídeo com todo mundo que você conhece Parece pouco mas o fato de você compartilhar o vídeo ajuda muito o algoritmo a impulsionar o canal Geopolítica Mundial O seu apoio é fundamental O meu nome do Leon Peta e esse é o canal Geopolítica Mundial [Música] A ascensão dos veículos elétricos e a crescente demanda por metais essenciais como lítio níquel cobalto e cobre serão dos pontos mais críticos nas competições geopolíticas no mundo nas próximas décadas e não terá nada de bonito nessa competição O ponto
de partida dessa transformação foi o acordo de Paris assinado em 2016 que estabeleceu metas para conter o aquecimento global e reduzir emissões de carbono E embora o setor de transportes não seja o único ele é um dos grandes emissores de gás carbônico Então a eletrificação da frota mundial se tornou um passo inevitável para alcançar esses objetivos A adoção desse acordo por parte do Canadá por exemplo tem levado empresas à falência Trudou introduziu uma taxa em cima da emissão de gás carbônico o que tem dificultado muito a vida dos canadenses Apenas para ter uma ideia várias
pizzarias têm fechado porque eles teriam passado da cota e não aguentado as taxas do Canadá Mas o ponto essencial são os carros elétricos Com isso as baterias de Ion lítio passaram a ocupar uma posição central Desde sua invenção em 1977 por Stanley Witham até a sua comercialização pela Sony nos anos de 1990 essas baterias evoluíram de um componente de eletrônicos portáteis para a espinha dorsal da mobilidade elétrica E agora a Tesla sob a liderança de Elon Musk e a chinesa Bid aceleraram essa revolução ao demonstrar que os veículos elétricos poderiam competir em desempenho e autonomia
com os veículos movidos a combustíveis fósseis Porém essa mudança trouxe consigo novos desafios maiores do que os econômicos mas sim de natureza puramente geopolítica que poucos discutem de forma decente A transição energética global é dependente de um fornecimento estável de metais estratégicos E é aqui que começam os problemas Muitos desses recursos são extraídos e refinados em sua maioria na China Eu já fiz um vídeo explicando detalhes isso que eu vou deixar na descrição do vídeo para você ver depois Mas além da China embora em menor escala também temos países com históricos problemáticos de exploração ambiental
e violações de direitos humanos com os trabalhadores como a República Democrática do Congo onde o cobalto é extraído por trabalhadores em condições de escravidão sendo ainda por cima frequentemente usado com trabalho infantil A China construidou um domínio quase que absoluto sobre a cadeia global de suprimentos desses metais controlando desde a mineração até o refino e a fabricação de baterias Essa dependência cria vulnerabilidades estratégicas para o Ocidente que pode estar simplesmente trocando a sua dependência do petróleo dos líderes do Golfo para a dependência do lítio e de outros metais críticos controlado por seus rivais geopolíticos Não
é à toa a aproximação de Trump com a Rússia visando a exploração justamente também desses recursos Nos Estados Unidos essa realidade se tornou ainda mais evidente porque apesar do país ter vastas reservas de lítio cobre e níquel enfrenta uma série de entraves políticos e ambientais para explorar esses recursos A legislação rigorosa a resistência de comunidades locais e a influência de grupos ambientalistas dificultam a abertura de novas minas criando um paradoxo que é para viabilizar a transição energética é necessário mais mineração mas a sociedade ocidental reluta em aceitar essa poluição perto dela E antes que você
critique quem é contra veja a vida de quem mora perto dessas minas Não é nada fácil E a independência não vem sem um custo muito alto A mineração é uma atividade intrinsecamente destrutiva impactando ecossistemas inteiros deslocando comunidades e consumindo recursos hídricos de maneira alarmante No Chile por exemplo 65% da água do país é utilizada pela mineração um problema grave em uma nação que já é afetada por secas Além disso acidentes catastróficos como o colapso da barragem de rejeitos em Brumadinho no Brasil em 2019 mostram os riscos dessa indústria Casos como a destruição pelo rio Tinto
de um sítio arqueológico abor Austrália demonstram como a mineração frequentemente entra em conflito com a preservação cultural e ambiental O ponto crítico é que sem uma cadeia de suprimentos mais diversificada e sustentável os países ocidentais estão simplesmente mudando sua dependência energética de um recurso para outro sem resolver os problemas estruturais da geopolítica envolvendo esses recursos naturais E por ocidentais entenda os ocidentais do conceito huntingtoniano que envolve Estados Unidos Canadá Austrália Nova Zelândia e Europa Ocidental A eletrificação da economia é necessária mas ela precisa ser acompanhada por políticas industriais e ambientais que garantam não apenas a
viabilidade econômica da transição mas também que não tenham tanto impacto social e sejam adequadas ao meio ambiente Por isso o dilema central: limpo e menos dependente de combustíve fósseis Mas será que as nações estão dispostas a pagar o preço ambiental econômico e geopolítico dessa transformação Porque o problema de Brumadinho que eu mencionei não é algo que foi exclusivo do Brasil Ao redor do mundo barragens de rejeitos representam um enorme risco ambiental e humano em vários locais Uma investigação conduzida pelo fundo de pensão da Igreja da Inglaterra revelou que mais de 1/3 das barragens de rejeitos
no mundo estavam em alto risco de colapso com muitas delas construídas apenas na última década Porém mineradoras chinesas e indianas não participaram do estudo o que levanta dúvidas sobre as práticas de segurança nesses dois países E no caso do desastre de Brumadinho o governo brasileiro proibiu aquele tipo de barragem que colapsou Mas nos Estados Unidos essas barragens ainda existem em estados como Minnesota e Arizona A verdade é que a mineração se tornou o elo mais lucrativo da cadeia produtiva dos veículos elétricos Um estudo do City revelou que os retornos financeiros da mineração superam os 10%
enquanto a fabricação de veículos elétricos rende menos de 2% de lucro à montadoras E se precisamos de mais veículos elétricos para combater a poluição mundial então precisamos de mais cobre e lítio Se os Estados Unidos te decidirem depender exclusivamente de importações isso não apenas vai encarecer a transição para veículos elétricos no mundo todo mas também vai aumentar por ironia justamente as emissões globais de gás carbônico devido o transporte marítimo de metais extraídos em outros países e processados na Ásia E nesse sentido não podemos ignorar a geografia coisa que analistas superficiais burramente insistem em fazer porque
a geografia determinou a distribuição desses recursos naturais e nem todos os países têm a mesma quantidade de acesso A América do Sul por exemplo abriga algumas das maiores reservas de lítio do planeta no chamado triângulo do lítio que engloba Argentina Bolívia e Chile O cobre outro metal essencial para a eletrificação é vastamente explorado no Chile e no Peru O problema é que esses países apesar de ricos em recursos ainda enfrentam desafios sociais e ambientais que muitas vezes resultam em instabilidade na produção e no fornecimento Enquanto isso na África a República Democrática do Congo detém mais
de 60% da produção mundial de cobalto mas sua exploração está manchada por denúncias de trabalho infantil e condições degradantes dos trabalhadores O ocidente pode estar trocando a sua vulnerabilidade ao petróleo pela vulnerabilidade aos minerais estratégicos dessa vez sob domínio chinês o que nos traz de volta a recente mudança de tom de Donald Trump o presidente dos Estados Unidos em relação à Rússia sinalizando uma possível reaproximação com Moscou à custa da Europa e da Ucrânia que sob a ótica da segurança energética da geopolítica e da disposição dos minerais energéticos define bem a situação que é os
Estados Unidos estão correndo para se salvar enquanto os europeus estão sendo julgados de lado A Rússia é que poderá dar aos americanos o que eles precisam para não ficarem nas mãos da China Essa recente reaproximação de Donald Trump com a Rússia sinaliza uma mudança drástica na geopolítica com implicações profundas para a segurança energética a transição de veículos elétricos e o futuro da Europa e da Ucrânia Ao condicionar o apoio militar a Kiev a concessão de 50% das reservas de minerais de terras raras ucranianas a empresas americanas Trump deixou claro que sua prioridade não é a
aliança ocidental tradicional a OTAN mas sim uma política externa pragmática voltada para a segurança dos suprimentos estratégicos dos Estados Unidos Além disso ao elogiar o comportamento da Rússia nas negociações e descartar a entrada da Ucrânia na OTAN ele sinaliza uma possível reconfiguração das relações internacionais onde a Europa perde espaço e os interesses econômicos americanos são colocados acima da estabilidade geopolítica Isso não é pouca coisa Estamos falando de mais de 70 anos de aliança estável e bem-sucedida sendo jogada no lixo E quem fala que a OTAN não foi bem-sucedida e está ignorando a história porque a
função da OTAN era a contenção soviética e evitar uma grande guerra nuclear E isso ela fez com sucesso A partir daí são outros 500 mas mesmo assim trouxe estabilidade para os países que fazem parte da UTAN Então não tem como falar que ela foi um fracasso A questão central aqui é que essa mudança de postura tem consequências diretas da transição energética O fornecimento de minerais críticos como lítio cobalto níquel e terras raras já é uma coisa dominada pela China E qualquer nova aliança entre os Estados Unidos e a Rússia poderia alterar muito esse equilíbrio Isso
porque a Rússia possui vastas reservas de níquel cobre e metais do grupo da platina que são essenciais para baterias e células de combustível mas tem enfrentado dificuldades para acessá-los plenamente devido às sanções ocidentais impostas após a invasão na Ucrânia E com um acordo favorável Moscou poderia se tornar um novo fornecedor chave para os Estados Unidos reduzindo a dependência americana da China e ao mesmo tempo minando a posição estratégica da Europa Se essa aproximação se consolidar os impactos para a União Europeia seriam devastadores O bloco tem investido pesadamente na eletrificação da frota de veículos e na
busca por independência energética tentando se afastar tanto dos combustíveis fósseis russos quanto da influência chinesa sobre os minerais Isso é importante porque quando falamos de veículos elétricos estamos falando da logística e a logística é que movimenta a economia e a vida das pessoas E a questão da energia dos veículos elétricos não é apenas a discussão envolvendo que da onde virá essa energia mas sim como armazená-la para que ela funcione nos carros elétricos ou seja as baterias Mas ao perder acesso aos recursos ucranianos e ver os Estados Unidos reforçarem laços com Moscou a Europa ficaria em
uma posição extremamente absurdamente vulnerável tendo que escolher entre depender ainda mais da China ou tentar acelerar uma mineração doméstica que enfrenta forte resistência ambiental e política e que também não seria o suficiente Essa resistência não é trivial porque o problema é que sem novas minas a transição energética fica comprometida O próprio CEO da Ford Jan Farley admitiu que o verdadeiro custo da eletrificação está nas minas mas ninguém nos Estados Unidos quer uma mina perto de sua casa Isso coloca o Washington em um dilema: insistir na produção doméstica e enfrentar resistência interna ou buscar fontes externas
o que geralmente significa lidar com regimes autoritários e riscos geocolíticos A administração Trump parece ter escolhido a segunda opção tentando negociar acesso aos minerais da Ucrânia e possivelmente da Rússia enfraquecendo Europa no processo de forma que ou os ucranianos aceitam o acordo americano ou sabem que correm o risco de perder o país inteiro Porque não se engane a Europa sozinha não tem condições de cobrir o afastamento dos Estados Unidos e manter o mesmo nível de acesso a armas e munições para os ucranianos A ironia desse cenário é que os Estados Unidos ao longo do século
XX moldaram sua política externa para garantir acesso ao petróleo Uma estratégia que muitas vezes envolveu apoio a regimes instáveis apoio a ditaduras e intervenções militares Mas estamos falando de sobrevivência geopolítica Então não é como se houvesse muitas opções Nós não vivemos no mundo ideal mas agora no século XX o mesmo padrão está se repetindo só que com minerais estratégicos no lugar do petróleo E se a Rússia se tornar um fornecedor confiável para os Estados Unidos isso não apenas enfraqueceria as sanções ocidentais mas também consolidaria Moscou como um ator chave na economia global de energia limpa
enquanto a Europa perderia uma de suas principais cartas aliás a última de suas cartas no jogo da autonomia energética Se essa estratégia se provar viável podemos estar assistindo um novo capítulo da geopolítica e do mercado energético Isso porque os Estados Unidos conseguiram trocar a sua dependência de petróleo do Oriente Médio pela produção interna mas na parte de veículos elétricos vão permanecer dependentes de metais estratégicos de fora E tudo indica que se acordo der certo será da Rússia mas se não for da Rússia será da China Enquanto isso a Europa fica isolada lutando para encontrar um
caminho viável para suas própria sobrevivência energética Antigamente a segurança energética costumava se referir apenas ao petróleo e ao gás natural mas agora também envolve lítio cobre e outros metais essenciais que serão a base dessa economia elétrica Os Estados Unidos iniciaram a indústria moderna de terras raras no pós- Segunda Guerra Mundial mas gradualmente permitiram que toda a produção migrasse para a China a partir dos anos 90 pelos motivos ambientais e trabalhistas que eu mencionei Agora a China domina a mineração e o processamento desses elementos críticos usados para fabricar ímãs que convertem energia em movimento E sem
terras raras não haveriam turbinas eólicas Ou seja a outra alternativa para energia verde Não existiriam baterias para os veículos elétricos ou baterias para muitas outras coisas e nem mesmo os famosos Caças F35 entre outras coisas de tecnologia avançada Em 2019 em resposta ao bloqueio de chips e hardwares feito pelos Estados Unidos contra a China os chineses responderam ameaçando bloquear a exportação desses materiais para os Estados Unidos que possuem apenas uma mina de terras raras e não têm capacidade de processamento Resumidamente se os Estados Unidos podem bloquear os semicondutores para a China então os chineses bloqueiam
o material necessário para esses semicondutores serem feitos E considerando os últimos avanços em diminuição dos nanômetros dos chips e a chegada da inteligência artificial a deepsic os chineses mostram que não estão 10 anos atrasados como as agências de inteligência governamentais e privadas falavam mas sim só dois anos ou mesmo até mesmo poucos meses atrás podendo em breve até mesmo passar na frente Aliás essa é a indicação até 2028 Em 12 de fevereiro o novo secretário do tesouro dos Estados Unidos Scott Bas apresentou a Zelensk um primeiro rascunho do acordo que exigia que 50% das receitas
de minerais e recursos naturais da Ucrânia fossem destinados aos Estados Unidos como pagamento pelo seu apoio militar anterior Esse acordo não se limitava às terras raras abrangendo também urânio lítio petróleo gás e até algumas receitas portuárias Além do que previa que empresas americanas que tivessem 50% de participação nos depósitos de terras raras da Ucrânia e que o acordo anulasse todos os tratados comerciais que a Ucrânia tinha antes da guerra Zelensk se recusou a assinar porque o documento não incluía garantias de segurança para o país Trump então exigiu 500 bilhões em minerais ucranianos como compensação pela
ajuda na guerra Mas Zelensk agormentou que o apoio militar americano não chegou nem mesmo perto desse valor Ou seja os ucranianos estão descobrindo o preço de serem amigos dos Estados Unidos Enquanto isso autoridades da administração Trump estão pressionando para que a Ucrânia assine o acordo O conselheiro de segurança nacional Mike Walts descreveu a proposta como a melhor garantia de segurança que eles poderiam esperar enquanto Trump ameaçou negociar um acordo de paz com a Rússia caso não coopere O impacto do acordo na segurança mineral dos Estados Unidos no entanto seria limitado a curto e médio prazo
devido a diversos desafios Primeiro que não há informações modernas sobre a viabilidade da mineração de terras raras na Ucrânia pois as avaliações existentes hoje foram feitas há 30 a 60 anos pela União Soviética com métodos já ultrapassados E também a viabilidade econômica depende de fatores como a profundidade dos depósitos teor minério subprodutos e localização Outro grande problema é a infraestrutura do país que foi destruída pela guerra e terá que ser reconstruída A mineração é uma indústria altamente intensiva em energia representando 38% do consumo industrial global e 15% do consumo total de eletricidade Mas entre 2022
e 23 quase metade da capacidade de geração de energia da Ucrânia foi ocupada destruída ou danificada pela guerra reduzindo então a sua produção para 1/3 do nível pré-guerra Assim tudo indica que a Ucrânia será repartida entre Rússia e Estados Unidos com os europeus sendo escanteados a menos que os europeus decidam arriscar e entrar na Ucrânia a força Sob administração Trump a Ucrânia a Europa e a OTAN devem enfrentar uma redução muito grande das históricas garantias de segurança dos Estados Unidos a menos que ofereçam recursos estratégicos ou compensação financeira em troca Esse tipo de acordo apesar
de inédito para os Estados Unidos tem precedentes na China sendo o exemplo mais notável o acordo sino congolês de Mines a Sicomines assinado em 2007 no qual empresas chinesas obtiveram acesso ao cobalto e cobre da República Democrática do Congo em troca de investimentos em infraestrutura A China se comprometeu a investir cerca de 3 bilhões de dólares garantindo direitos de mineração sobre depósitos avaliados em 93 bilhões de dólares Literalmente um negócio da China Esse caso no Congo sugere que a Ucrânia pode enfrentar desafios semelhantes no futuro caso aceite um acordo com os Estados Unidos sem garantias
claras No fim das contas a decisão de Trump de priorizar acordos econômicos sobre alianças históricas pode redefinir a ordem mundial de maneiras inesperadas Se os Estados Unidos deixarem a Ucrânia a mercedou mesmo reparti-la em troca dos minerais isso poderia minar a confiança da Europa na Aliança transatlântica levando o bloco a se aproximar da China em busca de segurança para sua transição energética Além do que isso vai abrir um precedente muito perigoso que as pessoas não estão se atentando que é a de que qualquer país pode ser rifado caso seus recursos se tornem mais valiosos para
um aliado do que para sua soberania Entende o dilema para nós especificamente para o Brasil nesse novo mundo que estamos entrando Pois é a maioria ainda não percebeu Obrigado a todos espero que vocês tenham gostado e um especial obrigado ao membro de categoria apoiador do Del Leon As portas da cidade Não se esqueçam de se inscrever no canal de compartilhar o vídeo com todo mundo que você conhece e considere hipótese de virar membro Não só você vai ter acesso às lives exclusivas dos membros mas também às séries exclusivas para os membros que pode ter certeza
irá redefinir a forma como você enxerga o mundo Abraços obrigado e até o próximo vídeo Что [Música]